25º
DOMINGO DO TEMPO COMUM ano C 2019
Tema: “Não podeis servir a Deus e ao
dinheiro.”
Primeira leitura: O profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, que
exploram.
Evangelho: Na parábola do administrador astuto,
Jesus oferece o exemplo de um homem que usou dos bens terrenos para assegurar
valores mais duradouros e pede que os seus discípulos para façam o mesmo.
Segunda leitura: Paulo
convida a colocar nas orações a preocupação por todos os irmãos para que ajam
conforme o projeto de Deus. O discípulo é convidado a assumir os valores
duradouros do amor, da partilha.
PRIMEIRA
LEITURA (Am 8,4-7) Leitura da Profecia de Amós.
Ouvi isto, vós que maltratais os
humildes e causais a prostração dos pobres da terra; vós que andais dizendo:
“Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria?” E o sábado, para
darmos pronta saída ao trigo, para diminuir medidas, aumentar pesos e adulterar
balanças, dominar os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias,
e para pôr à venda o refugo do trigo?” Por causa da soberba de Jacó, jurou o
Senhor: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram”.
AMBIENTE - Amós, o “profeta da justiça social”,
exerceu o seu ministério profético no reino do Norte (Israel) no séc. VIII
a.C., durante o reinado de Jeroboão II. A prosperidade e o bem-estar das
classes favorecidas contrastavam com a miséria das classes baixas. O sistema de
distribuição estava nas mãos de comerciantes sem escrúpulos que especulavam com
os preços, endividando os pobres que acabavam por perder suas terras em favor
dos grandes latifundiários. A classe dirigente, rica e poderosa, dominava os
tribunais e subornava os juízes, impedindo que o tribunal fizesse justiça aos
mais pobres. É neste contexto que aparece o profeta Amós., chamado por Deus,
deixa a sua terra e parte para o reino vizinho para gritar à classe dirigente a
sua denúncia profética.
MENSAGEM - Comerciantes sem escrúpulos, dominados
pelo espírito do lucro, compram dos agricultores os produtos da terra a preços
irrisórios e revendem-nos aos pobres a preços exorbitantes; roubam usando
pesos, medidas e balanças falsas; nos dias de sábado e de lua nova (dias
sagrados, em que as atividades lucrativas eram suspensas), em lugar de se
preocuparem com o louvor de Deus, eles estão ansiosos por recomeçarem os seus
negócios de especulação e de exploração do pobre, a fim de aumentarem os seus
lucros. Tudo isto configura uma violação grosseira dos mandamentos da aliança.
Qualquer crime cometido contra os pobres é um crime contra Deus… Por isso, Amós
anuncia que Deus não esquece (não deixa passar em branco) este comportamento.
ATUALIZAÇÃO - ♦ A exploração descrita
por Amós os pobres dos nossos dias conhecem bem; especula-se com bens de
primeira necessidade, que as multinacionais vendem a preços exorbitantes
(medicamentos vendidos a peso de ouro); na publicidade, que gera necessidades
nos pobres, que os leva a endividarem-se até porem em causa o seu futuro; basta
pensar nos produtos adulterados, impróprios, que são introduzidos pelos
especuladores na cadeia alimentar e que põem em risco a saúde pública e a vida
das pessoas…
♦ Amós
garante: o nosso Deus não suporta a injustiça e a opressão.
SALMO
RESPONSORIAL / 112 (113)
Louvai
o Senhor, que eleva os pobres!
• Levanta da poeira o indigente / e do lixo ele retira
o pobrezinho, /
para fazê-lo assentar-se com os nobres, / assentar-se
com nobres do seu povo.
EVANGELHO (Lc 16,1-13) Evangelho de Jesus Cristo
segundo Lucas.
Naquele tempo, Jesus dizia aos
discípulos: “Um homem rico tinha um administrador que foi acusado de esbanjar
os seus bens. Ele o chamou e lhe disse: ‘Que é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração, pois já não podes mais administrar meus
bens’. O administrador então começou a refletir: ‘O senhor vai me tirar a
administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho
vergonha. Ah! Já sei o que fazer, para que alguém me receba em sua casa quando
eu for afastado da administração’. Então ele chamou cada um dos que estavam
devendo ao seu patrão. E perguntou ao primeiro: ‘Quanto deves ao meu patrão?’
Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’ O administrador disse: ‘Pega a tua conta,
senta-te, depressa, e escreve cinquenta!’ Depois ele perguntou a outro: ‘E tu,
quanto deves?’ Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’. O administrador disse:
‘Pega tua conta e escreve oitenta’. E o senhor elogiou o administrador desonesto, porque ele agiu
com esperteza. Com efeito,
os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da
luz. E eu vos digo: Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando
acabar, eles vos receberão nas moradas eternas. Quem é fiel nas pequenas coisas
também é fiel nas grandes, e quem é injusto nas pequenas também é injusto nas
grandes. Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos
confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos
dará aquilo que é vosso? Ninguém pode servir a dois senhores. Porque ou odiará
um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Vós não podeis
servir a Deus e ao dinheiro”.
