quinta-feira, 30 de junho de 2016

São Pedro e São Paulo, Subsídios homiléticos, homilia dominical

São Pedro e São Paulo 03/07/2016
SINOPSE:
Tema: Exemplos de fidelidade a Jesus Cristo (Pedro e Paulo).
Evangelho: Jesus confia a Pedro e à Igreja a missão de testemunhar o seu projeto.
Primeira leitura: Deus cuida dos discípulos quando o mundo os rejeita.
Segunda leitura: Paulo apresenta o “testamento”, “balanço final” do seu compromisso com o Evangelho.

EVANGELHO (Mt 16,13-19) Jesus perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu é o Messias, o Filho do Deus vivo”. Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, por que não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

AMBIENTE - A proposta de Jesus não é acolhida, senão por um pequeno grupo. Jesus pergunta aos discípulos não para ver sua popularidade, mais para tornar as coisas mais claras.

MENSAGEM – Muitos vêem Jesus em continuidade com o passado. Reconhecem que Jesus é um homem enviado ao mundo como os profetas … A opinião dos discípulos vai muito além. Pedro diz: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus”. Ele é esse libertador que Israel esperava, enviado por Deus para libertar o seu Povo. Jesus não é, apenas, o Messias: é, também, o “Filho de Deus”; significa reconhecer a profunda unidade e intimidade entre Jesus e o Pai e que Jesus realiza os projetos do Pai no meio dos homens.
Na segunda parte, Jesus elogia Pedro (a comunidade) pela fé que o anima. Pedro é “a rocha” sobre a qual a Igreja de Jesus vai ser construída? Mateus está afirmando que a base sobre a qual vai assentar a Ekklesia de Jesus é a fé que Pedro. Jesus promete a Pedro “as chaves do Reino dos céus” e o poder de “ligar e desligar”. “atar e desatar” designava interpretar a Lei com autoridade. Assim, Jesus nomeia Pedro como “administrador” da Igreja, com autoridade para interpretar as palavras de Jesus, para adaptar os ensinamentos a novas necessidades e situações, e para acolher ou não novos membros na comunidade do Reino (atenção: todos são chamados a integrar a comunidade do Reino; mas aqueles que não estão dispostos a aderir às propostas de Jesus não podem aí ser admitidos).
Pedro é o protótipo do discípulo; nele, está representada essa comunidade que se reúne em volta de Jesus e que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus confia as chaves do Reino e o poder de acolher ou excluir.
Por isso, nesse dia celebramos também o DIA DO PAPA, que ainda hoje continua sendo sinal de unidade e de comunhão na fé. O Papa é o chefe visível da Igreja na terra.
Em dois mil anos de Cristianismo, até hoje, Pedro teve 265 sucessores! Podemos dizer, ontem Pedro, hoje Francisco.

ATUALIZAÇÃO ** Muitos vêem em Jesus um homem bom, generoso, que sonhou com um mundo diferente; outros um admirável “mestre” de moral, que tinha uma proposta de vida “interessante”, mas que não conseguiu impor os seus valores; outros vêem em Jesus um revolucionário, ingênuo e inconsequente, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre, que procurou promover os pobres e os marginais e que foi eliminado pelos poderosos, preocupados em manter o “statu quo”.
• Para os discípulos, Jesus foi bem mais do que “um homem”. Ele foi e é “o Messias, o Filho de Deus vivo”. A proposta que Ele apresentou é uma proposta de Deus, destinada a tornar um pessoa nova, capaz de à vida plena da felicidade sem fim. o “Messias, Filho de Deus”, é alguém que nos transforma, renova e nos encaminha para a vida eterna e verdadeira.
•  O que é a Igreja? - é a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus como “o Messias, o Filho de Deus”.
• A Igreja existe para testemunhar a proposta de salvação que Cristo veio oferecer.

PRIMEIRA LEITURA (Atos 12, 1-11) Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender Pedro. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava por ele. Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” Pedro acompanhou-o e não sabia o que estava acontecendo, pois pensava que era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu se sozinho. Eles saíram e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”

AMBIENTE – Nova perseguição de Herodes Agripa I, neto de Herodes, o Grande. Estamos no ano 42. Pedro foi preso, e libertado. É uma catequese de como Deus cuida dos discípulos que dão testemunho.

MENSAGEM - O plano de Deus continua a cumprir-se, mesmo depois da partida de Jesus.
1. A morte de Tiago e a prisão de Pedro mostram como o projeto de Deus gera confronto com as forças da opressão. Mas as dificuldades do mundo não podem calar o testemunho dos discípulos.
2. “A Igreja orava por ele”, mostra a unidade da Igreja e que Deus escuta a oração da comunidade.
3. A libertação de Pedro mostra que Deus está com sua igreja e cuida daqueles que dão testemunho.

ATUALIZAÇÃO A Igreja de Jesus é uma comunidade comprometida com a transformação do mundo.
• O projeto de Deus gera oposição dos que levam vantagem na exploração, na injustiça.
• Nos momentos de perseguição, Deus não nos abandona, dando-nos a coragem.
• A importância da união e da solidariedade da comunidade, com os irmãos que estão em sofrimento. A oração é uma forma de solidariedade.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 33 (34)
De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
• Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, / seu louvor estará sempre em minha boca. / Minha alma se gloria no Senhor; / que ouçam os humildes e se alegrem!
• Comigo engrandecei ao Senhor Deus; / exaltemos todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de todos os temores me livrou.
• Contemplai a sua face e alegrai-vos, / e vosso rosto não se cubra de vergonha! / Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido; / e o Senhor o libertou de toda a angústia.
• O anjo do Senhor vem acampar / ao redor dos que o temem e os salva. / Provai e vede quão suave é o Senhor! / Feliz o homem que tem nele o seu refúgio

SEGUNDA LEITURA (2Timóteo 4,6-8. 17-18 Quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça. O Senhor me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada as nações. O Senhor me libertará e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
AMBIENTE - Paulo convida a redescobrir o entusiasmo por Jesus e pelo testemunho da Boa Nova.

MENSAGEMPaulo doou sua vida ao Evangelho. Resta-lhe receber a coroa de glória, reservada aos vencedores.  Há duas maneiras de dar a vida por Cristo: uma é gastá-la dia a dia; outra é derramar o sangue por causa da fé. Paulo conheceu as duas modalidades; imitar Paulo é um desafio. O autor pede: apesar das dificuldades, descubram a presença de Deus, confiem, mantenham-se fiéis ao Evangelho: assim recebereis a salvação que Deus reserva a quem combateu o bom combate da fé.

