33º DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano A (Adaptado pelo Diácono Ismael)
Sinopse:
Tema: Fidelidade: “Como foste fiel no
pouco, eu te confiarei muito mais!”
A primeira
leitura: O trabalho, a generosidade, o temor de Deus, são alguns dos valores do
discípulo que quer viver na fidelidade aos projetos de Deus.
O
Evangelho:
Jesus louva o discípulo faz frutificar os “bens” que Deus lhe confia; e condena
o discípulo que não põe a render os “bens” que Deus lhe entrega.
Na segunda leitura,
Paulo deixa claro que o importante não é saber quando virá o Senhor pela
segunda vez; mas é estar atento e vigilante, vivendo de acordo com os
ensinamentos de Jesus, testemunhando os seus projetos, empenhando-se ativamente
na construção do Reino.
PRIMEIRA LEITURA (Pr 31,10-13. 19-20. 30-31) Leitura do Livro dos
Provérbios.
Uma
mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as jóias. Seu
marido confia nela plenamente, e
não
terá falta de recursos. Ela lhe dá só alegria e nenhum desgosto, todos os dias
de sua vida. Procura lã e linho, e com habilidade trabalham as suas mãos.
Estende a mão para a roca, e seus dedos seguram o fuso. Abre suas mãos ao
necessitado e estende suas mãos ao pobre. O encanto é enganador e a beleza é
passageira; a mulher que teme ao Senhor, essa sim, merece louvor. Proclamem o
êxito de suas mãos, e na praça louvem-na as suas obras!
AMBIENTE – O “Livro dos Provérbios” apresenta várias coleções de ditos, de máximas,
de provérbios onde se cristaliza o resultado da reflexão e da experiência
(“sabedoria”) de várias gerações de “sábios” antigos (israelitas e alguns não
israelitas).
Tema do
poema: a mulher virtuosa. Provavelmente, o Livro dos Provérbios foi usado como
manual para a formação de jovens que frequentavam as escolas de “sabedoria”.
Este poema, situado no final do livro, poderia ser a “instrução final”: antes
de abandonar a escola e depois de haver assimilado os ensinamentos dos
“sábios”, o aluno era instruído acerca da eleição da esposa.
MENSAGEM – A mulher virtuosa gerencia
bem a casa e não deixa que nada falte. Ao constatar a boa ordem em que tudo caminha,
por ação da esposa, o coração do marido descansa e confia. É, ainda, a mulher
de coração generoso, que tem piedade do infeliz e que partilha generosamente o
fruto do seu trabalho com o pobre que pede auxílio.
É, finalmente, a mulher que não se preocupa com a sua
aparência, mas se preocupa em viver no temor do Senhor. Viver no “temor do
Senhor” significa respeitar os mandamentos, obedecer a Deus, aceitar com
humildade e confiança a sua vontade, os seus planos e os seus projetos. O ideal
de mulher aqui apresentado é o da mãe de família que dirige com eficiência, com
dedicação e com empenho a sua casa e que é corresponsável com o marido na
administração da casa, dos bens e da propriedade.
ATUALIZAÇÃO • Mais do que uma mulher virtuosa ideal, o “sábio” autor exalta
todos aqueles – mulheres e homens – que conduzem a sua vida de acordo com os
valores do trabalho, do empenho, do compromisso, da generosidade, do “temor de
Deus”. São estes valores, na opinião do autor, que nos asseguram uma vida
feliz, tranquila e próspera.
• O nosso texto sugere uma reflexão sobre as nossas
prioridades… Da mulher virtuosa diz-se que não se preocupa com os valores
efêmeros (a aparência), mas que se preocupa com os valores eternos (o “temor de
Deus”).
• A referência à generosidade para com o pobre e o
necessitado é questionante… Como é que consideramos e tratamos aqueles irmãos
que nos batem à porta, a pedir um pedaço de pão, um pouco de atenção, ou ajuda?
• No Antigo Testamento, o “temor de Deus” é a qualidade quem
ama Deus, que procura conhecer os seus projetos e que cumpre – com total
confiança – a vontade de Deus. Esta dependência de Deus – diz-nos um “sábio” de
Israel – não diminui a nossa liberdade, nem atenta contra a nossa realização;
pelo contrário, é condição essencial para a realização plena do homem.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 127 (128)
Felizes os que temem o Senhor / e trilham seus
caminhos!
•
Feliz és tu, se temes o Senhor / e trilhas seus caminhos!
/ Do
trabalho de tuas mãos hás de viver, / serás feliz, tudo irá bem!
• A
tua esposa é uma videira bem fecunda / no coração da tua casa; /
os
teus filhos são rebentos de oliveira / ao redor de tua mesa.
•
Será assim abençoado todo homem / que teme o Senhor. /
O
Senhor te abençoe de Sião, / cada dia de tua vida.
