2º
DOMINGO DA PÁSCOA Ano B 2018 (Adaptado pelo Diácono
Ismael)
SINOPSE:
Tema: “Os fiéis eram um
só coração e uma só alma!”
Na primeira leitura: A comunidade ideal vive a fé e manifesta
o seu amor fraterno em gestos concretos, testemunhando Jesus ressuscitado.
No Evangelho: Jesus vivo e ressuscitado é o centro da
comunidade cristã. É na vida da comunidade que os homens encontram as provas de
que Jesus está vivo.
A segunda leitura: O verdadeiro crente adere a Jesus Cristo
e à proposta de salvação que o Pai faz aos homens e vive no amor aos irmãos.
PRIMEIRA LEITURA (At 4,32-35) ...tudo entre eles era posto em comum. Com grandes sinais de poder, os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus. E os fiéis eram estimados por todos. Entre eles ninguém passava necessidade, ...levavam o dinheiro e o colocavam aos pés dos apóstolos. Depois, era distribuído conforme a necessidade de cada um.
AMBIENTE - Quando Lucas escreve estes relatos (década de 80), o entusiasmo inicial dos cristãos diminuíra: no horizonte próximo estão as perseguições… Neste trecho, Lucas recorda o que a comunidade deve ser.
MENSAGEM - É uma comunidade
unida, onde os crentes têm “um só coração e uma só alma”, formando uma família
de irmãos que vivem no amor. É uma comunidade que partilha os bens e dá
testemunho. Os gestos realizados pelos apóstolos testemunhavam a certeza da
presença do Ressuscitado e os torna capazes de superar o egoísmo, o orgulho e a
autossuficiência e de viver no amor, na partilha, no dom. Viver os valores de
Jesus é a melhor forma de anunciar e de testemunhar que Jesus está vivo.
ATUALIZAÇÃO • A comunidade é uma família
unida, onde todos têm “um só coração e alma”.
• No centro está o Cristo do amor, da
partilha, do serviço, do dom da vida… Uma comunidade onde alguns esbanjam os
bens e onde outros não têm o suficiente para viver dignamente, não é uma
comunidade que vive o amor.
EVANGELHO (Jo 20,19-31) Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, ...Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. Depois..., mostrou-lhes as mãos e o lado. ...Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. E depois..., soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados;...”. Tomé, ..., não estava com eles.... Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. Oito dias depois, ...novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
AMBIENTE – No “primeiro dia da semana”; tempo da nova criação. João apresenta uma catequese sobre a presença de Jesus, vivo e ressuscitado, no meio dos discípulos. Cristo continua vivo e presente, acompanhando a sua Igreja.
MENSAGEM - Ao aparecer “no meio
deles”, Jesus assume-Se como ponto de referência. Jesus transmite a paz.
(shalom é a paz com Deus, paz com os outros e paz consigo) Ele venceu aquilo
que os assustava (a morte, a opressão do mundo.
Com o “sopro” Jesus transmite a vida nova
que fará deles homens novos. É este Espírito que constitui e anima a comunidade
de Jesus. Como o Pai enviou o Filho? Na potência do Espírito Santo. É no nesta
potência do Espírito que nasce, é batizado, vai para o deserto, e se doa na
morte de cruz e ressuscita dentre os mortos. Sopra sobre eles: como no
princípio da criação Deus soprara sobre o homem para fazê-lo viver, agora
Cristo sopra fazendo-os viver uma vida nova, a vida SOS ressuscitado sem
Cristo. Na segunda parte, João nos diz
que podemos fazer a experiência da fé em Cristo na comunidade onde se manifesta
o amor de Jesus. Tomé (está fora) não percebe os sinais de vida nova que nela
se manifestam. Tomé acaba por fazer a experiência de Cristo vivo no interior da
comunidade. É no encontro com o amor fraterno, com o perdão dos irmãos, (sem o
perdão não há o shalom) com a Palavra proclamada, com o pão de Jesus
partilhado, que se descobre Jesus ressuscitado. Todos os cristãos podem
fazer esta mesma experiência. Oito dias depois, Jesus veio e pôs-se no meio
deles; é neste encontro que Jesus nos fala, nos instrui e nos fortalece. Tomé,
põe teu dedo na ferida: felizes os que não viram e creram
Jesus fez muito mais do que está escrito:
isto foi escrito para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. Os
evangelhos não são uma crônica nem uma biografia de Jesus, mas um ensinamento
para que acreditemos em Jesus.
