4º DOMINGO DA PÁSCOA
ano B 2018 (Adaptado pelo Diácono Ismael)
SINOPSE
Tema: “E haverá um só rebanho e um só pastor.”
O Evangelho: Jesus Cristo é “o Pastor modelo”,
pois ama as suas ovelhas e dá a vida por elas.
A primeira leitura: Lucas avisa-nos que Jesus é o único
Bom Pastor; portanto, o único Salvador.
Na segunda leitura: A carta de João convida-nos a
contemplar o amor de Deus pelo homem. Nós devemos integrar-nos na sua família e
a vivermos com coerência em todos os nossos atos.
EVANGELHO – Jo 10,11-18
Naquele tempo, disse Jesus: “Eu sou o bom pastor. O
bom pastor dá a vida por suas ovelhas. O mercenário, que não é pastor e não é
dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as
ataca e dispersa. Pois ele é apenas um mercenário e não se importa com as
ovelhas. Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem,
assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai. Eu dou minha vida pelas
ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil: também a elas devo
conduzir; elas escutarão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só
pastor. É por isso que o Pai me ama, porque dou a minha vida, para depois
recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida, eu a dou por mim mesmo; tenho
poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente; essa é a ordem que
recebi do meu Pai”.
AMBIENTE - O autor utiliza a imagem do “Bom
Pastor” para propor uma catequese sobre a missão de Jesus, o “Messias”, que
consiste em conduzir a humanidade às fontes cristalinas de onde brota a vida em
plenitude.
A imagem do “Bom Pastor” foi criada
por Ezequiel (Babilônia), quando constata que os líderes de Israel foram maus
“pastores”, que conduziram o Povo por caminhos de morte e de desgraça; mas o
próprio Deus vai assumir a condução do seu Povo; Ele porá à frente do seu Povo
um “Bom Pastor” (o “Messias”), que o livrará da escravidão e o conduzirá à
vida. A catequese do 4º Evangelho sugere que a promessa se cumpre em Jesus.
MENSAGEM - “Eu sou o Bom Pastor”: “Eu sou o modelo de pastor ideal”. E Jesus explica, logo de seguida, que o “Bom pastor” é aquele que é capaz de se entregar a si mesmo para dar a vida às suas ovelhas. Aquilo que distingue o “verdadeiro pastor” do “pastor mercenário” é a diferente atitude diante do “lobo”. O “lobo” representa tudo aquilo que põe em perigo a vida das ovelhas: os interesses dos poderosos, a opressão, a injustiça, a violência, o ódio do mundo. O “pastor mercenário” é o pastor contratado por dinheiro. O rebanho não é dele e ele não ama as ovelhas. Limita-se a cumprir determinadas obrigações. Ele tem a sua ação sempre ditada por uma lógica de egoísmo e de interesse. O verdadeiro pastor é aquele que presta o seu serviço por amor e não por interesse. A sua prioridade é o bem das ovelhas que lhe foram confiadas. Por isso, ele arrisca tudo em benefício do rebanho e está, até, disposto a dar a própria vida por essas ovelhas que ama. Ora, Jesus é o modelo do verdadeiro pastor. Ele conhece cada uma das suas ovelhas, ama cada uma, conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças. Quando as ovelhas estão em perigo, Ele não as abandona, mas é capaz de dar a vida por elas. Nenhum risco, dificuldade ou sofrimento O faz desanimar. Depois, Jesus diz: “tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil”. Jesus deixa claro que a sua missão não se encerra nas fronteiras do Povo judeu, mas é uma missão universal. Para integrar a comunidade de Jesus, é necessário acolher a sua proposta, aderir ao projeto e segui-lo. Nascerá, então, uma comunidade única, cuja referência é Jesus e que caminhará ao encontro da vida eterna e verdadeira.
Finalmente, Jesus explica que a sua
missão se insere no projeto do Pai para dar vida aos homens. O que O move é o
cumprimento da vontade do Pai. Ao cumprir o projeto de amor do Pai, Ele está
realizando a sua condição de Filho. Ao dar a sua vida, Jesus está consciente de
que não perde nada. Quem gasta a vida ao serviço do projeto de Deus, não perde
a vida, mas está construindo para si e para o mundo a vida eterna e verdadeira.
Para quem ama, não há morte, pois o amor gera vida verdadeira e definitiva.
