2º DOMINGO DO TEMPO
COMUM ANO A 2017
SINOPSE:
Tema: “Em Cristo todos são chamados a ser santos” Deus
tem um Plano de vida plena para todos e, ao longo da História, escolhe e envia
pessoas, para a realização desse Plano.
Primeira leitura: – O Servo
de Jahwéh – a quem Deus elegeu como sinal do projeto libertador.
Evangelho: João apresenta-nos
Jesus, “o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Ele é o Deus que veio
ao nosso encontro para nos libertar e nos dar o acesso à vida plena.
Segunda leitura: A carta aos coríntios; os batizados são
chamados a viver os valores do Reino.
PRIMEIRA LEITURA (Is 49,3.5-6) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
O Senhor me disse: “Tu és o meu Servo, Israel, em quem
serei glorificado”. E agora diz-me o Senhor – ele que me preparou desde o
nascimento para ser seu servo – que eu recupere Jacó para ele e faça Israel
unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta é a minha glória. Disse ele: “Não basta
seres meu Servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os remanescentes
de Israel: eu te farei luz nas nações, para que minha salvação chegue até aos
confins da terra”.
AMBIENTE - O Deutero-Isaías é um profeta da época do exílio na Babilônia, entre os exilados. A sua mensagem – de consolação e de esperança – A missão do Servo de Jahwéh cumpre-se no sofrimento e no meio das perseguições; mas do sofrimento do Servo resultará a redenção para o Povo. No fim, o Servo será recompensado por Jahwéh e será exaltado. Aqui, esse Servo seria a figura do Povo de Deus, chamado a ser testemunha de Jahwéh no meio dos outros povos.
MENSAGEM - É Deus que escolhe, chama e envia: Israel existe porque Deus
o escolheu entre todos os povos, revelou-lhe o seu rosto, constituiu-o como
Povo, libertou-o da escravidão, conduziu-o através do deserto e estabeleceu com
ele uma relação especial de comunhão e de aliança.
A eleição e a aliança pressupõem a missão e o testemunho. A missão de “reconduzir Jacob e reunir Israel” a Jahwéh: Israel deve dar testemunho da salvação de Deus, de forma a que a proposta salvadora e libertadora chegue, por intermédio do Servo/Povo aos homens e mulheres de toda a terra. Aqui afirma-se o jeito de Deus, que age no mundo, salva e liberta recorrendo a instrumentos frágeis.
ATUALIZAÇÃO
• Na origem da vocação está Deus: é Ele que elege, chama e que confia a cada um uma missão. A nossa vocação é sempre algo que tem origem em Deus e que só se entende à luz de Deus.
• O homem chamado por Deus é sempre um homem que testemunha e que é um sinal vivo de Deus, dos seus valores e das suas propostas diante dos outros homens.
A eleição e a aliança pressupõem a missão e o testemunho. A missão de “reconduzir Jacob e reunir Israel” a Jahwéh: Israel deve dar testemunho da salvação de Deus, de forma a que a proposta salvadora e libertadora chegue, por intermédio do Servo/Povo aos homens e mulheres de toda a terra. Aqui afirma-se o jeito de Deus, que age no mundo, salva e liberta recorrendo a instrumentos frágeis.
ATUALIZAÇÃO
• Na origem da vocação está Deus: é Ele que elege, chama e que confia a cada um uma missão. A nossa vocação é sempre algo que tem origem em Deus e que só se entende à luz de Deus.
• O homem chamado por Deus é sempre um homem que testemunha e que é um sinal vivo de Deus, dos seus valores e das suas propostas diante dos outros homens.
• Ao refletirmos na lógica
da vocação, é preciso estarmos cientes de que toda a vocação tem origem em
Deus, é alimentada por Deus, e de que Deus se serve, muitas vezes, da nossa
fragilidade e indignidade para atuar no mundo. Aquilo que fazemos de bom e de
bonito não resulta, portanto, das nossas forças ou das nossas qualidades, mas
de Deus. O coração do profeta não tem, portanto, qualquer razão para se encher
de orgulho, de vaidade e de autossuficiência: convém ter consciência de que por
detrás de tudo está Deus, e que só Deus é capaz de transformar o mundo, a
partir dos nossos pobres gestos e das nossas frágeis forças.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 39 (40)
Eu
disse: Eis que venho, Senhor, / com prazer faço a vossa vontade!
