3º Domingo do Tempo Comum
Tema: O projeto do “Reino”. Jesus
é a grande luz do mundo.
Primeira
leitura: Isaías anuncia uma luz que irá brilhar e será o
fim das trevas, da morte, da injustiça, do sofrimento.
Evangelho:
Jesus é a luz que começa a brilhar e propõe a todos a Boa Nova da chegada do
“Reino”.
II
leitura: Paulo exorta as comunidades a redescobrir os
fundamentos da fé e dos compromissos do batismo.
PRIMEIRA LEITURA (Is 8,
23b-9,3) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
No tempo passado o
Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente
cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações. O
povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas
sombras da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria e aumentaste
a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na
colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo
que oprimia o
povo, - a carga sobre os
ombros, o orgulho dos fiscais - tu os abateste como na jornada de Madiã.
AMBIENTE: O profeta Isaías alimenta a esperança do Povo
nesse mundo de justiça e paz que um dia Deus fará acontecer.. Estamos no final
do séc. VIII a.C.. Os assírios (que em 721 a .C. conquistaram Samaria) oprimem as
tribos na região norte do país (Zabulon e Neftali); as trevas da desolação e da
morte cobrem toda a região setentrional da Palestina.
No
sul, em Jerusalém, reina Ezequias. O rei, desprezando as indicações do profeta
(alianças políticas com os povos estrangeiros são sintoma de infidelidade para
com Jahwéh, pois significam colocar a confiança e a esperança nos homens),
envia embaixadas ao Egito, à Fenícia e à Babilônia, procurando consolidar uma
frente contra a maior potência da época – a Assíria. Senaquerib, rei da
Assíria, tendo vencido sucessivamente os membros da coligação, volta-se contra
Judá, devasta o país e põe cerco a Jerusalém (701 a .C.). Ezequias tem de
submeter-se e pagar um pesado tributo aos assírios.
Por essa época, desiludido com os reis e com a política, o profeta teria começado a sonhar com uma intervenção de Deus para oferecer ao seu Povo um mundo novo, de liberdade e de paz sem fim.
Por essa época, desiludido com os reis e com a política, o profeta teria começado a sonhar com uma intervenção de Deus para oferecer ao seu Povo um mundo novo, de liberdade e de paz sem fim.
MENSAGEM: O profeta fala de “uma luz” que irá começar a
brilhar por cima dos montes da Galileia e que irá iluminar toda a terra. Essa
luz eliminará “as trevas” que mantinham o Povo oprimido e sem esperança e
inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim. O jugo da opressão que pesava
sobre o Povo será, então, quebrado e a paz deixará de ser uma miragem para se
tornar uma realidade. Para descrever esta alegria, o profeta utiliza duas
imagens: no fim das colheitas, toda a gente dança feliz, celebrando a
abundância dos alimentos; após a caçada, os caçadores dividem a presa
abundante. Será Deus quem quebrará a vara do opressor, quem levantará o jugo
que oprime o Povo de Deus. O mundo novo de alegria e de paz sem fim é um dom de
Deus. Na sequência, Isaías ainda fala num “menino”, enviado por Deus para
restaurar o trono de David e para reinar no direito e na justiça (cf. Is
9,5-6). É a promessa messiânica em todo o seu esplendor.
ATUALIZAÇÃO • É Jesus, a luz que dá
sentido pleno a esta profecia. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as
trevas e as sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo
da justiça, da paz, da felicidade.
•
Acolher Jesus é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor
aos homens. Como lidamos com as situações de injustiça, de opressão, de
conflito, de violência: com a indiferença de quem sente que não tem nada a ver
com isso, ou com a inquietação de quem se sente responsável pela instauração do
“Reino de Deus” entre os homens?
• Em
que, ou em quem, coloco a minha esperança e segurança: nos políticos, No
dinheiro? Isaías sugere que só podemos confiar em Deus e na sua proposta de
vida e de paz.
SALMO RESPONSORIAL / 26 (27)
O Senhor é a minha luz e salvação. O Senhor é a
proteção da minha vida.
• O Senhor é a minha luz
e salvação; / de quem eu terei medo? /
O Senhor é a proteção da
minha vida; / perante quem eu tremerei?
• Ao Senhor eu peço
apenas uma coisa, / e é só isto que eu desejo: /
habitar no santuário do
Senhor / por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor
/ e contemplá-la no seu
templo.
