Festa da sagrada família Tempo do Natal – 2015 (Adaptado
e postado pelo Diácono Ismael P.S.)
SÍNTESE:
TEMA: A família cristã: Amar a Deus e ao
próximo, sobretudo os pais e familiares.
Primeira leitura: Algumas
atitudes que os filhos devem ter para com os pais.
Evangelho: A família cristã constrói-se no respeito
pelo projeto que Deus tem para cada pessoa.
Segunda leitura: O amor deve se manifestar em cada gesto no Homem
Novo em atitudes de compreensão, de bondade, de respeito, de partilha, de serviço.
PRIMEIRA LEITURA (Eclo 3,3-7.14-17a) Leitura do Livro
Eclesiástico.
Deus honra o pai nos filhos e confirma, sobre eles, a
autoridade da mãe. Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita
cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como
alguém que ajunta tesouros. Quem honra o seu pai, terá alegria com seus
próprios filhos; e, no dia em que orar, será atendido. Quem respeita o seu pai,
terá vida longa, e quem obedece ao pai é o consolo da sua mãe. Meu filho,
ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo
que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o
humilhes, em nenhum dos dias de sua vida: a caridade feita a teu pai não será
esquecida, mas servirá para reparar os teus pecados e, na justiça, será para
tua edificação.
AMBIENTE
O livro de Ben-Sirac (também chamado “Eclesiástico”) pretende
apresentar uma reflexão de caráter prático sobre a arte de bem viver e de ser
feliz. Estamos no início do séc. II a.C., numa época em que o helenismo tinha
começado o seu trabalho pernicioso, no sentido de minar a cultura e os valores
tradicionais de Israel. Jesus Ben-Sira, o autor deste livro, avisa os
israelitas para não deixarem perder a identidade cultural e religiosa do seu
Povo. Procura, então, apresentar uma síntese da religião tradicional e da
sabedoria de Israel, sublinhando a grandeza dos valores judaicos e demonstrando
que a cultura judaica não fica a dever nada à brilhante cultura grega.
MENSAGEM
O texto apresenta uma série de indicações práticas que os filhos
devem ter em conta nas relações com os pais. Uma palavra sobressai: o verbo
“honrar”. Ele leva-nos ao decálogo do Sinai (cf. Ex 20,12), onde aparece no
sentido de “dar glória”. “Dar glória” a uma pessoa é dar-lhe toda a sua
importância; “dar glória aos pais” é, assim, reconhecer a sua importância como
instrumentos de Deus, fonte de vida. Ora, reconhecer que os pais são a fonte,
através da qual Deus nos dá a vida, deve conduzir à gratidão; e essa gratidão
tem consequências a nível prático. Implica ampará-los na sua velhice e não os
desprezar nem abandonar; implica assisti-los materialmente quando já não podem
trabalhar (cf. Mc 7,10-11); implica não fazer nada que os desgoste; implica
escutá-los, ter em conta as suas orientações e conselhos; implica ser
indulgente para com as limitações que a idade traz. Dado o contexto da época em
que Ben-Sira escreve, é natural que, por detrás destas indicações aos filhos,
esteja também a preocupação com o manter bem vivos os valores tradicionais,
esses valores que os mais antigos preservam e que passam aos jovens. Como
recompensa desta atitude de “honrar” os pais, Jesus Ben-Sira promete o perdão
dos pecados, a alegria, a vida longa e a atenção de Deus.
ATUALIZAÇÃO
♦ Apesar da preocupação
moderna com os direitos humanos e o respeito pela dignidade das pessoas, a
nossa civilização cria, com frequência, situações de abandono e de
marginalização, cujas vítimas são, muitas vezes, aqueles que já não têm uma
vida considerada produtiva, ou aqueles a quem a idade ou a doença trouxeram
limitações. Que motivos justificam o desprezo e abandono daqueles a quem
devemos “honrar”?
♦ É verdade que a vida de
hoje é muito exigente a nível profissional e que nem sempre é possível a um
filho estar presente ao lado de um pai que precisa de cuidados ou de
acompanhamento especializado. No entanto, a situação é muito menos
compreensível se o afastamento de um pai do convívio familiar resulta do
egoísmo do filho, que não está para “aturar o velho”…
♦ O capital de maturidade e
de sabedoria de vida que os mais idosos possuem é considerado por nós uma
riqueza ou um estorvo à nossa modernidade?
SALMO RESPONSORIAL / SI 127 (128)
Felizes os que
temem o Senhor e trilham seus caminhos!
• Feliz és tu, se temes o Senhor / e trilhas seus
caminhos!/ Do trabalho de tuas mãos hás de viver, / serás feliz, tudo irá bem!
