2º
DOMINGO DO TEMPO PASCAL.
SINOPSE:
Tema: “Como o Pai me enviou, também eu
vos envio.” É na comunidade que encontramos Jesus ressuscitado.
Evangelho: Jesus vivo e ressuscitado é o centro da comunidade; é d’Ele que ela recebe a força para enfrentar as dificuldades. É na comunidade que encontramos provas de que Jesus está vivo.
Segunda leitura: é
na comunidade que encontramos
a força para caminhar e para vencer.
Primeira leitura:
a comunidade cristã continua no mundo a missão salvadora e libertadora de
Jesus.
EVANGELHO
(João 20,19-31)
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se
encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: "A paz esteja
convosco". Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os
discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A paz
esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de ter
dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem
perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes,
eles lhes serão retidos”. Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava
com eles quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois:
"Vimos o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos
pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a
mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, encontravam-se os
discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas
as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”.
Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a
tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". Tomé
respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" Jesus lhe disse:
"Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem
visto!" Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não
estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus e, para que, crendo, tenhais a vida em seu
nome.
AMBIENTE - O
“primeiro dia da semana” faz referência ao tempo novo, a nova criação. A
comunidade reunida está desamparada e insegura. O medo vem de não terem feito a
experiência de Cristo ressuscitado.
MENSAGEM - O
texto divide-se em duas partes. Na primeira parte, descreve-se uma “aparição”
de Jesus aos discípulos. Depois de sugerir a situação de insegurança ( “as
portas fechadas”, o “medo”), o autor apresenta Jesus “no centro” da comunidade.
Ao aparecer “no meio deles”, Jesus assume-Se como ponto de referência, de
unidade. Ele é o centro onde todos vão beber a vida. A esta comunidade
mergulhada no medo, Jesus transmite a paz, pois Ele venceu a morte que os
assustava.
Depois,
Jesus revela a sua “identidade”: nas mãos e no lado trespassado, estão os
sinais do seu amor e da sua entrega. É nesses sinais de amor e doação que a
comunidade reconhece Jesus vivo e presente no seu meio. A permanência desses
“sinais” indica a permanência do amor de Jesus: Ele será sempre o Messias que
ama, e do qual brotarão a água e o sangue que constituem e alimentam a
comunidade.
Em
seguida, Jesus “soprou sobre eles”. Com o “sopro” de Gn 2,7, o homem tornou-se
um ser vivente; com este “sopro”, Jesus transmite aos discípulos a vida nova
que fará deles homens novos. Agora, os discípulos possuem o Espírito, a vida de
Deus, para poderem – como Jesus – dar-se generosamente aos outros. É este
Espírito que constitui e anima a comunidade.
Os
discípulos são enviados a prolongar o oferecimento de vida que o Pai apresenta
à humanidade em Jesus. Quem aceitar essa proposta de vida, será integrado na
comunidade de Jesus.
Na
segunda parte, apresenta uma catequese sobre a fé. Como é que se chega à fé em
Cristo ressuscitado? João responde: só podemos fazer a experiência da fé em
Jesus vivo e ressuscitado na comunidade. Tomé representa aqueles que vivem
fechados em si próprios (está fora) e que não percebe os sinais de vida nova
que nela se manifestam. Tomé acaba por fazer a experiência de Cristo vivo no
interior da comunidade. Porquê? Porque, no “dia do Senhor”, volta a estar com a
sua comunidade. É uma alusão clara ao domingo, ao dia em que a comunidade é
convocada para celebrar a Eucaristia: é no encontro com o amor fraterno, com o
perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus partilhado, que
se descobre Jesus ressuscitado.
ATUALIZAÇÃO
• A comunidade cristã constrói-se à volta de Jesus e é d’Ele que recebe vida,
amor e paz. Sem Jesus, seremos um rebanho de gente assustada, incapaz de
enfrentar o mundo; sem Ele, estaremos divididos, em conflito e não seremos uma
comunidade de irmãos…
•
É na comunidade que fazemos a experiência de Jesus ressuscitado. É nos gestos
de amor, de partilha, de serviço, de encontro, de fraternidade, que encontramos
Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo.
•
Não é em experiências pessoais, íntimas, fechadas, egoístas que encontramos
Jesus ressuscitado; mas encontramo-lo no diálogo comunitário, na Palavra
partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida.
