quinta-feira, 30 de março de 2017

5º DOMINGO DA QUARESMA ANO A, Homilias, subsídios homiléticos

5º DOMINGO DA QUARESMA ANO A 2017 (Adaptado pelo Diácono Ismael)

SINOPSE:
Tema: Ressurreição para a vida. “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
Primeira leitura: Deus oferece uma vida nova, Na obediência a Deus e no amor aos irmãos.
Evangelho:           - Cristo, ÁGUA para a nossa sede (Samaritana);
                              - Cristo, LUZ para as nossas trevas (Cura do cego);
                    Hoje: - Cristo, Ressurreição para a VIDA (Lázaro).
Jesus veio dar a vida definitiva pela proposta de obediência ao Pai.
Segunda leitura: no Batismo optamos pela vida nova que Jesus nos dá. Que sejamos coerentes.

PRIMEIRA LEITURA (Ez 37,12-14) Leitura da Profecia de Ezequiel.
Assim fala o Senhor Deus: “vou abrir as sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel; Porei em vós o meu espírito, para que vivais e vos colocarei em vossa terra. Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço – oráculo do Senhor”.

AMBIENTE - Ezequiel, o profeta da esperança entre os exilados na Babilônia. Os exilados estão desesperados e duvidam da bondade de Deus; Deus libertador e salvador não os abandonou; regressarão a Jerusalém.
Visão da planície cheia de ossos; o Senhor sopra e eles são revestidos de pele e ganham vida.

MENSAGEM A situação é de morte. Eles não vêem perspectivas de futuro; ausência de esperança.
Jahwéh vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em libertação. Mas Deus vai fazer ainda mais: vai derramar o seu Espírito (o “ruah”).  É o mesmo contexto de Gn 2,7: no homem que criou do barro, Deus infundiu o seu “hálito de vida” (“neshamá”) para o tornar um ser vivente; aqui, sobre o Povo que jaz no túmulo, Deus “infunde o seu Espírito” (“ruah”); nova criação: Jahwéh é o Deus da vida. Em cada instante da história Ele está presente, recriando o seu Povo, transformando-o, renovando-o, encaminhando-o para a vida plena.

ATUALIZAÇÃO • Não estamos abandonados à nossa miséria e finitude… Deus caminha ao nosso lado; em cada instante Ele lá está, tirando vida da morte, “escrevendo direito por linhas tortas”.
• Apesar do sofrimento que faz parte da fragilidade em que vivemos, Deus está presente criando vida e oferecendo a esperança a cada instante.
• Deus age através de homens – como Ezequiel – dando vida nova, com palavras e com gestos.

SALMO RESPONSORIAL / 129 (130)

No Senhor, toda graça e redenção!
• Das profundezas eu clamo a vós, Senhor, / escutai a
minha voz! / Vossos ouvidos estejam bem atentos / ao
clamor da minha prece!
• Se levardes em conta nossas faltas, / quem haverá de
subsistir? / Mas em vós se encontra o perdão, / eu vos
temo e em vós espero.
• No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua
palavra. / A minh’alma espera no Senhor / mais que o
vigia pela aurora.
• Espere Israel pelo Senhor, / mais que o vigia pela
aurora! / Pois no Senhor se encontra toda graça / e
copiosa redenção. / Ele vem libertar Israel / de toda a
sua culpa.


EVANGELHO (Jo 11,1-45) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Lázaro, que era de Betânia, o povoado de Maria e de Marta, sua irmã. Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e enxugara os pés dele com seus cabelos. O irmão dela, Lázaro, é que estava doente. As irmãs mandaram então dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”. Ouvindo isto, Jesus disse: “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Jesus ficou ainda dois dias onde se encontrava. ...Respondeu-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” : “Sim, Senhor, eu creio... “Onde o colocastes?” Responderam: “Vem ver, Senhor”. E Jesus chorou. ...disseram: “Vede como ele o amava!” ...Disse Jesus: “Tirai a pedra!”... Jesus levantou os olhos para o alto e disse: “Pai, eu te dou graças... para que creia que tu me enviaste”. ...exclamou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” O morto saiu, atado de mãos e pés e o rosto coberto... ...disse: “Desatai-o e deixai-o caminhar!” Então, muitos ...viram o que Jesus fizera creram nele.

AMBIENTE João apresenta Jesus como o enviado pelo Pai para criar um Homem Novo.

