14º DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano A 2017
Tema: Como encontrar Deus.
Deus não Se revela na arrogância, no orgulho, na prepotência, mas sim na simplicidade, na humildade.
A primeira
leitura: Deus vem ao encontro dos homens na pobreza e na humildade.
No Evangelho:
Jesus louva o Pai porque encontrou acolhimento no coração dos “pequeninos”, que
na sua pobreza e simplicidade, estão sempre disponíveis para acolher a novidade
libertadora de Deus.
Na segunda
leitura: Paulo convida os crentes a
viverem “segundo o Espírito” e não “segundo a carne”. A vida “segundo a carne”
é a vida daqueles que se instalam no egoísmo, orgulho e auto-suficiência; a
vida “segundo o Espírito” é a vida daqueles que aceitam acolher as propostas de
Deus.
PRIMEIRA LEITURA (Zc 9,9-10) Leitura da Profecia de Zacarias.
Assim diz o
Senhor: “Exulta, cidade de Sião! Rejubila, cidade de Jerusalém. Eis que vem teu
rei ao teu encontro; ele é justo, ele salva; é humilde e vem montado num
jumento, um potro, cria de jumenta. Eliminará os carros de Efraim, os cavalos
de Jerusalém; ele quebrará o arco do guerreiro, anunciará a paz às nações. Seu
domínio se estenderá de um mar a outro mar e desde o rio até aos confins da
terra”.
AMBIENTE - Zacarias apresenta o Messias como rei, como pastor e
como servo do Senhor.
MENSAGEM - Zacarias descreve o regresso do rei vitorioso a
Jerusalém. A cidade é convidada a alegrar-se e regozijar-se pois o seu rei,
“justo e salvador”, chegou. A entrada triunfal desse rei justo e vitorioso é na
humildade e na paz; ele não cavalgará um cavalo de guerra, mas um “jumentinho”.
A atitude deste “rei” contrasta com as exibições de força, de poder dos grandes
do mundo…
No entanto, este “rei” humilde e pacífico terá a força para acabar com a
guerra e para proclamar a paz universal. O seu “reino” irá “de um mar ao outro
mar” e “até aos confins da terra” (isto é, abarcará a totalidade do mundo
antigo).
ATUALIZAÇÃO • Em primeiro lugar, o Deutero-Zacarias deixa clara a
preocupação de Deus com a salvação do seu Povo. Na fase em que o profeta leva a
cabo a sua missão, o Povo de Deus conhece uma relativa tranquilidade; mas é um
Povo subjugado, manipulado, impedido de escolher livremente o seu destino e de
construir o seu futuro. É nesse contexto que o profeta anuncia a chegada de um
rei “justo e salvador”, que vem ao encontro do Povo para o libertar e para lhe
oferecer a paz (“shalom” – no sentido de harmonia, bem estar, felicidade
plena). Ora, Deus não perdeu qualidades, nem mudou a sua essência. O Deus que
assim atuou ontem é o Deus que assim atua hoje e que assim atuará sempre. Ao
longo da nossa caminhada de todos os dias, fazemos frequentemente a experiência
do desencanto, da frustração, da privação de liberdade. Sentimo-nos, tantas
vezes, perdidos, sem esperança, incapazes de tomar nas mãos o nosso futuro e de
dar um sentido à nossa vida… Nessas circunstâncias, somos convidados a
redescobrir esse Deus que vem ao nosso encontro, que restaura a nossa esperança
e nos oferece a paz.
• A história da salvação mostrou, muitas vezes, que é através dos
pequenos, dos humildes, dos pobres, dos insignificantes que Deus atua no mundo
e o transforma. Deus está mais na viúva que lança no tesouro do Templo umas
pobres moedas do que no capitalista que preenche um cheque chorudo para pagar
os vitrais da nova igreja da paróquia; Deus está mais no gesto simples do
pacifista que oferece uma flor a um soldado do que na violência daqueles que
lutam de armas na mão contra os “maus”; Deus está mais no olhar límpido de uma
criança do que na palavra poderosa de um pregador inflamado que “sabe tudo”
sobre Deus… Já aprendi a descobrir esse Deus que se manifesta na humildade, na
pobreza, na simplicidade?
