30º DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano A 2014 (Adaptado e postado pelo
Diácono Ismael)
Tema: “Amar a Deus e ao próximo!” O
que Deus exige de cada crente é que saiba amar como ele ama a cada ser criado.
A primeira
leitura: Deus não aceita injustiça, opressão, desrespeito pelos mais pobres:
qualquer injustiça praticada contra um irmão é um crime grave contra Deus e nos
coloca fora da Aliança.
O Evangelho:
Toda a revelação de Deus se resume no amor – amor a Deus e amor aos irmãos. Os
dois mandamentos não podem separar-se: “amar a Deus” é cumprir a sua vontade e
estabelecer com os irmãos relações de amor, de solidariedade, de partilha, de
serviço, até ao dom total da vida.
A segunda
leitura: Uma comunidade cristã (Tessalônica) que, apesar da perseguição,
aprendeu o caminho do amor; Dessa experiência comum, nasceu uma imensa família
de irmãos, unida à volta do Evangelho e espalhada por todo o mundo grego.
6.
PRIMEIRA LEITURA (Ex 22,20-26) Leitura do Livro do Êxodo.
Assim
diz o Senhor: Não oprimas nem maltrates o estrangeiro, pois foste estrangeiro
na terra do Egito. Não façais mal algum à viúva nem ao órfão. Se os
maltratardes, gritarão por mim, e eu ouvirei o seu clamor. Minha cólera, então,
se inflamará e eu vos matarei à espada; vossas mulheres ficarão viúvas e órfãos
os vossos filhos. Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um pobre que
vive ao teu lado, não sejas um usurário, dele cobrando juros. Se tomares como
penhor o manto do teu próximo, deverás devolvê-lo antes do pôr-do-sol. Pois é a
única
veste que tem para o seu corpo e coberta que ele tem para dormir. Se clamar por
mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.
AMBIENTE – “Os dez mandamentos” eram relativamente gerais e não consideravam todos os casos e situações… Em conseqüência, surgiram novas normas, que regulavam o dia a dia do Povo de Deus.
Logo a seguir ao
“Decálogo”, em lugar de honra, os catequistas de Israel colocaram um bloco
heterodoxo de leis, que se convencionou chamar “Código da Aliança” (cf. Ex
20,22-23,19). São leis que os autores do Livro do Êxodo apresentam como ditadas
por Deus a Moisés, no Sinai; na realidade, trata-se de leis de proveniência
diversa, que a maioria dos comentadores faz remontar ao tempo dos “juízes”
(séc. XII a.C.).
O “Código da Aliança”
é um bloco legislativo que regula vários aspectos da vida do Povo de Deus,
desde o culto até às relações sociais. Nele sobressai, não só uma consciência
muito viva de que Israel é chamado à comunhão com Deus, mas também um forte
sentido social. Revela um Povo preocupado em concretizar os compromissos da
Aliança na vida do dia a dia. Sugere que a fé de Israel não é uma realidade
abstrata, mas uma realidade bem viva, que se deve viver em cada sector da vida
prática. O texto que hoje nos é proposto é um extrato do “Código da Aliança”.
MENSAGEM
- A leitura
apresenta formas como lidar com três realidades de carência: a do
estrangeiro, a do órfão e da viúva, e a do pobre que foi
obrigado a pedir dinheiro emprestado. Trata-se de pessoas em situação difícil,
quer em termos sociais, quer em termos econômicos. O “estrangeiro”, obrigado a
deixar a sua terra e o seu quadro de relações familiares, atirado para um
ambiente cultural e social adverso, e onde as leis locais nem sempre protegem
os seus direitos e a sua dignidade. A sua situação de debilidade é
aproveitada por pessoas sem escrúpulos
que os exploram. O “órfão” e a “viúva” integram a categoria das vítimas dos
poderosos. Desprotegidos, ignorados pelos juízes e pelos dirigentes, sem defesa
diante das arbitrariedades dos mais fortes, vítimas de toda a espécie de
injustiças, têm em Jahwéh o seu único defensor. O “pobre que pede dinheiro” é,
quase sempre, esse camponês carregado de impostos, arruinado por anos de más
colheitas, que tem de pedir dinheiro emprestado para pagar as dívidas e para
sustentar a família. A sua necessidade é explorada pelos especuladores sem
escrúpulos, que o obrigam a deixar como penhor os seus bens mais básicos.
Sufocado por juros altíssimos, acaba por tudo perder e por ficar na miséria. A
sensibilidade de Israel diz-lhe que Deus não aceita a injustiça, a
arbitrariedade, a opressão, o desrespeito pelos direitos dos mais pobres e
fracos. Se Israel pretende viver em comunhão com Deus, tem de banir do meio da
comunidade as injustiças e as arbitrariedades cometidas sobre os mais débeis –
nomeadamente sobre os estrangeiros, os órfãos, as viúvas e os pobres. Essa é uma
das condições para a manutenção da Aliança.
