34º Domingo Comum.
Cristo, Rei do Universo (Adaptado e postado pelo Diácono
Ismael)
SINOPSE:
TEMA:
“O meu reino não é deste mundo!” O último domingo do ano
litúrgico convida-nos a tomar consciência da realeza de Jesus; não é à maneira
dos reis deste mundo: é uma com a lógica de Deus.
Primeira
leitura: Deus vai intervir no
mundo eliminando a ambição, a violência, a opressão. Os cristãos verão nesse
“filho de homem” vitorioso um anúncio da realeza de Jesus.
Evangelho: Jesus a assume a sua condição de rei
diante de Pilatos. A realeza de Jesus não está na ambição, poder, autoridade e
violência, mas no amor, no serviço, no perdão, na partilha, no dom da vida.
Segunda
leitura: o Apocalipse apresenta
Jesus como o Senhor do Tempo e da História, o princípio e o fim de todas as
coisas, Aquele que há-de vir para instaurar o reino de felicidade, de vida e de
paz.
PRIMEIRA
LEITURA (Dn 7,13-14) Leitura da
Profecia de Daniel.
“Continuei insistindo na visão noturna,
e eis que, entre as nuvens do céu, vinha um como filho do homem, aproximando-se
do Ancião de muitos dias, e foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados
poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam: seu
poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que não
se dissolverá”.
AMBIENTE
- O Livro de Daniel aparece
na primeira metade do século II a.C., numa época em que o rei selêucida Antíoco
IV Epifanes procurava impor a cultura grega ao Povo de Deus (época de Judas
Macabeu e dos seus seguidores). O autor do Livro de Daniel pede aos concidadãos
que não se deixem vencer pela perseguição e que se mantenham fiéis aos valores
dos seus pais. Neste Livro, o autor garante-lhes que Deus está do lado do seu
Povo e que recompensará a sua fidelidade à Lei e aos mandamentos.
MENSAGEM - A “visão” com o aparecimento de um “filho de homem” “sobre as nuvens do
céu” tem uma origem transcendente. Ele vem de Deus e recebe de Deus um reino e
um poder que não é limitado pelo tempo. Deus vai intervir no mundo, a fim de
eliminar a violência que oprime os homens. A sua intervenção irá pôr fim à
perseguição dos justos. Jesus aplicará esta imagem do “filho de homem que vem
sobre as nuvens” à sua própria pessoa. Ao ser interrogado pelo sumo-sacerdote
Caifás, Jesus assumirá claramente que é “o Messias, o Filho de Deus bendito”, o
“Filho do Homem sentado à direita do Poder”, que virá “sobre as nuvens do céu” (Mc
14,61-62). Para os cristãos, Cristo é, esse “filho de homem” anunciado em Dan
7, que irá libertar os santos das garras do poder opressor e instaurar o reino
definitivo da felicidade e da paz.
ATUALIZAÇÃO ♦ Os reinos construídos pelos homens
baseiam-se num poder arrogante, e são geradores de exploração, de miséria, de
violência. O “profeta” acredita que o reino do mal não será eterno e que Deus
intervém na história para destruir essas forças de morte que impedem os homens
de alcançar a liberdade, a paz, a vida plena. Deus não abandona o seu Povo e
intervirá para a realização plena do homem.
♦ Jesus é o enviado ao encontro dos homens para lhes propor
uma nova ordem, em que os pobres, os débeis, os fracos, os marginalizados não
mais serão humilhados e espezinhados. Jesus introduziu a lógica do amor, do
serviço e da doação. O reino de Jesus já está presente na vida do mundo, como
uma semente a crescer ou como o fermento a levedar a massa. Compete a nós,
discípulos de Jesus, fazer com que esse reino seja, cada dia mais, uma
realidade bem viva, presente e atuante no mundo.
10.
EVANGELHO (Jo 18,33b-37)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, Pilatos chamou Jesus e
perguntou-lhe: “Tu és o rei dos judeus?” Jesus respondeu: “Estás dizendo isto
por ti mesmo, ou outros te disseram isto de mim?” Pilatos falou: “Por acaso,
sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
Jesus respondeu: “O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste
mundo, os meus guardas lutariam para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas
o meu reino não é daqui”. Pilatos disse a Jesus: “Então tu és rei?” Jesus
respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei. Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar
testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
AMBIENTE - Pilatos, o governador romano da Judeia,
é apresentado por Flávio Josefo como um governante duro e violento. O autor do
Quarto Evangelho descreve Pilatos como um homem fraco, indeciso e volúvel, uma
espécie de marionete habilmente manobrada pelos líderes judaicos. Na época em
que o autor do Quarto Evangelho escreve (por volta do ano 100), não era
conveniente para os cristãos acusar Roma, afirmando a sua responsabilidade no
processo que levou Jesus à morte. Assim, os escritores cristãos da época
preferiram amenizar o papel do poder imperial e, por outro lado, fazer recair
sobre as autoridades judaicas toda a culpa pela condenação de Jesus.