ATUALIZAÇÃO • Cristo está no meio
da sua comunidade que partilha e ama.
• É esse Espírito que Jesus oferece que faz deles testemunhas do amor e lhes dá a coragem e a generosidade para continuarem no mundo a obra de Jesus.
• É esse Espírito que Jesus oferece que faz deles testemunhas do amor e lhes dá a coragem e a generosidade para continuarem no mundo a obra de Jesus.
• É na comunidade que encontramos Jesus
ressuscitado. É nos gestos de amor, partilha, serviço, e fraternidade, que
encontramos Jesus vivo, a transformar e a renovar o mundo.
• É no diálogo comunitário, na Palavra
partilhada, no pão repartido, no amor que une os irmãos em comunidade de vida.
SEGUNDA
LEITURA (1Jo 5,1-6) ...todo o que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus; e
quem ama aquele que gerou alguém amará também aquele que dele nasceu. Podemos
saber que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus
mandamentos. Pois isto é amar a Deus: observar os seus mandamentos. E os seus
mandamentos não são pesados, pois todo o que nasceu de Deus vence o mundo. E
esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa fé. Quem é o vencedor do mundo,
senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus? Este é o que veio pela água e
pelo sangue: Jesus Cristo. (Não veio somente com a água, mas com a água e com o
sangue.) E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade.
AMBIENTE - O autor da carta é alguém que conhece bem a teologia de João. A difusão de falsas doutrinas ameaçam a pureza da fé. Os heréticos pretendiam “conhecer Deus” e, não obstante, apresentavam uma doutrina em flagrante contradição com a revelação cristã. Recusavam-se a ver em Jesus o Messias e o Filho de Deus. Para estes hereges, o Cristo celeste tinha-Se apropriado do homem Jesus de Nazaré na altura do Batismo, tinha-o utilizado para levar a cabo a revelação e tinha-o abandonado antes da paixão, porque o Cristo celeste não podia padecer: pretendiam não ter pecados e não guardavam os mandamentos. Tudo indica que estejamos diante de um desses movimentos pré gnósticos que irá desembocar, mais tarde, nos grandes movimentos gnósticos do séc. II. Na confusão causada pelas doutrinas heréticas, o autor da Carta quer oferecer uma certeza: são eles e não esses profetas da mentira que vivem em comunhão com Deus e que possuem a vida divina.
MENSAGEM - Os verdadeiros crentes
são aqueles que amam a Deus e que amam, também, Jesus Cristo, o Filho que
nasceu de Deus. Jesus de Nazaré é Filho de Deus desde a encarnação e durante
toda a sua existência terrena. No
entanto, amar a Deus significa cumprir os seus mandamentos. E o mandamento de
Deus é que amemos os nossos irmãos. Amar Deus, amar Jesus e amar os irmãos
significa construir a própria vida numa dinâmica de amor; e significa,
portanto, derrotar o egoísmo, o ódio, a injustiça que caracterizam a dinâmica
do mundo. Quando o homem responde positivamente (Batismo), oferece a sua vida
como um dom de amor para os irmãos (a exemplo de Cristo) e cumpre os
mandamentos de Deus, vence o mundo, torna-se filho de Deus e membro da família
de Deus.
ATUALIZAÇÃO • O projeto de salvação
que passa por Jesus, que com a sua morte mostrou aos homens o amor do Pai e que
nos ensinou a amar até ao extremo do dom total da vida.
• Quem não ama os irmãos, não cumpre os
mandamentos de Deus e não segue Jesus. O amor se revela nos gestos simples de
serviço, de perdão, de solidariedade, de doação.
• O amor a Deus e a adesão a Cristo
“vencem o mundo”. O amor é um dinamismo que vence tudo aquilo que oprime o
homem e que o impede de chegar à vida verdadeira e à felicidade total.
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Quem crê em Jesus, diz ele, vence o mundo,
vence o pecado, vence uma vida sem sentido, distraída apenas com eventos,
futilidades e copas do mundo. "Quem é o vencedor do mundo, senão
aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" "Este é o que veio pela
água e pelo sangue: Jesus Cristo. Não veio somente com a água, mas com a água e
o sangue. E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade".