• Esperando, esperei no Senhor; / e, inclinando-se,
ouviu meu clamor. /
Canto novo ele pôs em meus lábios, /
um poema em louvor ao Senhor.
• Sacrifício e oblação não quisestes,
/ mas abristes, Senhor, meus ouvidos; /
não pedistes ofertas nem vítimas, /
holocaustos por nossos pecados.
• E então eu vos disse: “Eis que
venho!” / Sobre mim está escrito no livro: /
“Com prazer faço a vossa vontade, /
guardo em meu coração vossa lei!”
• Boas-novas de vossa justiça /
anunciei numa grande assembleia. /
Vós sabeis: não fechei os meus lábios!
EVANGELHO (Jo 1,29-34) . Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo
João.
Naquele tempo, João viu
Jesus aproximar-se dele e disse: “Eis o cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo. Dele é que eu disse: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha
frente, porque existia antes de mim’. Também eu não o conhecia, mas, se eu vim
batizar com água, foi para que ele fosse manifestado a Israel”. E João deu
testemunho dizendo: “Eu vi o Espírito descer, como uma pomba, do céu e
permanecer sobre ele. Também eu não o conhecia, mas aquele que me enviou a
batizar com água me disse: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e
permanecer, este é quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi e dou testemunho:
Este é o Filho de Deus!”.
AMBIENTE - João é o apresentador oficial de Jesus. A catequese sobre Jesus que aqui é feita xpressa-se através de duas afirmações com um profundo impacto teológico: Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo; e é o Filho de Deus que possui a plenitude do Espírito.
A
primeira afirmação
(“o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” ) evoca duas imagens
tradicionais. Por um lado, evoca a imagem do “servo sofredor”, o
cordeiro levado para o matadouro, que assume os pecados do seu Povo e realiza a
expiação (cf. Is 52,13-53,12); por outro lado, evoca a imagem do cordeiro
pascal, símbolo da ação libertadora de Deus em favor de Israel (cf. Ex
12,1-28). Qualquer uma destas imagens sugere que a pessoa de Jesus está ligada
à libertação dos homens.
Ele veio para tirar (“eliminar”) “o pecado do mundo”. A palavra “pecado” aparece, aqui, no singular: não designa os “pecados” dos homens, mas um “pecado” único que oprime a humanidade inteira; esse “pecado” parece ter a ver, no contexto da catequese Joanina, com a recusa da proposta de vida com que Deus quis presentear a humanidade. Deus propôs-se tirar a humanidade da situação de escravidão em que esta se encontra; enviou ao mundo Jesus, com a missão de realizar um novo êxodo, que leve os homens da terra da escravidão para a terra da liberdade.
Ele veio para tirar (“eliminar”) “o pecado do mundo”. A palavra “pecado” aparece, aqui, no singular: não designa os “pecados” dos homens, mas um “pecado” único que oprime a humanidade inteira; esse “pecado” parece ter a ver, no contexto da catequese Joanina, com a recusa da proposta de vida com que Deus quis presentear a humanidade. Deus propôs-se tirar a humanidade da situação de escravidão em que esta se encontra; enviou ao mundo Jesus, com a missão de realizar um novo êxodo, que leve os homens da terra da escravidão para a terra da liberdade.
A
segunda afirmação
(o “Filho de Deus” que possui a plenitude do Espírito Santo e que batiza no
Espírito) completa a anterior. Há aqui vários elementos bem sugestivos: o
“cordeiro” é o Filho de Deus; Ele recebeu a plenitude do Espírito; e tem por
missão batizar os homens no Espírito.
Dizer que Jesus é o Filho de Deus é dizer que Ele é o Deus que se faz pessoa, que vem ao encontro dos homens, que monta a sua tenda no meio dos homens, a fim de lhes oferecer a plenitude da vida divina. A sua missão consiste em eliminar “o pecado” que torna o homem escravo e que o impede de abrir o coração a Deus.
Dizer que Jesus é o Filho de Deus é dizer que Ele é o Deus que se faz pessoa, que vem ao encontro dos homens, que monta a sua tenda no meio dos homens, a fim de lhes oferecer a plenitude da vida divina. A sua missão consiste em eliminar “o pecado” que torna o homem escravo e que o impede de abrir o coração a Deus.
