24º DOMINGO DO TEMPO
COMUM ANO B 2015 (Adaptado
e postado pelo Diácono Ismael)
SINOPSE:
Tema: “Tome a sua cruz e me siga.”
Tema: “Tome a sua cruz e me siga.”
Primeira
leitura: um profeta que confia no
Senhor mesmo na perseguição e morte. Os primeiros cristãos viram neste “servo”
a figura de Jesus.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador. Jesus mostra que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte); quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra que seguir de Jesus é com gestos concretos de amor, partilha, serviço e solidariedade para com os irmãos.
No Evangelho, Jesus é apresentado como o Messias libertador. Jesus mostra que o caminho da vida verdadeira não passa pelos triunfos, mas pelo amor e pelo dom da vida (até à morte); quem quiser ser seu discípulo, tem de aceitar percorrer um caminho semelhante.
A segunda leitura lembra que seguir de Jesus é com gestos concretos de amor, partilha, serviço e solidariedade para com os irmãos.
6.
PRIMEIRA LEITURA (Is 50,5-9a) Leitura do livro do profeta Isaías.
Ofereci as costas para me baterem e não
desviei o rosto de bofetões. porque sei que não sairei humilhado.
AMBIENTE
- Deutero-Isaías (cf. Is
40-55). Babilônia. entre 550 e 539 a.C.. Livro da Consolação. O texto é parte
do terceiro cântico do “servo de Jahwéh”.
MENSAGEM - O profeta numa entrega total aos
desígnios de Deus. Por ser fiel, conheceu a prisão e a tortura. Confia no
Senhor e sabe que não ficará desiludido.
ATUALIZAÇÃO
• Para os primeiros
cristãos Jesus foi esse “Servo de Deus” que entrou em choque com as forças da
opressão e da injustiça, que foi torturado e maltratado porque incomodava os
poderosos, … mas Deus ressuscitou e glorificou –O exemplo de Jesus mostra que
uma vida colocada ao serviço dos projetos de Deus não termina no fracasso, mas
na ressurreição que gera vida nova.
• Para o “Servo de Jahwéh”, Deus é
a “rocha segura” que o crente se pode agarrar quando tudo cai. • O “Servo”
sofredor mostra-nos o caminho: a vida posta ao serviço da libertação dos pobres
não é perdida.
10.
EVANGELHO (Mc 8,27-35) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
... “Quem dizem os homens que eu sou?”
“Alguns dizem que tu és João Batista; Elias; um dos profetas”. “E vós, quem
dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “Tu és o Messias.” Jesus proibiu-lhes de
falar a alguém. Em seguida, ...dizendo que o Filho do Homem devia sofrer muito,
ser rejeitado pelos anciãos, pelos Sumos Sacerdotes e doutores da lei; devia
ser morto e ressuscitar depois de três dias. Pedro começou a repreendê-lo.
Jesus repreendeu a Pedro, dizendo: “Vai pra longe de mim, satanás! Tu não
pensas como Deus, e sim como os homens”. Então disse: “Se alguém me quer
seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar
a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim vai
salvá-la”.
AMBIENTE - “Tu és o Messias”. No entanto, Jesus
não veio ao mundo para cumprir um destino de triunfos e de glórias humanas, mas
para oferecer a sua vida em dom de amor aos homens. Ponto alto desta
“catequese” é a afirmação do centurião romano junto da cruz: “Este homem era o
Filho de Deus” (Mc 15,39).
MENSAGEM
Pedro dá voz à comunidade:
Jesus é o Messias libertador que Israel esperava;
Jesus explica que a sua missão passa
pela cruz (como dom da vida, por amor).
(“João Baptista”, “Elias”, ou “algum dos profetas”). Na perspectiva dos “homens”, Jesus é apenas um homem bom, justo, generoso, que Se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes d’Ele. A opinião dos discípulos vai muito além. Pedro resume na expressão: “Tu és o Messias”. Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o Povo oferecer a salvação definitiva. No entanto, o título de Messias estava conotado com esperanças político-nacionalistas. Por isso, os discípulos recebem ordens para não falarem disso a ninguém. Era preciso completar a catequese sobre o Messias e a sua missão, para evitar perigosos equívocos.
(“João Baptista”, “Elias”, ou “algum dos profetas”). Na perspectiva dos “homens”, Jesus é apenas um homem bom, justo, generoso, que Se esforçou por ser um sinal vivo de Deus, como tantos outros homens antes d’Ele. A opinião dos discípulos vai muito além. Pedro resume na expressão: “Tu és o Messias”. Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o Povo oferecer a salvação definitiva. No entanto, o título de Messias estava conotado com esperanças político-nacionalistas. Por isso, os discípulos recebem ordens para não falarem disso a ninguém. Era preciso completar a catequese sobre o Messias e a sua missão, para evitar perigosos equívocos.
Na segunda parte, há duas questões. A
primeira que o seu messianismo passa pela cruz; a segunda é uma instrução sobre as exigências de ser
discípulo de Jesus. A oposição de Pedro significa que a sua compreensão do
mistério de Jesus ainda é imperfeita. Para ele, a missão do “messias, Filho de
Deus” é uma missão gloriosa e vencedora; a vitória não pode estar na cruz e no
dom da vida. Jesus dirige-se a Pedro com dureza, pois é preciso que os
discípulos corrijam a sua perspectiva de Jesus e do plano do Pai que Ele vem
realizar. O plano de Deus não passa por triunfos humanos, nem por esquemas de
poder e de domínio; mas o plano do Pai passa pelo dom da vida e pelo amor até
às últimas consequências. Pedro está repetindo as tentações no início do seu
ministério; por isso, Jesus responde a Pedro: “Vai-te, Satanás”.