AMBIENTE- Jesus instrui os discípulos face aos
bens deste mundo.
MENSAGEM - Os bens deste mundo devem servir para
garantir outros bens, mais duradouros. Um homem é acusado de má administração
dos bens do patrão. Chamado às contas e despedido, este homem tem a preocupação
de assegurar o futuro. Chama os devedores do patrão e reduz-lhes as quantias
das dívidas. Ele supõe que os devedores beneficiados não esquecerão a sua
generosidade e, mais tarde, manifestar-lhe-ão a sua gratidão e acolhê-lo-ão em
sua casa. Como pode Jesus dar como exemplo aos discípulos das malandragens de
um tal administrador? Estas dificuldades desaparecem se entendemos esta
história tendo em conta as leis e costumes da Palestina nos tempos de Jesus. O
administrador de uma propriedade atuava em nome e em lugar do seu senhor e
acrescentava a sua comissão. Habitualmente, ele fornecia um determinado
número de bens, mas o devedor ficava devendo muito mais; a diferença era a
“comissão” do administrador. Dos cem barris de azeite no recibo, só uns
cinquenta haviam sido, na realidade, emprestados; os outros cinquenta
constituíam a exorbitante “comissão”. Provavelmente, o que este administrador
sagaz fez foi renunciar ao lucro que lhe era devido, a fim de assegurar
a gratidão dos devedores: renunciou a um lucro imediato, a fim de assegurar o
seu futuro. Este administrador é um exemplo pela sua esperteza e sagacidade:
ele sabe que o dinheiro tem um valor relativo e troca-o por outros valores mais
significativos – a amizade, a gratidão. Jesus conclui a história convidando os
discípulos a serem tão hábeis como este administrador: os discípulos devem usar
os bens deste mundo, não como um fim em si mesmo, mas para conseguir algo mais
importante e mais duradouro (os valores do “Reino”). O nosso texto termina com
um aviso de Jesus acerca da deificação do dinheiro: Deus e o dinheiro
representam mundos contraditórios e procurar conjugá-los é impossível… Os
discípulos são, portanto, convidados a fazer a sua opção entre um mundo de
egoísmo, de interesses mesquinhos, de exploração, de injustiça (dinheiro) e um
mundo de amor, de doação, de partilha, de fraternidade (Deus e o “Reino”).
ATUALIZAÇÃO
♦ O
mundo em que vivemos decidiu que o dinheiro é o deus fundamental. Para ganhar
mais dinheiro, há quem trabalhe doze ou quinze horas por dia, num ritmo de
escravo, e prescinda da família e dos amigos; por dinheiro, há quem sacrifique
a sua dignidade e apareça a expor, diante de uma câmara de televisão, a sua
intimidade e a sua privacidade; por dinheiro, há quem venda a sua consciência e
renuncie a princípios em que acredita; por dinheiro, há quem não tenha
escrúpulos em sacrificar a vida dos seus irmãos e venda drogas e armas que
matam; por dinheiro, há quem seja injusto, explore os seus operários, se recuse
a pagar o salário do mês porque o trabalhador é ilegal e não se pode queixar às
autoridades.
♦ Jesus
avisa os discípulos de que a aposta obsessiva no “deus dinheiro” não é o
caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena
e de felicidade.
♦ Todo
este discurso não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral,
do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro é algo imprescindível para
vivermos neste mundo e para termos uma vida com qualidade e dignidade… No
entanto, Jesus recomenda que o dinheiro não se torne uma obsessão, uma
escravidão, pois Ele não nos assegura a conquista dos valores duradouros e da
vida plena.
- Os discípulos são convidados a fazer a sua escolha entre o Mundo do
DINHEIRO (de egoísmo, interesses, exploração, injustiça) e o Mundo do AMOR (da doação, da partilha, da
fraternidade). - As riquezas não
devem ser obstáculo à Salvação, mas um meio para fazer amigos "nas
moradas eternas."
Um instrumento de
Comunhão entre as pessoas, de amizade, de igualdade...
Não servir ao dinheiro,
mas nos servir do dinheiro
para servir a Deus e aos irmãos...
SEGUNDA
LEITURA (1Tm 2,1-8)
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo.
Caríssimo, antes de tudo, recomendo que
se façam preces e orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens;
pelos que governam e por todos os que ocupam altos cargos, a fim de que
possamos levar uma vida tranquila e serena, com toda piedade e dignidade. Isto
é bom e agradável a Deus, nosso Salvador; ele quer que todos os homens sejam
salvos e cheguem ao conhecimento da verdade. Pois há um só Deus, e um só
mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, que se entregou em
resgate por todos. Este é o testemunho dado no tempo estabelecido por Deus, e
para este testemunho eu fui designado pregador e apóstolo e – falo a verdade,
não minto – mestre das nações pagãs na fé e na verdade. Quero, portanto, que em
todo lugar os homens façam a oração, erguendo mãos santas, sem ira e sem
discussões.
