26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
ANO C 2019
Tema: “O
Senhor faz justiça aos que são oprimidos.” Deus
nos deu os bens para administrá-los e partilhá-los.
Primeira leitura: Amós
denuncia a classe dirigente, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres.
Anuncia que este não é o projeto que Deus sonhou para os homens.
Evangelho: A parábola do rico e do pobre Lázaro é uma
catequese sobre a posse dos bens…
Segunda leitura: O “homem de Deus”: deve ser alguém que
ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite a
proposta de Jesus. Ele não é egoísta,
pois sabe partilhar.
PRIMEIRA
LEITURA (Am 6,1a.4-7) Leitura da Profecia de Amós.
Assim diz o Senhor todo-poderoso: Ai dos
que vivem despreocupadamente em Sião, os que se sentem seguros nas alturas de
Samaria! Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo
cordeiros do rebanho e novilhos do seu gado; os que cantam ao som das harpas, ou,
como Davi, dedilham instrumentos musicais; os que bebem vinho em taças, e se
perfumam com os mais finos unguentos e não se preocupam com a ruína de José.
Por isso, eles irão agora para o desterro, na primeira fila, e o bando dos
gozadores será desfeito.
AMBIENTE - Continuamos com Amós, o profeta do séc.
VIII a.C. (762 a .C.),
no reino do Norte (Israel). As conquistas de Jeroboão II criaram bem-estar,
riqueza, prosperidade; no entanto, a situação não beneficia toda a nação, mas
um grupo privilegiado (nobres, cortesãos, militares, grandes latifundiários e
comerciantes sem escrúpulos). Nasce, assim, uma classe dirigente poderosa, cada vez mais rica, que vive no
luxo, que explora os pobres e que, apoiada por juízes corruptos,
comete ilegalidades e prepotências… Do outro lado, estão os pobres, vítimas de
um sistema que gera injustiça, miséria, sofrimento, opressão.
MENSAGEM - O mais grave é que todo este luxo e
esbanjamento resultam da exploração dos mais pobres e fracos. A classe rica
vive egoisticamente no seu mundo cômodo e não se preocupa com a miséria e o
sofrimento dos seus irmãos. Deus não pactua com isto. A classe dominante está
infringindo os mandamentos da “aliança” e Deus não aceita um elevado nível de vida à custa do sangue
e das lágrimas dos pobres. Por isso, o castigo chegará em forma de
exílio numa terra estrangeira (queda da Samaria nas mãos dos assírios de
Salamanasar V, em 721 a .C.,
e à partida da classe dirigente para o cativeiro na Assíria).
ATUALIZAÇÃO
♦ O
quadro pintado por Amós descreve situações bem conhecidas de todos nós…
Pensemos nas festas luxuosas e nas quantias gastas em roupas, em
jóias, em perfumes, por aqueles que as frequentam; nos governantes que esbanjam e embolsam dinheiros públicos e
que nem sequer vão a tribunal porque há sempre uma maneira de fazer
com que o crime prescreva… E pensemos nos operários que arriscam a vida em obras perigosas,
porque o patrão não quis gastar uns trocos com a segurança;
pensemos naqueles que ganham salários mínimos, trabalhando duramente
para enriquecer um patrão prepotente e pensemos naqueles que recebem pensões
de miséria e que vivem em condições infra-humanas que mal dá para pagar os
medicamentos…
SALMO
RESPONSORIAL
/ 145 (146) Bendize, minha alma, e louva ao Senhor!
•
O Senhor é fiel para sempre, / faz justiça aos que são oprimidos; /
Ele dá alimento aos famintos, / é o Senhor
quem liberta os cativos.
EVANGELHO (Lc 16,19-31) Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Naquele tempo, Jesus disse aos fariseus:
“Havia um homem rico, que se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas
esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava
no chão à porta do rico. Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da
mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas. Quando o
pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e
foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos,
o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então gritou: ‘Pai Abraão, tem piedade de mim!
Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro
muito nestas chamas’. Mas Abraão respondeu: ‘Filho, lembra-te que tu recebeste
teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele
encontra aqui consolo e tu és atormentado. E, além disso, há um grande abismo
entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto
de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós’. O rico insistiu: ‘Pai, eu te suplico,
manda Lázaro à casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Manda
preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento’. Mas
Abraão respondeu: ‘Eles têm Moisés e os Profetas;
que os escutem!’ O rico insistiu: ‘Não, Pai Abraão, mas
se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter’. Mas Abraão lhe
disse: ‘Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo
que alguém ressuscite dos mortos’”.
AMBIENTE - A história do rico e do pobre Lázaro é um texto exclusivo de Lucas. Trata-se de uma catequese em que se aborda o problema da relação entre o homem e os bens deste mundo.