MENSAGEM: Jesus ama a Lázaro; mas atrasa-se deliberadamente. Provavelmente significa que Jesus não veio para alterar o ciclo normal da vida física do homem, libertando-o da morte biológica; veio, sim, para dar um novo sentido à morte física e oferecer ao homem a vida eterna.
Depois de dois dias, Os discípulos tentam dissuadi-lo: Jesus não dá atenção ao medo dos discípulos: quer realizar o plano do Pai de dar vida ao homem. Ele é o pastor que desafia o perigo.
Sepultado há já quatro dias; a morte era considerada definitiva a partir do terceiro dia. Jesus não elimina a morte física; mas, para quem é “amigo” de Jesus, a morte não é mais do que um sono. Para que essa vida definitiva possa chegar é necessário aderir a Jesus no amor (“todo aquele que vive e acredita em mim, nunca morrerá”). Maria tinha ficado em casa imobilizada, pela dor sem esperança. Marta convida a irmã a sair da sua dor e a ir ao encontro de Jesus. Nas palavras de Maria há uma reprovação a Jesus por não ter estado presente, impedindo a morte física de Lázaro. Jesus chora mostrando o seu afeto por Lázaro.
A pedra separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Jesus manda tirar essa “pedra”: oferece a vida plena. A morte física não afasta o homem da vida.
A ação de dar vida a Lázaro é a concretização da missão que o Pai confiou a Jesus: dar vida plena e definitiva ao homem. É por isso Jesus ergue os olhos ao céu e dá graças ao Pai: Depois, Jesus mostra Lázaro vivo na morte, pois a morte física não interrompe a vida plena do discípulo que ama Jesus e O segue.
A família de Betânia representa a comunidade cristã, formada por irmãos e irmãs. Todos eles conhecem Jesus, são amigos. Ser amigo de Jesus é saber que Ele é a ressurreição e a vida e que dá aos seus a vida plena. Ele não evita a morte física; é, para os que aderiram a Jesus, apenas a passagem para a vida definitiva. Podemos chorar a saudade pela partida de um irmão, mas temos de saber que, ao deixar este mundo, ele encontrou a vida plena, na glória de Deus.

ATUALIZAÇÃO • Não há morte para os “amigos” de Jesus – Os “amigos” de Jesus experimentam a morte física; mas essa morte não é aniquilação: é, apenas, a passagem para a vida definitiva.
• No Batismo, escolhemos vida plena e definitiva que Jesus oferece e que garante a eternidade.
• Diante da certeza que a fé nos dá, somos convidados a viver a vida sem medo da morte. Jesus torna-nos livres para gastar a vida ao serviço dos irmãos contra tudo aquilo que oprime o homem

SEGUNDA LEITURA (Rom 8, 8-11) Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos, os que vivem segundo a carne não podem agradar a Deus. ...E, se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos mora em vós, então aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do seu Espírito que mora em vós.

AMBIENTE Deus tem um projeto de vida plena que Jesus Cristo nos comunica.
Acolhendo essa graça recebida no Batismo, Cristo transforma-nos em pessoas novas.

MENSAGEM “Viver segundo a carne”  é viver à margem de Deus no egoísmo e da autossuficiência, cujos valores são o ciúme, o ódio, a ambição, a inveja, a libertinagem; “viver segundo o Espírito” significa vida vivida nos valores da caridade, da alegria, da paz, da fidelidade e da temperança.
A partir do batismo vivemos sob o domínio do Espírito como “filhos de Deus”. É, pois, o Espírito que nos liberta do pecado e da morte e nos transforma em pessoas novas em direção à vida plena, à vida definitiva.

ATUALIZAÇÃO •  O batizado é alguém que escolheu identificar-se com Cristo na obediência aos planos do Pai e no dom da vida em favor dos irmãos. O exemplo de Cristo garante-nos: uma vida que está dentro do projeto do Pai não termina no fracasso, mas na vida definitiva, na felicidade total.

OBS.
Caríssimos, Jesus é a própria Ressurreição; ele é a própria Vida, Vida plena, Vida divina, Vida eterna! Jesus é a plenitude da vida, da nossa existência: nele, o nosso caminho termina não no Nada, mas na plenitude da Glória. Sem ele, seríamos nada, sem ele, tudo quanto vivemos terminaria no aniquilamento:  Num mundo que procura a felicidade, Jesus nos apresenta como a própria vida!
Lázaro estava doente, sofrendo; Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos, os nossos tempos e modos não são os dele.  Jesus chorou por Lázaro, mas não impediu sua doença e sua morte! Ele nos ama, ele é fiel, ele se preocupa conosco, ele conhece nossas dores. Mas, jamais compreenderemos seu modo de agir na nossa vida! Uma coisa é certa: se crermos, veremos sempre a glória de Deus em tudo e em tudo Deus será glorificado!
Então, Jesus diz: “Eu sou a Ressurreição! Eu sou a Vida!” Atenção! A Ressurreição é uma pessoa: A Ressurreição é Jesus em pessoa: “Eu sou a Ressurreição e a Vida! Quem crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá!” É na força dele que seremos erguidos da morte, é nele que nossa vida é salva do Vazio! “Se o Espírito do Pai que ressuscitou Jesus dentre os mortos já habita em vós, então o Pai que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do Espírito que habita em vós!”
É esta a nossa esperança: a Ressurreição! Por ela vivemos! E já possuímos como garantia o Espírito Santo de ressurreição. Então, vivamos uma vida nova, uma vida de ressuscitados em Cristo Jesus! Deixemo-nos guiar pelo Espírito! Renovemo-nos! Convertamo-nos!