Se nossos irmãos protestantes as compreendessem pediam a comunhão com a Igreja
de Cristo! Aqui o Autor está falando do Batismo e da Eucaristia. Vence o mundo
quem crê que Jesus que está vivo, vem ao nosso encontro, habita em nosso íntimo
pelos sacramentos! É nos sacramentos que recebemos o Espírito Santo, é nos
sacramentos que o Senhor entra em comunhão conosco e nós com ele. Ele vem
continuamente, vivo e vivificador pela água do Batismo e o Sangue da
Eucaristia! Nos santos sacramentos, nós experimentamos Jesus, recebemos a vida
de Jesus e podemos testemunhar ao mundo que Jesus está vivo e
atuante!
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HOMILIA DO PE. PEDRINHO
Meus irmãos e irmãs,
celebrando o segundo domingo da Páscoa, também chamado de domingo da
misericórdia, chamado assim pelo papa João Paulo II, por que ele se deu conta
de que as leituras falavam da misericórdia de Deus. A partir daí, ele que sempre divulgou a
cultura da misericórdia, propôs que nesse dia celebrássemos a misericórdia de
Deus. A Misericórdia de Deus consiste nisso: Deus amou tanto o mundo que lhe
deu o seu Filho único, para que todo o que nele crê, tenha a vida eterna. A
misericórdia de Deus penetra toda a realidade humana. É evidente, que nessa
realidade humana, não são poucos os obstáculos e desafios. Por isso, Deus quer
sempre estar ao lado, como aquele que ama os seus filhos e quer ajuda-los a
caminhar.
Sempre que experimentamos a
morte, de um amigo, um parente, é sempre muito duro para nós. E não adianta
querermos ser diferentes, porque sempre lamentamos a sua convivência, poder
abraçar, estar próximo, daqueles que nós amamos. Mas, desculpe o que vou dizer,
não existe tempo melhor para celebrar os nossos entes falecidos do que o tempo
da Páscoa. Porque é o tempo, que de maneira solene, celebramos a vitória de
Jesus Cristo sobre o pecado e sobre a morte. As leituras falam claramente sobre
a ressurreição. Aquilo que nos foi proposto, desde o primeiro domingo da
quaresma, se mantém presente. É preciso olharmos o Cristo transfigurado, ir
além da imagem que temos. Se formos no velório e vermos a pessoa ali, somos
convidados, em nome da fé e com os olhos da fé, enxergar além daquilo que
estamos vendo naquele caixão. Ali não é o final, tão somente um estágio
superado, para que se possa contemplar Deus face a face e experimentar o
Ressuscitado. Isto é algo que é oferecido para todos. Quem vai nos ajudar a
compreender a ressurreição, será a comunidade. Olhe o caso de Tomé. Tomé é
alguém que está muito próximo de Jesus. Ele é um dos doze. Não vamos dizer que
ele não tem fé. Não é verdade. Aliás, eu já fiz esta observação para o autor da
música “Creio em ti ressuscitado, mais que São Tomé”. Isto é muita pretensão de
nossa parte. Porque ele já é santo e nós ainda não. Eu lhe disse; cuidado com
esta música. Eu posso crer em ti, tanto quanto São Tomé, mais do ele, já é
complicado. São Tomé tem fé, ouviu a pregação de Jesus, participou da vida de
Jesus de maneira intensa, mas na hora de aceitar o ressuscitado, teve
dificuldade. Ele disse: eu preciso de algumas referências, algo palpável para
isto. Eu preciso tocar o lugar da lança, tocar onde foram colocados os pregos.
