13º DOMINGO DO TEMPO COMUM
ANO A 2017
SOLENIDADE DE S.
PEDRO E S. PAULO
SINOPSE:
Tema: Pedro e Paulo; exemplos de fidelidade e testemunho a Jesus Cristo. Ambos deram a vida por Jesus.
Tema: Pedro e Paulo; exemplos de fidelidade e testemunho a Jesus Cristo. Ambos deram a vida por Jesus.
Evangelho: À Igreja e a Pedro é
confiado o poder das chaves – isto é, de interpretar as palavras de Jesus.
Primeira
leitura: Deus cuida dos discípulos quando o mundo os rejeita.
Segunda leitura: Paulo apresenta o “testamento”, “balanço final” do seu compromisso
com o Evangelho.
EVANGELHO (Mt 16,13-19) Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, Jesus
foi à região de Cesaréia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem
dizem os homens
ser o Filho do Homem?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros,
ainda, que é
Jeremias ou algum dos
profetas”. Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Simão
Pedro respondeu: “Tu é o Messias, o Filho do Deus vivo”. Respondendo, Jesus lhe
disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, por que não foi um ser humano que
te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso, eu te digo que tu és
Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca
poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que ligares na
terra será ligado nos céus; tudo o que desligares na terra será desligado nos
céus”.
AMBIENTE - A proposta de Jesus não é acolhida, senão por um pequeno grupo. Jesus pergunta aos discípulos não para ver sua popularidade, mais para tornar as coisas mais claras.
MENSAGEM – Muitos vêem Jesus um homem enviado como os
profetas… Pedro diz: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus”. Ele é o enviado por
Deus para libertar o seu Povo. Jesus não é, apenas, o Messias: é, também, o
“Filho de Deus”; significa reconhecer a unidade e intimidade entre Jesus e o
Pai e que Jesus realiza os projetos do Pai no meio dos homens.
Na segunda parte, Jesus elogia Pedro (a comunidade) pela fé. Pedro
é “a rocha”, pela fé que tem em Jesus, sobre a qual vai assentar a sua
Ekklesia. Jesus promete a Pedro “as chaves do Reino dos céus” e o poder
de “ligar e desligar”. “atar e desatar” designava interpretar a Lei com
autoridade. Assim, Jesus nomeia Pedro como “administrador” da Igreja, com
autoridade para interpretar, adaptar, atualizar as palavras de Jesus e para
acolher ou não novos membros na comunidade do Reino (todos são chamados; mas
aqueles que não aceitam as propostas de Jesus não podem ser admitidos).
Pedro é o protótipo do discípulo; nele, está representada
essa comunidade que proclama a sua fé em Jesus como o “Messias” e o “Filho de
Deus”. É a essa comunidade, representada por Pedro, que Jesus confia as chaves
do Reino e o poder de acolher ou excluir.
Por isso, nesse dia celebramos
também o DIA DO PAPA, o chefe visível da Igreja na terra.
Em dois mil anos de Cristianismo,
até hoje, Pedro teve 265 sucessores! Podemos dizer, ontem Pedro, hoje Francisco.
ATUALIZAÇÃO ** Muitos vêem
em Jesus um homem bom, “mestre” de moral, revolucionário, que procurou promover
os pobres e que foi eliminado pelos poderosos, preocupados em manter o “statu
quo”.
• Para os discípulos, é “o
Messias, o Filho de Deus”, capaz de dar vida
plena da felicidade sem fim.
•
A Igreja é a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus como “o
Messias, o Filho de Deus”.
PRIMEIRA LEITURA (At 12,
1-11) Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, o rei
Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar à
espada Tiago, irmão
de João. E, vendo que
isso agradava aos judeus, mandou também prender Pedro. Eram os dias dos pães
ázimos. Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por
quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a
intenção de apresenta-lo ao povo, depois da festa da Páscoa. Enquanto Pedro era
mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele. Herodes estava
para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso
com duas correntes; e os guardas vigiavam as portas da prisão. Eis que apareceu
o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro,
acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos. O
anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o
anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!” Pedro acompanhou-o e não sabia que
era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que
aquilo era uma visão. Depois de passarem pela primeira e segunda guarda,
chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho.
Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro
caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me
libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”
AMBIENTE –Pedro foi preso, e libertado. É uma catequese de como
Deus cuida dos discípulos.
MENSAGEM 1. A morte de Tiago e a prisão
de Pedro mostram como o projeto de Deus gera confronto.
2. “A Igreja
orava por ele”, mostra a unidade da Igreja e que Deus escuta a oração da comunidade.
3. A libertação de Pedro mostra que Deus está com sua igreja e cuida daqueles que dão testemunho.
3. A libertação de Pedro mostra que Deus está com sua igreja e cuida daqueles que dão testemunho.
ATUALIZAÇÃO • O projeto de Deus gera
oposição. • Deus não nos abandona.
• A importância da solidariedade com os irmãos que estão em
sofrimento.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 33 (34) De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
SEGUNDA LEITURA (2Tim
4,6-8. 17-18) Leitura da Segunda Carta de São Paulo a Timóteo.
Caríssimo, quanto a
mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de
minha partida.
Combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da
justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim,
mas também a todos os que esperam com amor a
sua manifestação
gloriosa. Mas o Senhor esteve ao meu lado e me deu forças, ele fez com que a
mensagem fosse
anunciada por mim
integralmente e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me libertará de todo o mal e me salvará para o seu Reino celeste. A
ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
AMBIENTE - Paulo convida a redescobrir o entusiasmo por Jesus e pelo testemunho da Boa Nova.
MENSAGEM – Paulo doou
sua vida ao Evangelho. Resta-lhe receber a coroa de glória, reservada aos vencedores. Há duas maneiras de dar a vida por Cristo:
uma é gastá-la dia a dia; outra é derramar o sangue por causa da fé.
Paulo conheceu as duas modalidades; imitar Paulo é um desafio. O autor pede:
apesar das dificuldades, descubram a presença de Deus, confiem, mantenham-se
fiéis ao Evangelho: assim recebereis a salvação que Deus reserva a quem
combateu o bom combate da fé.
ATUALIZAÇÃO • Paulo é modelo. O caminho não é fácil, mas
vale a pena, pois conduz à vida plena.
• Aquele que
escolhe Cristo não está só; o Senhor está ao seu lado, dá-lhe força, e livra-o
de todo o mal.
Olhando a escolha de Pedro para conduzir a Igreja, podemos perceber que Jesus fundou a sua Igreja sobre a fragilidade humana, ela foi fundada sobre a responsabilidade de um homem sujeito a falhas!
Olhando a escolha de Pedro para conduzir a Igreja, podemos perceber que Jesus fundou a sua Igreja sobre a fragilidade humana, ela foi fundada sobre a responsabilidade de um homem sujeito a falhas!
Dehonianos
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Alguns pontos:
A resposta da comunidade representada por Pedro é
uma profissão de fé no “Cristo, Filho do Deus vivo”.
Essa profissão de fé não é fruto da lógica e do esforço humano, mas é
revelação divina, pois quem o revela à comunidade é o próprio Pai, que está no
céu. Foi a abertura da comunidade à revelação divina que possibilitou
reconhecer o Cristo e confessar a fé nele. E é sobre a fé confessada no Cristo,
Filho do Deus vivo, que a Igreja é edificada. A expressão “esta pedra”
refere-se à confissão de fé e é um trocadilho com a palavra “Pedro”, por cujos
lábios ela é pronunciada. O fundamento da Igreja é Jesus, pedra angular (Mt.