EVANGELHO (Mt
25,14-30) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele
tempo, Jesus contou esta parábola a seus discípulos: “Um homem ia viajar para o
estrangeiro. Chamou seus empregados e lhes entregou seus bens. A um deu cinco
talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um; a cada qual de acordo com a sua
capacidade. Em seguida viajou. O empregado que havia recebido cinco talentos
saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia
recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só, saiu,
cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão. Depois de muito
tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco
talentos entregou-lhe mais cinco, dizendo: ‘Senhor, tu me entregaste cinco
talentos. Aqui estão mais cinco que lucrei’. O patrão lhe disse: ‘Muito bem,
servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te
confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!’ Chegou também o que havia
recebido dois talentos e disse: ‘Senhor, tu me entregastes dois talentos. Aqui
estão mais dois que lucrei’. O patrão disse: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Como
foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem
participar da minha alegria!’ Por fim, chegou aquele que havia recebido um
talento e disse: ‘Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não
plantaste e ceifas onde não semeaste. Por isso fiquei com medo e escondi o teu
talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão lhe respondeu: ‘Servo
mau e preguiçoso! Tu sabias que eu colho onde não plantei e ceifo onde não
semeei? Então devias ter depositado meu dinheiro num banco, para que, ao
voltar, eu recebesse com juros o que me pertence.’ Em seguida o patrão ordenou:
‘Tirai dele o talento e dai-o àquele que tem dez! Porque a todo aquele que tem
será dado mais, e terá em abundância, mas daquele que não tem, até o que tem
lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Ali
haverá choro e ranger de dentes!”.
AMBIENTE - A catequese que Mateus
apresenta tem em conta as necessidades da sua comunidade cristã. Estamos no
final do séc. I (década de 80). Os cristãos, fartos de esperar a segunda vinda
de Jesus, esqueceram o seu entusiasmo inicial… Instalaram-se na mediocridade,
na rotina, no comodismo. As perseguições provocam o desânimo … Era preciso
reaquecer o entusiasmo dos crentes, despertar a fé, renovar o compromisso
cristão com Jesus e com a construção do Reino.
É para
responder a este contexto que Mateus elabora o “discurso escatológico” de
Marcos (cf. Mc 13) e compõe, com ele, uma exortação dirigida aos cristãos.
Lembra-lhes que a segunda vinda do Senhor está no horizonte final da história
humana; e que, até lá, os crentes devem “produzir com os seus talentos”,
vivendo na fidelidade aos ensinamentos de Jesus e comprometidos com a
construção do Reino. A parábola que hoje nos é proposta fala de “talentos” que
um senhor distribuiu pelos servos. (Um talento equivale a 36
quilos de prata e ao salário de aproximadamente 3.000 dias de trabalho [100
meses] de um operário não qualificado.
MENSAGEM - Os dois primeiros servos foram
louvados pelo “senhor”, ao passo que o terceiro foi severamente criticado e
condenado.
O amo
exigente seria Deus, que reclama para Si uma lealdade a toda prova e que não
aceita situações de acomodação e de preguiça. Os servos a quem Ele confia os
valores do Reino devem acolher os seus dons e pô-los a render, a fim de que o
Reino seja uma realidade. No Reino, ou se está comprometido, ou não se está.
Depois, Mateus pegou na mesma parábola e situou-a num outro
contexto: o da vinda do Senhor Jesus, no final dos tempos… A vinda do Senhor é
uma certeza; e, quando Ele voltar, julgará os homens conforme o comportamento
que tiverem assumido na sua ausência. Nesta versão da parábola, o “senhor” é
Jesus que, antes de deixar este mundo, entregou bens consideráveis aos seus
“servos” (os discípulos). Os “bens” são os dons que Deus, através de Jesus,
ofereceu aos homens – a Palavra de Deus, os valores do Evangelho, o amor que se
faz serviço aos irmãos e que se dá até à morte, a partilha e o serviço, a
misericórdia e a fraternidade, os carismas e ministérios que ajudam a construir
a comunidade do Reino… Os discípulos de Jesus são os depositários desses
“bens”. A questão é, portanto, esta: como devem ser utilizados estes “bens”?
Eles devem dar frutos, ou devem ser conservados cuidadosamente enterrados? Os
discípulos de Jesus podem – por medo, por comodismo, por desinteresse – deixar
que esses “bens” fiquem infrutíferos? Na perspectiva da nossa parábola, os
“bens” que Jesus deixou aos seus discípulos têm de dar frutos. A parábola
apresenta como modelos os dois servos que mexeram com os “bens”, demonstraram
interesse, se preocuparam em não deixar parados os dons do “senhor”, fizeram
investimentos, não se acomodaram nem se deixaram paralisar pela preguiça, pela
rotina, ou pelo medo. Por outro lado, a parábola condena veementemente o servo
que entregou intactos os bens que recebeu. Ele teve medo e, por isso, não
correu riscos; mas não só não tirou desses bens qualquer fruto, como também
impediu que os bens do “senhor” fossem criadores de vida nova.
