RITUAL
Simplificado SEXTA F SANTA
Colunas 2019 ano C
=
Elaboração: Diácono Ismael
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01 a ------
RITUAL
DA SEXTA FEIRA SANTA
DA PAIXÃO DO SENHOR
* Rito Inicial
1. O
altar esteja totalmente despojado.
Animador: Irmãos e irmãs, aqui viemos para reviver na
fé a Paixão do Senhor. Ele que com sua morte nos abriu o caminho para a vida,
nos ensinou a derrotar o ódio pelo amor. A Igreja nasce
do supremo ato de amor de Jesus na cruz.
Assim como Cristo entregou sua vida livremente em
favor da humanidade, são muitos os irmãos e irmãs que a perdem em defesa da
solidariedade e da paz. Acompanhar o martírio de Cristo, neste dia, é reconhecer
que o seu gesto nos faz mais fortes para assumir as nossas próprias dores.
Olhando o Crucificado rezamos por todas as vitimas da violência
urbana e rural, pelos que estão às margens da nossa sociedade sendo vítimas das
drogas, do desemprego e da fome, nos quais a paixão de Cristo ainda se
prolonga.
Em profundo silêncio, iniciemos esta celebração litúrgica da sexta-feira santa.
------------- 1
b ---------------
2. EM
SILÊNCIO O presbítero e o diácono, de paramentos vermelhos, ou O ministro que
preside a Celebração, e os ministros aproximam-se do altar, fazem-lhe
reverência e prostram-se (presbítero e diácono) ou ajoelham-se.
Animador: (voz suave)
Celebramos hoje, irmãos e irmãs, o mistério da cruz do Senhor. Passando pela
humilhação de Jesus na cruz, chega-se, através de sua glorificação, à alegria
da Páscoa. Silenciando nosso coração, meditemos por uns instantes na
grandiosidade do Mistério da Cruz e da nossa Salvação. (pausa)
5b Todos
rezam em silêncio. Depois todos se levantem.
3. O Presidente da Celebração, com os
ministros, dirige-se para a suas cadeiras.
Oração (não
se diz Oremos).
Pres.: Ó Deus,
pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro
pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho
e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos
trazer pela graça a imagem do homem novo. P.C.N.S.
R. Amém
* Primeira parte: Liturgia
da Palavra
Anim: Pelo sacrifício de seu Filho amado, Deus liberta o
mundo do pecado e faz brotar a vida de onde havia morte. Como cristãos
conscientes do sangue inocente derramado pela nossa salvação, temos de carregar
a cruz com o mestre, através de uma vida de entrega aos irmãos e em tudo
obediente ao Pai.
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- No servo
fiel, da Primeira Leitura, O povo rejeita o servo sofredor como se ele fosse um
perseguido por Deus, mas suas dores e sua morte são a nossa salvação.
- Na Segunda
Leitura, São Paulo nos ensina, que o nosso Sumo Sacerdote Jesus foi provado em
todas as coisas, menos no pecado.
- João, em
seu Evangelho, nos relata os últimos momentos de Jesus na terra. Ele vence a
morte e resgata a humanidade para a vida plena!. Sentados, Ouçamos!
Primeira
leitura Isaías 52, 13 – 53, 12
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto
grau. Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava
que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano – do mesmo modo ele
espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio,
vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram.
Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do
Senhor? Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em
terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência
que nos agradasse. Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de
dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão
desprezível era, não fazíamos caso dele. A verdade é que ele tomava sobre si
nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse
um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por causa
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de nossos pecados, esmagado por
causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz; e
suas feridas, o preço da nossa cura. Todos nós vagávamos como ovelhas
desgarradas, cada qual seguindo o seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele
o pecado de todos nós. Foi maltratado e submeteu-se, não abriu a boca; como
cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não
abriu a boca. Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se
preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e
por causa do pecado do meu povo, foi golpeado até morrer. Deram-lhe sepultura
entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal, nem se
encontrou falsidade em suas palavras. O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos.
Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir
com êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma
ciência perfeita. Meu Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens, carregando
sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com ele multidões e ele
repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à
morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de
todos e intercedia em favor dos pecadores.
- Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus
Salmo responsorial Sl 30
R.: Ó
Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
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•
Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado
eternamente! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me
salvareis, ó Deus fiel!
•
Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e
objeto de pavor para os amigos;/fogem de mim os que me veem pela rua./Os
corações me esqueceram como um morto,/ e tornei-me como um vaso espedaçado.
•
Avós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus!
/ Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do
opressor!
•
Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão!
/ Fortalecei os corações; tende coragem, / todos vós que ao Senhor vos
confiais!
Segunda leitura. Hebreus 4, 14 – 16; 5, 7 – 9.