21,42), confessado por Messias/Cristo pela comunidade de seus seguidores.
1. Pedro recebe a
revelação de que Jesus é o Messias: “não foi alguém de carne e sangue que te
revelou isso, e sim meu Pai do céu” (v. 17b). Mas para Pedro Jesus não passa
por um humano a ponto de enfrentar a morte. Pedro está ligado ainda a um
Messias glorioso e poderoso (mentalidade da época).
2. Tanto que, logo após
Jesus confirmar que Pedro será a pedra sobre a qual edificará a sua Igreja (v.
18-19), Jesus vai dizer-lhe que ele é pedra de tropeço (satanás), porque não
pensa do modo de Deus, mas do modo humano (v. 22-23).
3. Jesus mostra as
conseqüências como Messias (vv. 24-28: tomar a cruz … perder a vida … que
adianta ganhar o mundo inteiro …). O reconhecimento de Jesus-Messias conduz ao
testemunho e à cruz. Pedro vai fazer um longo processo de conversão para
identificar sua vida com a do Mestre. Vai deixar de lado um Messias à moda
humana (à nossa imagem e semelhança) para tornar-se discípulo à imagem e
semelhança de Jesus-Messias-Servo (1ª leitura).
4. Pedro recebe o título
de satanás, porque não é inspirado pelo Pai, a pedra que se transforma em
tropeço (cf. Is. 8,14-15). Pedro não aceita a paixão do Mestre porque não
compreende o valor que ela tem.
7. Pedagogicamente Jesus
leva os discípulos para longe de Jerusalém, centro do poder político, econômico
e ideológico. Cesaréia de Filipe é uma espécie de “periferia” e terra que
espera um anúncio qualificado acerca de quem é Jesus. Assim, a partir dessa
realidade, – longe das influências ideológicas do centro, – é que os discípulos
são convidados a dar uma resposta plena de quem é Jesus.
9. Pedro responde: “Tu és
o Messias (o Cristo), o Filho do Deus vivo!”(v. 16). Jesus é a realização das
expectativas messiânicas, o portador da justiça que cria sociedade e história
novas. Ele supera, portanto, a barreira do velho e introduz a grande “novidade”
(o novo).
10. Reconhecer Jesus
desse modo é ser bem-aventurado (v. 17), porque é o projeto de Deus. Ninguém
chega a entender “quem é Jesus” a não ser no compromisso com suas propostas (a
justiça do Reino) que são as mesmas do Pai.
11. O reconhecimento de
Jesus é fruto da vivência de seu projeto (prática da justiça). E a partir de
pessoas que, como Pedro, o reconhecem e o confessam é que nasce a comunidade
(v. 18a).
12 Pedro, antes pedra de
edificação, se torna “satanás”, pois propõe um messianismo diferente (já
rejeitado por Jesus nas tentações – cf. 4,1-11).
13. Confessar é aderir a
ele com todas as conseqüências que o testemunho acarreta. O Mestre não é do
jeito que Pedro imagina. O Mestre não é do jeito que nós imaginamos. O Mestre quer
que nós sejamos do jeito que ele é.
14. E o cristianismo, o
que é? É o prolongamento da ação de Cristo que promove a justiça.
16. O poder da comunidade
das testemunhas de Cristo é o poder do mesmo Cristo: é o próprio Jesus quem age
na comunidade, permitindo-lhe ligar e desligar. É Jesus quem construirá e dará
do que é seu. A comunidade administra esse poder a partir do testemunho que
vive e anuncia.
17. E Pedro? Sua
liderança leva a comunidade ao discernimento e aceitação de tudo o que promove
a vida e ao discernimento e rejeição de tudo o que patrocina e provoca a morte.
No livro dos Atos dos
Apóstolos vemos a comunidade que sofre por causa dos conflitos e perseguições.
21. Herodes mata por
interesses políticos: agradar aos judeus.
22.1. Acontece com Pedro
o mesmo que acontecera com Jesus. Há inclusive coincidência de datas: a
referência à festa dos pães sem fermento (v. 3 com Lc. 22,1). Assim como o Pai
libertou Jesus da morte, o anjo do Senhor liberta Pedro da prisão.
23. Face à perseguição,
Deus é aquele que liberta a comunidade dos seus seguidores. Da mesma forma que
libertou Jesus da morte, também conduzirá a comunidade através dos conflitos. E
a comunidade, por sua vez, reproduzirá em sua vida a paixão e a páscoa de
Jesus, que é uma “paixão” por um mundo novo e libertado.
25. O chamado ‘testamento
de Paulo’. Chegou o momento de dar o grande testemunho. Seu sangue derramado,
ele interpreta como sacrifício de valor expiatório: “já fui oferecido em
libação” (v.6a). A libação de vinho, água ou óleo era, nos sacrifícios
judaicos, derramado sobre a vítima (Ex. 29,40; Nm. 28,7). A morte não é o fim,
mas o início da nova viagem. É o último gesto de auto-entrega, a porta de
entrada para a meta definitiva. Qual meta? “O Senhor… me levará para o seu
Reino eterno” (4,18b).
27. Olhando o passado,
Paulo tem consciência de ter cumprido sua missão de forma exemplar, com garra e
constância. Usa o exemplo do soldado: “combati o bom combate”, e do atleta que
corre no estádio: “terminei minha corrida”. Mas o fundamental para ele é ter
corrido em vista da evangelização: “guardei a fé!” (v. 7).
28. Olhando para o futuro
tem esperança de receber a coroa da justiça.
30. A paixão de Paulo é o
prolongamento da paixão de Jesus (cf. Cl. 2,14: “completo em minha carne o que
falta nas tribulações de Cristo”).
31. - Abandonado por
todos, sua única esperança é Jesus. E isso se torna motivo de profunda alegria,
que o leva a render graças e a dar glória a Deus enquanto viver (v. 18b).
R e f l e t i n d o
1. Nos santos se
manifesta o que Deus faz por nós e como ele é admirável. Este é o significado
da festa para nossa comunidade.
2. Os santos não foram
isentos de limitações e pecados (não eram anjos!). O que importa realmente é
que fizeram opção radical por seguir Jesus Cristo, confiantes na graça do
Espírito e na misericórdia do Pai.
7. A verdade da resposta
de Pedro revela a identidade de Jesus: “o Cristo, o Filho do Deus vivo!” Essa
resposta comprometeu Pedro com Jesus, pois reconheceu quem ele é e a ele
aderiu. Jesus o chama de bem-aventurado.
8. Quando não conhecemos
(ou reconhecemos) “quem é Jesus”, não podemos segui-lo. Seguiremos as opiniões
dos outros, as convicções dos outros, talvez o caminho dos outros, … mas não o
caminho de Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo!
9. Apesar dessa confissão
de fé, Pedro continua com suas limitações. Não aceita que Jesus fale de sua
paixão (e Jesus o chama de satanás); não queria que Jesus lhe lavasse os pés;
usa a espada no monte das oliveiras; negou Jesus três vezes… e fica indeciso
diante dos problemas dos não-judeus e das tradições judaicas.