SALMO RESPONSORIAL / Sl 144 (145)
Bendirei, eternamente, vosso nome, ó Senhor!
• Ó meu
Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, / e bendizer o vosso nome pelos séculos. /
Todos os
dias haverei de bendizer-vos, / hei de louvar o vosso nome para sempre.
•
Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. /
O Senhor é
muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura.
• Que
vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem / e os vossos santos com louvores vos
bendigam! /
Narrem a
glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!
• O Senhor
é amor fiel em sua palavra, / é santidade em toda obra que ele faz. /
Ele
sustenta todo aquele que vacila / e levanta todo aquele que tombou.
EVANGELHO (Mt 11, 25-30) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele
tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra,
porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos
pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por
meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão
o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim todos vós que
estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei
descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o
meu fardo é leve”.
AMBIENTE - Após o “discurso da missão” e o envio dos discípulos ao mundo, Mateus coloca as reações que as pessoas tomam frente a Jesus e à sua proposta de “Reino”. Jesus havia dirigido uma crítica aos habitantes das cidades à volta do lago de Tiberíades (Corozaim, Betsaida, Cafarnaum), porque foram indiferentes a proposta de salvação. Estavam instalados nas suas certezas, nos seus preconceitos e não aceitavam a novidade de Deus.
Agora, Jesus manifesta-Se convicto de que essa proposta rejeitada pelos
habitantes das cidades do lago encontrará acolhimento entre os pobres e
marginalizados, que anseiam pela libertação que Deus tem para lhes oferecer.
MENSAGEM – Jesus se dirige ao Pai, porque Ele escondeu “estas
coisas” aos “sábios” e as revelou aos “pequeninos”.
Os “sábios” são certamente esses “fariseus” e “doutores da Lei”, que se
consideravam justos e dignos de salvação porque cumpriam a Lei e que – na sua
perspectiva – lhes garantia automaticamente a salvação. Os “pequeninos” são os
discípulos, os primeiros a responder positivamente à oferta do “Reino”; e são
também esses pobres e marginalizados (os doentes, os publicanos, as mulheres de
má vida, o “povo da terra”) que Jesus encontrava todos os dias pelos caminhos
da Galileia, considerados malditos pela Lei, mas que acolhiam, com alegria e
entusiasmo, a proposta libertadora de Jesus.
Os “sábios” (fariseus e doutores da Lei) estavam convencidos de que o
conhecimento da Lei lhes dava o conhecimento de Deus. A Lei era uma espécie de
“linha direta” para Deus, através da qual eles ficavam a conhecer Deus, a sua
vontade, os seus projetos para o mundo e para os homens; por isso, apresentavam-se
como detentores da verdade, representantes legítimos de Deus, capazes de
interpretar a vontade e os planos divinos.
Jesus deixa claro que Ele é “o Filho” e só Ele tem uma experiência
profunda de intimidade e de comunhão com o Pai. Quem rejeitar Jesus não poderá
“conhecer” Deus. Mas quem aceitar Jesus e O seguir, aprenderá a viver em
comunhão com Deus, na obediência total aos seus projetos e na aceitação dos
seus planos.
A terceira proposta é um convite a ir ao encontro de Jesus: “vinde a
Mim”; “tomai sobre vós o meu jugo…”.
Para os fariseus a Lei não era um “jugo” pesado, mas um “jugo” glorioso,
que devia ser carregado com alegria. Na realidade, tratava-se de um “jugo”
pesadíssimo. A impossibilidade de cumprir, no dia a dia, os 613 mandamentos da
Lei escrita e oral, criava consciências pesadas e atormentadas. Os crentes,
incapazes de estar em regra com a Lei, sentiam-se condenados e indignos da
salvação. A Lei aprisionava em lugar de libertar e afastava os homens de Deus.