MENSAGEM - «Tu és o Rei dos judeus?» revela qual
era a acusação apresentada pelas autoridades judaicas contra Jesus: Ele tinha
pretensões messiânicas; pretendia restaurar o reino ideal de David e libertar
Israel dos opressores. Esta linha de acusação vê em Jesus um agitador político
empenhado em mudar o mundo. A resposta de Jesus situa as coisas na perspectiva
correta. Ele assume-se como o messias que Israel esperava e confirma,
claramente, a sua qualidade de rei; no entanto, descarta qualquer semelhança
com esses reis que Pilatos conhece. Os reis apoiam-se na força e impõem o seu
domínio e a sua autoridade; a sua realeza baseia-se na prepotência e na ambição
e gera opressão, injustiça e sofrimento… Jesus, em contrapartida, é um
prisioneiro indefeso; não cultiva os próprios interesses, mas quer amar os
homens até ao dom da própria vida… A sua realeza em vez de produzir opressão e
morte, produz vida e liberdade. Jesus vai apenas propor aos homens um mundo
novo, numa lógica de amor, de doação, de entrega, de serviço. A declaração de
Jesus causa estranheza a Pilatos. Ele não consegue entender que um rei renuncie
ao poder e à força e fundamente a sua realeza no amor e na doação da própria
vida. Na sequência, Jesus confirma a sua realeza e define o sentido e o
conteúdo do seu reinado. A realeza de que Jesus Se considera investido por Deus
consiste em «dar testemunho da verdade». Para o autor do Quarto Evangelho, a
“verdade” é a realidade de Deus. Essa “verdade” manifesta-se nos gestos de
Jesus, nas suas palavras, nas suas atitudes e, de forma especial, no seu amor
vivido até ao extremo do dom da vida. A “verdade” é o amor incondicional e sem
medida que Deus derrama sobre o homem, a fim de o fazer chegar à vida
verdadeira e definitiva. Essa “verdade” opõe-se à “mentira”, que é o egoísmo, o
pecado, a opressão, a injustiça, tudo aquilo que o impede de alcançar a vida
plena. A “realeza” de Jesus alcança-se através do amor, da partilha, do serviço
simples e humilde em favor dos irmãos. A proposta de Jesus provoca uma resposta
livre do homem. Quem escuta a voz de Jesus adere ao seu projeto e se compromete
a segui-lo, renuncia ao egoísmo e ao pecado e faz da sua vida um dom de amor a
Deus e aos irmãos. Essa é a comunidade do “Reino de Deus”.
ATUALIZAÇÃO ♦Jesus diz que, Ele é “rei” e recebeu de
Deus, como diz a primeira leitura, “o poder, a honra e a realeza” sobre todos
os povos da terra. Os grandes líderes das nações são homens com uma visão muito
limitada do mundo, que não se preocupam com o bem da humanidade e que conduzem
as suas políticas de acordo com lógicas de ambição pessoal ou de interesses
particulares. Cristo é o nosso rei, que Ele preside à história e continua a
caminhar conosco e a apontar-nos os caminhos da salvação e da vida.
♦ Diante
dos homens, Ele apresenta-se com a força do amor e da verdade. Não impõe nada;
só propõe aos homens que acolham no seu coração uma lógica de amor, de serviço,
de obediência a Deus e aos seus projetos, de dom da vida, de solidariedade com
os pobres e marginalizados, de perdão e tolerância. É com estas “armas” que Ele
vai combater o egoísmo, a autossuficiência, a injustiça, a exploração, tudo o
que gera sofrimento e morte. O mundo novo, de vida e de felicidade plena para
todos os homens nascerá de uma lógica de amor, de serviço e de dom da vida.
♦ Nós,
os que aderimos a Jesus e optamos por integrar a comunidade do Reino de Deus,
temos de dar testemunho da lógica de Jesus. Como Jesus, também nós temos a
missão de lutar – não com a força do ódio e das armas, mas com a força do amor
– contra todas as formas de exploração, de injustiça, de alienação e de morte…
♦ A
comunidade de Jesus (a Igreja) não pode estruturar-se com os mesmos critérios
dos reinos da terra… Deve interessar-se mais por dar um testemunho de amor e de
solidariedade para com os pobres e marginalizados; deve preocupar-se mais com o
serviço simples e humilde aos homens, do que com os títulos, as honras e os
privilégios.
SEGUNDA
LEITURA (Ap 1,5-8) Leitura do
Livro do Apocalipse.
Jesus Cristo é a testemunha fiel, o
primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da terra. A Jesus,
que nos ama, que por seu sangue nos libertou dos nossos pecados e que fez de
nós um reino, sacerdotes para seu
Deus e Pai, a ele a glória e o poder,
em eternidade. Amém. Olhai! Ele vem com as nuvens, e todos os olhos o verão,
também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito
por causa dele. Sim. Amém! “Eu sou o Alfa e o Ômega”, diz o Senhor Deus,
“aquele que é, que era e que vem, o Todo-poderoso”.