Através desta
parábola, Mateus exorta a sua comunidade no sentido de estar alerta e
vigilante, sem se deixar vencer pelo comodismo e pela rotina. Esquecer os
compromissos assumidos com Jesus e com o Reino, demitir-se das suas
responsabilidades, deixar na gaveta os dons de Deus, aceitar passivamente que o
mundo se construa de acordo com valores que não são os de Jesus, instalar-se na
passividade e no comodismo, é privar os irmãos, a Igreja e o mundo dos frutos a
que têm direito. O discípulo de Jesus não pode esperar o Senhor de mãos
erguidas e de olhos postos no céu, alheios aos problemas do mundo e preocupado
em não se contaminar com as questões do mundo…
O discípulo de Jesus espera o Senhor profundamente envolvido e empenhado
no mundo, ocupado em distribuir a todos os homens seus irmãos os “bens” de Deus
e em construir o Reino.
ATUALIZAÇÃO • Nós, os
cristãos, somos no mundo as testemunhas de Cristo e do projeto de salvação que
o Pai tem para os homens. É com o nosso coração que Jesus continua a amar os
publicanos e os pecadores do nosso tempo; é com as nossas palavras que Jesus
continua a consolar os que estão tristes e desanimados; é com os nossos braços
abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que fogem da miséria; é com
as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os
escravizados e oprimidos; é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao
encontro de cada irmão que está sozinho e abandonado; é com a nossa
solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões famintas do mundo e a
dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm… Nós, cristãos, membros do
“corpo de Cristo”, que nos identificamos com Cristo, temos a grande
responsabilidade de O testemunhar e de deixar que, através de nós, Ele continue
a amar os homens e as mulheres que caminham ao nosso lado pelos caminhos do
mundo.
• Os dois
“servos” da parábola que, talvez correndo riscos, fizeram frutificar os “bens”
que o “senhor” lhes deixou, mostram como devemos proceder, enquanto caminhamos
pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Eles tiveram a ousadia de não se
contentar com o que já tinham; não se deixaram dominar pelo comodismo …
Lutaram, esforçaram-se, arriscaram, ganharam. Todos os dias, há cristãos que
têm a coragem de arriscar. Não aceitam a injustiça e lutam contra ela; não
pactuam com o egoísmo, o orgulho, a prepotência e propõem, em troca, os valores
do Evangelho; não aceitam que os grandes e poderosos decidam os destinos do
mundo e têm a coragem de lutar contra os projetos desumanos que enfeiam esta
terra; … Muitas vezes, são perseguidos, condenados, desautorizados, reduzidos
ao silêncio, incompreendidos; muitas vezes, no seu excesso de zelo, cometem
erros de avaliação, fazem opções erradas… Apesar de tudo, Jesus diz-lhes:
“muito bem, servo bom e fiel. Porque foste fiel em coisas pequenas,
confiar-te-ei as grandes. Vem tomar parte na alegria do teu Senhor”.
• O servo que
escondeu os “bens” que o Senhor lhe confiou mostra como não devemos proceder,
enquanto caminhamos pelo mundo à espera da segunda vinda de Jesus. Esse servo
contentou-se com o que já tinha e não teve a ousadia de querer mais;
entregou-se sem luta, deixou-se dominar pelo comodismo e pela apatia… Não
lutou, não se esforçou, não arriscou, não ganhou. Todos os dias há cristãos que
desistem por medo e covardia e se demitem do seu papel na construção de um
mundo melhor. Limitam-se a cumprir as regras, ou a refugiar-se no seu cantinho
cômodo, sem força, sem vontade, sem coragem de ir mais além. Não falham, não
cometem “pecados graves”, não fazem mal a ninguém, não correm riscos;
limitam-se a repetir sempre os mesmos gestos, sem inovar, sem purificar, sem
nada transformar; não fazem, nem deixam fazer e limitam-se a criticar
asperamente aqueles que se esforçam por mudar as coisas… Não põem a render os
“bens” que Deus lhes confiou e deixam-nos secar sem dar frutos. Jesus diz-lhes:
“servo mau e preguiçoso, sabias que ceifo onde não semeei e recolho onde não
lancei; devias, portanto, depositar o meu dinheiro no banco e eu teria, ao
voltar, recebido com juro o que era meu”.
SEGUNDA LEITURA (1Ts 5,1-6) Leitura da Primeira Carta de São Paulo
aos Tessalonicenses.
Quanto
ao tempo e à hora, meus irmãos, não há por que vos escrever. Vós mesmos sabeis
perfeitamente que o dia
do
Senhor virá como ladrão, de noite. Quando as pessoas disserem: “Paz e
segurança!”, então de repente sobrevirá a destruição, como as dores de parto
sobre a mulher grávida. E não poderão escapar. Mas vós, meus irmãos, não estais
nas trevas, de modo que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois
filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite, nem das trevas. Portanto,
não durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios.
AMBIENTE - um dos problemas para os
tessalonicenses residia na compreensão dos acontecimentos ligados à parusia
(regresso de Jesus, no final dos tempos).