Dizer que o Espírito
desce sobre Jesus e permanece sobre Ele sugere que Jesus possui a plenitude
da vida de Deus, toda a sua riqueza, todo o seu amor. Por outro lado, a descida
do Espírito sobre Jesus é a sua investidura messiânica, a sua unção
(“messias” = “ungido”). O quadro leva-nos aos textos do Deutero-Isaías, onde o
“Servo” aparece como o eleito de Jahwéh, sobre quem Deus derramou o seu Espírito
(cf. Is 42,1), a quem ungiu e a quem enviou para “anunciar a Boa Nova aos
pobres, para curar os corações destroçados, para proclamar a libertação aos
cativos, para anunciar aos prisioneiros a liberdade” (Is 61,1-2).
Jesus é, finalmente, aquele
que batiza no Espírito Santo. O verbo “batizar” aqui utilizado tem, em grego,
duas traduções: “submergir” e “empapar (como a chuva empapa a terra)”;
refere-se, em qualquer caso, a um contato total entre a água e o sujeito. A
missão de Jesus consiste, portanto, em derramar o Espírito sobre o homem; e o
homem que adere a Jesus, “empapado” do Espírito e transformado por essa fonte
de vida, abandona a experiência da escuridão (“o pecado”) e alcança o seu pleno
desenvolvimento, a plenitude da vida.
: só a partir do encontro
com Jesus será possível chegar à vida plena, à meta final do Homem Novo.
ATUALIZAÇÃO • Em primeiro lugar, importa termos consciência de que Deus tem um projeto de salvação para o mundo e para os homens. A história humana não é, portanto, uma história de fracasso, de caminhada sem sentido; mas é uma história onde é preciso ver Deus a conduzir o homem pela mão e a apontar-lhe a realidade feliz do novo céu e da nova terra.
ATUALIZAÇÃO • Em primeiro lugar, importa termos consciência de que Deus tem um projeto de salvação para o mundo e para os homens. A história humana não é, portanto, uma história de fracasso, de caminhada sem sentido; mas é uma história onde é preciso ver Deus a conduzir o homem pela mão e a apontar-lhe a realidade feliz do novo céu e da nova terra.
• Jesus, não é apenas um
homem bom, é o Deus que Se fez pessoa, que assumiu a nossa humanidade, que
trouxe até nós uma proposta objetiva de salvação, oferecendo-nos a vida plena e
definitiva. Ele é, agora e sempre, a verdadeira fonte da vida e da liberdade.
• O Pai investiu Jesus de
uma missão: eliminar o pecado do mundo. No entanto, o “pecado” continua a
enegrecer o nosso horizonte diário, traduzido em guerras, vinganças,
terrorismo, exploração, egoísmo, corrupção, injustiça… Jesus falhou? - Deus propõe ao homem o seu projeto de
salvação, mas não impõe nada e respeita absolutamente a liberdade das nossas
opções. Ora, muitas vezes, os homens pretendem descobrir a felicidade em
caminhos onde ela não está. De resto, é preciso termos consciência de que a
nossa humanidade implica um quadro de fragilidade e de limitação e que,
portanto, o pecado vai fazer sempre parte da nossa experiência histórica. A
libertação plena e definitiva do “pecado” acontecerá só nesse novo céu e nova
terra que nos espera para além da nossa caminhada terrena.
• A missão dos seguidores de Jesus consiste em anunciar a vida plena e em lutar contra tudo aquilo que impede a sua concretização na história.
• A missão dos seguidores de Jesus consiste em anunciar a vida plena e em lutar contra tudo aquilo que impede a sua concretização na história.
SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,1-3) Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos
Coríntios.
Paulo, chamado a ser
apóstolo de Jesus Cristo, por vontade de Deus, e o irmão Sóstenes, à Igreja de
Deus que está em Corinto: aos que foram santificados em Cristo Jesus, chamados
a ser santos junto com todos o que, em qualquer lugar, invocam o nome de nosso
Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Para vós, graça e paz, da parte de
Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
AMBIENTE - No decurso da sua segunda viagem missionária, Paulo chegou a
Corinto, depois de atravessar boa parte da Grécia, e ficou por lá cerca 18
meses (anos 50-52). De acordo com At 18,2-4, Paulo começou a trabalhar em casa
de Priscila e Áquila, um casal de judeu-cristãos. No sábado, usava da palavra
na sinagoga. Mas não tardou a entrar em conflito com os judeus e foi expulso da
sinagoga.
