Solenidade
de Pentecostes ANO A 2017
Introdução ao espírito da Celebração
Atenágoras afirmou
que «sem o Espírito Santo, Deus fica longe; Cristo permanece no passado; o
Evangelho é letra morta; a Igreja é uma simples organização; a autoridade é um
poder; a missão é propaganda; o culto, uma velharia; e o agir moral, um agir de
escravos».
Mas, «no Espírito,
o cosmos é enobrecido pela geração do Reino; Cristo ressuscitado torna-Se
presente; o Evangelho faz-se poder e vida; a Igreja realiza a comunhão
trinitária; a autoridade transforma-se em serviço; a liturgia é memorial e
antecipação; o agir humano é deificado».
SINOPSE:
TEMA: “Como o
Pai me enviou, também eu vos envio.”O Espírito dá vida, renova,
transforma e faz nascer o Homem Novo.
Primeira leitura: É o Espírito que Cria nova
comunidade, orienta e capacita para a missão.
Evangelho: A partir do dom do
Espírito Santo, a comunidade a volta de Jesus ressuscitado passa a ser uma
comunidade viva e nova, que supera as limitações e dá testemunho de Jesus.
Segunda leitura: Paulo diz que o Espírito Santo é
a fonte viva da comunidade. É Ele que concede os dons e estes devem ser postos
ao serviço de todos.
EVANGELHO (Jo 20, 19-23) Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da
semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os
discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A
paz esteja convosco”. Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. Novamente, Jesus disse: “A
paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois de
ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem
perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes,
eles lhes serão retidos”.
MENSAGEM - Ao
“anoitecer”, as “portas fechadas”, o “medo. É uma comunidade desorientada e
insegura. Jesus aparece “no meio deles”. Jesus como ponto de referência
à volta do qual a comunidade se constrói. Jesus deseja-lhes “a paz” (“shalom”).
A serenidade, a tranquilidade e a confiança, que supera o medo: a partir de
agora, nem o sofrimento, nem a morte poderão derrotar os discípulos, porque
Jesus está “no meio deles”. Em seguida, Jesus “mostrou-lhes as mãos e o lado”.
São os “sinais” que evocam o amor total expresso na cruz. É nesses “sinais” que
os discípulos reconhecem Jesus. O gesto de Jesus de soprar sobre os
discípulos reproduz o gesto de Deus ao comunicar a vida ao homem de argila.
Com o “sopro” o homem tornou-se um “ser vivente”; com este “sopro”, Jesus
transmite a vida nova e faz nascer o Homem Novo. Agora, os discípulos estão
capacitados para fazerem da sua vida um dom de amor. Finalmente, Jesus explicita
qual a missão dos discípulos: a eliminação do pecado. As palavras de Jesus
Significam, que os discípulos são chamados a testemunhar essa vida que o Pai
quer oferecer a todos. Quem aceitar essa proposta, será integrado na comunidade
de Jesus; quem não a aceitar, continuará a percorrer caminhos de egoísmo e de
morte (isto é, de pecado). A comunidade, animada pelo Espírito, será a
mediadora desta oferta de salvação.
ATUALIZAÇÃO
- A
comunidade cristã só existe, se está centrada em Jesus. É n’Ele que superamos
os nossos medos, incertezas, para testemunharmos a vida nova do Homem Novo.
- As
comunidades construídas à volta de Jesus são animadas pelo Espírito. O Espírito é esse sopro de vida que transforma o barro inerte
numa imagem de Deus, que transforma o egoísmo em amor partilhado, que
transforma o orgulho em serviço. É Ele que nos faz vencer os medos, readquirir
a audácia profética, testemunhar o amor, sonhar com um mundo novo.
LEITURA I – Atos 2,1-11 Leitura dos Atos
dos Apóstolos.
Quando chegou o dia de Pentecostes, os
discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma
forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram
línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos
ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito os inspirava. Moravam em Jerusalém judeus devotos de todas
as nações do mundo. Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos
ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua.
Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são
todos galileus? Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? Nós que
somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da
Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da
Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; judeus e prosélitos,
cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus na
nossa própria língua!”
AMBIENTE - É uma catequese, onde Lucas recorre às imagens, aos símbolos, à
linguagem poética. O fundamental é apresentar a Igreja como a comunidade que
nasce de Jesus, que é assistida pelo Espírito e que é chamada a testemunhar aos
homens o projeto libertador do Pai.
MENSAGEM - Lucas coloca a experiência do Espírito no dia de Pentecostes,
celebrada cinquenta dias após a Páscoa. Originariamente, era uma festa
agrícola; mas, no séc. I, tornou-se a festa que celebrava a aliança no Sinai.
Lucas sugere que o Espírito é a lei da nova aliança e que, por Ele, se
constitui a nova comunidade do Povo de Deus. O Espírito é apresentado como “a
força de Deus”, através de dois símbolos: o vento de tempestade e o fogo.
O Espírito (força de Deus) é apresentado em forma de língua de fogo. A
língua é também a maneira de comunicar, entre as pessoas, de criar comunidade.