Paulo e as
primeiras gerações cristãs acreditavam que o “dia do Senhor” (o dia da
intervenção definitiva de Deus na história, para derrotar os maus e para
conduzir os bons à vida plena e definitiva) surgiria num espaço de tempo muito
curto e que os membros da comunidade ainda assistiriam ao triunfo final de
Jesus. No entanto, os dias foram passando e, provavelmente, faleceu algum
membro da comunidade. Por isso, os tessalonicenses perguntavam: qual será a
sorte dos cristãos que morreram antes da segunda vinda de Cristo? Como poderão
eles sair ao encontro de Cristo vitorioso e entrar com Ele no Reino de Deus se
já estão mortos?
A estas
questões Paulo respondeu já no texto que nos foi proposto no domingo passado…
Mas, no texto de hoje, Paulo continua a sua reflexão sobre o “dia em que o
Senhor virá” e sobre a forma como os cristãos se devem preparar.
MENSAGEM - Paulo está convicto de que esse acontecimento (a volta de Cristo)
se dará proximamente; no entanto, a data exata continua desconhecida e
imprevista.
Por isso, os
crentes devem estar atentos para não serem surpreendidos. Para descrever a
“surpresa de Deus”, Paulo utiliza duas imagens bem significativas: Deus
surpreende-nos como um ladrão que chega de noite, quando ninguém está à espera;
e Deus é como as dores de parto que surgem de repente. Em consequência, a vida
cristã deve estar marcada por uma atitude de preparação e de vigilância. Para
além da questão da data, o que é importante é que os cristãos vivam de forma
coerente com a opção que fizeram no dia do seu Batismo. Os crentes têm de viver
de maneira diferente dos não crentes, pois os horizontes de uns e de outros são
diferentes… Os não crentes vivem mergulhados na noite e nas trevas, estão
adormecidos; vivem no presente, despreocupados em relação ao futuro, de olhos
postos no horizonte terreno. Os crentes são filhos da luz e do dia, estão
vigilantes; vivem de olhos postos no futuro, à espera que chegue a vida
verdadeira, plena, definitiva que Deus lhes vai oferecer. Na verdade, a vida
dos crentes é mais bela e significativa, porque está cheia de esperança.
ATUALIZAÇÃO -
• A questão fundamental da segunda vinda do Senhor, não é a questão da data,
mas é a questão de como esperar e preparar esse momento. Paulo deixa claro que
o que é preciso é estar vigilante. “Estar vigilante” significa viver, no dia a
dia, de acordo com os ensinamentos de Jesus, empenhando-se na transformação do
mundo e na construção do Reino.
• Para os não crentes, a vida encerra-se dentro dos limites
estreitos deste mundo e, por isso, só interessam os valores deste mundo; para
os crentes, a verdadeira vida, a vida em plenitude, está para além dos
horizontes da história e, por isso, é preciso viver de acordo com os valores
eternos, os valores de Deus. Assim, na perspectiva dos crentes, não são os
valores deste mundo (o dinheiro, o poder, os êxitos humanos) que devem
constituir a prioridade, mas sim os valores de Deus.
• A certeza da segunda vinda do Senhor aponta também no
sentido da esperança. Os cristãos esperam a salvação que já receberam
antecipadamente com a morte de Cristo, mas que irá consumar-se no “dia do
Senhor”. Os crentes são, pois, homens e mulheres de esperança, abertos ao
futuro – um futuro a conquistar, já nesta terra, com fé e com amor, mas
sobretudo um futuro a esperar, como dom de Deus.
Dehonianos
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Talentos a serviço
Ao
aproximar-se o final do Ano Litúrgico, a Liturgia nos convida a estarmos
prontos a prestar conta a Deus da administração dos bens que ele nos concedeu.
É
um apelo à VIGILÂNCIA para a vinda do
Senhor, que pode vir a qualquer momento.
A
1a
Leitura apresenta a figura da "mulher virtuosa", que
sabe administrar a sua casa. (Pr
31,10-13.19-20.30-31)
Esse
poema retrata a Mãe de família, que valoriza o trabalho, o compromisso, a
generosidade e o "temor de Deus".
Esses
valores garantem ainda hoje para todos uma vida feliz, tranquila e próspera.
Na
2ª
leitura, Paulo fala da 2ª vinda do Senhor e como devemos esperar e
preparar esse momento: vigilantes e sóbrios na presença do Senhor. (1Ts 5,1-6)
No
Evangelho, com a Parábola dos TALENTOS, Jesus fala da sua 2ª vinda no fim dos tempos e a atitude
com que os discípulos devem esperar e preparar essa vinda. (Mt 25,14-30)
Um
"senhor" partiu em viagem e deixou sua fortuna nas mãos dos servos.
A
um, deixou cinco talentos, a outro dois e a outro um.
Quando
voltou, chamou os servos e pediu-lhes conta da sua gestão.
Os
dois primeiros tinham duplicado a soma recebida; mas o terceiro escondeu
cuidadosamente o talento recebido, pois conhecia a exigência do "senhor"
e tinha medo.