Corinto era uma cidade nova e muito próspera. Como resultado da pregação de Paulo, nasceu a comunidade cristã de Corinto. De uma forma geral, a comunidade era viva e fervorosa; no entanto, estava exposta aos perigos de um ambiente corrupto: moral dissoluta, disputas, sedução da sabedoria filosófica de origem pagã que se introduzia na Igreja revestida de um superficial verniz cristão (cf. 1 Cor 1,19-2,10).
Tratava-se de uma comunidade forte e vigorosa, mas que mergulhava as suas raízes em terreno adverso. Na comunidade de Corinto, vemos as dificuldades da fé cristã em inserir-se num ambiente hostil, marcado por uma cultura pagã e por um conjunto de valores que estão em profunda contradição com a pureza da mensagem evangélica.
Corinto era uma cidade nova e muito próspera. Como resultado da pregação de Paulo, nasceu a comunidade cristã de Corinto. De uma forma geral, a comunidade era viva e fervorosa; no entanto, estava exposta aos perigos de um ambiente corrupto: moral dissoluta, disputas, sedução da sabedoria filosófica de origem pagã que se introduzia na Igreja revestida de um superficial verniz cristão (cf. 1 Cor 1,19-2,10).
Tratava-se de uma comunidade forte e vigorosa, mas que mergulhava as suas raízes em terreno adverso. Na comunidade de Corinto, vemos as dificuldades da fé cristã em inserir-se num ambiente hostil, marcado por uma cultura pagã e por um conjunto de valores que estão em profunda contradição com a pureza da mensagem evangélica.
MENSAGEM
- Paulo reivindica a sua
condição de escolhido por Deus (de apóstolo), sugerindo que está revestido de
autoridade para proclamar com plena garantia o Evangelho. A mensagem serve para
os cristãos de todas as épocas e de todas as latitudes.
Paulo foi chamado por Deus a
ser apóstolo e os coríntios são uma comunidade de chamados à santidade. Deus
tem um projeto para os homens e para o mundo. Todos são chamados a um compromisso com esse
projeto.
O que é ser chamado à
santidade? No contexto Paulino, os santos são todos aqueles que acolheram a
proposta libertadora de Jesus e aceitaram os valores do Evangelho. Os “santos”
são os “separados”.
ATUALIZAÇÃO - • Deus chama os homens e as mulheres à santidade.
• Realizar a vocação à
santidade significa, sobretudo, acolher a proposta libertadora que Deus oferece
em Jesus e viver de acordo com os valores do Reino.
• A comunidade dos “chamados
à santidade”, é constituída por “todos os que invocam, em qualquer lugar, o
nome de Nosso Senhor Jesus Cristo”.
Pe.
Joaquim Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
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Cordeiro de Deus!
Deus tem um Plano de vida plena para os homens e, ao longo
da História, escolhe e envia pessoas,
para a realização desse Plano.
Após o Batismo, em que o céu confirmou a missão de Jesus,
João Batista aponta que o CORDEIRO DE
DEUS já está presente no meio do Povo.
Na 1ª Leitura, ISAÍAS aponta a
Vocação de Israel. (Is 49,3,5-6)
Um misterioso "Servo de Deus" é escolhido por
Deus, desde o seio materno, com a missão de dar testemunho da Salvação de Deus
a todas as nações:
"Vou fazer de ti
a LUZ DAS NAÇÕES para que a minha
Salvação chegue até aos confins da terra ..."
Esse "Servo" é identificado com Israel.
Desde então povo aguardava... a realização da grande
esperança...
* A VOCAÇÃO é
sempre um Mistério...
- Sua origem é Deus, que escolhe, chama e envia...
- O "vocacionado" é sempre uma Testemunha e um
Sinal vivo de Deus, dos seus valores e dos seus projetos diante dos homens...