“Falar outras línguas” é criar relações, é superar o egoísmo, a divisão,
o racismo, a marginalização… É o reverso de Babel: lá, o orgulho, a ambição
conduziu ao desentendimento; aqui, regressa-se à unidade, ao diálogo, ao
entendimento. Unidos pelo Espírito a comunidade atinge todo o mundo antigo,
desde a Mesopotâmia, até Roma: a todos deve chegar a proposta de Jesus; amor e
de partilha. Pelo Espírito se cria a nova humanidade, a anti-Babel; todos os
povos escutarão a proposta de Jesus e integrarão a comunidade da salvação, onde
se fala a mesma língua do amor. O Pentecostes anuncia a humanidade nova, a
anti-Babel, nascida da ação do Espírito, onde todos serão como irmãos.
“Começaram a falar outras
línguas». Alguns
dizem que o milagre estava nos ouvintes, que ouviam na própria língua das
terras donde provinham: seria então um tipo de oração, de louvor: os
ouvintes de boa fé receberam o dom de interpretar o que os Apóstolos diziam, os
mal dispostos diziam que eles estavam ébrios. A pregação de Pedro
aparece como posterior a este fenômeno.
ATUALIZAÇÃO - Uma
comunidade reunida por causa de Jesus, pelo Espírito testemunha o projeto
libertador de Jesus. Uma comunidade universal que vive no amor e na
partilha, apesar das diferenças culturais e étnicas.
- Antes,
um grupo fechado, sem iniciativa nem coragem do testemunho; depois, comunidade
unida, que se assume como comunidade de amor e de liberdade.
- Para
ser cristão, ninguém deve ser espoliado da própria cultura; são convidados, com
as suas diferenças, a acolher esse projeto de Deus, que faz os homens viver no
amor.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 103(104)
Enviai o vosso
Espírito, Senhor, e da terra toda a face renovai.
• Bendize, ó minha alma, ao Senhor! / Ó meu Deus e meu
Senhor, como sois grande! / Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras! /
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
• Se tirais o seu respiro, elas perecem / e voltam
para o pó de onde vieram. / Enviais o vosso espírito e renascem / e da terra
toda a face renovais.
• Que a glória do Senhor perdure sempre, / e
alegre-se o Senhor em suas obras! / Hoje seja-lhe agradável o meu canto, / pois
o Senhor é a minha grande alegria!
LEITURA II – 1 Cor 12,3b-7.12-13
- Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos
Coríntios.
Irmãos, ninguém pode dizer: Jesus é o
Senhor, a não ser no Espírito Santo. Há diversidade de dons, mas um
mesmo é o Espírito. Há diversidade de
ministérios, mas um mesmo é o Senhor. Há diferentes atividades, mas
um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos. A cada um é dada a
manifestação do Espírito em vista do bem comum. Como o corpo é um, embora tenha
muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam
um só corpo, assim também acontece com Cristo. De fato, todos nós, judeus ou
gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos
um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.
AMBIENTE - A comunidade de Corinto não era exemplar no amor e na
fraternidade. Os detentores de dons consideravam se os “iluminados”, assumiam
autoritarismo e prepotência; por outro lado, os que não tinham estes dons eram
desprezados. Paulo corrige, mostra a incoerência destes comportamentos, com o
Evangelho.
MENSAGEM - os dons não garantem os privilégios. O verdadeiro “carisma” é o
que confessa que “Jesus é o Senhor” e que é útil para o bem da
comunidade. É preciso que tenham consciência de que, apesar da diversidade de
dons, é o mesmo Espírito que atua em todos; é o mesmo Senhor Jesus que está
presente em todos;, é o mesmo Deus que age em todos. O importante é que
os dons do Espírito sejam usados para o bem da comunidade. Em todos circula a
mesma vida, pois todos foram batizados num só Espírito. O Espírito que alimenta
e que dá vida ao “corpo de Cristo”; e fomenta coesão, fraternidade e unidade na
comunidade.
ATUALIZAÇÃO - É
o mesmo Espírito que nos alimenta, embora desempenhemos funções diversas.
- Os “dons” que recebemos não podem gerar conflitos; devem servir
para o bem comum.
- O Espírito que alimenta, que dá vida, que distribui os dons conforme
as necessidades; é Ele que conduz as comunidades pela história. Ele foi
distribuído a todos os crentes e reside na totalidade da comunidade.
Espírito Santo é Amor ardente,
Luz de santidade, Virtude na vida e amparo na morte; é Aquele que enche de
alegria os nossos corações, que lava as nossas manchas, que sara os enfermos e
que é paz e conforto no pranto. E nós o recebemos
no dia do nosso Batismo, em especial no dia em que fomos Crismados. Por isso
diz S. Paulo que o nosso corpo é templo do Espírito Santo; é Ele que nos anima
e fortalece a nossa fé.
Nele, tudo tem valor, até a mais simples das
criaturas… Sem ele, nada podemos nós: “Sem a luz que acode, nada o homem pode,
nenhum bem há nele!” Por isso Jesus disse: “Sem mim, nada podeis fazer (Jo
15,5)”, porque sem o seu Espírito Santo que nos sustenta e age no mais
íntimo de nós, tudo quanto fizéssemos não teria valor para o Reino dos Céus.