Depois de anunciar o seu caminho, Jesus
convida os seus discípulos a seguir o mesmo caminho. Quem quiser ser discípulo,
tem de “renunciar a si mesmo”, “tomar a cruz” e seguir Jesus no caminho do amor,
da entrega e do dom da vida.
É renunciar ao egoísmo e
autossuficiência, para fazer da vida um dom a Deus e aos outros. O cristão não
pode viver preocupado apenas nos seus sonhos pessoais, de riqueza, de
segurança, de bem estar, de domínio, de êxito, de triunfo… O cristão deve fazer
da sua vida um dom a Deus e aos irmãos. Só assim ele poderá ser discípulo de
Jesus e integrar a comunidade do Reino.
O “tomar a cruz” e segui-lo é a expressão de um amor total,
que se dá até à morte. Significa a entrega da própria vida por amor. É ser
capaz de gastar a vida por amor a Deus e para que os irmãos sejam felizes.
oferecer a vida por amor não é perdê-la, mas ganhá-la. A vida verdadeira Deus oferece a quem vive de acordo com as suas propostas.
oferecer a vida por amor não é perdê-la, mas ganhá-la. A vida verdadeira Deus oferece a quem vive de acordo com as suas propostas.
ATUALIZAÇÃO • Quem é Jesus? Muitos vêem em
Jesus um homem bom, um “mestre” de
moral, um revolucionário preocupado em construir uma sociedade mais justa e
mais livre, que procurou promover os pobres e os marginais e que foi eliminado
pelos poderosos.
• A lógica dos homens aposta no
poder, no domínio, no triunfo, no êxito;
. A lógica de Deus aposta na entrega da
vida a Deus e aos irmãos; garante-nos que a vida só faz sentido se assumirmos
os valores do Reino e vivermos no amor, na partilha, no serviço, na
solidariedade, na humildade, na simplicidade.
• Ser cristão é bem mais do que
ser batizado, ter casado na igreja … Ser cristão é seguir Jesus no caminho do
amor e do dom da vida; é aquele que
renuncia a si mesmo e que toma a mesma cruz de Jesus.
• O que é “renunciar a si mesmo”?
É não deixar que o egoísmo, o orgulho, o comodismo, a autossuficiência dominem
a vida. O seguidor de Jesus vive para Deus e na solidariedade, na partilha e no
serviço aos irmãos.
• O que é “tomar a cruz”? É amar
até às últimas consequências (gastando o seu dia-a-dia na construção do Reino)
para que os seus irmãos sejam mais livres e mais felizes. Por isso, o cristão
luta contra a injustiça, a exploração, a miséria, mesmo que isso signifique represálias dos
poderosos.
8.
SEGUNDA LEITURA (Tg 2,14-18) Leitura da Carta de Tiago.
Meus irmãos, que adianta alguém dizer
que tem fé, quando não a põe em prática? A fé, se não se traduz em obras, por
si só está morta. Em compensação, alguém poderá dizer: “Tu tens a fé e eu tenho
a prática! Tu, mostra-me a tua fé sem as obras, que eu te mostrarei a minha fé
pelas obras!”
AMBIENTE
- A fé concretiza-se no
amor ao próximo; a fé expressa-se, não através de ritos, mas através de ações
concretas em favor do homem.
MENSAGEM
- A tese do autor é que a
fé sem obras não serve para nada.
Paulo, na Carta aos Romanos, considera que “é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da Lei” (Rom 3,28); (Lutero: salvação pela fé
Paulo, na Carta aos Romanos, considera que “é pela fé que o homem é justificado, independentemente das obras da Lei” (Rom 3,28); (Lutero: salvação pela fé
No texto da Carta de Tiago ele quer
dizer é que a fé tem de traduzir-se em ações concretas de compromisso com o
mundo e com os homens. Se isso não acontecer, essa fé é apenas uma declaração
de boas intenções, mas que não passa de uma farsa sem valor e sem conteúdo. Essa
vida, interiorizada e assumida, tem de transparecer em gestos de amor, de
solidariedade, de fraternidade, de serviço, de partilha, de perdão. Se isso
não acontece, quer dizer que a fé é uma mentira.
Os bonitos discursos que fazemos não passam de belas palavras que podem não significar nada. Quando um irmão tem fome, ou não tem que vestir, ou está a sofrer, é preciso ir ao seu encontro e manifestar-lhe, com gestos concretos, o nosso amor, a nossa solidariedade, a nossa fraternidade. A nossa religião tem de manifestar-se na vida e tem de transparecer nos nossos gestos.
Os bonitos discursos que fazemos não passam de belas palavras que podem não significar nada. Quando um irmão tem fome, ou não tem que vestir, ou está a sofrer, é preciso ir ao seu encontro e manifestar-lhe, com gestos concretos, o nosso amor, a nossa solidariedade, a nossa fraternidade. A nossa religião tem de manifestar-se na vida e tem de transparecer nos nossos gestos.