ATUALIZAÇÃO • O apelo a não prejudicar nem oprimir um irmão que Deus
colocou ao nosso lado e que temos de cuidar, proteger e amar.
• O apelo a não
maltratar à viúva e ao órfão convida-nos
a acolhermos os nossos irmãos mais débeis, sem defesa … São as crianças,
exploradas, usadas, e impedidas de viver a infância; são os idosos, atirados para
lares, subtraídos ao seu ambiente familiar; são os doentes incuráveis,
condenados à solidão, que escondemos e que evitamos para não perturbar a nossa
boa disposição e o mito de uma vida isenta de sofrimento e de morte… Precisamos
aprender que todos – particularmente os mais débeis, os mais abandonados –
devem ser respeitados, protegidos e amados.
7.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 17 (18)
Eu vos amo, ó Senhor; sois minha força e salvação.
• Eu
vos amo, ó Senhor! Sois minha força, / minha rocha, meu refúgio e Salvador! /
Ó
meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / minha força e poderosa salvação.
• Ó
meu Deus, sois o rochedo que me abriga, / sois meu escudo e proteção: em vós
espero! /
Invocarei
o meu Senhor: a ele a glória! / Dos meus perseguidores serei salvo!
•
Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! / E lou vado seja Deus, meu
Salvador! /
Concedeis
ao vosso rei grandes vitórias / e mostrais misericórdia ao vosso ungido.
10. EVANGELHO (Mt 22,34-40) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele
tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então
eles se reuniram em
grupo,
e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”
Jesus respondeu: “’Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a
tua alma e de todo o teu entendimento!’ Esse é o maior e o primeiro mandamento.
O segundo é semelhante
a esse: ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas
dependem desses dois mandamentos”.
AMBIENTE
- Os líderes
judaicos já fizeram a sua escolha e têm ideias definidas acerca da proposta de
Jesus: é uma proposta que não vem de Deus e que deve ser rejeitada… Jesus, por
sua vez, deve ser denunciado, julgado e condenado de forma exemplar. Para
conseguir concretizar esse objetivo, os responsáveis judaicos procuram
argumentos de acusação contra Jesus. - É neste ambiente que Mateus situa três
controvérsias entre Jesus e os fariseus. Essas controvérsias apresentam-se como
armadilhas bem organizadas, capazes de ser usadas em tribunal para conseguir a
sua condenação. Depois da controvérsia sobre o tributo a César (cf. Mt
22,15-22) e da controvérsia sobre a ressurreição dos mortos (cf. Mt 22,23-33),
chega a controvérsia sobre o maior mandamento da Lei (cf. Mt 22,34-40). Ao
perguntar a Jesus qual é o maior mandamento da Lei, os fariseus procuram
demonstrar que Jesus não sabe interpretar a Lei e que, portanto, não é digno de
crédito. A questão do maior mandamento da Lei não era uma questão pacífica e
era, no tempo de Jesus, objeto de debates entre os fariseus e os doutores da
Lei. A preocupação em atualizar a Lei, de forma a que ela respondesse a todas
as questões que a vida do dia a dia, tinha levado os doutores da Lei a deduzir
um conjunto de 613 preceitos, dos quais 365 eram proibições e 248 ações a pôr
em prática. Esta “multiplicação” dos preceitos legais lançava, evidentemente, a
questão das prioridades: todos os preceitos têm a mesma importância, ou há
algum que é mais importante do que os outros? É esta a questão que é posta a
Jesus.
MENSAGEM
- A resposta de
Jesus supera o horizonte estreito da pergunta e vai muito além… O importante,
na perspectiva de Jesus, não é definir qual o mandamento mais importante, mas
encontrar a raiz de todos os mandamentos. E, na perspectiva de Jesus, essa raiz
gira à volta de duas coordenadas: o amor a Deus e o amor ao próximo. A Lei e os
Profetas são apenas comentários a estes dois mandamentos. Dizer, portanto, que
“nestes dois mandamentos se resumem a Lei e os Profetas”, significa que eles
encerram toda a revelação de Deus, que eles contêm a totalidade da proposta de
Deus para os homens. As idéias de amor a Deus a ao próximo, são bem conhecidas
do Antigo Testamento: Jesus limita-Se a citar Dt 6,5 (no que diz respeito ao
amor a Deus) e Lv 19,18 (no que diz respeito ao amor ao próximo). A
originalidade deste ensinamento está, por um lado, no fato de Jesus os
aproximar um do outro, pondo-os em perfeito paralelo e, por outro, no fato de
Jesus simplificar e concentrar toda a revelação de Deus nestes dois
mandamentos. Portanto, o compromisso religioso
resume-se no amor a Deus e no amor ao próximo. A grande preocupação de
Jesus foi discernir a vontade do Pai e a cumpri-la com fidelidade e amor. “Amar
a Deus” é, na perspectiva de Jesus, estar atento aos projetos do Pai e procurar
concretizar, na vida do dia a dia, os seus planos. Ora, na vida de Jesus, o
cumprimento da vontade do Pai passa por fazer da vida uma entrega de amor aos
irmãos, se necessário até ao dom total de si mesmo.