Jesus é a videira, nós, os ramos, o Espírito é a seiva que, vinda do tronco,
nos faz frutificar… Ele é a nova Lei – não aquela inscrita sobre tábuas de
pedra, mas inscrita no nosso coração (cf. Ez 11,19; Jr 31,31-34), pois “o
amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito que nos foi dado”
(Rm 5,5).
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Domingo de Pentecostes = (Terminada a oração depois da comunhão e os
avisos, antes da benção final, o Presidente da Celebração se dirige para junto
do Círio:)
RITO PARA APAGAR O CÍRIO PASCAL
Diácono ou o Presidente da Celebração - Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o Círio Pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinquenta dias do Tempo Pascal. Hoje, dia de Pentecostes, ao concluir o Tempo da Páscoa, o Círio será apagado. Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu.
Diácono ou o Presidente da Celebração - Irmãos e irmãs, na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o Círio Pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinquenta dias do Tempo Pascal. Hoje, dia de Pentecostes, ao concluir o Tempo da Páscoa, o Círio será apagado. Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu.
O presidente se inclina para
o Círio, este então é apagado.
Pres. – Oremos: Dignai-vos, ó Cristo, acender nossas lâmpadas da fé; que em vosso templo elas refuljam constantemente, alimentadas por vós, que sois a luz eterna; sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo. Vós, que viveis e reinais para sempre.
Todos: Amém, aleluia!
Pres. – Oremos: Dignai-vos, ó Cristo, acender nossas lâmpadas da fé; que em vosso templo elas refuljam constantemente, alimentadas por vós, que sois a luz eterna; sejam iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de nós as trevas do mundo. Vós, que viveis e reinais para sempre.
Todos: Amém, aleluia!
Segue-se
a Bênção final, própria para o dia. Por fim, para a retirada do Círio, forma-se
uma procissão, semelhante ao início da Celebração, conduzindo, agora, o Círio
Pascal apagado, passando pela nave central da Igreja. (O Círio será aceso nas celebrações do
batismo)
(Ver
no final outro rito mais solene, se o desejar)
·
Bênção Final (própria de Pentecostes)
Ver o Missal
romano, p. 524.
*
Deus, o Pai das luzes, que (hoje) iluminou os corações dos discípulos,
derramando sobre eles o Espírito Santo, vos conceda a alegria de sua bênção e a
plenitude dos dons do mesmo Espírito. AMÉM!
*
Aquele fogo, descido de modo admirável sobre os discípulos, purifique os vossos
corações de todo mal e vos transfigure em sua luz. AMÉM!
*
Aquele que na proclamação de uma só fé reuniu todas as línguas vos faça
perseverar na mesma fé, passando da esperança à realidade. AMÉM!
Abençoe-vos Deus
todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo. AMÉM!
========--------------==========
"Vem Espírito Santo"
Celebramos hoje a festa de PENTECOSTES.
Recordamos o "Dom" do
Espírito Santo e o final do tempo pascal.
PENTECOSTES era uma festa judaica
muito antiga, celebrada 50 dias após a Páscoa.
Inicialmente, era uma festa
agrícola em agradecimento a Deus pelas colheitas.
Depois o povo começou a celebrar
nela a ALIANÇA, o dom da LEI no Sinai e a constituição do Povo de Deus, fato
acontecido 50 dias depois da saída do Egito... acompanhado de trovões,
relâmpagos, trombetas, vento forte...
A 1ª Leitura e o Evangelho
descrevem o PENTECOSTES CRISTÃO.
O Espírito presente no início da
vinda pública de Jesus, está presente também no início da atividade missionária
da Igreja.
As narrativas são diferentes e
até divergentes, mas se completam:
+ São Lucas faz coincidir o Pentecostes cristão com o
Pentecostes judaico... para mostrar
que o ESPÍRITO é a LEI da NOVA ALIANÇA
e que, por ele, se constitui um NOVO POVO DE DEUS. Por isso, relata o
FATO entre raios e trovões, inspirando-se na narrativa da entrega da Lei no
Sinai. (At 2,1-11)
- Os apóstolos estão
reunidos... trancados numa casa...
O fogo do Espírito se reparte em forma de línguas sobre cada um deles.
Eles saem do cenáculo e, em praça pública começam a falar do Cristo
ressuscitado, com grande entusiasmo e sabedoria.
É a primeira e grande manifestação missionária da Igreja.
E seus missionários são os doze apóstolos.
- E o povo espantado se
questiona: "Como os escutamos na
nossa língua?"
O texto nos faz lembrar a Torre de Babel (Gn 11):
- Lá ninguém se entende mais... Aqui acontece o contrário: Por obra do
Espírito Santo, todos falam uma língua que todos compreendem e que une a todos:
a linguagem do amor.
- A intenção de Lucas é
apresentar a Igreja como a Comunidade que nasce de Jesus, que é animada pelo
Espírito e que é chamada a testemunhar aos homens o projeto libertador do Pai.
+ São João colocou o Dom do Espírito Santo no dia da Páscoa.
(Jo 20,19-23)
Os Sinais ("anoitecer",
"portas fechadas", "medo") revelam a situação de uma
Comunidade desamparada, desorientada e insegura.