Leitura da Carta de São Paulo aos Hebreus.
Irmãos: Temos um sumo sacerdote eminente, que
entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que
professamos. Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de
nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do
pecado. Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para
conseguirmos
misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no
momento oportuno. Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e
súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da
morte. E foi atendido, por causa de
sua -
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entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o
que significa a obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. Mas, na
consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que
lhe obedecem. Palavra do Senhor
T. Graças a Deus.
Aclamação
ao Evangelho
Salve, ó Cristo obediente! / Salve, amor onipotente, /
que te entregou à cruz / e te recebeu na luz!
O Cristo obedeceu até a
morte, / humilhou-se e obedeceu o bom Jesus, / humilhou-se e obedeceu, sereno e
forte, / humilhou-se e obedeceu até a cruz
Evangelho João 18, 1 – 19, 42.
(Narração
dialogal opcional )
PR =Presidente; N
=Narrador; L1 e L2 = Um só Leitor e T=Todos.
EVANGELHO (Jo 18, 1–19,42)
N. = Narrador; T. = Todos; L 1. = Leitor 1; L 2. = Leitor 2;
J. = Jesus; P. = Pilatos.
Pres.: Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João.
N. Naquele tempo, Jesus saiu com os discípulos para o
outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os
discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava
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reunir-se aí com os
seus discípulos. Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns
guardas dos sumos sacerdotes e fariseus e chegou ali com lanternas, tochas e
armas. Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro
deles e disse:
J. “A QUEM PROCURAIS?”
N. Responderam:
T. “A Jesus, o Nazareno”.
N. Ele disse:
J. “SOU EU”.
N. Judas, o traidor, estava junto com eles. Quando
Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. De novo lhes
perguntou:
J. “A QUEM PROCURAIS?”
N. Eles responderam:
T. “A Jesus, o Nazareno”.
N. Jesus respondeu:
J. “JÁ VOS DISSE QUE SOU EU. SE É A MIM QUE
PROCURAIS, ENTÃO DEIXAI QUE ESTES SE RETIREM”.
N. Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito:
‘Não perdi nenhum daqueles que me confiaste’. Simão Pedro, que trazia uma
espada consigo, puxou dela e feriu o servo do Sumo Sacerdote, cotando-lhe a
orelha
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direita. O nome do servo era Malco. Então
Jesus disse a Pedro:
J. “GUARDA A TUA ESPADA NA BAINHA. NÃO VOU BEBER O
CÁLICE QUE O PAI ME DEU?”
N. Então, os soldados, o comandante e os guardas dos
judeus prenderam Jesus e o amarraram. Conduziram-no primeiro a Anás, que era o
sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. Foi Caifás que deu aos judeus o
conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. Simão Pedro e um outro
discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e
entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote. Pedro ficou fora, perto da porta.
Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou
com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada que guardava a
porta disse a Pedro:
L 1. “Não pertences também tu aos discípulos desse
homem?”
N. Ele respondeu:
L 2. “Não!”
N. Os empregados e os guardas fizeram uma fogueira e
estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se.
Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e
de seu ensinamento. Jesus lhe respondeu:
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J. “EU FALEI ÀS CLARAS AO MUNDO. ENSINEI SEMPRE NA
SINAGOGA E NO TEMPLO, ONDE TODOS OS JUDEUS SE REÚNEM. NADA FALEI ÀS ESCONDIDAS.
POR QUE ME INTERROGAS? PERGUNTA AOS QUE OUVIRAM O QUE EU FALEI; ELES SABEM O
QUE EU DISSE”.
N. Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali
estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
L 1. “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?”
N. Respondeu-lhe
Jesus:
J. “SE RESPONDI MAL, MOSTRA EM QUÊ; MAS, SE FALEI BEM,
POR QUE ME BATES?”
N. Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o
Sumo Sacerdote. Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se.
Disseram-lhe:
L 1. “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
N. Pedro negou:
L 2. “Não!”
N. Então um dos
empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a
orelha, disse:
L 1. “Será que não te vi no jardim com ele?”
N. Novamente Pedro negou. E na mesma hora o galo
cantou.
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N. De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador.
Era de manhã cedo.
Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a
Páscoa. Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
P. “Que acusação apresentais contra este homem?”
N. Eles responderam:
T. “Se ele não fosse malfeitor, não o teríamos
entregue a ti!”.
N. Pilatos disse:
P. “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a
vossa lei”.
N. Os judeus lhe responderam:
T. “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.
N. Assim se realizava o que Jesus tinha dito,
significando de que morte havia de morrer. Então Pilatos entrou de novo no
palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
P. “Tu és o rei dos judeus?”
N. Jesus respondeu:
J. “ESTÁS DIZENDO ISSO POR TI MESMO, OU OUTROS TE
DISSERAM ISSO DE MIM?”
