10º DOMINGO DO TEMPO COMUM 07/06/2015 ANO B
(SÍNTESE) (adaptada e postada
pelo Diácono Ismael)
Tema: “Quem faz a vontade de Deus, esse é
meu irmão, minha irmã e minha mãe.”
O
Evangelho: Muitos não aceitaram e muitos não
aceitam a Jesus como enviado de Deus Pai. Na caminhada de fé, todos são livres
para aceitar ou não a Jesus que veio revelar a vontade do Pai.
A
primeira leitura nos
mostra o que acontece quando rejeitamos as propostas de Deus e preferimos
caminhos de egoísmo, de orgulho e de autossuficiência. Viver à margem de Deus
leva ao sofrimento, destruição, infelicidade e morte.
A
segunda leitura nos
lembra que para o cristão, o que dá sentido a nossa vida é a certeza da
ressurreição. O nosso alento é saber que já somos cidadãos do céu e como ainda
estamos no mundo, vivemos dificuldades e sofrimentos, aguardando o dia de nossa
Glória.
6.
PRIMEIRA LEITURA (Gn 3,9-15) Leitura do Livro do Gênesis.
...“Onde estás?” E
ele respondeu: “Ouvi tua voz e fiquei com medo, porque estava nu; e me
escondi”.... Então comeste da
árvore, de cujo fruto te proibi comer?” Adão
disse: “A mulher que tu me deste ...me
deu do fruto da árvore, e eu comi”. E a mulher respondeu: “A serpente
enganou-me e eu comi”. Então o Senhor Deus disse à serpente: “...serás maldita...! Rastejarás ...e
comerás pó...! Porei inimizade entre
ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu
lhe ferirás o calcanhar”.
AMBIENTE - O Gn 2,4b-3,24 é um texto do séc. X a.C., na época do rei Salomão. A finalidade do autor é teológica: ele quer dizer-nos que na origem da vida e do homem está Jahwéh e que na origem do mal estão as opções erradas do homem; É catequese. Deus criou o homem para a felicidade… Então, como é que hoje conhecemos o egoísmo, a injustiça, a violência? A resposta é: o homem que Deus criou livre e feliz fez escolhas erradas e introduziu na criação boa de Deus dinamismos de sofrimento e de morte.
MENSAGEM
- A vergonha e o medo de Adão são
sinais de uma ruptura com a situação de inocência anterior, de harmonia, de
serenidade e de paz. Chegou a esta situação Desobedecendo a Deus.
A “árvore do conhecimento do bem e do
mal” – significa o orgulho, a autossuficiência, o prescindir de Deus e das suas
propostas, o querer decidir por si só o que é bem e o que é mal, o pôr-se a si
próprio em lugar de Deus, o reivindicar autonomia total em relação ao criador.
Daí a vergonha e o medo.
Ao defender-se, o homem acusa a mulher e, ao mesmo tempo, acusa veladamente o próprio Deus (“a mulher que me deste deu-me do fruto da árvore e eu comi”). Adão representa a humanidade que, mergulhada no egoísmo e na autossuficiência, esqueceu os dons de Deus e vê em Deus um adversário; Escolher caminhos contrários aos de Deus não pode senão conduzir a uma vida de ruptura com Deus e com os outros irmãos.
Vem, depois, a “defesa” da mulher: “a serpente enganou-me e eu comi”. Entre os povos cananeus, a serpente estava ligada aos rituais de fertilidade e de fecundidade. Os israelitas deixavam-se fascinar por esses cultos e abandonavam Jahwéh para seguir os rituais religiosos dos cananeus e assegurar, assim, a fecundidade dos campos e dos rebanhos. Na época, a serpente era o “fruto proibido”, que seduzia os crentes e os levava a abandonar a Lei de Deus. A “serpente” é, neste contexto, um símbolo literário de tudo aquilo que afastava os israelitas de Jahwéh. A humanidade ignorou a Deus e as suas propostas e seguiu seus próprios caminhos. Achou, no seu egoísmo e autossuficiência, que podia encontrar a verdadeira vida à margem de Deus.
A humanidade que pensou poder ser feliz em caminhos de egoísmo e de autossuficiência, à margem dos caminhos que foram propostos por Deus.