Jesus aparece "no meio deles" e lhes deseja
a "PAZ".
Confia a Missão: "Como o Pai me enviou, eu VOS
ENVIO".
"Soprou" sobre
eles e falou: "Recebei o ESPÍRITO
SANTO".
- Nessa perspectiva, Páscoa e Pentecostes são partes do mesmo
acontecimento.
* A preocupação dos evangelistas
não foi escrever uma crônica histórica, mas uma catequese sobre o Mistério
Pascal e a Igreja
Afirmam a mesma coisa, expressando-se numa linguagem diferente.
- Para LUCAS: A Igreja
é uma Comunidade que nasce de Jesus, é animada pelo Espírito e é chamada a
testemunhar aos homens o projeto do Pai.
O Espírito é a LEI NOVA que
orienta a caminhada dos crentes.
Ele criou uma nova comunidade,
capaz de ultrapassar as diferenças e unir todos os povos numa mesma comunidade
de amor.
- Para JOÃO, a Igreja
é uma Comunidade construída ao redor de Jesus e animada pelo Espírito, que a
torna viva e "recriada".
O Espírito é esse "sopro" de vida que a faz
vencer o medo e as limitações e dar testemunho no mundo desse amor, que Jesus
viveu até às ultimas conseqüências.
- Para PAULO, a Igreja
é o "Corpo Místico de Cristo".
(1Cor 12, 3b-712-13)
Apesar da diversidade dos membros
e das funções, o Corpo é um só.
Mas é o mesmo ESPÍRITO que
alimenta e dá vida a esse corpo.
O Pentecostes continua:
Diante desse fato grandioso, talvez invejamos a sorte dos apóstolos e
esquecemos que o Pentecostes continua em nossa vida e na vida da Igreja...
- Em NOSSA VIDA houve
um Pentecostes: A CRISMA, quando recebemos a plenitude do Espírito Santo para
cumprir nossa missão...
- Na VIDA DA IGREJA, que
nasceu no Pentecostes e continua a ser recriada pelo Espírito. O Espírito Santo
é a alma da Igreja.
+ O cristão é um enviado:
"Como o Pai me enviou, eu também vos
envio".
- Para promover a PAZ.
É um dom precioso e ausente muitas vezes no mundo.
Cristo e seu Espírito são fontes de paz para que o mundo creia.
- Para experimentar o PERDÃO e a MISERICÓRDIA (dado e recebido).
O perdão e a misericórdia são as atitudes da Igreja diante do mundo.
- Para construir a COMUNIDADE.
O Espírito de Deus foi derramado em cada um para conseguir a unidade de
todos no amor.
O Pentecostes, para nós, é a
plenitude da Páscoa.
É o nascimento da Igreja com a
missão de dar continuidade à obra de Cristo através dos tempos, em meio à
diversidade dos povos.
No dia de Pentecostes, as pessoas
falavam a mesma linguagem: o Amor.
O amor deve continuar sendo a
linguagem dos cristãos do mundo inteiro. Através do amor, o sopro do Espírito
Santo continuará presente.
Pe. Antônio
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Homilia do PE. PEDRINHO
Meus irmãos e minhas irmãs, há cinquenta dias atrás,
celebrávamos a Páscoa da ressureição do Senhor Hoje, Pentecostes. A Igreja celebra os frutos desta Páscoa. Jesus,
na época em que esteve aqui, andado como ser humano, disse: (Eu sou o Pão da vida) se o grão de trigo não cai na terra e
morre, ele não dá frutos. Ora, Pentecostes era uma festa que já os judeus celebravam.
Ela significa a festa da última
colheita. Eles vão colhendo os frutos e vão de fato celebrando, mais uma
grande festa. Era uma festa, por assim dizer, uma festa social, como temos hoje
a festa do vinho, festa da batata, festa da cebola. Então, era a festa do
lavrador. Aquele que plantou, ficou feliz e por isso então, comemora com a sua
família e com aqueles que trabalharam para aquele resultado. Então, Pentecostes é de fato, os frutos da
ressurreição do Senhor. E o que
é que surgiu como fruto da morte e
ressurreição do Senhor? A Igreja. Agora, quando eu falo Igreja, eu gosto de
insistir nisso, porque nem sempre as pessoas tem clareza, eu não me refiro ao
papa, ao bispo, ao padre, não! A igreja
somos nós, aqueles que por conta da fé em Jesus Cristo, foram se congregando,
se reunindo, para celebrar. Celebrar o que? Celebrar a morte e a
ressurreição do Senhor. Então, é sempre no primeiro dia da semana, que eles se
reuniam, à noite. Para que? Reunidos ao
redor da mesa, relembrar tudo aquilo que Jesus ensinou e fez e para cumprir a
ordem que Jesus deixou: “fazei isto em minha memória”. É isto que nós
celebramos há dois mil anos. É evidente, que a partir desta igreja que surge,
que brota, ela deve manter o testemunho de Jesus Cristo. Como fazer isto? Eles
estavam todos com medo, porque, a final de contas, tinham matado o líder maior.