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Homilia do Pe. Pedrinho

Meus irmãos e irmãs, estamos chegando ao fim desta quaresma, celebrando o quinto domingo da quaresma. A partir de domingo que vem, vamos celebrar em uma única semana estas cinco semanas de caminhada.
Recordando o primeiro domingo da quaresma, vimos que como Jesus, é possível vencer as tentações. No segundo domingo, vimos que vencendo as tentações, se mostrou transfigurado. Depois, a atenção se volta para nós, o povo de Deus. Assim como Jesus vence as tentações e se mostra ressuscitado num corpo glorioso, na transfiguração, assim também, nós podemos vencer o pecado e podemos nos apresentar gloriosos diante de Deus.
Como se deu esta reflexão? Primeiro domingo as tentações, no segundo a transfiguração e depois começa a nossa jornada para transfigurarmos: Primeiro passo o Batismo. Vimos no terceiro domingo a mulher samaritana, onde Jesus lhe oferece a água viva. Água, quem beber, não terá mais sede; ela nos conduz à eternidade: é o Batismo. Quarto domingo, o cego de nascença. Porque quando sou batizado e começo a minha caminhada, na Trindade de Deus, vou abrindo os olhos e vou conseguindo enxergar, então, todo o mistério, toda a grandeza de um Deus que nos ama e que está sempre ao nosso lado. “Crês no Filho do Homem? Quem é para que eu creia? É este que está falando contigo. Eu creio”. Hoje, último passo dentro desta caminhada, que é a ressureição. Quem é batizado, quem caminha junto de Jesus, se transfigura. É isto que acontece com Lázaro. O mesmo acontecido com Jesus, acontece também conosco. Assim se cumpre as escrituras. Olhe o Ezequiel que fala de maneira tão clara: “vou abrir as sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel; Porei em vós o meu espírito, para que vivais e vos colocarei em vossa terra. Então sabereis que eu, o Senhor, digo e faço.
Tudo aquilo que nos mantém mortos, Deus, para quem deixar, evidentemente, Ele nos liberta. É muito interessante observar, sobretudo no Evangelho de Mateus, que na hora em que Jesus morreu, os túmulos se abriram e os mortos, então, saíram de sua sepultura, para dizer, que com a morte de Jesus ele experimenta no mais profundo da escuridão, que é a nossa sepultura e dali resgata a todos.
É interessante observar; Jesus diz algo para os discípulos: Nós vamos até Betânia e lá vocês verão a gloria de Deus. É interessante observar: Marta e Maria primeiro avisam o amigo: “Lázaro está doente”. E, Jesus diz: “vamos ficar aqui mais dois dias”. Por que será? Qual a intenção de Marta e Maria avisar que Jesus está doente? Certamente para livrá-lo da doença e da morte. E, Jesus está em dúvida: vou e corro o risco de ser preso ou não vou e me livro da prisão? É interessante observar isto.  Jesus diz: eu vou, mas na hora certa. Aos olhos humanos Jesus está em dúvida, mas Ele, que já se apresentou como transfigurado, Ele sabe bem o momento adequado. Esta é uma lição para todos nós. Às vezes recorremos a Jesus e queremos na hora, naquele momento, que Ele resolva as nossas necessidades. Ele sabe bem o momento certo.
Por outro lado, quando Ele chega à Bethânia, ele não entra, mas fica do lado de fora do povoado. É interessante, que Marta, sabendo que Jesus chegou, vai até ao encontro dele e aí faz uma cobrança séria: “Se você estivesse aqui, meu irmão não teria morrido”. De fato, Jesus é um grande amigo de Lázaro e agora não quer mais ele ao lado? Não vai visita-lo? Deixa ele morrer? Jesus sabe muito bem que Ele não vai mudar as leis da natureza. Embora Marta tivesse cobrado Jesus, aos poucos ela vai compreender, que Ele não pode, embora amigo, dar um tratamento diferente para o resto da humanidade. Jesus veio para todos e não somente para os seus amigos! Então, Ele não pode livrá-lo, não que não tenha poder, mas não é a atitude correta; quem nasceu, tem de morrer, ainda que seja amigo. Por outro lado, Marta quando diz: “agora que você chega, agora não precisa mais. Eu queria que você tivesse estado aqui para ele não morrer. Agora, não precisaria nem ter vindo”. Olha como é interessante! Porque, muitas vezes também nós recorremos a Jesus pedindo que fulano não morra, que cicrano não morra e depois dizemos que não fomos atendidos.
Jesus vai ajudar a Marta a enxergar mais adiante. “Ainda que esteja morto, viverá. Crês nisso”? Aqui Jesus começa a pedir que ela veja os fatos com os olhos da fé. Não fique preso no que você está enxergando, mas vá adiante, olhe mais longe, TRANSFIGURE, vai além da figura! Quando ela se dá conta disso, ela chama Maria. Maria teve até uma posição mais resistente. Foi preciso que a irmã voltasse e avisasse de novo: “olhe, o mestre está lá e está te chamando”! Então, Maria vai e faz a mesma cobrança.
É tão interessante observar a atitude de Jesus. A atitude de Jesus é daquele que vai ajudando as pessoas  a descobrir a ressurreição. Quando, de fato, Ele vê as pessoas tristes e chorando, ele também chora! Aqui eu digo em todas as exéquias que eu faço: as pessoas dizem: não chore, não presta, senão ele não vai descansar! Eu digo: chore sim. Quando morre alguém que nós amamos, precisamos externar os nossos sofrimentos até com lágrimas! É evidente, que se atrapalhasse o morto, Jesus não teria chorado. Jesus nunca atrapalhou ninguém. Se Ele chora é porque é um Deus que caminha conosco. Se alegra quando estamos felizes e chora quando choramos também.
Para concluir esta parte: Jesus vai realizar aquilo que Ele deseja para toda a humanidade: libertar Lázaro, não somente do túmulo, mas de todo tipo de amarras. O que é que nos mantém amarrados? O que é que nos mantém com as mãos e os pés amarrados? O que não está nos deixando caminhar? Porque Ele é muito claro: “Desatai as amarras das mãos e dos pés para que ele possa caminhar”. Lázaro não está conseguindo caminhar, porque tem o rosto coberto, tem as mãos e os pés atados. Na medida que ele tem as mãos livres, pode desamarrar os pés e desvendar os olhos, podendo então contemplar a Deus.
É esta a nossa esperança! Que possamos sair das cavernas ou túmulos, nos libertar de tudo aquilo que nos impede de contemplar e ver a Deus. Deus nos espera e nos acompanha. Deus apresenta sua glória para cada um de nós. Irmãos e irmãs, o mesmo espírito que ressuscitou Jesus, diz a segunda leitura, vai nos ressuscitar também. É isto que nós cremos, é esta a nossa esperança. Que Deus nos mantenha esperançosos.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.