ATUALIZAÇÃO
• O que caracteriza
um cristão não é o conhecimento de belas fórmulas que expressam uma determinada
ideologia, nem o cumprimento de ritos vazios, nem uma assinatura feita no livro
de batismo da paróquia, mas é a adesão a Cristo. Ora, aderir a Cristo (fé),
significa seguir Cristo no caminho do amor a Deus e da entrega total aos
irmãos. A nossa caminhada cristã não é um processo teórico de belas palavras;
mas é um compromisso efetivo com Cristo que tem de se traduzir em gestos
concretos em favor dos irmãos.
• Que gestos são esses? São os
mesmos gestos que Cristo realizou e que o tornaram um sinal de Deus. Cristo
lutou pela justiça e pela verdade, denunciou tudo aquilo que escravizava o
homem e o impedia de ser feliz, foi ao encontro dos marginalizados e
manifestou-lhes o amor de Deus, realizou gestos de serviço e de partilha,
distribuiu o perdão e a paz, ofereceu a sua própria vida para salvar os seus
irmãos. Assim, quem segue a Cristo tem de lutar contra as estruturas que geram
injustiça e opressão; tem de acolher e amar aqueles que a sociedade marginaliza
e rejeita; tem de denunciar uma sociedade construída sobre esquemas de egoísmo
e de mostrar, com o seu testemunho, que só a partilha e o amor tornam o homem
feliz; tem de quebrar a espiral da violência e do ódio e propor a tolerância e
o amor…
• Por vezes há uma profunda
dicotomia, nas nossas comunidades cristãs, entre a fé e a vida. Na vida da
comunidade, há desunião, há conflito, há falta de solidariedade, há indiferença
para com as necessidades do irmão, há críticas destrutivas, há palavras que
ferem e afastam os outros, há gestos de arrogância, há falta de amor… De acordo
com os ensinamentos da Carta de Tiago, a nossa religião será verdadeira se não
se traduzir em gestos concretos de amor e de fraternidade?
Pe. Joaquim, Pe. Barbosa,
Pe. Carvalho
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Primeiro.
A pergunta de Jesus: “Quem dizem os homens que eu sou?” Notem que as respostas
são muitas: umas erradas, outras imprecisas, nenhuma satisfatória.
Segundo:
“E vós, quem dizeis que eu sou?”: quem é Jesus para mim? Que papel desempenha
na minha vida? nossa sociedade ocidental vira as costas para o Cristo,
julgando-o anacrônico e ultrapassado.
Terceiro.
Pedro respondeu: “Tu és o Messias!”, “Tu és o Cristo, o Esperado de Israel,
aquele que Deus prometera aos nossos Pais!” em São Mateus, Jesus declara: “Não
foi carne nem sangue que te revelaram isto, mas o meu Pai que está nos céus”
(Mt 16,15). Aqui é muito importante compreender que a nossa fé é pessoal, mas nunca
individual: cremos na fé da Igreja, cremos no Cristo da Igreja, cremos como
Igreja e com a Igreja. Uma outra fé, um outro Cristo seriam triste ilusão!
Quarto.
“Jesus proibiu-lhes de falar a seu respeito”. havia o perigo de pensar o
messias do sucesso, das curas, dos shows da fé, dos palanques políticos, etc.
Jesus somente afirmará de modo público que é o Messias quando estiver preso,
amarrado, diante do Sumo Sacerdote. Aí já não haverá ocasião para engano.
Também nós, muitas vezes, não temos a tentação de querer um Cristo do nosso
modo, sob a nossa medida, para nosso consumo? Amamos o Cristo como ele é ou
como gostaríamos? Estamos realmente dispostos a ir com ele até o fim, crendo
nele e nele nos abandonando?
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Tome
a sua Cruz
Nesse
mês dedicado à Bíblia, somos convidados a valorizar ainda mais a Palavra de
Deus em nossa vida.
O
tema central das leituras bíblicas de hoje é:
- O
Caminho escolhido por Cristo e
- O
Caminho apontado por Cristo a seus seguidores...
A 1a
leitura fala do "Servo de Javé" (Is 50,5-9)
- Os
judeus tinham uma idéia triunfalista do Messias… esperavam um grande rei, que
iria devolver ao povo glórias perdidas...
um personagem importante, que iria resolver todos os problemas…
Nunca
imaginaram um messias humilde e sofredor…
- Isaías
apresenta um profeta anônimo, chamado por Deus a testemunhar a Palavra da
salvação e que, para cumprir essa missão, enfrenta a perseguição, a tortura, a
morte. Mas Ele confia no Senhor.
Por
isso, mesmo quando acusado, tem certeza da vitória.
* Os
primeiros cristãos viram neste "Servo Sofredor" a figura
de Jesus.
No Evangelho,
Jesus faz o 1º Anúncio da Paixão. (Mc
8,27-35)
O
texto reflete a mentalidade triunfalista
dos judeus e dos apóstolos.
Tem três
partes: A Confissão de Pedro, o Anúncio da Paixão e o Convite de Jesus para
seu Seguimento e as Condições…
Jesus está a CAMINHO de Jerusalém:
1)
Uma pergunta: Quem é Jesus?
- Para o Povo: É apenas um HOMEM,
convocado por Deus e enviado ao mundo com uma missão,
como os PROFETAS do Antigo Testamento.