Assim, na perspectiva
de Jesus, “amor a Deus” e “amor aos irmãos” estão intimamente associados. Não
são dois mandamentos diversos, mas duas faces da mesma moeda. “Amar a Deus” é
cumprir o seu projeto de amor, que se concretiza na solidariedade, na partilha,
no serviço, no dom da vida aos irmãos.
Como é que deve ser
esse “amor aos irmãos”? Este texto só explica que é preciso “amar o próximo
como a si mesmo”. As palavras “como a si mesmo” significam que é preciso amar
totalmente, de todo o coração.
Noutros textos de Mateus, Jesus explica que é preciso amar os inimigos e orar pelos perseguidores (cf. Mt 5,43-48). Trata-se, portanto, de um amor sem limites, sem medida e que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos. Aliás, Lucas, ao contar este mesmo episódio que o Evangelho de hoje nos apresenta, acrescenta-lhe a história do “bom samaritano”, explicando que esse “amor aos irmãos” pedido por Jesus é incondicional e deve atingir todo o irmão que encontrarmos nos caminhos da vida, mesmo que ele seja um estrangeiro ou inimigo (cf. Lc 10,25-37).
Noutros textos de Mateus, Jesus explica que é preciso amar os inimigos e orar pelos perseguidores (cf. Mt 5,43-48). Trata-se, portanto, de um amor sem limites, sem medida e que não distingue entre bons e maus, amigos e inimigos. Aliás, Lucas, ao contar este mesmo episódio que o Evangelho de hoje nos apresenta, acrescenta-lhe a história do “bom samaritano”, explicando que esse “amor aos irmãos” pedido por Jesus é incondicional e deve atingir todo o irmão que encontrarmos nos caminhos da vida, mesmo que ele seja um estrangeiro ou inimigo (cf. Lc 10,25-37).
ATUALIZAÇÃO • Hoje, continuamos a ter dificuldade
em discernir o essencial da proposta de Jesus. O Evangelho deste domingo põe as
coisas de forma clara: o essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos. Nisto
se resume toda a revelação de Deus e a sua proposta de vida plena para os
homens.
• O que é
“amar a Deus”? De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor a Deus
passa, antes de mais, pela escuta da sua Palavra, pelo acolhimento das suas
propostas e pela obediência total aos seus projetos – para mim próprio, para a
Igreja, para a minha comunidade e para o mundo.
• O que é
“amar os irmãos”? De acordo com o exemplo e o testemunho de Jesus, o amor aos
irmãos passa por prestar atenção a cada homem ou mulher com quem me cruzo pelos
caminhos da vida (seja ele branco ou negro, rico ou pobre, nacional ou
estrangeiro, amigo ou inimigo), por sentir-me solidário com as alegrias e
sofrimentos de cada pessoa, por partilhar as desilusões e esperanças do meu
próximo, por fazer da minha vida um dom total a todos. O mundo em que vivemos
precisa redescobrir o amor, a solidariedade, o serviço, a partilha, o dom da
vida…
“Deus é
amor: quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus permanece nele” (1Jo
4,16). O amor é a maior força que existe no mundo, pois é o próprio Deus.
“Ninguém
jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e seu
amor em nós é perfeito” (1Jo 4,12).
“Se
alguém disser ‘eu amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é um mentiroso, pois quem
não ama o seu irmão, a quem vê, não poderá amar a Deus, a quem não vê” (1Jo
4,20). A ligação íntima entre o amor a Deus e ao próximo desautoriza certas
formas alienantes de “espiritualidade” que muitas vezes não passam de uma busca
disfarçada de auto realização, mas que jamais leva a um compromisso com a
transformação do mundo em que vivemos. Não é possível amar a Deus sem amar o
próximo.
S. João
nos explica o que é amor: Jesus deu a vida por nós. Portanto, também nós
devemos dar a vida pelos irmãos. Se alguém possui riquezas neste mundo e vê o
seu irmão passar necessidade, mas diante dele fecha o seu coração, como pode o
amor de Deus permanecer nele?” (1Jo 3,16-17).
Quem ama
só faz o bem e só deseja o bem. Quem ama lê no coração o que as palavras não
conseguem expressar.
O pecado rebaixa, avilta e corrói o amor, desviando-o do seu sentido. Basta ver o sentido dessa palavra na maioria das novelas e filmes.
O pecado rebaixa, avilta e corrói o amor, desviando-o do seu sentido. Basta ver o sentido dessa palavra na maioria das novelas e filmes.
8. SEGUNDA LEITURA
(1Ts 1,5c-10) Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses.