- A Vocação é alimentada por Deus e, muitas vezes, Deus se serve de nossa fragilidade para atuar
no mundo
Na 2ª leitura, PAULO lembra sua
vocação a Apóstolo e a vocação de todos à Santidade, comprometidos com os
valores do Reino. (1Cor 1,1-3)
No Evangelho, JOÃO BATISTA
aponta Jesus aos discípulos, como o "Cordeiro de Deus". (Jo 1,29-34)
O Evangelho retoma o episódio do Batismo, no qual aparecem duas
afirmações sobre QUEM É JESUS:
1. Jesus é "O
Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".
* "Cordeiro": Essa expressão
lembra duas imagens:
- O misterioso
personagem de que nos fala Isaías (servo sofredor), que irá ao matadouro como um cordeiro
silencioso... Ele assume os pecados do
seu povo e realiza a expiação.
- O Cordeiro
Pascal imolado no Egito:
O seu sangue,
com que ungiram os portais das casas, foi sinal de libertação, de proteção
divina e de certeza de salvação...
* "Pecado" (no singular), para
João, é a atitude de rejeição a Jesus:
- Hoje se fala
muito de libertação da guerra, da opressão, da fome, do analfabetismo, da
doença, da poluição, do desemprego...
- Não se fala da
libertação do pecado, que é a fonte dos demais pecados.
* "Mundo" designa a humanidade que
resiste à Salvação.
2. Jesus é o "Filho
de Deus", que possui a plenitude do Espírito Santo e que
batiza no Espírito.
+ "Eu vi e dei o testemunho..."
O caminho espiritual, percorrido por João Batista, para
chegar à descoberta de Jesus como Cordeiro de Deus, é o mesmo que todos os
cristãos devem percorrer.
Ele começa dizendo por 2 vezes que "não conhecia
Jesus".
- Este é o ponto de partida do caminho espiritual de todos
nós:
No começo, não
conhecemos o Mestre.
Em seguida, algum
amigo nos fala dele.
Reconhecemos que é
uma pessoa extraordinária.
Mais adiante, Deus ilumina o Batista com alguns sinais
especiais.
Ele abre os olhos por completo e reconhece em Jesus o Filho
de Deus:
"Eu vi e dei o
testemunho de que este é o Filho de Deus".
- Quando descobrimos Jesus como Luz e Salvador do mundo,
sentimos a necessidade de comunicar aos outros a nossa alegria.
O Batista fala
daquilo que viu, os cristãos também deveriam falar somente daquilo que viram e
experimentaram.
Deus continua precisando de outros Batistas:
Há muito tempo, os homens estão à procura de Cristo.
E se ainda não o encontraram, talvez seja porque está
faltando para eles um João Batista que lhes indique.
E o Batista do tempo de hoje devo ser eu, devemos ser todos
nós.
- Todos nós devemos ser testemunhas do evangelho, preparar o
encontro dos homens com Cristo.
Em todos nós se esconde um precursor, um João Batista.
É preciso acordá-lo.
- Todos nós devemos indicar ao irmão o Cristo que se
aproxima.
Indicar o Cristo, e depois desaparecer... discretamente.
Como João Batista: não sou eu o protagonista desta história.
Ele virá depois de mim. Eu sou apenas uma voz, sou apenas o
dedo dele... Depois é preciso que eu desapareça, para que Ele possa aparecer.
Preparar o encontro do homem com Cristo e depois morrer...
Então, a nossa passagem neste mundo não terá sido em vão.
Esta é a missão de todo cristão: preparar o caminho do
Senhor e o encontro do homem com Deus,
levantar o dedo e proclamar bem alto:
"Eis aquele que o teu coração está procurando,
eis aquele que veio para te amar
e te salvar!"
Pe.
Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Pedrinho
Meus
irmãos e irmãs, domingo passado chamei a atenção para o batismo de João e o
Batismo que fomos batizados. João Batista diz: “Eu batizo com água, mas me foi
revelado que Ele vos batizará no Espírito Santo”. Esta é a grande diferença.
