7º
Domingo da Páscoa Ascensão do Senhor -
Ano B 2018 (adaptado pelo
Diácono Ismael)
SINOPSE:
No
Evangelho,
Jesus aparece aos discípulos e envia-os em missão, como testemunhas do projeto
de salvação de Deus.
Na
primeira leitura: Jesus entrou na vida definitiva – a mesma vida que
espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Os
discípulos não podem ficar a olhar para o céu; mas devem continuar o projeto de
Jesus.
A
segunda leitura: Os discípulos
devem
caminhar como irmãos ao encontro dessa “esperança”– membros do mesmo “corpo”
onde Cristo é a “cabeça”.
EVANGELHO (Mc 16,15-20) Conclusão do
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele
tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos e disse-lhes: “Ide pelo mundo
inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado, será
salvo. Quem não crer, será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que
crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se
pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum;
quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. Depois de
falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita
de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os
ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.
AMBIENTE
- O quadro apresenta os
discípulos reagindo de uma forma muito
negativa ao fato de Jesus já não estar com eles. Na manhã da ressurreição, eles
estavam “em luto e em pranto” (Mc 16,10); depois, receberam o testemunho das
mulheres que encontraram Jesus ressuscitado, com incredulidade e com um coração
obstinado (cf. Mc 16,14). Num caso e noutro, negam-se a ir em frente e a
continuar a aventura que começaram com Jesus. Têm medo de arriscar e preferem
ficar a “lamber as feridas”. O encontro com Jesus ressuscitado vai obrigá-los a
assumir os seus compromissos como membros da comunidade do Reino.
MENSAGEM
- Jesus
parte ao encontro do Pai; os discípulos partem ao encontro do mundo, a fim de
concretizar a missão que Jesus lhes confiou. A missão dos discípulos destina-se
a “todo o mundo”. Depois, Jesus define o conteúdo do anúncio: o “Evangelho”. O
que é o “Evangelho”? A palavra “Evangelho” designa o anúncio de que o “Reino de
Deus” chegou à vida de todos, trazendo-lhes a paz, a libertação, a felicidade.
Deus
veio ao encontro dos homens, manifestou-lhes o seu amor, inseriu-os na sua
família, convidou-os a integrar a comunidade do Reino, ofereceu-lhes a vida
definitiva. O anúncio do “Evangelho” obriga os homens a uma opção; Quem aderir
à proposta que Jesus chegará à vida plena e definitiva; mas quem recusar essa
proposta, ficará à margem da salvação. A proposta de salvação que Deus
apresenta destina-se a transformar o coração do homem, eliminando o egoísmo e a
maldade. O “Evangelho” vai propor uma nova relação do homem com todas as outras
criaturas – não pelo egoísmo e pela exploração, mas pelo respeito e pelo amor.
Dessa forma, nascerá uma nova humanidade e uma nova natureza. A presença da
salvação de Deus no mundo tornar-se-á uma realidade através dos gestos dos
discípulos de Jesus. Comprometidos com Jesus, os discípulos vencerão a
injustiça e a opressão (“expulsarão os demônios”), serão arautos da paz
(“falarão novas línguas”), levarão a esperança e a vida nova a todos os que
sofrem e que são prisioneiros da doença e do sofrimento (“os doentes ficarão
curados”); e, em todos os momentos, Jesus estará com eles.
A
elevação de Jesus ao céu (ascensão) é uma forma de sugerir que, após o
cumprimento da sua missão no meio dos homens, Jesus foi ao encontro do Pai e
reentrou na comunhão do Pai. Jesus, vivo e ressuscitado, está com eles, coopera
com eles e manifesta-Se ao mundo nas palavras e nos gestos dos discípulos. A
festa da Ascensão de Jesus é, sobretudo, o momento em que os discípulos tomam
consciência da sua missão e do seu papel no mundo.
ATUALIZAÇÃO
**-
Jesus deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” ao mundo
inteiro e transformá-lo.
*-
O confronto com o mundo gera muitas vezes desilusão, sofrimento, frustração…
Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as
palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza
deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
**-.
Celebrar a ascensão de Jesus significa tomar consciência da missão confiada aos
discípulos e sentir-se responsável pela presença do "Reino" na vida
dos homens.
PRIMEIRA LEITURA (At 1,1-11) Leitura dos Atos
dos Apóstolos.