AMBIENTE - “Apocalipse” significa “manifestação de algo que está oculto”. É antes de
tudo um livro que traz a esperança. João, exilado na ilha de Patmos (uma
pequena ilha do Mar Egeu) por causa da sua fé, tem por missão comunicar aos
seus irmãos a fé e a esperança. Estamos na fase final do reinado do imperador
Domiciano (à volta do ano 95). As comunidades cristãs da Ásia Menor vivem numa
grave crise interna, resultante das heresias, da falta de entusiasmo de dar
testemunha da própria fé. Há também violenta perseguição que o imperador
ordenou contra os cristãos: muitos seguidores de Jesus eram condenados e
assassinados. Cheios de medo, abandonavam o Evangelho. É neste contexto de
perseguição, medo e martírio que vai ser escrito o Apocalipse. O objetivo do
autor é levar os crentes a revitalizarem o seu compromisso com Jesus e a não
perderem a esperança. A comunidade é convidada a aceitar Cristo como o
centro da história humana.
MENSAGEM - Três títulos cristológicos deviam fazer parte da catequese joanina:
“testemunha fiel”, “primogênito dos mortos”, “príncipe dos reis da terra”.
Jesus é a “testemunha fiel”
porque, com a sua vida, palavras, gestos de serviço, de amor e de doação, com a
sua entrega até à morte, testemunhou, de forma perfeita, o que Deus queria
revelar aos homens e mostrou aos homens o rosto do Deus-amor.
Jesus é o “primogênito dos
mortos”, porque foi o primeiro a vencer a morte e demonstrou-nos, que quem vive
nos caminhos de Deus não será vencido pela morte.
Jesus é o “príncipe dos reis da
terra”, porque inaugurou um reino novo, de vida e de felicidade sem fim.
A comunidade louva o seu Senhor:
“àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou do pecado e fez de nós um reino
de sacerdotes para Deus seu Pai, a Ele a glória e o poder pelos séculos dos
séculos. Amem”. A entrega na cruz de Jesus é expressão do amor sem medida com
que Ele ama todos os homens. Porque ama, Jesus convidou os homens a integrar um
reino novo, de amor e de paz; Jesus associou os homens à sua missão,
tornando-os sacerdotes que oferecem a Deus o culto das suas próprias vidas.
Jesus inseriu os homens numa dinâmica de vida nova, aproximou-os de Deus,
convidou-os a integrar a família de Deus. Jesus há-de vir ao encontro dos seus,
cheio de poder e majestade, a fim de inaugurar uma nova era de vida e de paz
sem fim (“entre as nuvens” – A imagem é tirada do Livro de Daniel Dan 7,13 – o
“filho de homem” que aparece sobre as nuvens está associado à vitória de Deus
sobre os reinos e os poderes do mundo). Recorda-se, assim que a última palavra
é de Deus. Por outro lado, todos poderão ver o coração transpassado de Cristo e
tomarão consciência de quanto Ele ama os homens. A vitória de Cristo
concretizar-se-á através do seu amor, feito dom a todos os homens. Conclui a
sua apresentação de Jesus, definindo-O como o princípio e o fim de todas as
coisas (o “alfa” e o “ómega”.), Aquele que era e que há-de vir. Os cristãos são
convidados a fazer de Jesus o centro das suas vidas.
ATUALIZAÇÃO ♦ Jesus é a figura do Senhor do Tempo e da História, princípio
e fim de todas as coisas; é a figura do “príncipe dos reis da terra”, que há-de
vir “por entre as nuvens” cheio de poder, de glória e de majestade para
instaurar um reino definitivo de felicidade, de vida e de paz: sejam quais
forem as dificuldades da história humana, será um caminho que desembocará nesse
reino novo de vida e de paz sem fim que Jesus veio anunciar.
♦ A ação de Jesus como Senhor da História não se concretizará
numa lógica de poder, de autoridade, de força, mas no amor de Jesus,
manifestado no dom da vida para libertar os homens do egoísmo e do pecado, para
os inserir numa dinâmica de vida nova, para os integrar na família de Deus.
Jesus, o nosso rei, é um rei que ama os seus com um amor sem limites e que, por
amor, ofereceu a sua vida em favor da liberdade e da realização plena do homem.
Neste dia em que celebramos a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do
Universo, somos convidados a agradecer pelo amor de Jesus que nos libertou do
egoísmo e da morte; e somos convidados, também, a ter a mesma atitude de Jesus;
ser amor, doação e serviço aos homens.
Pe. Joaquim - Pe. Barbosa - Pe.
Carvalho
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Rei do Universo
Neste último Domingo do Ano Litúrgico, CRISTO, REI DO UNIVERSO.
Por que essa Festa?
As Leituras bíblicas nos falam dessa Realeza.
A 1ª Leitura anuncia
um "Filho do Homem", vindo do céu ara instaurar um REINO sem fim. (Dn 7,13-14)
Os judeus eram oprimidos pela
dominação dos gregos. Antíoco IV
queria impor a cultura e a religião grega à força…
Daniel, numa linguagem apocalíptica, anima as comunidades à
resistência.