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Vida nova

A liturgia desse domingo continua a Catequese Batismal da Quaresma.

Depois de apresentar:
   - Cristo, ÁGUA para a nossa sede (Samaritana);
   - Cristo, LUZ para as nossas trevas (Cura do cego);
Hoje nos fala de: - Cristo, Ressurreição para a VIDA (Lázaro).

Na 1a leitura, Ezequiel anuncia VIDA NOVA. (Ez 37,12-14)

O Povo, exilado na Babilônia, desesperado e sem futuro, vivia uma situação de Morte.
O profeta Ezequiel alimenta a esperança dos exilados dizendo que Deus não os abandonou.
O texto apresenta a visão dos ossos ressequidos, que saem dos "túmulos".
O Espírito do Senhor sopra sobre eles e eles ganham vida.
Deus vai transformar a morte em vida, o desespero em esperança, a escravidão em libertação.
É Deus prometendo ao povo o regresso à sua terra, restaurando a esperança dos exilados num futuro de felicidade e de Paz.

* O Espírito de Deus nos faz sair dos "túmulos" da desesperança, do medo.
  
Na 2ª Leitura, Paulo lembra que o Espírito de Deus ressuscitou Cristo e o introduziu na glória do Pai.
No Batismo, nós recebemos o mesmo Espírito, que dá vida.

No Evangelho, Jesus se apresenta como o SENHOR DA VIDA. (Jo 11,1-45)
 - O Fato: Mandam dizer: "Lázaro está doente..."
- Jesus: aparentemente não se preocupa... Os apóstolos até estranham...
- Jesus tranqüiliza: "Essa doença é para a glória de Deus...
  Ele está dormindo" e fica com eles mais dois dias...

- No Encontro com Marta, Jesus se comove e chora... É choro de afeto e solidariedade...

- O Diálogo: - Jesus afirma: "Eu sou a ressurreição e a Vida. Aquele que crer, ainda que estiver morto viverá... "Você crê nisso?"
    - Marta professa sua fé: "Sim, eu creio", que tu és o Cristo..."

- No Sepulcro... "Tirai a pedra..." (que separa o mundo dos vivos do mundo dos mortos...)
- A Oração: "Pai, eu te dou graças, porque me ouvistes..."
- A Ordem: "Lázaro, vem para fora... Desatai-o... e deixai-o andar". E Lázaro recupera a Vida.

Duas formas de SOLIDARIEDADE diante da Morte:

- Os amigos e vizinhos vão à casa de Marta e Maria, para dar os pêsames e fazer lamentações:  desespero.
- Jesus nem entra na casa, nesse ambiente dominado pelo desespero. Ele fica fora e chama para fora...
   Os dois choram... mas muito diferente...

+ A Família de Betânia representa a Comunidade cristã, formada por irmãos e irmãs, não tem pais...
Todos conhecem Jesus, são amigos de Jesus e acolhem Jesus na sua casa e na sua vida.
Essa família faz a experiência da morte. Mas os amigos de Jesus sabem que Ele é a Ressurreição e a Vida, e que dá a vida plena aos seus. A morte é apenas a passagem para a vida plena.

+ Ressurreição de Lázaro é um SINAL:

- A Ressurreição de Lázaro é uma prefiguração da Ressurreição de Cristo.
  O Batismo é um morrer e ressuscitar com Cristo.
- O "Sinal" de Betânia é também um convite a crer na Vida e a lutar por ela em todas as expressões.
- O discípulo de Jesus, renascido à Vida no Batismo, carrega em si o germe da verdadeira Vida.