N. Pilatos falou:
P. “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos
sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
N. Jesus respondeu:
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J. “O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO. SE O MEU REINO
FOSSE DESTE MUNDO, OS MEUS GUARDAS TERIAM LUTADO PARA QUE EU NÃO FOSSE ENTREGUE
AOS JUDEUS. MAS O MEU REINO NÃO É DAQUI”.
N. Pilatos disse a Jesus:
P. “Então, tu és rei?”
N. Jesus respondeu:
J. “TU O DIZES: EU SOU REI. EU NASCI E VIM AO MUNDO
PARA ISTO: PARA DAR TESTEMUNHO DA VERDADE. TODO AQUELE QUE É DA VERDADE ESCUTA
A MINHA VOZ”.
N. Pilatos disse a Jesus:
P. “O que é a verdade?”
N. Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus
e disse-lhes:
P. “Eu não encontro nenhuma culpa nele. Mas existe
entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos
solte o rei dos judeus?”
N. Então, começaram a gritar de novo:
T. “Este não, mas Barrabás!”
N. Barrabás era um bandido. Então Pilatos mandou
flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na
cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, aproximavam-se dele e diziam: ----------- 06 b
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T. “Viva o rei dos judeus!”
N. E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse
aos judeus:
P. “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para
que saibais que não encontro nele crime algum”.
N. Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de
espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
P. “Eis o homem!”
N. Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os
guardas começaram a gritar:
T. “Crucifica-o!
Crucifica-o!”
N. Pilatos respondeu:
P. “Levai-o vós
mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
N. Os judeus responderam:
T. “Nós temos uma Lei e, segundo esta Lei, ele deve
morrer, porque se fez Filho de Deus”.
N. Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com mais
medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus:
P. “De onde és tu?”
N. Jesus ficou calado. Então Pilatos disse:
P. “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade
para te soltar e autoridade para te crucificar?”
N. Jesus respondeu: --------- 07 a -------
J. “TU NÃO TERIAS
AUTORIDADE ALGUMA SOBRE MIM, SE ELA NÃO TE FOSSE DADA DO ALTO. QUEM ME ENTREGOU
A TI, PORTANTO, TEM CULPA MAIOR”.
N. Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus.
Mas os judeus gritavam:
T. “Se soltas este homem, não és amigo de César.
Todo aquele que se
faz rei, declara-se contra César”.
N. Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para
fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico
“Gábata”. Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio dia. Pilatos
disse aos judeus:
P. “Eis o vosso rei!”
N. Eles, porém, gritavam:
T. “Fora! Fora! Crucifica-o!”
N. Pilatos disse:
P. “Hei de
crucificar o vosso rei?”
N. Os sumos sacerdotes responderam:
T. Não temos outro rei senão César”.
N. Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado,
e eles o levaram. Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado
“Calvário”, em hebraico “Gólgota”. Ali o crucificaram, com outros dois: um de
cada lado, e Jesus no meio. Pilatos mandou ainda escrever um
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letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava
escrito: “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”. Muitos judeus puderam ver o
letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O
letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. Então os sumos sacerdotes
dos judeus disseram a Pilatos:
T. “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele
disse: ‘Eu sou o Rei dos Judeus’”.
N. Pilatos respondeu:
P. “O que escrevi, está escrito”.
N. Depois que crucificaram Jesus, os soldados
repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à
túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. Disseram
então entre si:
T. “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para
ver de quem será”.
N. Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram
entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim
procederam os soldados. Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã
da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao
lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
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J. “MULHER, ESTE É O TEU FILHO”.
N. Depois disse ao discípulo:
J. “ESTA É A TUA MÃE”.
N. Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu
consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a
Escritura se cumprisse até o fim, disse:
J. “TENHO SEDE”.
N. Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram
numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. Ele
tomou o vinagre e disse:
J. “TUDO ESTÁ CONSUMADO”.
N. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
(Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
N. Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus
queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele
sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as
pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as
pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. Ao se
aproximarem de Jesus e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas;
mas um soldado abriu-
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lhe o lado com uma
lança e logo saiu sangue e água. Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho
é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis.
Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão
nenhum dos seus ossos”. E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que
transpassaram”. Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus –
mas às escondidas, por medo dos judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de
Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. Chegou também
Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou
uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. Então tomaram o corpo de
Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus
costumam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no
jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Por causa da
preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.
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Homilia
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* Oração Universal (Missal p. 255)
Anim: A oração universal é o grande momento de
solidariedade com todo o povo de Deus, nascido do gesto de amor do Cristo na
cruz.