ATUALIZAÇÃO • Paulo é modelo. O caminho não é fácil, mas vale a pena, pois conduz à vida plena.
• Aquele que escolhe Cristo não está só; o Senhor está ao seu lado, dá-lhe força, e livra-o de todo o mal.
Olhando a escolha de Pedro para conduzir a Igreja, podemos perceber que Jesus fundou a sua Igreja sobre a fragilidade humana, ela foi fundada sobre a responsabilidade de um homem sujeito a falhas!
Jesus não edificou a sua igreja sobre homens considerados grandes aos olhos do mundo, mas sobre Pedro, um homem de origem simples, que representa os homens de toda história da Igreja: homens santos e pecadores!

Ambos foram perseverantes na missão que o Senhor lhes confiara: entre lágrimas plantaram a Igreja de Cristo. Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor.

Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor. Eis a maior de todas a honras e de todas as glórias para serem herdeiros de sua glória. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos! Que eles intercedam por nós na glória de Cristo, para que sejamos fiéis como eles foram.
Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida por Francisco. Nossa comunhão com Pedro é garantia na verdadeira fé. Rezemos, hoje, pelo nosso Santo Padre, Francisco. Que Deus lhe conceda firmeza na fé.

A resposta da comunidade representada por Pedro é uma profissão de fé no “Cristo, Filho do Deus vivo”. 
Essa profissão de fé não é fruto da lógica e do esforço humano, mas é revelação divina, pois quem o revela à comunidade é o próprio Pai, que está no céu. Foi a abertura da comunidade à revelação divina que possibilitou reconhecer o Cristo e confessar a fé nele. E é sobre a fé confessada no Cristo, Filho do Deus vivo, que a Igreja é edificada. A expressão “esta pedra” refere-se à confissão de fé e é um trocadilho com a palavra “Pedro”, por cujos lábios ela é pronunciada. O fundamento da Igreja é Jesus, pedra angular (Mt. 21,42), confessado por Messias/Cristo pela comunidade de seus seguidores.

1. Pedro recebe a revelação de que Jesus é o Messias: “não foi alguém de carne e sangue que te revelou isso, e sim meu Pai do céu” (v. 17b). Mas para Pedro Jesus não passa por um humano a ponto de enfrentar a morte. Pedro está ligado ainda a um Messias glorioso e poderoso (mentalidade da época).
2. Tanto que, logo após Jesus confirmar que Pedro será a pedra sobre a qual edificará a sua Igreja (v. 18-19), Jesus vai dizer-lhe que ele é pedra de tropeço (satanás), porque não pensa do modo de Deus, mas do modo humano (v. 22-23).
3. Jesus mostra as consequências como Messias (vv. 24-28: tomar a cruz … perder a vida … que adianta ganhar o mundo inteiro …). O reconhecimento de Jesus-Messias conduz ao testemunho e à cruz. Pedro vai fazer um longo processo de conversão para identificar sua vida com a do Mestre. Vai deixar de lado um Messias à moda humana (à nossa imagem e semelhança) para tornar-se discípulo à imagem e semelhança de Jesus-Messias-Servo (1ª leitura).
4. Pedro recebe o título de satanás, porque não é inspirado pelo Pai, a pedra que se transforma em tropeço (cf. Is. 8,14-15). Pedro não aceita a paixão do Mestre porque não compreende o valor que ela tem.

5. Pedagogicamente Jesus leva os discípulos para longe de Jerusalém, centro do poder político, econômico e ideológico. Cesaréia de Filipe é uma espécie de “periferia” e terra que espera um anúncio qualificado acerca de quem é Jesus. Assim, a partir dessa realidade, – longe das influências ideológicas do centro, – é que os discípulos são convidados a dar uma resposta plena de quem é Jesus.

6. Pedro responde: “Tu és o Messias (o Cristo), o Filho do Deus vivo!”(v. 16). Jesus é a realização das expectativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e história novas. Ele supera, portanto, a barreira do velho e introduz a grande “novidade” (o novo).
7. Reconhecer Jesus desse modo é ser bem-aventurado (v. 17), porque é o projeto de Deus. Ninguém chega a entender “quem é Jesus” a não ser no compromisso com suas propostas (a justiça do Reino) que são as mesmas do Pai.
8. O reconhecimento de Jesus é fruto da vivência de seu projeto (prática da justiça). E a partir de pessoas que, como Pedro, o reconhecem e o confessam é que nasce a comunidade (v. 18a).
9 Pedro, antes pedra de edificação, se torna “satanás”, pois propõe um messianismo diferente (já rejeitado por Jesus nas tentações – cf. 4,1-11).
10. Confessar é aderir a ele com todas as consequências que o testemunho acarreta. O Mestre não é do jeito que Pedro imagina. O Mestre não é do jeito que nós imaginamos. O Mestre quer que nós sejamos do jeito que ele é.
11. E o cristianismo, o que é? É o prolongamento da ação de Cristo que promove a justiça.
12. O poder da comunidade das testemunhas de Cristo é o poder do mesmo Cristo: é o próprio Jesus quem age na comunidade, permitindo-lhe ligar e desligar. É Jesus quem construirá e dará do que é seu. A comunidade administra esse poder a partir do testemunho que vive e anuncia.
13. E Pedro? Sua liderança leva a comunidade ao discernimento e aceitação de tudo o que promove a vida e ao discernimento e rejeição de tudo o que patrocina e provoca a morte.

No livro dos Atos dos Apóstolos vemos a comunidade que sofre por causa dos conflitos e perseguições.
14. Herodes mata por interesses políticos: agradar aos judeus.
15. Acontece com Pedro o mesmo que acontecera com Jesus. Há inclusive coincidência de datas: a referência à festa dos pães sem fermento (v. 3 com Lc. 22,1). Assim como o Pai libertou Jesus da morte, o anjo do Senhor liberta Pedro da prisão.
16. Face à perseguição, Deus é aquele que liberta a comunidade dos seus seguidores. Da mesma forma que libertou Jesus da morte, também conduzirá a comunidade através dos conflitos. E a comunidade, por sua vez, reproduzirá em sua vida a paixão e a páscoa de Jesus, que é uma “paixão” por um mundo novo e libertado.