                                   Pe. Antônio Geraldo

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Homilia de D. Henrique Soares

De hoje a oito estaremos entrando na Semana Santa, com a solenidade dos Ramos e da Paixão do Senhor. Agora, neste último Domingo antes dessa Grande Semana, a Liturgia nos apresenta o Senhor Jesus como nossa Ressurreição e nossa Vida. Aqui, não estamos falando de modo figurado, metafóricos! Jesus é realmente, propriamente, a nossa Vida, a nossa Ressurreição! Ele é o cumprimento do sonho de vida e felicidade que o Pai, desde o início, tem para nós: “Ó meu povo, vou abrir as vossas sepulturas e conduzir-vos para a terra de Israel. Porei em vós o meu Espírito, para que vivais!” É em Jesus que esta promessa se cumpre, é nele que somos arrancados das sepulturas da vida e da sepultura da morte; é no seu Espírito Santo, derramado sobre nós, que o Pai nos vivifica!
Caríssimos, Jesus é a própria Ressurreição; ele é a própria Vida, Vida plena, Vida divina, Vida eterna! Jesus é a plenitude da vida, da nossa existência: nele, o nosso caminho termina não no Nada do absurdo, do vazio, mas na plenitude da Glória. Sem ele, seríamos nada, sem ele, tudo quanto vivemos terminaria no aniquilamento: “De que nos valeria ter nascido, se não nos redimisse em seu amor?” – é o que vai perguntar a liturgia da Igreja daqui a poucos dias, na noite da Páscoa. Num mundo que procura desesperadamente a vida, a felicidade; numa época como a nossa, em que se tem sede de um motivo para viver, de um sentido para a existência, Jesus se nos apresenta como a própria vida!
Mas, escutemo-lo falar, ele mesmo nos Evangelho deste Domingo. Deixemos que ele nos fale da vida, que ele mesmo nos ensine a viver!
Lázaro estava doente, sofrendo; depois, morreu. Suas irmãs estavam sofridas, angustiadas, imploraram tanto pela vinda do Senhor para curar o irmão… E Jesus não vai; Jesus demora-se. Quantas vezes fazemos, nós também, esta mesma experiência em nossa vida. “Esta doença não leva à morte; ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela!” E, pensemos bem: “Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e de Lázaro. Quando ouviu que estava doente, Jesus ficou ainda dois dias no lugar em que se encontrava”… Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos, os nossos tempos e modos não são os dele. “Senhor, se estivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido…” Jesus sentiu a morte de Lázaro, Jesus“ficou profundamente comovido” e chorou por Lázaro, mas não impediu sua doença e sua morte! Vede, irmãos: nosso Deus não é tapa-buracos; jamais compreenderemos seu modo de agir! Ele nos ama, ele é fiel, ele se preocupa conosco, ele conhece nossas dores. Mas, jamais compreenderemos seu modo de agir no mundo e na nossa vida! Uma coisa é certa: se crermos, veremos sempre a glória de Deus, em tudo no mundo e em tudo na nossa vida Deus será glorificado!
Então, Jesus consola Marta e Maria. Jesus lhes promete a Ressurreição. Como todo judeu, as irmãs esperam a Ressurreição no Último Dia, no final dos tempos. Jesus, então, faz uma das revelações mais impressionantes de todo o Evangelho: “Eu sou a Ressurreição! Eu sou a Vida!” Atenção! Levemos a sério esta afirmação! Detenhamo-nos diante dela, admirados! A Ressurreição que os judeus esperavam chegou: é Jesus! A Ressurreição não é uma coisa, uma realidade impessoal! Não! A Ressurreição é uma pessoa: ela tem coração, rosto, voz e amor sem fim! A Ressurreição é Jesus em pessoa: “Eu sou a Ressurreição e a Vida! Quem crê em mim, mesmo que esteja morto, viverá!” É ele quem vem nos buscar, é na força dele que seremos erguidos da morte, é nele que nossa vida é salva do Absurdo, do Nada, do Vazio: “quem vive e crê em mim, não morrerá para sempre!” Nunca será demais a surpresa, a admiração, a grandeza dessas palavras! Caríssimos, “Deus nos deu a Vida eterna, e essa Vida está no seu Filho” (1Jo 5,11), esta Vida é o seu Filho!
Caríssimos, estamos para celebrar a Páscoa. Não esqueçamos que é para que tenhamos a vida que o nosso Jesus se entregou por nós: morto na carne foi vivificado no Espírito Santo pela sua ressurreição (cf. 1Pd 3,18). Ressuscitado, plenificado no Espírito Santo, derramou sobre nós esse Espírito de vida, dando-nos, assim, a semente de Vida eterna: “Se o Espírito do Pai que ressuscitou Jesus dentre os mortos já habita em vós, então o Pai que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos vivificará também vossos corpos mortais por meio do Espírito que habita em vós!”
É esta a nossa esperança: a Ressurreição! Por ela vivemos, dela temos certeza! E já possuímos, como primícias, como garantia o Espírito Santo de ressurreição. Então, vivamos uma vida nova, uma vida de ressuscitados em Cristo Jesus: “Os que vivem segundo a carne, segundo o pecado, não podem agradar a Deus! Vós não viveis segundo a carne, mas segundo o Espírito” do Cristo Jesus! Então, vida nova! Deixemo-nos guiar pelo Espírito! Renovemo-nos! Convertamo-nos! Que as observâncias da santa Quaresma, o combate aos vícios, a abstinência dos alimentos e a confissão dos pecados nos preparem para celebrar de coração renovado a Santa Páscoa – esta, de 2005 e aquela, da Vida eterna! Amém.

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Homilia do Pe. Françoá Costa

Protesto! A quantidade também é importante!