SEGUNDA LEITURA
(Ap 1,9-11a.12-13.17-19) Leitura do Livro do Apocalipse de São João.
Leitura do Livro do Apocalipse de São João. Eu, João,
vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em
Jesus, fui levado à ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do
testemunho que eu dava de Jesus. No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito
e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, a qual dizia: “O que vais
ver, escreve-o num livro”. Então voltei-me para ver quem estava falando; e, ao
voltar-me, vi sete candelabros de ouro. No meio dos candelabros havia alguém
semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma
faixa de ouro em volta do peito. Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele
colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro
e o Último, aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu
tenho a chave da morte e da região dos mortos. Escreve, pois o que viste,
aquilo que está acontecendo e o que vai acontecer depois”
AMBIENTE - Estamos no ano 95, época de grandes
perseguições. Muitos abandonavam o evangelho. É neste contexto de perseguição
que vai ser escrito o Apocalipse. O objetivo do autor é apresentar um convite à
conversão. O texto apresenta – através dos símbolos – o “Filho do Homem”: é Ele
o Senhor da história e Aquele através de quem Deus revela aos homens o seu
projeto.
MENSAGEM - Esse
“Filho do Homem” é Cristo ressuscitado. João, exilado na ilha de Patmos por
causa do Evangelho, vai recorrer a símbolos que sublinham a divindade de Jesus.
Este
“Filho do Homem” é apresentado como o Senhor que preside à sua Igreja. Os sete
candelabros representam a totalidade da Igreja; recordar que o sete é o número
que indica plenitude, totalidade; Ele está revestido de dignidade sacerdotal (a
longa túnica, distintivo da dignidade sacerdotal revela que Ele é, agora, o
verdadeiro intermediário entre Deus e os homens) e possui dignidade real (o
cinto de ouro, porque n’Ele reside a realeza e a autoridade sobre a história, o
mundo e a Igreja). Sobretudo, Ele é o Cristo do mistério pascal: esteve morto,
voltou à vida e é agora o Senhor da vida que derrotou a morte. A história
começa e acaba n’Ele. Por isso, os cristãos nada terão a temer.
A
João, Cristo ressuscitado confia a missão profética de testemunhar. O fato de
João cair por terra como morto e o facto de o Senhor o reanimar com um gesto,
fazem-nos pensar em vários relatos de vocação profética do Antigo Testamento. O
“profeta” João é, pois, enviado às igrejas; a sua missão é anunciar uma mensagem
de esperança que permita enfrentar o medo e a perseguição. Sobretudo, é
chamado a anunciar a todos os cristãos que Jesus ressuscitado está vivo, que
caminha no meio da sua Igreja e que, com Ele, nenhum mal nos acontecerá, pois é
Ele que preside à história.
ATUALIZAÇÃO • Há muitas coisas e interesses que
recebem a nossa adoração, que nos desviam do essencial e que acabam por nos
destruir e escravizar. É Jesus, vivo e ressuscitado que está no centro das
nossas vidas e das nossas comunidades?
•
Temos consciência de que nada temos a temer porque Cristo, o Senhor da
história, caminha conosco?
•
Se a esperança está em crise, nós temos uma proposta de novidade e de salvação
a apresentar ao mundo. Sentimo-nos profetas– como João – a anunciar uma
mensagem de esperança, a dar testemunho de Jesus ressuscitado e a dizer que
esse mundo novo já está a fazer-se?
PRIMEIRA LEITURA
(Atos 5,12-16) Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o
povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no
Pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo
estimava-os muito. Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela
fé; era uma multidão de homens e mulheres. Chegavam a transportar para as
praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo
menos a sua sombra tocasse algum deles. A multidão vinha até das cidades
vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus
espíritos. E todos eram curados
AMBIENTE - O livro dos Atos dos Apóstolos apresenta a primeira comunidade cristã que se assumiu como testemunha de Jesus diante do mundo. O texto apresenta o testemunho da Igreja através da atividade miraculosa dos apóstolos.
MENSAGEM - “Pelas
mãos dos apóstolos realizavam-se muitos milagres e prodígios entre o
povo”. Não se trata de uma reportagem de
acontecimentos, mas de uma teologia; Lucas vê uma continuidade entre a missão
de Jesus e a missão da comunidade cristã (a atividade de Jesus é continuada
pela sua Igreja). Significa que nada é impossível àquele que se coloca na
órbita de Cristo e recebe d’Ele a força para testemunhar. Devemos ter presente,
para entender a mensagem, o cenário de fundo deste texto: os apóstolos são as
testemunhas de Jesus ressuscitado e do seu projeto libertador para o mundo; os
gestos realizados servem para dar testemunho da ressurreição, isto é, dessa
vida nova que em Cristo começou e que, através dos seguidores de Cristo
ressuscitado, deve chegar a todos os homens.