A entrega de Jesus não é uma
fatalidade, mas um gesto livre de alguém que ama o Pai e ama os homens e
escolhe o amor até às últimas consequências. Na decisão de Jesus em oferecer
livremente a vida por amor, manifesta-se o seu amor pelo Pai e pelos homens.
ATUALIZAÇÃO • O “Pastor” por excelência é Cristo. É nele que devemos confiar.
• Cristo não atua por interesse
(como outros pastores), mas por amor; Ele não foge quando as ovelhas estão em
perigo, mas defende-as, preocupa-Se com elas e até é capaz de dar a vida por
elas; Ele conhece os seus sofrimentos, dramas, sonhos e esperanças.
• A salvação destina-se a todos.
Para fazer parte do rebanho de Deus é necessário “escutar a voz” de Cristo,
aceitar as suas indicações, tornar-se seu discípulo… Isso significa seguir
Jesus, aderir ao projeto de salvação, percorrer o mesmo caminho que Ele
percorreu, na entrega aos projetos de Deus e na doação aos irmãos.
• Para que distingamos a “voz” de
Jesus de outras propostas enganadoras, é preciso um permanente diálogo íntimo
com “o Pastor”, ouvir sempre a sua Palavra e a participação ativa nos
sacramentos.
LEITURA I – At 4,8-12
Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse:
“Chefes do povo e anciãos, hoje estamos sendo interrogados por termos feito o
bem a um enfermo e pelo modo como foi curado. Ficai, pois, sabendo todos vós e
todo o povo de Israel: é pelo nome de Jesus Cristo, de Nazaré, aquele que vós
crucificastes e que Deus ressuscitou dos mortos, que este homem está curado,
diante de vós. Jesus é a pedra, que vós, os construtores, desprezastes, e que
se tornou a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo
do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos”.
AMBIENTE - O testemunho sobre Jesus
manifestado nos gestos (cura do paralítico) e nas palavras de Pedro, provoca
reação das autoridades judaicas e a prisão de Pedro e de João. É a reação
lógica dos que pretendem perpetuar os sistemas de escravidão e de opressão.
A
pergunta feita aos apóstolos pelos membros do Sinédrio é: “com que poder ou em
nome de quem fizestes isto?”. O texto é a resposta de Pedro à questão que lhe
foi posta. Para Lucas,
a reação negativa do “mundo” não pode calar o testemunho dos discípulos de
Jesus.
MENSAGEM - O texto mostra como se
deve concretizar o testemunho dos discípulos. Lucas observa que Pedro está
“cheio do Espírito Santo”. Os cristãos não estão sozinhos e abandonados quando
enfrentam o mundo para lhes anunciar a salvação. É o Espírito que conduz os
discípulos na sua missão e que orienta o seu testemunho. “Cheio do Espírito
Santo”, Pedro transforma-se de réu em acusador… Citando um salmo (cf. Sal
118,2), Pedro compara a insensatez dos dirigentes judaicos à cegueira de um
construtor que rejeita uma pedra que vem depois a ser aproveitada por outro
construtor como pedra principal num outro edifício. Jesus é a fonte única de
onde brota a salvação – não só a libertação dos males físicos, mas a salvação
entendida como totalidade. Jesus (“Jahwéh salva”) é o único canal de salvação.
Lucas convida os cristãos a serem testemunhas da salvação levando os homens a
aderirem ao projeto de vida que Cristo veio oferecer.
Em resumo: os discípulos receberam a
missão de apresentar ao mundo Jesus Cristo, o único Salvador. É o Espírito que
os anima nessa missão e que lhes dá a coragem para enfrentar a oposição dessas
forças da opressão que recusam a proposta libertadora de Jesus.
ATUALIZAÇÃO • Por vezes, o caminho de salvação
que Jesus nos propõe, está em contradição com a “salvação” que os líderes
políticos, os líderes da moda e da opinião pública. O caminho de Jesus (parece
fracasso) é o caminho da vida plena.
• Os discípulos não estão sozinhos.
O Espírito do ressuscitado está com eles. Líderes como maus pastores.
* Nós cristãos fizemos d’Ele,
efetivamente, a “pedra angular” ?
SALMO RESPONSORIAL / Sl 117 (118)
A pedra que os pedreiros rejeitaram
tornou-se agora a pedra angular.