Que tem Deus a acrescentar? O nosso catequista jahwista sabe que a serpente é um animal miserável, que passa toda a sua existência mordendo o pó da terra. O autor vai servir-se deste dado para pintar, plasticamente, a condenação radical de tudo aquilo que leva os homens a afastar-se dos caminhos de Deus e a enveredar por caminhos de egoísmo e de autossuficiência.
O que é que significa a inimizade e a luta entre a “descendência” da mulher e a “descendência” da serpente? a interpretação judaica e cristã viu nestas palavras uma profecia messiânica: Deus anuncia que um “filho da mulher” (o Messias) acabará com as consequências do pecado e inserirá a humanidade numa dinâmica de graça.
Atenção: o autor sagrado está apenas ensinando que a raiz de todos os males está no fato de o homem prescindir de Deus e construir o mundo a partir de critérios de egoísmo e de autossuficiência.
Ao defender-se, o homem acusa a mulher e, ao mesmo tempo, acusa veladamente o próprio Deus (“a mulher que me deste deu-me do fruto da árvore e eu comi”). Adão representa a humanidade que, mergulhada no egoísmo e na autossuficiência, esqueceu os dons de Deus e vê em Deus um adversário; Escolher caminhos contrários aos de Deus não pode senão conduzir a uma vida de ruptura com Deus e com os outros irmãos.
Vem, depois, a “defesa” da mulher: “a serpente enganou-me e eu comi”. Entre os povos cananeus, a serpente estava ligada aos rituais de fertilidade e de fecundidade. Os israelitas deixavam-se fascinar por esses cultos e abandonavam Jahwéh para seguir os rituais religiosos dos cananeus e assegurar, assim, a fecundidade dos campos e dos rebanhos. Na época, a serpente era o “fruto proibido”, que seduzia os crentes e os levava a abandonar a Lei de Deus. A “serpente” é, neste contexto, um símbolo literário de tudo aquilo que afastava os israelitas de Jahwéh. A humanidade ignorou a Deus e as suas propostas e seguiu seus próprios caminhos. Achou, no seu egoísmo e autossuficiência, que podia encontrar a verdadeira vida à margem de Deus.
A humanidade que pensou poder ser feliz em caminhos de egoísmo e de autossuficiência, à margem dos caminhos que foram propostos por Deus.
Que tem Deus a acrescentar? O nosso catequista jahwista sabe que a serpente é um animal miserável, que passa toda a sua existência mordendo o pó da terra. O autor vai servir-se deste dado para pintar, plasticamente, a condenação radical de tudo aquilo que leva os homens a afastar-se dos caminhos de Deus e a enveredar por caminhos de egoísmo e de autossuficiência.
O que é que significa a inimizade e a luta entre a “descendência” da mulher e a “descendência” da serpente? a interpretação judaica e cristã viu nestas palavras uma profecia messiânica: Deus anuncia que um “filho da mulher” (o Messias) acabará com as consequências do pecado e inserirá a humanidade numa dinâmica de graça.
Atenção: o autor sagrado está apenas ensinando que a raiz de todos os males está no fato de o homem prescindir de Deus e construir o mundo a partir de critérios de egoísmo e de autossuficiência.
ATUALIZAÇÃO
- • O mal vem de Deus, ou vem do homem?
A Palavra de Deus responde: o mal
nunca vem de Deus… Deus criou-nos para a vida e para a felicidade. O mal
resulta das nossas escolhas erradas, do nosso orgulho, do nosso egoísmo e autossuficiência.
Quando o homem escolhe viver ignorando as propostas de Deus, constrói sofrimento e morte.
• O nosso texto deixa também claro
que prescindir de Deus, leva o homem ao confronto com os outros. Nasce, então,
a injustiça, a exploração, a violência. Os outros deixam de ser irmãos, para
passarem a ser ameaças ao próprio bem-estar, à própria segurança, aos próprios
interesses.
• A natureza deixa de ser, então, a
casa comum que Deus ofereceu a todos os homens como espaço de vida e de
felicidade, para se tornar algo que eu uso e exploro em meu proveito próprio,
sem considerar a sua dignidade, beleza e grandeza.