Se fizeram isto com o nosso Senhor, imaginem o que farão conosco. Então, eles
se reuniam a portas fechadas. Mas, é
aqui que entra a nossa compreensão na fé. Mas, é por aí, que eles se deram
conta que não teriam um futuro muito promissor. Porque se é para celebrar a memória do Senhor, é também
para que outros compreendam o gesto realizado por Jesus. É assim que eles
resolvem vencer o medo e a partir daí, anunciar para todos os povos quem é
Jesus Cristo. Ora, é vidente, que esta iniciativa não parte somente dos
discípulos. É claro que a colaboração deles é importante. Mas, é uma iniciativa
que nós professamos, vinda de Deus. O mesmo Deus que tomou a iniciativa de
apresentar Jesus para o mundo, agora, toma a iniciativa de apresentar a Igreja para o mundo. Claro que isto custou vidas. Mas,
se o grão de trigo não cai na terra e não morre, não dá frutos. Por isso, a
Igreja celebra de cor vermelha, lembrando a todos os mártires que banharam suas
vestes no sangue do Cordeiro e com o dom da vida acabaram convencendo a muitos, que valia a pena seguir Jesus
Cristo. Então, nós temos na primeira leitura esta reflexão, colocada de maneira
solene, aonde, toda a humanidade compreende o gesto de Jesus, nestes povos
anunciados. Temos no Evangelho o ponto central, o fruto da morte e ressurreição
de Jesus e o que nos é pedido como fruto
principal; o perdão. Todas as outras religiões não pregam o perdão. Eu não
estou exagerando. O único que tem como DNA, identidade, está ali, na célula
menorzinha de todas, a única que tem como DNA o perdão, são os cristãos. Os
cristãos são chamados a viver o perdão. As outras religiões, não! O judaísmo prega a lei de Talião; olho por
olho e dente por dente. (Islamismo)
Os mulçumanos a mesma coisa. O hinduísmo
é a mesma realidade. São as grandes religiões. Você pode pegar a umbanda, que se você não segue o está
mandado, vem o castigo! Todas as
religiões pregam que se você realizar alguma coisa de mal, você deve pagar por
isso. O cristão aprendeu de Jesus “perdoai,
eles não sabem o que fazem”. Esta atitude de Jesus na cruz é que convenceu o centurião, que Ele era o
filho de Deus. É a mesma atitude que vai convencer Saulo, de que Estevão é sinal de Deus. É a mesma atitude que leva
as pessoas, até hoje, quando a pessoa diz: “eu perdoo fulano”. Muitas vezes na
televisão acontece isso e as pessoas ficam inconformadas: “como é possível
perdoar tal atitude”? Eu sou cristão, eu perdoo. Aqui, vem o grande problema; o que é perdoar? As pessoas confundem perdoar com esquecer. Só se esquece algo
positivo ou negativo quem não tem memória. Se eu não estou retendo algo na
memória é porque algo não vai bem comigo, porque Deus nos fez com memória para
eu guardar a lembrança aquilo que aconteceu. Perdoar não é esquecer, não! Perdoar é possibilitar que a pessoa
recomece um caminho. Ela reconhece que errou, pediu perdão, e a gente
permite que ela possa recomeçar a caminhada. É evidente, que na medida que a
pessoa vai mostrando que de fato ela mudou a sua atitude, mudou a sua maneira
de agir, nós vamos conhecendo uma nova pessoa. É evidente que de maneira
automática, você acaba esquecendo o que aconteceu. Não porque você aperta um
botão e aquilo apaga da memória, mas é porque você não reconhece mais aquela
pessoa que prejudicou, você está vendo uma pessoa nova. Então, é evidente que se alguém comete alguém erro, precisa ser
ajudado, precisa ser cobrado. Perdoar não quer dizer; matou, deixa ele solto.
Não! Não é isso! Então, como fazer ele mudar de vida? Perdoar não é dizer:
“Bom, meu marido me bateu hoje, deixa, tadinho. Amanhã... não, é preciso mudar
a atitude. Por isso, o perdão tem duas
mãos. Eu que me disponho a perdoar e o outro que se propõe a melhorar. Caso
contrário, nem Deus pode perdoar. Por que? Porque temos que respeitar a
liberdade da pessoa. Se você não pedir perdão a Deus, Ele não te perdoa. Não
porque ele não tenha poder, mas porque Ele nos respeita. Assim também nós.
Agora, não é tão fácil dar esta chance a cada dia para o outro, porque muitas
vezes nós também dizemos: uma nova chance, uma nova chance, estou cansado de
dar oportunidade. Então, o que é que Jesus faz? Ele sopra sobre os discípulos e
este sopro torna se sinal de vida nova. Aos
olhos humanos é impossível o perdão. Só e a partir e na força do Espírito Santo
é que eu me dou conta que eu posso perdoar alguém. Porque o sopro que Jesus realiza hoje sobre os
discípulos, nos lembra o homem novo, a mulher nova, nos lembra Gênesis,
onde Deus soprou nas narinas de Adão, e ele se tornou ser vivente. Agora, Jesus sopra novamente, para que
possamos ser pessoas novas. Não a partir dos critérios de Adão, não a partir
dos critérios de Caim e Abel, não a partir da torre de Babel e tantos outros
exemplos na Bíblia, de pessoas que não foram capazes de viver na maneira de
Deus, mas a partir de Jesus Cristo.