Os
dois primeiros servos foram louvados pelo "senhor", ao passo que o
terceiro foi severamente criticado e condenado.
A
Parábola refere-se à Vinda do Senhor Jesus, no final dos tempos...
-
O "Senhor"
representa Jesus, que antes de deixar este mundo, para viajar de volta ao Pai,
deixou todos os seus "Bens" aos discípulos.
-
Os Talentos
são os "bens" que Jesus deixou na sua Igreja: o Evangelho, a sua
mensagem de salvação; o Batismo, a
Eucaristia e todos os sacramentos, seu amor pelos pobres, sua atenção para os
doentes...
-
Os Servos,
depositários desses bens, são os discípulos de Jesus, somos todos nós, que
devemos produzir na medida de nossas possibilidades...
Depositários
dos Bens de Cristo...
Nós
somos agora no mundo as testemunhas de Cristo e do projeto de salvação que o
Pai tem para os homens.
-
É com o nosso coração que Jesus continua a amar os publicanos e os pecadores
do nosso tempo;
-
é com as nossas palavras que Jesus continua a consolar os que estão tristes e
desanimados;
-
é com os nossos braços abertos que Jesus continua a acolher os imigrantes que
fogem da miséria e da degradação;
-
é com as nossas mãos que Jesus continua a quebrar as cadeias que prendem os
escravizados e oprimidos;
-
é com os nossos pés que Jesus continua a ir ao encontro de cada irmão que está
sozinho e abandonado;
-
é com a nossa solidariedade que Jesus continua a alimentar as multidões
famintas do mundo e a dar medicamentos e cultura àqueles que nada têm…
O
que a Parábola nos diz hoje?
A
Parábola mostra a grande responsabilidade de quem se omite, deixando que os
bens do Senhor permaneçam infrutíferos, privando desta forma a comunidade e o
mundo dos frutos a que têm direito.
-
os dois "servos" da parábola, que fizeram frutificar os "bens",
nos mostram como devemos proceder: Eles
lutaram, esforçaram-se, arriscaram, ganharam.
Não se deixaram dominar pelo comodismo e
tiveram a coragem de arriscar.
Também nós não devemos nos deixar dominar
pelo comodismo e ter a coragem de lutar contra a injustiça e propor os valores
do Evangelho; Não aceitar que os grandes e poderosos decidam os destinos do
mundo e ter a coragem de lutar contra os projetos desumanos que desfiguram esta
terra; Não aceitar que a Igreja se identifique com a riqueza, com o poder e
procurar torná-la mais pobre, mais
simples, mais humana, mais evangélica; Não aceitar que a liturgia deva ser
sempre tão solene que assuste os mais
simples, nem tão etérea que não tenha nada a
ver coma vida do dia a dia...
-
e o servo, que enterrou os "bens", mostra como não devemos
proceder: contentar-se com o que se tem
e não querer mais, por medo ou covardia...
Não fazer render os "bens" que Deus
nos confiou... não dar frutos...
Como
usamos os talentos que o Senhor nos confiou?
-
Em muitas comunidades encontramos pessoas ricas de talentos... de estudo, de
tempo e de recursos... mas não se doam aos outros...
Dizem que não tem tempo... não tem jeito... e
não fazem nada pela comunidade...
-
No entanto, encontramos pessoas pobres, humildes, muito ocupadas... e com pouco
ou nenhum estudo, que se entregam com
generosidade a serviço da Comunidade: nas pastorais, nos movimentos e no
serviço de caridade...
*
No fim de nossa vida, o que desejamos ouvir?
"Servo
bom e fiel... vem participar da minha alegria..."
ou
"Servo mau e preguiçoso... Servo inútil... joguem-no fora...
na escuridão... onde haverá choro e
ranger de dente?"
A Escolha será nossa!...
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia de D.
Henrique Soares
De um modo ou de outro, a Palavra do Senhor sempre nos fala da vida, nos revela
o sentido, nos mostra o caminho. Hoje, o Senhor nos apresenta a existência como
um punhado de talentos, de dons, de oportunidades que a providência gratuita e
misteriosa de Deus colocou em nossas
mãos para que façamos frutificar. Certamente, jamais compreenderemos porque
nascemos desse modo ou somos daquele outro. Podemos, no entanto, ter a certeza
que o Senhor nos deu uma vida, “a
cada um de acordo com a sua capacidade”. Ora, é esta vida, dom de
Deus, fruto de um desígnio de amor sem fim, que cada um de nós deve
responsavelmente cultivar e fazer frutificar em benefício nosso de dos irmãos.
Na mulher forte e industriosa da primeira leitura, aparece um exemplo de alguém
que não se contenta em passar pela vida, mas vai tecendo o fio da existência
com as pequenas fidelidades de cada dia. Do mesmo modo, a segunda leitura
chama-nos atenção para o fato que nos serão pedidas contas da vida, dom
recebido de Deus. Daí, o conselho: “Não
durmamos, como os outros, mas sejamos vigilantes e sóbrios”.