No
meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou,
desde o começo, até ao dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado
instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles
que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante
quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. Durante uma refeição,
deu lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização
da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós,
porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”. Então os
que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o
Reino em Israel?” Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos
que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do
Espírito Santo, que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Depois de
dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de
forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando
para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de
branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados,
olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo
modo como o vistes partir para o céu”.
AMBIENTE
-
Estamos na década de 80. Há uma certa desilusão e as comunidades instalam-se na
mediocridade; falta o entusiasmo… O quadro geral é o de um certo sentimento de
frustração, porque o mundo continua igual e a esperada intervenção vitoriosa de
Deus continua adiada. O catequista Lucas avisa que o projeto de salvação e de
libertação que Jesus veio apresentar passou para as mãos da Igreja, animada
pelo Espírito. A construção do “Reino” é uma tarefa que exige o empenho
contínuo de todos os crentes.
MENSAGEM
- O
número quarenta é, certamente, um número simbólico: é o número que define o
tempo necessário para que um discípulo possa aprender e repetir as lições do
mestre. As palavras de despedida de Jesus (vers. 4-8) sublinham dois aspectos:
a vinda do Espírito e o testemunho que os discípulos vão ser chamados a dar
“até aos confins do mundo”: o Espírito irá derramar-se sobre a comunidade
crente e dará a força para testemunhar Jesus em todo o mundo. O autor quer
mostrar que o testemunho e a pregação da Igreja estão entroncados no próprio
Jesus e são impulsionados pelo Espírito.
O
último tema é o da ascensão (vers. 9-11). Não estamos a falar de uma pessoa
que, literalmente, decola da terra e começa a elevar-se; estamos a falar de um
sentido teológico (não é o “repórter”, mas sim o “teólogo” a falar): a ascensão
é uma forma de expressar simbolicamente que a exaltação de Jesus é total e
atinge dimensões supra-terrenas; é a forma literária de descrever o culminar de
uma vida vivida para Deus, que agora reentra na glória da comunhão com o Pai.
Temos,
depois, a nuvem (vers. 9b) que subtrai Jesus aos olhos dos discípulos. Pairando
a meio caminho entre o céu e a terra, a nuvem é, no Antigo Testamento, um
símbolo privilegiado para exprimir a presença do Criador. Ao mesmo tempo,
esconde e manifesta: sugere o mistério do Deus escondido e presente, cujo rosto
o Povo não pode ver, mas cuja presença podem sentir. Céu e terra, presença e
ausência, luz e sombra, divino e humano, são dimensões aqui sugeridas a
propósito de Cristo ressuscitado, elevado à glória do Pai, mas que continua a
caminhar com os discípulos.
Temos
ainda os discípulos a olhar para o céu (vers. 10a). Significa a expectativa
dessa comunidade que espera ansiosamente a segunda vinda de Cristo, a fim de
levar ao seu termo o projeto de libertação do homem e do mundo.
Temos,
finalmente, os dois homens vestidos de branco (vers. 10b). O branco sugere o
mundo de Deus, o que indica que o seu testemunho vem de Deus. Eles convidam os
discípulos a continuar no mundo, animados pelo Espírito, a obra libertadora de
Jesus; agora, é a comunidade dos discípulos que tem de continuar, na história,
a obra de Jesus.
O
sentido fundamental da ascensão não é que fiquemos a admirar a elevação de
Jesus; mas é convidar-nos a seguir o “caminho” de Jesus, olhando para o futuro
e entregando-nos à realização do seu projeto de salvação no meio do mundo.
ATUALIZAÇÃO
**- A ascensão de Jesus garante-nos, antes de
mais, que uma vida vivida na fidelidade aos projetos do Pai é uma vida
destinada à glorificação, à comunhão definitiva com Deus. Quem percorre o mesmo
“caminho” de Jesus subirá como Ele à vida plena.
SEGUNDA LEITURA (Ef 4,1-13) Leitura da Carta
de São Paulo aos Efésios.
Irmãos,
eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que
recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com
paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da
paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual
fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de
todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. Cada
um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. E foi ele quem
instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como
evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. Assim, ele capacitou os
santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, até que cheguemos
todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do
homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude.
AMBIENTE - A Carta É considerada uma “carta de cativeiro”,
escrita por Paulo da prisão (em Roma entre 61/63).
Paulo dá pistas aos cristãos acerca da forma como eles devem viver os seus compromissos com Cristo.