Esse Reino ainda hoje não se tornou uma realidade plena; contudo, o
Reino proposto por Jesus já está presente na vida do mundo, como uma semente a
crescer ou como o fermento a levedar a massa.
Compete a nós, discípulos de Jesus, fazer com que esse Reino seja uma
realidade bem viva e atuante em nosso mundo.
A 2a Leitura lembra que Cristo é o
"Príncipe dos reis da terra" que virá cheio de poder, de glória e
majestade para instaurar um REINO definitivo de felicidade, de vida e de paz. (Ap
1, 5-8)
No Evangelho, Jesus confirma a sua Realeza. (Jo 18, 33b-37)
Várias vezes querem fazê-lo
rei, mas ele sempre se esquiva.
- Próximo da sua Paixão… sozinho, abandonado até pelos amigos, sem
exército que pudesse vir a defendê-lo,
no tribunal diante de Pilatos que lhe pergunta: "Tu és o Rei dos Judeus?"
Jesus confirma a sua Realeza e define o sentido do seu Reinado: "Eu
sou REI. Mas o meu Reino não é desse
mundo...". "Para isso nasci e
para isso vim ao mundo. Para dar
testemunho da Verdade. E todo aquele
que é da Verdade, ouve a minha voz..."
* A Realeza de Cristo é diferente:
Um Rei que veio para servir e salvar.
Um soberano capaz de aceitar uma coroa de espinhos.
Um Rei cujo trono foi uma cruz no alto de um monte.
Cruz que se tornou símbolo de vitória para nós.
Esse Reino cresce onde se manifesta a atitude de serviço, a doação
generosa em favor dos irmãos, onde cresce o respeito pelos outros, o diálogo, o
perdão, a solidariedade... a justiça... o amor...
Hoje, CRISTO continua a nos repetir:
"Eu sou rei", não
um rei de coisas, mas um rei de gente,
- sem o PODER que os homens tanto aspiram…
- sem a GLÓRIA que os homens tanto procuram…
- sem os BENS que os homens tão avidamente desejam…
+ Jesus nos convida a fazer parte desse Reino e a trabalhar para que esse Reino aconteça na
vida de todos.
- No Pai Nosso, Jesus nos convida a rezar: "Venha a nós o vosso Reino"
Estamos aqui reunidos em
oração, porque somos "cidadãos desse Reino".
Façamos nossa a prece de
Cristo: "Venha a nós o vosso
Reino".
Reino de Verdade e de Vida; Reino de Santidade e de Graça; Reino de
Justiça, de Amor e de Paz…
Que assim seja…
Pe. Antônio Geraldo
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HOMILIA DO PE. PEDRINHO
Meus irmãos e irmãs, hoje
tenho uma pergunta aos catequizandos, que irão fazer a primeira comunhão, ou
qualquer outro que queira responder: o que significa a palavra DOMINAR? ( –
Tomar posse? – tomar conta? ) opa, já é diferente de tomar posse. Tomar posse é
o que os portugueses fizeram no Brasil séculos atrás. Então, dominar é tomar
posse ou tomar conta? É bem o tema de home. Temos duas posturas bem diferentes;
as duas, infelizmente, estão corretas, dependendo de como agente enxerga as
coisas. Se eu dominar, como estou acostumado a ver; um país entra dominando o
outro, o rei entra dominando os subalternos, o político derruba o outro, toma o
poder e depois ele quer dominar todo mundo, significa tomar posse. Agora,
quando Deus disse: crescei, multiplicai e dominai a terra, (Gêneis 1 e 2) Deus
não falou errado. Não é tomar posse, mas TOMAR CONTA, como se fosse o próprio
Deus cuidando. Então, você é chamado a dominar a terra, ou seja; cuidar da
terra como Senhor. Então, cada um de nós já temos um chamado; qual é? Se Deus
lhe deu a vida, é para você cuidar da sua vida, como se fosse Deus cuidando. Só
que tem pessoas que depende de outros para cuidar da vida. Aí que nós chamamos
RESPONSÁVEIS POR. Por exemplo: normalmente numa casa, quem são os responsáveis?
O pai e a mãe, mas pode inverter; em determinado tempo, o pai e a mãe já têm
certa idade, aí é os filhos que devem cuidar, como se fosse o próprio Deus
cuidando. Então, tanto o pai, a mãe cuidando dos filhos como se fosse o próprio
Deus e os filhos cuidando dos pais como se fosse o próprio Deus. Assim, o
Presbítero (padre) deve cuidar da comunidade como se fosse o próprio Deus.
Assim, o chefe da empresa deve cuidar de seus funcionários, como se fosse o
próprio Deus. Assim, também, o prefeito cuidar da cidade, o governador, o
presidente, cuidar como se fosse o
próprio Deus. Nem preciso falar muito; desde as famílias, passando pelo
presbítero e acabando nos presidentes, estamos longe de cuidar, como se fosse o
próprio Deus cuidando. Uns, por limitação do próprio pecado. Outros, por
ganância. Outros, ao invés de cuidar, querem ser cuidados. Em determinado
momento, Deus disse: vou mandar determinadas pessoas para cuidar de meu povo.