Certos de que Jesus Cristo veio
realizar a salvação para todos e atentos às diferentes necessidades do mundo e
da Igreja, elevemos a Deus nossa oração:
I. Pela santa Igreja.
Diácono ou
animador: Oremos irmãos e
irmãs caríssimos,
pela santa
Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a
proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua
própria glória.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]
[
Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:]
Pres: Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo
revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor.
Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e
proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém --------- 09 b --------
II. Pelo
Papa.
Diácono ou animador: Oremos pelo
nosso santo Padre, o Papa Francisco.
O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o Episcopado, o conserve são e salvo à
frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
[ ajoelhemo-nos ...
levantemo-nos ]
Pres.: Deus
eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria,
dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o Pontífice que
escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer
em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém
III. Por
todas as obras e categorias de fiéis.
Diácono: Oremos pelo nosso bispo N. (Dom ...Magella), por todos os bispos,
presbíteros e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel. [ ajoelhemo-nos
... levantemo-nos ]
Pres.: Deus
eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o
corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros
do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com
fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém ----------- 10 a ---------
IV. Pelos
catecúmenos.
Diácono: Oremos pelos (nossos) catecúmenos:
que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para
que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados,
sejam incorporados no Cristo Jesus.
[
ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]
Pres.: Deus
eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa
Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que,
renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos. Por
Cristo nosso Senhor. - Todos: Amém
V. Pela unidade dos cristãos
Diácono: Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que crêem
no Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir
e conservar na unidade da sua Igreja
todos os que vivem segundo a verdade. [ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos
]
Pres.: Deus
eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está
unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços
da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso
Senhor.
R.
Amém --------- 10 b ----------
VI.
Pelos judeus.
Diácono: Oremos pelos
judeus, aos quais o Senhor Nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que
cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos
]
Pres.: Deus eterno e
todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes,
escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça
alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo nosso Senhor.
R. Amém
VII. Pelos
que não crêem no Cristo.
Diácono: Oremos pelos que não crêem no Cristo,
para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da
salvação.
[ ajoelhemo-nos ...
levantemo-nos ]
Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, dai aos que não crêem no Cristo e caminham
sob o vosso olhar com sinceridade de coração, chegar ao conhecimento da
verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade,
amando-nos melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do
mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém -------- 11 a
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VIII. Pelos
que não crêem em Deus.
Diácono: Oremos pelos que não reconhecem a Deus,
para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus
verdadeiro.
[ ajoelhemo-nos ...
levantemo-nos ]
Pres.:
Deus eterno e
todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu
coração o desejo de procurar-vos para
que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso. Concedei que, entre as dificuldades deste
mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas
obras daqueles que crêem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único
Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos. Por Cristo, nosso Senhor. R.
Amém
IX. Pelos poderes públicos.
Diácono: Oremos por
todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes
dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar de verdadeira paz e
liberdade.
[ ajoelhemo-nos ...
levantemo-nos ]
Pres.: Ó Deus eterno e todo-poderoso, que tendes
na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade
aqueles que nos
------ 11 b
---------
governam. Que por
vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade
das nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor. - R. Amém
X. Por todos os que sofrem provações.
Diácono: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso,
para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra
as prisões aos injustiçados e liberte os cativos, vele pela segurança dos
transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que
agonizam.
[ ajoelhemo-nos
... levantemo-nos ]
Pres.:
Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos e a força dos que labutam. Cheguem até vós as
preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos,
para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por
Cristo, nosso Senhor. - R.
Amém
Canto(opcional): Eu
vim para que todos tenham vida!
Que todos tenham vida plenamente!
1. reconstrói a tua vida em comunhão com
teu senhor;
Reconstrói a tua vida em comunhão com
teu irmão:
Onde está o teu irmão, eu estou presente
nele. --- 12 a ---
2. "eu passei fazendo o bem, eu
curei todos os males" (mc 7,37);
Hoje és minha presença junto a todo
sofredor:
Onde sofre o teu irmão, eu estou
sofrendo nele.
3. "entreguei a minha vida pela
salvação de todos" (jo 10,18);
Reconstrói, protege a vida de indefesos
e inocentes:
Onde morre o teu irmão, eu estou morrendo
nele.
4. "vim buscar e vim salvar o que
estava já perdido" (lc 19,10);
Busca, salva e reconduze a quem perdeu
toda a esperança:
Onde salvas teu irmão, tu me estás
salvando nele.
5. "este pão, meu corpo e vida para
a salvação do mundo" (jo 6,51);
É presença e alimento nesta santa
comunhão:
Onde está o teu irmão, eu estou, também,
com ele.
6. "salvará a sua vida quem a
perde, quem a doa" (jo 12,25);
"eu não deixo perecer nenhum
daqueles que são meus" (jo 18,9);
Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando
nele.
