34º Domingo do Tempo Comum (Adaptado pelo Diácono Ismael)
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
SINOPSE:
O Reino é uma realidade que Jesus semeou e os discípulos devem edificar através do amor.
TRÊS ASPECTOS da Realeza de Cristo:
Na 1ª Leitura, Deus como um Rei PASTOR; a
preocupação, o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo.
O Evangelho mostra um Rei JUIZ, separando as pessoas boas
e más.
A 2ª Leitura apresenta um Rei SOBERANO vencedor da morte e do
pecado, estabelecendo uma realeza universal; onde Ele é o nosso fim último, e
nele se manifestará a nossa felicidade plena.
A celebração de Jesus Cristo, Rei do
Universo, fecha o Ano Litúrgico onde meditamos, o mistério de sua vida, sua
pregação e o anúncio do Reino de Deus.
PRIMEIRA LEITURA (Ez 34,11-12.15-17) Assim diz o Senhor Deus: “Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. Como o pastor toma conta do rebanho, ...e vou resgatá-las de todos os lugares em que foram dispersadas... Eu mesmo vou apascentar ...e fazê-las repousar. Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte....
AMBIENTE - Ezequiel é “o profeta da esperança” na
Babilônia.
Privados de Templo e de
culto, os exilados estão desesperados e duvidam da bondade e do amor de Deus.
Ezequiel alimenta a esperança e diz que Deus não os abandonou nem esqueceu.
Anuncia a chegada de um tempo novo em que o próprio Deus vai conduzir o seu
Povo e apascentar as suas ovelhas; é um novo futuro ao Povo de Deus.
MENSAGEM - O pastor defende o seu rebanho; Conhece as necessidades de cada uma, leva nos braços as mais frágeis e débeis, ama-as e trata-as com carinho. A sua autoridade está fundada na entrega e no amor.
MENSAGEM - O pastor defende o seu rebanho; Conhece as necessidades de cada uma, leva nos braços as mais frágeis e débeis, ama-as e trata-as com carinho. A sua autoridade está fundada na entrega e no amor.
Jahwéh será o pastor do
seu Povo. Deus, o Bom Pastor, vai reuni-las, reconduzi-las à sua própria terra
e apascentá-las em pastagens férteis e tranquilas.
ATUALIZAÇÃO - • A imagem do Bom Pastor sublinha o carinho, o cuidado, o amor de Deus pelo seu Povo. Todos são convidados a entregar-se nas mãos de Deus.
• Às vezes, fugindo de Deus, agarramo-nos a outros “pastores” e fazemos deles a nossa referência, o nosso líder, o nosso ídolo. O que é que nos conduz: a riqueza e o poder? O êxito?
SALMO RESPONSORIAL /
22(23)
O Senhor é o pastor que me conduz; não me
falta coisa alguma.
• Pelos
prados e campinas verdejantes / ele me leva a descansar. / Para as águas
repousantes me encaminha, / e restaura as minhas forças.
• Preparais à
minha frente uma mesa, / bem à vista do inimigo, / e com óleo vós ungis minha
cabeça; / o meu cálice transborda.
• Felicidade e todo bem hão de seguir-me / por
toda a minha vida; / e, na casa do Senhor, habitarei / pelos tempos infinitos.
EVANGELHO (Mt 25,31-46)...: “Quando o Filho do Homem vier em sua glória, ...Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos... Então o Rei dirá...: ‘Vinde, benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou...! Pois ...me destes de comer; ...me destes de beber; ...e me recebestes em casa; ...me vestistes; ...cuidastes de mim; e fostes me visitar’. ...‘ todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!’ Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno... não me destes de comer; ...não me destes de beber; ...não me recebestes em casa; ...não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar’. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna”.
Ele é o alfa e o ômega, o princípio e o fim.