- Para o Grupo: É o MESSIAS
libertador que Israel esperava... Pedro
acerta na resposta... mas erra logo em seguida na prática...
2) O
CAMINHO de Jesus:
- Jesus explica aos discípulos que a sua
Missão messiânica passa pela CRUZ.
- Pedro reage e tenta afastar Jesus do Plano
do Pai.
- Jesus lhe responde: "Vai para trás de mim, Satanás..."
3) O
CAMINHO dos discípulos: é semelhante...
-
Deve RENUNCIAR a si mesmo, tomar a CRUZ e SEGUIR
Jesus, no caminho do Amor, da entrega e
do dom da Vida. Quem é capaz de dar a
vida a Deus e aos irmãos, ganha a vida eterna...
* O texto nos ilustra a lógica dos homens (Pedro) e a lógica
de Deus (Jesus).
- A lógica
dos homens aposta no poder, no domínio, no êxito, dinheiro, fama...
- A lógica
de Deus aposta na entrega da vida a Deus e aos irmãos, assumindo os valores
do Reino e vivendo no amor, na partilha,
no serviço, na solidariedade, na humildade, na simplicidade.
QUEM É JESUS?
+ O
que "os homens" dizem de Jesus?
-
Muitos vêem em Jesus um HOMEM bom, um MESTRE admirável, um grande LIDER REVOLUCIONÁRIO,
preocupado em construir uma sociedade mais
justa e fraterna. "Um homem"
extraordinário... mas um HOMEM apenas.
+ Quem
é Cristo para nós?
Aproxima-se
a abertura do "Ano da Fé", anunciado por bento XVI e a pergunta de
Cristo aos discípulos no evangelho, é muito atual: "Mas vós, quem dizeis que eu sou?"
Jesus
não deseja que paremos naquilo que se diz dele, mas que tenhamos um encontro
pessoal com ele e o sigamos.
+ Cristo continua a convidar discípulos
para segui-lo...
E as condições são ainda hoje as mesmas: Renúncia e
Cruz...
Sem a Cruz, é impossível entender quem é Jesus e o que
significa segui-lo.
Na 2ª Leitura Tiago lembra que o
seguimento de Jesus se realiza com gestos concretos de amor, de partilha, de
serviço e de solidariedade. (Tg 2.14-18)
O
que significa a Cruz em nossa vida?
Uma
desgraça… Ou uma oportunidade de libertação e de salvação?
- Renunciamos
a nós mesmo em favor dos outros?
Ou talvez somos nós uma CRUZ para os outros ?
Nós carregamos a cruz toda vez que sacrificamos a nós
mesmos para praticar o bem e fazer alguém feliz.
- Sinto-me de fato um "Seguidor de Cristo?"
Pe. Antônio
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Conhecer para amar
“E
vós, quem dizeis que eu sou?” (Mc 8,29). Seríamos, nós, capazes de responder
com exatidão essa pergunta? Concedo que respondê-la com exatidão não é tão
fácil, pois trata-se de ir aprofundando no conhecimento de Cristo a tal ponto
de podermos dizer com o Apóstolo: “julgo como perda todas as coisas, em
comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo, meu Senhor.
Por ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo e
estar com ele” (Fl 3,8-9).
Contudo,
com o conhecimento que já temos podemos dar uma resposta verdadeira de quem é
Cristo? Caso a resposta seja positiva, graças a Deus; caso seja negativa, eu só
posso dizer que é preciso conhecer mais o Salvador. Tanto num caso como noutro,
aproveito aqui para dar aquele conselho tão cheio de sabedoria que alguma vez
São Josemaria Escrivá colocou num livro como dedicatória: “Que procures Cristo.
Que encontres Cristo. Que ames a Cristo”. Trata-se de viver três etapas:
PROCURAR, ENCONTRAR, AMAR. Ao mesmo tempo, e sem dúvida, essas três etapas vão
acontecendo simultaneamente em nossas vidas: nós vamos procurando, encontrando
e amando o Senhor. Trata-se de um processo, de um dinamismo, do dinamismo da
vida cristã.
Jesus,
mais do que com fazer milagres, queria pregar, anunciar o reino de Deus: “Vamos
a outros lugares, às aldeias da vizinhança, a fim de pregar também ali, pois
foi para isso que eu saí”(Mc 1,38). Jesus desejava anunciar-se a todos. E nós,
desejamos ouvi-lo? Estamos interessados na nossa formação cristã, em conhecer as
Sagradas Escrituras, o Catecismo da Igreja, preocupamo-nos em ler bons livros?
Num
tempo de relativismo como nosso, é preciso que tenhamos critérios verdadeiros
na cabeça, que estejamos bem ancorados na verdade. Guardemo-nos de
novidades nocivas: “pois virá um tempo em que alguns não suportarão a sã
doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como que sentindo
comichão nos ouvidos se rodearão de mestres. Desviarão os seus ouvidos da
verdade, orientando-se para as fábulas” (2 Tim 4,3-4). Entre as várias maneiras
de explicar o que é “comichão”, gostei muito daquela que diz que é uma
“coceira”, ter comichão nos ouvidos é ter uma espécie de coceira, de
inquietação em buscar novidades. É preciso que sejamos prudentes, para que não
sejamos enganados pelos falsos mestres que tanto prometem; geralmente prometem
coisas que agradam os nossos sentidos, mas que não preenchem os nossos corações
desejosos de Deus e das coisas eternas.