• A tua esposa é uma videira bem fecunda / no coração
de tua casa; / os teus filhos são rebentos de oliveira / ao redor de tua mesa.
• Será assim abençoado todo homem / que teme o
Senhor. / O Senhor te abençoe de Sião / cada dia de tua vida.
EVANGELHO (Lc 2,41-52) Evangelho de Jesus Cristo
segundo Lucas.
Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para
a festa da Páscoa. Quando ele completou doze anos, subiram para a festa, como
de costume. Passados os dias da Páscoa, começaram a viagem de volta, mas o
menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o notassem. Pensando que ele
estivesse na caravana, caminharam um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo
entre os parentes e conhecidos. Não o tendo encontrado, voltaram para Jerusalém
à sua procura. Três dias depois, o encontraram no Templo. Estava sentado no
meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas. Todos os que ouviam o menino
estavam maravilhados com sua inteligência e suas respostas. Ao vê-lo, seus pais
ficaram muito admirados e sua mãe lhe disse: “Meu filho, por que agiste assim
conosco? Olha que teu pai e eu estávamos, angustiados, à tua procura”. Jesus
respondeu: “Por que me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de meu
Pai?” Eles, porém, não compreenderam as palavras que lhes dissera. Jesus desceu
então com seus pais para Nazaré, e era-lhes obediente. Sua mãe, porém,
conservava no coração todas estas coisas. E Jesus crescia em sabedoria,
estatura e graça, diante de Deus e diante dos homens.
AMBIENTE
O “Evangelho da infância” não é fazer uma reportagem sobre os
primeiros anos da vida de Jesus, mas uma catequese sobre Jesus; nessa
catequese, diz-se quem é Jesus e apresentam-se algumas coordenadas teológicas
que vão, depois, ser desenvolvidas no resto do Evangelho. A “catequese” de hoje
situa-nos em Jerusalém. A Lei judaica pedia que os homens de Israel fossem três
vezes por ano a Jerusalém, por alturas das três grandes festas de peregrinação
(Páscoa, Pentecostes e Festa das Tendas – cf. Ex 23,17-17). Ainda que os rabinos
não considerassem obrigatória esta lei até aos treze, muitos pais levavam os
filhos antes dessa idade. Jesus tem doze anos e, de acordo com o texto de
Lucas, foi com Maria e José a Jerusalém celebrar a Páscoa. É neste ambiente de
Jerusalém e do Templo que Lucas situa as primeiras palavras pronunciadas por
Jesus no Evangelho. Elas são, sem dúvida, o centro do nosso relato.
MENSAGEM
“Por que me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?” O significado (a catequese)
da resposta à pergunta de Maria é que Deus é o verdadeiro Pai de Jesus.
Daqui deduz-se que as exigências de Deus são, para Jesus, a prioridade
fundamental, que ultrapassa qualquer outra exigência. A sua missão vai
obrigá-lo a romper os laços com a própria família (cf. Mc 3,31-35). É possível
que haja ainda, aqui, uma referência à paixão/morte/ressurreição de Jesus:
tanto o episódio de hoje, como os fatos relativos à morte/ressurreição, são
situados num contexto pascal; em ambas as situações Jesus é abandonado –
aqui por Maria e José e, mais tarde, pelos discípulos – por pessoas que não
compreendem que a sua prioridade é o projeto do Pai; em ambas as situações,
Jesus é procurado (cf. Lc 24,5) e tem de explicar que a finalidade da sua vida
é cumprir aquilo que o Pai tinha definido (cf. Lc 24,7.25-27.45-46). Lucas
apresenta aqui a chave para entender toda a vida de Jesus: Ele veio ao mundo
por mandato de Deus Pai e com um projeto de salvação/libertação. Àqueles que se
perguntam porque deve o Messias percorrer determinado caminho, Lucas responde: porque
é a vontade do Pai. Foi para cumprir a vontade do Pai que Jesus veio
ao nosso encontro e entrou na nossa história.
ATUALIZAÇÃO
♦ Para Jesus, a prioridade é
o projeto de Deus, o plano que Deus tem para cada pessoa.
♦ Maria e José não fizeram
cenas diante da resposta “irreverente” de Jesus. Aceitaram que o jovem Jesus
não lhes pertencia exclusivamente: Ele tinha a sua identidade e a sua missão
próprias.
SEGUNDA LEITURA (Cl 3,12-21) Leitura da Carta de São
Paulo aos Colossenses.