Pretendeu
libertar-se de Deus e tornou-se escravo de suas paixões e egoísmos.
A
"serpente" seduziu e continua seduzindo o homem para se apropriar dos
frutos proibidos...
Consequência:
surge a desarmonia na natureza, com os homens, com Deus...
- O
HOMEM não se encontra mais no lugar que lhe foi designado na Criação.
7. SALMO RESPONSORIAL / Sl 129 (130)
No Senhor toda a
graça e redenção!
• Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, / escutai a minha
voz! / Vossos ouvidos estejam bem atentos / ao clamor da minha prece!
• Se levardes em
conta as nossas faltas, / quem haverá de subsistir? / Mas em vós se encontra o
perdão, / eu vos temo e em vós espero.
• No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua
palavra. / A minh’alma espera no Senhor / mais que o vigia pela aurora.
• Espere Israel pelo Senhor, / mais que o vigia pela aurora!
/ Pois no Senhor se encontra toda a graça / e copiosa redenção. / Ele vem
libertar Israel / de toda a sua culpa.
10. EVANGELHO (Mc 3,20-35)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Jesus voltou para casa.... E
de novo se reuniu tanta gente, que eles nem podiam comer. Quando souberam
disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estavam
fora de si.
**Os mestres da Lei diziam
que ele estava possuído por Belzebu e que pelo príncipe dos demônios ele
expulsava os demônios. Então Jesus ...falou-lhes...: Como é que Satanás pode
expulsar a Satanás? Se um reino se divide contra si mesmo, ele não poderá
manter-se. Se uma família se divide contra si mesma, ela não poderá manter-se.
***Ninguém pode entrar na
casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar. Só depois
poderá saquear sua casa.
****... tudo será
perdoado..., ...Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será
perdoado.... Jesus falou isso, porque diziam: “Ele está possuído por um
espírito mau.”
*****Nisso chegaram sua mãe
e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. ...Então lhe
disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”. Ele respondeu:
“Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” E, olhando para os que estavam
sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. Quem faz a
vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.
COMENTÁRIO: Cresce a contestação à pregação de Jesus. Os líderes judaicos manifestam a sua oposição à novidade do “Reino”. A cena se passa numa “casa”. Que casa é essa? É uma casa onde Jesus está pregando a Palavra onde « acorreu tanta gente, de modo que nem sequer podiam comer». É também uma casa onde estão alguns especialistas da Lei (escribas). A “casa” representa essa comunidade judaica a quem Jesus dirige a pregação do “Reino”.
** Os Escribas dizem que ele está
possuído por Belzebu. As autoridades religiosas andavam preocupadas,
porque o povo estava deixando-as de lado e seguindo a Jesus. Isso devido aos
contra testemunhos que elas davam. Os dirigentes religiosos apenas repetiam
tradições antigas, e criavam um emaranhado de leis, cada vez mais complexas,
que só os peritos podiam interpretar. E a Palavra de Deus, assim como a justiça
e a fraternidade, ficavam esquecidas. Jesus, ao contrário, falava com clareza e
dava exemplo com a própria vida, daquilo que falava. Ele libertava as pessoas
de todos os males que tinham, do corpo, da alma e do espírito. Por isso, o povo
se entusiasmava com ele e chamava a sua mensagem e gestos de Boa Nova. As
autoridades religiosas ficavam com inveja e ao mesmo tempo com preocupação, pois se continuasse assim, a
religião deles iria acabar. Procuravam então desmoralizar Jesus diante do povo
e desacreditá-lo. Mas, e os milagres que Jesus fazia, como explicar? Foi aí que
tiveram a idéia de atribuir os milagres a Belzebu, o chefe dos demônios.
Entretanto, quando Jesus expulsa um demônio, por si desmente a afirmação deles. Saída que tiveram: Jesus age por Belzebu, o chefe dos demônios. É o próprio chefe dos demônios que expulsa os seus súditos.
Belzebu era o nome de um ídolo antigo dos pagãos. O povo havia tomado este nome para designar o chefe dos demônios. Jesus explica, através de uma comparação, que o argumento das autoridades era furado: Um reino divido contra si mesmo logo acaba. Uma família dividida se acaba.