Caríssimos,
uma das grandes tentações do mundo atual é pensar que a existência é nossa de
modo absoluto, como se cada um de nós se tivesse criado a si próprio, dado a si
próprio a existência. Fechados em si próprios, os homens pensam que podem ser
felizes construindo a vida de seu próprio modo, à medida de suas próprias
idéias e objetivos. Ilusão! A vida é dom de Deus e somente nos faz felizes se
dela fizermos um diálogo amoroso com o Senhor, autor e doador de nosso ser.
Mais que talentos na vida, o Senhor nos concedeu a própria vida como um
precioso talento. Desenvolvê-lo e ser feliz e buscar não a nossa própria
satisfação, não nossa própria medida, não nosso próprio caminho, mas fazer da
existência uma busca amorosa e cheia de generosidade da vontade de Deus. Eis!
Somente seremos felizes e maduros quando tivermos a capacidade de arriscar
verdadeiramente nos perder, nos deixar para nos encontrar no Senhor, alicerce e
fonte de nossa vida. Eis o verdadeiro investimento!
Infelizmente,
a dinâmica do mundo hodierno, pagão e ateu, não no ajuda nessa direção. Há
distração demais, novidade demais, produto demais a ser consumido; há
preocupação demais com uma felicidade compreendida como satisfação de nossos
desejos, carências e vontades. Há consciência de menos de que a vida é dom e
serviço, doação e abertura para o infinito; há percepção de menos de que aqui
estamos de passagem e de que lá, junto ao Senhor, é que permaneceremos para
sempre. Atolamo-nos de tal modo nos afazeres da vida, no corre-corre de nossas
atividades, no esforço por satisfazer nossas vontades, na busca de nossa
auto-afirmação, que perdemos a capacidade de compreender realmente que somos
passageiros e viandantes numa existência breve e fugaz que somente valerá a
pena será vivida na verdade se for compreendida como abertura para o Senhor e,
por amor a ele, abertura generosa e servidora para os outros.
Caríssimos,
estejamos atentos à advertência do Apóstolo: “Vós, meus irmãos, não estais nas trevas, de modo
que esse dia vos surpreenda como um ladrão. Todos vós sois filhos da luz e
filhos do dia” O Dia é Cristo, a Luz é Cristo. Viver na luz, viver
no dia é viver na perspectiva de Cristo Jesus, é valorizar o que ele valoriza e
desprezar o que ele despreza. Filhos da luz, filhos do dia – eis o que
deveríamos ser! Mas, com tanta freqüência nossa mente e nosso coração, nossos
pensamentos e nossos afetos encontram-se entenebrecidos como o dos pagãos… Quão
grave para nós, porque conhecemos a Luz, cremos no Dia que é o Cristo-Deus!
Não
nos iludamos, não façamos de conta que não sabemos: todos haveremos de dar
contas a Deus de nossa existência, do sentido que lhe demos, daquilo que nela
construímos. Queira Deus que nossa vida seja como a do Cristo Jesus: uma
verdadeira e amorosa abertura para Deus e uma abertura para os outros! Queira Deus
que consigamos, iluminados pela sua Palavra, nutridos pela sua Eucaristia e
animados pela oração diária, viver nossa existência na perspectiva de Deus, de
tal modo que vivamos, vivamos de verdade, vivamos em abundância, vivamos uma
vida que valha a pena!
Que
o Senhor no-lo conceda pela sua graça. Amém.
D. Henrique Soares
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Espiritualidade do trabalho
Aquele
que recebeu cinco talentos e o que recebeu somente dois foram bons
trabalhadores. Cada um deles, recebidos os talentos, “negociou com eles; fê-los
produzir, e ganhou outros” (Mt 25,16). É preciso trabalhar! Mais ainda, é
preciso trabalhar bem! João Paulo II, na sua Carta Encíclica sobre o trabalho
humano (“Laborem exercens”), falava de “elementos para uma espiritualidade do
trabalho”. No entanto, ninguém duvida que a primeira coisa para falarmos de uma
espiritualidade do trabalho é que se tenha um trabalho e se trabalhe. É verdade
que nem sempre é fácil ter um trabalho. Há muitas pessoas desempregadas. Nesse
sentido, a justiça social apela aos representantes responsáveis pelo bem comum
da sociedade que se empenhem em criar cada vez mais postos de trabalho.
Mas
também é verdade que alguém poderia não trabalhar ou trabalhar mal simplesmente
porque é um preguiçoso. Como vencer a preguiça? Trabalhando. Uma boa lição
deixou aos filhos aquele camponês que estava prestes a morrer. Conta-se que os
seus filhos eram bem comodistas e o pai, já moribundo, disse-lhes: ‘meus filhos,
estou morrendo, mas vou deixar como herança um campo e um tesouro que se
encontra neste mesmo campo; vocês só terão que procurá-lo cavando o terreno’.
Morto o pai, começou a caça ao tesouro. Vão cavando, revolvendo o terreno e…
nada. Depois de, literalmente, cavar todo o terreno não encontraram nenhum
tesouro; só então entenderam qual era o tesouro que o pai lhes tinha deixado: o
trabalho.