São
Vicente de Lerins dizia que “mal começa a espalhar-se a podridão de um novo
erro e este, para justificar-se, apodera-se de alguns versículos da Sagrada
Escritura, que, além do mais, interpreta com falsidade e fraudulentamente; é
preciso imediatamente usar as passagens dos Padres da Igreja para interpretar
as passagens em questão” – ou seja, atenhamo-nos à Bíblia e à Tradição viva da
Igreja, pois são os veículos através dos quais nos chega a Revelação divina, a
Palavra de Deus; esta, por sua vez, é interpretada pelo Magistério da Igreja.
Assim teremos certeza de que estamos na verdade.
Outra
coisa: cuidado com os maus livros! Fazem muito dano, muitas pessoas podem
perder-se por causa da leitura de um livro mal, com má doutrina. São Francisco
de Sales era taxativo neste ponto, dizia: “Guarda-te, sobretudo, dos maus
livros; por nada do mundo cheguem a seduzir-te certas obras muito admiradas
pelos cérebros fracos que orgulham-se de colocar tudo em dúvida, de menosprezar
tudo e de burlar-se de toda norma tradicional. Busca, ao contrário, livros de
sólida doutrina”. Para quê ler livros que falam mal da Igreja, do Papa, de
Nossa Senhora? Além de causar-nos desgostos, poderiam seduzir-nos.
Todo
ser humano tem a obrigação de buscar a verdade. Todo ser humano precisa
conhecer a lei natural. Para o cristão, além da lei natural, a lei divina
positiva (os mandamentos da lei de Deus) e os mandamentos da Igreja. Este é o
mínimo necessário. Temos também a obrigação de formar um critério seguro que
compreende a de manter uma adequada luta ascética para combater os próprios
pecados. Não nos esqueçamos de que “vida do homem sobre a terra é uma luta” (Jó
7,1). E a luta para evitar o pecado faz com que mantenhamos a sensibilidade
para as coisas espirituais e a juventude no amor de Deus.
O
pecado faz com que distorçamos o sentido da realidade. Preocupemo-nos todos e
de verdade com a nossa formação doutrinal, com a formação da nossa consciência.
O cristão que não se preocupa com a própria formação vai se afastando da
verdade de Deus, acontece com ele algo semelhante ao que acontecia com aquele
homem triste. Aquele pobre homem entrava frequentemente no boteco para pedir um
pinga com limão, ou melhor, várias pingas com limões. Enquanto isso,
aproveitava para desabafar as suas penas com o paciente proprietário do boteco
que escutava em silêncio enquanto limpava o balcão e atendia os outros
fregueses. Mas certo dia, aconteceu uma coisa inusitada: aquele homem triste
pediu um pinga com suco de laranja. “Cachaça com suco de laranja?!” – perguntou
admirado o dono do bar. “É que estou sentindo o estômago arder um pouco” –
explicou o pobre pinguço. Nos dias seguintes, o homem triste foi mudando os
pedidos: pinga com suco de abacaxi… a dor não passou. Pinga com suco de
pêssego… a dor só aumentava. Pinga com suco de maçã… a dor persistia. Os
pedidos foram sucedendo-se durante vários dias: cachaça com suco de uva, de
maracujá etc. Contudo, o homem triste estava mais abalado e a dor no estômago
ficava mais intensa. Finalmente, num determinado dia, chegou no boteco e não
pediu nada, mas queria fazer uma confidência ao proprietário do boteco: “sabe
de uma coisa, amigo! Acho que eu descobri o motivo da minha doença”. O dono do
bar perguntou curioso: “qual?”. Então o homem triste, enquanto apoiava o
cotovelo no balcão e segurava o queixo magro: “as frutas me fazem mal. Todas
elas”.
Quem
não vive como pensa, acaba pensando como vive e… deformando a própria
consciência. Acaso não é isso que infelizmente temos visto entre aqueles que se
dizem modernos e envelhecem-se nos próprios vícios e pecados.
Maria
Santíssima é “sedes sapientiae – sede da sabedoria”, peçamos a ela que nos
ajude a procurar, a encontrar e a amar mais e mais o seu Filho Jesus e Nosso
Senhor. Que nunca deformemos na nossa mente o rosto amável do Senhor por causa
da nossa visão deformada. Que a nossa formação nos ajude a conhecer o Cristo do
Evangelho, o Cristo da Igreja, o Cristo da nossa fé.
Pe.
Françoá Costa
===========--------------========
Homilia de D. Henrique Soares
O
Evangelho que acabamos de ouvir apresenta-nos, caríssimos, alguns dos aspectos
mais essenciais da nossa fé cristã, aspectos que jamais poderemos esquecer se
quisermos ser realmente fiéis a Nosso Senhor. Vejamo-los um a um:
Primeiro.