AMBIENTE - Continuamos a ler a Primeira Carta a
Timóteo. Apresenta-se como escrita por Paulo, instruindo-o acerca da forma de
organizar a comunidade cristã e a vida cristã dos fiéis.
MENSAGEM - O autor da carta dá a Timóteo dá normas
sobre a oração litúrgica. Começa com um convite a rezar por todos os homens,
particularmente pelas autoridades: deles depende o bem estar social e a paz. De
resto, a oração dos cristãos deve ser universal, pois é universal a proposta da
salvação que Deus oferece a todos. Duas razões: a unicidade de Deus, criador de
todos e a mediação universal de Cristo, que derramou o seu sangue por todos…
(há um só Deus, e Cristo – o único mediador entre Deus e os homens – trouxe,
pela sua morte, a redenção a todos).
ATUALIZAÇÃO
♦ A
oração tem de ser a expressão da comunhão e da solidariedade do crente para com
todos os irmãos espalhados pelo mundo inteiro – conhecidos e desconhecidos,
amigos e inimigos, bons e maus.
♦ A
oração só faz sentido se for a expressão de uma vida de comunhão – comunhão com
Deus e comunhão com os irmãos. Portanto, é impossível rezar e, ao mesmo tempo,
cultivar sentimentos de ódio, de intolerância, de racismo, de divisão.
Pe. Barbosa e Pe. Carvalho
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Dois Senhores
Vivemos
numa sociedade globalizada, em que o dinheiro parece mandar em tudo e é
procurado a qualquer custo. Para muita gente, ter dinheiro significa poder e
prestígio... Qual deve ser a atitude cristã diante das riquezas?
Na
1a
Leitura, Amós denuncia os ricos comerciantes do seu tempo, que
exploravam nas mercadorias e nos preços os pobres camponeses. Nem respeitavam
os "dias santos" para celebrar e descansar. O Profeta os adverte que
Deus não ficará impassível diante disso.
*
Essa exploração descrita por Amós não é um fato apenas do passado. É uma
realidade que os pobres conhecem muito bem ainda hoje. A exploração e o lucro
desmedido não fazem parte do projeto de Deus...
Na
2ª
Leitura, Paulo convida a uma oração universal, elevando ao céu
"mãos puras", em favor de todos os homens. A oração só tem sentido se
for expressão de uma vida de comunhão,
com Deus e com os irmãos.
No
Evangelho,
Cristo conta a Parábola do ADMINISTRADOR infiel, que ao ser
despedido, reduz o valor das dívidas dos devedores para garantir futuros amigos. (Lc
16,1-13)
À
primeira vista, poderia dar a impressão de que Jesus elogia a desonestidade e a
corrupção do administrador. Para compreender o ensinamento do Mestre, devemos
nos situar no tempo. Naquela época, os administradores deviam entregar ao
empresário uma determinada quantia; o que conseguissem a mais ficava com eles.
O que fez o administrador? Renunciou ao que lhe cabia nos negócios. Ele
entendeu que, no futuro, mais do que dinheiro, precisava de amigos. Por isso,
renunciou ao dinheiro, para conquistar amigos.
*
A "esperteza" do administrador revela a criatividade, que falta aos
"filhos da luz".
Devemos
também ser "espertos", fazendo uso dos meios disponíveis, para tornar
sempre atual a mensagem de Cristo.
A
Busca desenfreada pelo dinheiro continua...
O
dinheiro é o deus de muita gente, que está disposta a tudo desde que faça
crescer a conta bancária.
-
Para ganhar mais dinheiro, há quem trabalha
doze ou quinze horas por dia, num ritmo de escravo, e esquece de Deus, da família, dos amigos e
até própria de saúde;
-
por dinheiro, há quem vende a sua dignidade, a sua consciência e renuncia a
princípios em que acredita;
-
por dinheiro, há quem não tem escrúpulos em sacrificar a vida ou o nome dos
seus irmãos;
-
por dinheiro, há quem é injusto, explora os operários, se recusa a pagar um salário justo...
Talvez nunca cheguemos a estes casos
extremos; mas, até onde seríamos
capazes de ir, por causa do dinheiro?
A adoração ao "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida e de felicidade.
A adoração ao "deus dinheiro" não é o caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida e de felicidade.
*
Jesus
não quer dizer que o dinheiro seja uma coisa desprezível e imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O
dinheiro é necessário para uma vida com qualidade e dignidade… Mas ele não pode
se tornar uma obsessão, uma escravidão, pois não nos assegura (e muitas vezes
até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.