MENSAGEM - A parábola tem duas partes. Na primeira,
Lucas apresenta os dois personagens: um rico que vive luxuosamente e que
celebra grandes festas e um pobre, que tem fome, vive miseravelmente e está
doente. No entanto, a morte dos dois muda a situação. Do rico diz apenas, que
se vestia de púrpura e linho fino, e que dava esplêndidas festas. Não se diz se
ele era mau ou bom, se frequentava ou não o templo, se explorava os pobres ou
se era insensível ao seu sofrimento; no entanto, quando morreu, foi para um lugar
de tormentos. Do pobre Lázaro diz-se, apenas, que jazia ao portão do rico, que
estava coberto de chagas, que desejava saciar-se das migalhas que caíam da mesa
do rico e que os cães vinham lamber-lhe as chagas; quando morreu, Lázaro foi
“levado pelos anjos ao seio de Abraão (lugar de honra);
não se diz, se Lázaro levou uma vida exemplar ou se cometeu más ações, se
trabalhava duramente ou se foi um parasita que não quis fazer nada para mudar a
sua triste situação… Nesta história, não parecem ser as ações boas ou más que decidem
a sorte deles no outro mundo. A resposta só pode ser: o que determina a
diferença de destinos é a riqueza e a pobreza. O rico conhece os “tormentos”
porque é rico; o pobre conhece o “banquete do Reino” porque é pobre. Mas então,
a riqueza será pecado? Ser rico equivale a ser mau e, portanto, a estar
destinado aos “tormentos”? Na perspectiva de Lucas, a riqueza – legítima ou
ilegítima – é sempre culpada. Os bens não pertencem a ninguém em particular
(nem sequer àqueles que trabalharam duramente para se apossar de uma fatia
gorda dos bens que Deus colocou no mundo); mas são dons de Deus,
postos à disposição de todos os seus filhos, para serem partilhados e para assegurarem uma vida
digna a todos… Quem se apossa – ainda que legitimamente – desses bens em benefício próprio, sem os partilhar, não está em sintonia com o
projeto de Deus. Quem usa os bens para ter uma vida luxuosa, esquecendo-se das
necessidades dos outros, está em falta com os seus irmãos que vivem na miséria.
Nesta história, Jesus ensina que não somos donos dos bens que Deus
colocou nas nossas mãos, ainda que os tenhamos adquirido de
forma legítima: somos apenas administradores,
encarregados de partilhar com os irmãos aquilo que pertence a todos.
Esquecer isto é egoísmo e, por isso, estar destinado aos “tormentos”.
Na segunda parte do nosso texto, insiste-se
em que a Escritura – na qual os fariseus eram peritos – apresenta o caminho
seguro para aprender e assumir a atitude correta em relação aos bens. O rico ficou surdo às interpelações da Palavra de Deus (“Moisés e os Profetas”) e
isso é que decidiu a sua sorte: ele não quis escutar as interpelações da
Palavra e não se deixou transformar por ela. O versículo final expressa
perfeitamente a mensagem contida nesta segunda parte: até mesmo os milagres
mais espetaculares são inúteis, quando o homem não acolheu no seu coração a
Palavra de Deus. Só a Palavra de Deus pode fazer com
que o homem corrija as opções erradas, saia do seu egoísmo, aprenda a amar e a
partilhar. Anuncia-se, desta forma, que o projeto de Deus passa por um “Reino” de fraternidade, de amor e de
partilha. Quem recusa esse projeto e escolhe viver fechado no seu egoísmo e
autossuficiência (os ricos), não pode fazer parte desse mundo novo de
fraternidade que Deus quer propor.
ATUALIZAÇÃO
♦ um
quarto da humanidade tem nas mãos cerca de 80% dos recursos disponíveis do planeta; e
três quartos da humanidade têm de contentar-se com os outros
20% dos recursos. Isto é justo? É justo que milhares de crianças morram diariamente por causa da fome e de
problemas relacionados com a subnutrição, enquanto o primeiro mundo destrói as
colheitas para que o excesso de produção não obrigue a baixar os preços? É
justo que se gastem em festas sociais quantias que davam para construir uma
dúzia de escolas ou meia dúzia de hospitais?
♦ O
Vaticano II afirma: “Deus
destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos; de
modo que os bens criados devem chegar equitativamente às mãos de todos (…).
Sejam quais forem as formas de propriedade,
deve-se sempre atender a este destino universal dos bens. Por esta
razão, quem usa desses bens, não deve considerar as coisas exteriores que
legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de
que possam beneficiar não só a si, mas também aos outros. De resto, todos têm o
direito de ter uma parte de bens suficientes para si e suas famílias” (Gaudium
et Spes, 69).