A pergunta de Jesus: “Quem dizem os homens que eu sou?” Notem que as respostas
são muitas: umas erradas, outras imprecisas, nenhuma satisfatória. Estejamos
atentos a este fato: somente a razão humana, entregue às suas próprias forças,
jamais alcançará verdadeiramente o mistério de Cristo. A verdade sobre o
Senhor, sua realidade mais profunda, sua obra salvífica, o mistério de sua
pessoa e de sua missão, sua absoluta necessidade para que o mundo encontre
salvação, vida e paz somente podem ser compreendidos à luz da fé, isto é, daquela
humilde atitude de abertura para o Senhor que nos vem ao encontro e nos fala. O
homem fechado em si mesmo, preso no estreito orgulho da sua razão, jamais
poderá de verdade penetrar no mistério de Cristo e experimentar a doçura de sua
salvação. Quanto já se disse de Jesus; quanto se diz hoje ainda: já tentaram
descrevê-lo como um simples sábio, como um homem bom e justo, como uma espécie
de pacifista, como um pregador de uma moral humanista, como um revolucionário,
o primeiro comunista, como um hippie, etc. Nós, cristãos, não devemos nos
iludir nem nos deixar levar por tais visões do nosso Divino Salvador. Jesus é e
será sempre aquilo que a Igreja sempre experimentou, testemunhou e ensinou
sobre ele: o Filho eterno do Pai, Deus com o Pai e como o Pai, o Messias, o
único Salvador da humanidade, através de quem e para quem tudo foi criado no
céu e na terra. Qualquer afirmação sobre Jesus que seja menos que isso, não é
cristã e deve ser rejeitada claramente pelos cristãos!
Segundo.
Ante as opiniões do mundo, o Senhor dirige a pergunta a nós, seus discípulos:
“E vós, quem dizeis que eu sou?” Em cada geração, todos nós e cada um de nós
devemos responder quem é Jesus. Não se trata de uma resposta somente teórica,
teológica, digamos assim. Trata-se de uma resposta que deve ter sérias
repercussões na nossa vida. Então: quem é Jesus para mim? Que papel desempenha
na minha vida? Como me relaciono com ele? Amo-o? Procuro-o na oração, procuro
de todo o meu coração viver na sua palavra? Estou disposto a construir minha
existência de acordo com a sua verdade? Deixo-me julgar por ele ou eu mesmo,
discretamente, procuro julgá-lo? São perguntas muito atuais, caríssimos,
sobretudo hoje, quando nossa sociedade ocidental vira as costas para o Cristo,
julgando-o anacrônico e ultrapassado. Agora que a nossa cultura já não
considera mais Jesus como aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida, mas julga
que a própria razão humana, com seus humores e pretensões, é que é a Verdade e
a Luz, é, mais que nunca, essencial que nós proclamemos com a vida, com a
palavra e com os costumes que Jesus é realmente o nosso Senhor, o nosso
critério, a nossa única Verdade!
Terceiro.
Pedro respondeu quem é Jesus: “Tu és o Messias!”, isto é, “Tu és o Cristo, o
Esperado de Israel, aquele que Deus prometera aos nossos Pais!” Recordai, meus
caros, que na mesma passagem, em São Mateus, Jesus declara claramente: “Não foi
carne nem sangue que te revelaram isto, mas o meu Pai que está nos céus” (Mt
16,15). Insisto: somente o Pai, na potência do Santo Espírito que habita em nós
e na Igreja como um todo, é que pode revelar-nos quem é Jesus. A fé não é uma
experiência acadêmica, não é fruto de estudos, não se resume a uma especulação
teológica. Para um cristão, crer é entrar na experiência que há dois mil anos a
Igreja vem fazendo na Palavra, nos sacramentos, na vida de cada dia: a
experiência do Cristo Senhor, que foi morto pelos nossos pecados e ressuscitou
para nossa vida e justificação. Quem se coloca fora dessa fé, da fé da Igreja,
já não é realmente cristão! Aqui é muito importante compreender que a nossa fé
é pessoal, mas nunca individual: cremos na fé da Igreja, cremos no Cristo da
Igreja, cremos como Igreja e com a Igreja. Uma outra fé, um outro Cristo seriam
triste ilusão!
Quarto.
O Evangelho nos surpreende com uma afirmação: “Jesus proibiu-lhes severamente
de falar a alguém a seu respeito”. Por quê? Porque havia o perigo de pensar
nele como um messias glorioso, um messias como os sonhos dos judeus haviam
fabricado: o messias do sucesso, das curas, dos shows da fé, dos palanques
políticos, etc. Jesus somente afirmará de modo público que é o Messias quando
estiver preso, amarrado, diante do Sumo Sacerdote. Aí já não haverá ocasião
para engano. Mas, aqui a pergunta? Também nós, muitas vezes, não temos a
tentação de querer um Cristo do nosso modo, sob a nossa medida, para nosso
consumo? Amamos o Cristo como ele é ou o renegamos quando não faz como
gostaríamos? Estamos realmente dispostos a ir com ele até o fim, crendo nele e
nele nos abandonando?
Quinto.
Exatamente para deixar claro que tipo de Messias ele é, Jesus começa a dizer
“que o filho do Homem devia sofrer muito, ser rejeitado; devia ser morto e
ressuscitar depois de três dias. Ele dizia isso abertamente”. Eis, caríssimos,
o tipo de Messias, o tipo de Salvador, o tipo de Deus que Jesus é! Será que nos
interessa? Estamos nós dispostos a seguir um Mestre assim?
Sexto.
Não será a nossa a mesma atitude de Pedro, que repreende Jesus, que desejaria
um mestre mais racional, mais palatável, menos radical? Não é essa a maior
tentação nossa: um Cristo sem cruz, um cristianismo sem renúncia, uma vida
cristã que não nos custe nada?