Jesus veio libertar o homem da escravidão da Lei. A sua proposta de libertação plena dirige-se aos doentes (na perspectiva da teologia oficial, vítimas de um castigo de Deus), aos pecadores (os publicanos, as mulheres de má vida, todos aqueles que tinham publicamente comportamentos política, social ou religiosamente incorretos), ao povo simples do país (que, pela dureza da vida que levava, não podia cumprir todos os ritos da Lei), a todos aqueles que a Lei exclui e amaldiçoa. Jesus garante-lhes que Deus não os exclui nem amaldiçoa e convida-os a integrar o mundo novo do “Reino”. É nessa nova dinâmica proposta por Jesus que eles encontrarão a alegria e a felicidade que a Lei recusa dar-lhes. A proposta do “Reino” será uma proposta reservada a uma classe determinada (os pobres, os débeis, os marginalizados) em detrimento de outra (os ricos, os poderosos, os da “situação”)? Não. A proposta do “Reino” destina-se a todos os homens e mulheres, sem exceção… No entanto, são os pobres que têm o coração mais disponível para acolher a proposta de Jesus. Os outros (os ricos, os poderosos) estão demasiado cheios de si próprios, dos seus interesses, dos seus esquemas organizados, para aceitar arriscar na novidade de Deus. Acolhendo a proposta de Jesus e seguindo-O, os pobres e oprimidos encontrarão o Pai, tornar-se-ão “filhos de Deus” e descobrirão a vida plena, a salvação definitiva, a felicidade total.
Jesus veio libertar o homem da escravidão da Lei. A sua proposta de libertação plena dirige-se aos doentes (na perspectiva da teologia oficial, vítimas de um castigo de Deus), aos pecadores (os publicanos, as mulheres de má vida, todos aqueles que tinham publicamente comportamentos política, social ou religiosamente incorretos), ao povo simples do país (que, pela dureza da vida que levava, não podia cumprir todos os ritos da Lei), a todos aqueles que a Lei exclui e amaldiçoa. Jesus garante-lhes que Deus não os exclui nem amaldiçoa e convida-os a integrar o mundo novo do “Reino”. É nessa nova dinâmica proposta por Jesus que eles encontrarão a alegria e a felicidade que a Lei recusa dar-lhes. A proposta do “Reino” será uma proposta reservada a uma classe determinada (os pobres, os débeis, os marginalizados) em detrimento de outra (os ricos, os poderosos, os da “situação”)? Não. A proposta do “Reino” destina-se a todos os homens e mulheres, sem exceção… No entanto, são os pobres que têm o coração mais disponível para acolher a proposta de Jesus. Os outros (os ricos, os poderosos) estão demasiado cheios de si próprios, dos seus interesses, dos seus esquemas organizados, para aceitar arriscar na novidade de Deus. Acolhendo a proposta de Jesus e seguindo-O, os pobres e oprimidos encontrarão o Pai, tornar-se-ão “filhos de Deus” e descobrirão a vida plena, a salvação definitiva, a felicidade total.
ATUALIZAÇÃO • Na verdade, os critérios de Deus são bem estranhos,
vistos de cá de baixo, com as lentes do mundo… Nós, homens, admiramos e
incensamos os sábios, os inteligentes, os intelectuais, os ricos, os poderosos,
os bonitos e queremos que sejam eles (“os melhores”) a dirigir o mundo, a fazer
as leis que nos governam, a ditar a moda ou as ideias, a definir o que é
correto ou não é correto. Mas Deus diz que as coisas essenciais são muito mais
depressa percebidas pelo “pequeninos”: são eles que estão sempre disponíveis
para acolher Deus e os seus valores e para arriscar nos desafios do “Reino”.
Quantas vezes os pobres, os pequenos, os humildes são ridicularizados, tratados
como incapazes, pelos nossos “iluminados” fazedores de opinião, que tudo sabem
e que procuram impor ao mundo e aos outros as suas visões pessoais e os seus
pseudo-valores… A Palavra de Deus ensina: a sabedoria e a inteligência não garantem
a posse da verdade; o que garante a posse da verdade é ter um coração aberto a
Deus e às suas propostas (e com frequência são os pobres, os humildes, os
pequenos que se “sintonizam” com Deus e que acolhem essa verdade que Ele quer
oferecer aos homens para os levar à vida em plenitude).