AMBIENTE O autor mostra qual será o “fim” daqueles que se mantiveram vigilantes e preparados para a vinda do Senhor. A comunidade de Mateus está desinteressada, acomodada; vivem a fé pouco comprometida; alguns, diante das dificuldades, renunciam ao Evangelho… Mateus, numa catequese, convida à vigilância, enquanto se espera o Cristo.
MENSAGEM - A questão decisiva para Mateus é a atitude de amor para com os irmãos de Jesus, os pequenos, os pobres, os marginalizados. “Estar vigilantes e preparados” consiste em viver o amor e a solidariedade para com os pobres, os pequenos, os marginalizados. É esse o critério que decide a entrada no Reino. O objetivo é deixar bem claro que Deus não aprova o egoísmo, onde não há lugar para o amor a todos os irmãos: todos eles são membros de Cristo e não os amar é não amar Cristo.
Na 1ª Leitura, Deus como um Rei PASTOR, totalmente dedicado ao bem de suas ovelhas.
A 2ª Leitura apresenta um Rei SOBERANO vencedor da morte e do
pecado, estabelecendo uma realeza universal.
O Evangelho mostra um Rei JUIZ, separando as pessoas, como
o Pastor separa as ovelhas. Ele sabe discernir os justos e os injustos. Ele não
julga, nem condena. É a pessoa que se julga e se condena pelas obras de
Misericórdia que realizou ou não... "Vinde
benditos de meu Pai…
Jesus não aceitou esse título nos momentos de glória: - Na Sinagoga,
onde falava com tanto brilho… - No Jordão, onde a Trindade se revelou… -
No Tabor, quando apareceu com tanta glória... - Nos milagres
grandiosos... na multiplicação dos pães, quando queriam proclamá-lo Rei.
Jesus aceitou: - diante de Pilatos: "Sim sou REI… e para isso vim ao mundo, mas o meu Reino não é daqui". -
na Cruz: num trono bem diferente… diante de um povo hostil que o
desafia: "Se és Rei, salva-te a ti mesmo… e desce da cruz…" Ao Bom Ladrão, que reconhece a sua realeza e suplica
pela salvação: "Lembra-te de mim quando estiveres em teu REINO ",
Jesus lhe garante: "Ainda hoje estarás comigo…"
Resumindo: O Reino de Deus é uma semente que
Jesus semeou, que os discípulos são chamados a edificar na história através do
amor e que terá o seu tempo definitivo, no mundo que há de vir.
No entanto, esse Reino já está no meio de
nós. E Jesus nos convida a fazer parte dele e a trabalhar
para que esse Reino chegue ao coração de
todos os homens… É o que nos convida a rezar, no Pai Nosso: "Venha a nós o vosso Reino."
ATUALIZAÇÃO • O amor ao irmão é condição essencial para fazer parte do Reino.
• o Reino de Deus está
no meio de nós; Depende de nós fazer com que o Reino deixe de ser uma miragem,
para passar a ser uma realidade a crescer e a transformar o mundo e a vida dos
homens.
• nós os cristãos
caminhamos ao encontro do mundo que há de vir, mas atentos à realidade que nos
rodeia e preocupados em construir, desde já, um mundo de justiça, de fraternidade,
de liberdade e de paz.
SEGUNDA LEITURA (1Cor 15,20-26.28) ...Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram. ...por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. ...Pois é preciso que ele reine, até que todos os seus inimigos estejam debaixo de seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E, quando todas as coisas estiverem submetidas a ele, então o próprio Filho se submeterá Àquele que lhe submeteu todas as coisas, para que Deus seja tudo em todos.
AMBIENTE - Na comunidade de
Corinto, vemos as dificuldades da fé num ambiente hostil, cultura pagã e por um
conjunto de valores que estão em contradição com a pureza evangélica.
Um dos pontos era na questão da ressurreição. A cultura grega estava influenciada por filosofias dualistas, que viam no corpo uma realidade negativa e na alma uma realidade nobre e ideal. Aceitar que a alma viveria sempre não era difícil para a mentalidade grega… O problema era aceitar a ressurreição do homem total.