ATUALIZAÇÃO •
A comunidade cristã tem de ser uma comunidade que testemunha Cristo
ressuscitado. Se formarmos uma família, solidários uns com os outros, estaremos
anunciando esse mundo novo que Jesus propôs.
•
Os milagres são sinais que mostram a presença libertadora e salvadora de Deus.
Não são coisas reservadas a certos super-heróis, mas são coisas que eu posso
fazer todos os dias: sempre que os meus gestos falam de amor, de partilha, de
reconciliação, eu estou realizando um “milagre” que leva aos irmãos a vida nova
de Deus, estou anunciando e fazendo acontecer a ressurreição.
A 1a Leitura
- Era uma comunidade viva, estimada e
atrativa: O que atraía? O Ressuscitado não podia mais
ser visto, mas podia ser visto: a
COMUNIDADE como SINAL VISÍVEL de Cristo
ressuscitado. Eles realizam prodígios, sinais da presença de Cristo entre eles.
* Não basta rezar em casa, assistir a
missa pela TV... Em casa podemos fazer a experiência de Deus, mas não a do
Ressuscitado, porque esse se faz presente onde a Comunidade está reunida...
- Comunica o ESPÍRITO SANTO:-
"SOPROU... recebei o Espírito
Santo..."
- Envia em MISSÃO:- "Como o Pai me enviou, eu também VOS
ENVIO..."
+ O Episódio de Tomé Não
valoriza o testemunho da Comunidade.
Fora da comunidade, não encontra o
Cristo ressuscitado.
Quem não encontrou o Ressuscitado na
Comunidade precisa de "provas" para acreditar.
Após a execução
de Jesus, os discípulos se refugiam; anoitece também em seus corações. Muito
medo; certa segurança é “fechar as portas”. Estão escondidos. Mas é nesse
ambiente carregado que Jesus, “ressuscitado”, marca sua presença, ressuscitando
as esperanças. E a primeira coisa que Ele faz é comunicar a sua paz. Nenhuma
acusação por tê-lo abandonado. Sua presença devolve a alegria, a capacidade de
amar, o entusiasmo.
Por isso, a
chave de todas as “aparições”, é a que Jesus faz à comunidade reunida. É
na comunidade onde se pode descobrir a presença do verdadeiro Jesus, E
recebe a missão de anunciar a Ressurreição.
Tomé é o tema da
dúvida. Separado da comunidade, não tem a experiência de Jesus vivo. Ao
integrar-se na comunidade agora ele pode experimentar o que os outros lhe
contaram e ele não acreditou.
A mensagem dos
relatos das Aparições é muito clara: sem uma experiência pessoal, vivida
no seio da comunidade de fé, é impossível ter acesso à nova Vida que Jesus
anunciou antes de morrer.
Os discípulos se
transformam quando Jesus se faz presente em meio a eles. O Ressuscitado está de
novo no centro de sua comunidade; Tudo começa de novo. Tal presença os liberta
do medo e da dúvida, os faz escancarar as portas e dar inicio o processo de
evangelização.
Vivem a certeza
de que o Crucificado é o Ressuscitado, que a morte foi vencida, que Deus é o
Senhor da Vida. Impulsionados pela força do Espírito, seguirão no mesmo projeto
salvador que o Pai confiou a Jesus.
A Ressurreição significa, pois, o
amanhecer de uma nova humanidade.
A Ressurreição
acontece quando alimentamos os corações desanimados, mas esperançosos; quando
transformamos escuridão em luz, choro em dança, sofrimento em crescimento.
Vivemos a Ressurreição
quando ajudamos os outros a encontrar razões para viver e lutar e alimentamos os
sonhos com dias melhores, com pão na mesa de todos e com dignidade garantida.
A Ressurreição
acontece nos pequenos e simples gestos de partilha, de perdão sincero e de
confiança alegre. Ela está presente nos corações que mantêm viva a novidade da
vida. E se dá na capacidade de ver o mundo e as pessoas com olhar de
misericórdia que reconstrói a existência fragmentada.