• “Conhecemos” Deus através de Jesus. Jesus é “o Filho” que “conhece” o
Pai; só quem segue Jesus e procura viver como Ele (vivendo os planos de Deus)
pode chegar à comunhão com o Pai. Atenção: só “conhece” Deus quem é simples e
humilde e está disposto a seguir Jesus no caminho da entrega a Deus e da doação
da vida aos homens. É no seguimento de Jesus – e só aí – que nos tornamos
“filhos” de Deus.
SEGUNDA LEITURA (Rm 8,9. 11-13) Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos: Vós
não viveis segundo a carne, mas segundo o espírito, se realmente o Espírito de
Deus mora em vós. Se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a
Cristo. E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos
mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos
vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em
vós. Portanto, irmãos, temos uma dívida, mas não para com a carne. Pois, se
viverdes segundo a carne, morrereis, mas se, pelo espírito, matardes o
procedimento carnal, então vivereis.
AMBIENTE - Na perspectiva de Paulo, a salvação é um dom não merecido (porque todos vivem mergulhados no pecado – cf. Rom 1,18-3,20), que Deus oferece por pura bondade aos homens, a todos os homens (cf. Rom 3,1-5,11). Essa salvação chega-nos através de Jesus Cristo (cf. Rom 5,12-8,39); e atua em nós pelo Espírito (cf. Rom 8,1-39).
O Espírito aparece como o elemento fundamental que dá unidade a toda esta reflexão. Ele está presente por detrás desse projeto salvador que Deus tem em favor do homem e do qual Paulo não se cansa de dar testemunho.
MENSAGEM - Jesus, o Deus/Homem, gastou a vida a
cumprir o projeto do Pai de dar vida ao homem. A sua ação acabou por chocar com
os interesses dos senhores do mundo, e Ele foi morto na cruz.
No entanto, essa morte na cruz não foi o “fim da linha”: o Espírito de
Deus, sempre presente em Jesus, ressuscitou-O (pois, no projeto de Deus, o
oferecer a vida para concretizar o plano do Pai não pode gerar morte, mas vida
plena e definitiva). Ora, Jesus ofereceu aos seus discípulos o mesmo Espírito.
Os discípulos têm de estar conscientes de que, se viverem como Jesus e se
fizerem da vida um dom a Deus e aos irmãos, receberão essa mesma vida nova e
definitiva que o Espírito deu a Jesus.
Paulo convida os cristãos a tirarem as conclusões práticas desta
realidade: se viverem “segundo a carne”, morrerão (isto é, não encontrarão a
vida definitiva); mas se viverem segundo o Espírito, ressuscitarão para a vida
nova.
Temos aqui uma das mais interessantes e sugestivas antíteses paulinas: a “carne” e o “Espírito”. Viver “segundo a carne” é, na perspectiva de Paulo, viver em oposição a Deus – ou seja, viver fechado a Deus, numa vida de egoísmo, de autismo, de autossuficiência que leva o homem a prescindir dos mandamentos, das propostas e dos valores de Deus; “viver segundo o Espírito” é, na perspectiva de Paulo, viver em relação com Deus, escutando as suas propostas e sugestões, na obediência aos projetos de Deus e na doação da própria vida aos homens.
Temos aqui uma das mais interessantes e sugestivas antíteses paulinas: a “carne” e o “Espírito”. Viver “segundo a carne” é, na perspectiva de Paulo, viver em oposição a Deus – ou seja, viver fechado a Deus, numa vida de egoísmo, de autismo, de autossuficiência que leva o homem a prescindir dos mandamentos, das propostas e dos valores de Deus; “viver segundo o Espírito” é, na perspectiva de Paulo, viver em relação com Deus, escutando as suas propostas e sugestões, na obediência aos projetos de Deus e na doação da própria vida aos homens.