♦ Por
muito pobres que sejamos, devemos interrogar-nos para perceber se não temos um “coração de rico” –
isto é, para perceber se a nossa relação com os bens não é uma relação egoísta
(há “pobres” cujo sonho é, apenas, levar uma vida igual à dos ricos). E não
esqueçamos: é a Palavra de Deus que nos questiona continuamente e que nos
permite a mudança de um coração egoísta para um coração capaz de amar e de
partilhar.
SEGUNDA
LEITURA (1Tm 6,11-16) Leitura da Primeira Carta de São Paulo a
Timóteo.
Tu, que és um homem de Deus, foge das
coisas perversas, procura a justiça, a piedade, a fé, o amor, a firmeza, a
mansidão. Combate o bom combate
da fé, conquista a vida
eterna, para a qual foste chamado e pela qual fizeste tua nobre profissão de fé
diante de muitas testemunhas. Diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas,
e de Cristo Jesus, que deu o bom testemunho da verdade perante Pôncio Pilatos,
eu te ordeno: guarda o teu mandato íntegro e sem mancha até a manifestação
gloriosa de nosso Senhor Jesus Cristo. Esta manifestação será feita no tempo
oportuno pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o
único que possui a imortalidade e que habita numa luz inacessível, que nenhum
homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém.
AMBIENTE - Continuamos a com Carta a Timóteo que
está a organizar a sua comunidade
MENSAGEM - Como deve ser o “homem de Deus”? O
verdadeiro “homem de Deus” tem de distinguir-se por uma vida santa, enraizada
na fé e no amor aos irmãos. Em concreto, o “homem de Deus” deve cultivar
a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a doçura.
Tem de ser paciente e manso, diante das dificuldades que o serviço apostólico
levanta. Deve guardar “o mandamento do Senhor” – isto é, a verdade da fé que
lhe foi transmitida pela tradição apostólica. No que diz respeito ao perfil do
“homem de Deus”, tudo se resume no amor para com os
irmãos, no entusiasmo pelo ministério e na capacidade de transmitir a
verdadeira doutrina, herdada dos apóstolos.
ATUALIZAÇÃO
♦ O
“homem de Deus” é alguém que vive com entusiasmo a sua fé, que ama
os irmãos (que trata todos com doçura, com paciência, com mansidão) e que dá
testemunho da verdadeira doutrina de Jesus, sem se deixar seduzir e desviar
pelas modas ou pelos interesses próprios.
-Dehonianos-
-----------===============--------------
Lázaro significa
aquele que foi ajudado por Deus. (em grego Eleazar)
Jesus chama o miserável pelo nome,
mas ignora o nome do rico.
1
Afirmar que os mortos em Cristo ficam dormindo é desconhecer o poder da
ressurreição de Nosso Senhor.
2 Os homens devem morrer uma só vez,
depois que vem um julgamento” (Hb 9,27).
3 Morto
não se comunica com os vivos!
Não
utilizou os bens conforme o querer de Deus. Não soube compartilhar. Santo
Agostinho comenta: “Não foi a pobreza que conduziu Lázaro ao Céu, mas a sua
humildade; nem foram as riquezas que impediram o rico de entrar no descanso
eterno, mas o seu egoísmo e a sua infidelidade.”
===========------------------=================
Lázaros de Hoje
A
Liturgia de hoje convida a ver os bens desse mundo, como dons que Deus colocou
em nossas mãos, para que
administremos,
com gratuidade e amor.
Na 1ª
Leitura: o Profeta AMÓS denuncia severamente os ricos e
poderosos do seu tempo, que viviam no luxo e na
fartura,
explorando os pobres, insensíveis diante da miséria e da desgraça de muitos.
O
Profeta anuncia que Deus não aprova essa situação.
O
castigo chegará em forma de exílio em terra estrangeira. (Am 6,11-16)
*
As denúncias de Amós são ainda hoje atuais!
-
Povos gastando fortunas matando gente em guerra, enquanto outros morrem de fome por não ter o
que comer.
-
Quantos vivem na abundância, enquanto muitos morrem de fome e na miséria.
-
Quantos satisfazem seus caprichos, sacrificando até seus familiares...
Na
2ª
Leitura, Paulo denuncia a cobiça, "Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males". (1Tm 6,10-16)
No
Evangelho,
temos o julgamento de Deus sobre a distribuição das riquezas.
A
Parábola do homem Rico e do pobre Lázaro (Lc
16,19-31) tem três quadros:
- A Situação de vida do Homem rico e do Pobre
"Lazaro".
- A mudança de cena para ambos após a
morte...
- Um DIÁLOGO entre o rico e Abraão,
> Proposta:
"Pai Abraão, se alguém entre os
mortos for avisar meus irmãos, certamente
vão se converter..."