10. Entretanto, Ele
será o responsável por manter unidos aqueles homens (tão diferentes) no
seguimento de Jesus, o Mestre. Ele não é melhor que ninguém, talvez um dos mais
“fracos” dos discípulos, pois, além de abandonar Jesus no pior momento, também o
renegou. Por que Jesus o escolheu? Porque Pedro (apesar dos seus pecados) se
entregou totalmente no seguimento de Jesus: “tu sabes que eu te amo! Tu sabes o
quanto eu te amo! Tu sabes que eu sou fraco… mas tu sabes também o quanto te
amo!”
11. Pedro é um homem
comum, de carne e osso, “humano” como todos nós. Pedro é um homem verdadeiro,
espontâneo, honesto. Quando reconhece que errou volta atrás, se arrepende e
continua seu comprometimento com o Mestre. Comprometimento que levou até às
últimas conseqüências: perseguido, preso e martirizado.
12. Pedro foi um homem
muito parecido conosco, muito humano nas suas limitações e quedas. Mas foi um
homem verdadeiro (honesto consigo mesmo!) que descobriu a verdadeira identidade
de Jesus e o seguiu (entrega total, de corpo e alma) … até o fim!
13. Paulo de Tarso
relembra as dificuldades por que passou, reafirma sua adesão a Cristo.
15. O encontro com Jesus
muda a sua vida: de perseguidor para evangelizador (ai de mim se não
evangelizar!).
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Na pessoa de Pedro, destaca-se a
fé. Na pessoa de Paulo, o Missionário, que forma comunidades.
- O testemunho dos discípulos gera
oposição e morte.
- A Comunidade cristã é unida e
solidária, na Oração e Deus escuta a oração da Comunidade...
- Mostra a presença de Deus na
caminhada da Igreja e Deus não nos abandona...
Paulo está preso e faz um balanço
final de sua vida: " combati o bom
combate ... terminei a corrida...
conservei a fé... O Senhor esteve comigo... a ele GLÓRIA..." * Paulo está
consciente do dever cumprido..
Paulo disse: “Escolheu-nos antes da constituição do mundo” (Ef 1,
4). A vocação é um dom que Deus preparou desde toda a eternidade. Todos nós o
Senhor chama à santidade; e é uma vocação aproximar os outros de Cristo, fonte
de alegria, da paz e da plenitude. Relembrando o ardor Pedro e Paulo que o
Senhor nos conceda o mesmo entusiasmo para sermos discípulos e missionários de
Cristo.
Pedro, generoso e frágil, chegou a negar o Mestre e, após a
ressurreição, teve confirmada a missão de apascentar o rebanho de Cristo.
Pregou o Evangelho e deu seu último testemunho em Roma, onde foi crucificado
sob o Imperador Nero. Paulo pregou o Evangelho pelas cidades do Império Romano
e fundou inúmeras igrejas. Por fim, foi preso e decapitado em Roma, sob o
Imperador Nero.
Ambos foram perseverantes e
generosos na missão que o Senhor lhes confiara: entre provações e lágrimas,
eles plantaram a Igreja de Cristo,
buscando não o próprio interesse, mas o de Jesus Cristo. Ambos viveram o
que pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida. Pedro disse com
acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo
exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo”. Em
Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida.
Finalmente, ambos derramaram o
Sangue pelo Senhor. Hoje também nos voltamos para Roma, aquela que foi regada
com o sangue de Pedro e Paulo. Quando surgem tantas seitas cristãs, nossa
comunhão com Pedro é garantia de permanência segura na verdadeira fé. Rezemos,
hoje, pelo nosso Papa Francisco. Que Deus lhe conceda firmeza na fé.
Que dizer de São Paulo? São Paulo foi um homem que na pregação do
Evangelho colocou todas as suas potencialidades a serviço. Um homem totalmente
entregue às coisas de Deus. De perseguidor de cristãos tornou-se um dos
cristãos mais fervorosos, homem inflamado de zelo apostólico. Como não
identificar por detrás dessas frases um homem magnânimo e cheio do amor de
Deus?
o “Estou pregado à cruz de Cristo”
(Gl 2,19).
o “Eu vivo, mas já não sou eu; é
Cristo que vive em mim. A
minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e
se entregou por mim” (Gl 2,20).
o “Quanto a mim, não pretendo,
jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o
mundo está crucificado para mim e eu para o mundo” (Gl 6,14).
o Nos exorta: “não persistais em
viver como os pagãos, que andam à mercê de suas idéias frívolas. Têm o
entendimento obscurecido. Sua ignorância e o endurecimento de seu coração
mantêm-nos afastados da vida de Deus. Indolentes, entregaram-se à
dissolução, à prática apaixonada de toda espécie de impureza” (Ef 17-19).
o “Contanto que de todas as
maneiras, por pretexto ou por verdade, Cristo seja anunciado, nisto não só me
alegro, mas sempre me alegrarei” (Fl 1,18).
o Em Cristo “estão escondidos todos
os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2,3).
o “Combati o bom combate, terminei a
minha carreira, guardei a fé” (2 Tim 4,7).
Jesus não edificou a sua igreja sobre homens
considerados grandes aos olhos do mundo, mas sobre Pedro, um homem de origem
simples, que representa os homens de toda história da Igreja: homens santos e
pecadores!
Ambos foram perseverantes na missão que o Senhor lhes confiara:
entre lágrimas plantaram a Igreja de Cristo. Finalmente, ambos derramaram o
Sangue pelo Senhor.
Ambos viveram profundamente o que pregaram: pregaram o Cristo com
a palavra e a vida, tudo dando por Cristo. Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”; Paulo
exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo.
Minha vida presente na carne, eu a vivo na fé do Filho de Deus, que me amou e
se entregou por mim”. Dois homens, um amor apaixonado: Jesus
Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar Jesus Cristo! Eles apostaram tudo por
Jesus, gastaram a própria vida; da loucura da cruz e da esperança da
ressurreição de Jesus, eles fizeram seu tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o Sangue pelo Senhor. Eis a maior de
todas a honras e de todas as glórias para serem herdeiros de sua glória. Eis
por que eles são modelo para todos os cristãos! Que eles intercedam por nós na
glória de Cristo, para que sejamos fiéis como eles foram.
Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus
sucessores em Roma. Hoje, a missão de Pedro é exercida por Francisco. Nossa
comunhão com Pedro é garantia na verdadeira fé. Rezemos, hoje, pelo nosso Santo
Padre, Francisco. Que Deus lhe conceda firmeza na fé.