Irmãos:
Sabeis de que maneira procedemos entre vós, para o vosso bem. E vós vos
tornastes imitadores nossos e
do
Senhor, acolhendo a Palavra com a alegria do Espírito Santo, apesar de tantas
tribulações. Assim vos tornastes
modelo
para todos os fiéis da Macedônia e da Acaia. Com efeito, a partir de vós, a
Palavra do Senhor não se divulgou apenas na Macedônia e na Acaia, mas a vossa fé
em Deus propagou-se por toda parte. Assim, nós já nem precisamos de falar, pois
as pessoas mesmas contam como vós nos acolhestes e como vos convertestes, abandonando
os falsos deuses, para servir ao Deus vivo e verdadeiro, esperando dos céus o
seu Filho, a quem ele
ressuscitou
dentre os mortos: Jesus, que nos livra do castigo que está por vir
AMBIENTE - Depois de ter anunciado o Evangelho em
Tessalônica, Paulo teve de deixar a cidade, para fugir às maquinações dos
judeus (ano 49/50). Preocupado, Paulo enviou Timóteo, a fim de saber notícias.
Quando Timóteo regressou de Tessalônica e apresentou o seu relatório. As
notícias eram animadoras: os tessalonicenses eram uma comunidade exemplar e
viviam o seu compromisso cristão, apesar das dificuldades. Paulo, feliz e
confortado, escreveu aos tessalonicenses animando-os a prosseguir no caminho da
fidelidade a Jesus e ao Evangelho.
MENSAGEM
- Paulo continua
a longa ação de graças porque os tessalonicenses responderam com o acolhimento
entusiasta do Evangelho.; Paulo imitou Cristo e anunciou o Evangelho no meio de
dificuldades e perseguições; os tessalonicenses imitaram Paulo e receberam
jubilosamente o Evangelho, apesar da hostilidade dos seus concidadãos; os
crentes de toda a Grécia (“da Macedônia e da Acaia”, as duas províncias romanas
da Grécia) imitaram os tessalonicenses e sofreram alegremente pelo Evangelho…
Dessa forma, fica manifesto que o Senhor, os apóstolos e toda a Igreja
partilham o mesmo destino: todos percorrem o mesmo caminho, iluminados pelo
Evangelho, no meio da alegria e do sofrimento.
ATUALIZAÇÃO • Muitas vezes entendemos a fé como um acontecimento pessoal
e que não nos compromete com os outros. Na realidade, a fé liga-nos a uma longa
cadeia que vem de Jesus até nós e que inclui uma imensa família de irmãos
espalhados pelo mundo inteiro.
• Nenhuma comunidade
cristã é uma ilha. É preciso que estabeleçam laços que se ajudem, se animem
mutuamente… É nesse diálogo e partilha que o projeto de Deus vai tornando-se
mais claro para todos.
Pe.
Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
=============--------------============
Pe. Antônio; O Maior Mandamento
Nesse Dia Mundial das Missões,
a Igreja nos lembra que todo cristão deve ser missionário...
A Liturgia focaliza a mensagem
principal que devemos anunciar e testemunhar: o AMOR.
A 1a
Leitura afirma que o maior Mandamento é o Amor concretizado através
da defesa dos mais necessitados e desprotegidos: Estrangeiros (migrantes),
viúvas, órfãos, endividados, pobres. (Ex
22,20-26)
* Já no Antigo Testamento, o Amor ao
próximo era visto em relação a Deus, como respeito à sua lei e como reflexo do
seu amor para com os homens...
Na 2ª leitura, São
Paulo destaca o exemplo de Amor vivido pelos cristãos de Tessalônica. (1Ts, 5c-10)
No Evangelho, Jesus resume toda a LEI no Amor: Amor a Deus e aos irmãos. (Mt 22,34-40)
Os fariseus apresentam armadilhas para
poder acusar a Jesus e condená-lo.
- Os fariseus perguntam: "Qual é o maior dos mandamentos?"
Era uma questão muito polêmica entre
os líderes religiosos daquele tempo. Alguns afirmavam que o maior de todos os
mandamentos era guardar o sábado. Outros diziam que todos os mandamentos tinham
o mesmo valor. Ademais os judeus tinham 613 mandamentos.
Jesus responde:
- Deuteronômio: "Amarás o Senhor teu Deus com todas..." (Dt
6,5)
- Levítico: "Amarás teu próximo como a ti mesmo..." (Lv 19,18)
- Unifica e equipara os dois
mandamentos: "O segundo é semelhante
a esse".
Portanto, não são dois mandamentos
diversos, mas duas faces da mesma moeda.
O que esse Evangelho tem a nos dizer,
hoje?
Ao longo dos dois mil anos de
cristianismo fomos criando muitos mandamentos, preceitos, proibições,
exigências, opiniões, pecados e virtudes, que arrastamos pela história.
E acabamos perdendo a noção do que é
verdadeiramente importante.
Hoje, ficamos discutindo certas
questões secundárias, sem discernir muitas vezes o essencial da proposta de
Jesus.
O Evangelho deste domingo é claro: o
essencial é o amor a Deus e o amor aos irmãos.
Para o cristão, o Amor é fundamental,
porque Deus é amor e ama o homem, e o homem é um ser criado para amar.