Quem escreveu o Evangelho vai dizer: Tomé não estava com eles, quando Jesus
apareceu. Oito dias depois, Tomé estava com eles e finalmente conseguiu
experimentar o Cristo Ressuscitado. Aí vai dizer que era no primeiro dia da
semana. Então, é a comunidade que me ajuda a experimentar o Cristo
Ressuscitado. Se por um lado, a realidade da vida me deixa triste, pela perda
de alguém, de outro lado, a presença da comunidade me deixa feliz, porque é ali
que percebo que a morte não é a ultima palavra. Por isso, se quisermos
superar a dor da perda de alguém, é
participando da vida da comunidade. Porque é ali que eu celebro, a cada encontro
e experimento Cristo ressuscitado. Ele que me fala, através das leituras, da Eucaristia, que Cristo vive. Quando Tomé
perde para ver os sinais, é na celebração, ouvindo a palavra, comungando o
Cristo, na comunidade reunida, que vou perceber que Cristo está vivo e
permanece entre nós. Na primeira leitura João nos diz que somos amados por Deus
e quando amamos os irmãos e seguimos os seus mandamentos, amamos a Deus. É na
comunidade que aprendemos quais são os mandamentos do Senhor, é na comunidade que
aprendo como viver a fé. A primeira leitura nos mostra que os discípulos se
tornaram sinal para o povo de seu tempo, de modo que o que mais era admirado
neles, era a unidade na oração, na pertença e participação na vida comunitária.
Eles vão ser um sinal de Cristo ressuscitado no seu tempo e vão celebrar a cada
semana, mostrando que Cristo ressuscitou. O anúncio do Cristo ressuscitado, não
só compõe os mandamentos de Deus, que devem ser animados para que vivam os
mandamentos, que é o Cristo misericordioso ressuscitado que perdoa os pecados.
Uma vez que me sinto perdoado por Deus, uma vez que eu me reintegro na
comunidade, eu já experimento de maneira antecipada a ressurreição do Senhor.
Por isso, neste tempo da Páscoa, somos chamados a renovar a nossa fé na
ressurreição e assim poder experimentar o Cristo vivo, a cada encontro nosso.
Louvado seja nosso Senhor
Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO
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A
Comunidade
A liturgia de hoje apresenta
a Comunidade Nova,
que nasce da cruz e da
ressurreição de Jesus: a IGREJA,
e nos convida a viver a fé em
Cristo ressuscitado
em nossas Comunidades.
A 1a Leitura
mostra que a PÁSCOA acontece na vida da Comunidade. (At 4, 32-35)
Lucas descreve a comunidade
cristã de Jerusalém,
como comunidade ideal, modelo à Igreja e às igrejas de todas as épocas:
- É uma Comunidade formada por
pessoas diversas,
mas que vivem a mesma fé
"num só coração e numa só alma".
Da adesão a Jesus resulta,
obrigatoriamente, a comunhão e
a união de todos os "irmãos"
da comunidade.
- É uma Comunidade que partilha
os bens.
Da comunhão com Cristo e dos
cristãos entre si, resultam implicações práticas:
a renúncia a qualquer tipo de
egoísmo, de auto-suficiência
e uma abertura de coração
para a partilha, para o dom, para o amor.
"Tudo entre eles era posto em comum, entre eles
ninguém passava necessidade".
- Uma comunidade que testemunha
o Senhor Ressuscitado.
Viver de acordo com os
valores de Jesus é a melhor forma
de anunciar e de testemunhar
que Jesus está vivo.
Resultado:
- "O fiéis eram estimados por todos…
e crescia cada dia"
* Será que daria para dizer o
mesmo de nossas comunidades?
A 2ª Leitura afirma
que a PÁSCOA acontece quando amamos a Deus
e pomos em prática os seus
mandamentos. (1Jo 5, 1-6)
O Evangelho mostra
que a PÁSCOA continua acontecendo,
quando todos enfrentam os
seus medos, partilhando na Comunidade
a fé e as experiências da
vida. (Jo 20,19-31)
São DOIS ENCONTROS da
nova Comunidade
com o Cristo Ressuscitado:
uma sem Tomé e a outra com Tomé.
É uma catequese sobre a
presença de Jesus,
que continua vivo e
ressuscitado, acompanhando a sua Igreja:
+ Os Apóstolos estão reunidos,
mas "trancados" e
dominados pela incredulidade, pela tristeza
e pelo medo.
* Hoje muitos vivem de
"portas trancadas". Dominados pelo medo e
pela insegurança, aguardam por melhores dias
de justiça e de paz.
O Ressuscitado derruba as trancas e restaura
a PAZ e a alegria:
"A PAZ
esteja com vocês" (3x).