7. "da ovelha desgarrada eu me fiz
o bom pastor" (jo 10,11);
Reconduze, acolhe e guia a que de mim se
extraviou:
Onde acolhes teu irmão, tu me acolhes,
também, nele.
-------- 12 b
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* Segunda parte: Adoração da Cruz
Anim.: A cruz é
o símbolo de Cristo e da vida nova que ele nos dá pela sua morte e
ressurreição. Reverenciando a Cruz, nós adoramos o Cristo, nosso Deus e
Salvador.
Venerando
a cruz do Senhor, contemplemos e adoremos o mistério da Páscoa. Morrendo na
cruz, o Cristo passa deste mundo ao Pai. Do seu lado brota, para nós, a vida
divina e podemos também passar da morte do pecado à vida em Deus.
Apresentação
da Cruz
14. O
diácono, com os ministros dirige-se à porta da igreja, onde toma nas mãos a
cruz coberta com o véu. Acompanhado pelos ministros com velas acesas, vai em
procissão pela nave até o presbitério.
Junto à porta principal: Eis
o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
Todos: Vinde, adoremos!
No meio da
igreja: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo.
Todos: Vinde, adoremos!
À entrada do presbitério:
voltado para o povo: Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. Todos:
Vinde, adoremos!
-------- 13 a ------------
15. Coloca-se
a cruz com os castiçais à entrada do presbitério (sobre uma mesa coberta com
toalha branca, dois ministros seguram a cruz inclinada para que todos possam
beijá-la.
17.
Durante a adoração da Cruz, se for oportuno, cante-se cânticos
de lamentação. Sentando-se todos aqueles
que já fizeram a adoração.
19.
Terminada a adoração, a cruz é levada para o altar, em seu lugar habitual. Os
castiçais acesos são colocados perto do altar ou da cruz.
CANTO DE
ADORAÇÃO DA CRUZ
Fiel
madeiro da Santa Cruz, / ó árvore sem rival. / Que selva outro lenho produz, /
que traga em si fruto igual? / Quão doce peso conduz, / ó lenho celestial! /
Fiel madeiro da Santa Cruz, / ó árvore sem rival!
1. Cantem meus
lábios a luta, / que sobre a cruz se travou;
/
cantem o nobre triunfo / que no madeiro alcançou /
o
Redentor do universo, / quando por nós se imolou.
2. O Criador teve
pena / do primitivo casal, / que foi
ferido
de morte, / comendo o fruto fatal, / e marcou
logo
outra árvore, para curar-nos do mal.
3. Tal ordem foi
exigida / na obra da salvação: / cai o
inimigo
no laço / de sua própria invenção. / Do próprio
lenho
da morte, / Deus fez nascer redenção.
4. Na plenitude
dos tempos, / a hora santa chegou. / E,
pelo
Pai enviado, / nasceu do mundo o autor; / e duma
virgem
no seio / a nossa carne tomou.
5. Seis lustros
tendo passado, / cumpriu a sua missão. /
Só
para ela nascido, / livre se entrega à Paixão. / Na
cruz
se eleva o Cordeiro, / como perfeita oblação.
6. Glória e poder
à Trindade, / ao Pai e ao Filho, louvor.
/
Honra ao Espírito Santo, / eterna glória ao Senhor, /
que
nos salvou pela graça / e nos remiu pelo amor.
----- 13 b
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CANTO 2
/:Vitória, tu reinarás!
/ Ó cruz, tu nos salvarás!:/
1. Brilhando sobre
o mundo que vive sem tua luz, / tu és
um
sol fecundo de amor e de paz, ó cruz.
2. Aumenta a
confiança do pobre e do pecador, /
confirma
nossa esperança na marcha para o Senhor.
3. À sombra dos
teus braços a Igreja viverá. / Por ti, no
eterno
abraço, o Pai nos acolherá.
CANTO 3
1. Bendita e
louvada seja / no céu a divina luz; //:e nós
também
cá na terra / louvemos a santa cruz.://
2. Os céus cantam
a vitória / de nosso Senhor Jesus;
//:cantemos
também na terra / louvores à santa cruz.://
3. Sustenta
gloriosamente / nos braços o bom Jesus;
//:sinal
de esperança e vida, / o lenho da santa cruz.://
4. Humildes e
confiantes / levemos a nossa cruz,
//:seguindo
o sublime exemplo / de nosso Senhor
Jesus.://
5. Cordeiro
imaculado, / por todos morreu Jesus;
//:remindo
as nossas almas, / é Rei pela sua cruz.://
6. É arma em
qualquer perigo, / é raio de eterna luz;
//:bandeira
vitoriosa, / o santo sinal da cruz.://
7. Ao povo aqui reunido,
/ dai graça, perdão e luz;
//:salvai-nos,
ó Deus clemente, / em nome da santa
cruz.:/
Terceira parte: Comunhão
21. Sobre
o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro. Os
Ministros trazem o Santíssimo
Sacramento.