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E Jesus ressuscitado
sopra sobre os Apóstolos o Espírito Santo, recebido do Pai na Ressurreição:
“Como o Pai me enviou na potência do Espírito, também eu vos envio agora na
força desse mesmo Espírito! Recebei, pois, o Espírito Santo, dado para gerar o
mundo novo, o homem novo, o homem segundo a minha imagem, o homem reconciliado,
na paz com Deus! Paz a vós! Os pecados serão perdoados nesse dom do meu
Espírito!” Assim começa o cristianismo, assim ganha vida a Igreja: no Espírito
do Ressuscitado!
A
Ressurreição de Cristo é garantia da nossa, o seu Espírito, que nós recebemos,
é semente e garantia de vida eterna e, por isso, é causa de alegria e força
para nós, cristãos. Nós recebemos a vida eterna, nós cremos na Vida eterna, nós
já vivemos tendo em nós as sementes da Vida eterna!
Mas, esta nossa fé na Ressurreição tem conseqüências: “Os que haviam se
convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão
fraterna, na fração do pão e nas orações. Todos os que abraçavam a fé viviam
unidos e colocavam tudo em comum...”
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A Comunidade
Todo
Domingo é Dia do Senhor Ressuscitado...
Vivendo
ainda o clima de Páscoa, nos reunimos hoje em nome de Jesus, para proclamar a
nossa
fé
na Ressurreição.
A
liturgia nos mostra que a COMUNIDADE CRISTÃ é um lugar privilegiado de "Encontro"
com Jesus Ressuscitado.
A 1a Leitura
apresenta um dos "Sumários", que "retrata" a vida da
Comunidade de Jerusalém, continuando a Missão de Jesus. (At 5,12-16)
- Era uma comunidade viva: "Todos os fiéis se reuniam, com muita
união..."
-
Eram pessoas estimadas: "O Povo estimava-os muito..."
-
Exercia forte atração sobre todos: "Crescia sempre mais o
número dos que aderiam ao Senhor pela fé ..."
O que atraía? Os gestos concretos de libertação: O Ressuscitado não
podia mais ser visto pessoalmente, mas havia algo que podia ser visto: a
COMUNIDADE, que, através de sua vida, dá testemunho de que Cristo está vivo.
* A comunidade cristã deve ser SINAL
VISÍVEL de Cristo ressuscitado.
Eles realizam prodígios, sinais da presença de Cristo entre eles.
A 2ª Leitura apresenta Jesus
caminhando com a sua Igreja.
É nele que a COMUNIDADE encontra a força
para caminhar e para vencer as forças que se opõem à vida nova de Deus. Por
isso, os cristãos nada terão a temer. (Ap
1,9-11a.12-13.17-19)
+ No Evangelho, o
CRISTO vivo e ressuscitado é o Centro da Comunidade cristã.
(Jo 20,19-31)
A Comunidade insegura e frágil, dominada
pelo medo, se estrutura ao redor de Cristo e dele recebe a vida que a anima e
que lhe permite enfrentar as dificuldades e as perseguições.
Na vida da comunidade, encontramos as
provas de que Jesus está vivo.
O texto apresenta dois encontros dos
apóstolos com Cristo Ressuscitado:
Aprofundemos alguns DETALHES:
- "1o Dia da semana...
Oito dias depois..." (Domingo)
* Lembra as celebrações dominicais da
Comunidade primitiva e mostra a nossa experiência pascal que se renova cada
domingo.
O Domingo é o dia do
"encontro" com o Ressuscitado.
É o dia em que a comunidade é convocada
para celebrar a Eucaristia.
É no "encontro" com o amor
fraterno, com o perdão dos irmãos, com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus
partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado.
-
Na Comunidade:
A Assembleia dominical da Comunidade é o lugar privilegiado para
encontrar o Ressuscitado e ouvir a sua Palavra.
* Não basta rezar em casa, assistir a missa pela TV...
Em casa podemos fazer a experiência de
Deus, mas não a do Ressuscitado, porque esse se faz presente onde a Comunidade
está reunida...
- "Com portas trancadas por medo dos
judeus..."
Mais do que as portas e janelas, o coração
deles estava fechado...
O Ressuscitado os liberta do medo e lhes traz a alegria...
* Retrata a situação de insegurança e fragilidade, que dominava a
comunidade.