Paulo dá pistas aos cristãos acerca da forma como eles devem viver os seus compromissos com Cristo.
MENSAGEM - O nosso texto começa com uma referência ao fato de
Paulo estar preso por causa de Jesus e
do Evangelho: são as palavras de alguém que leva tão a sério a proposta de
Jesus, que é capaz de sofrer e de arriscar a vida por ela.
A vida nova exige que os crentes vivam unidos em Cristo. Antes de mais, Paulo refere a humildade, pois só ela permite superar o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência que afastam os irmãos e que erguem barreiras de separação; depois, Paulo refere a mansidão, irmã da humildade,; Paulo refere também a paciência, que permite ser tolerante e compreensivo para com as falhas dos irmãos e que permite entender e aceitar as diferentes maneiras de ser e de agir… Em resumo, trata-se de fazer com que a caridade presida às relações que estabelecemos uns com os outros; o amor deve ser sempre o suporte das nossas relações humanas. A unidade é um dom de Deus; mas a sua efetivação depende do esforço de cada irmão: “há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança” na vida a que todos os crentes foram chamados; “há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos se encontra”. A Trindade é a fonte última e o modelo da unidade que os cristãos devem viver, na sua experiência de caminhada comunitária.
A vida nova exige que os crentes vivam unidos em Cristo. Antes de mais, Paulo refere a humildade, pois só ela permite superar o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência que afastam os irmãos e que erguem barreiras de separação; depois, Paulo refere a mansidão, irmã da humildade,; Paulo refere também a paciência, que permite ser tolerante e compreensivo para com as falhas dos irmãos e que permite entender e aceitar as diferentes maneiras de ser e de agir… Em resumo, trata-se de fazer com que a caridade presida às relações que estabelecemos uns com os outros; o amor deve ser sempre o suporte das nossas relações humanas. A unidade é um dom de Deus; mas a sua efetivação depende do esforço de cada irmão: “há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança” na vida a que todos os crentes foram chamados; “há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos se encontra”. A Trindade é a fonte última e o modelo da unidade que os cristãos devem viver, na sua experiência de caminhada comunitária.
ATUALIZAÇÃO- • A Igreja é um “corpo” – o “Corpo de Cristo”.
Naturalmente, todos eles dependem de Cristo (a “cabeça” desse “corpo”) e
recebem d’Ele a mesma vida. Formam, portanto, uma unidade… Têm o mesmo Pai
(Deus), têm um projeto comum (o projeto de Jesus), têm o mesmo objetivo (fazer
parte da família de Deus e encontrar a vida em plenitude), caminham na mesma
direção animados pelo mesmo Espírito, têm a mesma missão (dar testemunho no
mundo do projeto de amor que Deus tem para os homens). Neste esquema, não fazem
sentido as divisões, os ciúmes, as rivalidades, as invejas, os ódios, as
divergências que tantas vezes dividem os irmãos da mesma comunidade. Quando os
irmãos não se esforçam por caminhar unidos, provavelmente ainda não descobriram
os fundamentos da sua fé.
• Para que a unidade seja possível, Paulo recomenda a humildade, a
mansidão e a paciência. São atitudes que não se coadunam com esquemas de
egoísmo, de orgulho, de autossuficiência, de preconceito em relação aos irmãos.
• A Igreja é uma unidade; mas é também uma comunidade de pessoas
muito diferentes, em termos de raça, de cultura, de língua, de condição social
ou econômica, de maneiras de ser... As diferenças legítimas nunca devem ser
vistas como algo negativo, mas como uma riqueza para a vida da comunidade; não
devem levar ao conflito e à divisão, mas a uma unidade cada vez mais estreita,
construída no respeito e na tolerância. A diversidade é um valor, que não pode
nem deve anular a unidade e o amor dos irmãos.
Ou esta:
LEITURA
II - Ef 1,17-23
Irmãos:
O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito
de sabedoria e de luz para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso
coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de
glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder
para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em
Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima
de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é
pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. Tudo
submeteu aos seus pés e pô-lO acima de todas as coisas como Cabeça de toda a
Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.
AMBIENTE
-
Estamos por volta dos anos 58/60. Alguns vêem nesta carta uma espécie de
síntese da teologia paulina, numa altura em que a missão do apóstolo está
praticamente terminada no oriente.
Em
concreto, o texto que nos é proposto aparece na primeira parte da carta e faz
parte de uma ação de graças, na qual Paulo agradece a Deus pela fé dos efésios
e pela caridade que eles manifestam para com todos os irmãos na fé.