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14 a -----
Enquanto o altar é preparado, recolhem-se dos fiéis as ofertas
para os lugares santos.
Pr.:
Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor nos ensinou:
Pres.: Pai
nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino,
seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia
nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem
nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.
Pres.:
Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e
dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre
livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a
esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
R:
Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
Pres.: (Todos) - Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos
apóstolos: eu vos deixo
--------- 14 b ------------
a paz, eu
vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa
Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus,
com o Pai e o Espírito Santo.
T: Amém!
PRES: A paz do Senhor esteja com todos vocês.
T: O amor de Cristo nos uniu.
Pres. (Se for um Diácono ou
Ministro): Eu sou o Pão que desceu do Céu. Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida (Videira, Luz, Bom Pastor)
Vós que estais cansados e sobrecarregados vinde a
mim e Eu vos aliviarei dos vossos fardos.
Felizes
os convidados para a ceia do Senhor!
Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.
R: Senhor, eu não sou digno(a) de
que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).
-------- 15 a --------
Pres.: Que o Corpo de Cristo nos guarde para a
vida eterna.
Comunhão
Canto
//:Prova de amor maior não há / que
doar a vida pelo irmão.://
1. Eis que eu vos dou o
meu novo mandamento: /
“Amaivos uns aos outros,
como eu vos tenho amado!”
2. Vós sereis os meus
amigos, se seguirdes meu preceito: /
“Amai-vos uns aos outros,
como eu vos tenho amado!”
3. Como o Pai sempre me
ama, assim também eu vos amei: / “Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho
amado!”
4. Permanecei em meu amor
e segui meu mandamento: /
“Amai-vos uns aos outros,
como eu vos tenho amado!”
5. E chegando a minha
Páscoa, vos amei até o fim: /
“Amai-vos uns aos outros,
como eu vos tenho amado!”
6. Nisto todos saberão
que vós sois os meus discípulos: /
“Amai-vos uns aos outros,
como eu vos tenho amado!”
Ou:
Sl 21(22)
Meu Deus, meu
Deus, por que me abandonastes?
1.
Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: /
“Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o
ama!”
2.
Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado.
/Transpassaram minhas mãos e os meus pés / e eu posso contar todos os meus
ossos. ---– 15 b ----
3.
Eles repartem entre si as minhas vestes/ e sorteiam entre si a minha túnica.
/Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe; / ó minha força, vinde logo em
meu socorro!
4.
Anunciarei o vosso nome a meus irmãos/ e no meio da assembleia hei de
louvar-vos!/Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores; glorificai-o,
descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel! Ou: Sl 21(22)
Depois da comunhão
Pres: Oremos: Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição
do vosso Cristo, conservai em nós a obra de vossa misericórdia, para que, pela
participação deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida. Por Cristo,
nosso Senhor. - T: Amém.
Oração
sobre o povo
Pres: Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo, que
acaba de celebrar a morte do vosso Filho, na esperança da sua ressurreição.
Venha o vosso consolo; cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme. Por
Cristo, nosso Senhor.
R: Amém
24. Todos se
retiram em silêncio. ----- 16 a -----
O altar é oportunamente desnudado.
= ( Fonte
utilizada pelo Diácono Ismael:
Trabalho
Litúrgico do Pe. Márcio Henrique e o folheto Diocesano ) =
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Preparativos
Tríduo Pascal - 6ª Feira Paixão do Senhor
1- * Cruz para adoração (na credência
da entrada) (Ministros ..............)
2-Ambão-Lecionário e Oração dos fiéis
(Ministros....................,..)
3-Credência: Missal, Jarrinha de água
e bacia, Manustérgio, Corporal, Sanguíneo, Cálice, véu de ombros e duas velas (Ministro.................., ....)
-Local preparado para a adoração da
Cruz (mesinha com toalha) (Ministra......................., ........................)