"O Dia Mundial das Missões reavive em cada um o desejo e a alegria
de “ir” ao encontro da humanidade levando
Cristo a todos". (Bento XVI - 2011)
"Amor não tem fronteiras, a vida
é uma missão. Amor é para todos, Deus quer um mundo irmão". (Igreja
em Missão)
Pe.
Antônio
=========-----------------------========
O amor é
difusivo; ele não fica só na pessoa que ama, mas passa para os demais, e vai
criando uma Comunidade de amor, que chamamos de ágape. Está portanto diante de nós o desafio de amar
sempre, tanto a Deus como ao próximo, e através do amor transformar o mundo. Na
Terra Santa, existem dois mares bem conhecidos. Embora alimentados pelo mesmo
Rio Jordão, eles são completamente diferentes um do outro.
O primeiro é o
Mar da Galiléia, cuja água é doce e contém muitos peixes. Seu litoral tem
muitas cidades e vilas lindas, por causa do verde das lavouras, das árvores e
dos jardins, tudo irrigado pelo Mar da Galiléia.
O outro é o Mar Morto, que é célebre pela sua densidade de sais minerais. Ele não tem peixe e nem os vegetais conseguem viver de suas águas. Seus arredores são desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador. De onde vem essa diferença, se os dois são alimentados pelo mesmo Rio Jordão? A explicação é simples: O Mar da Galiléia recebe o Rio Jordão pelo Norte, porém não o guarda para si; toda a água bela e fértil que ele recebe, ele a solta pelo Sul. E o Rio Jordão prossegue o seu caminho, irrigando e semeando vida por onde passa. O Mar da Galiléia não vive para si, ele reparte tudo o que recebe. Já o Mar Morto não; ele recebe o Rio Jordão, mas o retém para si. Ele não possui saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais se acumulam no enorme recipiente fechado. E a excessiva saturação torna-se veneno, que mata qualquer espécie de vida. É um mar que mata. E mata porque é fechado. O que ele recebe é bom e saudável. É ele que, por ser fechado, transforma em veneno. Existem também duas classes de pessoas: as abertas e as fechadas, as que amam e as que não amam. Encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas. A sua felicidade está em dar, em servir. Essas pessoas são uma bênção dentro da família, na sua Comunidade e no bairro onde vivem. São pessoas vivificadores, como o Mar da Galiléia. Seu calor humano contagia. Sua disponibilidade irradia confiança, alegria e vida. Mas infelizmente encontramos pessoas totalmente diferentes. Elas vivem para si mesmas. Vão acumulando para si tudo o que recebem e possuem de bom. Guardam tudo para si. E esses bens e dons se transformam em veneno. Veneno que até mata! Essas pessoas misturam três ingredientes nos dons que recebem: ambição, vaidade e dominação. Eles seguem um caminho oposto ao plano de Deus. Por isso são infelizes e fazem os outros sofrerem ao redor delas. Vamos aprender a lição desses dois mares. Se formos Mar da Galiléia, certamente o Senhor gostará de passear de barco conosco, de anunciar a Boa Nova em nossas praias, de abençoar e de fazer milagres. Mais: ele vai querer morar conosco, como morou na casa de Pedro, em Cafarnaum, ao lado do Mar da Galiléia. E se um dia o nosso Mar estiver agitado, certamente ele vai acalmá-lo.
Maria Santíssima cumpriu com generosidade esses dois mandamentos: o amor a Deus e ao próximo. Mãe do Belo Amor, rogai por nós! Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e ao teu próximo como a ti mesmo.
O outro é o Mar Morto, que é célebre pela sua densidade de sais minerais. Ele não tem peixe e nem os vegetais conseguem viver de suas águas. Seus arredores são desertos. Não existe área verde. O Mar Morto apresenta um aspecto desolador. De onde vem essa diferença, se os dois são alimentados pelo mesmo Rio Jordão? A explicação é simples: O Mar da Galiléia recebe o Rio Jordão pelo Norte, porém não o guarda para si; toda a água bela e fértil que ele recebe, ele a solta pelo Sul. E o Rio Jordão prossegue o seu caminho, irrigando e semeando vida por onde passa. O Mar da Galiléia não vive para si, ele reparte tudo o que recebe. Já o Mar Morto não; ele recebe o Rio Jordão, mas o retém para si. Ele não possui saída. Enquanto as águas se evaporam, todos os sais minerais se acumulam no enorme recipiente fechado. E a excessiva saturação torna-se veneno, que mata qualquer espécie de vida. É um mar que mata. E mata porque é fechado. O que ele recebe é bom e saudável. É ele que, por ser fechado, transforma em veneno. Existem também duas classes de pessoas: as abertas e as fechadas, as que amam e as que não amam. Encontramos pessoas que nada guardam para si mesmas. A sua felicidade está em dar, em servir. Essas pessoas são uma bênção dentro da família, na sua Comunidade e no bairro onde vivem. São pessoas vivificadores, como o Mar da Galiléia. Seu calor humano contagia. Sua disponibilidade irradia confiança, alegria e vida. Mas infelizmente encontramos pessoas totalmente diferentes. Elas vivem para si mesmas. Vão acumulando para si tudo o que recebem e possuem de bom. Guardam tudo para si. E esses bens e dons se transformam em veneno. Veneno que até mata! Essas pessoas misturam três ingredientes nos dons que recebem: ambição, vaidade e dominação. Eles seguem um caminho oposto ao plano de Deus. Por isso são infelizes e fazem os outros sofrerem ao redor delas. Vamos aprender a lição desses dois mares. Se formos Mar da Galiléia, certamente o Senhor gostará de passear de barco conosco, de anunciar a Boa Nova em nossas praias, de abençoar e de fazer milagres. Mais: ele vai querer morar conosco, como morou na casa de Pedro, em Cafarnaum, ao lado do Mar da Galiléia. E se um dia o nosso Mar estiver agitado, certamente ele vai acalmá-lo.