Os cristãos são exortados por Paulo a fazerem a sua escolha. Sobretudo,
Paulo está interessado em demonstrar aos crentes que só o seguimento de Cristo
garante ao homem a vida definitiva.
ATUALIZAÇÃO • À luz dos
critérios de hoje, a vida de Jesus foi um fracasso. Ele viveu na simplicidade,
na humildade, no serviço, sem ter para si próprio uma pedra onde reclinar a
cabeça. Ele apenas foi escutado pela gente humilde, marginalizada, condenada a
uma situação de escravidão, de pobreza, de debilidade. Ele nunca se proclamou
chefe de um movimento popular; apenas ensinou, àqueles que O seguiam, que Deus
os ama e que quer fazer deles seus filhos. Ele nunca se sentou num trono; mas
foi abandonado por todos, condenado a morte de cruz. No entanto, Ele venceu a
morte e recebeu de Deus a vida plena e definitiva. Paulo diz aos crentes a quem
escreve: não vos preocupeis com aqueles valores a que o mundo chama êxito,
realização, felicidade; mas tende a coragem de gastar a vida do mesmo jeito de
Jesus, a fim de encontrardes a vossa realização plena, a vida definitiva.
• Paulo ensina que a vida “segundo a carne”
gera morte; e que a vida “segundo o Espírito” gera vida. O cristão tem de viver
“segundo o Espírito”.
Pe. Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
==============----------------===============
Pe. Antônio Geraldo - Os Humildes
O
Mundo de hoje se preocupa em mostrar a grandeza dos Poderosos.
Deus
demonstra a grandeza dos Humildes.
As
Leituras Bíblicas confirmam essa verdade.
A
1a
Leitura descreve a volta do Rei vitorioso a Jerusalém. (Zc 9,9-10)
O
povo aguardava uma entrada triunfal e o profeta Zacarias anuncia uma entrada
humilde e pacífica, montando não um cavalo de guerra, mas um jumento.
*
Esta profecia faz lembrar a entrada de Jesus em Jerusalém.
O
povo esperava um Rei messiânico poderoso. E Jesus não se impõe pelo luxo ou
pela força de um exército poderoso, mas montando um jumentinho, levando a todos
a paz. Com este gesto, provará que conquistará o coração dos homens, com o seu
amor... não pelas armas.
Na
2ª
Leitura, Paulo ensina que a vida "segundo a carne" gera
morte; e que a vida "segundo o Espírito", que recebemos no Batismo,
gera vida. (Rm 8,9.11-13)
O
Evangelho narra o
retorno dos Apóstolos da 1a Missão Apostólica. (Mt 11,25-30)
-
Os Apóstolos voltam cansados, mas
alegres e exultantes, por terem expulsado até os demônios.
- Jesus os escuta com muita
atenção e interesse: muitos aceitaram sua pregação... outros não...
-
Jesus faz uma oração de louvor,
porque a proposta de salvação encontrou acolhimento no coração dos humildes:
"Eu te bendigo, Pai, Senhor do
céu e da terra, porque escondestes estas coisas aos sábios e inteligentes
e os revelastes aos pequeninos."
*
Os Grandes e poderosos, os sábios e
inteligentes não perceberam a presença do Reino de Deus e não acolheram a sua
mensagem...
Os Pequenos,
os pobres, os humildes, os marginalizados acolheram com entusiasmo a sua
palavra e o seu Reino.
Deus nega-se aos doutos ensoberbecidos pela
própria ciência, e se revela aos simples, conscientes da própria pequenez.
Deus goza com os humildes, por pobres e
pecadores que sejam...
e resiste aos soberbos, por mais santos que
imaginem ser.
+
E Jesus acrescenta: "SIM PAI, porque assim foi do teu agrado"
:
Oração despercebida, mas lema de vida para
muitos (inclusive meu)...
- Sim Pai: atitude de Cristo: sua
vida foi um contínuo SIM PAI...
- mesmo agora que desejava que todos
acolhessem a boa nova...
- no horto das Oliveiras...
- no Pai Nosso...