Alguém se lembra de algum nome de rei que aparece na Bíblia? – rei Davi – sim,
e é o mais admirado de todos até hoje. Ele foi perfeito em tudo o que ele fez?
Não. Ele cobrou tanto imposto do povo, que parecia os dias de hoje. Só que não
devolvia para o povo. Foi contraindo, assim, muitas riquezas, quis até
construir um santuário. Aí, Deus disse: agora chega. Quem decide onde eu moro
sou eu. Teu filho vai construir um santuário. Você não. Assim que nós temos o
rei Salomão, que vai construir o templo. Salomão foi perfeito? Não. Quando
morreu o povo disse ao seu filho: teu pai nos assolava, impunha-nos dura
escravidão. Deixa o povo, agora, ser um pouco mais livre. O filho dele falou:
meu pai pesava em vocês com um dedo. Eu vou pesar com a mão inteira. Todos os
reis falharam. Sabe por que? Tiveram a oportunidade, aí entra a tentação; o que
que eu faço: sirvo o povo ou me sirvo do povo? Então, entre tomar conta e tomar
posse, a maioria preferiu tomar posse. Deus falou: bom, então vou eu
pessoalmente dizer como é que eu gostaria que fosse. Aí, então, se torna homem,
enquanto homem descobre não o caminho não do servo glorioso, mas do servo
sofredor. É assim que temos Jesus. Jesus é rei? Nós cremos que sim. Qual é a
coroa que Jesus traz consigo? Coroa de espinhos. Qual é o trono? A cruz. Que
vestes ele usa? Ele é totalmente despido para ser crucificado. Então, é um tipo
de rei, que nenhum rei quer ser. Pergunte se alguém topa ser crucificado para
salvar o seu povo. Não. Normalmente eles põem o povo para salvar o rei. Eles
não vão para a guerra. Mandam os outros. Então, veja; Jesus se torna um rei,
que incomoda as pessoas. Talvez incomode até nós mesmos. Porque é difícil se
colocar a serviço do povo cem por cento, mas Jesus fez isto. A segunda leitura
diz que Ele é o servo fiel. Ele realizou todo que era de se esperar de um
representante de Deus na terra. Tão perfeito e tão plena a sua realização, que
Ele mostra a própria imagem de Deus. Ele não se torna representante,
embaixador, mas é o próprio Deus feito homem. Aí é que está. Como Ele venceu o
pecado, porque os outros não conseguiram vencer o pecado, mas foram vencidos
por ele, o pecado, Jesus vencendo o pecado, destruiu a morte. Destruindo a
morte nos deu vida eterna. Durante todo o ano celebramos mistérios da nossa fé.
Aquilo que Jesus conquistou a nosso favor. Um dos mistérios é este: Nós cremos
que Jesus vai voltar um dia. Não para ser crucificado novamente, mas para TOMAR
POSSE do Reino que é dele. Porque Ele pode tomar posse. Olha, que agora estou
falando de posse. Ele pode tomar posse, porque Ele ensinou, sempre, que quem
quer ser o maior, seja o servo de todos. Então, ser subalterno a Jesus, é a
maior liberdade que podemos ter, porque Ele não precisa de nada de nosso
serviço. De nada. Muito bem. Nós cremos que Ele vai voltar. É isso que estamos
celebrando hoje. Jesus, Senhor do mundo e do universo, tomará posse de toda
obra do Criador. Hoje é o último dia do ano litúrgico. O ano litúrgico não
segue o ano civil. O ano litúrgico termina no trigésimo domingo do tempo comum.
Domingo que vem começamos o advento, que é a preparação para a vinda do Senhor.
A Igreja caminha, assim, através do Concílio. Você tem o Advento, quatro
domingos, em que nos preparamos para o Natal, depois vem o Natal, o tempo de
Natal e depois vem o Tempo Comum. Primeiro, segundo, terceiro, quarto domingo
comum, chega um ponto em que começamos a quaresma, que é a preparação para a
Páscoa. Celebra-se a Páscoa, depois o
Tempo Pascal e depois volta nos domingos do Tempo comum, até o trigésimo
quarto, que é hoje, onde Celebramos Jesus, o Rei do Universo. Quem nunca falta
nas Celebrações dominicais, ao longo de três anos, lê a Bíblia inteira, porque
tem o ano A, B e C. hoje termina o ano B, que é o Evangelho de Marcos, e semana
que vem começa o ano C, que é o Evangelho de Lucas. Que beleza a nossa Igreja.
Muitos dizem que celebramos sempre a mesma coisa e isto não é verdade. Cada dia
do ano tem uma razão especial na nossa fé para ser Celebrada. É isso que vamos
professar agora. Crer nesse Jesus, que é, que era e que há de vir.