Portanto, meus irmãos e minhas irmãs, aquele que consegue perdoar, ele se torna
um sinal de Deus. Porque, você já imaginou se Deus deixasse de nos perdoar,
se não nos desse mais uma chance? Com certeza, muitos estariam perdidos.
Para concluir: Este
perdão não acontece sozinho. Sempre reunidos, aqueles a quem perdoar os
pecados, eles serão perdoados. Então, é preciso cada vez mais nos unirmos,
enquanto comunidade, viver esta unidade do corpo de Deus. Cristo é a Cabeça e
nós somos o corpo. Cada um colocando a disposição os dons que Deus lhe deu. A Eucaristia também nos ajuda a nos
tornar um único corpo, a dar um único testemunho. Pedir a Deus que nos dê força
e coragem é fundamental, mas hoje, de maneira especial, agradecer a Deus que
nos manda o seu Espírito e podemos celebrar o Reino já neste mundo.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO.
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Homilia de D. Henrique Soares
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo e
começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava”.
Que Espírito é este, que encheu hoje os Apóstolos e a inteira Igreja de Cristo?
Ele é o Espírito do Ressuscitado, soprado pelo
Cristo Senhor: “Jesus disse: ‘Como o Pai me enviou (no Espírito Santo), eu
também vos envio (neste mesmo Espírito)!’ Depois soprou sobre eles e disse:
‘Recebei o Espírito Santo!’”
Nele, tudo fora criado desde o princípio: “O
Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém unidas todas as coisas e
conhece todas as línguas” (Sb 1,7). Somente no Santo Espírito podemos
compreender que toda a criação e toda a história são penetradas pela vida de
Deus que nos vem pelo Cristo; somente no Santo Espírito podemos perceber a
unidade e bondade radicais da criação que nos cerca, mesmo com tantas trevas e
contradições. É o Santo Espírito, doce Consolador, que nos livra do desespero e
da falta de sentido!
Nele tudo se mantém, tudo tem consistência, tudo
é precioso: “Encheu-se a terra com as vossas criaturas: se tirais o seu
respiro, elas perecem e voltam para o pó de onde vieram. Enviais o vosso
Espírito e renascem e da terra toda a face renovais”. É por sua ação
constante que tudo existe e persiste no ser. Sem ele, tudo voltaria ao nada e
nada teria consistência real. Nele, tudo tem valor, até a mais simples das
criaturas…
Sem ele, nada, absolutamente, podemos nós: “Sem a
luz que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele!” Por isso Jesus disse: “Sem
mim, nada podeis fazer (Jo 15,5)”, porque sem o seu Espírito Santo que nos
sustenta e age no mais íntimo de nós, tudo quanto fizéssemos não teria valor
para o Reino dos Céus. Jesus é a videira, nós, os ramos, o Espírito é a seiva
que, vinda do tronco, nos faz frutificar…
Ele é a nova Lei – não aquela inscrita sobre
tábuas de pedra, mas inscrita no nosso coração (cf. Ez 11,19; Jr 31,31-34),
pois “o amor de Deus foi derramado nos nossos corações pelo Espírito que
nos foi dado” (Rm 5,5). A lei de Moisés, em tábuas de pedra, fora dada no
Sinai em meio a relâmpagos, trovões, fogo, vento e terremotos (cf. Ex 19);
agora, a Nova Lei, o Santo Espírito nos vem em línguas de fogo e vento
barulhento e impetuoso, para marcar o início da Nova Aliança, do Amor derramado
no íntimo de nós!
Ele tudo perdoa e renova e, Cristo, pois é
Espírito para a remissão dos pecados: “A quem perdoardes os pecados, eles
lhes serão perdoados!” É, pois, no Espírito que a Santa Igreja anuncia a
paz do Evangelho do perdão de Deus para a humanidade em Cristo Jesus !
Ele nos une no Corpo de Cristo, que é a Igreja,
pois “fomos batizados num único Espírito para formarmos um só corpo…” –
Neste Corpo, ele nos enche de dons, carismas e ministérios, pois “a cada um
é dada a manifestação do Espírito para o bem comum”. É no Espírito que a
Igreja é uma na diversidade de tantos dons e carismas; uma nas diferenças de
seus membros…
Ele faz a Igreja falar todas as línguas, fá-la
abrir-se ao mundo, procurar o mundo com “santa inquietude”, não para render-se
ao mundo ou imitá-lo ou perder-se nele, mas para “anunciar as maravilhas de
Deus” em Cristo
Jesus , chamando o mundo à conversão e à vida nova em Cristo!
Enfim, Ele torna Jesus sempre presente no nosso
coração e no coração da Igreja e no testemunha incessantemente, sempre e em tudo
que Jesus é o Senhor, pois “ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser
no Espírito Santo!” – para a glória de Deus Pai. Amém.
D. HENRIQUE SOARES
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HOMILIA DO Pe.
Françoá Costa
A surpresa: fruto da ação do Espírito
E se alguém lhe dissesse que você está errado há
muitos séculos? No mínimo seria um exagero. Foi exatamente isso que um
professor de moral costumava dizer aos seus alunos: “estamos equivocados há
muitos séculos porque pensamos que a moral é fazer umas quantas coisas boas”.