MENSAGEM
- Paulo
une uma fervorosa oração a Deus, para que os destinatários da carta conheçam “a
esperança a que foram chamados” (vers. 18). A prova de que o Pai tem poder para
realizar essa “esperança” (isto é, conferir aos crentes a vida eterna como
herança) é o que Ele fez com Jesus Cristo: ressuscitou-O e sentou-O à sua
direita (vers. 20), exaltou-O e deu-Lhe a soberania sobre todos os poderes
angélicos (Paulo está preocupado com a perigosa tendência de alguns cristãos em
dar uma importância exagerada aos anjos, colocando-os até acima de Cristo – cf.
Col 1,6). Essa soberania estende-se, inclusive, à Igreja – o “corpo” do qual
Cristo é a “cabeça”. O mais significativo deste texto é, precisamente, este
último desenvolvimento. A ideia de que a comunidade cristã é um “corpo” – o
“corpo de Cristo” – formado por muitos membros, já havia aparecido nas “grandes
cartas”, acentuando-se, sobretudo, a relação dos vários membros do “corpo”
entre si (cf. 1 Cor 6,12-20; 10,16-17; 12,12-27; Rom 12,3-8); mas, nas “cartas
do cativeiro”, Paulo retoma a noção de “corpo de Cristo” para refletir sobre a
relação que existe entre a comunidade e Cristo. Neste texto, em concreto, há
dois conceitos muito significativos para definir o quadro da relação entre
Cristo e a Igreja: o de “cabeça” e o de “plenitude” (em grego, “pleroma”).
Dizer
que Cristo é a “cabeça” da Igreja significa, antes de mais, que os dois formam
uma comunidade indissolúvel e que há entre os dois uma comunhão total de vida e
de destino; significa também que Cristo é o centro à volta do qual o “corpo” se
articula, a partir do qual e em direção ao qual o “corpo” cresce, se orienta e
constrói, a origem e o fim desse “corpo”; significa ainda que a Igreja/corpo
está submetida à obediência a Cristo/cabeça: só de Cristo a Igreja depende e só
a Ele deve obediência. Dizer que a Igreja é a “plenitude” (“pleroma”) de Cristo
significa dizer que nela reside a “plenitude”, a “totalidade” de Cristo. Ela é
o receptáculo, a habitação, onde Cristo Se torna presente no mundo; é através
desse “corpo” onde reside, que Cristo continua todos os dias a realizar o seu
projeto de salvação em favor dos homens. Presente nesse “corpo”, Cristo enche o
mundo e atrai a Si o universo inteiro, até que o próprio Cristo “seja tudo em
todos” (vers. 23).
ATUALIZAÇÃO
**- Na nossa peregrinação pelo mundo, convém
termos sempre presente “a esperança a que fomos chamados”. A
ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria
ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um “corpo” destinado à vida plena.
Esta perspectiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de avançar –
apesar das dificuldades – nesse “caminho” do amor e da entrega total que Cristo
percorreu.
**- Dizer que fazemos parte do “corpo de Cristo”
significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que nessa comunhão
recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa também viver em
comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos, membros do mesmo
“corpo”, alimentados pela mesma vida.
Pe. Joaquim - Pe. Barbosa - Pe. Carvalho
==========----------------=============
"Ide e Evangelizai"
Celebramos
hoje a festa da ASCENSÃO do Senhor.
Na 1a
Leitura, temos o Início dos
Atos dos Apóstolos. (At 1,1-11)
Esse
livro pretende mostrar, que os ensinamentos e ações de Jesus continuam nos
ensinamentos e nas ações da Comunidade cristã…
-
40 dias: É um número simbólico, É
o tempo necessário para aprender e repetir as lições do mestre.
- MISSÃO: "Sereis minhas testemunhas até os confins da terra..."
-
"Elevou-se… e uma nuvem o
encobriu...":
Exprime o Mistério de Deus presente e
escondido aos olhos do povo.
-
ANJOS: convidam os discípulos não ficar de braços cruzados, olhando para
o céu, mas descer seguir o caminho de Jesus.
Lucas,
com a Ascensão, termina o seu Evangelho
e inicia os Atos dos Apóstolos.
A
Ascensão não é uma despedida, mas uma nova presença do Mestre, que se manifesta
mediante sinais da missão evangelizadora dos discípulos.