Louvado seja Nosso Senhor
Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO – Diocese de
Santo André – SP
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HOMILIA
DE D. HENRIQUE SOARES
Modelo I
“O
Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria,
a força e a honra. A ele a glória e poder através dos séculos” (Ap 5,12; 1,6). Estas
palavras são da Antífona de Entrada da Solenidade de hoje e dão o sentido
profundo desta celebração de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo.
Uma pergunta que pode vir – deveria vir! – ao nosso coração é esta: Jesus é
Rei? Como pode ser Rei, num mundo paganizado, num mundo pós-cristão, num mundo
que esqueceu Deus, num mundo que ridiculariza a Igreja por pregar o Evangelho e
suas exigências?... Pelo menos do Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo o
mundo não quer saber... Como, então, Jesus pode ser Rei de um mundo que não
aceita ser o seu reinado? E, no entanto, hoje, no último domingo deste ano
litúrgico de 2003, ao final de um ciclo de tempo, voltamo-nos para o Cristo, e
o proclamamos Rei: Rei de nossas vidas, Rei da história, Rei dos cosmo, Rei do
universo. A Igreja canta, neste dia, na sua oração: “Cristo Rei, sois
dos séculos Príncipe,/ Soberano e Senhor das nações!/ Ó Juiz, só a vós é
devido/ julgar mentes, julgar corações”. O texto do Apocalipse citado
no início desta meditação dá o sentido da realeza de Jesus: ele é o Cordeiro
que foi imolado. É Rei não porque é prepotente, não porque manda em tudo, até
suprimir nossa liberdade e nossa consciência. É Rei porque nos ama, Rei porque
se fez um de nós, Rei porque por nós sofreu, morreu e ressuscitou, Rei porque
nos dá a vida. Ele é aquele Filho do Homem da primeira leitura: “Foram-lhe
dados poder, glória e realeza, e todos os povos, nações e línguas o serviam:
seu poder é um poder eterno que não lhe será tirado, e seu reino, um reino que
não se dissolverá”. Com efeito, o reinado de Cristo não tem as
características dos reinados do mundo.
(1) Ele é Rei não porque se distancia de nós, mas precisamente
porque se fez “Filho do homem”, solidário conosco em tudo. Ele
experimentou nossas pobrezas e limitações; ele caminhou pelas nossas estradas,
derramou o nosso suor, angustiou-se com nossas angústias e experimentou tantos
dos nossos medos. Ele morreu como nós, de morte humana, tão igual à nossa. Ele
reina pela solidariedade.
(2) Ele é Rei porque nos serviu: “O Filho do Homem
não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos”
(Mc 10,45). Serviu com toda a sua existência, serviu dando sempre e em tudo
a vida por nós, por amor de nós. Ele reina pelo amor.
(3) Ele é Rei porque tudo foi criado pelo Pai “através dele e
para ele” (Cl 1,15); tudo caminha para ele e, nele, tudo
aparecerá na sua verdade: “Quem é da verdade, ouve a minha voz”. É
nele que o mundo será julgado. A televisão, os modismos, os sabichões de
plantão podem dizer o que quiserem, ensinarem a verdade que lhes forem
conveniente... mas, ao final, somente o que passar pelo teste de cruz do Senhor
resistirá. O resto, é resto: não passa de palha. Ele reina pela verdade.
(4) Ele é Rei porque é o único que pode
garantir nossa vida; pode fazer-nos felizes agora e pode nos dar a vitória
sobre a morte por toda a eternidade: “Jesus Cristo é a testemunha fiel
e verdadeira, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos, o soberano dos reis da
terra”. Ele reina pela vida.
Sim, Jesus é Rei: “Eu sou Rei! Para isto nasci, para isto vim ao
mundo!” Mas seu Reino nada tem a ver com o triunfalismo dos reinos
humanos – de direita ou de esquerda! Nunca nos esqueçamos que aquele que entrou
em Jerusalém como Rei, veio num burrico, símbolo de mansidão e serviço. Como
coroa teve os espinhos; como cetro, uma cana; como manto, um farrapo escarlate;
como trono, a cruz. Se quisermos compreender a realeza de Cristo, é necessário
não esquecer isso! A marca e o critério da realeza de Cristo é e será sempre, a
cruz!
Hoje, assistimos, impressionados, a paganização do mundo, e perguntamos: onde
está a realeza do Cristo? – Onde sempre esteve: na cruz: “O meu reino
não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam
para que eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui”. O
Reino de Jesus não é segundo o modelo deste mundo, não se impõe por guardas,
pela força, pelas armas: meu Reino não é daqui! É um Reino que vem do mundo do
amor e da misericórdia de Deus, não das loucuras megalomaníacas dos seres
humanos. E, no entanto, o Reino está no mundo: “Cumpriu-se o tempo; o
Reino de Deus está próximo” (Mc 1,15); “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso
os demônios, então o Reino de Deus já chegou para vós” (Lc 11,20). O
Reino que Jesus trouxe deve expandir-se no mundo! Onde ele está? Onde estiverem
o amor, a verdade, a piedade, a justiça, a solidariedade, a paz. O Reino do
Cristo deve penetrar todos os âmbitos de nossa existência: a economia, as
relações comerciais, os mercados financeiros, as relações entre pessoas e
povos, nossa vida afetiva, nossa moral pessoal e comunitária.