17. O chamado ‘testamento de Paulo’. Chegou o momento de dar o grande testemunho. Seu sangue derramado, ele interpreta como sacrifício de valor expiatório: “já fui oferecido em libação” (v.6a). A libação de vinho, água ou óleo era, nos sacrifícios judaicos, derramado sobre a vítima (Ex. 29,40; Nm.
18. A morte não é o fim, mas o início da nova viagem. É o último gesto de auto-entrega, a porta de entrada para a meta definitiva. Qual meta? “O Senhor… me levará para o seu Reino eterno” (4,18b).
19. Olhando o passado, Paulo tem consciência de ter cumprido sua missão de forma exemplar, com garra e constância. Usa o exemplo do soldado: “combati o bom combate”, e do atleta que corre no estádio: “terminei minha corrida”. Mas o fundamental para ele é ter corrido em vista da evangelização: “guardei a fé!” (v. 7).
20. Paulo, Olhando para o futuro tem esperança de receber a coroa da justiça.
21. A paixão de Paulo é o prolongamento da paixão de Jesus (cf. Cl. 2,14: “completo em minha carne o que falta nas tribulações de Cristo”).
22. - Abandonado por todos, sua única esperança é Jesus. E isso se torna motivo de profunda alegria, que o leva a render graças e a dar glória a Deus enquanto viver (v. 18b).

R e f l e t i n d o
1. Nos santos se manifesta o que Deus faz por nós e como ele é admirável.
2. Os santos não foram isentos de limitações e pecados (não eram anjos!). O que importa realmente é que fizeram opção radical por seguir Jesus Cristo, confiantes na graça do Espírito e na misericórdia do Pai.
3. A verdade da resposta de Pedro revela a identidade de Jesus: “o Cristo, o Filho do Deus vivo!” Essa resposta comprometeu Pedro com Jesus, pois reconheceu quem ele é e a ele aderiu. Jesus o chama de bem-aventurado.
4. Quando não conhecemos (ou reconhecemos) “quem é Jesus”, não podemos segui-lo. Seguiremos as opiniões dos outros, as convicções dos outros, talvez o caminho dos outros, … mas não o caminho de Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo!
5. Apesar dessa confissão de fé, Pedro continua com suas limitações. Não aceita que Jesus fale de sua paixão (e Jesus o chama de satanás); não queria que Jesus lhe lavasse os pés; usa a espada no monte das oliveiras; negou Jesus três vezes… e fica indeciso diante dos problemas dos não-judeus e das tradições judaicas.
6. Entretanto, Ele será o responsável por manter unidos aqueles homens (tão diferentes) no seguimento de Jesus, o Mestre. Ele não é melhor que ninguém, talvez um dos mais “fracos” dos discípulos, pois, além de abandonar Jesus no pior momento, também o renegou. Por que Jesus o escolheu? Porque Pedro (apesar dos seus pecados) se entregou totalmente no seguimento de Jesus: “tu sabes que eu te amo! Tu sabes o quanto eu te amo! Tu sabes que eu sou fraco… mas tu sabes também o quanto te amo!”
7. Pedro é um homem comum, de carne e osso, “humano” como todos nós. Pedro é um homem verdadeiro, espontâneo, honesto. Quando reconhece que errou volta atrás, se arrepende e continua seu comprometimento com o Mestre. Comprometimento que levou até às últimas consequências: perseguido, preso e martirizado.
8. Pedro foi um homem muito parecido conosco, muito humano nas suas limitações e quedas. Mas foi um homem verdadeiro (honesto consigo mesmo!) que descobriu a verdadeira identidade de Jesus e o seguiu (entrega total, de corpo e alma) … até o fim!
9. Paulo de Tarso relembra as dificuldades por que passou, reafirma sua adesão a Cristo.
10. O encontro com Jesus muda a sua vida: de perseguidor para evangelizador (ai de mim se não evangelizar!).

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Toda Igreja unida

Celebrando hoje a festa de Pedro e Paulo, exaltamos seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e seu ardoroso testemunho no projeto libertador de Deus.

Na pessoa de Pedro, destaca-se o Pastor das Comunidades, aquele que é referência da fé para os irmãos.
Na pessoa de Paulo, aparece mais o líder Missionário, que forma comunidades e faz expandir a fé em todas as nações.
Pedro recorda mais a instituição... Paulo, o carisma...

As Leituras bíblicas nos falam dos dois Apóstolos:

Na 1ª Leitura, vemos PEDRO: (At 12,1-11)

Preso pelas autoridades... "para agradar os judeus"...
Guardado como "perigoso" por 16 homens... e libertado por Deus...
- O texto mostra que o testemunho dos discípulos gera oposição e morte.
  Mas a oposição não pode calar esse testemunho.
- Mostra uma Comunidade cristã unida e solidária, na Oração.
  E Deus escuta a oração da Comunidade...
- Mostra a presença efetiva de Deus na caminhada da Igreja e
  o cuidado de Deus para os que lhe dão testemunho.
  O nosso Deus não nos abandona...

Na 2ª Leitura vemos PAULO: (2Tm 4, 6-8.17-18)

Também está preso, pela última vez: Está ciente da própria condenação.
Faz um balanço final de sua vida a serviço do Evangelho:
- "Estou pronto... chegou a minha hora... combati o bom combate ...
    terminei a corrida... conservei a fé...
- E agora aguardo o prêmio dos justos...
 - O Senhor esteve comigo... a ele GLÓRIA..."
A própria Morte ele a vê como a Libertação definitiva...

* Suas palavras são um "testamento espiritual" sereno e alegre,  consciente do dever cumprido..
   Modelo de Missionário ardoroso e entusiasta...

No Evangelho, Pedro faz a Profissão de Fé e recebe o Primado. (Mt 16, 13-19)

O texto tem duas Partes:
- A primeira de caráter cristológico:
  centra-se em CRISTO e na definição de sua identidade:  "Tu é o Cristo, o Filho de Deus Vivo".
- Na segunda de caráter eclesiológico: centra-se na IGREJA que Jesus convoca à volta de Pedro:
  "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja".
A base ("Rocha") firme sobre a qual vai se assentar a Igreja de Jesus é a fé que Pedro e a Comunidade dos discípulos professaram: a fé em Jesus como o "Messias, Filho de Deus vivo".