Sétimo.
A resposta de Jesus é clara, curta e dirigida perenemente a todos nós: “Se
alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois
quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem quiser perder a sua vida
por causa de mim e do Evangelho, vai salva-la!” O caminho é este, sem máscara,
sem acordos, sem jeitinhos! Nosso Senhor nunca nos enganou; sempre disse
claramente quais as condições para segui-lo…
Caríssimos,
saiamos hoje daqui com estas palavras que nos incomodam, nos provocam e nos
desafiam. Que ele nos conceda a graça de reconhecê-lo como nosso único
Salvador, de segui-lo como nossa única Verdade e de nele viver como nossa única
Vida, ele que é bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
D.
Henrique Soares da Costa
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Carregar a Cruz
Jesus
está a caminho de Jerusalém. E enquanto caminhava perguntou, em tom familiar,
aos discípulos que O acompanhavam: “Quem dizem os homens que eu sou?” (Mc
8,27-35). E eles, com simplicidade, contaram-lhe o que lhes chegava aos
ouvidos: “Alguns dizem que tu és João Batista; outros que és Elias… Então Ele
voltou a interrogá-los:“E vós, quem dizeis que eu sou?”
Jesus
explicava aos discípulos que a sua Missão messiânica passa pela Cruz.
Pedro
reage e tenta afastar Jesus do Plano do Pai.
Jesus
lhe responde:“Vai para longe de mim, satanás!
Porém,
antes Pedro dissera: “Tu és o Messias.”
Os
Apóstolos, pela boca de Pedro, deram a Jesus a resposta certa depois de dois
anos de convivência e trato. Nós, como eles, “temos de percorrer um caminho de
escuta atenta, diligente. Temos de ir à escola dos primeiros discípulos, que
são as suas testemunhas e os nossos mestres, e ao mesmo tempo temos de receber
a experiência e o testemunho nada menos que de vinte séculos de história
sulcados pela pergunta do Mestre e enriquecidos pelo imenso coro das respostas
dos fiéis de todos os tempos e lugares” (Beato João Paulo II).
Também
nós que estamos seguindo o Mestre devemos examinar hoje, na intimidade do nosso
coração, o que Cristo significa para nós. Digamos como São Paulo: “As coisas
que eram lucros para mim, considerei-as prejuízo por causa de Cristo. Mais que
isso, julgo que tudo é prejuízo diante deste bem supremo que é o conhecimento
do Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, perdi tudo e considero tudo como
lixo, a fim de ganhar Cristo e ser encontrado unido a Ele.” (Fl 3,7-9).
A
primeira preocupação do cristão deve, pois, consistir em viver a vida de
Cristo, em incorporar-se a Ele, como os ramos à videira. O ramo depende da
união com a videira, que lhe envia a seiva vivificante; separado dela, seca e é
lançado ao fogo.
Diz
Jesus: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me
siga.”
Quando
Jesus disse “se alguém quer vir após Mim…”, tinha presente que o cumprimento da
Sua missão O levaria à morte de cruz; por isso fala claramente da Sua Paixão.
Mas também a vida cristã, vivida como se deve viver, com todas as suas
exigências, é uma cruz que se deve levar em seguimento de Cristo.
As
palavras de Jesus, que devem ter parecido assustadoras àqueles que as escutavam,
dão a medida do que Cristo exige para O seguir. Jesus não pede um entusiasmo
passageiro, nem uma dedicação momentânea; o que pede é a renúncia de si mesmo,
o carregar cada um a sua cruz e o segui-Lo. Porque a meta que o Senhor quer
para os homens é a vida eterna. O texto do Evangelho de hoje mostra o destino
eterno do homem. À luz dessa vida eterna é que deve ser avaliada a vida
presente! A vida terrena não tem um caráter definitivo, nem absoluto, mas é
transitória, relativa; é um meio para conseguir aquela vida definitiva do Céu.
“Tudo isso, que te preocupa de momento, é mais ou menos importante.- o que
importa acima de tudo é que sejas feliz, que te salves” (Caminho, 297).
“Há
no ambiente uma espécie de medo da Cruz, da Cruz do Senhor. Tudo porque
começaram a chamar cruzes a todas as coisas desagradáveis que acontecem na
vida, e não sabem aceitá-las com sentido de filhos de Deus, com visão
sobrenatural!”
A
exigência do Senhor inclui renunciar à própria vontade para identificá-la com a
de Deus, não aconteça que, como comenta São João da Cruz, tenhamos a sorte de
muitos “que queriam que Deus quisesse o que eles querem, e entristecem-se de
querer o que Deus quer, e têm repugnância em acomodar a sua vontade à de Deus.
Disto vem que muitas vezes, no que não acham a sua vontade e gosto, pensam não
ser da vontade de Deus e, pelo contrário, quando se satisfazem, creem que Deus
Se satisfaz, medindo também a Deus por si, e não a si mesmos por Deus” (Noite
Escura, liv. I, Cap. 7, nº. 3).
O
fim do homem não é ganhar os bens temporais deste mundo, que são apenas meios
ou instrumentos; o fim último do homem é o próprio Deus, que é possuído como
antecipação aqui na terra pela Graça, e plenamente e para sempre na Glória.