O
Projeto de salvação e de libertação de Jesus passou para as mãos da Igreja,
animada pelo Espírito.
Na 2ª
Leitura, Paulo vê na Ascensão a glorificação de Cristo e o anúncio
do retorno de toda a humanidade a Deus. (Ef 1,17-23)
O Evangelho
apresenta a Missão dos discípulos no mundo, após a partida de Jesus ao encontro
do Pai. (Mc 16, 15-20). O texto é um acréscimo posterior ao evangelho de
Marcos.
Narra TRÊS CENAS:
1) Jesus ressuscitado define a MISSÃO dos Discípulos.
- O Conteúdo do anúncio: "Pregai o Evangelho a toda a criatura".
* A Palavra EVANGELHO
- Na boca de Jesus, designa o anúncio do Reino que suscita a fé e o acolhimento da
salvação.
- Para as comunidades cristãs, é o anúncio de um ACONTECIMENTO:
Em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos homens,
manifestou o seu amor, inseriu-os na sua família.
- Quem aderir à proposta de Jesus chegará à vida plena e definitiva.
- A obra missionária será acompanhada de Sinais, que atestarão autenticidade e continuidade da ação libertadora do Mestre.
- Quem aderir à proposta de Jesus chegará à vida plena e definitiva.
- A obra missionária será acompanhada de Sinais, que atestarão autenticidade e continuidade da ação libertadora do Mestre.
E enumera
sinais da presença do Mestre: Expulsarão demônios, falarão novas línguas,
resistirão ao veneno das
serpentes, curarão doentes impondo as mãos.
2) Jesus
PARTE ao encontro do PAI.
Jesus sobe
ao céu e senta-se à direita de Deus: Mostra a soberania de Jesus, como Senhor
da História e do Universo... Não é o
afastamento de Cristo, mas uma nova presença no mundo.
3) Os
discípulos PARTEM ao encontro do MUNDO na ação missionária e não estão
sozinhos...
O Senhor os ajudava e
confirmava sua palavra pelos sinais".
+ A Ascensão
de Jesus nos faz lembrar:
- A nossa ascensão: "Ele subiu não para se afastar da nossa humanidade,mas para nos
dar a esperança de que um dia... iremos ao seu encontro, onde ele nos
precedeu..." (Prefácio)
- A Igreja é uma "Comunidade Missionária",
cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação, que Jesus veio trazer aos homens.
Pe. Antônio
Geraldo
==============------------==========
HOMIIA DO PE.
PEDRINHO:
Hoje celebramos a Ascenção do Senhor, Jesus que sobe
aos céus de corpo e alma e senta-se à direita do Pai. O Círio, que representa o
Cristo ressuscitado, agora é apagado, significando que Ele foi para junto de
Deus Pai. Isto não significa distanciar-se de nós, mas levar até Deus Pai a
humanidade toda. Jesus continua presente de maneira bastante especial e muitas
vezes nós não conseguimos compreender bem. Ele permanece presente no mundo
através de nós. Ele é a cabeça e nós formamos o Corpo Místico de Jesus.
Portanto, se você quer ver o Cristo ressuscitado, basta olhar para o lado. É
evidente que isto exige fé, porque exatamente se eu olho de lado eu vejo
alguém, que na minha opinião, está longe de ser a imagem de Jesus Cristo.
Entretanto, este é o grande desafio; nos tornarmos imagem, conforme, do mesmo
jeito de Jesus e a ajudar que outros também passem a integrar este corpo. Isto
quem nos ajuda a entender e a integrar é a Eucaristia. A própria palavra diz:
Comunhão, todos juntos, todos numa mão única, em união. A Eucaristia nos ajuda
para que pareçamos cada vez mais com Jesus. Quando Jesus vai para junto de Deus
Pai, Ele, então, nos revela que também a carne ressuscita. Não é somente a alma
que tem vida eterna, mas queremos que também a carne tenha vida eterna. Quando
eu comungo Jesus, não é Ele que passa a fazer parte do meu corpo, mas é eu que integro
o corpo místico de Cristo. Portanto, Ele que é eternidade, também nos garante
vida eterna. Jesus, indo para o Pai, deixa uma última instrução para cada um de
nós: ide, e pregai o Evangelho para todos os povos. Não é atoa então, que neste
domingo, a Igreja celebra o dia mundial das comunicações sociais, onde o Santo
Padre nos propõe como tema; silêncio e palavra na Evangelização. Ele diz: como
é que eu posso Evangelizar? No silêncio. Como posso me comunicar? No silêncio.