Hoje João Batista apresenta, de maneira solene, Jesus como o Cordeiro que tira
o pecado do mundo. Não são os pecados, mas O pecado. O que significa que existe
um único pecado. O restante é decorrência deste único pecado. Qual seria este
pecado? O pecado original. No que consiste o pecado original? Ali, no diálogo
entre a serpente e a mulher, nós temos claro; o pecado original ocorre quando o
ser humano quer ocupar o lugar de Deus. É verdade que você não pode comer do
fruto da árvore? Ela diz: não podemos comer nem tocar, porque o dia que
fizermos isto, morreremos. A serpente diz: não é assim. O dia em que comerdes
do fruto, os seus olhos se abrirão e serão como deuses. Daí em diante, o ser
humano nunca mais se conformou em ser gente. Ele sempre quis ser Deus. Ouvimos
sempre: como é que Deus não vê isto, como Deus permite tais coisas? Sinal de
que Deus errou e eu tenho a solução para Ele. Por que Deus não mata esta praga?
Eu decido quem tem que morrer! Por que Deus fez isto comigo? Olha aí. São
frases que mostram o quanto nós disputamos o lugar com Deus. Este é O Pecado.
No momento que o ser humano pensou em ser Deus, a primeira atitude dele foi
matar o irmão. Pode ver lá no capitulo 3 de Gênesis e depois o capítulo 4 Caim
e Abel. É a primeira atitude dele como Deus; matar.
Deus
escolheu o povo de Israel para que fosse um sinal para toda a humanidade. Esta
é a Primeira Leitura de hoje, onde Isaías diz: você, Israel, é meu servo. Quer
dizer; espero que seja um povo diferente dos outros. Mas, não aconteceu assim.
Não vamos pensar que Israel é um povo pior que outros povos. Não. Toda a
humanidade é a mesma. Qualquer conflito, resolve matar, resolve punir, qualquer
que seja a sociedade. Bom, se não é assim, quem será então o servo de Deus? Aí
é que vem João Batista dizendo: “É Jesus”. Porque é Ele que traz para cada um
de nós a Palavra de Deus COMPLETA e foi apresentado pelo próprio Deus: no seu
Batismo o Céu se abre e Deus, diretamente, diz: “Este é meu Filho amado”. Portanto,
Jesus é o Servo de Deus. É interessante observar, que Deus nunca deixou de
atender as necessidades de seu povo. Mas, muitas vezes, o diálogo foi interrompido
entre Deus e o povo, porque o povo deixou de dirigir o seu olhar para Deus. Deus
sempre se inclina pra ouvir a oração do necessitado. Isto diz o salmo.
Esperando, esperei no Senhor; / e, inclinando-se, ouviu
meu clamor. /
Deus se inclina
para ouvir o meu pedido, o meu clamo.
O que é
inclinar-se? É o que vamos chamar de graça de Deus. Deus volta sua atenção para
o ser humano, porque Ele quer. É gratuito. Ele não espera nada do ser humano, a
não ser anunciar a sua justiça. É o Salmo que continua: • Boas-novas de vossa justiça /
anunciei numa grande assembleia. /
Vós sabeis: não fechei os meus lábios!
Então,
veja: eu dirijo a Deus a minha oração e Ele inclina o seu ouvido para ouvir o
que eu peço e depois espero que eu viva a sua vontade; a vontade de Deus é que
sejamos justos.
São Paulo vai
dizer: está aí o caminho para a santidade. Quem é santo? Aquele que proclama
que Jesus é o Senhor. Se Jesus é o Senhor, Ele me dá orientação e eu vivo esta
orientação e a partir daí, eu pratico a justiça. E Paulo continua: “e isto em
todo lugar que invocam o nome do Senhor Jesus”. Estes são os santos. Por isso, nós somos
santos. Quem sabe, acabamos não honrando esta santidade, mas já é uma questão
de detalhe. Aí, basta se reconciliar com Deus.
Quando João
Batista apresenta Jesus como o Cordeiro que tira O PECADO do mundo, ele está
dizendo: Não precisa procurar mais nada! Se você acolher Jesus como aquele que
tira o pecado, o restante será todo o acréscimo.
Vamos pedir
a Deus que nos mantenha animados a testemunhar a Jesus, sobretudo, quando alguém
nos pedir uma orientação, uma ajuda. Como fazer? Ouça Jesus. Esteja atento à
sua Palavra e certamente não nos perderemos, porque é Ele que tira O
PECADO e nos revela a vontade de Deus.
Louvado seja
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho – Diocese de Santo André
==========---------------===========
Homilia de D. Henrique Soares
Neste segundo Domingo Comum, a Palavra
de Deus ainda nos liga ao Batismo do Senhor, celebrado no Domingo passado.