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Homilia do
Padre Pedrinho – Diocese de Santo
André
Irmãos e irmãs, São Pedro e São
Paulo são grandes colunas da nossa Igreja. Quando eu digo nossa igreja, eu digo
para nós, pois nós somos a Igreja. São duas testemunhas importantes porque elas
podem nos animar na fé que professamos. Em todos os batizados costumo dizer que
a acolhida que damos aos que serão batizados é a cruz de Cristo. A nossa
Igreja, católica, apostólica, romana, ela não engana a ninguém. O que nós
podemos oferecer é a Cruz de Cristo. É através da Cruz que Jesus pode salvar a
humanidade. Nós não adoramos a Cruz, mas quem morreu na Cruz para nos salvar. Isto
é importante nós compreendermos, porque hoje celebramos o martírio destes dois
apóstolos Pedro e Paulo. Hoje ainda temos muitas perseguições e destruições de
igrejas cristãs pelo mundo. Ainda hoje, muitos que professam a fé em Jesus
Cristo ainda são martirizados. Desde Jesus Cristo até hoje muitos acham que
matando cristãos acabarão com o cristianismo. No entanto, Jesus diz: “o poder do inferno nunca
poderá vencê-la”. De tal maneira, que
celebrar São Pedro e São Paulo é nos prepararmos ou para nos perguntarmos se
estamos preparados para o martírio. Porque
preparado para sermos ajudados, para termos um emprego, para isto buscamos a
Jesus Cristo. E para o martírio? Eu vou dizer com franqueza: ninguém sabe se
está preparado ou não. Isto é um momento que nos ajuda a refletir. De qualquer
maneira, se olharmos a caminhada de São Pedro, vamos entender porque é
importante celebrar o seu martírio. São Pedro foi alguém que se apresentou
sempre com muito medo das coisas. Às vezes alegava ignorância, ás vezes mentia
mesmo. O fato era: quando exigia dele algo que pudesse comprometê-lo, ele dava
um jeito de escapar: “você não é do grupo desse galileu? Nunca o vi”. Ou “o seu
mestre paga o imposto? Paga”. Ou “quem não deixar que eu lave os pés não terá
parte comigo”. “então lava a cabeça também”. São Pedro sempre procurou evitar
problemas. Só que ele sempre procurava caminhar com Jesus. Nós lemos hoje, que é
no caminho de Cesaréia de Felipe que Jesus vai procurar falar com ele. Jesus várias
vezes falou com eles; “vocês querem ir embora? A quem iremos, Senhor? Tu tens
palavra de vida eterna”. São Pedro,
apesar de suas dificuldades, nunca se negou a caminhar com Jesus. Quem se
coloca para caminhar com Jesus, vai amadurecendo a sua fé. Por isso, o batismo é
tão somente encontrar a estrada, mas depois é preciso caminhar. Porque se nós não
caminharmos, nós não estaremos preparados para aquilo que nossa fé exige;
vivermos o Evangelho e sermos fiéis a Deus. O Salmo hoje diz: Comigo engrandecei ao Senhor, exaltemos
todos juntos o seu nome! / Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu / e de
todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e
alegrai-vos e vosso rosto não se cubra de vergonha. Este infeliz gritou a Deus
e foi ouvido; e o Senhor o libertou de toda angústia.
Ora, isto parece uma ironia. Desde
quando Deus ouviu Pedro se ele morreu na cruz? Mas desde quando Deus ouviu
Jesus se Ele morreu na cruz? Por este caminho não chegamos a nada. O que é
necessário é que compreendamos o diálogo de Jesus com São Pedro. É o tipo de
verdade, que homem nenhum nos revela. Só o Pai que está no céu. Aparentemente não
foram ouvidos nem Jesus, nem São Pedro. Entretanto, se nós observarmos, eles
venceram a morte e, de fato, puderam experimentar a vida, que é a última
Palavra, Palavra que vem de Deus. Quem aposta na morte é está derrotado. Talvez,
por um pequeno tempo não vai vencer. Mas, logo vai percebe que foi em vão resolver
as coisas a partir da morte.
Por outro lado temos São
Paulo, que também começou a resolver as coisas a partir da morte. Ele, inclusive,
matava cristãos. Não foi nem por maldade, pois acreditava estar servindo a Deus,
quando acreditava num único Deus. Quando ouviu falar que Jesus era Deus feito
homem, ele disse; não é possível dois deuses, tenho que eliminar estes que estão
criando esta confusão. Agora ele se dá conta de algo que não conhecia. Ele não
conhecia o perdão. Perdão é próprio de Jesus Cristo. Por mais que se procure,
vamos ver que é a única proposta que inclui o perdão é a proposta cristã. Nem os
mulçumanos, nem os judeus, nem os hindus, nenhuma outra religião propõe o perdão;
só o cristianismo. É isto que chamou a atenção de Paulo. Ele ficou sabendo que
Jesus tinha dito: “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem”. Ele preside a
morte e Estevão que também diz: “Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem”.
O que é isto? Estamos matando fulano ele está pedindo perdão pelos que o estão
matando? É aí que São Paulo descobre a grandeza de Jesus Cristo. É evidente,
que ele caindo por terra, ou se dando conta daquilo que Jesus estava propondo, ele
muda totalmente de vida.
Então, meus irmãos e irmãs,
seria muito difícil nós respondermos com segurança “Eu estou pronto para
testemunhar a minha fé”. Entretanto não é difícil caminhar. Se for possível,
vamos testemunhar. Se não for preciso, não vamos perder o tempo, porque esta
caminhada nos leva ao Pai e Deus concede a quem procura a vida eterna.
Celebrar São Pedro e São Paulo
é celebrar nossa caminhada. Caminhada de cada um de nós como Igreja. Deus não
nos dará as costas para nos manter nessa trilha e continuar firmes. Para isto
preciso sempre perguntar: quem é Jesus com quem eu caminho? Porque se houver
dificuldades, no primeiro obstáculo vamos desistir. Mas, se eu souber que Ele é
o Messias, o salvador, não terei dificuldades de segui-lo. Posso ter exigências,
mas jamais obstáculos. Porque Deus já nos livrou de tudo aquilo que poderia nos
impedir de acompanha-lo.
Que nós possamos continuar
firmes na fé e ajudar a outros a entrar nesta caminhada.
Louvado seja Nosso Senhor
Jesus Cristo.
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Reflexões do Pe. Antônio
Toda
Igreja unida
Celebrando hoje a festa de Pedro e
Paulo, exaltamos seu exemplo de fidelidade a Jesus Cristo e seu ardoroso
testemunho no projeto libertador de Deus.
Na pessoa de Pedro, destaca-se o Pastor
das Comunidades, aquele que é referência da fé para os irmãos.
Na pessoa de Paulo, aparece mais o
líder Missionário, que forma comunidades e faz expandir a fé em todas as
nações.
Pedro recorda mais a instituição...
Paulo, o carisma...
As Leituras bíblicas nos falam dos
dois Apóstolos:
Na 1ª Leitura, vemos PEDRO:
(At 12,1-11)
Preso pelas autoridades...
"para agradar os judeus"...
Guardado como "perigoso"
por 16 homens... e libertado por Deus...
- O texto mostra que o testemunho
dos discípulos gera oposição e morte.
Mas a oposição não pode calar esse testemunho.
- Mostra uma Comunidade cristã
unida e solidária, na Oração.
E Deus escuta a oração da Comunidade...
- Mostra a presença efetiva de
Deus na caminhada da Igreja e o cuidado
de Deus para os que lhe dão testemunho.
O nosso Deus não nos abandona...
Na 2ª Leitura vemos PAULO:
(2Tm 4, 6-8.17-18)
Também está preso, pela última
vez: Está ciente da própria condenação.
Faz um balanço final de sua vida a
serviço do Evangelho:
- "Estou pronto... chegou a
minha hora... combati o bom combate ... terminei
a corrida... conservei a fé...
- E agora aguardo o prêmio dos
justos...
- O Senhor esteve comigo... a ele
GLÓRIA..."
A própria Morte ele a vê como a
Libertação definitiva...
* Suas palavras são um
"testamento espiritual" sereno e alegre, consciente do dever
cumprido..
Modelo de Missionário ardoroso e entusiasta...
No Evangelho, Pedro faz a
Profissão de Fé e recebe o Primado. (Mt 16, 13-19)
O texto tem duas Partes:
- A primeira de caráter cristológico:
centra-se em CRISTO e na definição de sua identidade:
"Tu é o Cristo, o Filho de Deus Vivo".