-------16
b -------
Homilia
do Pe. Pedrinho
Nós iniciamos o nosso Tríduo Pascal
ontem, procurando entender o sentido do serviço, através do gesto do lava-pés e
procurando contemplar o sentido da Eucaristia no encontro de Jesus ao redor da
mesa. Este serviço e este alimento novo, ele é o resultado, ele é apresentado
na cruz. Rapidamente lembrando, as primeiras palavras do Papa Francisco, ele
dizia, que ninguém consegue caminhar por muito tempo e caminhar uma longa
distância sem Jesus; acaba perdido. De fato, não é suficiente caminhar, mas é
preciso se edificar. Cada dia procurar melhorar minha maneira de ser, meu modo
de pensar a minha visão e compreensão das coisas. Ele dizia também: não é suficiente caminhar e se edificar. É
preciso construir. Ajudar o irmão a edificar e a construir-se. Aí, ele
dizia mais: é preciso confessar, ou seja, proclamar que Jesus é a pedra
angular, é a base, é o que pode dar sentido a vida. Ele dizia: sem a cruz e o
sangue de Jesus Cristo, mesmo papa, bispo, presbítero, diácono, não seríamos
discípulos do Senhor. Então, veja que, ser discípulo do Senhor é compreender o
sentido, o significado e experimentar o sangue de Jesus Cristo. Ao falar
sangue, estamos falando a Cruz. Ora, por que isto? Será que Deus é sádico? Ao
ponto de ver o sofrimento do irmão, do filho ou sofrimento de alguém? Não. Para
compreendermos o gesto de Jesus na Cruz, é necessário nos lembrarmos que Jesus
é Deus. “não tenhas medo de receber Maria”, diz o anjo a José, “porque o que
aconteceu nela é obra do Espírito Santo”. Jesus é Deus. Mas, nós não podemos
atingir Deus; nem com gesto de amor, nem
com gesto de ódio. É muita pretensão achar, que uma atitude minha, possa
influenciar Deus. Não. Por mais que eu possa ser grande e poderoso, Deus é
inatingível. Ora, como fazer para estabelecer esta relação de amor entre Deus e
a humanidade? Ele decide se rebaixar. Ele decide se diminuir. Ele se decide se
tornar gente. Agora sim. É possível estabelecer uma relação entre Deus, na
pessoa de Jesus e o ser humano. Ora, isto chamamos graça de Deus. O que é a
graça de Deus? Deus que volta seu olhar para a humanidade. É um gesto, que
parte dele, é um gesto de amor, é um gesto de atenção. Ele não precisaria fazer
isto. Continuaria sendo Deus da mesma forma. Mas, Ele QUER participar da vida do ser humano. Isto é a graça de Deus.
Não poderia haver graça maior, do que Deus se tornar gente. Porque, ao se
tornar ser humano, ele eleva a humanidade a uma condição de irmãos. Eleva a
humanidade a condição de filhos, porque Jesus é o Filho de Deus. E, se Ele nos
chama de irmãos e irmãs, porque Ele não diz outra coisa, a não ser PAI NOSSO.
Então, ele elevou a humanidade a condição de Deus, irmão de Jesus Cristo.
Ora, por outro lado, Jesus pode, de uma
forma que o ser humano compreendesse, transmitir todo o sentimento de Deus. E,
os sentimentos de Deus é de amor, solidariedade, compaixão, misericórdia e aí
por diante. Se formos observar e procurarmos com uma lupa, uma lente de
aumento, todos os gestos de Jesus, é em
vista de fazer o bem. Ora, assim,
Jesus mostra que Deus sempre quer o bem para toda a humanidade. É claro, que
Ele também mostra, que se eu quiser atingir
Deus, basta atingir um irmão, tanto no amor, quanto no ódio. Se eu não
posso atingir Deus, que é o inatingível, na medida que eu amo o irmão, eu amo a
Deus. Na medida em que eu rejeito o irmão, eu rejeito a Deus. “Vinde, benditos
do meu Pai, porque eu tive fome e me destes de comer, afastai-vos de mim,
malditos..., Quando, Senhor, te vimos com fome? “O que fizestes ao menor dos
meus irmãos, a mim o fizestes”. Então,
Deus nos ensina, através de Jesus, a vivermos como família e a servirmos uns
aos outros como família. Ora, se formos observar, isto é unanimidade, mesmo
quem não crê em Jesus sabe, que Ele só fez o bem e que foi condenado
injustamente. Não tem sofrimento maior, do que você se sentir injustiçado.
Quando você sabe a cousa de sua condenação, você diz: bom, eu mereci. Aliás,
isto é um gesto de alguém, que está na cruz ao lado de Jesus: “Nós sabemos
porque somos crucificados, mas Ele não fez nada para merecer isto”. Então, sofrimento
maior é se sentir injustiçado. Ora, a reação, de qualquer ser humano, é de
fato, de querer vingança. Veja, isto aparece todo dia: “O que você espera
agora”? “Espero justiça”. Na verdade, ao
dizer justiça, ela diz: eu quero me
vingar, eu quero dar o troco. E, no caso de Jesus, embora injustiçado, Ele
não procura vingar-se. Ao contrário. Ele perdoa os irmãos que o estão matando,
crucificando. Assim, ensina a nos perdoarmos uns ao outros como irmãos. (veja que rezamos isto no Pai Nosso)
“Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido”. Ora, se isto não fosse o
suficiente, Jesus se preocupa com duas realidades importantes: uma, se preocupa
com a Igreja: “filho, eis a tua Mãe”, para que ninguém ficasse desamparado.