Maria Santíssima cumpriu com generosidade esses dois mandamentos: o amor a Deus e ao próximo. Mãe do Belo Amor, rogai por nós! Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e ao teu próximo como a ti mesmo.
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Homilia de D. Enrique Soares
No passado Domingo, o Senhor
Jesus ordenava: “Dai
a Deus o que é de Deus!” De Deus é tudo, ainda que tudo pareça
nosso: “Tudo
pertence a vós: Paulo, Apolo, Cefas, o mundo, a vida, a morte, as coisas
presentes e as futuras. Tudo é vosso; mas vós sois de Cristo e Cristo é de
Deus” (1Cor 3,21-23). Esta é, precisamente, a dificuldade, a miopia
ou, mais ainda, a cegueira, o triste pecado do mundo atual: não perceber Deus,
não enxergar com a razão, com o afeto, com o coração que Deus é o Tudo, o
Substrato, o Sentido da nossa existência. Sem ele, nada tem sentido perene,
nada tem valor duradouro, nada tem valor absoluto… nem a vida humana, que
somente pode ser respeitada de modo absoluto quando é compreendida como imagem
de Deus.
Pois bem, a Palavra deste
Domingo prolonga a de oito dias atrás. “Mestre,
qual é o maior mandamento da Lei?”, da Lei de Moisés – perguntam ao
Senhor para novamente tentar apanhá-lo em armadilha. Qual o preceito que, sendo
observado, resume a observância de toda Lei? Jesus responde prontamente: “Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento!”
Como bom judeu, o Senhor Jesus nada mais faz que retomar o preceito do Antigo
Testamento. Amar a Deus! Amá-lo significa fazer dele o tudo da nossa
existência, significa viver a vida aberta para ele, buscando sinceramente a sua
santa vontade. Amá-lo é não conceber a vida como algo que é meu em sentido
absoluto, mas um dom que recebi de Deus, que em diante de Deus devo viver e a
Deus devo, um dia, devolver com frutos. Amá-lo é não viver na minha vontade,
mas buscando a sua santa vontade, mesmo que esta não seja o que eu esperaria ou
desejaria… Amá-lo é sair de mim para encontrar-me nele!
Mas, para que este amor a Deus
não seja algo abstrato, teórico, meramente feito de palavras ou sentimentos
superficiais, o Senhor Jesus nos aponta uma medida concreta desse amor.
Seguindo ainda a tradição judaica do Antigo Testamento, ele liga, condiciona o
amor a Deus ao amor aos outros, aos próximos, àqueles que a providência divina
coloca no nosso caminho: “’Amarás
ao teu próximo como a ti mesmo’. Toda a Lei e os profetas dependem desses dois
mandamentos”. Eis, portanto: a medida da verdade do amor a Deus é o
amor, a dedicação para com os outros; e não os outros teoricamente, mas os
próximos: “Amarás
o teu próximo como a ti mesmo!” Notemos que aqui Jesus não ensina
nada de novo. Este preceito já valia para um bom judeu. Jesus está respondendo
a um fariseu, um escriba judeu. Basta recordar como a primeira leitura de hoje,
tirada da Torah,
da Lei de Moisés, já ligava os dois amores, a Deus e ao próximo. O Senhor, já
no Antigo Testamento, deixava claro que estará sempre do lado do nosso próximo,
sobretudo se ele for débil e necessitado: “Se clamar por mim, eu o ouvirei, porque sou misericordioso.”
Estejamos, portanto, atentos: o amor concreto para com o nosso próximo é a
medida do nosso amor a Deus! O Evangelho – como todo o Novo Testamento e a reta
e sadia Tradição da Igreja – desconhece uma relação com Deus baseada numa fé
sem obras que nasçam do amor. Basta recordar o belíssimo hino ao amor, da
Primeira Carta aos Coríntios: “Ainda
que eu tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a
caridade, eu nada seria” (13,2). Que ninguém se iluda com um vazio
discurso sobre uma fé vã sem as obras que dela nascem e a revelam! A fé sem
amor a Deus e ao próximo, aquela fé que gosta de dizer “estou salvo” de se
compraz em decretar a condenação dos outros é uma fé inútil, vazia, falsa e
morta!