+ Inicia uma nova Criação:
"Jesus soprou
sobre eles", como Deus na
criação do homem (Gen 2,7)
e acrescentou: "Recebei o Espírito Santo".
Com o dom do Espírito Santo, o Senhor
ressuscitado inicia um mundo novo
e com o envio dos discípulos se inaugura um
novo Israel,
que crê em Cristo e testemunha a verdade da
Ressurreição.
+ Institui a Penitência:
"Aqueles a quem perdoardes os
pecados,
serão
perdoados; a quem os retiverdes, ficarão retidos".
* Uma vez perdoados... são enviados a
perdoar em nome de Deus.
É um Sacramento tipicamente Pascal: nascido
num clima de alegria
e de vitória.
+ Confia a Missão:
"Como o Pai me enviou, assim eu vos
envio…"
Continua acreditando neles… conta com eles…
apesar de tudo...
* Na MISSÃO, Ele conta também conosco,
apesar de tudo...
+ No 1º Dia da Semana
(ou de um novo tempo), após a Morte e Ressurreição.
Com esse primeiro dia, começa o "Dia do Senhor", o DOMINGO…
* O que significa para você o Domingo? É de
fato o "Dia do Senhor"?
+ Jesus está no
"Centro" da Comunidade,
onde todos vão beber essa vida que lhes permite vencer o
"medo"
e a hostilidade do mundo. É a videira ao
redor da qual se enxertam os ramos...
+ TOMÉ
incrédulo na promessa de Cristo e na palavra dos colegas.
É protótipo dos que não valorizam o
testemunho comunitário e exemplo dos que querem ser cristão sem Igreja.
+ Como se chega à fé em Cristo
Ressuscitado?
A Comunidade é o lugar natural
onde se manifesta e irradia o amor de Jesus.
Longe da comunidade, Tomé não
acreditou na palavra de Jesus, nem dos colegas.
Sua fé se reacendeu, quando
no "Dia do Senhor" voltou à
Comunidade e fez um belo ato de fé: "Meu
Deus e meu Senhor".
- E Cristo acrescentou:
"Felizes os que acreditam sem ter
visto…"
* Tomé representa aqueles que
vivem afastados da Comunidade, sem perceber os sinais de vida que nela se
manifestam.
- Esse episódio é
uma alusão clara ao Domingo...
Lembra as
celebrações dominicais da comunidade primitiva e a nossa experiência pascal que
se renova cada domingo...
A Comunidade
renovada na Páscoa do Senhor torna-se "um só coração e uma só alma".
Nas mesas da
fraternidade, da Palavra e da Eucaristia, nos tornamos com Ele um só corpo e
uma só alma.
* O que
significa para você a Eucaristia Dominical?
A DIVINA MISERICÓRDIA, que hoje
celebramos é garantia e força para o desempenho de nossa missão.
Pe.
Antônio Geraldo
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Homilia de D. Henrique Soares
Jo 20,19-31
Há oito
dias atrás, no primeiro dia após o Sábado dos judeus, ao anoitecer, Jesus
ressuscitado entrou onde estavam os discípulos e lhes disse: "A paz esteja convosco!" Há oito dias, no Dia da Ressurreição,
o nosso Jesus, vencedor da morte, enviado pelo Pai no Espírito Santo,
soprou
esse mesmo Espírito sobre seus discípulos, sua Igreja, e disse: "Como o
Pai me enviou, também eu vos envio. Recebei o Espírito Santo!" Há oito
dias atrás, Tomé, teimoso e incrédulo, afirmou peremptoriamente: "Se eu não vir as marcas dos
pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei!" Todas essas coisas que ouvimos no
Evangelho deste hoje, ocorreram no Domingo de Páscoa, no Dia da Ressurreição,
há precisamente uma semana.