Dessa adesão, nasce a Igreja, a Comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro.
A Pedro e à Comunidade dos discípulos é confiado o poder das chaves, isto é, a autoridade para interpretar as palavras de Jesus, às novas necessidades e situações e para acolher ou não novos membros na Comunidade dos discípulos do Reino.
Pedro torna-se assim uma figura de referência para os primeiros cristãos e desempenha um papel de primeiro plano na animação da igreja nascente.

+ PEDRO E PAULO são figuras gigantescas da Igreja primitiva, que tinha a missão de continuar a OBRA salvadora de Cristo...

Na Igreja, Pedro recebe poderes para desempenhar a sua missão: Por isso, nem o poder do inferno terá vez contra ela...

E essa promessa de Cristo não é apenas à pessoa de Pedro.
Se a Igreja deve permanecer, mesmo depois da morte de Pedro, devemos admitir que os poderes concedidos a Pedro,  passem também aos seus legítimos sucessores, que são os PAPAS...

Por isso, nesse dia celebramos também o DIA DO PAPA, que ainda hoje continua sendo sinal de unidade e de comunhão na fé.

O Papa é o chefe visível da Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, sobretudo hoje, com mudanças rápidas e violentas...
com contestações dentro e fora da Igreja...
Como é difícil saber discernir, no meio de tantas turbulências!...

Ele merece o nosso amor...
mas que não seja um amor só de palavras, mas um amor concreto...
Rezando por ele... escutando a sua voz... e praticando seus ensinamentos...

Relembrando as figuras de São Pedro e São Paulo, perguntemo-nos:
- Damos testemunho de Cristo, como eles, no ambiente em que vivemos?
- Acreditamos que somos responsáveis pela continuação do Projeto de Deus?

Relembrando a figura do Papa, continuemos a nossa oração, pedindo a Deus que lhe dê:
- MUITA LUZ... para apontar sempre o melhor caminho para a Igreja... e
- MUITA FORÇA... para enfrentar com otimismo e alegria as contestações do mundo moderno...

A Igreja é um corpo vivo, que se constrói com pedras vivas.
Todos colaboramos na construção, mas sob a guia e supervisão dos que são sucessores de Pedro (o Papa) e dos demais Apóstolos (os bispos).

                                       Pe. Antônio Costa
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Homilia do Pe. Pedrinho

Meus irmãos e irmãs, a nossa idéia era esta: nós conseguimos enxergar, que a fé vai sendo transmitida de uma geração para outra geração. Como é que  temos no Evangelho, que Maria cantou o Magnifat? Porque, certamente, ela cantava durante os seus afazeres. Como é que sabemos, que São José era carpinteiro? Porque alguém contou isto. E, com certeza, ele, como chefe da família, ele também rezava os Salmos. Assim, humanamente falando, eles foram transmitindo para Jesus todo o conhecimento bíblico, para que Jesus, enquanto homem, pudesse também transmitir também para a sua geração, aquilo que eles aprenderam de seus pais. Ora, Jesus vai transmitir tudo que sabe, porque ele mesmo diz: “já não vos chamo servos, mas amigos, porque tudo o que o Pai me revelou, eu vos transmiti”. Ele transmite para os doze e estes doze foram transmitindo para outros. Então, eu gostaria, que as pessoas se convencessem disto: não acabou este “de geração a geração”, de tal maneira, que em determinado ponto assumimos transmitir a fé em nosso bairro, em nossa cidade. Isto tem acontecido a mais de dois mil anos. É uma maravilha saber, que o que aprendemos de José, de Maria, passando por são Pedro e são Paulo, vem perdurando até o dia de hoje. São Pedro mostra para nós o caminho para estarmos ligados ao Céu. São Paulo nos revelou a fé, na medida em que ele buscou evangelizar os não judeus e os não judeus inclui a maioria de nós. Só temos a agradecer, agradecer a Deus, é evidente. Agradecer Nossa Senhora, São José e Jesus. Agradecer Pedro, Paulo e os fundadores desta comunidade. Claro, que aqui não podemos deixar de lembrar, que aqui também passa o martírio e o sofrimento. Eu dizia ontem para as crianças: não estamos de vermelho para homenagear a Espanha, não. Nada contra os Espanhóis, mas estamos de vermelho para lembrar o sangue dos mártires. Pedro e Paulo derramaram seu sangue pela causa de Jesus Cristo e Jesus derramou seu sangue para que toda a humanidade fosse salva.
Certamente, São José e Nossa Senhora não ficaram isentos de sofrimentos e quanto sofrimento! Existe um ditado, que diz: O sangue dos mártires rega as sementes de mais cristãos. Hoje, lembrando o martírio de Pedro e de Paulo, nós vamos lembrar destas sementes. Quem é que regou todas as sementes que nos antecederam?  Jesus Cristo. No momento em que se começou a Celebrar a Eucaristia, em cada Celebração fomos lembrando a memória de Jesus: “Fazei isto em minha memória”. Fazendo memória de Jesus Cristo, fomos fazendo Eucaristia. Que bom! Segundo São Paulo, temos dons diferentes segundo a graça que nos foi dada. Quais foram os dons de São Pedro? Certamente, um deles é a sinceridade. São Pedro não sabia bem esconder os seus sentimentos. Não sabia também filtrar as suas reações. De forma, que não é uma única vez, que está no Evangelho e Pedro sem saber o que dizer, disse tal coisa. Ou seja, o dom de São Pedro era mostrar a sua espontaneidade: “Ah, querem prender o mestre”?, Então, puxa a espada e corta no meio, que aliás pegou só na orelha do soldado.
Três anos Jesus falando “Amai-vos uns aos outros”, “Ame o seu inimigo” e na hora H ele esqueceu tudo isso e fez o que o seu coração mandava. Interessante isto. Outras vezes, ele morrendo de medo, se manda, nega Jesus. Pedro é quem ele é, mas tem uma coisa. Ainda ontem lembrava com os jovens a resposta de São Pedro: “Pedro, tu me amas”? – Senhor, tu sabes tudo, tu sabes que eu te amo. Jesus sabe tudo de Pedro: o quanto ele ama e o quanto ele é fraco. O quanto ele ama e o quanto ele tem dificuldade de entender a mensagem de Jesus. O quanto ele ama e conhece os seus pecados.
São Pedro é muito parecido com muitos de nós. Muitos de nós. Este é o dom que ele nos oferece. É interessante, que o Evangelho de hoje diz: que ele é a chave para estarmos ligados aos céus.  O que significa, que se formos iguais a ele, está ótimo! Jesus não quer mais do que isto. Se quer estar ligado ao céu, imite São Pedro. Está muito bom, está excelente.
Do outro lado temos São Paulo. Até hoje, no mundo religioso, teologicamente falando, não existiu um pensador que superasse São Paulo. Ninguém consegue produzir teologia, transmitir a fé de maneira mais organizada do que São Paulo. Ele é um intelectual de primeira. Como ele era cidadão romano, era destemido, não tinha medo de entrar em enrascada. Pedro, não. Coitado! Pedro era pescador que tinha pouca leitura. Paulo, não. Paulo recorre até ao imperador. Dons diferentes. Ele fazia questão de dizer: “Eu faço questão de não ser peso para ninguém”. Não é que ele se prevalecia do seu cargo para tirar privilégios, não! Ele utilizava daquilo que ele dispunha, para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Veja, que São Pedro e São Paulo são dons diferentes. É aí que entra cada um de nós. Cada um sabe fazer algo diferente dos outros. Alguém sabe montar as barracas para a quermesse e eu não sei. A comunidade é assim: um sabe fazer uma coisa, o outro outra coisa. Um pede aqui, outro faz ali. Um fica de nariz torto aqui, outro ali, mas vai caminhando. Por que? Porque ninguém sabe tudo. Jesus sabe o quanto o amamos e o quanto temos de dificuldade. O quanto buscamos levar o Evangelho e o quanto deixamos de fazer. “Senhor, tu sabes tudo”!
Então, hoje é um dia de agradecimento para todos nós. Eu fico feliz em saber, que vem aí uma geração nova para continuar o nosso trabalho. Daqui a sessenta anos, muitos estarão presentes, mas a maioria não! Certamente já vamos estar no céu! É isso que nós entregamos a vocês: novas sementes para serem regadas no sangue de Jesus Cristo na Eucaristia e para celebrarem: Celebrar as vitórias e também Celebrar as derrotas.
Cabe a nossa homenagem àqueles que deram o seu sangue e hoje estão na casa do Pai. Deus sabe direitinho. Isaías nos diz, que Deus tem o nome de cada um na palma da mão. Como Deus é infinito, cabe todos nós.
Peçamos a Deus que nos mantenha perseverantes.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Pedrinho – Diocese de Santo André, SP.