- Na segunda de caráter eclesiológico:
centra-se na IGREJA que Jesus convoca à volta de Pedro:
"Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja".
A base ("Rocha") firme
sobre a qual vai se assentar a Igreja de Jesus é a fé que Pedro e a Comunidade
dos discípulos professaram: a fé em Jesus como o "Messias, Filho de Deus
vivo".
Dessa adesão, nasce a Igreja, a
Comunidade dos discípulos de Jesus, convocada e organizada à volta de Pedro.
A Pedro e à Comunidade dos
discípulos é confiado o poder das chaves, isto é, a autoridade para interpretar
as palavras de Jesus, às novas necessidades e situações e para acolher ou não
novos membros na Comunidade dos discípulos do Reino. Pedro torna-se assim uma
figura de referência para os primeiros cristãos e desempenha um papel de
primeiro plano na animação da igreja nascente.
+ PEDRO E PAULO são figuras
gigantescas da Igreja primitiva, que tinha a missão de continuar a OBRA
salvadora de Cristo...
Na Igreja, Pedro recebe poderes
para desempenhar a sua missão:
Por isso, nem o poder do inferno
terá vez contra ela...
E essa promessa de Cristo
não é apenas à pessoa de Pedro.
Se a Igreja deve permanecer, mesmo
depois da morte de Pedro,
devemos admitir que os poderes
concedidos a Pedro,
passem também aos seus legítimos
sucessores, que são os PAPAS...
Por isso, nesse dia celebramos
também o DIA DO PAPA, que ainda hoje continua sendo sinal de unidade e
de comunhão na fé.
O Papa é o chefe visível da
Igreja na terra.
Sua missão é espinhosa, sobretudo
hoje, com mudanças rápidas e violentas...
com contestações dentro e fora da
Igreja...
Como é difícil saber discernir, no
meio de tantas turbulências!...
Ele merece o nosso amor...
mas que não seja um amor só de
palavras, mas um amor concreto...
Rezando por ele... escutando a sua
voz... e praticando seus ensinamentos...
Relembrando as figuras de São
Pedro e São Paulo, perguntemo-nos:
- Damos testemunho de Cristo, como
eles, no ambiente em que vivemos?
- Acreditamos que somos
responsáveis pela continuação do Projeto de Deus?
Relembrando a figura do Papa,
continuemos a nossa oração,
pedindo a Deus que lhe dê:
- MUITA LUZ... para apontar
sempre o melhor caminho para a Igreja... e
- MUITA FORÇA... para
enfrentar com otimismo e alegria
as contestações do mundo moderno...
A Igreja é um corpo vivo, que se
constrói com pedras vivas.
Todos colaboramos na construção,
mas sob a guia e supervisão dos que
são sucessores de Pedro (o Papa) e
dos demais Apóstolos (os bispos).
Pe. Antônio
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Homilia de D. Henrique Soares Mt 16,13-19
“Eis os santos que, vivendo
neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do
Senhor e se tornaram amigos de Deus”. – Estas palavras que o missal propõe como antífona de
entrada desta solenidade, resumem admiravelmente o significado de São Pedro e
são Paulo. A Igreja chama a ambos de “corifeus”, isto é líderes, chefes,
colunas. E eles o são.
Primeiramente, porque são apóstolos. Isto é, são testemunhas
do Cristo morto e ressuscitado. Sua pregação plantou a Igreja, que vive do
testemunho que eles deram. Pedro, discípulo da primeira hora, seguiu Jesus nos
dias de sua pregação, recebeu do Senhor o nome de Pedra e foi colocado à frente
do colégio dos Doze e de todos os discípulos de Cristo. Generoso e ao mesmo
tempo frágil, chegou a negar o Mestre e, após a ressurreição, teve confirmada a
missão de apascentar o rebanho de Cristo. Pregou o Evangelho e deu seu último
testemunho em Roma, onde foi crucificado sob o Imperador Nero. Paulo não
conhecera Jesus segundo a carne. Foi perseguidor ferrenho dos cristãos, até ser
alcançado pelo Senhor ressuscitado na estrada de Damasco. Jesus o fez se
apóstolo. Pregou o Evangelho incansavelmente pelas principais cidades do
Império Romano e fundou inúmeras igrejas. Combateu ardentemente pela fidelidade
à novidade cristã, separando a Igreja da Sinagoga. Por fim, foi preso e
decapitado em Roma, sob o Imperador Nero.
O que nos encanta nestes gigantes
da fé não é somente o fruto de sua obra, tão fecunda. Encanta-nos igualmente a
fidelidade à missão. As palavras de Paulo servem também para Pedro: “Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé”.
Ambos foram perseverantes e generosos na missão que o Senhor lhes confiara:
entre provações e lágrimas, eles fielmente plantaram a Igreja de Cristo, como
pastores solícitos pelo rebanho, buscando não o próprio interesse, mas o de
Jesus Cristo. Não largaram o arado, não olharam para trás, não desanimaram no
caminho… Ambos experimentaram também, dia após dia, a presença e o socorro do
Senhor. Paulo, como Pedro, pôde dizer: “Agora sei, de fato, que o
Senhor enviou o seu anjo para me libertar…”
Ambos viveram profundamente o que
pregaram: pregaram o Cristo com a palavra e a vida, tudo dando por Cristo.
Pedro disse com acerto: “Senhor, tu sabes tudo; tu
sabes que te amo”; Paulo exclamou com verdade: “Para mim, viver é Cristo. Minha vida presente na carne, eu a vivo
na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”. Dois
homens, um amor apaixonado: Jesus Cristo! Duas vidas, um só ideal: anunciar
Jesus Cristo! Em Jesus eles apostaram tudo; por Jesus, gastaram a própria vida;
da loucura da cruz e da esperança da ressurreição de Jesus, eles fizeram seu
tesouro e seu critério de vida.
Finalmente, ambos derramaram o
Sangue pelo Senhor: “Beberam do cálice do Senhor e
se tornaram amigos de Deus”. Eis a maior de todas a honras e de
todas as glórias de Pedro e de Paulo: beberam o cálice do Senhor, participando
dos seus sofrimentos, unido a ele suas vidas até o martírio em Roma, para serem
herdeiros de sua glória. Eis por que eles são modelo para todos os cristãos;
eis por que celebramos hoje, com alegria e solenidade o seu glorioso martírio
junto ao altar de Deus! Que eles intercedam por nós na glória de Cristo, para
que sejamos fiéis como eles foram.
Hoje também, nossos olhos e
corações voltam-se para a Igreja de Roma, aquela que foi regada com o sangue
dos bem-aventurados Pedro e Paulo, aquela, que guarda seus túmulos, aquela, que
é e será sempre a Igreja de Pedro. Alguns loucos, dizem, deturpando totalmente
a Escritura, que ela é a Grande Prostituta, a Babilônia. Nós sabemos que ela é
a Esposa do Cordeiro, imagem da Jerusalém celeste. Conhecemos e veneramos o
ministério que o Senhor Jesus confiou a Pedro e seus sucessores em benefício de
toda a Igreja: ser o pastor de todo o rebanho de Cristo e a primeira testemunha
da verdadeira fé naquele que é o “Cristo, Filho do Deus vivo”.