E Jesus apresenta o motivo verdadeiro por que ele expulsa demônios: “Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar”. A casa é o possesso. O homem forte que toma conta da casa é o demônio. O que entra é Jesus. Portanto, Jesus é mais forte que todos os demônios, inclusive Belzebu. Com esse argumento, Jesus prova duas coisas. Primeira: Que não pelo poder do demônio que ele age. Segunda: Que ele é mais forte que todos os demônios.
Entretanto, quando Jesus expulsa um demônio, por si desmente a afirmação deles. Saída que tiveram: Jesus age por Belzebu, o chefe dos demônios. É o próprio chefe dos demônios que expulsa os seus súditos.
Belzebu era o nome de um ídolo antigo dos pagãos. O povo havia tomado este nome para designar o chefe dos demônios. Jesus explica, através de uma comparação, que o argumento das autoridades era furado: Um reino divido contra si mesmo logo acaba. Uma família dividida se acaba.
E Jesus apresenta o motivo verdadeiro por que ele expulsa demônios: “Ninguém pode entrar na casa de um homem forte para roubar seus bens, sem antes o amarrar”. A casa é o possesso. O homem forte que toma conta da casa é o demônio. O que entra é Jesus. Portanto, Jesus é mais forte que todos os demônios, inclusive Belzebu. Com esse argumento, Jesus prova duas coisas. Primeira: Que não pelo poder do demônio que ele age. Segunda: Que ele é mais forte que todos os demônios.
***Os parentes correm em seu
socorro por muitas razões: muito
tempo fora da família, notícias contraditórias sobre a sua atividade, mensagem
em contraste com a doutrina oficial dos escribas e fariseus, contato com os
pecadores de quem é amigo, não seguimento da tradição dos antigos nem respeito
pelo sábado; enfim, Jesus é
considerado louco e herético. A intenção principal é reconduzi-lo ao caminho
reto de um autêntico judeu; querem levá-lo para casa.
Há os que ficam de fora e os que estão dentro. Imagem atualíssima para nós hoje. Podemos andar por fora, arredios, ficar à porta, até nos chamarmos “católicos não praticantes”. Que significa isso? Ou se é ou não se é. Aí está de novo a radicalidade da opção por Jesus. Ou ficamos fora, ou estamos dentro da casa, unidos a Jesus, a escutá-lo e a segui-lo com todo o nosso ser, com todo o nosso coração.
****Blasfemar contra o Espírito Santo é atribuir ao demônio uma obra que é do Espírito Santo, e fazer isso por maldade, sabendo que é obra de Deus. Na prática, não é Deus que recusa a pessoa, mas a pessoa que o recusa e procura destruir as obras de Deus.
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Há os que ficam de fora e os que estão dentro. Imagem atualíssima para nós hoje. Podemos andar por fora, arredios, ficar à porta, até nos chamarmos “católicos não praticantes”. Que significa isso? Ou se é ou não se é. Aí está de novo a radicalidade da opção por Jesus. Ou ficamos fora, ou estamos dentro da casa, unidos a Jesus, a escutá-lo e a segui-lo com todo o nosso ser, com todo o nosso coração.
****Blasfemar contra o Espírito Santo é atribuir ao demônio uma obra que é do Espírito Santo, e fazer isso por maldade, sabendo que é obra de Deus. Na prática, não é Deus que recusa a pessoa, mas a pessoa que o recusa e procura destruir as obras de Deus.
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Com a expressão, “quem faz a
vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”, Jesus não está
excluindo Maria, sua Mãe. Ao contrário, Ela não tem somente importância pela
relação sanguínea com Ele, mas pela sua fé e dedicação incondicional ao projeto
do Pai. A verdadeira família de Jesus é formada pelos que estão ao redor dele,
em atitude de discípulos que fazem a vontade de Deus.
A
relação mais intima com Jesus não se faz através do parentesco de sangue, mas
na sintonia com sua prática libertadora.
* Maria era "Mãe"
duplamente: porque gerou a Jesus e porque mais do que ninguém soube fazer
sempre a vontade de Deus.
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8. SEGUNDA LEITURA (2Cor4,3-18-51)
Leitura da Segunda Carta de
São Paulo aos Coríntios.
Irmãos:
...nós também cremos e que aquele que ressuscitou Jesus nos ressuscitará também....