Eu imagino o olhar expectante dos alunos rumo ao professor experimentado, mas
que talvez deixassem notar através das próprias feições alguma censura ao velho
professor. Nesse momento, o catedrático continuava: “Não! A moral cristã não é
de obrigação, mas uma moral de surpresa, moral de salvação”.
Moral de surpresa?! Eu estou de acordo.
Efetivamente, Deus nos surpreende constantemente. A graça, a salvação, a ação
do Espírito Santo nas pessoas é uma surpresa maravilhosa. Mas, será que dessa
maneira não estaríamos suprimindo a colaboração humana na própria salvação? É
muito conhecida aquela frase de S. Agostinho: “Deus que te criou sem ti, não te
salvará sem ti”. E é verdade! No entanto, não deixa de causar surpresa que nós
possamos fazer obras que mereçam a salvação eterna. Essa afirmação já deixou a
mais de uma pessoa deslumbrada, até mesmo escandalizada. Martinho Lutero
aceitava que toda a obra da salvação é de Deus, mas se esquecia de que Deus,
pela sua infinita bondade e generosidade, capacita o próprio ser humano para
poder realizar ações meritórias.
Vejamos esse assunto com mais calma. Santo Irineu
afirmou que Deus, no principio, plantou a vinha do gênero humano; muito amou a
humanidade e se propôs estender sobre ela o seu Espírito e conferir-lhe a
adoção filial. E esse plano de Deus cumpriu-se! Desta maneira, o Pai olha as
obras daqueles que são os seus filhos por graça aceitando-as prévio auxilio de
seu próprio poder, de Deus.
Uma ideia comum que aparece nos Santos Padres é a
seguinte: assim como existe um único Deus, existe também uma única humanidade e
uma única fraternidade humana. Assim como Deus é três Pessoas distintas, de
maneira semelhante há variedade no gênero humano: as muitas pessoas humanas.
Essa variedade não se opõe à unidade da humanidade. No entanto, esse projeto de
unidade foi despedaçado pelo pecado logo nos inícios. Logicamente, assim como
não se perdeu totalmente imagem de Deus com o pecado original, tampouco a
unidade fundada nessa imagem. Não obstante, as relações do homem com Deus e do
homem com os demais se viram mudadas a pior como fruto podre da desagregação
que o homem experimentou dentro de si mesmo. O homem, segundo os Padres da
Igreja, foi disperso em vários pedacinhos. A salvação de Cristo, nesse
contexto, seria uma restauração, um recolher o homem disperso. Cristo é o homem
singular, mas também é o homem universal, ou seja, leva em si toda a
humanidade.
O ser humano, quando se encontrava disperso, e
quando se encontra em pecado mortal, logicamente, não pode realizar obras
meritórias. Mas quando se encontra em graça, restaurado pelo amor de Deus, as
suas obras luzem diante do Senhor que as vê com agrado.
A solenidade de Pentecostes é a festa da unidade
porque a obra da reunificação foi levada a cabo pelo Pai em Cristo na unidade
do Espírito Santo. Assim como o Espírito Santo, na intimidade da Trindade, é o
“lugar” de encontro do Pai e do Filho, o Espírito Santo é quem nos une a
Cristo. A salvação consiste, segundo S. Agostinho, em ser unidos ao Corpo de
Cristo (cfr. In Ioann tract. 52, n.6; PL 35,1771) pela ação do Espírito Santo
através da Palavra e dos Sacramentos.
Sendo a salvação uma ação do Pai e do Filho e do
Espírito Santo, é também uma realidade que não se dá se nós não a queremos. E
para colaborar eficazmente na nossa própria salvação, e na dos demais, o melhor
que podemos fazer é ser dóceis à ação do Espírito Santo nas nossas almas. Se
perguntarmos qual é a atitude do cristão para com o Espírito Santo, a resposta
deveria resumir-se nessa palavrinha: “docilidade”. Deixar Deus agir e
surpreender-nos, deixar que ele organize a nossa vida, dê os critérios da nossa
maneira de pensar e de querer. Não nos arrependeremos! O cristão tem somente
duas opções: ou ser um homem espiritual ou ser um homem carnal, ou ser uma
pessoa penetrada pela ação do Espírito Santo que tudo unifica ou ser uma pessoa
dispersa pela carne e pelos diversos apetites desse mundo, ou ser filho de Deus
na casa do Pai alimentando-se com os manjares da mesa da Palavra e do Corpo e
Sangue do Senhor ou ser filho pródigo e contentar-se com o alimento dos porcos.
Nós escolhemos! Mas é Deus quem nos salva!
Pe. Françoá Costa
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Para a Celebração da Palavra: (Diáconos
ou Ministros extraordinários da Palavra)
SOLEN. PENTECOSTES:LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO
SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Pai, que o Espírito Santo nos transforme e nos santifique!
- Deus criador, nós vos bendizemos
pelos dons do Espírito Santo, que
concedeis à vossa Igreja e a cada um de nós. Pai, que possamos compreender as
pessoas que conosco vivem e possamos conviver em tranquilidade com todos.