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Homilia de D. Henrique Soares da Costa

“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. – Estas palavras que o missal propõe como antífona de entrada desta solenidade, resumem admiravelmente o significado de São Pedro e são Paulo. A Igreja chama a ambos de “corifeus”, isto é líderes, chefes, colunas. E eles o são.

 Primeiramente, porque são apóstolos. Isto é, são testemunhas do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do testemunho que eles deram. Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos dias de sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente do colégio dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o Imperador Nero. Paulo não conhecera Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez se apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do Império Romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade à novidade cristã, separando a Igreja da Sinagoga. Por fim, foi preso e decapitado em Roma, sob o Imperador Nero.
O que nos encanta nestes gigantes da fé não é somente o fruto de sua obra, tão fecunda. Encanta-nos igualmente a fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”. Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como pastores solícitos pelo rebanho, buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no caminho… Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar…”
Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Em Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor: “Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”. Eis a maior de todas a honras e de todas as glórias de Pedro e de Paulo: beberam o cálice do Senhor, participando dos seus sofrimentos, unido a ele suas vidas até o martírio em Roma, para serem herdeiros de sua glória. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos; eis por que celebramos hoje, com alegria e solenidade o seu glorioso martírio junto ao altar de Deus! Que eles intercedam por nós na glória de Cristo, para que sejamos fiéis como eles foram.
Hoje também, nossos olhos e corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que é e será sempre a Igreja de Pedro. Alguns loucos, dizem, deturpando totalmente a Escritura, que ela é a Grande Prostituta, a Babilônia. Nós sabemos que ela é a Esposa do Cordeiro, imagem da Jerusalém celeste. Conhecemos e veneramos o ministério que o Senhor Jesus confiou a Pedro e seus sucessores em benefício de toda a Igreja: ser o pastor de todo o rebanho de Cristo e a primeira testemunha da verdadeira fé naquele que é o “Cristo, Filho do Deus vivo”. Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida por Bento XVI. Ao Santo Padre, nossa adesão filial, por fidelidade a Jesus, que o constituiu pastor do rebanho. Não esqueçamos: o Papa será sempre, para nós, o referencial seguro da comunhão na verdadeira fé apostólica e na unidade da Igreja de Cristo. Quando surgem, como ervas daninhas, tantas e tantas seitas cristãs e pseudo-cristãs, nossa comunhão com Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já não mais se constrói nem se regula pelos critérios do Evangelho, a palavra segura de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é conforme o Evangelho.
Rezemos, hoje, pelo nosso Santo Padre, Papa Francisco. Que Deus lhe conceda saúde de alma e de corpo, firmeza na fé, constância na caridade e uma esperança invencível. E a nós, o Senhor, por misericórdia, conceda permanecer fiéis até a morte na profissão da fé católica, a fé de Pedro e de Paulo, pala qual, em nome de Jesus, “Cristo Filho do Deus vivo”, os Santos Apóstolos derramaram o próprio sangue.
Ao Senhor, que é admirável nos seus santos e nos dá a força para o martírio, a glória pelos séculos dos séculos. Amém.
D. Henrique Soares da Costa

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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e Ministros extraordinários da Palavra):

LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)        -                 Mt 16,13-19 (Pedro e Paulo)
O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR, O NOSSO DEUS.
à Por Jesus, com Jesus e em Jesus, na força do espírito santo, louvemos ao Pai!
T:  louvor e glória a Vós, ó Pai de bondade!
1 Senhor, nosso Deus e Pai, nós vos louvamos pela vossa bondade. Vos agradecemos pelo carinho com que nos criastes e pelo ardor com que nos sustentais. Sabemos que não nos abandonais em nossas dificuldades, em nossas perseguições e em nossas lutas do dia a dia.
T :  louvor e glória a Vós, ó Pai de bondade!
2 Pai querido, hoje nos falastes, através de Pedro, que Jesus é o messias, o vosso enviado e que Ele é o Vosso Filho que nos destes para que possamos, através dele, alcançar o Vosso Reino. Nós vos agradecemos por nos terdes dado vosso Filho amado.
T:  louvor e glória a Vós, ó Pai de bondade!
3 Pai, dai-nos força e coragem para que possamos, um dia, dizer como Paulo: “Combati um bom combate”. Sabemos que é difícil pregar o Vosso Reino neste mundo de injustiças, de poder opressor, de ganância pelo lucro e cheio de corrupção. Dai-nos a coragem de Paulo e esse ardor de Pedro para que não desanimemos e sejamos corajosos em construir o Vosso Reino.
T:  louvor e glória a Vós, ó Pai de bondade!  
à PAI NOSSO... A Paz ...  Eis o Cordeiro de Deus...