> Resposta: "Se não escutam a Moisés, nem aos
profetas, mesmo se alguém ressuscitar
dos mortos, não acreditarão..."
A
morte de ambos reverte a situação:
quem
vivia na riqueza está destinado aos "tormentos",
quem
vivia na pobreza se encontra na paz de Deus.
É
uma Catequese sobre escatologia,
antecipa o amanhã para que valorizemos o presente.
O
rico não é condenado por ser rico, mas porque prescinde de Deus.
O
pobre se salva porque está aberto para Deus e espera a Salvação.
A
pobreza não levou Lázaro ao céu, mas a humildade, e as riquezas não impediram o
rico de entrar no seio de Abraão, mas seu egoísmo e a pouca solidariedade com o
próximo.
*
Na Parábola, o pobre tem "nome", o rico não... Em nossa Comunidade, os pobres têm nome?
+
"Escutem
Moisés e os profetas!":
Essa advertência tem um significado todo
especial no DIA DA BÍBLIA.
A
expressão "Moisés e os
Profetas", no tempo de Jesus, significava a Bíblia.
Por
isso, Jesus queria dizer que não estamos precisando de aparições duvidosas
do além, de videntes ou prodígios milagrosos...
A
BÍBLIA é a única Revelação segura
que todo cristão deve acreditar...
Ela
é suficiente para iluminar o nosso caminho.
Seguindo
essa Luz, encontraremos, aqui na terra, a solidariedade, a fraternidade e, na outra vida, acolhida na casa de Deus,
um lugar junto de Abraão.
Essa
Palavra de Deus, podemos encontrá-la:
Na
Catequese... na Liturgia... na Leitura Orante da Bíblia...
nos
Grupos de Reflexão, nos Cursos de formação... na Leitura pessoal...
+ Quem
são os LÁZAROS hoje?
Ainda
hoje quantos ricos esbanjam na fartura, enquanto pobres "Lázaros"
continuam privados até das migalhas que sobram...
Creio
que os vemos diariamente nas ruas e na televisão...
Escutar
Moisés, os Profetas, o Evangelho favorece o desapego e abre os olhos às
necessidade dos irmãos.
No
Brasil:
O Salário mínimo irrisório... A aposentadoria miserável...
enquanto
outros recebem supersalários... e inúmeros desvios...
No
Brasil, milhões de Lázaros nos indicam o caminho da salvação...
-
Se nos abrirmos ou não a eles...
-
Se nos colocarmos ou não a serviço de sua libertação.
+ E
conclui com uma ADMOESTAÇÃO:
"Há um abismo que nos separa... e não
haverá mais volta..."
Após a morte, a situação se torna
irreversível.
+
Como
superar esse abismo que nos separa?
Abismo que não foi construído por Deus, mas
pelos homens...
abismo que começa agora... e se prolonga no
além...
A EUCARISTIA
é um grande meio para vencer esse abismo,
desde que seja sempre uma verdadeira
COMUNHÃO...
- que inicia AGORA (na Igreja, na
família, na sociedade) e
- se prolonga por toda a ETERNIDADE
junto de Deus.
Pe.
Antônio Geraldo
===========---------------===========
Existe algo que muitas vezes passa
despercebido: Quando Abraão fala com o rico, apesar de se dirigir a uma pessoa,
ele usa o plural – ..nem os daí poderiam atravessar até nós.” O rico não está
só. Outros o antecederam na ocupação de acumular bens gananciosamente.
Mas o rico faz um segundo pedido a Abraão, que
salve os irmãos dele, para que não tenham a mesma sorte. Para isso ele pede a
ida de Lázaro à casa deles, para que, vendo um morto, se convertam. Abraão diz
ser inútil isso. Para salvá-los, já existe Moisés e os profetas. Veladamente aí
está que nem a ressurreição de Jesus irá salvá-los, caso não se abram ao pobre.
De fato, quantas pessoas batizadas vivem uma existência surda e insensível em
relação aos excluídos! A partilha gera vida, o acúmulo, morte!