Sabemos com certeza de fé que a missão de Pedro perdura nos seus sucessores em Roma. Hoje , a missão de
Pedro é exercida por Bento XVI. Ao Santo Padre, nossa adesão filial, por
fidelidade a Jesus, que o constituiu pastor do rebanho. Não esqueçamos: o Papa
será sempre, para nós, o referencial seguro da comunhão na verdadeira fé
apostólica e na unidade da Igreja de Cristo. Quando surgem, como ervas
daninhas, tantas e tantas seitas cristãs e pseudo-cristãs, nossa comunhão com
Pedro é garantia de permanência seguríssima na verdadeira fé. Quando o mundo já
não mais se constrói nem se regula pelos critérios do Evangelho, a palavra
segura de Pedro é, para nós, uma referência segura daquilo que é ou não é
conforme o Evangelho.
Rezemos, hoje, pelo nosso Santo
Padre, Bento. Que Deus lhe conceda saúde de alma e de corpo, firmeza na fé,
constância na caridade e uma esperança invencível. E a nós, o Senhor, por
misericórdia, conceda permanecer fiéis até a morte na profissão da fé católica,
a fé de Pedro e de Paulo, pala qual, em nome de Jesus, “Cristo Filho do Deus vivo”, os Santos Apóstolos
derramaram o próprio sangue.
Ao Senhor, que é admirável nos seus santos e nos dá a força para o
martírio, a glória pelos séculos dos séculos. Amém.
D. Henrique Soares
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Homilia
de D.
Henrique Soares
Hoje celebramos o glorioso martírio
dos santos Apóstolos Pedro e Paulo, aqueles “santos que, vivendo neste mundo,
plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se
tornaram amigos de Deus”. Pedro, aquele a quem o Senhor constituiu como
fundamento da unidade visível da sua Igreja e a quem concedeu as chaves do
Reino; Paulo, chamado para ser Apóstolo de um modo único e especial, tornou-se
o Doutor das nações pagãs, levando o Evangelho aos povos que viviam nas trevas.
Um pela cruz e o outro pela espada, deram o testemunho perfeito de Cristo,
derramando seu sangue e entregando a vida em Roma, por volta do ano 67 da nossa
era.
Caríssimos, esta Solenidade hodierna
dá-nos a oportunidade para algumas ponderações importantes.
A Igreja é apostólica. Esta é uma sua
propriedade essencial. João, no Apocalipse, vê a Jerusalém celeste fundada
sobre doze alicerces com os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro (cf. 21,14). Eis:
a Igreja não pode ser fundada por ninguém, a não ser pelo próprio Senhor, que a
estabeleceu sobre o testemunho daqueles Doze primeiros que ele mesmo escolheu.
Seu alicerce, portanto, sua origem, seu fundamento são o ministério e a
pregação apostólicas que, na força do Espírito Santo, deverão perdurar até o
fim dos tempos graças à sucessão apostólica dos Bispos católicos, transmitida
na Consagração episcopal. Dizer que nossa fé é apostólica significa crer
firmemente que a fé não pode ser inventada nem tampouco deixada ao bel-prazer
das modas de cada época; crer que a Igreja tem como fundamento os Apóstolos
significa afirmar que não somos nós, mas o Cristo no Espírito Santo, quem
pastoreia e santifica a Igreja pelo ministério dos legítimos sucessores dos Apóstolos.
O critério daquilo que cremos, a regra da nossa adesão ao Senhor Jesus, a norma
da nossa fé é aquilo que recebemos dos santos Apóstolos uma vez para sempre. Só
a eles e aos seus legítimos sucessores o Senhor confiou a sua Igreja,
concedendo-lhes a autoridade com a unção do Espírito para desempenharem o
ofício de guiar o seu rebanho pelos séculos a fora. Olhemos, irmãos amados,
para Pedro e Paulo e renovemos nosso firme propósito de nos manter alicerçados
na fé católica e apostólica que eles plantaram juntamente com os demais
discípulos do Senhor. Hoje, quando surgem tantas comunidades cristãs que se
auto-intitulam “igrejas” e se auto-denominam “apostólicas”, estejamos atentos
para não perder a comunhão com a verdadeira fé, transmitida de modo ininterrupto
e fiel na única Igreja de Cristo, santa, católica e apostólica.
Um outro aspecto importante,
caríssimos, é o significado de ser Apóstolo: ele não é somente aquele que prega
Jesus, mas, sobretudo, aquele que, escolhido pelo Senhor, com ele conviveu,
nele viveu e, por ele, entregou sua vida. Os apóstolos testemunharam Jesus não
somente com a palavra, mas também com o modo de viver e com a própria morte.
Por isso mesmo, seu martírio é uma festa para a Igreja, pois é o selo de tudo
quanto anunciaram. O próprio São Paulo reconhecia: “Não pregamos a nós mesmos,
mas a Cristo Jesus, o Senhor. Trazemos, porém, este tesouro em vasos de argila
para que esse incomparável poder seja de Deus e não nosso. Incessantemente
trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja
também manifestada em nosso corpo. Assim, a morte trabalha em nós; a vida,
porém, em vós” (2Cor 4,5.7.10.12). Eis o sinal do verdadeiro Apóstolo: dar a
vida pelo rebanho, com Jesus e como Jesus, gastando-se, morrendo, pra que os
irmãos vivam no Senhor! Por isso, caríssimos meus, a alegria da Igreja na Festa
de hoje: Pedro e Paulo não só falaram, não só viveram, mas também morreram pelo
seu Senhor; e já sabemos pelo próprio Cristo-Deus que não há maior prova de
amor que dá a vida por quem amamos! Bem-aventurado é Pedro, bendito é Paulo,
que amaram tanto o Senhor a ponto de darem a vida por ele! Nisto são um
exemplo, um modelo, uma norma de vida para todos nós. Aprendamos com eles!
Um terceiro aspecto que hoje podemos
considerar é a ação fecunda da graça de Cristo na vida dos seus servos. O
exemplo de Pedro, o exemplo de Paulo servem muito bem para nós. Bento XVI, ao
ser eleito, afirmou humildemente que se consolava com o fato de Deus saber
trabalhar com instrumentos insuficientes: Quem era Simão, chamado Pedro? Um
pescador sincero, mas rude, impulsivo e de temperamento movediço. No entanto,
foi fiel à graça, e tornou-se Pedra sólida da Igreja, tão apegado ao seu
Senhor, a ponto de exclamar, cheio de tímida humildade: “Senhor tu sabes tudo;
tu sabes que te amo” (Jo 21,17). Quem era Saulo de Tarso, chamado Paulo? Um
douto, mas teimoso e radical fariseu, inimigo de Cristo. Tendo sido fiel à
graça, tornou-se o grande Apóstolo de Jesus Cristo, tão apaixonado pelo seu
Senhor, a ponto de nos desafiar: “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo!”
(1Cor 11,1). Eis, caros meus, abramo-nos também nós à graça que o Senhor nos
concede para a edificação da sua obra, para a construção do seu Reino, e
digamos como São Paulo: “Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça em mim
não foi em vão” (1Cor 15,10).
Ainda um derradeiro aspecto, amados
no Senhor. Nesta hodierna Solenidade somos chamados a refletir sobre o
ministério de Pedro na Igreja. Simão por natureza foi feito Pedro pela graça.