• Dai graças
ao Senhor, porque ele é bom. / Eterna é a sua misericórdia! / É melhor buscar
refúgio no Senhor, / do que pôr no ser humano a esperança; / é melhor buscar
refúgio no Senhor, /do que contar com os poderosos deste mundo!
• Dou-vos
graças, ó Senhor, porque me ouvistes / e vos tornastes para mim o Salvador! / A
pedra que os pedreiros rejeitaram / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo
Senhor é que foi feito tudo isso: / Que maravilhas ele fez a nossos olhos!
• Bendito
seja, em nome do Senhor, / aquele que em seus átrios vai entrando! / Vós sois
meu Deus, eu vos bendigo e agradeço! / Vós sois meu Deus, eu vos exalto com
louvores! / Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / Eterna é a sua
misericórdia!
LEITURA II – 1 Jo 3,1-2
Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos
deu: de sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos! Se o mundo não nos
conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de
Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é.
AMBIENTE - Estamos numa época em que as
heresias começavam a perturbar a vida dessas comunidades, lançando a confusão
entre os crentes e ameaçando subverter a identidade cristã. O autor lembra aos
crentes que são filhos de Deus e exorta-os a viver no dia a dia de forma
coerente com essa filiação.
MENSAGEM - o autor recorda aos cristãos que Deus os constituiu seus “filhos”. O fundamento para essa filiação reside no grande amor de Deus pelos homens. A condição de “filhos” implica viver de forma coerente com as suas propostas. Por isso, o “mundo” irá ignorar ou mesmo perseguir os “filhos de Deus”, recusando a proposta de vida que eles testemunham. Não é nada de novo: o “mundo” também recusou Cristo e a sua proposta de salvação. Os crentes continuam a caminho da sua realização definitiva, em que a fragilidade e a finitude humanas serão definitivamente superadas. Então, manifestar-se-á a vida plena e definitiva, o Homem Novo plenamente realizado. Nesse dia serão “semelhantes a Ele”.
ATUALIZAÇÃO • Deus nos ama com um amor
“admirável que faz de nós “filhos de Deus”. Para alcançar a vida definitiva, é
preciso escutar Deus, acolher o seu dom, viver essa vida nova que Deus nos
oferece.
• Para o autor da carta, o “filho de Deus” é aquele que responde ao amor de Deus vivendo de forma coerente com as propostas de Deus – isto é, no respeito pelos mandamentos de Deus. De forma especial, recomenda-se aos crentes que vivam no amor aos irmãos, a exemplo de Jesus Cristo.
• Para o autor da carta, o “filho de Deus” é aquele que responde ao amor de Deus vivendo de forma coerente com as propostas de Deus – isto é, no respeito pelos mandamentos de Deus. De forma especial, recomenda-se aos crentes que vivam no amor aos irmãos, a exemplo de Jesus Cristo.
• Viver como “filho de Deus” implica
fazer opções que estão em contradição com os valores que o mundo considera
prioritários. Jesus Cristo conheceu e enfrentou a mesma realidade; mas a sua
história mostra que viver como “filho de Deus” não é um caminho de fracasso,
mas um caminho de vida plena e eterna. Os cristãos não devem, por isso, ter
medo de percorrer o mesmo caminho.
Jesus não nos deixa sozinhos um só instante. Para distinguir a Voz do Pastor é preciso três coisas: – Uma vida de oração intensa; ouvir com Constância a Palavra de Deus e uma participação ativa nos sacramentos, onde recebemos a vida, que o Pastor nos oferece.