Não gosto de visões estreitas e pessimistas dentro do cristianismo. Talvez se poderia dizer que esse sacerdote tem uma visão triunfalista. Então, que se diga! Não me importa. O fato é que você e eu nascemos para dominar, para conquistar, para dar sentido a esse mundo. É urgente que cumpramos essa nossa missão. Já chega de ficar num anonimato morticínio. Um cristão que não tenha fome apostólica de “comer o mundo”, ou seja, um filho de Deus que não deseje evangelizar, “já cheira mal, pois há quatro dias que ele está aí…” (Jo 11,39), na tumba; está num estado cadavérico.
Já estamos no quinto domingo da quaresma e temos que sentir a urgência daquilo que o Papa lembrava para esse domingo, que “Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança” (Papa Bento XVI, Mensagem para a Quaresma de 2011).
Concretamente, nesses últimos dias: a quantas pessoas vamos fazer a proposta de que tenham uma vida cristã comprometida? A quantos dos nossos amigos convidaremos a fazer uma boa confissão? A quantos companheiros de profissão insistiremos para que participem conosco de algum meio de formação cristã? Por quantos familiares estamos fazendo penitência para que durante essas celebrações quaresmais e de semana santa tenham um encontro com Deus? Eu quero números. Não podemos conformar-nos com aquele ditado que reza assim: “o importante é a qualidade, não a quantidade”. Eu protesto! A quantidade também é importante! A Igreja Católica não é uma espécie de oligarquia, de gente selecionada porque seria o melhor da society, de gente chique e inteligente que forma um gueto de iluminados. Não! Na Casa de Deus cabem todos.
O cristão que não sente os interesses de Deus como sendo os seus próprios interesses ainda não saiu da casca do ovo do egoísmo. Deus quer salvar a todos. Jesus morreu por todos. O nosso Salvador não se contenta em ficar com noventa e nove ovelhas, ele quer as cem dentro do rebanho. Quem somos nós para diminuir a vontade salvífica e universal de Deus? Seria uma pretensão boba, sem sentido e destinada ao fracasso. Deus quer a todos! A todos!
Como é importante examinar-nos para que deixemos pra trás o nosso sepulcro, o nosso fedor pessoal, a nossa visão míope! Como? Começando com uma boa confissão? Poderia ser. Também é importante ter um pequeno plano de vida espiritual no qual esteja presente momentos de oração pessoal, de devoção a Nossa Senhora e de tempo para a leitura daqueles bons livros que nos vão dando formação. Sem dúvida, a Missa, pelo menos dominical, e a santa comunhão, ocuparão o centro da nossa vida. Um cristão forte no seu interior, vivo pela graça de Deus, sempre sentirá o desejo de compartir com os demais a alegria que vive e que sente. Somente quem tem vida interior experimenta de verdade o que é ser apóstolo, evangelizador no século XXI.
Fora os fedores! Ao contrário, levemos sempre em todo o nosso ser o “perfume de Cristo” (2 Cor 2,15), esse perfume da graça que atrai e que satisfaz, que nos transporta à eternidade fazendo-nos permanecer com uma dedicação intensa às nossas ocupações habituais. A graça de Deus vai trabalhar justamente dentro daquelas realidades na quais nós nos encontramos imersos. Não nos tirará do mundo, mas nos pedirá espalhar o cheiro de Cristo nesse mundo, assim o mundo será mais agradável. O viver social, a cultura, a política, a economia também devem cheirar bem; e essa é uma tarefa encarregada especialmente aos cristãos que estão nesses ambientes.
Pe. Françoá Costa

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Homilia do Mons. José Maria Pereira