A essa comunidade fechada, com medo,
mergulhada num mundo hostil, ao aparecer "no meio deles", JESUS...
- Transmite o Dom da PAZ... do PERDÃO:
- "A Paz esteja convosco..."
- " A quem perdoardes os
pecados..."
- Comunica o ESPÍRITO SANTO:
- "SOPROU...
recebei o Espírito Santo..."
(Lembra o "sopro" de Deus na Criação)
- Envia em MISSÃO:
- "Como
o Pai me enviou, eu também VOS ENVIO..."
+ O Episódio de Tomé é uma CATEQUESE SOBRE A FÉ:
Inicialmente exige provas, só acredita
vendo...
Não valoriza o testemunho da Comunidade.
Não percebe os sinais de vida nova que
nela se manifestam...
Fora da comunidade, não encontra o
Cristo ressuscitado.
Depois, voltando à comunidade, no
"dia do Senhor" (Domingo), o encontra e faz uma linda profissão de
fé: "Meu Senhor e meu Deus".
Quem não encontrou o Ressuscitado na
Comunidade precisa de "provas" para acreditar.
As dúvidas de Tomé expressam a
experiência da Comunidade apostólica.
Sua incredulidade evidencia o realismo
da Ressurreição e nos convida a crer firmemente neste mistério, mesmo sem ter
visto,
- O que significa para nós a EUCARISTIA na COMUNIDADE, no MEU DOMINGO?
Peçamos a Deus, nesta celebração, que a
nossa vida, através de gestos concretos,
torne visível aos homens de nosso tempo,
que Jesus está ainda vivo?
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Pedrinho
Estamos, hoje,
celebrando o oitavo dia, da oitava da Páscoa. Significa: domingo passado
celebramos o domingo de Páscoa e hoje estamos celebrando o segundo domingo da
Páscoa. O segundo domingo da Páscoa, o Santo João Paulo II nomeou como sendo o
domingo da misericórdia. Não é muito difícil descobrir o porque. Afinal de
contas, as orações o salmo nos falam da misericórdia de Deus. Muitas vezes,
confundimos a palavra misericórdia com a palavra conivência. Eu digo; você
errou, fez isto, isto... vamos pedir misericórdia. O que isto quer dizer? Vamos
pedir para esquecer tudo e acabou. Não. Misericórdia significa toda uma
cultura, todo um costume, toda uma prática, uma maneira de ser. Eu falo a
partir de mim. Como é difícil cultivar a misericórdia. Porque quando você menos
espera, você estourou com o irmão, quando você menos espera comete uma
injustiça, quando menos espera você se torna mau educado e etc, etc... então, é
bom, uma vez por ano, pelo menos, nós voltarmos o nosso olhar e o nosso
pensamento para Jesus e ver nele a verdadeira misericórdia e buscarmos, a
partir daí, tentarmos ser, cada vez mais parecidos com Jesus, para sermos a
imagem e semelhança de Deus. Porque Jesus é a imagem de Deus feito homem,
porque Ele viveu cem por cento a misericórdia divina, e praticou cem por cento
a misericórdia divina.
Vamos partir do
Evangelho de hoje. Muitas vezes foi comentado sem misericórdia: veja o canto:
“Creio em ti ressuscitado mais que São Tomé”. Lembram desta música? Significa
que eu sou melhor que São Tomé. Ora, ele é santo e eu não. Então, eu estou sem
misericórdia! Eu estou me julgando melhor que ele! “Creio em ti ressuscitado
mais que São Tomé”. Vocês se lembram desta música. Então, vamos com calma. O
que, que acontece aqui com São Tomé? Duas coisas que vão ser muito importantes
para nós. A primeira: eu creio no Jesus ressuscitado de carne e osso? Ou eu
creio num fantasma qualquer? Tem gente que crê no Cristo ressuscitado só como
uma idéia, como um pensamento, como uma lembrança. Isto não é ressurreição. O
Papa Bento XVI dizia: Jesus é uma pessoa, é alguém com quem eu faço um encontro
pessoal. Jesus não é uma idéia ou uma filosofia, falava ele. Então, nesse
sentido, São Tomé está certíssimo: vieram contar para ele: “Nós vimos o
Senhor”! Ele disse: calma lá. Se eu não tocar, não sentir, eu não vou aceitar.