- Sim Pai deve ser também o nosso
caminho da Salvação.
É a vontade de Deus, vivida como se
manifesta a cada momento...
Dizendo Sim Pai, algo maravilhoso vai
acontecer.
Será o princípio de uma vida nova e a origem
de um novo amor.
- Quem vive esse SIM PAI: encontra a Paz, que Cristo veio trazer.
+
E Jesus faz um CONVITE: "Venham a mim todos vocês que
estão cansados de carregar o peso do seu fardo, e eu lhes darei descanso...
porque a minha carga é suave e o meu fardo é leve".
Jesus
vai tirar a carga pesada que os sábios e inteligentes haviam criado para o
povo.
Em
troca, ele traz um novo modo de viver na justiça e na misericórdia.
Cansados
e aflitos são todos os que sofrem na vida.
São
os pobres de Deus, aos quais Jesus dirige sua alegre notícia e entre os quais
ele se sente como um deles.
Na
vida quanta miséria humana: quantos problemas, quantos sofrimentos, quanta
desilusão e quanto amor negado!
Há
problemas que não tem solução, há dor que nenhum analgésico cura, há escuridão
onde a luz não penetra! E Cristo nos repete:"Venham
a mim vocês todos que estão cansados... e eu os aliviarei..."
Só
ele poderá aliviar o peso de nossos sofrimentos...
Quando
os planos de Deus não correspondem aos nossos, rezemos com generosidade: "SIM PAI, porque assim foi do teu
agrado..." Estou convencido que muito mais Paz começará a reinar em
nosso coração...
Senhor abre nossos ouvidos e nossos olhos para que possamos ver e ouvir
o que é bom e justo.
Clareia a nossa mente para podermos entender o significado profundo de
nossa existência.
Fazei que busquemos a sabedoria que vem de vós.
Jesus, manso e humilde de coração,
fazei o nosso coração semelhante ao vosso!
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Françoá Costa
Jesus é “manso e humilde de
coração” ( Mt 11,29) e quer que nós também o sejamos. Como é bom conviver com
pessoas humildes, mansas e cordiais! Pelo contrário, como é desagradável estar
perto de gente emproada, complicada e altiva. A mansidão e a humildade, além de
serem virtudes que agradam o coração de Deus, são disposições que tornam mais
fácil a convivência humana. O orgulho nos faz ridículos, a humildade nos mostra
transparentes, pois – como dizia S. Teresa de Jesus – “humildade é andar na
verdade”. C. S. Lewis explicava de maneira bastante clara o porquê Deus deseja
ver-nos humildes: “Deus tenta nos tornar humildes para que seja possível o
momento de lançarmos fora a tola e horrenda fantasia com que nos adornamos e
que nos entravava os movimentos, enquanto a exibíamos por aí feito idiotas”. Falando
bem claro: a humildade e a mansidão revelarão o nosso autêntico “eu” e nos fará
exultar em Deus.
Algumas pessoas acham-se
tolamente muito importantes. Talvez ajude a explicar tal contradição a seguinte
fábula tirada de Julio Eugi: uma mosca descansava sobre o chifre de um boi.
Este balançou a cabeça, como faz habitualmente, e a mosca achou que o estava
atrapalhando, e disse-lhe: – Se o meu peso o incomoda, pode dizer, que eu vou a
outro lugar. O boi respondeu, divertido: – Muito obrigado pelo aviso, dona
mosca, pois nem tinha percebido que a senhora estava aí.
Diante de Deus somos o que
somos, nem mais nem menos, com qualidades e defeitos, com méritos e deméritos,
gente boa com coisas não tão boas. É preciso ter bem claro tudo isso na própria
vida para saber exigir os próprios direitos, cumprir os próprios deveres e dar
a devida honra e glória a Deus. Ter a consciência bem formada na humildade nos
ajudará também a não praticar a falsa humildade, que consiste, entre outras
coisas, em negar as nossas qualidades ou em andar por aí expondo-as sem
necessidade. Somos o que somos e o que somos devemos a Deus, a quem seja toda a
honra e toda a glória através de nós e de nossas ações! E quanto à mansidão?