Jesus e a Morte

No evangelho (Jo 11, 1-45) Jesus se apresenta como o SENHOR DA VIDA. A doença e a morte do amigo Lázaro constituem ótima oportunidade para uma profissão de fé em Jesus Cristo, que se apresenta como a ressurreição e a vida. Entre as ressurreições  operadas por Cristo, a de Lázaro tem uma importância fundamental, pois se trata de um morto que está no sepulcro há quatro dias. A resposta dada por Jesus àqueles que Lhe anunciam a doença de Lázaro: “Essa doença não leva à morte; é antes para a glória de Deus” (Jo 11,4): A glória de que fala Cristo, diz Santo Agostinho, “não foi um ganho para Jesus, mas proveito para nós. Portanto, diz Jesus que a doença não é de morte,porque aquela morte não era para morte, mas antes em ordem a um milagre, pelo qual os homens cressem em Cristo e evitassem assim a verdadeira morte.” É encantador o diálogo entre Jesus e Marta: “Disse Marta a Jesus: Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas, mesmo assim eu sei que o que pedires a Deus, Ele te concederá. Disse-lhe Jesus: Teu irmão ressuscitará. Eu sei , disse Marta, que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia! Disse-lhe Jesus:Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais! Crês isto? Disse ela: Sim, Senhor, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo” (Jo 11, 21-27). Segundo Santo Agostinho, o pedido de Marta é um exemplo de oração confiante e de abandono nas mãos do Senhor que sabe melhor que nós o que nos convém. Por isso, “não Lhe disse: Rogo-Te agora que ressuscites meu irmão (…) Somente disse: Sei que tudo podes e fazes tudo o que queres; mas fazê-lo fica ao Teu juízo, não aos meus desejos.” “Eu sou a ressurreição e a vida …” (Jo 11, 25). Estamos diante de uma das definições concisas que o Senhor deu de Si mesmo! É a ressurreição porque com a Sua Vitória sobre a morte é causa da ressurreição de todos os homens. O milagre que vai realizar com Lázaro é um sinal desse poder vivificador de Cristo. Assim, pela fé em Jesus Cristo que foi o primeiro a ressuscitar de entre os mortos, o cristão está seguro de ressuscitar também um dia, como Cristo (1 Cor 15,23; Col. 1,18). Por isso para quem tem fé a morte não é o fim, mas a passagem para a vida eterna, uma mudança de morada como diz um dos Prefácios da Liturgia dos defuntos: “Senhor, para os que crêem em vós, a vida não é tirada, mas transformada. E, desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado nos céus, um corpo imperecível.” “ E Jesus chorou” (Jo 11, 35). Podemos contemplar a profundidade e delicadeza dos sentimentos de Jesus. Se a morte corporal do amigo arranca lágrimas ao Senhor, que não fará a morte espiritual do pecador, causa da sua condenação eterna? Disse Santo Agostinho: “ Cristo chorou: chore também o homem sobre si mesmo. Por que chorou Cristo senão para ensinar o homem a chorar?” Choremos nós também, mas pelos nossos pecados, para que voltemos à vida da graça pela conversão e pelo arrependimento. Não desprezemos as lágrimas do Senhor, que chora por nós, pecadores. Disse São Josemaria Escrivá: “Jesus é teu amigo.   – O Amigo. – Com coração de carne, como o teu. – Com olhos de olhar amabilíssimo, que choraram por Lázaro… E tanto como a Lázaro, quere-te a Ti” (Caminho, nº 422). Ao aproximar-se a Páscoa, o relato da ressurreição de Lázaro é uma exortação para que nos libertemos, cada vez mais, do pecado, confiando no poder vivificador de Cristo que quer tornar os homens participantes de Sua própria ressurreição. Santo Agostinho vê na ressurreição de Lázaro uma figura do Sacramento da Penitência (Confissão): como Lázaro do túmulo “sais tu quando te confessas. Pois, que quer dizer sair senão manifestar-se como vindo de um lugar oculto? Mas para que te confesses, Deus dá um grande grito, chama-te com uma graça extraordinária. E assim como o defunto saiu ainda atado, também o que se vai confessar ainda é réu. Para que fique desatado dos seus pecados disse Senhor aos ministros: Desatai-o e deixai-o andar. Que quer dizer desatai-o e deixai-o andar? O que desligares na terra, será desligado no céu” Podemos aplicar esse fato à ressurreição espiritual da alma em pecado que recobre a graça. Deus quer a nossa salvação (1 Tm 2,4), portanto, jamais havemos de desanimar no nosso afã e esperança por alcançar essa meta: “Nunca desesperes. Morto e corrompido estava Lázaro: já fede, porque há quatro dias que está enterrado (Jo 11, 3-9), diz Marta a Jesus. “Se ouvires a inspiração de Deus e a seguires (Lázaro vem para fora!), voltarás à Vida” (Caminho, nº 719). Pela fé em Jesus Cristo, Vida e Ressurreição, resolve-se a questão mais fundamental do homem: a vida. Jesus nos garante: “ Eu sou a Ressurreição e a Vida. Quem crê em Mim, mesmo que morra, viverá. Que a Quaresma nos ajude na conversação ruma à Páscoa! Como discípulos missionários ajudemos os muitos Lázaros que estão no sepulcro, esperando por quem grite: “Lázaro, vem para fora!”
Mons. José Maria Pereira


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O discípulo amado.
Jo 11,3 = “As duas irmãs mandaram dizer a Jesus; “Senhor, aquele que amas está doente...””.
- Ao pé da cruz  está o discípulo amado.
Em Grego é Lázaro = Em hebraico é  ELEAZAR    
El = Deus e EAZAR é ajudado ou amado = Deus + Ajudou ou Deus amou. 
Jesus, então, vendo sua mãe e, perto dela, o discípulo a quem amava... – para pensar...
A quem Deus amou? – Toda a humanidade (morreu por todos)
Todos que amam a Jesus estão ao pé da Cruz.
Todos somos Lázaro, Todos somos os amados por Deus, Todos somos O DISCÍPULO AMADO

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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos ou Ministros da Palavra):


LOUVOR (QUANDO O PÁO CONSAGRADO ESTIVER NO ALTAR)            V domingo da Quaresma A
- O Senhor esteja com todos vocês... demos graças aos Senhor, nosso Deus...  2014
- COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, DEUS DE BONDADE.
- Deus, nosso Pai, nós Vos bendizemos, porque sois o Deus da Vida, o Deus libertador; Vos agradecemos o envio de vosso Filho para nos transformar em novas pessoas através do batismo; Nele somos cidadãos do alto.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, DEUS DE BONDADE.
- Ó Pai, nós vos damos graças pelo vosso Espírito santo que nos alimenta e nos transforma. Que Ele nos justifique para que nos tornemos vossa imagem e semelhança. Que um dia possamos estar junto ao vosso Filho na eternidade vos louvando para sempre.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, DEUS DE BONDADE.
- Pai, despertai em nós uma fé viva e uma esperança que nos faça agir como filhos na construção de vosso reino.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, DEUS DE BONDADE.