Irmãos, vós sois amados por Deus, sois os seus santos
eleitos. Por isso, revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade,
mansidão e paciência, suportandovos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente,
se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós
também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da
perfeição. Que a paz de Cristo reine em vossos corações, à qual fostes chamados
como membros de um só corpo. E sede agradecidos. Que a palavra de Cristo, com
toda a sua riqueza, habite em vós. Ensinai e admoestai-vos uns aos outros com
toda a sabedoria. Do fundo dos vossos corações, cantai a Deus salmos, hinos e
cânticos espirituais, em ação de graças. Tudo o que fizerdes, em palavras ou obras,
seja feito em nome do Senhor Jesus Cristo. Por meio deles dai graças a Deus, o
Pai. Esposas, sede solícitas para com vossos maridos, como convém, no Senhor.
Maridos, amai vossas esposas e não sejais grosseiros com elas. Filhos, obedecei
em tudo aos vossos pais, pois isso é bom e correto no Senhor. Pais, não
intimideis os vossos filhos, para que eles não desanimem.
AMBIENTE
Paulo estava na prisão (possivelmente em Roma, anos 61/63) quando
escreveu aos colossenses. Algum tempo antes, Paulo havia recebido notícias
pouco animadoras sobre a comunidade de Colossos. Essas notícias falavam da
perigosa tendência de alguns doutores locais, que ensinavam doutrinas errôneas
e afastavam os colossenses da verdade do Evangelho. Essas doutrinas misturavam
práticas legalistas, práticas ascéticas, especulações sobre os anjos e achavam
que toda esta mistura confusa de elementos devia completar a fé em Cristo e
comunicar aos crentes m conhecimento
superior dos mistérios cristãos e uma vida religiosa mais autêntica. Sem refutar
essas doutrinas de modo direto, Paulo afirma a absoluta suficiência de Cristo e
assinala o seu lugar proeminente na criação e na redenção dos homens.
MENSAGEM
Em termos mais concretos, viver como “homem novo” implica
cultivar um conjunto de virtudes que resultam da união do cristão com Cristo: misericórdia,
bondade, humildade, paciência, mansidão. Lugar especial ocupa o perdão das
ofensas do próximo, a exemplo do que Cristo sempre fez. Estas virtudes são
exigências e manifestações da caridade, que é o mais fundamental dos
mandamentos cristãos: tais exigências resultam da íntima relação do cristão com
Cristo; viver “em Cristo” implica viver, como Ele, no amor total, no serviço,
na disponibilidade e no dom da vida. Às mulheres, recomenda o respeito para com
os maridos; aos maridos, convida a amar as esposas, evitando o domínio tirânico
sobre elas; aos filhos, recomenda a obediência aos pais; aos pais, com intuição
pedagógica, pede que não sejam excessivamente severos para com os filhos, pois
isso pode impedir o desenvolvimento normal das suas capacidades. É desta forma
que, no espaço familiar, se manifesta o Homem Novo, o homem que vive segundo
Cristo.
ATUALIZAÇÃO
♦ Viver “em Cristo” implica
deixar que ele se manifeste em gestos concretos de bondade, de perdão, de
compreensão, de respeito pelo outro, de partilha, de serviço. Esse amor
traduz-se numa atenção contínua àquele que está ao nosso lado, às suas
necessidades e preocupações, às suas alegrias e tristezas.
♦ As mulheres não gostam de
ouvir Paulo pedir-lhes a “submissão” aos maridos… No entanto, não devem ser
demasiado severas com Paulo: ele é um homem do seu tempo, e não podemos exigir
dele a mesma linguagem com que, nos nossos dias, falamos destas coisas. Apesar
de tudo, convém lembrar que Paulo não se esquece de pedir aos maridos que amem
as mulheres e não as tratem com aspereza: sugere, desta forma, que a mulher
tem, em relação ao marido, igual dignidade.
Fonte: Dehonianos
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HOMILIA DO PE. PEDRINHO
Irmãos e imãs, hoje celebramos a festa da Sagrada Família. A partir da
Sagrada Família somos convidados a contemplar sobre as nossas
responsabilidades. É evidente, que dentro da Celebração Eucarística, não dá
para a gente tratar no sentido sociológico. Teríamos aí, uns doze modelos de
família para ser falado. Eu tentarei abordar um pouco, a família que temos de
fé e a maneira como a Igreja entende a família, como sendo, a igreja doméstica.