• Sei que a bondade do
Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. /
Espera no Senhor e tem
coragem, / espera no Senhor!
EVANGELHO (Mt
4,12-23) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Ao saber que João tinha
sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em
Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e
Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon,
terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia
dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e, para os
que viviam na região escura da morte, brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus
começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está
próximo”. Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois
irmãos: Simão, chamado
Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.
Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles,
imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus
viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca
com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente
deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo
de doença e enfermidade do povo.
AMBIENTE:
O texto do Evangelho encerra a etapa da preparação de Jesus para a
missão e lança a etapa do anúncio do Reino. O texto situa-nos na Galileia, zona
de população mesclada e ponto de encontro de muitos povos.
MENSAGEM: Mateus refere como Jesus abandona Nazaré e se
transfere para Cafarnaum. Mateus descobre nesse fato um significado profundo, à
luz de Is 8,23-9,1: a “luz” que havia de eliminar as trevas e as sombras da
morte de que fala Isaías é, para Mateus, o próprio Jesus. Na terra humilhada de
Zabulão e Neftali, vai começar a brilhar a luz da libertação; e essa libertação
vai atingir, também, os pagãos que acolherem o anúncio do Reino. O anúncio
libertador de Jesus apresenta, desde logo, uma dimensão universal.
Na
segunda parte (cf. Mt 4,17-23), Mateus apresenta o lançamento da missão de
Jesus: define-se o conteúdo básico da pregação que se inicia, mostra-se o
“Reino” como realidade viva atuante, apresentam-se os primeiros discípulos que
acolhem o apelo do “Reino” e que vão acompanhar Jesus na missão. Jesus veio
trazer “o Reino”. A expressão “Reino de Deus” (ou “Reino dos céus) refere-se,
no Antigo Testamento e na época de Jesus, ao exercício do poder soberano de
Deus sobre os homens e sobre o mundo. Decepcionado com a forma como os reis
humanos exerceram a realeza, o Povo de Deus começa a sonhar com um tempo novo,
em que o próprio Deus vai reinar sobre o seu Povo; esse reinado será marcado
pela justiça, pela misericórdia, pela preocupação de Deus em relação aos pobres
e marginalizados, pela abundância e fecundidade, pela paz sem fim. Jesus tem
consciência de que a chegada do “Reino” está ligada à sua pessoa. O seu
primeiro anúncio resume-se, para Mateus, no seguinte slogan: “arrependei-vos
('metanoeite') porque o Reino dos céus está a chegar”. O convite à conversão
(“metanóia”) é um convite a uma mudança radical na mentalidade, nos valores, na
postura vital. Corresponde a um reorientar a vida para Deus de modo a que Deus
e os seus valores passem a estar no centro da existência do homem; só quando o
homem aceita que Deus ocupe o lugar que lhe compete, está preparado para
aceitar a realeza de Deus… Então, o “Reino” pode nascer e tornar-se realidade
no mundo e nos corações.
Na
sequência, Mateus apresenta Jesus construindo o “Reino”: as suas palavras
anunciam essa nova realidade e os seus gestos (os milagres, as curas, as
vitórias sobre tudo o que rouba a vida e a felicidade do homem) são sinais
evidentes de que Deus começou já a reinar e a transformar a escravidão em vida
e liberdade.
Finalmente,
Mateus descreve o chamamento dos primeiros discípulos (vers. 18-22). Não se
trata de um relato jornalístico de acontecimentos, mas de uma catequese sobre o
chamamento e a adesão ao projeto do “Reino”. Através da resposta pronta de
Pedro e André, Tiago e João, propõe-se um exemplo da conversão radical ao
“Reino” e de adesão às suas exigências.
O relato sublinha uma diferença entre os chamados por Jesus e os discípulos que se juntavam à volta dos mestres do judaísmo: não são os discípulos que escolhem o mestre e pedem para entrar no seu grupo, como acontecia com os discípulos dos “rabbis”; mas a iniciativa é de Jesus, que chama os discípulos que Ele próprio escolheu, que os convida a segui-lo e lhes propõe uma missão. A resposta dos quatro discípulos ao chamamento é paradigmática: renunciam à família, ao seu trabalho, às seguranças instituídas e seguem Jesus sem condições. Esta ruptura (que significa não só uma ruptura afetiva com pessoas, mas também a ruptura com um quadro de referências sociais e de segurança econômica) indicia uma opção radical pelo “Reino” e pelas suas exigências.