============-------------========
Homilia de Dom Henrique Soares da Costa
Antes de entrar no tema próprio da Palavra de
Deus deste Domingo, convém chamar atenção para três idéias do Evangelho que
desmentem três erros que se pregam por aí a fora:(1) Jesus hoje desmente os que afirmam que os mortos estão dormindo. É verdade que, antes do Exílio de Babilônia, quando ainda não se sabia em Israel que havia ressurreição, os judeus e seus textos bíblicos diziam que quem morria ia dormir junto com os pais no sheol. Tal idéia foi superada já no próprio Antigo Testamento, quando Israel compreendeu que o Senhor nos reserva a ressurreição. Então, os judeus pensavam que quem morresse, ficava bem vivo, na mansão dos mortos, à espera do Julgamento Final. Já aí, havia uma mansão dos mortos de refrigério e paz e uma mansão dos mortos de tormento. É esta crença que Jesus supõe ao contar a parábola do mau rico e do pobre Lázaro. Então, nem mesmo para os judeus, que não conheciam o Messias, os mortos ficavam dormindo! Quanto mais para nós, cristãos, que sabemos que “nem a morte nem a vida nos poderão separar do amor de Cristo” (Rm 8,38-39). Afirmar que os mortos em Cristo ficam dormindo é desconhecer o poder da ressurreição de Nosso Senhor. Muito pelo contrário, como para São Paulo, o desejo do cristão é “partir para estar com Cristo” (Fl 1,23). Deus nos livre da miséria de pensar que os mortos em Cristo ficam presos no sono da morte!
(2) Outro erro que a parábola corrige é o de quem prega que o inferno não é eterno. Muitas vezes nas Escrituras – e aqui também – Jesus deixou claro que o céu e o inferno são por toda a eternidade. Na parábola, aparece claro que “há um grande abismo” entre um e outro! Assim, cuidemos bem de viver unidos ao Senhor nesta única vida que temos, pois “é um fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem um julgamento” (Hb 9,27). Que ninguém se iluda com falsas esperanças e vãs ilusões, como a reencarnação!
(3) Note-se também como os mortos não podem voltar, para se comunicarem com os vivos. O cristão deve viver orientado pela Palavra de Deus e não pela doutrina dos mortos! Morto não tem doutrina, morto não volta, morto não se comunica com os vivos! Além do mais, os judeus não pensavam que os espíritos se comunicassem com os vivos. Observe-se que o que o rico pede é que Lázaro ressuscite, não que apareça aos vivos como um espírito desencarnado. Daí, a resposta de Jesus: “Eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”!
Com estes esclarecimentos, vamos à mensagem da Palavra para este hoje. Jesus continua o tema de domingo passado, quando nos exortou a fazer amigos com o dinheiro injusto. Este é o pecado do rico do Evangelho de hoje: não fez amigos com suas riquezas. Se tivesse aberto o coração para Lázaro, teria um amigo a recebê-lo no céu! É importante notar que esse rico não roubou, não ganhou seu dinheiro matando ou fazendo mal aos outros. Seu pecado foi unicamente viver somente para si: “se vestia com roupas finas e elegantes e fazia festas esplêndidas todos os dias”. Ele foi incapaz de enxergar o “pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava no chão”, à sua porta. “Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas”. O rico nunca se incomodou com aquele pobre, nunca perguntou o seu nome, nunca procurou saber sua história, nunca abriu a mão para ajudá-lo, nunca deu-lhe um pouco de seu tempo. O rico jamais pensou que aquele pobre, cujo nome ninguém importante conhecia, era conhecido e amado por Deus. Não deixa de ser impressionante que Jesus chama o miserável pelo nome, mas ignora o nome do rico! É que o Senhor se inclina para o pobre, mas olha o rico de longe! Afinal, os pensamentos de Deus não são os nossos pensamentos!
É esta falta de compaixão e de solidariedade que Jesus não suporta, sobretudo nos seus discípulos; não suporta em nós. Já no Antigo Testamento, Deus recrimina duramente os ricos de Israel: “Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião, os que s e sentem seguros nas alturas de Samaria! Os que dormem em camas de marfim, deitam-se em almofadas, comendo cordeiros do rebanho; os que cantam ao som da harpa, bebem vinho em taças, se perfumam com os mais finos ungüentos e não se preocupam com a ruína de José”. É necessário que compreendamos isso: não podemos ser cristãos sem nos dar conta da dor dos irmãos, seja em âmbito pessoal seja em âmbito social. Olhemos em volta: a enorme parábola do mau rico e do pobre Lázaro se repetindo nos tantos e tantos pobres do nosso País, do nosso Estado, da nossa Cidade, muitas vezes bem ao lado da nossa indiferença. Como o mau rico, estamos nos acostumando com os meninos de rua, com os cheira-colas, com os miseráveis e os favelados, com o assassinato dos moradores de rua… A advertência do Senhor é duríssima: “Ai dos que vivem despreocupadamente em Sião… e não se preocupam com a ruína de José!”