Isto não é falta de fé. Isto é uma forma de dizer: eu quero crer no Cristo
corpo, sangue, alma, divindade. Eu não quero ficar acreditando numa alma que
fica vagando por aí. E, nós dizemos na profissão de fé: “”Creio na ressurreição
da carne”. Portanto, quem não crer, que Jesus ressuscitou de carne e osso, não
se preocupe, mas precisa caminhar, precisa chegar onde São Tomé já chegou. São
Tomé quis experimentar, tocar a pessoa de Jesus. Jesus, na sua misericórdia, disse:
“põe aqui o dedo”. “Toca a minha mão, o meu lado”. Qual foi a reação de São
Tomé? “Meu Senhor e meu Deus”. Foi o
primeiro dos apóstolos a dizer meu Deus para Jesus. Portanto, se for ver,
ele caminhou, na fé, muito mais rápido que os outros, porque os outros também
tiveram dúvidas, também precisaram de muito diálogo com Jesus para poder ir
entendendo aos poucos. Ele, quando fez a experiência de Deus e homem
ressuscitado, ele vai dizer: Meu Deus. Então, ele tem mais fé, que muitos de
nós. Tem gente que tem dificuldade de aceitar, que Jesus é Deus. Tem gente que
está bem atrasado neste ponto. Agora, qual foi a dificuldade de Tomé, que os
outros não tiveram? TOMÉ NÃO ESTAVA EM COMUNIDADE, por isso, não teve tanta
facilidade em experimentar Jesus ressuscitado. Oito dias depois, ele estava
junto com os apóstolos e aí pode fazer a experiência.
Meus irmãos e
irmãs, é possível, quem sabe, não estou julgado, mas só externando uma idéia,
um pensamento, para refletirmos: às vezes, nós temos dificuldade para compreender
Jesus ressuscitado, porque não estamos participando da comunidade. Estamos
somente ouvindo notícias sobre a fé, sobre a ressurreição, mas eu não tenho
aquele envolvimento com a comunidade. Então, é claro, terei um pouco mais de
dificuldade.
Uma coisa é eu
achar que este fogo queima. É uma notícia que eu tenho. Outra coisa é eu sentir
o calor do fogo. Aí eu não acho; Eu experimento. É assim com Jesus. Uma coisa é
eu achar, porque me disseram que Ele ressuscitou. Outra coisa é fazer a
experiência.
Como eu posso
experimentar Jesus? Na minha caminhada. Não tem outro jeito. Cada um vai ter o
seu ritmo de caminhada e de cada um Deus terá misericórdia, no sentido, aí, de
misericórdia, de aguardar que eu consiga chegar até lá. Nem sempre nós temos
esta misericórdia. Às vezes alguém diz: eu tenho tanta dúvida sobre a
ressurreição de Jesus. Você não tem fé. Pronto, eu já julguei a pessoa. Não é
assim. Você tem dúvidas? Será que eu posso te ajudar? Porque eu não tenho
duvida. A pessoa vai dizer: como é, o que você fez para não ter duvida? Aí, me
surge uma dúvida. Eu não sei explicar porque não tenho dúvida. É a misericórdia
de Deus. Sabe em que sentido? Olhe, eu
peço a Deus, todo dia, para que me ajude, me abra a mente, para que eu tenha
fé. Aí, Deus vai me concedendo e eu nem sei como. Eu nem sei se sou merecedor,
mas Deus vai me concedendo. Faça esta experiência.
Olha, a pessoa
começa a experimentar e muda tudo. Não é mágica, mas é aí que eu abro o meu
coração para que a misericórdia de Deus possa ir transformando este coração.
Porque, no fundo, a misericórdia é o Sagrado Coração de Jesus. É Deus, que se
tornou tão humano, que ele fez de seu coração um coração de gente. É por isso a
sua misericórdia. Porque, se eu conseguir ir aproximando meu coração e ir transformando-o
mais parecido com o coração de Jesus, eu vou me transformando no Cristo vivo:
misericórdia, “misericardia” é o coração que vai purificando as misérias. É
isto. É tão bonito. Quer dizer, o coração de Jesus se torna para mim uma
referência, um ponto de comparação, uma orientação. Aí é evidente, uns tem mais
facilidade de fazer o seu coração mais parecido com o coração de Jesus, outros
tem menos. Ora, é aí que vamos pedindo a ajuda de Deus, pedindo um verdadeiro
milagre, que Ele possa, de verdade, nos tornar misericordiosos. Peça isto e
talvez no primeiro dia você tropece. Pedir hoje para ser misericordioso, porque
isso é mudança. É eu me propor fazer diferente o que o mundo propõe. O que o
mundo propõe é o seguinte: você me fez, eu te faço. O coração de Jesus não.