O relato sublinha uma diferença entre os chamados por Jesus e os discípulos que se juntavam à volta dos mestres do judaísmo: não são os discípulos que escolhem o mestre e pedem para entrar no seu grupo, como acontecia com os discípulos dos “rabbis”; mas a iniciativa é de Jesus, que chama os discípulos que Ele próprio escolheu, que os convida a segui-lo e lhes propõe uma missão. A resposta dos quatro discípulos ao chamamento é paradigmática: renunciam à família, ao seu trabalho, às seguranças instituídas e seguem Jesus sem condições. Esta ruptura (que significa não só uma ruptura afetiva com pessoas, mas também a ruptura com um quadro de referências sociais e de segurança econômica) indicia uma opção radical pelo “Reino” e pelas suas exigências.
Uma
palavra para a missão que é proposta aos discípulos que aceitam o desafio do
“Reino”: eles serão pescadores de homens. O mar é, na cultura judaica, o lugar
dos demônios, das forças da morte que se opõem à vida e à felicidade dos
homens; a tarefa dos discípulos que aceitam integrar o “Reino” será, portanto,
libertar os homens dessa realidade de morte e de escravidão em que eles estão
mergulhados, conduzindo-os à liberdade e à realização plenas.
Estes
quatro discípulos representam todo o grupo dos discípulos, de todos os tempos e
lugares… Eles devem responder positivamente ao chamamento, optar pelo “Reino” e
pelas suas exigências e tornarem-se testemunhas da vida e da salvação de Deus
no meio dos homens e do mundo.
ATUALIZAÇÃO •
Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de
felicidade e de paz sem fim. N’Ele e através d’Ele, o “Reino” aproximou-se dos
homens, para se tornar numa realidade em construção no mundo. Jesus é a
incrível história de amor, protagonizada por um Deus que não cessa de nos
oferecer oportunidades de realização e de vida plena. Sobretudo, enche de
júbilo o coração dos pobres e humilhados. Para eles, ouvir dizer que “o Reino
chegou” significa que Deus quer oferecer-lhes essa vida plena e feliz que os
grandes e poderosos insistem em negar-lhes.
• Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a
“conversão”. Para que Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem, Implica despir-se
do egoísmo; implica a renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os
valores do Evangelho.
• A história do compromisso de Pedro e André, Tiago
e João com Jesus e com o “Reino” é uma história que define os traços da
caminhada de qualquer discípulo… É preciso ter consciência de que é Jesus que
chama e que propõe o Reino; em segundo lugar, é preciso ter a coragem de
aceitar o chamamento e fazer do “Reino” a prioridade essencial; em terceiro
lugar, é preciso acolher a missão que Jesus confia e comprometer-se
corajosamente na construção do “Reino” no mundo.
• A
missão dos que escutaram o apelo do “Reino” passa por testemunhar a salvação
que Deus tem para oferecer a todos os homens. Nós, discípulos de Jesus,
comprometidos com a construção do “Reino”, somos testemunhas da libertação.
Aqueles que vivem condenados à marginalização já receberam, através do nosso
testemunho, a Boa Nova do “Reino”?
• A
lógica do “Reino” não é uma lógica de violência, de vingança, de destruição;
mas é uma lógica de amor, de doação da vida, de comunhão fraterna, de
tolerância, de respeito pelos outros. A tentação da violência é uma tentação
diabólica, que só gera sofrimento e escravidão: aí, o “Reino” não está.
SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,10-13.17) Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios.
Irmãos, eu vos exorto,
pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com
os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e
concordes no pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé
informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre
vós. Digo isso, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de
Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou “Eu sou de Cristo!” Será que Cristo está dividido?
Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que
fostes batizados? De fato, Cristo não
me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova
da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de
Cristo da sua força própria.
AMBIENTE: Paulo estava em Éfeso, Quando escreveu a primeira
carta aos Coríntios. Após a partida de Paulo, tinha aparecido na cidade um
pregador cristão – um tal Apolo, judeu de Antioquia, convertido ao
cristianismo. Era mais eloquente do que Paulo. Formaram-se partidos na
comunidade: uns admiravam Paulo, outros Cefas (Pedro), outros Apolo (cf. 1 Cor
1,12). A situação preocupou Paulo: além dos conflitos que a divisão provocava,
estava em causa a essência da fé. O cristianismo corria o perigo de se tornar
mais uma escola de sabedoria, cuja validade dependia do brilho dos mestres do
seu poder de convicção.