Pedro quer dizer pedra. Eis, portanto, Simão Pedra. “Tu és Pedro e sobre esta
Pedra eu edificarei a minha Igreja. Eu te darei as chaves do Reino” (Mt
16,16ss). Caríssimos, o ministério petrino é mais que a pessoa de Pedro. Seu
serviço será sempre o de confirmar os irmãos na fé em Cristo, Filho do Deus
vivo, mantendo a Igreja unida na verdadeira fé apostólica e na unidade
católica. É este o ministério que até o fim dos tempos, por vontade do Senhor,
estará presente na Igreja na pessoa do Sucessor de Pedro, o Bispo de Roma, a
quem chamamos carinhosamente de Papa, pai. O Papa é o Pastor supremo da Igreja
de Cristo porque somente a ele o Senhor entregou de modo supremo o seu rebanho.
Aquilo que entregou aos Doze e a seus sucessores, os Bispos, entregou de modo
especial a Pedro e a seus sucessores, o Papa: “Tu me amas mais que estes?
Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15). Estejamos atentos, caríssimos: nossa
obediência, nossa adesão, nosso respeito, nossa veneração pelo Santo Padre não
é porque o achamos simpático, sábio, ou de pensamento igual ao nosso, mas
porque ele é aquele a quem o Senhor confiou a missão de confirmar os irmãos.
Nossa certeza de que ele nos guia em nome de Cristo vem da promessa do próprio
Senhor: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar
como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que a tua fé não desfaleça.
Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos” (Lc 22,31-32). É porque
temos certeza da eficácia da oração de Jesus por Pedro e seus sucessores, que
aderimos com fé ao ensinamento do Santo Padre. Estejamos certos de uma coisa:
quem não está em comunhão com o Papa está fora da plena comunhão visível com a
Igreja de Cristo, que é a Igreja católica.
Assim, rezemos hoje pelo Papa Bento
XVI. E acompanhemos nossa oração com um gesto concreto: a esmola, o óbolo de
São Pedro, aquela contribuição que no dia de hoje os católicos do mundo inteiro
devem dar para as obras de caridade do Papa por todo o mundo. Assim, com as
mãos e com o coração rezemos pelo Santo Padre, o Papa Bento: Que o Senhor nosso
Deus que o escolheu para o Episcopado na Igreja de Roma, o conserve são e salvo
à frente da sua Igreja, governando o Povo de Deus, de modo que o povo cristão a
ele confiado possa sempre mais crescer na fé. Amém.
D. Henrique Soares da Costa
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“Tu és o Cristo”, eis a profissão de
fé de Pedro. “Tu és Pedro”, eis a demonstração de que Deus confia nos homens.
Na clausura do Ano Sacerdotal, o Papa Bento XVI falava da audácia de Deus, que
consiste em confiar nos homens a tal ponto de fazer deles instrumentos e canais
de graça. Realmente, Deus confia em nós! Não nos necessita, mas quis necessitar
de nós.
São Pedro nasceu em Betsaida, cidade
da Galiléia. Conheceu Jesus através de seu irmão André. Jesus “fixando nele o
olhar” (Jo 1,42) o chamou para segui-lo. O olhar carinhoso de Cristo devia ser
arrebatador, convincente e encerrava um radicalismo de entrega a Deus muito
atraente. Aquele olhar transformou Pedro, agora chamado Cefas, pedra, Pedro. De
simples pescador converte-se num pescador de homens. Foi o vigário de Cristo na
terra quando ele, o Senhor, já não estava entre os seus em corpo mortal.
Jesus quis instituir a sua Igreja
tendo Pedro e seus sucessores à frente dela, e isso para sempre. Pedro, Lino,
Cleto, Clemente, Evaristo, Alexandre, Sisto, Telésforo, Higino, Pio, Aniceto,
Sotero, Eleutério, Vítor,… Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João
Paulo II, Bento XVI, Francisco: 266 papas. Que maravilha! Cheios de entusiasmo,
professemos a nossa fé nesta Igreja, que é “Una, Santa, Católica e Apostólica,
edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos
hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os
Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os
seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele;
perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo de Deus).
S. Jerônimo expressou firmemente a
sua adesão ao Papa com as seguintes palavras: “não sigo nenhum primado a não
ser o de Cristo; por isso ponho-me em comunhão com a Sua Santidade, ou seja,
com a cátedra de Pedro. Sei que sobre esta pedra está edificada a Igreja”.
A história da Igreja – são já dois
mil anos! – é uma demonstração de força e de debilidade, também no que se
refere à história do papado. Graças a Deus, o século XX está cheio de grandes
Papas, a começar por S. Pio X no começo do século culminando com João Paulo II.
Todos nós fomos testemunhas também da bondade e da inteireza de Bento XVI:
quanta fortaleza, quanto amor a Deus, quantas lutas para defender a Santa
Igreja. A maioria dos Papas foram homens magníficos, cheios de Deus e entregues
ao serviço do rebanho a eles confiado. Francisco é o atual Sucessor de Pedro,
um homem simples no caminho da pobreza de Jesus Cristo, foi eleito Papa no dia
13 de março deste ano. A nossa adesão a ele e a nossa obediência é completa.
Lembremo-nos que a Igreja é santa, é
guiada e sustentada por Deus, nada a pode derrotar. É Santa, os pecadores somos
nós; Deus a fundamentou de tal maneira que nem o inferno e seus demônios, nem
os homens, poderão derrotá-la. A Igreja, esposa de Cristo, chegará à Parusia.
Outro fato maravilhoso é que os Papas, mais santos ou menos santos, sempre
guardaram intacto o depósito da fé. Deus garante o pastoreio da Igreja através
desses homens que ele mesmo escolheu. É fato e é dogma de fé: o Papa quando
fala sobre coisas de fé e de moral com a sua autoridade de Supremo Pastor do
rebanho não pode errar, não pode equivocar-se.
O Papa é sempre o bispo de Roma. Deus
quis – em sua providência – que Roma tivesse esse significado especial na
história da Igreja peregrina. O Romano Pontífice como vigário de Cristo é o
administrador de Cristo aqui na terra, como sucessor de Pedro leva consigo toda
a autoridade que Cristo confiou ao mesmo Pedro para apascentar o rebanho do
Senhor. S. Josemaria Escrivá dizia que “o amor ao Romano Pontífice há de ser em
nós uma bela paixão, porque nele vemos Cristo”.
O católico deve estar sempre perto do
Papa: escutá-lo, apoiá-lo, rezar por ele e suas intenções. Não podemos romper a
unidade católica: todos com o Papa! De fato, para estar em plena comunhão com a
Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, é preciso professar a mesma
fé, celebrar os mesmos sacramentos e estar unidos à hierarquia cujo ponto
principal é o Papa. “Sou católico, vivo a minha fé” (Edições CNBB), um
Compêndio da Doutrina elaborado pela Conferência Episcopal, quando se pergunta
“Quem é o Papa para nós, católicos?” responde da seguinte maneira: “o Papa é o
sucessor do apóstolo Pedro, o bispo de Roma que Jesus constituiu como “perpétuo
e visível fundamento da unidade” (…) é o pastor de toda a Igreja. (…) tem a
missão de confirmar toda a Igreja na fé, continuando a mesma tarefa que Cristo
confiou a Pedro (…) Todo católico, além de conhecer e viver a Palavra de Deus,
de dar testemunho da sua fé em Cristo, de participar da comunidade eclesial,
espaço de testemunho, de serviço, de diálogo e de anúncio, ama e respeita o
Papa e os bispos como seus legítimos pastores. Ora por eles e obedece às
orientações da Igreja Católica” (V,15)
Pe. Françoá Costa
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Celebramos hoje o martírio dos
Apóstolos Pedro e Paulo; mortos na perseguição de Nero pelo ano de 64. Através
destes dois apóstolos a Igreja celebra sua apostolicidade: Creio na Igreja uma,
santa, católica, apostólica.