Mas, para que encontrasse na comunidade um lugar para ser acolhido, ser
abrigado, ser defendido. Por outro lado, se preocupa em mostrar, que a sua Mãe,
não só mãe dele, único, mas MÃE DE TODOS NÓS. Jesus nos é apresentado como
aquele que enfrenta a cruz, como aquele que é dono da situação. Por que? Porque
embora ser humano, Ele é Deus. “Mulher, este é teu filho, filho, esta é tua
Mãe”. Estas duas realidades, agora, é que vai colaborar para que, possamos
comemorar a memória do Senhor e celebrando a memória do Senhor, tendo o
alimento, que nos ajuda a caminhar.
Qual é a missão que tiramos daí? A
lição, o gesto máximo de amor, que alguém poderá ter pelo próximo. Ora, Jesus
não quer que outros derramem seu sangue pelo amor ao próximo. Por isso, Ele
derramou seu sangue por completo, para que alguém pudesse completar o Sangue de
Jesus Cristo. Ora, aí também, é um gesto de amor. Porque, embora, nos peça para
servir o irmão, ele não quer que sirvamos o irmão derramando sangue, mas, é
aqui que vem o ponto: assim como o Evangelista diz, que para cumprir as
Escrituras, Jesus foi realizando, passo a passo, daquilo que é esperado de quem
ama o próximo, também nós, para cumprirmos as escrituras, se quisermos, ir
passo a passo servindo o irmão e, assim, dedicando nossa vida toda, ao serviço
do próximo. Muitas pessoas hoje não têm sentido na sua vida. Muitos, vêem na
prestação do serviço ao irmão, ou vêem no servir à família, uma forma e uma
razão para viver, mas se sentem, muitas vezes, injustiçado. Muitos, por conta
de não ouvir a Palavra do Senhor, resolvem a situação através da violência,
puxando a espada e cortando a orelha ou a cabeça de alguém, ceifando a vida de
uma pessoa. Outros, procuram manter a sua situação, aí, ouvindo a Palavra de
Jesus, mas não aceitando, armando ciladas para os irmãos. Então, na realidade,
quando Deus vem ao mundo, na pessoa de Jesus, Ele quis ser um sinal para todos.
Desde os grandes, os poderosos, porque Ele diz: EU SOU REI, até ao mais
injustiçado de todos, que não dá para dizer, pois é Deus quem sabe quem são os
injustiçados de verdade, pois nós sempre nos sentimos injustiçados. Ele é
solidário a todos. É aqui que está o sentido do seu sangue: não é para deixar
Deus feliz com o sangue do inocente, mas para nos consolar, quando derramam
nosso sangue, quando nos maltratam, nos tratam com injustiça, quando levantam
calúnia, quando somos mal compreendidos, quando não nos agradecem com aquilo
que realizamos.
A
Celebração de hoje é para nós comtemplarmos o quão grande é o amor de Deus por
nós.
É claro, que cada ano esta história
volta. A cada ano, somos convidados a meditar um pouco mais, porque nesta
caminhada com Jesus, cada meditação, que eu participo, eu vou me edificando. E,
vou buscando me confrontar: afinal, eu teria coragem de dizer, que sou
discípulo do Senhor? Ou vou dizer como Pedro:
eu não conheço este homem. Afinal,
eu teria coragem de dizer que sou amigo do Sumo Sacerdote e não interceder por
Jesus, ou intercederia por Ele? Eu teria coragem de estar ao pé da Cruz,
dizendo: Eu sou do grupo Dele? Ou, eu estaria do outro lado buscando
eliminá-lo? Porque, de fato, Ele me incomoda. Incomoda meus interesses.
Todo este cenário é para ser um
confronto, para ver em que situação eu
me encontro. Se eu precisar, que bom, é tempo
de conversão. Se não precisar, que bom, é tempo de edificação.
Do seu lado aberto sai sangue e água.
Daí brotam os sacramentos, para que cada um possa ir se edificando: água do
Batismo, sangue da Eucaristia, a cruz como reconciliação, o Crucificado como
sinal do ungido, aquele que recebe a unção dos enfermos, o sacramento da ordem,
para ser presbítero ou diácono, para que o sangue de Cristo continue brotando
para a salvação da humanidade, o matrimônio, como sinal e esperança de um mundo
novo, onde o serviço possa ser aprendido desde criança: os Sacramentos. É
evidente, que para isso, é preciso eu me apresentar dizendo: eis-me aqui.
Que a Cruz de Cristo seja a nossa força.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe.
Pedrinho.
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