Celebrar Jesus Cristo Rei do Universo é proclamar diante do mundo que somente
Cristo é o sentido último de tudo e de todos, que somente Cristo é definitivo e
absoluto. Proclamá-lo Rei é dizer que não nos submetemos a nada nem a ninguém,
a não ser ao Cristo; é afirmar que tudo o mais é relativo e menos importante
quando confrontado com o único necessário, que é o Reino que Jesus veio trazer.
Num mundo que deseja esvaziar o Evangelho, tornando Jesus alguém inofensivo e
insípido, um deus de barro, vazio e sem utilidade, proclamar Jesus como Rei é
rejeitar o projeto pagão do mundo atual e proclamar: “O Cordeiro que
foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a
honra. A ele a glória e poder através dos séculos”. Amém (Ap 5,12; 1,6).
Modelo II
Caríssimos em Cristo, este é o último Domingo do Tempo Comum, e a Igreja
contempla, adora e proclama o seu Senhor, Jesus Cristo, como Rei e Senhor do
universo! Depois de termos percorrido todo o Ano Litúrgico, começando lá atrás,
com o Advento que nos preparava para o Natal; depois de termos atravessado a
penitência quaresmal e o júbilo pascal, depois das trinta e três semanas do
longo Tempo Comum, eis-nos agora, ao final do ano da Igreja, proclamando que o
Senhor do universo, o Rei do tempo e da eternidade é o Cristo nosso Deus!
Rei do Universo! Título pomposo, esse! E pode nos levar à descrença e ao
engano. À descrença, quando olhamos em torno a nós e constatamos que cada vez
mais Cristo parece reinar menos! Como é Rei? Nossa sociedade é pós-cristã e
neo-pagã, os traços do cristianismo e as marcas de respeito pelo Senhor Jesus
vão se diluindo e desaparecendo rapidamente... Jesus não mais é rei nas famílias,
Jesus não mais é rei nas nossas escolas, Jesus não mais é rei nos nossos
ambientes de trabalho, não mais é rei nas nossas leis nem dos nossos
legisladores e governantes... Hoje reina o paganismo, hoje reina o relativismo,
hoje reina a banalização do que é sagrado... Não será, então, uma tremenda
ilusão, uma alienação de quem não quer ver a verdade dos fatos, dizer que
Cristo é Rei? Não estaria a Igreja tão tonta de ilusão, que pensa ainda como se
fora dois ou três séculos atrás? O mundo nos grita aos ouvidos: "Não!
Cristo não é mais Rei! Não queremos que esse aí reine sobre nós! Que reine a
nossa ciência; que reine a nossa vontade, na terra como no céu; que reine nosso
prazer; reinemos nós mesmos, como senhores do bem e do mal, do certo e do
errado, da vida e da morte!" É assim, meus irmãos, que olhando a realidade
atual, a festa de hoje pode nos levar à descrença, a uma tremenda tristeza, a
um inapelável desânimo! Somos súditos de um Reino sem espaço e de um Rei sem
trono nem poder... Parece que o Reino no qual apostamos não passa de um conto
de fadas desmentido pela realidade tão dura, rude e poderosa...
Mas, esta visão deprimida e descrente somente pode ser possível se entendermos
de modo enganoso a festa deste hoje. E é fácil compreendê-la assim, de modo
errado. Vejamos, então! Quando afirmamos que Cristo é Rei, de que Reino estamos
falando? De que modo de reinar? De que tipo de Rei? No Evangelho de hoje,
Pilatos perguntou a Jesus: “Tu és Rei?” E Jesus confirma, mas
esclarece: “O meu Reino não é deste mundo. Meu Reino não é daqui!” Eis!