O
Dinheiro é um "ídolo tirano", que nos escraviza e nos torna
insensíveis a Deus e às necessidades dos outros.
+ Jesus
conclui com sentenças sobre o bom uso das riquezas:
- "Ninguém pode servir a DOIS
SENHORES... a Deus e ao Dinheiro..."
* Deus e o dinheiro representam mundos
contraditórios...
Os
discípulos são convidados a fazer a sua escolha entre o Mundo do DINHEIRO (de
egoísmo, interesses, exploração, injustiça)
e o Mundo do AMOR (da doação, da partilha, da fraternidade).
-
As riquezas não devem ser obstáculo à
Salvação, mas um meio para fazer amigos "nas moradas
eternas."
Um instrumento de Comunhão entre as pessoas,
de amizade, de igualdade...
Não
servir ao dinheiro, mas nos servir do dinheiro para servir a Deus e aos irmãos...
-
Honestidade tanto nos grandes como
pequenos negócios, porque quem é fiel no pouco, também é fiel no
muito, quem é infiel no pouco, também é
infiel no muito.
Quem não é fiel nas riquezas terrenas (no
pouco), também não é fiel nas riquezas eternas (no muito).
Qual
é a nossa atitude diante dos bens terrenos? Só Deus é o dono de tudo o que
existe...
Nós
somos apenas administradores...
A
qualquer momento, Cristo poderá também nos dizer: "Presta conta da tua administração!"
-
Como estamos administrando? Já garantimos a nossa morada eterna?
Pe. Antônio
Geraldo
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“Por que
o Senhor narrou esta parábola? – pergunta Santo Agostinho –. Não porque aquele
servo fosse um exemplo a ser imitado, mas porque
foi prevenido em relação ao futuro, a fim de que se envergonhe o cristão
que não tenha essa determinação”; louvou lhe o empenho, a decisão, a astúcia, a
capacidade de sobrepor-se e resolver uma situação difícil, sem deixar-se levar
pelo desânimo.
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Homilia do Pe. Júlio Lancellotti ano 2013
A
palavra de Deus é sempre provocante e é também vivificante. Nos faz viver e
reanima a nossa esperança no tempo do cansaço, do sofrimento, nas expectativas,
no início da juventude e no ocaso da vida. Sempre, a palavra de Deus é alimento
que nos sustenta para a caminhada. Caminhada às vezes cansados e feridos, mas
sem desistir.
Nós ouvimos a profecia de Amós. Amós é um profeta
militante, que está em muitas lutas. Por isso, ele começa dizendo: Ouvi isto, atenção, vós que maltratais
os humildes e causais a prostração dos pobres da terra; quem são? Vós que exploram os pobres e tiram a
esperança do povo. Aqueles que deixam o povo cansado e desanimados; sem
esperança. Vós que maltratais os humildes e os prostrai, isto é covardia! Ouçam
bem isto: Vós que andais dizendo:
“Quando passará a lua nova, para vendermos bem a mercadoria? Vós que dizeis: quando vou ganhar mais? Como fazer
para ter mais lucro sobre o povo? E o sábado, para darmos pronta saída ao trigo, para diminuir
medidas, aumentar pesos e adulterar balanças,... Olha que sem vergonha! Diminui a medida e aumenta o preço. Aumenta o
preço e adultera a balança. Quem pensa que corrupção e sem-vergonhice é coisa
nova, olha, que no tempo de Amós, muito tempo antes de Jesus, já tinha gente
falsificando a balança. ...dominar
os pobres com dinheiro e os humildes com um par de sandálias, e para pôr à
venda o refugo do trigo?” não é nem o
trigo. É o refugo do trigo, pois por cima é trigo, mas por baixo está cheio de
refugo. Quem faz isto, diz Amós, Deus está mandando um recado:
Por causa da soberba de Jacó, jurou o
Senhor: “Nunca mais esquecerei o que eles fizeram”.
Quem
explora os pobres e humildes, explora a Deus. E Deus diz: não vou esquecer.
Pode ser que todo mundo esqueça, mas Deus não vai esquecer. O profeta Amós está
chamando a atenção e é o que hoje o Papa Francisco falou de maneira comovente,
quando ele foi encontrar-se com os desempregados e detentos, onde almoçou com
pobres, assistido pela Cáritas na Sardenha, onde ele diz: eu vejo o sofrimento
no rosto de vocês. O papa abandonou o seu discurso e falou de coração, causando
uma forte emoção e grande impacto, contando a própria vida de seu pai, que em
mil novecentos e vinte nove abandonou a Itália e foi como migrante desempregado
e foi para a Argentina. E, ele foi para o santuário de Nossa Senhora Bonária,
Nossa Senhora do bom ar, que deu origem a Buenos Aires, que foi levada por
marinheiros da Sardenha para aquela região. Por isso, o Papa quis ir lá para
encontrar-se com as chamadas periferias existenciais, os pobres da terra, os
humildes da terra, aqueles que são explorados e que estão sofrendo por causo do
sistema que o nosso mundo tem de exploração. O papa chamou a atenção dizendo: a
idolatria do dinheiro. Muita gente fala de idolatria e não sabe o que está falando.