quinta-feira, 23 de junho de 2016

13º Domingo do Tempo Comum, Subsídios homiléticos, homilias

13º Domingo do Tempo Comum (Adaptado pelo Diácono Ismael)

SINOPSE:
TEMA: “Liberdade de sermos filhos, mas com responsabilidade de nos tornarmos irmãos!”
Primeira leitura: Deus atua no mundo através dos homens; Eliseu escuta o chamado e vai.
Evangelho: o “caminho do discípulo” é de entrega total ao “Reino” e no respeito aos outros.
Segunda leitura: identificar-se com Cristo e dar-se por amor, é nascer para a liberdade.

PRIMEIRA LEITURA (1Rs 19,16b.19-21)
...o Senhor a Elias: unge Eliseu como profeta em teu lugar. ...Eliseu, lançou sobre ele o seu manto. Então Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias, dizendo: “Deixa-me primeiro ir beijar meu pai e minha mãe, depois te seguirei”. Elias respondeu: “Vai e volta!...” Ele retirou-se, tomou a junta de bois e os imolou. Com a madeira do arado e da canga assou a carne e deu de comer à sua gente. Depois levantou-se, seguiu Elias e pôs-se ao seu serviço.

AMBIENTE
séc. IX a.C. Época dos dois reinos divididos. Os profetas Elias e Eliseu no reino do norte (Israel). Época de desorientação: a fé jahwista e os deuses estrangeiros. Elias torna-se o grande defensor da fé jahwista. A leitura apresenta-nos, o chamamento de Eliseu.

MENSAGEM
Elias é unge Eliseu como profeta; ele será o instrumento de Deus. Eliseu está no campo a lavrar a terra quando Elias o convida a ser profeta: o profeta é sempre um homem normal a quem Deus chama, para lhe apresentar o seu desafio. Elias comunica a Eliseu o seu poder e o seu espírito profético. Eliseu imolou uma junta de bois, assou a carne e deu-a a comer à sua família; depois, seguiu Elias e ficou ao seu serviço. Abandonou da vida antiga, a ruptura com a própria família e a entrega total à missão profética. Exprime a radicalidade da sua entrega.

ATUALIZAÇÃO
 Deus age no mundo através dos homens que Ele chama.
O chamamento de Deus chega a Eliseu através da ação de Elias… o desafio de Deus nos chega através da palavra ou da interpelação de um irmão.

EVANGELHO
...Jesus ...tomou a decisão de partir para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes ...entraram num povoado de samaritanos... Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. ...os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” Jesus... repreendeu os. ...alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores.” Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça.” Jesus disse a outro: “Segue-me.” Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai.” Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus.” Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares.” Jesus respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está apto para o Reino de Deus.”

AMBIENTE
A “caminhada” de Jesus aqui é teológica: é um itinerário espiritual, no qual Jesus mostra os valores do “Reino”. Todo este percurso converge para a cruz: ela vai trazer a revelação que Jesus quer apresentar aos discípulos; a salvação definitiva. Todos são exortados a segui-lo.

MENSAGEM
1- hostilidade entre judeus e samaritanos. A primeira lição é a atitude que os discípulos devem assumir face ao “ódio” do mundo. Tiago e João pretendem uma resposta agressiva; mas Jesus avisa-os que o seu “caminho” no dom da vida e não a prepotência e na morte.

2-  Condições para percorrer, com Jesus, esse “caminho”:
A) O primeiro diálogo sugere despojar-se das preocupações materiais.
B) O segundo diálogo sugere despegar-se desses deveres e obrigações individuais e agir mais comunitariamente.
C) O terceiro diálogo sugere que o discípulo deve desapegar-se de tudo, não olhar com orgulho até mesmo as boas obras que fizera. O discípulo é convidado a eliminar da sua vida tudo aquilo que possa ser um obstáculo no seu testemunho quotidiano do Reino.

ATUALIZAÇÃO
 O “caminho” à vida plena, implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o dom de nós próprios, com o amor até às últimas consequências.
Jesus recusa responder à hostilidade do mundo com violência, agressividade, vingança. É preciso anunciar o Evangelho, mas no respeito por aqueles que querem seguir outros caminhos e fazer outras opções.
 Quem quiser seguir Jesus, não pode pensar nas vantagens materiais, nem nos interesses que deixou para trás, nem nas pessoas a quem tem de dizer adeus…

SEGUNDA LEITURA (Gl 5,1.13-18)
Paulo aos Gálatas: é para a liberdade que Cristo nos libertou. ...Fazei-vos escravos uns dos outros, pela caridade. Com efeito, toda a Lei se resume neste único mandamento: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Mas, se vos mordeis e vos devorais uns aos outros, cuidado para não serdes consumidos uns pelos outros. Eu vos ordeno: procedei segundo o Espírito... Pois a carne tem desejos contra o espírito, e o espírito tem desejos contra a carne. ...nem sempre fazeis o que gostaríeis de fazer. Se, porém, sois conduzidos pelo Espírito, então não estais sob o jugo da Lei.

AMBIENTE
Gálatas perturbados pelos “judaizantes”; e Paulo – para quem “Cristo basta” e para quem as obras da Lei já não dizem nada.

MENSAGEM
Para Paulo, a verdadeira liberdade consiste em viver no amor. O que nos escraviza é o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência. Só é livre aquele que se libertou de si próprio e vive para se dar aos outros. Essa Liberdade nasce pela adesão a Cristo; gera-se em cada pessoa um dinamismo interior que a identifica com Cristo e lhe dá capacidade de amar, de superar o egoísmo, o orgulho e os limites – ou seja, viver em liberdade. É o Espírito que alimenta essa vida de liberdade, a partir da nossa adesão a Cristo. Viver na escravidão é viver uma centrado em si próprio; viver na liberdade é sair de si e fazer da sua vida um dom, uma partilha.