Hoje é a
Oitava da Festa pascal, o Domingo seguinte. E como no Domingo passado, também
hoje, neste Domingo, o Senhor vem ao encontro dos seus discípulos e coloca-se
no meio deles. Será sempre assim: a cada oito dias os cristãos reunidos
experimentarão na Palavra proclamada e no Sacrifício eucarístico celebrado, a
presença real, viva e atuante Daquele que ressuscitou e caminha conosco, ou
melhor, caminha à nossa frente. E como Tomé, nós, a cada Domingo, admirados,
exclamamos: "Meu Senhor
e meu Deus!" E
queremos, emocionados, ouvi-lo novamente dizer a nossa respeito: "Acreditaste porque me viste,
Tomé. Bem-aventurados os que creram sem terem visto!" Bem-aventurados nós, caríssimos meus
em Cristo aqui presentes! Bem-aventurados nós que firmemente cremos no Senhor e
participamos do seu Sacrifício eucarístico, ainda que não tenhamos visto o
Senhor com os olhos da carne!
Eis
precisamente aqui a mensagem deste Domingo da Oitava: fazer-nos conscientes do
nosso encontro, da nossa comunhão real, íntima, transformante, com o Senhor
ressuscitado. Este encontro que ocorre de modo mais intenso a cada Domingo na
Eucaristia – e, por isso mesmo, faltar à Missa dominical é excluir-se da
Comunidade dos discípulos, é "ex-comungar-se", é colocar-se fora da
Comunhão com o Ressuscitado e aqueles aos quais ele chama de "meus
irmãos"... Este encontro que ocorre de modo mais intenso a cada Domingo
nesta Eucaristia, não começou aqui; iniciou-se no nosso Batismo, quando recebemos,
no símbolo da água, o Espírito Santo do Ressuscitado, passando a viver nele
que, no seu Espírito, veio realmente viver em nós! Três misteriosas palavras da
Missa de hoje exprimem este mistério. Ei-los: (1) A palavra da segunda leitura:
o Autor sagrado afirma que quem crê em Jesus nasceu de Deus e vive uma vida de
amor aos irmãos. Quem crê em Jesus, diz ele, vence o mundo, vence o pecado,
vence a tragédia de uma vida sem sentido, distraída apenas com eventos,
futilidades e copas do mundo. Eis as suas palavras: "Quem é o vencedor do mundo,
senão aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus?" E, então, acrescenta de
modo belo, forte, surpreendente e misterioso: "Este é o que veio pela água
e pelo sangue: Jesus Cristo. Não veio somente com a água, mas com a água e o
sangue. E o Espírito é que dá testemunho, porque o Espírito é a Verdade".
Caríssimos, que palavras impressionantes! Se nossos irmãos protestantes as
compreendessem pediam imediatamente a comunhão com a Igreja de Cristo! Aqui o
Autor sagrado está falando do Batismo e da Eucaristia. Vence o mundo quem crê
em Jesus; não num Jesus do passado, mas num Jesus que está vivo e na força do
Espírito Santo, o Espírito da Verdade, que ele derramou sobre nós, vem ao nosso
encontro, habita em nosso íntimo. Como? Pelos sacramentos! É nos sacramentos
que recebemos o Espírito Santo, é nos sacramentos que o Senhor entra em
comunhão conosco e nós com ele. Ele vem continuamente, vivo e vivificador pela
água do Batismo e o Sangue da Eucaristia! Nos santos sacramentos, nós
experimentamos Jesus, recebemos a vida de Jesus e podemos testemunhar ao mundo
que Jesus está vivo e atuante! Que realidade tão misteriosa; que graça tão
grande: Jesus é o que vem sempre à sua Igreja na água e no sangue; e ambos nos
dão o Espírito Santo de Jesus! (2) A segunda palavra desta liturgia é da oração
inicial. Ali a Igreja nos ensinou a pedir ao Pai que compreendêssemos melhor
"o Batismo que nos lavou, o Espírito que nos deu nova vida e o sangue que
nos redimiu". Mais uma vez o Batismo e a Eucaristia que, dando-nos o
Espírito de Jesus, nos colocam em comunhão íntima com ele. (3) Finalmente, as
palavras da Entrada da Missa de hoje, como aparecem no Missal, tiradas da
Primeira Epístola de são Pedro: "Como
crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na
salvação! (2,2). A Igreja pensa nos que foram batizados na Vigília Pascal,
nossos irmãozinhos em Cristo, criancinhas no Senhor. Que recebendo a cada
Domingo a Eucaristia, puro alimento espiritual, possam – eles e nós – crescer
na salvação.