Abrem o lado dele, abrem o seu coração e Ele diz: Perdoa, eles não sabem o que
fazem. Veja, que é outra maneira de se colocar diante do mundo. Olha, quando se
diz, que é eterna a misericórdia de Deus, nós estamos falando de Jesus, A pedra
que os construtores rejeitaram, se torna a pedra angular. Por que? Porque
depois de Jesus, quem é que tem um coração como de Deus? Não tem. Eu não
conheço Deus face a face. Deus, talvez, nem tenha coração, porque é Deus. Eu
vou me orientar como, para ter um coração misericordioso? É o coração de Jesus, porque Ele se tornou
homem. Ele tem um coração, não só um coração músculo, que bombeia o sangue, mas
um coração no sentido de uma maneira de ser, que acolhe as pessoas, que ama as
pessoas, que dá a vida pelas pessoas. Então, Ele se torna a pedra angular. Ele
se torna, para mim, a única referência. Olhe, que maravilha, que bom saber, que
Jesus está, aí, a disposição, porque nos motiva a caminhar e nos ajuda a
anunciar aos outros, que a experiência que nós fazemos, ela, no mínimo, vai nos
ajudar a ser mais gente. Sendo mais gente, melhor imagem de Deus.
Que possamos
experimentar a misericórdia do Pai, do Filho e do Espírito Santo e que também
possamos agir com misericórdia para com os outros.
Louvado seja
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho –
Diocese Santo André - SP
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Homilia de D. Henrique Soares
Estamos ainda em pleno dia da Páscoa, “o Dia que o Senhor fez para nós” –
é esta a Oitava da Santa Páscoa.
Se no dia mesmo da Ressurreição, a liturgia centrava nossa atenção no próprio
Senhor ressuscitado, vencedor da morte, hoje, neste Domingo da Oitava, a
atenção concentra-se nos efeitos dessa vitória formidável para nós e para toda
a humanidade.
Eis! O Senhor Jesus, morto como homem, morto na sua natureza humana, foi
ressuscitado pelo Pai, que derramou sobre ele o Espírito Santo, Senhor que dá a
Vida. E agora, cheio do Espírito, Jesus nos dá esse Dom divino, esse fruto da
sua Ressurreição.
Primeiro dá-lo aos seus apóstolos “ao anoitecer daquele dia, o primeiro
depois do sábado”. Passou o sábado dos judeus, passou a Lei de Moisés,
passou a antiga criação. E Jesus ressuscitado sopra sobre os Apóstolos o
Espírito Santo, recebido do Pai na Ressurreição: “Como o Pai me enviou na
potência do Espírito, também eu vos envio agora na força desse mesmo Espírito!
Recebei, pois, o Espírito Santo, dado para gerar o mundo novo, o homem novo, o
homem segundo a minha imagem, o homem reconciliado, na paz com Deus! Paz a vós!
Os pecados serão perdoados nesse dom do meu Espírito!” Assim começa o
cristianismo, assim ganha vida a Igreja: no Espírito do Ressuscitado!
Os Apóstolos agora, recebendo o Espírito, recebem a vida nova do Cristo, a vida
que dura para a eternidade. Esse mesmo Espírito, nós o recebemos nas águas do
Batismo e na comunhão com o Sangue do Senhor na Eucaristia. Por isso mesmo, a
oração da Missa hodierna nos pede a graça de compreender melhor, isto é, de
viver intensamente na vida “o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos
deu nova vida e o Sangue que nos redimiu”. Em outras palavras: pela
participação aos santos sacramentos, sobretudo o Batismo e a Eucaristia, nós
recebemos continuamente o Espírito do Ressuscitado e, assim, recebemos a sua
nova vida, a vida que nos renova já aqui, neste mundo, e nos dá a Vida eterna.
Por isso a segunda leitura de hoje nos diz que o Pai, “em sua grande
misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, nos fez
nascer de novo, para uma esperança viva, para uma herança incorruptível”,
reservada a nós nos céus! A Ressurreição de Cristo é garantia da nossa, o seu
Espírito, que nós recebemos, é semente e garantia de vida eterna e, por isso, é
causa de alegria e força para nós, cristãos. Nós recebemos a vida eterna, nós
cremos na Vida eterna, nós já vivemos tendo em nós as sementes da Vida eterna!