Talvez, ouvindo essas palavras, alguém pergunte: mas, que posso eu fazer? Pois eu digo: comece por votar com vergonha nestas eleições municipais! Não vote nos ladrões, não vote por interesse, não vote nos corruptos, não vote nos descomprometidos com os mais fracos, não vote em que não tem nada além de palavras e promessas vazias! Vote com sua consciência, vote buscando o bem comum. Dê-se ao trabalho de escolher com cuidado seus candidatos, dê-se ao trabalho, por amor aos pobres, de pensar bem em quem votar! Só isso? Não! Olhe quem está ao seu lado: no trabalho, na rua, no sinal de trânsito, no seu caminho. Olhe quem precisa de você: abra o coração, abra os olhos, abras as mãos, faça-se próximo do seu irmão e ele o receberá nas moradas eternas.
Durante dois domingos seguidos o Senhor nos alertou para nosso modo de usar nossos bens. Fomos avisados! Um dia, ele nos pedirá contas! Que pela sua graça, nós tenhamos, um dia, amigos que nos recebam nas moradas eternas. Amém.
Dom Henrique Soares da Costa
==========------------===========
Homilia do Mons. José Maria
Os Ricos
e a Salvação
O Evangelho (Lc 16, 19-31) descreve-nos um
homem que não soube tirar o proveito dos seus bens. Ao invés de ganhar com eles
o Céu, perdeu-o para sempre. Tratava-se de um homem rico, que se vestia de
púrpura e de linho, e que todos os dias fazia festas esplêndidas; muito perto
dele, à sua porta, estava deitado um mendigo chamado Lázaro, todo coberto de
chagas, que desejava saciar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico. E até
os cães lambiam as suas feridas.A descrição que o Senhor nos faz nesta parábola tem fortes contrastes: grande abundância num, extrema necessidade no outro. O homem rico vive para si, como se Deus não existisse. Esqueceu uma coisa que o Senhor recorda com muita freqüência: não somos donos dos bens matérias, mas administradores.
O homem rico não está contra Deus nem oprime o pobre! Apenas está cego para as necessidades alheias. O seu pecado foi não ter visto Lázaro, a quem poderia ter feito feliz com um pouco menos de egoísmo e um pouco mais de despreocupação pelas suas próprias coisas. Não utilizou os bens conforme o querer de Deus. Não soube compartilhar. Santo Agostinho comenta: “Não foi a pobreza que conduziu Lázaro ao Céu, mas a sua humildade; nem foram as riquezas que impediram o rico de entrar no descanso eterno, mas o seu egoísmo e a sua infidelidade.”
O egoísmo, que muitas vezes se concretiza na ânsia de usufruir sem medida os bens materiais, leva a tratar as pessoas como coisas; como coisas sem valor. Pensemos hoje que todos temos ao nosso redor pessoas necessitadas, como Lázaro. E não esqueçamos que os bens que recebemos para administrar generosamente são também o afeto, a amizade, a compreensão, a cordialidade, as palavras de ânimo…
Do uso que façamos dos bens que Deus depositou nas nossas mãos depende a vida eterna. Estamos num tempo de merecer! Por isso, o Senhor nos dirá: “É melhor dar do que receber” (At 20, 25). Ganhamos mais dando do que recebendo: ganhamos o Céu! A caridade é sempre realização do Reino dos Céus e é a única bagagem que restará neste mundo que passa. E devemos estar atentos, pois Lázaro pode estar no nosso próprio lar, no escritório ou na oficina em que trabalhamos.
A parábola ensina a sobrevivência da alma após a morte e que, imediatamente depois da morte a alma é julgada por Deus de todos os seus atos – juízo particular –, recebendo o prêmio ou o castigo merecidos; que a Revelação divina é, de per si, suficiente para que os homens creiam no mais além.
Também ensina que quem morre não volta mais! Que não existe reencarnação! Quem salva o homem é Jesus Cristo, não o próprio homem que vai pagando as suas faltas, cada vez que reencarna. Quem tem fé em Cristo e o aceita como salvador rejeita o espiritismo e a sua doutrina, a reencarnação. Em Hb 9, 27 diz o Senhor: “está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo.”
Noutra ordem de idéias, a parábola ensina também a dignidade de toda a pessoa humana pelo fato de o ser, independentemente da sua posição social, econômica, cultural, religiosa, etc.
“Entre vós e nós existe um abismo”, disse Abraão ao rico, manifestando que depois da morte e ressurreição não haverá lugar para penitência alguma. Nem os ímpios se arrependerão e entrarão no Reino, nem os justos pecarão e descerão para o inferno. Este é um abismo intransponível. Por isso se compreendem as palavras de São João Crisóstomo: “Rogo-vos e peço-vos e, abraçado aos vossos pés, suplico-vos que, enquanto gozemos desta pequena respiração da vida, nos arrependamos, nos convertamos, no tornemos melhores, para que não nos lamentemos inutilmente como aquele rico quando morrermos e o pranto não nos traga remédio algum. Porque ainda que tenhas um pai ou um filho ou um amigo ou qualquer outro que tenha influência diante de Deus, todavia, ninguém te livrará, sendo como são os teus próprios fatos (atos) que te condenam.”