“ah, idolatria porque tem imagem de santo”. Coitado do santo. Cai dali e não dá
nem para consertar. A idolatria não é ter uma imagem. A idolatria é colocar o
poder e o ter no lugar de Deus. Isso que é idolatria. Idolatria não é ter uma
imagemzinha de barro, que qualquer tapinha faz cair e quebra e tem que juntar
os cacos e jogar no lixo. Pior, que quando quebram, trazem para a igreja e eu
fico com um monte de santo quebrado aqui. Então, idolatria não é isso. Outro
ainda diz: ah, agora encontrei Jesus e agora não tenho mais imagem. Ah, se
fosse tão simples assim... Agente resolvia o problema da idolatria num
vapt-vupt, quebrava todas as imagens e não tinha mais idolatria. Não! A
idolatria é muito mais séria! É o que nós estamos vivendo! A idolatria do dinheiro,
a idolatria do ter, a idolatria do capital. O mundo gira em torno do capital,
do dinheiro. Não é o dinheiro que está para servir a vida humana. Basta você
ver: o carro que carrega dinheiro, você já viu algum estragado? Balançando, com
um monte de barulho? Você já viu uma ambulância estragada? A ambulância pode
ser estragada porque carrega gente. Se for ambulância pública, pior ainda. Mas,
o carro do dinheiro está cheio de seguranças, quando param, estão com aquele
saco de dinheiro, os outros com as mãos nas armas e todo mundo olhando como se
fosse o ato mais importante da vida! Vocês já viram os prédios dos bancos? São
parecidos com os postos de saúde? Qual é mais bonito? (risos) os bancos são
mais bonitos. Tem alguns que tem até jardins dentro! Agora fazem os bancos para
você pensar que você está em qualquer lugar, menos num banco. Tem obras de
arte, tem música ambiente, tem até fontes, cascatas com água correndo, é tudo
bonito. Servem cafezinho e é parecido com a sala de espera do pronto socorro de
Tatuapé. (risos) Isso que é idolatria! E, nós convivemos com esta idolatria
todos os dias. A pessoa pobre, simples, que está lá na porta do pronto socorro,
apodrece lá, sem ninguém atender. Mas, como diz o Papa Francisco: “Se a Bolsa
cai um, dois pontos, o mundo entra em alarme, dizendo que a Bolsa de Valores
está nervosa, e então, todas as atenções são voltadas para elas. De manhã, do
oriente já se sabe do ocidente e do ocidente já se sabe como fechou do oriente
e o mundo todo gira em torno disso! Os investidores estão preocupadíssimos. E,
aí estão preocupados com as crianças da Círia?” diz o papa: Não. “Quem estão
preocupados são os fabricantes de armas, que querem que haja bombardeios para
poderem vender suas bombas e suas armas”. “A vida humana não tem o lugar que
deveria ter”. Como nos diz hoje Paulo na segunda leitura: e
por todos os que ocupam altos cargos, a fim de que possamos levar uma vida
tranquila e serena, com toda piedade e dignidade. Isto é bom e agradável a
Deus, nosso Salvador.
Ele
quer que todos os homens sejam salvos! Salvar é viver! Não é como enfiaram na
nossa cabeça: “você fica pobre, sofre mas lá no céu você vai comer manjar
branco com ameixa preta e será muito feliz!” aqui você não vai comer nada, mas
lá no céu você vai. Deus quer que as crianças sejam alimentadas, que as mães
tenham condição de vida, que os velhinhos sejam cuidados com carinho, com
ternura, que os doentes sejam tratados com dignidade, que os jovens tenham
esperança para viver, que tudo isso não esteja submetido aos interesses e ao
lucro, aos ganhos. Por isso, a palavra do Evangelho ilumina, toda a parábola é
difícil de entender; Vós não podeis servir a dois senhores; a Deus e ao dinheiro. Tem que fazer
uma escolha! Jesus conta esta história para dizer: quem serve ao dinheiro,
acaba mal, sem futuro, sem saber para onde vai. Se continuarmos a leitura...