Mas, estejamos atentos: esta nossa fé na Ressurreição tem conseqüências
concretas para nós: “Os que haviam se convertido eram perseverantes em
ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas
orações. Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em
comum...” Eis: a fé na Ressurreição do Senhor, a vida vivida na Vida
nova que Cristo nos concedeu, faz-nos existir de um modo novo, iluminados por
uma nova regra de vida (o ensinamento dos apóstolos e seus sucessores),
sustentados pela fração do Pão eucarístico e testemunhas de uma vida de
comunhão, de amor fraterno, de mansidão, de coração aberto para Deus e os
irmãos.
Mais uma coisa: estejamos atentos para um fato importantíssimo: a Ressurreição
do Senhor não é uma fábula, não é um mito, não é uma parábola. O Senhor
realmente venceu a morte, realmente entrou no Cenáculo e realmente Tomé,
admirado e envergonhado, feliz pelo Senhor e triste por sua incredulidade,
tocou as mãos e o lado do Senhor vivo, ressuscitado! Por isso, o cristão não se
apavora diante dos reveses da vida, dos compromissos e renúncias pelo
testemunho de Cristo e nem mesmo diante da morte: “Sem ter visto o
Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso será para vós fonte
de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis aquilo em que acreditais: a
vossa salvação”.
Caríssimos, nesta santa Oitava, estamos com o coração unidos à Igreja de Roma e
ao seu Bispo, Sucessor de Pedro, o nosso Santo Padre João Paulo. Ele é uma
testemunha viva de tudo quanto acabamos de contemplar. Nele, temos visto a
força da Vida nova que o Cristo nos trouxe com a sua Ressurreição; nele, somos
testemunhas do quanto a certeza da Ressurreição do Senhor, garantia da nossa,
pode dar sentido, força, vigor, serenidade e sentido a uma vida. A agonia do
Papa tem sido vivenciada pela Igreja com verdadeira serenidade e esperança! Que
belo testemunho de fé na Ressurreição! Que eloqüente experiência da vitória da
Vida sobre a morte! Que o testemunho do Papa João Paulo sustente nosso caminho
com Cristo e que o Espírito do Ressuscitado dê a vida plena ao corpo e à alma
do Santo Padre e a nós, a força para continuar o caminho como Igreja que
testemunha com a vida a Ressurreição e a presença do Senhor. Que Deus dê ao
Santo Padre vida e salvação eterna! Amém.
D. Henrique Soares da Costa
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PARA A CELEBRAÇAO DA PALAVRA (Diáconos e Ministros
extraordinários da Palavra):
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM
JESUS, POR JESUS E EM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Louvor e glória a vós, meu senhor e meu Deus, aleluia!
- Deus da vida, nós vos bendizemos pela ressurreição do vosso Filho,
pois Jesus ressuscitado dos mortos é a nossa esperança de também termos a vida
eterna.
T: Louvor e glória a vós, meu senhor e meu Deus, aleluia!
-
Deus nosso Pai, nós Vos damos graças pela obra começada por vosso Filho Jesus,
continuada pelos Apóstolos e seus sucessores até ao nosso tempo, no dinamismo
do vosso Espírito.
T: Louvor e glória a vós, meu senhor e meu Deus, aleluia!
- Senhor, nós vos bendizemos: Sois Deus
de Amor e de misericórdia. Sois vós que nos criastes e nos preparastes uma
morada em vosso Reino. Pai, ajudai-nos para que assumamos a dignidade de Filhos
Vossos e possamos mostrar ao mundo o vosso amor.
T: Louvor e glória a vós, meu senhor e meu Deus, aleluia!
- Deus fiel, nós vos damos graças pelo
Espírito de ressurreição, que Jesus soprou sobre os Apóstolos e que também nos
é dado pelo batismo e pela confirmação, para que tenhamos a vida eterna. Que
pelas palavras e atos saibamos testemunhar que Jesus está vivo no meio de nós.
T: Louvor e glória a vós, meu senhor e meu Deus, aleluia!
- Pai nosso... A Paz...aleluia, Eis o Cordeiro...
(Diácono Ismael – Paróquia N.
Senhora da Soledade –
Delfim Moreira – Diocese de Pouso Alegre - MG)