Jesus indica qual é o caminho para conseguir esse fim: negar-se a si mesmo
(isto é, tudo o que é comodidade, egoísmo, apego aos bens temporais) e levar a
cruz. Porque nenhum bem terreno, que é caduco, é comparável à salvação eterna
da alma. Diz São Tomás: “O menor bem da Graça é superior a todo o bem do
universo” (Suma Teológica, I-II, q.113, a. 9).
“Cristo
repete-o a cada um de nós, ao ouvido, intimamente: a Cruz de cada dia. Não só,
escreve São Jerônimo, em tempo de perseguição ou quando se apresente a
possibilidade do martírio, mas em todas as situações, em todas as atividades,
em todos os pensamentos, em todas as palavras, neguemos aquilo que antes éramos
e confessemos o que agora somos, visto que renascemos em Cristo. Vedes? A cruz
de cada dia. Nenhum dia sem Cruz: nenhum dia que não carreguemos com a Cruz do
Senhor, em que não aceitemos o Seu jugo. E muito certo que aquele que ama os
prazeres, que busca as suas comodidades, que foge das ocasiões de sofrer, que
se inquieta, que murmura, que repreende e se impacienta porque a coisa mais
insignificante não corre segundo a sua vontade e o seu desejo, tal pessoa, de
cristão só tem o nome; somente serve para desonrar a sua religião, pois Jesus
Cristo disse: aquele que queira vir após Mim, renuncie a si mesmo, tome a sua
cruz todos os dias da vida, e siga-Me.”
A
Cruz não só deve estar presente na vida da cada cristão. Mas também em todas as
encruzilhadas do mundo. Diz São Josemaria Escrivá: “Que formosas essas cruzes
no cimo dos montes, no alto dos grandes monumentos, no pináculo das
catedrais!…Mas também é preciso inserir a Cruz nas entranhas do mundo.
Jesus
quer ser levantado ao alto, aí: no ruído das fábricas e das oficinas, no
silêncio das bibliotecas, no fragor das ruas, na quietude dos campos, na
intimidade das famílias, nas assembleias, nos estádios… Onde quer que um
cristão gaste a sua vida honradamente, aí deve colocar, com o seu amor, a Cruz
de Cristo, que atrai a Si todas as coisas” (Via Sacra, XI).
A
Cruz é sinal do cristão. Está presente em toda parte, com muitos nomes…
Que
o Senhor nos conceda a graça de também segui-Lo na Cruz; de perder a vida por
causa de Cristo para salvá-la.
Mons.
José Maria Pereira
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Para a celebração da Palavra: (Diáconos e
Ministros da Palavra):
Louvor (quando o pão consagrado estiver sobre o altar)
- Por Jesus, Com Jesus e Em Jesus, na força do
Espírito Santo, louvemos ao Pai:
- T: Pai, nós cremos que Jesus é o nosso
salvador.
à Senhor, nós vos louvamos e agradecemos por nos enviar vosso Filho.
Ajudai-nos a entender os vossos projetos de amor que nos conduzem a felicidade.
- T: Pai, nós cremos que Jesus é o nosso
salvador.
à Senhor, sois bondade e amor nos enviando vosso Filho para nos ensinar o
bom caminho. Dai-nos coragem para que sigamos os passos de vosso Filho na
prática do amor para com todos.
- T: Pai, nós cremos que Jesus é o nosso
salvador.
à Senhor, sabemos que pelo nosso batismo fomos chamados a ser profetas no
anúncio da Boa nova, através da prática do amor. Pai, fortalecei-nos com vossa
graça.
- T: Pai, nós cremos que Jesus é o nosso
salvador.
à Senhor, Enviai-nos a fortaleza do Espírito Santo para que saiamos de
nosso egoísmo e sejamos força ao injustiçado e instrumentos da paz e do perdão.
- T: Pai, nós cremos que Jesus é o nosso
salvador.
à Pai nosso... Oração da Paz, A Paz de Cristo... Cordeiro de Deus...
RITO DA COMUNHÃO (Diáconos e Ministros da Palavra)
Pres.: Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou: T.: Pai nosso...
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
Pres.: Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor Jesus nos ensinou: T.: Pai nosso...
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda de Cristo Salvador.
T.: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!
Pres.: Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos Apóstolos: “Eu
vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”. Não olheis os nossos pecados, mas a
fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo. Amém.
Pres.: A paz do Senhor esteja sempre com todos vocês!
T.: O amor de Cristo nos uniu.
Pres.: Meus irmãos, saudai-vos uns aos outros em Cristo.
T.: O amor de Cristo nos uniu.
Pres.: Meus irmãos, saudai-vos uns aos outros em Cristo.
Pres.: (mostrando a hóstia
consagrada) Eu sou o Pão vivo que desceu do céu.
Quem comer deste pão, viverá eternamente. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.
Eu sou a videira e vós sois os ramos. Quem permanecer unido a mim, este dará
muito fruto. Eu sou o bom Pastor. O Bom Pastor dá a vida pela sua ovelha. Vós
que estais cansados e fatigados, vinde a mim e Eu os aliviarei de vossos
fardos. ... Felizes os convidados para a ceia do
Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, Eis aquele que tira o pecado do mundo.
T.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
T.: Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo.
Pres.: (que o Corpo de Cristo nos guarde para a
vida eterna). Amém.
à Comunhão
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