“os fariseus, amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus”. Os
amigos do dinheiro zombam, quando se fala sobre isso e dizem: não é possível
pensar num mundo, sem pensar no lucro, sem pensar o quanto eu vou ganhar,
quanto eu vou acumular, quanto eu vou ter. E, nós, pobres mortais, nem podemos
imaginar o que é o lucro, o que é o ganho, que este mundo tem. Eu li esta
semana, que o jogador Cristiano Ronaldo vai ganhar mais de um milhão e meio por
semana! Por semana! Um milhão e meio por semana, num mundo em que criança morre
de fome! Onde há muita gente sem ter casa para morar! Muita gente vivendo em
situação de rua! Isso é idolatria. Nós assistimos tudo isso sem perceber a
exploração que se instalou na nossa vida. Quando crianças e idosos não tem o
necessário, quando os bolsões de miséria na África não tem o que é necessário.
Que
tenhamos bem claro: quando falarem para nós de idolatria, agente saber o que é
idolatria. A idolatria é aquilo que se coloca no lugar de Deus. Não é uma pobre
imagem que está no lugar de Deus. A idolatria no nosso mundo é o capital, o
dinheiro, que é servido como um Deus. É isso que Jesus nos quer dizer hoje. Que
sejamos capazes de resistir, de ter esperança, de ter coragem e de viver o
amor. Amém.
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Homilia de Dom Henrique Soares da Costa O sentido do Evangelho de hoje encontra-se numa constatação e num conselho de Jesus. Primeiro, a constatação: “Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios que os filhos da luz”. Depois, o conselho, que, na verdade, é uma exortação: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas”. Que significam estas palavras?
A constatação de Jesus é tristemente real: os pecadores são mais espertos e mais dispostos para o mal, que os cristãos para o bem. Pecadores entusiasmados com o pecado, apóstolos do pecado, divulgadores do pecado… Cristãos sem entusiasmo pelo Evangelho, sem ânimo para a virtude, sem criatividade para crescer no caminho de Deus! Pecadores motivados, cristãos cansados e preguiçosos! Que vergonha! Hoje, como ontem, a constatação de Jesus é verdadeira. Olhemo-nos, olhemos uns para os outros, olhemos para esta Comunidade que, dominicalmente, se reúne para escutar a Palavra e nutrir-se do Corpo do Senhor… Somos dignos da Eucaristia? Sê-lo-emos se nos tornamos testemunhas entusiasmadas e convictas daquele que aqui escutamos, daquele por quem aqui somos alimentados!
Da constatação triste do Senhor, brota sua exortação grave: “Usai o dinheiro injusto para fazer amigos, pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas”. Palavras estranhas; à primeira vista, escandalosas… Que significam? Jesus chama o dinheiro de “injusto”. Isto porque o dinheiro, a riqueza, os bens materiais e os bens da inteligência, do sucesso, da fama, ainda que adquiridos com honestidade, são sempre traiçoeiros, sempre perigosos, sempre na iminência de escravizar nosso coração e nos fazer seus prisioneiros. Dinheiro injusto porque sempre nos tenta à injustiça de dar-lhe a honra que é devida somente a Deus e de buscar nele a segurança que somente o Senhor nos pode garantir. Por isso, Jesus chama os bens deste mundo de “dinheiro injusto”… Sempre injusto, porque sempre traiçoeiro, porque sempre sedutor! Constantemente corremos o risco de nos embebedar com ele, fazendo dele o fim de nossa existência, nossa segurança e nosso deus… Mas, os bens materiais, em geral, e o dinheiro, em particular, não são maus de modo absolutos… Eles podem ser usados para o bem. Por isso Jesus nos exorta a fazer amigos com eles… Fazemos amigos com nossos bens materiais ou espirituais quando os colocamos não somente ao nosso serviço, mas também ao serviço do crescimento dos irmãos, sobretudo dos mais necessitados. Aí, o dinheiro se torna motivo de libertação, de alegria e de vida para os outros… Aí, então, tornamo-nos amigos dos pobres, que nos receberão de braços abertos na Casa do Pai! Bendito dinheiro, quando nos faz amigos dos pobres e, por meio deles, amigos de Deus! Que o digam os cristãos que foram ricos e se fizeram amigos de Deus porque foram amigos dos pobres! Que o digam Santa Brígida da Suécia, Santo Henrique da Baviera, São Luís de França, os Santos Isabel e Estevão, reis da Hungria, Santa Isabel de Portugal… e tantos outros, que souberam colocar seus bens a serviço de Deus e dos irmãos! Uma coisa é certa: é impossível ser amigo de Deus não sendo amigo dos pobres. Sobre isso o Senhor nos adverte duramente na primeira leitura: ai dos que celebram as festas religiosas dos sábados e das luas novas em honra do Senhor com o pensamento de, no dia seguinte, roubar, explorar o pobre e pisar o fraco! Maldita prática religiosa, esta! A queixa do Senhor é profunda, sua sentença é terrível. Ouçamos o que ele diz, e tremamos: “Por causa da soberba de Jacó, o Senhor jurou: ‘Nunca mais esquecerei o que eles fizeram!’” A verdade é que não podemos usar nossos bens como se Deus não existisse e não nos mostrasse os irmãos necessitados, como também não podemos adorar a Deus como se não tivéssemos dinheiro e outros bens materiais ou da inteligência, bens que devem ser colocados debaixo do senhorio de Cristo! Não se pode separar nossa relação com Deus do modo como usamos os nossos bens! Ou as duas vão juntas, ou a nossa religião é falsa! Por isso, perguntemo-nos hoje: como uso os bens materiais, como uso meus talentos, como uso minha inteligência? Somente para mim? Ou sei colocar-me a serviço, fazendo de minha vida uma partilha, tornando outros felizes e o nome de Deus honrado?