Recordemo-nos do que vimos na Festa que encerrou o santo Tempo do Natal: Jesus
foi batizado por João Batista e ungido pelo Pai com o Espírito Santo como Messias
de Israel: "Este é o meu Filho amado, no qual eu pus o meu
bem-querer!" (Mt 3,17). Recordemos que o Pai lhe revelou o caminho
pelo qual ele deveria passar para cumprir sua missão: o caminho do Servo
Sofredor de Isaías, pobre e humilde: "Ele não clama nem levanta a
voz, nem se faz ouvir pelas ruas". Servo manso e
misericordioso: "Não quebra a cana rachada nem apaga o pavio que
ainda fumega". Servo perseverante no serviço de Deus: "Não
esmorecerá nem se deixará abater". Servo que será redenção para o
povo de Israel e para todas as nações, dando-lhes a luz, o perdão e a paz: "Eu
o Senhor, te chamei para a justiça e te tomei pela mão; eu te formei e te
constitui como aliança do povo, luz das nacões, para abrires os olhos aos
cegos, tirar os cativos das prisões, livrar do cárcere os que viviam nas
trevas!" (Is 42,2-4.6-7)
Pois bem, o Evangelho de hoje aprofunda ainda mais este quadro impressionante,
que nos revela a missão de Cristo Jesus: "João viu Jesus
aproximar-se dele e disse: 'Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do
mundo!" Em aramaico, língua que João e Jesus falavam,
"cordeiro" diz-se talya, que significa, ao mesmo tempo
"servo" e "cordeiro". Então, "eis o Cordeiro-Servo de
Deus, que tira o pecado do mundo!" Mas, que Cordeiro? Aquele, expiatório,
que segundo Levítico 14, era mandado para o deserto, colocado fora da cidade,
carregando os pecados de Israel... Como Jesus que "para santificar
o povo por seu próprio sangue, sofreu do lado de fora da porta" (Hb
13,12) de Jerusalém, como um rejeitado, um condenado renegado.
Repitamos a pergunta: Que Cordeiro? Aquele cordeiro pascal de Ex 12, cujos
ossos não poderiam ser quebrados (cf. Jo 19,36); cordeiro comido como aliança
de Deus com Israel! Que cordeiro? – insistamos na pergunta! Aquele, cujo
sangue, aspergido sobre o povo, selará a nova e eterna aliança entre Deus e o
povo santo (cf. Ex 24,8; Mt 26,27). Jesus é esse Cordeiro de Deus, que tira o
pecado do mundo, tomando-o sobre si! E que Servo? O Servo sofredor anunciado
pelo Profeta Isaías. Já ouvimos falar dele no Domingo passado; fala-nos dele
novamente a Liturgia deste Domingo hodierno: Servo predestinado desde o
nascimento: o Senhor "me preparou desde o nascimento para ser seu
Servo"; Servo destinado a recuperar e salvar Israel: "que
eu recupere Jacó para ele e faça Israel unir-se a ele; aos olhos do Senhor esta
é a minha glória"; Servo destinado não só a Israel, mas a todas as
nações: "Não basta seres meu Servo para restaurar as tribos de
Jacó e reconduzir os remanescentes de Israel: eu te farei luz das nações, para
que minha salvação chegue aos confins da terra". Eis, portanto,
quem é o nosso Jesus: o Cordeiro, o Servo! Nele, feito homem, nele, sofrido
como nós, nele, morto e ressuscitado, no seu corpo macerado e transfigurado em
glória, Deus reuniu e formou um novo povo, o verdadeiro Israel, a Igreja – esta
que aqui está reunida em torno do altar e esta mesma, reunida em toda a terra
e, como diz São Paulo hoje,"em qualquer lugar" onde o
nome do Senhor Jesus é invocado! Eis: este povo que Cristo veio reunir, esta
Igreja que o Senhor veio formar somos nós, já santificados no Batismo e
chamados a ser santos por nosso procedimento, por nosso seguimento ao
Senhor!