T: Pai, que o Espírito Santo nos transforme e nos santifique!
- Pai santo, nós vos damos graças
porque pelo batismo nos dais o Espírito Santo para ser a nossa força, nossa luz
e nossa esperança na construção de vosso Reino. Que nossa fé seja ardente e
nosso exemplo seja sinal de vosso amor entre todos.
T: Pai, que o Espírito Santo nos transforme e nos santifique!
- Nós vos bendizemos pelo Espírito
Santo que nos defende do mal e nos impulsiona para vós. Pai, renovai a vossa
igreja e fazei-nos mais vigorosos na transformação de uma sociedade mais humana
e fraterna.
T: Pai, que o Espírito Santo nos transforme e nos santifique!
- Renovai
a vinda do Espírito Santo na Igreja para a salvação do mundo! Que Ele abra o
nosso coração para o amor e a fraternidade. Que Ele nos faça mais fraternos e
leais a vossa vontade, pois em Vós está a nossa esperança e a nossa salvação.
T: Pai, que o Espírito Santo nos transforme e nos santifique!
- Pai nosso...
- Paz=Assim como os apóstolos foram
transformados pela força do Espírito Santo, que nós também sejamos
transformados em missionários corajosos anunciando ao mundo mais paz, amor e
solidariedade. Saudai-vos com a Paz de
Cristo!
- Eis o Cordeiro de Deus...
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Rito para apagar do Círio Pascal
(Domingo de Pentecostes)
Terminada
a oração depois da comunhão o Sacerdote se dirige junto ao círio
ainda aceso e faz uma breve introdução à liturgia da luz:
Irmãos e irmãs, na noite na
qual se deu vida ao alegre tempo Pascal, o “dia de cinqüenta dias”, no
momento de acender o Círio, nós aclamamos a Cristo nossa Luz. E a luz do Círio
pascal nos acompanhou nestes cinqüenta dias e contribuiu não pouco a nos fazer
recordar a grande realidade do Mistério pascal.
Hoje, no dia de Pentecostes,
ao fechar-se o Tempo da Páscoa, o Círio é apagado, este sinal nos é tirado,
também porque, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado e cheios
do fogo dos dons do Espírito Santo, agora, devemos ser nós, “Luz de Cristo” que
se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, em meio aos irmãos,
para guia-los no êxodo em direção ao céu, à “terra prometida” definitiva.
Veremos agora, no desenrolar
do ano litúrgico, resplender a luz do Círio Pascal, sobretudo em dois momentos
importantes do caminhar da Igreja: Na primeira Páscoa que viveram os seus
filhos com a recepção do Batismo, e por ocasião da última Páscoa, quando, com a
morte, ingressarão na verdadeira vida.
O
cantor dirige-se ao ambão, e de lá canta as invocações a Cristo.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Sacerdote:
Cantando,
em reto tom estas e as demais invocações.
Ó Sol da justiça, raio
bendito, primeira fonte de luz, o ardentemente desejado, acima de tudo e de
todos; poderoso, inescrutável e inefável; alegria do bem, visão da esperança
satisfeita, louvado e celeste, Cristo criador, Rei da glória, certeza da vida/,
preenche os vazios da nossa voz com a Tua Palavra onipotente, oferecendo-a como
súplica agradável ao teu Pai altíssimo/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Sacerdote:
Esplendor da glória do Pai,
que difunde a claridade da verdadeira luz, raio da luz, fonte de todo
esplendor/. Tu, dia que ilumina o dia, Tu verdadeiro sol, penetra com a tua luz
constante e infunde nos nossos sentidos a chama do teu Espírito/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Sacerdote:
Sois a lâmpada da casa
paterna que ilumina com luz ardente/. Sois o sol da justiça, o dia que jamais
escurece, a luminosa estrela da manhã/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Sacerdote:
Sois do mundo o verdadeiro
doador da Luz, mais luminoso que o sol pleno, todo luz e dia/, ilumina os
profundos sentimentos do nosso coração/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Sacerdote:
Ó Luz dos meus olhos, doce
Senhor, defesa dos meus dias, ilumina Senhor o meu caminho, pois sois a
esperança na longa noite/. Ó chama viva da minha vida, ó Deus, minha
luz/.
Cantor:
Cristo, Luz do mundo!
Todos:
Demos graças a Deus!
Coral: Hino Pascal “Cristo Ressuscitou”
Terminado
o Hino Pascal, o Sacerdote faz a inclinação ao Círio Pascal, e o apaga.
Depois, voltado para o povo, canta a oração.
Digna-Te, ó Cristo, nosso
dulcíssimo Salvador, de acender as nossas lâmpadas da fé; que em Teu templo
elas refuljam constantemente, alimentadas por Ti, que sois a luz eterna; sejam
iluminados os ângulos escuros do nosso espírito e sejam expulsas para longe de
nós as trevas do mundo/.
Faz que vejamos,
contemplemos, desejemos somente a Ti, que só a Ti amemos, sempre no fervente
aguardo de Ti, Que vives e reinas pelos séculos dos séculos/.
E
toda a assembleia aclama, cantando:
Amém! Amém! Amém!
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