Caríssimos, se o Senhor Jesus
respondeu ao escriba fariseu, dizendo que ele deveria amar a Deus e ao próximo
como a si mesmo, a nós, seus discípulos, a nós, cristãos, ele aponta um ideal
muito mais alto! Ouso afirmar que não basta, de modo algum para um cristão,
amar os outros como a si mesmo! Recordai-vos todos que, na véspera de sua
paixão santíssima, quando sentou-se à Mesa santa conosco, para dar-se a nós na
Eucaristia, como maior dom de amor, o Senhor nosso e Deus nosso, Jesus Cristo,
deu-nos, então, o mandamento pleno, completo: “Amai-vos como eu vos amei!” (Jo 13,34); “Dei-vos
o exemplo para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13,15).
Agora, às vésperas da cruz, agora, à Mesa da Eucaristia, agora, lavando-nos os
pés, dando-se totalmente a nós, Jesus poderia ser compreendido! Ele é o amor
verdadeiro, ele é a medida e o modelo do amor: “Não há maior prova de amor que dar a vida!”
(Jo 15,13)
Amai-vos como eu vos amei!
Eis, caríssimos, como é grande
a tarefa que o Senhor nos confia! Quem poderá realizá-la? Onde poderemos
conseguir um amor assim? Eu vos digo: contemplando Jesus na oração, escutando
Jesus na Escritura, comungando com Jesus na Eucaristia, procurando Jesus nos
irmãos! É assim que teremos os mesmos sentimentos do Cristo Jesus (cf. Fl 2,5)
e viveremos a vida no amor total que ele, nosso Senhor, teve para com Deus, o
Pai e para com os próximos. Fora disso, toda conversa sobre amor não passa de
teoria, de ideologia que de cristã tem pouco ou nada. Que o Senhor nos conceda,
então, por esta Eucaristia, o dom do verdadeiro amor. Amém.
D. Henrique Soares
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Homilia do Pe. Françoá Costa
Amar de fato
O padre católico Georges
Lemaître propôs, lá pelo ano 1927, o que hoje se conhece como a teoria do Big
Bang ou – na linguagem do próprio Lemaître – teoria do átomo primordial.
Segundo essa teoria, o Universo derivou-se de um átomo com temperatura e
densidade altamente elevadas. Este átomo, devido à compressão de energia, se
teria explodido há uns 13 bilhões de anos atrás. A partir de então, o Universo
está em constante expansão e a sua temperatura continua diminuindo.
Tal hipótese é bastante
coerente. Ela não contradiz a Sagrada Escritura quando esta afirma que “No
princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gn 1,1). A Escritura fala de Deus que
cria todas as coisas, todas em absoluto. Trata-se de um começo primordial. O
Big Bang nos fala de um começo que não exclui o Criador do Big Bang. Ou seja,
esse átomo primordial pressupõe uma causa externa a si mesmo.
Mas, porque eu estou falando do
Big Bang se o Evangelho de hoje nos fala de amor a Deus e ao próximo? É
simples. Quando nós fomos conquistados pela graça de Deus começou a existir em
nós, que somos um microcosmo, um átomo de caridade inicial: potente, com
temperatura e densidade altamente elevadas. No dia do nosso Batismo começou uma
explosão de graças em constante expansão até o momento presente. Se tivéssemos
morrido naquele mesmo dia iríamos ao céu sem passar pelo purgatório, teríamos
visto a glória de Deus já que a graça é o começo da vida eterna em nós.
A Escritura diz que “Deus é
amor” (1 Jo 4,8.16). Ele é o amor perfeito. Nós somos uma espécie de universo
em desenvolvimento, em expansão, rumo ao ato perfeito do amor segundo a nossa
própria capacidade de criaturas.
“Amarás o Senhor teu Deus de
todo o teu coração” (Mt 22,37). Mas, como amar? O Catecismo nos diz que a
maneira concreta de amar a Deus é viver as virtudes teologais: fé, esperança e
caridade (cfr. Cat. 2086). Quando a graça de Deus atingiu a nossa vida, nós,
sendo o que somos, passamos a ser o que não éramos: filhos no Filho. Todo o
nosso ser foi elevado à vida sobrenatural. A partir daquele momento, o Pai
começou a gerar o seu Verbo (eternamente gerado) e a espirar o seu Amor
(eternamente espirado) em nós, dentro de nós; nós passamos a ser templos de
Deus, moradas do Altíssimo. Consequentemente, as nossas faculdades superiores
também foram elevadas: a inteligência foi potencializada pela fé, a vontade foi
fortificada pela caridade, e ambas foram revigoradas pela esperança. Se nós
percebêssemos de verdade o que vale a nossa vida em Deus, não a trocaríamos por
nada nesse mundo; as coisas temporais guardariam uma relação profunda com as
realidades eternas. Talvez já seja assim, mas, caso contrário, pensemos no
quanto estamos perdendo ao não buscar a intimidade com a vida íntima do Deus
uno e trino.