Exorta São Paulo em 1 Tm 6, 10: “a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro e que muitos perderam a fé por causa disso.” O mesmo S. Paulo nos convida: “Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para qual foste chamado…” (1 Tm 6, 12).
Nós fomos eleitos para ser fermento que transforma e santifica as realidades terrenas. A sobriedade, a temperança, o despreendimento hão de levar-nos ao mesmo tempo a sermos generosos: ajudando os mais necessitados, levando adiante – com o nosso tempo, com os talentos que recebemos de Deus, com os bens materiais na medida das nossas possibilidades – obras boas, que elevem o nível de formação, de cultura, de atendimento aos doentes… Ou seja, com o coração em Deus e voltado para o próximo.
Não vos conformeis com este mundo…” (Rm 12, 2). Quando se vive com o coração posto nos bens materiais, as necessidades dos outros escapam-nos; é como se não existissem. O rico da parábola “foi condenado porque nem sequer percebeu a presença de Lázaro, da pessoa que se sentava à sua porta e desejava alimentar-se das migalhas que caíam da sua mesa” ( Sto. Agostinho).
Façamos bom uso dos bens materiais. Jesus vê na riqueza o perigo mais grave de auto-suficiência, de afastamento de Deus e de insensibilidade para com o próximo.
Mons. José Maria Pereira
==========---------------===========
Por: Pe. André Vital Félix da Silva,
SCJ
Jesus ao contar a parábola, que a liturgia deste XXVI Domingo do Tempo
Comum nos apresenta, não pretende fazer uma explanação da geografia do além,
nem muito menos fornecer elementos teóricos para uma teologia (escatologia)
sobre os novíssimos (céu, inferno, purgatório). Mas é, antes de tudo, uma
provocação muito concreta inserida no plano histórico, pois é nele que se
decide e se constrói a eternidade de plenitude ou de frustração. As pontes que
nos ligam com a eternidade repousam suas cabeceiras também do lado de cá.
Porém, se do lado de cá construirmos abismos ou muralhas, a nossa eternidade
será uma eterna angústia de não poder ultrapassar para o lado da plenitude da
vida; veremos a água, mas não poderemos matar a sede.
A parábola não nos faz imaginar como será a felicidade ou a desventura
eternas, mas nos ajuda a crer que elas existem como consequência de nossa vida
aqui e agora. Contudo, enquanto peregrinamos na terra é hora de fazermos
escolhas acertadas. Escolhas não tão simples nem fáceis de fazer quando estamos
apoiados apenas nos nossos próprios critérios, por isso Deus nos ajuda,
envia-nos constantemente “Lázaros” até a nossa porta, porém trazê-los para
dentro de nossa casa e fazê-los sentar-se à nossa mesa será uma decisão de cada
um de nós.
O paralelo que Lucas estabelece entre o homem rico e o pobre Lázaro é
evidente e muito didático, e sua finalidade é apelo de conversão enquanto é
tempo. É o grande desafio de reconhecer que a dignidade do ser humano não está
naquilo que ele possui, mas naquilo que ele é: filho de Deus. Na Bíblia, o nome
de uma pessoa muitas vezes indica a sua dignidade, relaciona-a com a sua missão
ou mesmo manifesta uma ação de Deus na sua vida. Na parábola o homem que tinha
apenas riqueza material, perdeu a sua identidade, por isso não tem nome, é
apenas rico e epulão. Por outro lado, o pobre, apesar de sua condição de
faminto, doente e marginalizado, é identificado pelo seu nome: Lázaro (em
hebraico El azar: Deus ajuda). Esta é a mais alta dignidade de
um ser humano, ser uma ajuda de Deus na vida do seu semelhante, é a missão mais
nobre de uma pessoa que favorece relações de fraternidade. A sua indigência era
apelo à sensibilidade do rico, pois se este fosse capaz de vê-lo como um irmão,
tê-lo-ia recebido em casa e matado a sua fome. Na tradição bíblica, indica-se
também a dignidade através do simbolismo das vestes. Do ponto de vista
material, o rico vestido de púrpura e linho fino parece muito digno, mas porque
é insensível diante da nudez do semelhante, suas ricas vestimentas deixam de
indicar dignidade, e tornam-se apenas manifestação de opulência que humilha o
pobre e insulta os céus. A púrpura (vermelha) da sua roupa contrasta com a pele
nua do seu próximo, a qual pode também ser vista avermelhada por causa das
úlceras que a cobriam.