Capítulo 1 do Livro do Gênesis vai nos dizer: Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança. Homem e mulher Ele os criou. Então, a imagem do Deus Criador não é
somente o homem, não é somente a mulher, mas os dois juntos. Por isso, para
nós, que temos fé no Deus vivo e verdadeiro, no Deus Criador, que chamamos de
Pai, sabemos que Deus é Pai, é Filho e é Espírito, entretanto, ao se tratar do
Deus Criador é o Deus Pai. de fato, apresentamos o homem e a mulher como a
imagem de Deus. Para nós que cremos em Deus, o homem não é melhor que a mulher
e a mulher não é melhor que o homem. Os dois juntos trazem o rosto, a imagem,
da semelhança do Deus Criador. Por isso, casar-se na igreja significa: queremos
ser a imagem do Deus Criador. Aí o porque quem se casa na igreja tem o firme
propósito de gerar filhos. Um casal que se casa na igreja e diz: não quero
filhos, no mínimo, não entendeu o que significa casar-se na igreja. Estou
falando casar na igreja. Porque o casamento é um direito natural, que se não
casar na igreja, tem o direito de outros meios. Quem se casa na igreja pretende
ser um sinal do Deus Criador. Deus é criador porque ele gera, ele cria. “ah, eu
não quero ter filhos”; não quero ser a imagem do Deus Pai. Pode ser imagem do
Deus Filho se tornando padre ou freira. “não, eu não quero ser imagem do Deus
Filho”. Então, vai ser imagem do Deus Espírito, vai semear o amor no mundo.
Ninguém precisa se casar ou ser padre ou freira para ser feliz. Por isso, no
Batismo fazemos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para depois a
pessoa escolher qual é a imagem da Pessoa da Trindade Santa que quer ser
imagem. Ora, a idéia de pai e mãe, marido e mulher, casal, vem do Antigo
Testamento, onde o Pai é visto como sinal de Deus no mundo e a mãe é vista como
a sabedoria de Deus no mundo. Então, cabe a mãe transmitir todos os valores
éticos, morais, religiosos para a prole, para os filhos. Cabe ao pai garantir a
justiça, a harmonia, a igualdade, entre os filhos. Cabe aos filhos trabalhar. É
interessante observar que não há um melhor que o outro, mas uma divisão de
trabalho, onde cada um tem a sua responsabilidade. Honrar, significa por em
prática o que ele lhe ensina. Por isso, cuidar dos pais, porque aquilo que você
ensina é o que eles vão fazer. Honrar, significa por em prática o que eu
aprendi. Ora, diz aqui na primeira leitura: Quem honra o seu pai,
alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração
quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. A maneira como os filhos tratam os pais, ela se dá
conta se cumpriu sua parte ou não. O Antigo Testamento tem uma visão muito
clara sobre a função, a responsabilidade de cada um. Mesmo que o seu
pai esteja perdendo a lucidez, procure ser compreensivo com ele. Perder a
lucidez é diferente de não ter juízo. É importante isso. Tem muito pai e muita
mãe que não tem juízo. Aí, é preciso chamar a atenção. Perder a lucidez, é
alguém que não consegue mais coordenar bem as suas ideias. Às vezes vem filho
acompanhando os pais e dizendo: “o animalzinho está atacando ele”. Como se diz,
é Alzheimer
e nós também podemos ter isso. Não tenha vergonha de seus pais, porque
eles perderam a lucidez. Não tenha vergonha, mas orgulho dos pais. É um
processo, que na medida que vem a idade, é preciso de cuidados especiais.
Agora, aqui vem um ponto importante: a segunda leitura vai dizer, que Jesus
abriu a nossa compreensão sobre a família. Jesus vai nos ajudar a entender quem
é a família. “sua mãe e seus irmãos estão aí fora te chamando”. “Quem é minha
mãe, quem é meus irmãos”? Todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu
pai, minha mãe e meu irmão. Então, Jesus ampliou a idéia de família. A família
não é só do sangue humano, mas agora, somos todos irmãos de sangue, porque
comungamos do mesmo cálice. Assim, Jesus acaba nos ajudando, que a idéia modelo
de família permanece na igreja. Deus é o grande Pai. A Igreja se torna a grande
Mãe, que nos ajuda, nos educa, a partir da vontade de Deus e nós todos somos
irmãos. Não existe um melhor e outro pior, um mais importante e um menos
importante; todos nós somos importantes. Qual é a imagem de Deus? Felipe, quem
me vê, vê o Pai. Jesus se torna para nós a imagem de Deus feito homem. É
importante compreender isto, que na comunidade eu acabo aprendendo a suportar
uns aos outros, perdoar uns aos outros, agir com misericórdia, com harmonia,
com concórdia, sobretudo com amor. É aqui que vamos aprender aquilo que a
família é chamada a desempenhar na sociedade: ser um sinal de Deus Criador. Como
é que as pessoas devem se comportar. E, sobretudo, diz a carta aos colossenses:
é o amor que vai ser o grande sinal. Nós sabemos que a família tem enfrentado
uma crise tremenda e é evidente, que cada vez mais as reportagens falem disso,
da dupla jornada da mulher. Claro, não há crítica alguma a mulher trabalhar
fora de casa, mas isto é uma opção que deve ser muito bem pesada, ponderada.