Um dos pontos era na questão da ressurreição. A cultura grega estava influenciada por filosofias dualistas, que viam no corpo uma realidade negativa e na alma uma realidade nobre e ideal. Aceitar que a alma viveria sempre não era difícil para a mentalidade grega… O problema era aceitar a ressurreição do homem total.
MENSAGEM - todos que se identificarem com Cristo
também ressuscitarão. Cristo foi o primeiro. “Primeiro” no sentido do princípio
ativo da ressurreição de todos os outros homens e mulheres. Cristo foi
constituído por Deus princípio de uma nova humanidade; a sua ressurreição
arrasta atrás de si toda a sua “descendência” – isto é, todos aqueles que se identificam
com Ele, que acolheram a sua proposta de vida e o seguiram – ao encontro da
vida plena e eterna.
O destino dessa nova
humanidade é o Reino de Deus. O Reino de Deus será uma realidade onde o
egoísmo, a injustiça, a miséria, o sofrimento, o medo, o pecado, e até a morte
estarão ausentes, pois terão sido vencidos por Cristo. Nesse Reino definitivo,
Deus manifestar-Se-á como Senhor de todas as coisas.
ATUALIZAÇÃO - • a meta final é o Reino de Deus de vida
plena e definitiva, de onde a doença, a tristeza, o sofrimento, a injustiça, a
prepotência, a morte estarão ausentes.
• Como é que aí chegamos? Paulo responde: identificando-nos com Cristo. Uma vida vivida na escuta dos projetos do Pai e no amor e no serviço aos homens conduz à vida plena.
• Quem tem no horizonte final da sua vida o Reino de Deus, pode comprometer-se na luta pela justiça e pela paz, com a certeza de que a injustiça, a opressão, a oposição dos poderosos, a morte não podem pôr fim à vida que o anima. Ter como meta final o Reino significa libertarmo-nos do medo que nos paralisa e encontrarmos razões para um compromisso mais conseqüente com Deus, com o mundo e com os homens.
A frase central: “Todas as vezes que fizestes isto ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes.
• Como é que aí chegamos? Paulo responde: identificando-nos com Cristo. Uma vida vivida na escuta dos projetos do Pai e no amor e no serviço aos homens conduz à vida plena.
• Quem tem no horizonte final da sua vida o Reino de Deus, pode comprometer-se na luta pela justiça e pela paz, com a certeza de que a injustiça, a opressão, a oposição dos poderosos, a morte não podem pôr fim à vida que o anima. Ter como meta final o Reino significa libertarmo-nos do medo que nos paralisa e encontrarmos razões para um compromisso mais conseqüente com Deus, com o mundo e com os homens.
A frase central: “Todas as vezes que fizestes isto ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizestes.
Nós desejamos esse reinado; É necessário que Cristo
reine na nossa inteligência, na nossa vontade, no nosso coração. É necessário
que reine no nosso corpo, templo do Espírito Santo!”(Papa Pio XI).
A cruz é o trono, em que se manifesta plenamente a realeza de
Jesus, que é perdão e vida plena para todos. A cruz é a expressão máxima de uma
vida feita Amor e Entrega.
O reinado de Cristo somente pode ser compreendido a partir da
lógica do próprio Cristo: “O Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Eis o modo
que Cristo tem de reinar: servindo, dando vida e entregando a própria vida. Tão
diferente dos reis da terra, dos políticos e líderes de ontem de hoje: “Sabeis
que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as
tiranizam. Entre vos não será assim…” (Mc 10,42s). Cristo é Rei porque se
fez solidário conosco ao fazer-se um de nós, é Rei porque tomou nossa vida
sobre seus ombros, é Rei porque passou entre nós servindo, até o maior serviço:
entregar-se totalmente na cruz. É rei porque, agora, no céu, Deus e homem
verdadeiro, é Cabeça e Princípio de uma nova criação, de uma nova humanidade,
de uma nova história, que se consumará na plenitude final. A festa de Cristo
Rei recorda-nos uma outra: a do Domingo de Ramos, quando, com palmas nas mãos,
cantamos o reinado de Cristo, que entrava em Jerusalém num burrico – animal de
carga de serviço – para ser coroado de espinhos, morrer e ressuscitar.