Fisicamente tão próximos, mas separados por um abismo da insensibilidade
humana, pois enquanto um se banqueteava com requinte todos os dias, o outro
jazia à porta desejando ardentemente comer o que o rico, da sua mesa farta,
jogava fora (era costume oriental, durante as refeições, limpar pratos e copos
com pedaços de pão e jogá-los debaixo da mesa). Não se alimenta apenas com as
migalhas que sobram e caem, mas deseja comer pelo menos o lixo jogado fora. O
próprio Lázaro é descrito como alguém jogado no chão (grego eblébleto pros ton pylona: estava jogado junto ao
portão). Os cachorros, certamente selvagens, disputavam com o pobre o mesmo
lixo, e ao lamber as úlceras, equiparavam-no como algo a ser consumido.
Porém, a morte revelou a condição comum ao pobre Lázaro e ao rico sem
nome, ambos morreram. Entretanto, o destino de cada um: “O pobre foi levado pelos anjos ao seio de Abraão” e “O rico foi sepultado”, manifestou que na vida o
rico não reconheceu que era semelhante ao pobre, e que o abismo que cavara
entre a sua mesa e o batente da sua casa, agora na eternidade, se perpetuava;
por incrível que pareça a ironia, a sua escolha foi respeitada.
Mentalidade e atitudes da vida terrena do rico se evidenciam no diálogo
com o Pai Abraão. Se por um lado, reconhece-se filho de Abraão e, mesmo nos
tormentos eternos não deixa de sê-lo, por outro lado, continua a não
reconhecer-se irmão de Lázaro, pois não suplica que Abraão, o Pai de uma
multidão, mande-lhe um dos seus outros filhos, naturalmente um irmão seu, mas
pede que mande Lázaro como um servo para prestar-lhe um serviço. Esta sua
atitude comprova que viveu na terra fazendo dos outros seus servidores e, por
isso, na eternidade ainda exige ser servido.
Diante da impossibilidade de transpor o abismo terreno agora eternizado,
apela para que o Pai Abraão mande Lázaro à sua casa para advertir os seus
irmãos. Mais uma vez, o seu pedido revela a sua mentalidade egoísta; se na
terra pensava apenas no que era seu, na eternidade ainda perpetua sua preocupação
apenas com os seus quando afirma: “Manda Lázaro até a casa de meu
pai, pois tenho cinco irmãos; que ele os advirta… Que não venham também eles
para esse lugar de tormento”. A ajuda que agora ele suplica para
si e para os seus, na verdade, ele a recusou durante toda a sua vida terrena,
pois foi incapaz de matar a fome de Lázaro. Se na terra não foi capaz de matar
a fome do irmão, na eternidade não encontrará irmão que mate a sua sede.
No simbolismo da Bíblia, o número sete representa o completo, a
totalidade. Na família do rico composta por seis irmãos (ele + cinco), faltava
aquele que a tornaria completa. Lázaro (Deus ajuda) é esta ajuda necessária
para completar o imperfeito. Lázaro dava-lhes a possibilidade da prática
efetiva da caridade. Lázaro era a grande ajuda para ensinar-lhe a partilha e a
solidariedade. Nos Lázaros jogados à nossa porta, Deus se revela faminto,
sedento, sem roupa, encarcerado, doente. Acolhendo-os, o abismo intransponível
se desfaz, e pode-se passar para a feliz eternidade, nada nos impede. A ajuda
de Deus é-nos oferecida sempre, portanto, Lázaro é um irmão que não pode
faltar.
==========-------------=======
LOUVOR PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS, NA
FORÇA DO ESP. SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor, sois a nossa justiça e nossa
salvação.
- Bendito sejais, Deus de justiça e Pai dos pobres,
porque abris os olhos dos profetas aos sinais dos tempos. Nós Vos pedimos pela
nossa sociedade, cujas riquezas estão tão mal distribuídas.
T: Senhor, sois a nossa justiça e nossa
salvação.
- Soberano único e bem-aventurado, Rei dos reis e
Senhor dos senhores, que possuis a imortalidade e todo o poder. Nós Vos
agradecemos pela vida que nos destes e vos bendizemos por nos enviar vosso
Filho para nos guiar em vossos caminhos. A Vós, todo o nosso louvor.
T: Senhor, sois a nossa justiça e nossa
salvação.
- Pai dos pobres e defensor dos oprimidos, nós Vos
bendizemos pelos profetas que nos enviais, quando deixamos os caminhos da
justiça e pela glória que reservais àqueles que os homens desprezam. Na
sociedade que produz tantos pobres, nós Vos pedimos: iluminai-nos com o Vosso
Espírito e conduzi -nos pelos caminhos do Amor.
T: Senhor, sois a nossa justiça e nossa
salvação.
- Pai nosso... A Paz... Eis o Cordeiro
de Deus...