MENSAGEM:
Para Paulo, o cristianismo não era uma filosofia de vida, mas era a
adesão a Jesus Cristo, o único e verdadeiro mestre. É Cristo e só Cristo a
única fonte de salvação. Ser batizado é fazer parte do corpo de Cristo e
participar no acontecimento salvador do qual Cristo é o único mediador. Dizer
que se é de Paulo, ou de Cefas, ou de Pedro é, portanto, desvirtuar a essência
da fé cristã.
Deve
ficar bem claro que o importante não é quem batizou ou quem anunciou o
Evangelho: o importante é Cristo, do qual Paulo, Cefas e Apolo são simples
instrumentos. Os coríntios são, portanto, intimados a não fixar a sua atenção
em mestres humanos e a redescobrir Cristo, morto na cruz para dar vida a todos.
Dessa forma, a comunidade será uma verdadeira família de irmãos, que recebe
vida de Cristo, que vive em unidade e comunhão.
ATUALIZAÇÃO
• A experiência cristã é um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A nossa fé não pode depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se constrói? Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se vai à missa se for tal padre a presidir? Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador? E o Presidente da Celebração ou os ministros ou o animador, chamam a atenção para a sua bela postura, belas palavras, ou fazem despertar, pelo seu trabalho de servir a comunidade, maior amor a Jesus Crucificado?
• A experiência cristã é um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A nossa fé não pode depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se constrói? Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se vai à missa se for tal padre a presidir? Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador? E o Presidente da Celebração ou os ministros ou o animador, chamam a atenção para a sua bela postura, belas palavras, ou fazem despertar, pelo seu trabalho de servir a comunidade, maior amor a Jesus Crucificado?
Pe.
Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
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Anúncio do Reino
Nesses
primeiros domingos do Tempo comum, a Liturgia nos apresenta o início da vida
pública de Jesus, com o ANÚNCIO DO REINO e o CHAMADO dos primeiros discípulos
Na
1ª
Leitura, Isaías fala de uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e que
irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará as trevas da opressão e
inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim. Compara à alegria no final
das colheitas e caças abundantes. (Is
98, 23b-9,3)
*
Jesus é a Luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança e dá sentido pleno à esta profecia messiânica
de Isaías.
Na
2ª
Leitura, Paulo exorta os coríntios a superar as rivalidades e
divisões.
O
Batismo não significou uma adesão a Paulo, a Apolo ou a Pedro... CRISTO é a única fonte de Salvação para
todos. (1Cor 1,10-13.17)
*
Com freqüência, em nossas comunidades, as pessoas procuram conduzir o olhar e o
coração dos fiéis para a sua "brilhante" personalidade ao invés de
levar as pessoas a descobrir o Cristo.
O
Evangelho
apresenta a realização da profecia de Isaías:
"O Povo que
vivia nas trevas viu uma grande luz". (Mt 4,12-23)
*
Jesus é a luz, que começa a brilhar na Galiléia e propõe a todos os homens a
Boa Nova da chegada do Reino.
Os discípulos serão os primeiros
destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o
"Reino" a toda a terra.
+
Jesus
COMEÇOU sua atividade numa
região pobre e oprimida, no interior do país,
longe do centro econômico, político e religioso do seu país.
Uma região desprezada pelos judeus como
"Galiléia dos pagãos".
Jesus deixa Nazaré e dirige-se para
Cafarnaum, à margem do Lago, que se tornará o centro de sua atividade
apostólica.
Começa com o mesmo anúncio de João
Batista: "Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo". As suas Palavras anunciam essa nova realidade
e os seus gestos são sinais evidentes de que Deus começou a sua obra.
+
Seus
primeiros COLABORADORES, são pescadores, gente simples, rude, sem
estudo... Mas que sabiam o que é lutar
pela vida.
-
E quando ouviram o apelo de Cristo, deixaram tudo e o seguiram: "Venham e sigam-me e farei de vocês
pescadores de homens. Eles deixaram as
redes e o seguiram".
O QUE É O
REINO DE DEUS?