Os bens deste mundo são pouco, em relação com os bens eternos que o Senhor nos promete para sempre. Pois bem, escutemos o que diz o nosso Salvador: “Quem é fiel nas pequenas coisas, também é fiel nas grandes. Se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem? E se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso?” Em outras palavras, para que ninguém tenha a desculpa de dizer que não compreendeu o que o Senhor quis dizer: Quem é fiel nas coisas pequenas deste mundo, será fiel nas coisas grandes que o Pai dará no céu. Se vós não sois fiéis no uso dos bens desta vida, como Deus vos confiará a vida eterna, que é o verdadeiro bem? E se não sois fiéis nos bens que não são vossos para sempre, como Deus vos confiará aquilo que é o verdadeiro bem, a vida eterna, que será vossa para sempre?
Olhemos nós, que o modo de nos relacionarmos com o dinheiro e demais bens diz muito do que nós somos, afinal o nosso tesouro está onde está nosso coração! Dizei-me onde anda o vosso coração, o vosso apego, a vossa preocupação, e eu vos direi qual é o tesouro da vossa vida! Tristes de nós quando o nosso tesouro não for unicamente Deus! Tristes de nós quando, por amor ao que passa, perdemos a Deus, o único Bem que não passa! Uma coisa é certa: a advertência duríssima de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores. Vós não podereis servir a Deus e ao dinheiro!”
Que nos converta a misericórdia de Deus, que sendo tão bom, “quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade”. A ele a glória para sempre. Amém.
Dom Henrique Soares da Costa
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Por: Pe. André Vital Félix da Silva, SCJ
A parábola que meditamos neste XXV
Domingo do Tempo Comum coloca-nos diante de um importante questionamento no que
diz respeito à compreensão que temos da nossa vida e, obviamente, as
consequências práticas de tal compreensão. A própria experiência humana comprova
que não somos senhores absolutos de nada, nem dos bens que adquirimos ou
recebemos, nem mesmo de um segundo da nossa vida. Ainda que alguns tenham a
ilusão de se pensarem donos da sua vida, esta pode escapar-lhes de forma
inesperada; nenhum recurso humano ou material pode garantir ao ser humano poder
e controle absolutos de sua existência. Contudo, não somos meros seres
viventes, desprovidos de autonomia ou responsabilidade diante da vida, pois
esta nos foi dada para ser administrada com inteligência e responsabilidade, e
não simplesmente desperdiçada por astúcia e negligência.
Jesus inicia o seu ensinamento falando de uma situação de
incoerência: “Um administrador que foi denunciado por estar
dissipando os bens do seu senhor”. Administrador é a tradução
da palavra ecônomo (grego oikonomos: cuidador das coisas da casa, dos bens da
família ou de um grupo); é, antes de tudo, um fiel servidor do seu senhor de
quem recebeu não apenas uma grande responsabilidade diante de coisas materiais,
mas uma grande confiança para cuidar dos seus bens, dos quais poderia usufruir
com responsabilidade e lealdade.
Mais do que produzir um prejuízo material, a má administração
faz perder uma das coisas mais preciosas que pode haver no relacionamento entre
as pessoas, a confiança. Por isso, o patrão afirma: “Já não podes mais ser administrador”. Perde-se a
confiança quando age-se com deslealdade e arrogância. O administrador desonesto
acredita que ao ser encarregado do cuidado dos bens do seu senhor, ele se
tornou o dono daquilo que administrava, e, portanto, podia fazer o que bem
queria. A sua arrogância o faz crer que a ninguém deverá prestar contas, já que
goza do prestígio da confiança do seu patrão. Apesar de ter sido considerado
digno para tal tarefa, foi tomado de um orgulho e presunção que o fizeram
infiel, incapaz e incompetente. Caiu no erro de pensar que grande
responsabilidade é o mesmo que privilégio absoluto.