Ora,
caríssimos, se vivemos mergulhados nesse mistério tão grande, que é a real e
íntima comunhão com o Senhor ressuscitado, se experimentamos sua força e sua
graça nos sacramentos, se nele, Vencedor da morte, somos criaturas nova, então
vivamos de modo novo. E não somente de modo individual, mas como Comunidade dos
salvos e redimidos por Cristo. Vede, irmãos meus, o exemplo descrito na
Primeira leitura, a Igreja católica de Jerusalém, logo após a Ressurreição e o
Dom do Espírito: nós éramos "um
só coração e uma só alma", sabíamos repartir amor e bens, colocando a
vida em comum, e toda a nossa vida comunitária era uma clara proclamação da
novidade, da alegria e da esperança de quem sabia e vivia a Ressurreição do
Senhor. Dois mil anos após, não damos mais a impressão de um bando de
discípulos sonolentos e cansados? Não parecemos mais uns conformados e
desanimados, mornos pelo peso do tempo? Nossa vida, será que não exprime mais
comodismo e falta de fé, que aquela feliz exultação de quem tem sempre Jesus
diante dos olhos? Sabem o motivo disso, meus caros? Falta de comunhão viva com
o Senhor na sua Palavra, na oração e, sobretudo, nos sacramentos! Muitos de nós
temos uma fé fria, formal, burocrática, teórica. Não é a idéia, mas o amor que
dá sentido e gosto à vida!
Caros meus, aprendamos a nos reaproximar de Jesus! Ele está vivo aqui, na
Palavra, na Eucaristia, nos irmãos, na vida. Se aprendermos a vê-lo, mais uma
vez, cheios de pasmos, exclamaremos como o duro Tomé: "Meu Senhor e
meu Deus!" Que ele
no-lo conceda por sua graça. Amém.
D. Henrique Soares
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pARA
A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (dIÁCONOS OU mINISTROS
EXTRAORDINÁRIOS DA PALAVRA):
LOUVOR (QUANDO O PÃO SAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR) - Jo 20,19-31
- COM JESUS, por jesus e em Jesus NA FORÇA DO
ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI.
T: LOUVOR E
GLÓRIA A VÓS, MEU SENHOR E MEU DEUS, ALELUIA!
- Deus da Vida, nós Vos bendizemos pela ressurreição do Vosso Filho Jesus, e pela vida nova que concedeis a todos que o seguem. Nós Vos pedimos por todas as comunidades cristãs.
- Deus da Vida, nós Vos bendizemos pela ressurreição do Vosso Filho Jesus, e pela vida nova que concedeis a todos que o seguem. Nós Vos pedimos por todas as comunidades cristãs.
T: LOUVOR E
GLÓRIA A VÓS, MEU SENHOR E MEU DEUS, ALELUIA!
- Bendito sejais, Deus e Pai de Jesus Cristo nosso Senhor, a Vós louvor, honra e glória, porque nos fizestes renascer pela ressurreição de Jesus Cristo. Nós Vos pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs que passam provações. Inspirai-nos as palavras que possam suscitar neles coragem e esperança.
- Bendito sejais, Deus e Pai de Jesus Cristo nosso Senhor, a Vós louvor, honra e glória, porque nos fizestes renascer pela ressurreição de Jesus Cristo. Nós Vos pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs que passam provações. Inspirai-nos as palavras que possam suscitar neles coragem e esperança.
T: LOUVOR E
GLÓRIA A VÓS, MEU SENHOR E MEU DEUS, ALELUIA!
- Nós Vos damos graças pelo Sopro do Vosso Espírito Santo, que renova as nossas comunidades na Eucaristia. Que a Vossa paz esteja sempre conosco. Que o Vosso Espírito guie a nossa fé e que possamos confessar-Vos: Meu Senhor e meu Deus.
- Nós Vos damos graças pelo Sopro do Vosso Espírito Santo, que renova as nossas comunidades na Eucaristia. Que a Vossa paz esteja sempre conosco. Que o Vosso Espírito guie a nossa fé e que possamos confessar-Vos: Meu Senhor e meu Deus.
T: LOUVOR E
GLÓRIA A VÓS, MEU SENHOR E MEU DEUS, ALELUIA!
- PAI NOSSO... A paz de cristo... eis o cordeiro...
- PAI NOSSO... A paz de cristo... eis o cordeiro...
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