Jesus
compara o Reino ao tesouro e à pérola preciosa, diante dos quais tudo o mais
perde seu valor. Compara o Reino com a semente, o grão de mostarda, o fermento.
Jesus quer dizer que já está presente, mas ainda longe sua realização
definitiva. É um Reino aberto a todos os homens.
O
Reino de Deus é
-
É um apelo para os homens formarem comunhão com o Pai e entre si.
-
É uma presença de Deus nos homens e no mundo.
-
É um convite para ser plenamente feliz, mas no projeto de Deus.
O
Reino tem exigências:
+
Conversão: - É ajustar a
nossa vida aos planos de Deus, é fazer com que Deus ocupe o primeiro lugar em
nossa vida.
- É despojar-se do homem velho para se
revestir do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e na santidade.
- É assumir a mentalidade do Evangelho e ver
o mundo com os olhos de Deus. É uma atitude contínua... permanente...
+
Fé: É entregar-se nas mãos de
Deus ... e fazer a sua vontade.
+
Humildade: O Reino só é
possível aos humildes. Deus detesta os orgulhosos e ama aqueles que sabem
precisar de Deus,
e se põem sem interesses a serviço dos
irmãos.
+ PESCADORES
DE HOMENS
CRISTO
inaugurou o seu Reino e continua convidando todos nós...
Todos
nós somos chamados a deixar tudo para seguir Jesus, anunciar a Boa nova e fazer
gestos de salvação.
CRISTO
conta conosco...
para que nesse mundo de trevas e violência, possa brilhar uma luz,
para
que esse REINO possa chegar ao coração de todos os homens.
Ele
aguarda a resposta, o nosso SIM generoso ao seu CHAMADO.
Pe.
Antônio Geraldo
======================--------------------------------=========================
Homilia de D.
Henrique Soares da Costa –
A primeira
leitura da Missa de hoje é, em parte, a mesma da Noite do Natal: “O povo que andava na escuridão
viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz
resplandeceu! Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade! Todos se
regozijam em tua presença”. Irmãos, esta
luz que ilumina as trevas, que dissipa as sombras da morte, que traz a
felicidade, é Jesus. O texto do Evangelho que escutamos nos confirma: Jesus é a
bendita luz de Deus que brilhou neste mundo! Ele mesmo afirmou: “Eu sou a luz do mundo! Quem me
segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida!” (Jo 8,12). Já
escutamos tanto tais afirmações, que corremos o risco de não perceber o quanto
são revolucionárias, o quanto nos comprometem, o quanto são capazes de
transformar a nossa vida!
A
Palavra de Deus nos ensina que o mundo é marcado pelas trevas: trevas na
natureza (tais como a tragédia do tsunami), trevas na história, trevas no
coração da humanidade e de cada um de nós. Olhemos em volta! O mundo não é
bonzinho: há forças destrutivas, caóticas, desagregadoras, forças diabólicas,
que destroem a alegria de viver e ameaçam devorar o sentido da nossa
existência… Hoje, tantos e tantos julgam que podem passar sem Deus, que a
religião é uma bobagem e uma humilhação para o homem… Há tantos que zombam de
Deus, do Cristo Jesus, da Igreja… O que vale no mundo atual? O que é
importante? O sucesso, os bens materiais, o prazer e a curtição da vida ao
máximo, sem limites … Será que não nos damos conta ainda que vivemos num mundo
pagão, bárbaro, entregue ao seu próprio pensar tenebroso? Será que não
percebemos que o que vemos e lemos e ouvimos dos meios de comunicação é a
defesa de uma humanidade sem Deus e sem fé, de uma humanidade que tenha somente
a si própria como deus? Num mundo assim, Jesus nos diz: “Eu sou a Luz!” A
luz não está nas universidades, a luz não está nos famosos deste mundo, a luz
não está nos que têm o poder político, econômico ou social! A Luz é Cristo! Só
ele nos ilumina, só ele nos revela o sentido da existência, só ele nos mostra o
caminho por onde caminhar! Ser cristão é crer nisso, é viver disso!