São Pedro e São Paulo são os últimos
dois anéis de uma corrente que nos une ao próprio Cristo. Em certo sentido,
nossa comunhão com Jesus passa através deles. Nós celebramos, por isso, a festa
dos “fundadores” de nossa fé, dos antepassados do povo cristão.
Disse Jesus: “Tu és Pedro, e sobre
esta pedra construirei a minha Igreja” (Mt 16,18).
A Igreja, portanto, não é uma
sociedade de livres pensadores, mas é a sociedade, ou melhor, a comunidade
daqueles que se unem a Pedro em proclamar a fé em Jesus Cristo. Quem edifica a
Igreja é Cristo. É ele que escolhe livremente um homem e o põe na base do edifício.
Pedro é apenas um instrumento, a
primeira pedra do edifício, enquanto Cristo é aquele que põe a primeira pedra.
Todavia, doravante, não se poderá estar verdadeira e plenamente na Igreja, como
pedra viva, se não se está em comunhão com a fé de Pedro e sua autoridade ou,
ao menos, se não se procura estar. Santo Ambrósio escreveu uma palavra forte:
“onde está Pedro, ali está a Igreja.” Isto não significa que Pedro seja,
sozinho, toda a Igreja, mas que não pode haver Igreja sem Pedro.
O primado de Pedro e de seus
sucessores está claro no Evangelho (cf. tb. Jo 21, 15). Pedro exerceu este
primado, como encontramos nos Atos dos Apóstolos (At. 1, 15; 2, 14; 3, 6; 10,
1; 9, 32; 15, 7-2). Pedro foi bispo de Roma, onde foi sepultado. Santo Inácio
de Antioquia refere-se à Igreja de Roma como a “que preside a aliança do amor.”
O Papa é o representante de Cristo na
terra (seu vigário), o fundamento da unidade da Igreja.
A ordem de Jesus foi: “Apascenta os
meus cordeiros… apascenta as minhas ovelhas!” (Jo. 21, 15-17). Era a
investidura no supremo poder! A Igreja sem o Papa seria um barco sem timoneiro!
Jesus quis fundar a sua Igreja tendo
Pedro e seus sucessores à frente dela. Em dois mil anos de Cristianismo, até
hoje, Pedro teve 266 sucessores! Pedro, Lino, Cleto, Clemente… João Paulo II,
Bento XVI, Francisco. Podemos dizer, ontem Pedro, hoje Francisco. Agradeçamos a
Deus por pertencermos à Igreja fundada por Cristo que é “Una, Santa, Católica e
Apostólica, edificada por Jesus Cristo, sociedade visível instituída com órgãos
hierárquicos e comunidade espiritual simultaneamente (…); fundada sobre os
Apóstolos e transmitindo de geração em geração a sua palavra sempre viva e os
seus poderes de Pastores no Sucessor de Pedro e nos Bispos em comunhão com ele;
perpetuamente assistida pelo Espírito Santo” (Paulo VI, Credo do Povo de Deus).
Dizia São Josemaria Escrivá: “O amor
ao Romano Pontífice há de ser em nós uma bela paixão, porque nele vemos
Cristo.”
Também S. Paulo é hoje apresentado na
cadeia (2 Tm. 4, 6-8. 17-18), na sua última prisão que terminará com o seu
martírio. O Apóstolo está consciente da sua situação; porém, as suas palavras
não revelam amargura, mas a serena satisfação de ter gasto a sua vida pelo
Evangelho: “aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate,
completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da
justiça…” (2 Tm. 4, 6-8).
Paulo disse: “Escolheu-nos antes da
constituição do mundo” (Ef 1, 4). E continua: “chamou-nos com vocação santa,
não em virtude das nossas obras, mas em virtude do seu desígnio” (2 Tm. 1, 9).
A vocação é um dom que Deus preparou
desde toda a eternidade. Todos nós recebemos, de diversas maneiras, uma chamada
concreta para servir o Senhor. E ao longo da vida chegam-nos novos convites
para segui-Lo, e temos de ser generosos com Ele em cada encontro. Temos de
saber perguntar a Jesus na intimidade da oração, como São Paulo: Que devo
fazer, Senhor?, que queres que eu deixe por Ti?, em que desejas que eu melhore?
Neste momento da minha vida, que posso fazer por Ti?
O Senhor chama todos os cristãos à
santidade; e é uma vocação exigente, muitas vezes heróica, pois Ele não quer
seguidores tíbios, discípulos de segunda classe; se quiser ser discípulo do
Mestre, deve imprimir um sentido apostólico à sua vida: um sentido que o levará
a não deixar passar nenhuma oportunidade de aproximar os outros de Cristo, que
é aproximá-los da fonte de alegria, da paz e da plenitude.
Temos de pedir hoje a São Paulo que
saibamos converter em oportuna qualquer situação que se nos apresente. Quem
verdadeiramente ama a Cristo sentirá a necessidade de O dar a conhecer, pois,
como diz São Tomás de Aquino, aquilo que os homens muito admiram divulgam-no
logo, porque da abundância do coração fala a boca”.
Relembrando o ardor missionário de
São Pedro e São Paulo, que o Senhor nos conceda o mesmo entusiasmo para sermos
discípulos e missionários de Cristo.
Relembrando o ardor missionário de
São Pedro e São Paulo que o Senhor nos conceda o mesmo entusiasmo para sermos
discípulos e missionários de Cristo.
A exemplo da Igreja primitiva que
rezava por Pedro enquanto estava na prisão(At 12, 5) estejamos unidos em oração
pelo Santo Padre o Papa Francisco!
Mons. José Maria Pereira
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos ou
Ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR
(QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR) Mt 16, 13-19
O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS
GRAÇAS AO SENHOR, O NOSSO DEUS.
à Por Jesus,
com Jesus e em Jesus, na força do espírito santo, louvemos ao Pai:
T:
louvor
e glória a Vós, ó Pai de bondade!
1 Senhor, nosso Deus, nós vos louvamos
pela vossa bondade. Vos agradecemos pelo carinho com que nos criastes e pelo
ardor com que nos sustentais. Sabemos que não nos abandonais em nossas
dificuldades e em nossas lutas do dia a dia.
T :
louvor
e glória a Vós, ó Pai de bondade!
2 Pai, hoje nos falastes, através de
Pedro, que Jesus é o messias, o vosso Filho enviado para que possamos, através
dele, alcançar o Vosso Reino.
T:
louvor
e glória a Vós, ó Pai de bondade!
3 Pai, dai-nos força e coragem para
que possamos, um dia, dizer como Paulo: “Combati um bom combate”. Sabemos que é
difícil anunciar o Vosso Reino neste mundo de injustiças, de poder opressor, de
ganância pelo lucro e cheio de corrupção. Dai-nos a coragem de Paulo e o ardor
de Pedro para que sejamos corajosos em construir o Vosso Reino.
T:
louvor e
glória a Vós, ó Pai de bondade!
à
PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o
Cordeiro...