Tudo isto nos coloca em crise, pois este Rei-Messias olha para
nós, cristãos, seus discípulos, e nos convida a segui-lo por esse caminho: não
o da glória, mas da humildade; não o do sucesso a qualquer custo, mas da
fidelidade a todo preço; não o das honras, mas do serviço; não o da imposição,
mas da proposta humilde. Nosso verdadeiro reinado, nossa dignidade é unir-se a
Cristo no seu caminho de humilde serviço ao Evangelho, seguindo os passos do
nosso Senhor: “Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele
viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (2Tm 2,11). Todas as
vezes que esquecemos isso, fomos infiéis e indignos de reinar com Cristo.
Hoje, temos uma nova chance. Nos países muçulmanos e budistas,
somos cidadãos de segunda classe, perseguidos e mortos (ninguém divulga isso!),
na China, somos colocados na prisão e nossos Bispos são condenados a trabalhos
forçados e, aqui, no nosso Brasil, somos chamados de reacionários, medievais,
contrários à ciência e ao progresso… porque não aceitamos o aborto, a
eutanásia, o assassinato de deficientes, a dissolução da família… É, mais uma
vez, a chance de testemunhar o reinado de Cristo, de permanecermos firmes no
combate, com a humildade que é capaz de dialogar e ouvir, mas também com a
firmeza que não arreda o pé da fidelidade ao Senhor: “Vós sois os que
permanecestes comigo em minhas tribulações; também eu disponho para vós o
Reino, como meu Pai o dispôs para mim, a fim de que comais e bebais à minha
mesa em meu Reino ”
(Lc 22,28-30). Que missão, que chance, que desafio, que graça! Com
serenidade e firmeza, na palavra, na vida e na morte, testemunhemos: Jesus
Cristo é Rei e Senhor, Princípio e Fim de todas as coisas.
Humildemente, elevemos, cheios de confiança, o nosso olhar para
ele, e como o Bom Ladrão, supliquemos: “Jesus, lembra-te de mim,
lembra-te de nós, quando entrares no teu Reino!” Só a ti a glória, pelos
séculos dos séculos.
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos ou Ministros extraordinários da Palavra):
Louvor (QUANDO
O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR):
- COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA
FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó DEUS NOSSO PAI
!
- Senhor, nosso Deus, Nós vos louvamos e
agradecemos pelo vosso amor por nós. Por bondade enviastes vosso Filho para ser
Vossa presença em nosso meio. Hoje aclamamos Jesus o nosso Rei e nosso Bom
Pastor. Pai, somos o vosso povo e vosso rebanho. Guiai-nos para as águas da
vida eterna.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó DEUS NOSSO PAI
!
- Senhor, agradecemos pela criação,
agradecemos por nos fazer vossa imagem e semelhança. Pai, ajudai-nos a ver nos
irmãos e irmãs a vossa imagem e semelhança. Que saibamos ser auxílio aos
necessitados e saibamos perdoar e amar a todos.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó DEUS NOSSO PAI
!
- Senhor, muitas vezes nos apegamos aos
valores deste mundo, que em nada nos enriquecem para a vida em vosso Reino. Pai ,
ajudai-nos a fugir do egoísmo e da cobiça que tantos males causam a humanidade.
Enviai-nos a luz do Espírito Santo para que vivamos o bem comum, tenhamos a paz
e sejamos mais fraternos.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó DEUS NOSSO PAI
!
-
PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...
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