- PAI NOSSO... a paz de cristo... eis o cordeiro...




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EVANGELHO (Jo 11,1-45)  - 
(N, L, J = NARRADOR, LEITOR, JESUS)

S. O Senhor esteja convosco.
T. Ele está no meio de nós.
S. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
T. Glória a vós, Senhor.
N - Naquele tempo, havia um doente, Lázaro,
que era de Betânia,
o povoado de Maria e de Marta, sua irmã.
Maria era aquela que ungira o Senhor com perfume e
Enxugara os pés dele com seus cabelos.
O irmão dela, Lázaro, é que estava doente.
As irmãs mandaram então dizer a Jesus:
L - “Senhor, aquele que amas está doente”.
N - Ouvindo isto, Jesus disse:
J - “Esta doença não leva à morte;
ela serve para a glória de Deus, para que o Filho de Deus
seja glorificado por ela”.
N - Jesus era muito amigo de Marta, de sua irmã Maria e
de Lázaro. Quando ouviu que estava doente,
Jesus ficou ainda dois dias no lugar onde se encontrava.
Então,      disse aos discípulos:
J - “Vamos de novo à Judéia”.
N - Os discípulos disseram-lhe:
L - “Mestre, ainda há pouco os judeus queriam apedrejar-te
      e agora vais outra vez para lá?”
N - Jesus respondeu:
J - “O dia não tem doze horas? Se alguém caminha de noite,    tropeça, porque lhe falta a luz”.
N - Depois acrescentou:
J - “O nosso amigo Lázaro dorme. Mas eu vou acordá-lo”.
N - Os discípulos disseram:
L -“Senhor, se ele dorme, vai ficar bom”.
N - Jesus falava da morte de Lázaro,
mas os discípulos pensaram que falasse do sono mesmo.
Então Jesus disse abertamente:
J - ”Lázaro está morto. Mas por causa de vós,
alegro-me por não ter estado lá, para que creiais.
Mas vamos para junto dele”.
N - Então Tomé, cujo nome significa Gêmeo, disse aos
companheiros:
L - “Vamos nós também para morrermos com ele”.
N - Quando Jesus chegou,
encontrou Lázaro sepultado havia quatro dias.
Betânia ficava a uns três quilômetros de Jerusalém.
Muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão.
Quando Marta soube que Jesus tinha chegado,
foi ao encontro dele.
Maria ficou sentada em casa.
Então Marta disse a Jesus:
L - “Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido.
Mas, mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus,
ele te concederá.”
N - Respondeu-lhe Jesus
J - “Teu irmão ressuscitará”.
N - Disse Marta:
L - “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”.
N - Então Jesus disse:
J - “Eu sou a ressurreição e a vida.
Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá.
E todo aquele que vive e crê em mim,
Não morrerá jamais. Crês isto?”
N - Respondeu ela:
L - “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias,
o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
N - Depois de ter dito isto,
ela foi chamar a sua irmã, Maria, dizendo baixinho:
L - “O Mestre está aí e te chama”.
N - Quando Maria ouviu isso, levantou se depressa e
foi ao encontro de Jesus.
Jesus estava ainda fora do povoado,
no mesmo lugar onde Marta se tinha encontrado com ele.
Os judeus que estavam em casa consolando-a,
quando a viram levantar-se depressa e sair,
foram atrás dela,
pensando que fosse ao túmulo para ali chorar.
Indo para o lugar onde estava Jesus, quando o viu,
caiu de joelhos diante dele e disse-lhe:
L - “Senhor, se tivesses estado aqui,
o meu irmão não teria morrido”.
N – Quando Jesus a viu chorar, e
também os que estavam com ela,
estremeceu interiormente,
ficou profundamente comovido e perguntou:
J - “Onde o colocastes?”
N - Responderam:
L - “Vem ver, Senhor”.
N - E Jesus chorou. Então os judeus disseram:
L - “Vede como ele o amava!”
N - Alguns deles, porém, diziam:
L - “Este, que abriu os olhos ao cego, não podia também
ter feito com que Lázaro não morresse?”
N - Chegou ao túmulo.
Era uma caverna, fechada com uma pedra. Disse Jesus:
J - “Tirai a pedra!”
N - Marta, a irmã do morto, interveio:
L - “Senhor, já cheira mal. Está morto há quatro dias”.
N - Jesus lhe respondeu:
J - “Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?”
N - Tiraram então a pedra.
Jesus levantou os olhos para o alto e disse:
J - “Pai, eu te dou graças porque me ouviste.
Eu sei que sempre me escutas.
Mas digo isto por causa do povo que me rodeia,
para que creia que tu me enviaste”.
N - Tendo dito isso, exclamou com voz forte:
J - “Lázaro, vem para fora!”
N - O morto saiu,
atado de mãos e pés com os lençóis mortuários e
o rosto coberto com um pano. Então Jesus lhes disse:
J - “Desatai-o e deixai-o caminhar!”
N - Então, muitos dos judeus
que tinham ido à casa de Maria
e viram o que Jesus fizera
creram nele.
Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.