Sem dúvida alguma, a mansidão vem pela humildade. Peçamos a Deus a humildade, e
a mansidão também virá.
Talvez você nunca tenha
pensado nisso, mas se o sol fosse do tamanho duma bolinha de tênis, a terra
seria uma esfera com 1 milímetro de diâmetro e… nós, quem seríamos? Mais uma: o
universo tem uma idade de aproximadamente 14 a 18 bilhões de anos… o que
significa viver 80 anos? A última: se fizéssemos um filme da história do
universo que durasse um ano, talvez aparecêssemos em 0,17 segundos. Dizia S.
Josemaria Escrivá: “É uma grande coisa saber-se nada diante de Deus, porque é
assim mesmo” (Sulco 260).
Um bispo espanhol ao fazer
uma visita pastoral tentou explicar a um jovenzinho já bastante desinformado da
vida da Igreja. O rapazinho tinha uns 12 ou 13 anos. O bispo lhe disse: –
escuta, você sabem quem sou eu? – não. – Então vou lhe dar umas dicas: tenho o
costume de utilizar um chapéu com duas pontas, um cajado de ouro ou de prata e
um anel bem grosso no dedo; além do mais, vou acompanhado por muitas pessoas
nas cerimônias. Você já sabe quem sou eu? – Sim. Você é um mauricinho exibido.
Nada contra as sagradas vestes dos bispos, mas… infelizmente o rapaz concluiu
de outra maneira!
Volto a uma consideração
anterior: quem somos nós? O que somos diante de Deus… e nada mais! O importante
é o que Deus pensa de nós: atuemos com retidão de intenção, sem exibicionismos,
vivendo a humildade dos cavaleiros cristãos: com nobreza e em verdade. Nada de
renunciar a direitos legítimos, nem de viver com uma mentalidade pegada a
coisinhas de nada e sem metas. Isso não! Talvez nos dirão que somos orgulhosos,
que nos vestimos bem ou coisas semelhantes… Mais a humildade não está
necessariamente nessas coisas… A humildade? É andar na verdade!
Pe. Françoá Costa
==========-------------------=========
Para a
Celebração da Palavra:
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS,
NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!
- Senhor, nós exultamos de alegria e Vos damos graças, porque pelos profetas manifestais a vossa bondade e a vossa ternura. Nós vos pedimos por todos os povos que esperam o fim das guerras, das inseguranças e das misérias: dái-nos pessoas que promovam a paz e a esperança para que vivamos como irmãos.
- Senhor, nós exultamos de alegria e Vos damos graças, porque pelos profetas manifestais a vossa bondade e a vossa ternura. Nós vos pedimos por todos os povos que esperam o fim das guerras, das inseguranças e das misérias: dái-nos pessoas que promovam a paz e a esperança para que vivamos como irmãos.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE
BONDADE!
- Pai, Nós Vos bendizemos, porque sois Espírito de vida. O Vosso Filho Jesus venceu todas as formas de morte. Nós Vos pedimos: concedei a vida aos nossos seres mortais, purificai-nos pelo Vosso Espírito das desordens do homem pecador. Arrancai-nos do domínio das forças de morte e fazei-nos viver sob o domínio do Espírito.
- Pai, Nós Vos bendizemos, porque sois Espírito de vida. O Vosso Filho Jesus venceu todas as formas de morte. Nós Vos pedimos: concedei a vida aos nossos seres mortais, purificai-nos pelo Vosso Espírito das desordens do homem pecador. Arrancai-nos do domínio das forças de morte e fazei-nos viver sob o domínio do Espírito.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE
BONDADE!
- Pai, Senhor do céu e da terra, Nós Vos pedimos: purificai as nossas inteligências E dái-nos um coração de criança para que vos amenos como Pai.
- Pai, Senhor do céu e da terra, Nós Vos pedimos: purificai as nossas inteligências E dái-nos um coração de criança para que vos amenos como Pai.
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!
PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...
PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...
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