Por isso, não desanimemos. ...uma tribulação momentânea acarreta para nós uma
glória eterna e incomensurável. E isso acontece, porque voltamos os nossos
olhares para as coisas invisíveis e não para as visíveis. Pois o que é visível
é passageiro, mas o que é invisível é eterno. De fato, sabemos que se a tenda
em que moramos neste mundo for destruída, Deus nos dá uma outra moradia no céu,
que não é obra de mãos humanas, mas que
é eterna.
COMENTÁRIO: Paulo apresenta suas convicções de
fé: que Deus há-de ressuscitar-nos com Jesus e vai levar-nos para ficarmos
eternamente em comunhão com Ele; o homem interior renova-se em cada dia na
medida em que intensifica o seu olhar nas coisas invisíveis que são eternas. Em
consequência, há que renovar constantemente esta opção pela habitação eterna,
em comunhão plena com Deus. Coisas essenciais, ditas de modo claro, a exigir
coerência àqueles que querem continuar a viver como autênticos discípulos de
Cristo.
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HOMILIA DO
PE. PEDRINHO:
Irmãos e irmãs, podemos contemplar estas leituras a
partir de vários pontos. Não dá para tratar de todos. Mesmo porque estamos aqui
para Celebrar a Palavra de Deus e o que importa é a mensagem que podemos tirar
destas leituras.
Na primeira leitura nós temos algo que pode ajudar
cada um de nós. Normalmente, quando nós fazemos algo de errado, assim, quando
nos questionam sobre o erro, nós queremos justificar logo de cara. Quando não dá para justificar, agente procura
transferir a responsabilidade para o outro. Veja o Adão; Deus pergunta: você
comeu do fruto da árvore? A mulher me deu e eu comi. Pronto. Então, ele já está
inocentado. Porque a final de contas, ela é que mandou eu comer. Pergunta à
mulher; você deu? A serpente mandou e eu comi. Pronto. Também ela está
inocentada. O interessante é que a serpente assume. É muito interessante. Então,
é algo que nós precisamos levar em conta. Quando eu faço algo de errado, se eu
confio em quem está me questionando, não há porque ter medo, não vou precisar
explicar, devo apenas dizer; eu errei e agora me dei conta de que fiz errado. Pronto.
Ou então, eu errei, me perdoe. Ou então, não sei se errei. Me mostre o erro. Porque
são várias as situações onde até erramos pensando até estar fazendo o melhor
possível. Então, o outro vai me mostrar
onde errei e pronto. É assim que
aprendemos a assumir os nossos atos e crescemos também. Agora, é muito
interessante observar o lado inverso deste assunto. Porque São Paulo diz:
diante das dificuldades que nos são apresentadas por falar a verdade, é o mínimo
você sofrer, assim, um tempo. E se não destruir esta tenda, Deus nos dará uma
tenda não feita por mãos humanas. O que significa? Ora, se eu não devo ter medo
de falar a verdade, ainda que a verdade vai demonstrar o erro que eu cometi,
por que ter medo de falar a verdade se esta verdade vem de Deus? Então, são
dois aspectos importante; errado ou certo, diante de Deus eu devo ter confiança
e nunca medo. Porque Deus na sua misericórdia, tem toda condição de me acolher,
mesmo no erro. A única coisa que ele espera é que possamos reconhecer o erro. Se
lembra daquele fulano que entrou nas bodas, mas não trajava as vestes? O senhor
da festa, claro é Deus, foi lhe perguntar: como é que você entro aqui sem as
vestes adequadas? O mínimo que o senhor da festa esperava, é que ele dissesse; olha,
eu entrei sem querer, eu não resisti e quis entrar, mesmo sabendo que não
estava com roupa adequada... Ele simplesmente ignorou a pergunta. Ora, quando
eu ignoro o questionamento feito por Deus, é sinal que eu não estou disposto a
crescer. Se eu confio de fato em Deus, na medida que eu sou questionado, eu sou
convidado a agradecer, dizendo: muito obrigado, meu Deus, eu nunca tinha
pensado nisso e agora eu vejo que preciso crescer um pouco mais. Então, este é
um ponto importante, que a primeira leitura começa dizendo: eu ouvi teus passos
e me escondi, porque estava nu. Quem diz
que você está nu? Por acaso, comeste do fruto da árvore? Não vamos pensar
nudeza aqui, a ausência de roupa, corpo pelado. Não! É uma nudez simbólica,
onde me sinto nu, totalmente desarmado, para qualquer defesa. Ora, diante de
Deus eu não preciso ter medo. Não preciso ter medo. Se não preciso ter medo
quando me sinto indefeso, porque é aí que o Senhor se torna minha defesa; No
Senhor, toda graça e redenção. Este é o Salmo:
• Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, / • Se levardes em
conta as nossas faltas, / quem haverá de subsistir? / • No Senhor ponho a minha
esperança, • Espere Israel pelo Senhor, / mais que o vigia pela aurora!