A pessoa que ama a Deus de todo
o coração o adora, conversa com ele, oferece-lhe tudo buscando uma comunhão de
vida cada vez mais perfeita com ele. O cristão tem que amar verdadeiramente o
Senhor com exclusividade: Deus é o único Deus! Há que evitar, por conseguinte,
a superstição, a idolatria, a adivinhação, a magia, os horóscopos, o pôr Deus à
prova, o sacrilégio, a simonia, o ateísmo e o agnosticismo. Poderíamos fazer
uma reflexão sobre cada um desses pecados citados. No entanto, de momento,
basta saber que todas essas coisas tiram a Deus do centro das nossas vidas e
fazem com que a criatura ocupe o lugar de Deus no nosso coração.
Mas, pode a criatura ocupar
algum lugar no nosso amor? O Evangelho de hoje responde com toda propriedade:
“Amarás teu próximo como a ti mesmo” (Mt 22,39). Como? A essa pergunta se
responde com os seguintes mandamentos: honrar pai e mãe, não matar, não pecar
contra a castidade, não furtar, não levantar falso testemunho, não desejar a
mulher do próximo e não cobiçar as coisas alheias. Como se pode ver, todos os
mandamentos continuam válidos e o cristianismo sempre os ensinou. Não obstante,
a vida cristã não consiste em cumprir mandamentos, mas em amar a Deus sobre
todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Em que medida? Na medida de
Cristo. A nossa moral, a nossa ética, não é uma moral de mandamentos, mas a
vida nova em Cristo, moral de amor e de virtudes. De fato, diz o Catecismo: “Os
mandamentos propriamente ditos vêm em segundo lugar; exprimem as implicações da
pertença a Deus, instituída pela Aliança. A existência moral é resposta à
inciativa amorosa do Senhor” (Cat. 2062). Dito de outra maneira, a nossa
existência cristã é vida no amor de Deus cujas implicações são, basicamente, o
cumprimento dos mandamentos.
Quem ama a Deus, ama o próximo.
O amor do cristão, mergulhado no amor que Deus tem por todos os seres humanos,
se compadece e vai ao encontro das necessidades dos outros. Somente o amor de
Deus no coração explica ações como essas: “o rei S. Luís visitava e cuidava dos
doentes com tanto desvelo como se fosse sua própria obrigação. (…) S. Gregório
muito folgava de dar agasalho aos peregrinos, a exemplo do patriarca Abraão, e,
como ele, recebeu um dia o Rei da glória na forma de um peregrino. Tobias
exercia a caridade, sepultando os mortos. Santa Isabel, sendo uma augusta
princesa, achava a sua alegria em humilhar-se a si mesma. Santa Catarina de
Gênova, tendo perdido o seu marido, dedicou-se ao serviço num hospital.
Cassiano refere que uma jovem virtuosa, que muito desejava se exercer na
paciência, recorreu a Santo Atanásio, que a encarregou de uma pobre viúva
melancólica, colérica, enfadonha e mesmo insuportável, de sorte que, como a
viúva estivesse constantemente ralhando, a jovem tinham ocasião bastante de
praticar a brandura e a condescendência” (S. Francisco de Sales, Filotéia ou
Introdução à vida devota, III, 1). Chegaremos lá? Com a graça de Deus e o
esforço pessoal, amaremos de fato.
Pe. Françoá Costa
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO
ESTIVER SOBRE O ALTAR) 30º
D.T. C
- COM JESUS, por Jesus e com
Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Bendito seja Deus que é
bondade e misericórdia
à Senhor, nosso Deus, nós vos louvamos e vos agradecemos.
Santificado seja o Vosso nome. Vos agradecemos pela vida, pelo batismo, pela
família e por tudo que nos destes. Pai, transformai-nos em pessoas de mais amor
para convosco e para com o próximo.
T: Bendito seja Deus que é
bondade e misericórdia
àSenhor, Vós libertastes Vosso povo da escravidão do Egito. Como povo
livre nos ensinastes a justiça para com os mais fracos. Penetrai em nossos
corações para que pratiquemos o amor para com todos, para sermos uma comunidade
mais fraterna.
T: Bendito seja Deus que é
bondade e misericórdia
àSenhor, nós queremos seguir os exemplos de vosso Filho Jesus
Cristo. Queremos amar, perdoar e servir a quem estiver próximo de nós. Dai-nos
força para que pratiquemos o vosso amor e sejamos exemplo de comunidade.
T: Bendito seja Deus que é
bondade e misericórdia
àSenhor, o maior mandamento é amar-vos sobre todas as coisas e o
segundo e amar ao nosso próximo como a nós mesmos. Isto não nos é fácil, Principalmente
quando estes não são nossos amigos. Pai, transformai-nos para que saibamos amar
a todos, mesmo àqueles que nos tem ofendido.
T: Bendito seja Deus que é
bondade e misericórdia
à: PAI NOSSO... A PAZ DE CRISTO... EIS O Cordeiro...
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