Um Reino que não é como os reinos deste mundo; um Reino que não tem de modo
algum os critérios dos reinos daqui... Um Reino que não se vê pela dimensão do
território, não se conta pelo poder de suas tropas... “Meu Reino não é
daqui!” Trata-se, como diz o Prefácio da Missa de hoje, de um “reino
eterno e universal: reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça,
reino da justiça, do amor e da paz”. Jesus é Rei não porque manda em tudo e em
todos; é Rei não porque o mundo o reconhece e o adora... Nada disso! É verdade
que, ao fim da história humana, toda a criação e toda a humanidade serão por
ele julgadas e nele transfiguradas. As palavras da primeira leitura desta
Celebração não são uma brincadeira nem uma fábula: “Entre as nuvens do
céu vinha um como Filho do Homem, aproximando-se do Ancião de muitos dias, e
foi conduzido à sua presença. Foram-lhe dados poder, glória e realeza e todos
os povos, nações e línguas o serviam. Seu poder é um poder eterno que não lhe
será tirado, e seu reino, um reino que não se dissolverá”... Certamente,
a glória do Senhor se manifestará de modo claro, palpável e inapelável ante
todos nós e toda a humanidade; certamente o Senhor haverá de nos julgar a todos
e a cada um de nós; certamente, a nossa história e a história humana toda serão
passadas a limpo no Cristo... Mas, Jesus será tudo isso porque ele é o Filho do
Homem, isto é, aquele que se fez homem, se fez pequeno, tomando nossa pobre
condição humana! Aqui está a chave para compreender o reinado de Jesus! Ele não
é Rei porque é grande e mandão; ele é Rei porque é Servo, porque nos amou a
ponto de dar a vida por nós e por toda a humanidade. Observem que toda vez que
a liturgia de hoje fala da sua Realeza, proclama seu amor que fê-lo morrer por
nós. Escutem: “Eis que vem sobre as nuvens e todos os olhos o verão,
também aqueles que o traspassaram. Todas as tribos da terra baterão no peito
por causa dele!” Compreendem? Aquele que vem como Deus, sobre as
nuvens, aquele que será contemplado, reconhecido um dia por todos, é o mesmo
que foi traspassado na cruz! Toda a humanidade que o traspassou baterá no
peito, arrependida, chorosa, admirada de tanto amor! Vejam outra passagem, o
versículo do Apocalipse, que o Missal traz como antífona de entrada da Festa de
hoje: “O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a
divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele a glória através dos séculos”
(Ap 5,12; 1,6). É impressionante, caríssimos: aquele que é digno de receber
todo louvor não é forte e altivo como um leão, mas doce e pacífico como um
cordeiro; o Cordeiro que foi imolado, transpassado por nós! Ele é digno não
porque nos amedronta com sua grandeza, mas porque nos conquista com seu amor e
sua generosidade a ponto de se ter deixado imolar por nós! É o “Jesus
que nos ama, que nos libertou com seu sangue; que fez de nós um Reino e
sacerdotes para o seu Deus e Pai... A ele a glória e o poder...”
Compreendem, caríssimos? O Reinado de Cristo não se impõe pela força, não se
mede com a medida do mundo, não obedece aos nossos critérios! Cristo é Rei sim;
é Senhor de todas as coisas, sim; haverá de nos julgar, sim: mas os seus modos,
os seus tempos, os seus critérios não são os nossos! Por isso mesmo, a Festa de
hoje não é um grito de triunfalismo tolo, mas sim uma firme e humilde
proclamação do Senhorio de Cristo, na certeza de que o seu Reino já está
presente no mundo. Este se manifesta nas coisas humildes e pequenas, a começar
pela nossa vida. O Reino de Cristo deve aparecer sobretudo na vida da Igreja e
na vida dos cristãos. Ali, onde o amor de Cristo é acolhido com doçura e
bondade; ali, onde reina o amor e a caridade; ali onde o serviço e o perdão
estão presentes; ali, onde se reza e se busca realmente levar a cruz com Cristo
até a morte... É aí, nessas situações bem concretas, que o Reino de Cristo
faz-se presente desde já... Cuidemos de ser atentos! Num mundo que adora tudo
que é “mega” (mega-show, mega-evento, etc), tudo quanto é vistoso e
pirotécnico, o Reino se apresenta com critérios totalmente opostos!
Eis a grande lição da Festa deste hoje: o tempo, a história, o cosmo... tudo
corre para Jesus: ele é o Alfa e o Ômega, o A e o Z, o Primeiro e o Último! É
nele, no critério da sua cruz, que tudo será avaliado, tudo será julgado! Ao
Reinado de Cristo, um Dia – no seu Dia - tudo estará plenamente submetido! Mas,
nunca esqueçamos: aquele que é nosso Rei e Juiz é o nosso Salvador, o humilde
Filho do Homem, que se manifestará revestido de glória porque morreu por
nós: “Jesus Cristo é a Testemunha fiel, o Primogênito dentre os mortos,
o Soberano dos reis da terra”. A ele a glória pelos séculos dos
séculos. Amém.
D. Henrique Soares
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e ministros
extraordinários da Palavra):
LOUVOR após a coleta: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE
O ALTAR):
à O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR N/ DEUS...
à COM
JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
1 à Senhor, nosso Deus
e Pai, grande é o vosso amor nos enviando vosso Filho para nos salvar!
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
2à Nós vos damos
graças pelo nosso batismo e por nos acolher como filhos vossos!
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
3à Obrigado, Pai, pelo
perdão de nossos pecados.
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
4à Enviai o Espírito
Santo para que saibamos praticar o bem e fazer a Vossa vontade!
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
5à Pai, hoje aclamamos
Jesus como nosso Rei e nosso Pastor. Guiai-nos, pai, para as águas vivas da
vida eterna!
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
6à Ajudai-nos a ver
nos irmãos e irmãs a vossa imagem e semelhança, para que saibamos perdoar e ser
auxílio!
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
7à Pai, dai-nos a
vossa graça para espelharmos vossa luz ao mundo como sinal de esperança.
T: Nós vos louvamos, ó Deus de Bondade.
à PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o
Cordeiro...
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