E assim por diante. Ainda que eu me encontre
totalmente nu diante de Deus, assim mesmo, a minha confiança Nele deve prevalecer.
Temos muitas situações de nudez. Vou falar de quatro
nudez. Esta nudez do diálogo entre Adão e Deus, nós já vimos. Está aí na
primeira leitura de hoje: “ ouvi tua voz, estava nu e me escondi”. Esta é uma
situação. Temos uma segunda situação: aonde, no horto das oliveiras, quando
vieram para prender Jesus, todos fugiram e diz o Evangelho: que um rapaz, que
estava apenas enrolado num lençol, para não ser agarrado, ele largou o lençol e
foi embora nu. A outra situação. Não é a
situação de Adão, mas outra. Para preservar a vida dele, ele foge e não deseja
testemunhar a sua amizade com Jesus. Isto que nós chamamos apelação; a pessoa
apela para tudo, inclusive saindo sem roupa, não me comprometa, porque eu não
quero testemunhar este Jesus.
Nós temos uma terceira situação de nudez, aonde, aliás,
é uma das estações da Via Sacra, ali o texto fala com carinho, mas o sentido é
o mesmo; despoja Jesus de suas vestes. Então, Ele é pregado na cruz nu, mas nem
por isso, Jesus perde a compostura. O que é que eu quero dizer? Ele sabe em
quem Ele depositou sua confiança. Então, Ele não tem porque se esconder, não
tem porque fugir e não tem porque reagir. Ele quer mostrar ao mundo, que ele é ele
mesmo em qualquer situação, mesmo estando nu. É assim que Ele vai salvar a
humanidade, porque Ele não precisa de nenhum subterfúgio, de nenhum recurso, de
nenhuma máscara, Ele não precisa de nada que possa lhe dar uma ajuda; Ele é o
Senhor da história. Então, Ele se apresenta assim.
Tem uma quarta situação: tem várias outras, viu! Esta é
bastante significativa; Eles estão pescando, depois da morte e ressurreição de
Jesus, os discípulos estão no barco e alguém grita: é o Mestre! Então, Pedro
pula na água, porque estava nu. Aí já é uma outra situação: diante de Deus,
todos nós estamos nus. Todos. Porque, quem somos nós diante do Senhor? Aí é
evidente que este é um gesto de respeito de Pedro para com o Senhor. Não na sua
nudez, porque Deus que nos fez, Deus que nos vê com roupa ou sem roupa, não! O respeito
diante do Mestre, pois não temos argumentos, a não ser a nossa fragilidade. Ora,
agora temos algo importante; qual é a nudez que eu me identifico mais? Aquela em
que eu jogo a responsabilidade para os outros? Aquela onde eu não quero
testemunhar Jesus? Aquela em que eu dou a vida pelos irmãos? Ou aquela onde eu
me dou conta que sou pequeno diante do Senhor? Qualquer uma destas situações
pode nos ajudar a refletir.
Muito bem. Partindo disto, nós vamos ver o Evangelho. Veja
que a reação que Jesus provoca, ela não é de indiferença. Cada um, diante de
Jesus, toma uma atitude. E no caso, a família de Jesus achou que Ele estava
fora de si. Fora de si significa não estar regulando bem da cabeça. Por outro lado,
os mestres da lei dizem: ele faz tudo isso é por Belzebu. Ora, o que significa?