Mas que tipo de silêncio? No silêncio para ouvir o que Deus tem para nos dizer.
Então, se colocar no silêncio para ouvir a Palavra de Deus. E depois: como
cumprir o mandato de Jesus, “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho”? É através da comunicação social: através do
rádio, através da televisão, do jornal, internet, face book, youtube, aí por
diante. Cada vez mais, a pastoral da
comunicação está se colocando como a grande possibilidade de levarmos a frente
a Evangelização. O Santo Padre pede para que rezemos pela pastoral da comunicação,
exatamente porque não tem sido fácil. Se olharmos para o Brasil, aqueles que
procuram trazer, desculpe o pleonasmo, a verdade verdadeira, porque muitas
vezes apresentam algo como verdade e não o é, aqueles que procuram trazer a
verdadeira verdade, pagam com a própria vida. Volta e meia ouvimos falar de
jornalistas que morrem e assim por diante. Por outro lado, temos uma grande
deficiência no Brasil; não existe jornalista especializado na Igreja. Você tem
especialista em economia, futebol, medicina, mas quando se trata de igreja,
eles pedem para qualquer principiante, que não consegue ainda entender a
grandeza que é a Igreja. hoje, pelo menos no A B C, temos um padre se
especializando em Roma, para tratar a comunicação social como uma ferramenta da
Evangelização. Isto nos traz esperança, porque a final de contas, na medida que
você tem alguém especializado, fica mais fácil transmitir e passar uma mensagem
religiosa. Pode ver, que até a rede globo, que é tida como a melhor emissora,
ela não distingue, não sabe o que é uma missa, um terço, uma exéquia, não sabe
o que é santo, não sabe o que é Eucaristia, e assim por diante e nos apresenta tudo como sendo uma grande verdade,
a partir do enfoque dela e, muitas vezes, confunde as pessoas. Mesmo aqueles
que se colocam nos canais chamados de evangelização, muitas vezes apresenta a
liturgia totalmente errada, as pessoas fazendo as coisas como lhe vem na
cabeça, e cria-se, assim, uma série de dificuldades exatamente para a própria
Igreja, porque eles é que acabam passando para nós algo como se fosse
verdadeiro e na realidade não é. Então, nós temos muito a percorrer ainda. É
evidente, que esta geração que está chegando hoje, que terá nas mãos todas
estas ferramentas. Muitas paróquias já fazem um serviço bom na pastoral de
comunicação. É interessante observar, que o mandato de Jesus pode ser realizado
fazendo um bom trabalho. Basta ter vontade. É isto que o dia mundial das
comunicações nos pede: que tenhamos boa vontade, que a missão será realizada.
Uma última palavrinha que é importante: Jesus diz:
“se fizer isto em meu nome, poderá pegar serpente venenosa, escorpião, nada vai
te atingir”. Por que? Porque quando nos propomos a anunciar o Evangelho, Deus
nos ajuda e acabamos vencendo todas as dificuldades. Inclusive aquelas que
parecem impossíveis de serem superadas. Que Deus nos ajude, já que Jesus está
sentado à direita do Pai, conduzir toda a humanidade para junto do Pai. Que
possamos fazer na terra um verdadeiro reino, que já existe no céu.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO.
4,43
=============-----------------==========
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: (Diáconos
ou Ministros da Palavra).
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O
ALTAR).
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
à Senhor, nós Vos
agradecemos por nos terdes enviado vosso Filho para nos dar a graça da Vida
eterna.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
àSenhor, Vos
louvamos quando elevastes Jesus para junto de Vós, abrindo-nos o caminho para
que também possamos ressuscitar e ir para junto de Vós.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
à Senhor, nosso
Deus, Enviai-nos o Espírito Santo para que sejamos iluminados pela Vossa luz e
possamos continuar a construção de Vosso Reino, levando o Evangelho a todos
nossos irmãos e irmãs.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
à Senhor,
dai-nos força para que saiamos de nosso
egoísmo e saibamos espelhar o vosso amor no mundo.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
à Senhor, obrigado
por nos dar a esperança de uma vida plena e eterna junto a Vós... Pai, vinde
sempre em nosso auxílio, pois somos fracos e muitas vezes caímos. Vós sois a
nossa força e nosso amparo.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso
amor por nós.
-
- Pai nosso... A Paz de Cristo... Cordeiro de Deus...
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