Pois,
esse Jesus, hoje, no Evangelho, nos convida a convertermo-nos a ele, a segui-lo
de verdade, a colocar os passos de nossa vida no seu caminho: “Convertei-vos! O Reino dos
céus está próximo!” Eis o apelo que Jesus nos faz – far-nos-á
sempre! Converter-se significa mudar totalmente o rumo de nossa existência,
alicerçando-a nele e não em nós, abraçando o seu modo de pensar e deixando o
nosso, seguindo sua Palavra e não nossa razão, nossas idéias, nossa cabeça
dura, nosso entendimento curto! Quem vai arriscar? Quem vai caminhar com ele?
Quem vai abraçar sua Palavra, tão diferente do que o mundo quer, do que o mundo
prega, do que o mundo valoriza? “Convertei-vos!”
Jesus nos exorta porque sabe que também nós andamos em trevas, também nós,
simplesmente entregues à nossa vontade e aos nossos pensamentos, jamais
poderemos acolher o Reino dos céus! Não nos iludamos! Não pensemos que somos
sábios, centrados e imunes! Somos, nós também, cegos, curtos de entendimento,
pecadores duros e teimosos! Nosso coração é embotado por tantas paixões e por
tantas cegueiras! “Convertei-vos!”
O Governo, neste carnaval, vai convidar tantos e tantos brasileiros a vestir-se
de camisinha; o Senhor pede a todos que se vistam dele: “Revesti-vos de Cristo e não
satisfareis os desejos da carne!” (Rm 13,14) Compreendem, irmãos e
irmãs? O mundo vai para um lado; Jesus nos convida a ir para o outro!
Converter-se é pensar diferente de nós mesmos e do mundo; é andar na contramão
para caminhar com Cristo! Converter-se é deixar-se, como Pedro e André, Tiago e
João que, “imediatamente
deixaram as redes… deixaram a barca e o pai” e seguiram o Senhor!
Caríssimos,
como não recordar a exortação do Apóstolo? “Não andeis como andam os pagãos, na futilidade de
seus pensamentos, com entendimento entenebrecido, alienados da vida de Deus!”
(Ef 4,17) Quando aceitamos esse desafio, esse convite, o sentido de
nossa existência muda, porque começamos a enxergar e avaliar as coisas de um
modo novo, um modo diferente: o modo de Cristo Jesus! Aí se realiza em nós a
palavra da Escritura: “Outrora
éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor! Andai como filhos da luz!” (Ef
5,8).
Caríssimos,
deixar-se iluminar pelo Senhor, permitir que ele dissipe nossas trevas, é um
trabalho, um processo que dura todo o nosso caminho neste mundo. Jamais
estaremos totalmente convertidos, totalmente iluminados. Na segunda leitura,
Paulo convidava os cristãos de Corinto à conversão para uma vida de união e de
amor. É assim: a Igreja toda inteira e cada um de nós pessoalmente, seremos
sempre chamados a essa mudança, a esse deixar que a luz de Cristo invada a
nossa existência tenebrosa! Nunca esqueçais, caríssimos, porque é
verdade: “Outrora,
sem Cristo,
éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor! Andai, pois, como filhos da luz!”
Seja esse o nosso trabalho, seja essa a nossa identidade, seja essa a nossa
herança, seja essa a nossa recompensa! E que o Senhor nos socorra com a força
da sua graça, ele que é fiel e bendito para sempre! Amém.
D. Henrique Soares da Costa
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: (Diáconos ou
Ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O
ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS
AO SENHOR NOSSO DEUS...
- COM JESUS, EM JESUS E POR JESUS, NA FORÇA DO
ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus de luz e de
glória, nós Vos damos graças pela vossa presença no meio de nós. Vós sois a
nossa Luz. Nós Vos pedimos pelos nossos irmãos que estão nas trevas; iluminai a
todos com a vossa Luz.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus nosso Pai, nós Vos
bendizemos pelo Espírito de unidade que revelais às Vossas Igrejas em todo o
tempo e lugar.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus, nosso Pai, nós Vos louvamos pelo Reino dos
céus, do qual manifestastes a presença no meio de nós, e pelo apelo que dirigis
a cada um de nós.
Nós Vos pedimos: Convertei os nossos corações à Vossa presença nas nossas vidas.
Nós Vos pedimos: Convertei os nossos corações à Vossa presença nas nossas vidas.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pelo Batismo, vós nos
enviais também como pescadores de homens. Fortalecei a nossa fé em Vós, para
que sejamos vossos instrumentos a irradiar a vossa luz a toda a humanidade.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pai nosso... a paz de cristo... eis o cordeiro...
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