O
trabalho é um dom de Deus, que criou o homem para que trabalhasse (cf. Gn
2,15). No nosso trabalho nós temos que fazer como aqueles servos que negociaram
e fizeram com que os talentos se multiplicassem. Eles sabiam que eram
administradores de bens que não lhes pertenciam. E nós, o que somos?
Administradores, servos, trabalhadores na vinha do Senhor, negociantes com os talentos
de Deus. O Senhor nos pedirá conta da nossa administração. Temos que trabalhar
santificando a nossa profissão.
O
primeiro requisito para santificar o próprio trabalho, agradando ao Senhor e
fazendo do trabalho um ambiente de apostolado, é fazê-lo bem: pontualidade,
responsabilidade, honestidade, prudência, solidariedade etc. Essas e outras
virtudes formam o cortejo das virtudes do trabalhador. Um cristão que deseja
ser santo, mas desenvolve mal o seu trabalho pode vir a ser um autêntico contra
testemunha do Evangelho: reza, mas não trabalha bem; vai à Missa, mas não é
honesto nas relações de compra e venda; faz penitência, mas não pratica a
pequena mortificação de chegar pontualmente ao trabalho; fala que todo mundo
tem que ser bom, mas ele mesmo é não é justo com os seus funcionários… Mal
serviço à evangelização! Ainda que participe de uns cinco grupos da paróquia,
se não é bom trabalhador, bom pai de família e bom amigo dos seus amigos, não
vai atrair para Deus, não estará se santificando, não estará vivendo uma boa
espiritualidade.
É
justamente em meio ao barulho do mundo, ao ruído das fábricas, à paciente
leitura dos livros da faculdade, enfim, por ocasião dos diversos afazeres do
cotidiano nós encontramos a Deus, ele nos espera em meio a essas coisas. Fugir
dessa realidade é fugir do mundo real e seria, portanto, fugir do encontro com
Deus. Nesse sentido, as palavras de S. Francisco de Sales são atuais para
animar-nos a viver essa “espiritualidade do trabalho” da qual falava o grande
João Paulo II: “a prática da devoção tem que atender à nossa saúde, às nossas
ocupações e deveres particulares. Na verdade, Filotéia, seria porventura
louvável se um bispo fosse viver tão solitário como um cartuxo? Se pessoas
casadas pensassem tão pouco em juntar para si um pecúlio, como os capuchinhos?
Se um operário frequentasse tanto a igreja como um religioso o coro? Se um
religioso se entregasse tanto a obras de caridade como um bispo? Não seria
ridícula tal devoção, extravagante e insuportável? Entretanto, é o que se nota
muitas vezes, e o mundo, que não distingue nem sequer a devoção verdadeira da
imprudência daqueles que a praticam desse modo excêntrico, censura e vitupera a
devoção, sem nenhuma razão justa e real” (S. Francisco de Sales, Filotéia,
1,3).
Vamos
continuar negociando com os nossos talentos. Há momentos nos quais precisamos
ser fortalecidos para continuar com esse empenho firme e alegre: santificar a
realidade profissional, a de todos os dias. Vamos fortalecer-nos na Missa
dominical, e até diária se possível; na meditação diária da Palavra de Deus; na
reza quotidiana do Terço; nas visitas ao Santíssimo. Todas essas práticas de
piedade são como um “posto de combustível” aonde o carrinho da nossa alma vai
se reabastecer para continuar caminhando, encontrando e amando a Deus,
conversando com ele em todos os momentos da nossa jornada.
Pe. Françoá Costa
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Os talentos continuam sendo de Deus,
como na parábola. Ele os entregou a nós para os desenvolvermos e usarmos para o
bem comum.
Exemplos de talentos: Saúde, estudo, inteligência, dom
artístico, aptidão profissional, amor, boas maneiras, as virtudes cristãs...
Todos nós, quando fomos criados, recebemos de Deus
muitos talentos. Todo mundo tem talento, senão Deus não nos teria criado, pois
ele não faz nada inútil.
Deus nos deu pensando mais nos outros do que em nós. Ele quer fazer de
nós seus instrumentos, para que os outros sejam felizes. É a maravilha da ajuda
humana. Entretanto, nós recebemos os talentos em forma de sementes. Precisamos
desenvolvê-los, através do estudo, do treinamento etc.
Na parábola, os empregados que receberam cinco e dois
talentos ganharam a mesma recompensa: “Vem participar da minha alegria”. Isto
significa que não importa se temos muitas ou poucas qualidades; o que Deus olha
é o uso que fazemos delas.
Os talentos são diferentes de uma pessoa para outra,
dentro da família, do bairro, da sociedade e da Comunidade cristã. É difícil
encontrarmos duas pessoas com as mesmas qualidades e aptidões. Deus nos fez um
por um, e foi quebrando as formas. Isso é uma riqueza. Imagine se todo mundo só
soubesse tocar violão!