Por que? Porque nem sempre temos a necessidade daquele salário extra. Ninguém
vai ficar feliz, vendo o filho passar privação e vai, mesmo, procurar resolver
o problema. Mas, toda escolha traz consequência. Muitas vezes, não é suprir a
necessidade, mas valorizar o dinheiro. Veja bem! O Antigo Testamento diz que as
família viveram do Maná, viveram de codornizes, viveram de leite e mel. Leite e
mel é uma delícia! Mas, experimente comer isto uma semana inteira. Você vai ver
que é insuportável. Só para dizer que as famílias enfrentaram dificuldades. Home,
nem sempre, os dois saírem para trabalhar é para resolver dificuldades. Às
vezes porque se valoriza mais o dinheiro e ao terceirizarmos a educação dos
filhos, acabamos mostrando que o mais importante é o dinheiro. E, aí, quando os
pais deixam de ganhar o dinheiro, porque se aposentam, eles deixam de ser
importante e os filhos também deixam de ver importância e terceirizam,
mandando-os para o asilo, assim como eles foram para a escolinha, porque não
tinham quem os cuidassem. Então, é importante isso. Na medida que os avós vão
perdendo a lucidez, é preciso ajudar os filhos a respeitar, ajudar os netos a
respeitar, porque nós também vamos perder a lucidez. Se hoje eles não têm poder
econômico. Eles têm um patrimônio de vida para garantir a nossa existência. Sem
os avós não existiriam os netos. Então, entre apoiar os avós e apoiar os
filhos, é preciso harmonizar os dois. Nenhum é mais importante. Ambos são
importantes. Estou mostrando qual é a
nossa responsabilidade: ajudar aqueles que perderam Jesus na sua vida a repetir
os gestos de Maria e de José. Maria e José perderam Jesus. O que eles fizeram? Voltaram
atrás. Procuraram por três dias e encontraram Jesus no Templo. E, quando Maria
perguntou: por que fizestes isto? – ué, você não sabia que eu deveria estar na
casa de meu Pai? quantas famílias já perderam Jesus ao longo de sua caminhada,
mas não quiseram voltar atrás. Ajuda-las para que possam encontrar Jesus na
COMUNIDADE. Porque é na comunidade que podemos nos orientar, enfrentando os
desafios que a sociedade coloca para nossas famílias. Não existe família cem
por cento santa. Não existe família cem por cento perdida. Existe famílias
desorientadas. É preciso, cada vez mais, nos empenharmos e ajuda-las a
descobrir os verdadeiros valores. Certamente o grande e maior valor é encontrar
Jesus. Vamos continuar rezando por nossas famílias, pelas famílias que têm
buscado a felicidade, mas que têm se equivocado.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO – Diocese de Santo André - SP
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LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à O Senhor
esteja com todos vocês... Demos graças ao Senhor, nosso Deus...
à Com
Jesus, na força do Espírito Santo, louvemos ao PAI:
T: Bendito seja Deus que nos enviou o
seu Filho!
à1- Deus,
nosso Pai, nós vos bendizemos pelo vosso amor nos enviando seu Filho único para
nos guiar ao Vosso Reino. Somos o vosso povo e sois o nosso Deus.
T: Bendito seja Deus que nos enviou o
seu Filho!
à2- Senhor,
vosso Filho nos acolheu em uma só família. “que todos sejam um, como eu e tu somos um”, nos disse Ele.
Pai sabeis de nossa limitação; enviai-nos o Espírito Santo para que sejamos
transformados e possamos ter mais amor por aqueles que estão junto de nós.
T: Bendito seja Deus que nos enviou o
seu Filho!
à3- Senhor,
obrigado pela minha vida, obrigado pela minha família, obrigado por ter uma
comunidade onde eu posso crescer no amor a Vós e ao irmão. Pai, olhai pela
minha família e vinde sempre em nosso auxílio.
T: Bendito seja Deus que nos enviou o
seu Filho!
à4- Senhor,
que possamos imitar o vosso filho e procurar fazer a vossa vontade. Muitas
vezes colocamos nossas necessidades na frente da vossa vontade, ou mesmo
esquecemos de vosso projeto e queremos fazer só os nossos. Pai, iluminai-nos
nos vossos caminhos.
T: Bendito seja Deus que nos enviou o
seu Filho!
Pai
nosso.... A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...
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