João reconheceu em Jesus este Messias, tão humilde e tão grande: ele é o
próprio Deus: "passou à minha frente porque existia antes de
mim!" E como Deus feito homem, ele é o único e absoluto Salvador
de todos – e não há salvação sem ele ou fora dele! João reconhece nele o
ungido, aquele sobre quem o Espírito"desceu e permaneceu". O
próprio Jesus dará testemunho desta realidade: "O Espírito do
Senhor repousa sobre mim, porque ele me ungiu para evangelizar os pobres;
enviou-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da
vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de
graça do Senhor" (Lc 4,18-19). João reconhece nele ainda aquele que,
cheio do Espírito Santo, batizará no Espírito Santo:"Aquele sobre quem
vires o Espírito descer e permanecer, este é o que batiza com o Espírito
Santo". Batizando-nos no Espírito, este Santíssimo Jesus-Messias
dá-nos o perdão dos pecados, a sua própria vida divina e a graça de, um dia,
ressuscitar dos mortos!
Enfim, João dá testemunho de que esse Jesus bendito é mais que um Servo, mais
que um Cordeiro, mais que um Profeta: ele é o Filho de Deus: "Eu
vi e dou testemunho: Este é o Filho de Deus!"
Que mais dizer, ante um Messias tão humilde e tão grande? "Senhor Jesus
Cristo, Santo Messias, Servo e Cordeiro de Deus, cremos em ti, a ti seguimos,
em ti colocamos nossa vida e nossa morte! Sustenta-nos, pois em ti esperamos:
tu és o sentido de nossa existência, a razão de nossa vida e o rumo da nossa
estrada! Queremos seguir-te, a ti, tão pequeno e tão grande; queremos morrer
contigo e contigo ressuscitar-nos para a vida eterna; queremos ser testemunhas
do Reino do Pai que plantaste com tua bendita vinda. Senhor Jesus, a ti amamos,
em ti esperamos, em ti vivemos! Sê bendito para sempre. Amém".
D.
Henrique Soares
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos ou Ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR: (quando o Pão sagrado estiver
sobre o altar)
- O
Senhor esteja com todos vocês.... Demos
graças ao Senhor, o nosso Deus...
- Por
Jesus, Com Jesus e em Jesus, na força do Esp. Santo, louvemos ao Pai:
T: louvor e glória a vós, ó Pai
de bondade!
- Ó Deus e nosso Pai! Nós Vos bendizemos pelo envio de salvadores, de profetas, juízes e reis, mas sobretudo pelo envio do vosso Filho, vosso eleito, em quem pusestes toda a vossa alegria, e que Se manifestou como a luz das nações.
- Ó Deus e nosso Pai! Nós Vos bendizemos pelo envio de salvadores, de profetas, juízes e reis, mas sobretudo pelo envio do vosso Filho, vosso eleito, em quem pusestes toda a vossa alegria, e que Se manifestou como a luz das nações.
T: louvor e glória a vós, ó Pai
de bondade!
- Pai, Nós, os batizados, somos agradecidos por nos dar vosso Filho, Jesus Cristo, como nosso mestre, guia e salvador. Somos também agradecidos por nos enviar o Espírito Santo que nos fortalece e nos transforma.
- Pai, Nós, os batizados, somos agradecidos por nos dar vosso Filho, Jesus Cristo, como nosso mestre, guia e salvador. Somos também agradecidos por nos enviar o Espírito Santo que nos fortalece e nos transforma.
T: louvor e glória a vós, ó pai
de bondade!
- Ó Deus e nosso Pai, nós Vos damos graças pelo batismo de Jesus no Jordão, porque nele nos revelastes a nova humanidade, da qual Jesus é a cabeça. Ele é o Cordeiro que nos tira do mundo da maldade. Fazei de nós também vossos filhos bem-amados e cumulai-nos com o Vosso Santo Espírito, para que possamos anunciar ao mundo o vosso amor
- Ó Deus e nosso Pai, nós Vos damos graças pelo batismo de Jesus no Jordão, porque nele nos revelastes a nova humanidade, da qual Jesus é a cabeça. Ele é o Cordeiro que nos tira do mundo da maldade. Fazei de nós também vossos filhos bem-amados e cumulai-nos com o Vosso Santo Espírito, para que possamos anunciar ao mundo o vosso amor
T: louvor e glória a vós, ó pai
de bondade!
--- PAI NOSSO... a Paz de Cristo... Eis o Cordeiro de Deus...
--- PAI NOSSO... a Paz de Cristo... Eis o Cordeiro de Deus...
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