ATUALIZAÇÃO
 Quando a “liberdade” se define a partir do “eu”, identifica se com “libertinagem”: é a capacidade de “eu” fazer o que quero; é a capacidade de “eu” poder escolher; é a capacidade de “eu” poder tomar as minhas decisões sem que ninguém me impeça… Esta liberdade gera, egoísmo, isolamento, orgulho, autossuficiência e, portanto, escravidão.

Para Paulo, só se é livre quando se ama. Aí, eu deixo de viver obcecado comigo e com os meus interesses e estou sempre disponível para me partilhar com os meus irmãos; fazem da vida uma oferta de amor aos irmãos.

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A Caminho de Jerusalém

Ao longo da História, Deus sempre CHAMOU pessoas para realizar seus planos.


Na 1ª Leitura, encontramos o Chamado de Eliseu: (RS 19,16b.19-21)

- O Profeta Elias, já idoso e cansado, recebeu a ordem de Deus de consagrar profeta um rico agricultor chamado Eliseu. Passando junto dele, lançou-lhe às costas o manto.
Este gesto indicava a missão profética com que Elias investia Eliseu.
- A resposta foi pronta e generosa. Foi em casa, sacrificou a junta de bois, que utilizava na antiga profissão. "Cortou todas as amarras" para dar-se radicalmente ao projeto de Deus.

* Eliseu é um homem normal, com uma vida normal a quem Deus chama, indo ao seu encontro na normalidade do trabalho diário, para lhe apresentar o seu desafio.
Esse chamado de Deus chega até Eliseu através de Elias...

A 2ª Leitura afirma que o seguimento de Jesus é uma escolha LIVRE.
Seguir Cristo é nascer para a vida nova da Liberdade. (Gl 5,1.13-18)
                               
O Evangelho  inicia a "Caminhada" para Jerusalém. (Lc 9,51-62)

É um itinerário espiritual, ao longo do qual Jesus vai mostrando aos discípulos os valores do Reino. Esse percurso converge para a cruz. E os discípulos são exortados a seguir o mesmo caminho.
O texto apresenta a recusa dos samaritanos em acolher Jesus e três candidatos a DISCÍPULOS:

+ A Recusa dos Samaritanos:
   Os samaritanos não aceitavam a atitude religiosa dos judeus que peregrinavam para Jerusalém, pois eles tinham o próprio templo.    Por isso queriam impedir a sua caminhada.
- A Reação de Tiago e João foi rápida e violenta:   "Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma?"- Jesus repreende a intolerância deles...
O caminho de Jesus não passa pela força e pela violência.

* As comunidades cristãs continuam enfrentando hostilidades.   O Discípulo não é chamado para lutar contra ninguém.   Diante dessas hostilidades, não deve ter nem intolerância... nem fanatismo...

+ 1º Chamado: Um desconhecido se oferece para segui-lo.
   A fama de Jesus o entusiasmava e satisfazia os próprios interesses...
   - A Resposta de Jesus foi desanimadora:      "As raposas têm tocas... e as aves têm ninhos..."  Não deve sonhar uma vida folgada. Não terá o conforto de uma morada.
    O Discípulo deve despojar-se totalmente das preocupações materiais...
    * Diante dessas palavras de Jesus, é possível aceitar atividades na comunidade
       para obter vantagens e privilégios?

+ 2º Chamado: Um desconhecido é convidado por Jesus a segui-lo.
    Ele aceita, mas pede para enterrar primeiro os pais.
    - Jesus: "Deixa que os mortos enterrem os seus mortos  mas tu, vai anunciar o Reino de Deus."
     O Discípulo deve desapegar-se  até dos deveres e obrigações, que impedem uma resposta imediata e radical ao reino.

+ 3º Chamado: Um terceiro se apresenta a Jesus. E Jesus: "Segue-me".
   - Ele: "Eu te seguirei (no futuro...), mas..."
   - Jesus: "Quem põe a mão no arado e olha para trás,  não é apto para o reino de Deus."
   * O Discípulo deve ser LIVRE, sabendo se desapegar de tudo, até da família, para fazer do Reino a sua prioridade fundamental...
      Os três aceitaram o convite, mas a decisão foi parcial...

Cristo exige de seus seguidores três qualidades:
- Disponibilidade pronta e total
- Desprendimento: renunciar seguranças humanas
- Perseverança: Não voltar atrás...

+ Deus ainda hoje continua chamando, propondo aos seus seguidores o "caminho" de Jerusalém. É um caminho exigente, que implica a renúncia a nós mesmos, aos nossos interesses, ao nosso orgulho, e um compromisso com a cruz, com a entrega da vida, com o amor até às últimas consequências.
- Jesus desaprova atitudes de violência à oposição e à hostilidade do mundo, embora a Igreja, muitas vezes, tem trilhado caminhos de fanatismo e intolerância... 

Dentro da comunidade, podemos ser chamados a um SERVIÇO, mandato...
Não será Elias... nem Jesus Cristo a nos chamar...
Deus poderá se servir de um fato, de uma necessidade, do convite de uma pessoa.
(Para um Retiro... para um Movimento... para uma Pastoral...)

Qual é a nossa resposta aos convites, aos chamados de Deus?
Será que ele pode contar de fato com cada um de nós?