E os talentos não são só diferentes, mas complementares,
formando como que uma rede de talentos. Um é dentista, outro é barbeiro... Cada
um serve os outros e é servido por eles.
Daí a importância de cada um de nós se aceitar como é,
sem querer ser igual a ninguém, procurando descobrir os próprios talentos e
desenvolvê-los ao máximo. Ser feliz por ser “único”.
Se alguém não usa seus talentos, nem por isso deixa de
se beneficiar dos talentos dos outros. É servido pelos outros, e não faz nada em troca. Isso gera um
desequilíbrio na sociedade. A pessoa torna-se semelhante à parasita, aquela
plantinha que nasce nos troncos das árvores, suga a seiva da árvore e às vezes
mata a árvore.
“Irmãos, como bons administradores da multiforme graça
de Deus, cada um coloque à disposição dos outros o dom que recebeu” (1Pd 4,10).
Somos administradores, não donos da graça de Deus, por isso ninguém deve orgulhar-se
dos talentos que possui. E essa graça é multiforme, porque atua em cada um de
nós de forma diferente.
Ninguém deve considerar-se “o tal”, por ter esse ou
aquele talento.
São muitos os motivos que levam as
pessoas a enterrarem os próprios talentos: Medo do risco. Pessimismo. Falta de
confiança em
Deus. Comodismo. Perda de tempo com coisas fúteis. Egoísmo.
Insensibilidade diante das necessidades do próximo. Preconceito em relação aos
talentos políticos...
Um dia Deus nos pedirá contas dos talentos que ele nos
confiou! Aquela história de “eu quero ser humilde, por isso vou esconder o meu
dom” é papo furado. Isso é orgulho ou comodismo, disfarçado em humildade.
Existe uma coisa triste em relação aos talentos: muitos não
usam os dons que têm, não porque os enterram, mas porque outros não os deixam
usar. Nós, pelo nosso pecado, podemos enterrar os talentos dos outros. Fazemos
isso quando, por exemplo, impedimos nosso próximo de estudar, ou lhe fechamos
as portas, impedindo-o de se desenvolver.
Em nossas Comunidades, uma maneira muito comum de impedir os outros de usar seus
talentos são os cargos vitalícios. Isto é, a mesma pessoa fica ocupando o mesmo
cargo anos e anos a fio.
Bom remédio para evitar isso é instituir na Comunidade a
celebração do mandato. De tempo em tempo, a Comunidade se reúne e impõe as mãos
sobre os novos nomeados para os diversos serviços, especialmente serviços de
coordenação. O rodízio nos vários serviços é uma riqueza na Comunidade,
justamente porque possibilita a todos desenvolverem seus talentos.
Ainda uma observação: Na sociedade, infelizmente, muitos
usam os próprios talentos para o mal! Quanta inteligência é usada na fabricação
de armas, que depois serão usadas para matar pessoas humanas, ou feri-las
gravemente, como é o caso das minas! Aqueles que as fabricam, ou que as vendem,
não estão sendo bons administradores dos dons que receberam de Deus. O mesmo
vale para os fabricantes de drogas, para os traficantes e os que fabricam ou
espalham vírus de computador.
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Louvor: (Diáconos ou
Ministros extraordinários da Palavra): Mt 25, 14-30
-
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
-
COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS, NA
FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: SENHOR,
SOIS BONDADE E MISERICÓRDIA.
-
Ó DEUS, SOIS PODEROSO E REPLETO DE AMOR. VÓS SOIS A FONTE DE TODAS AS COISAS.
NÓS VOS BENDIZEMOS. PAI, FAZEI DE NÓS PESSOAS DEDICADAS NA CONSTRUÇÃO DO REINO, SEGUNDO VOSSA
VONTADE.
T: SENHOR,
SOIS BONDADE E MISERICÓRDIA.
-
Ó DEUS, VOSSO É O REINO, O PODER E A GLÓRIA. TUDO O QUE SOMOS E TEMOS É DE VÓS
QUE RECEBEMOS. PAI, DAI-NOS CORAGEM PARA QUE MULTIPLIQUEMOS A SABEDORIA DE
VOSSOS ENSINAMENTOS DE AMOR, DE PAZ, DE PERDÃO, DE AUXÍLIO AOS IRMÃOS. QUE SEJAMOS
VOSSA IMAGEM DE BONDADE E AMOR.
T: SENHOR,
SOIS BONDADE E MISERICÓRDIA.
-
Ó DEUS, VÓS NOS ENVIASTES VOSSO FILHO JESUS CRISTO PARA NOS TRANSFORMAR. QUE
SEJAMOS ATENTOS AOS COMPROMISSOS DE NOSSO BATISMO, QUE SEJAMOS LUZ PARA NOSSOS
IRMÃOS. PAI, QUEREMOS MULTIPLICAR OS DONS QUE NOS DESTES.
T: SENHOR,
SOIS BONDADE E MISERICÓRDIA.
-
PAI NOSSO... A PAZ DE CRISTO... EIS
O CORDEIRO...