O seu modo de refletir: “O senhor vai me tirar a
administração. Que vou fazer? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho
vergonha”, revela as duas causas fundamentais da sua má
administração. A saída que ele pretende achar diante da perda da administração
está em sintonia com a sua vida até então sustentada pela preguiça (não ter
forças para trabalhar) e pelo orgulho (ter vergonha de mendigar). As principais
misérias materiais são geralmente consequências de misérias morais e
espirituais. Sendo preguiçoso e orgulhoso, procura os caminhos mais fáceis para
lucrar. Ao corrigir a anotação da dívida do óleo (de 100 para 50) e do trigo
(de 100 para 80), demonstra a sua irresponsabilidade diante dos bens do seu
patrão, pois nem ele mesmo sabia o que administrava, uma vez que são os
devedores que lhe informam quanto devem.
Por outro lado, o fato de mandar escrever
na nota uma redução de 50% para o óleo e quase 40% para o trigo não significa
que, com este reajuste, ele estivesse dando mais um prejuízo ao patrão, mas, na
verdade, estava renunciando àquilo que arbitrariamente tinha estabelecido como
o seu ganho.
Tal atitude revela uma esperteza, por
isso o seu patrão o elogia. Contudo, vale salientar que o administrador
desonesto não foi elogiado por ter agido irresponsavelmente desperdiçando os
bens do patrão, mas porque soube administrar com astúcia os seus próprios bens
(o lucro), renunciando-os em benefícios dos devedores, atraiu para si a
simpatia deles, e garantiu num futuro uma retribuição.
Jesus através dessa parábola adverte aos seus discípulos de
todos os tempos qual é a atitude fundamental do verdadeiro administrador dos
bens do Pai: fidelidade operosa, vencendo a tendência acomodada de querer
apenas usufruir dos bens sem o cuidado devido, isto leva consequentemente à
perda da administração. Os bens materiais em comparação com a vida plena serão
sempre pouca coisa. Portanto, saber administrar esse pouco com fidelidade e
humildade é um necessário aprendizado para poder ser encarregado de bens
maiores. Quando usamos, com inteligência do alto, os bens que passam,
certamente estaremos nos preparando bem para abraçar os que não passam. Por
outro lado, o Senhor nos provoca a assumir atitudes inteligentes (na tradição
bíblica a inteligência é o conhecimento profundo, fruto da experiência pessoal
e coletiva que estabelece critérios de julgamento e de ação), não apenas
comportamentos pseudo-piedosos, fruto de ingenuidade e desatenção diante da
vida. É verdade que não somos do mundo, mas estamos no mundo. E neste campo
real, com seus desafios e contradições, somos chamados à administração, pois “os filhos deste mundo são mais
espertos em seus negócios do que os filhos da luz”. O papa
Francisco denuncia na sua exortação Evangelii Gaudium 76-77,
as graves tentações dos agentes pastorais, e entre elas se encontra justamente
a acídia egoísta, mais do que uma preguiça e um comodismo, é um descompromisso
interior com a vida, e, naturalmente uma apatia diante dos bens espirituais. Os
filhos “deste século” (grego: hoi hioi tou aiwnos)
se diferenciam dos filhos da luz, porque estão mais atentos aos seus negócios.
Contudo, têm uma visão reducionista da vida, pois são “filhos deste século”, ou
seja, no seu horizonte se encontram apenas os bens materiais dos quais se
apossam como senhores, por isso têm pouco e, por não conseguirem enxergar os
bens maiores, se revelam infiéis até mesmo nesse pouco que usurpam. Por outro
lado, os filhos da luz, mesmo sendo iluminados e enxergando para além do
horizonte puramente humano, não podem isentar-se da sua missão de iluminar o
mundo, de denunciar a inversão dos valores, de contestar a escravidão do
dinheiro que faz da vida uma mera mercadoria com fins lucrativos em detrimento
do maior bem que ela é, pois é um dom de Deus a ser administrado e não
simplesmente uma coisa a ser desperdiçada.
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LOUVOR PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR):
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor, sois nossa luz e nossa
proteção!
- Pai dos pobres, justiça dos oprimidos, nós Vos bendizemos pelo Espírito
Santo, que destes aos profetas, encarregando-os de proclamar sempre e em toda a
parte as exigências da justiça. Que o Espírito Santo purifique os nossos
pensamentos e os nossos corações. Que sejamos testemunhas de tantas injustiças!
T: Senhor, sois nossa luz e nossa
proteção!
- Deus nosso Pai, Vós quereis que todos os homens sejam salvos e cheguem
a conhecer a verdade, nós Vos damos graças por Jesus, que nos revelastes como o
único mediador entre Vós e a humanidade. É com Ele que nós elevamos a Vós o
nosso louvor e as nossas preces.
T: Senhor, sois nossa luz e nossa
proteção!
- “Deus Pai, único mestre digno de ser servido, nós Vos damos graças pela
confiança que depositais em nós; Confiais a nós, seus filhos em Cristo, o Vosso
Reino. Inspirai-nos para que façamos bom uso dos dons e dos bens da terra que
nos destes.
T: Senhor, sois nossa luz e nossa
proteção!
PAI NOSSO... A PAZ... EIS O CORDEIRO...
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