A família de Jesus tem dificuldade em reconhecer nele alguém que vem para cumprir
a vontade do Pai. É uma dificuldade reconhecer nele que ele veio cumprir a
vontade do Pai. Eles não estão querendo, em momento algum, desmerecer o que
Jesus está fazendo. Mas, os doutores da lei, não! Quando eles dizem é por
Belzebu, eles estão tentando desqualificar, desmerecer, esvaziar toda a atitude
de Jesus. Jesus então, coloca uma condição: primeiro: qual é a família que
dividida vai se manter? Portanto, chamou a atenção da família dele; ou vocês me
apoiam, ou vocês não tem futuro. Por outro lado, aqueles que acusam, não por ignorância,
mas para menosprezar, caluniam alguém para esvaziar e desqualificar o seu
trabalho, estes estão pecando contra o Espírito Santo. Porque estão impedindo
as pessoas de ouvir aquilo que está sendo falado e ensinado.
Bom, nós já sabemos o final da história. Nossa Senhora
vai estar no pé da Cruz. Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos, o que faz
a vontade de Deus. Ela entendeu o recado e passa a acompanhar Jesus até lá. Também
temos os parentes dele, que acompanham Jesus até a cruz também. Então, meus irmãos
e minhas irmãs, veja que maravilhoso: diante de Deus podemos nos sentir nus. Não
tem problema. Eu deposito minha confiança e passo a caminhar com Jesus. Na medida
em que caminho, eu vou adquirindo tudo que é necessário para testemunhá-lo. Na medida
em que vou testemunhando, eu vou mostrando ao mundo, que de fato o amor de Deus
é maravilhoso, ao ponto que, se for preciso, eu poderei dar testemunho de
Jesus, porque mesmo que acabarem com o meu corpo, Deus me dará outro na vida
eterna. Isto é o MÁXIMO que podemos chegar no testemunho oferecendo nossa vida
a Jesus. Então, que Jesus nos ajude a testemunhá-lo e nos ajude a crescer nesta
caminhada.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO.
=========--------------============
Louvor na
Celebração da Palavra (Diáconos ou Ministros Extraordinários da Palavra):
Louvor: (Quando o Pão
consagrado estivera sobre o altar)
àO Senhor esteja com todos
vocês... Demos graças ao Senhor nosso Deus...
àCom Cristo, por Cristo e em
Cristo, na força do Espírito Santo louvemos ao Pai:
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
à: Nós vos damos graças, ó Pai, por toda a vossa
criação e por tudo o que fizestes no meio de nós, por meio de Jesus Cristo,
vosso Filho e nosso irmão, que nos destes como imagem viva do vosso amor e de
vossa bondade.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor!
Min.: Como expressão de nosso louvor, colocamos aqui o
nosso desejo de corresponder com mais fidelidade à missão que nos destes.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor.
Min.: Enviai sobre nós, aqui reunidos, o vosso
Espírito e dai a esta terra que nos sustenta uma nova face. Que haja paz em
nossas famílias e cresça em nossa comunidade a alegria de sermos vossos.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor.
Min.: Pela palavra do Evangelho de vosso Filho, fazei
que as Igrejas do mundo inteiro caminhem na unidade e sejam sinais da presença
do Cristo ressuscitado. Tornai esta comunidade cada vez mais sinal da vossa
bondade.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor.
Min. Lembrai-vos, ó Pai, dos nossos irmãos, que
morreram na paz do Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé vós conheceis:
acolhei-os na luz da vossa infinita misericórdia.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor.
Min.: Ó Deus, criador do céu e da terra, os nossos
louvores e nossas preces cheguem a vós pelas mãos daquele que é nosso único
mediador, Jesus Cristo nosso Senhor.
Povo: Por nós fez maravilhas, louvemos o Senhor.
RITO DA COMUNHÃO
à: Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou:
T.: Pai nosso...
à: Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou:
T.: Pai nosso...
à: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados
pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos
os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo
Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
à: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo em paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
à: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu vos deixo em paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade. Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.
à: A paz do Senhor esteja sempre convosco!
T.: O amor de Cristo nos uniu.
T.: O amor de Cristo nos uniu.
à: Meus irmãos, saudai-vos uns aos outros em Cristo.
à Eis o Cordeiro de Deus...
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