                                             Pe. Geraldo Costa
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Homilia de D. Henrique Soares da Costa

Não há coisa mais radical e louca que ser cristão; não há maior aventura... Pena que os cristãos estejam perdendo essa percepção e o Evangelho muitas vezes apareça como algo certinho, cômodo e domesticado. Tantas vezes considerou-se que para ser um bom cristão bastaria ser bem comportado! Ora, não é isto que a Palavra do Senhor nos ensina!
Jesus durante toda a sua vida caminhou para o Pai, teve no Pai sua única meta, pelo Pai e o seu Reino, fez loucuras. Por isso, já no capítulo nove do seu evangelho, São Lucas no-lo apresenta subindo para Jerusalém, para sua partida para o Pai: “Quando chegou o tempo de Jesus ser levado para o céu, então tomou a firme decisão de partir para Jerusalém”. Ao pé da letra, são Lucas diz: ele voltou decididamente o rosto para Jerusalém... Este é o caminho de Cristo: ir subindo até a Cidade Santa, e de Jerusalém, para o Pai, atravessando o mistério da paixão, da cruz e da morte, para chegar à ressurreição. Ele vai à frente, no caminho, o seu caminho, e nos desafia a segui-lo. Quem quiser ser seu discípulo, deve segui-lo neste caminho! Basta recordar o domingo passado: deixar tudo... renunciar-se... tomar a cruz de cada dia... e segui-lo. Hoje, no caminho, ele nos previne: “As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça”. E exige que coloquemos tudo abaixo dele, até pai e mãe... É assim que Jesus quer seus discípulos: totalmente comprometidos com ele, absolutamente! E afirma claramente: “Quem põe a mão no arado e olha para trás, não está pronto para o Reino de Deus”.
Jesus é tão claro! Ele exige tanto de nós porque somente ele nos pode dar tudo: o sentido da vida, o amor de Deus, a paz verdadeira e perene e a vitória sobre a morte. Ele nos revela e nos dá um Deus que é todo amor, todo carinho, todo perdão, todo piedade, um Deus que é o rochedo de nossa existência. Mas, também, um Deus exigentíssimo! Não se pode ser cristão pela metade! São Paulo, na segunda leitura de hoje, exprime muito bem esta realidade: Cristo nos libertou para a liberdade de uma vida nova, vida na graça de Deus, vida impulsionada pelo Espírito do Ressuscitado. É esta a liberdade do discípulo de Jesus; uma liberdade diversa do conceito de liberdade que o mundo apregoa. O cristão é livre não porque faz o que quer; é livre porque quer somente a vontade de Deus manifestada em Cristo Jesus: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou!” E, aí, o Apóstolo nos previne: “Não façais dessa liberdade um pretexto para servirdes à carne”. “Carne” é tudo quanto pertence ao homem velho, tudo quanto manifesta o velho egoísmo de uma vida centrada em si mesmo e não em Deus, que se dá no Cristo Jesus! “Carne” é tudo aquilo que é lógica deste mundo e não lógica do Evangelho! Pode ser a lógica da ganância, da sensualidade e da imoralidade, da religião interesseira à procura de milagres, curas e benefícios materiais... tudo isso é carne: a descrença, a impiedade, a vulgaridade e o comodismo no modo de viver...
Há, portanto, dois modos de construir nossa existência. Um, segundo a carne, isto é, segundo o homem velho, com seu modo de pensar, com sua razão entregue a si mesma, com uma lógica meramente humana e, muitas vezes, pecaminosa. O outro, a vida segundo o Espírito do Ressuscitado. É a vida do cristão que, impulsionando e sustentado pelo Espírito do Senhor, abre-se para Deus, superar-se a si mesmo e seu modo meramente humano de pensar, e caminha incessantemente para o Cristo, até alcançar a estatura do homem novo, “o estado do Homem Perfeito, a medida da estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4,13).
A medida e o ideal de vida do cristão não podem ser aqueles apresentados pela moda e pelo pensamento dominante do mundo atual. Nosso caminho é Cristo, nosso critério é Cristo, nossa medida é Cristo, nosso modo de viver deve ser o de Cristo Jesus! O grande desafio dos cristãos de hoje é redescobrirem que sua vida, seu modo de ser e de agir devem ser diferentes, simplesmente porque eles são discípulos do Senhor Jesus!
Mas estejamos bem atentos: isso somente é possível quando encontramos de verdade o Senhor em nossa vida, quando por ele nos encantamos, quando somos invadidos pelo seu amor. Observemos que nos evangelho de hoje – e de sempre – o cristianismo nasce de um encontro no caminho... um encontro marcante e transformador com Jesus. Só esta experiência é capaz de nos fazer entrar no caminho e aceitar as exigências do Senhor. Em outras palavras: o cristão, ou é um amigo de Cristo ou não é cristão; ou tem uma experiência de amizade com o Senhor ou jamais vai compreendê-lo de fato. É preciso insistir nisso, mais que nunca: o cristianismo não é uma doutrina, não é uma moral, não é uma ideologia, não é uma proposta política de justiça social para o mundo! Tudo isso é secundário! O que nos faz cristãos, é ter sido encontrados por Cristo no caminho, ter sido seduzidos por ele e tê-lo seguido, dizendo, meio responsáveis, meio loucos; “Senhor, eu te seguirei para onde quer que vás”. Que o Senhor nos conceda a graça da paixão por ele, a graça de segui-lo, a graça de testemunhá-lo com a carne da nossa vida de cada dia, como nossos irmãos de há dois mil anos atrás, quando ele tomou o caminho de Jerusalém, para a cruz e a ressurreição. Amém.

D. Henrique Soares da Costa

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Para a Celebração da Palavra (Diáconos e Ministros extraordinários da Palavra):

Louvor: quando o Pão consagrado estiver sobre o altar:
à  O Senhor esteja com todos vocês...
à Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
à Com Jesus presente entre nós, na força do E. Santo, nos coloquemos na presença do Pai:
T: Ó Deus de bondade, nós vos bendizemos!
à Deus de bondade, de luz, de vida e de alegria, como Elias e Eliseu, vale a pena agarrarmo-nos a Vós sem olhar para trás. Nós Vos damos graças pelos Vossos ensinamentos  na história de vosso povo. 
T: Ó Deus de bondade, nós vos bendizemos!
à Pai, nós Vos damos graças pela libertação realizada pelo Vosso Filho, que nos purifica das forças do mal, e pelo dom do Vosso Espírito, que nos purifica do egoísmo. Escutando o Vosso Filho Jesus, sob a ação do Espírito Santo, teremos a luz que nos indica o caminho. 
T: Ó Deus de bondade, nós vos bendizemos!
à Deus fiel, bendito sejais pela paciência que o Vosso Filho Jesus nos revela: não lançais o fogo do céu sobre os indiferentes e os duros de coração, porque não queres a morte do pecador, mas que ele viva.
T: Ó Deus de bondade, nós vos bendizemos!
àPai, sois a nossa força e nosso amparo. Fazei que sempre saibamos responder com bondade e perdão, sendo vossa imagem de amor diante das dificuldades de nossa vida. Por isso, elevamos a Vós a Oração que Jesus nos ensinou:
Pai nosso...  A Paz de Cristo...  Eis o Cordeiro de Deus...