Jesus
apresenta-se como o próprio Deus pastor do seu povo! O bom pastor dá a vida por
suas ovelhas. É por isso que o Pai me ama: porque dou a minha vida, para depois
recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida; eu a dou por mim mesmo! Tenho o
poder de entregá-la e o poder de retomá-la novamente; esse é o preceito que
recebi do meu Pai”. Jesus é o pastor perfeito porque é capaz de dar a vida
pelas ovelhas: Por amor, morre pelo rebanho; por amor ressuscita para nos
ressuscitar! Jesus diz que conhece suas ovelhas como o Pai o conhece e ele
conhece o Pai! A comunhão de vida entre o Pai e o Filho é total, é plena. Pois
bem, Jesus diz que essa mesma comunhão ele tem com suas ovelhas. No batismo,
deu-nos o seu Espírito Santo, que é sua própria vida de ressurreição; na
eucaristia, dá-se totalmente a nós, morto e ressuscitado, pleno desse mesmo
Espírito, como vida da nossa vida! De tal modo é a união, que ele está em nós e
nós estamos enxertados e incorporados nele! De tal modo, que somos uma só coisa
com ele, seja na vida seja na morte! São João afirma na segunda leitura de
hoje: “Somos chamados filhos de Deus. E nós o somos!” Somos filhos porque temos
em nós a mesma vida, o mesmo Espírito Santo que agora plenifica o Filho
ressuscitado! E São João continua: “Se o mundo não nos conhece, é porque não
conheceu o Pai!” Ou seja: se, para o mundo, nós somos apenas uns tolos é porque
não experimentou, não conheceu que Deus é o Pai de Jesus, o Filho eterno, o Bom
Pastor, que nos faz filhos como ele é o Filho único, agora tornado primogênito
de muitos irmãos! Mas, a Palavra de Deus nos consola e anima: “Quando Jesus se
manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”. Este é
o destino da humanidade: ser como Jesus ressuscitado, participar eternamente da
sua glória! Para isso Deus nos criou desde o princípio! Caríssimos, voltemos o
nosso olhar para Aquele que foi entregue por nós e por nós ressuscitou. Olhemos
seu lado aberto, suas mãos chagadas. Quanto nos ama, quanto se deu a nós! Agora,
escutemo-lo dizer: “”Eu sou o bom pastor! Eu conheço as minhas ovelhas! Eu dou
a minha vida pelas ovelhas!” Num mundo de tantas vozes, sigamos a voz de Jesus!
Num mundo de tantas pastagens venenosas, deixemos que o Senhor nos conduza às
pastagens verdadeiras, que nos dão vida plena e sacia nosso coração! Num mundo
que nos tenta seduzir com tantos amores, amemos de todo coração Aquele que nos
amou e por nós se entregou ao Pai!
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O Bom Pastor
O
4º domingo de Páscoa é conhecido como o Domingo do BOM PASTOR, porque nele todos os anos,
Jesus
é apresentado como o "Bom
Pastor".
-
No Antigo
Testamento, essa imagem aparece com freqüência…
Grandes personagens foram pastores (Abel…
Moisés… Davi…)
Num país árido, a presença do pastor era
vital para a ovelha sobreviver...
O pastor passava o dia todo com ela e
estabelecia profunda identidade com ela.
-
O próprio Deus se compara a um Pastor, que guia, defende e
alimenta o seu povo (Sl 80).
-
Quase todos os Reis de Israel foram "Maus
pastores", que conduziram o Povo por caminhos de morte e desgraça.
Por isso, o Senhor promete: "Eu mesmo apascentarei as minhas
ovelhas". (Ez 34,15)
A 1ª
Leitura mostra o PRIMEIRO
PASTOR da jovem Comunidade:
Pedro responde ao Sinédrio, que curou o aleijado: "em nome de Jesus Cristo, crucificado por vós, mas ressuscitado
por Deus". (At 4,8-12)
Ele
é o único Salvador, o Pastor que nos conduz à verdadeira vida.
Na
2ª
Leitura, João afirma que somos todos FILHOS DE DEUS.
Mas
essa filiação divina deve ser percebida em nossos atos. (1Jo 3,1-2)
No
Evangelho,
Jesus afirma: "Eu sou o BOM PASTOR". (Jo 10,11-18)
É
uma Catequese sobre a missão de Jesus: conduzir o homem às pastagens
verdejantes e às fontes cristalinas, de onde brota a vida em plenitude.
O BOM PASTOR é diferente dos outros, por
duas razões:
-
Porque está disposto a DAR A VIDA pelas ovelhas que ama.
O mercenário no perigo abandona as ovelhas e
foge…
-
Porque CONHECE suas ovelhas e é conhecido por elas…
Ele as chama pelo nome… e elas o seguem…
"Conhecer"
é mais que um ato intelectual… é comunhão de vida...
É fruto do convívio e do diálogo, e gera o
amor.
+ Quem
são as ovelhas desse rebanho?
São os que seguem a voz do Pastor.
Mas não só os que participam da Igreja de
modo organizado:
"Tenho
ainda outras ovelhas que não são desse rebanho,é preciso que eu as conduza. E
elas ouvirão a minha voz. E haverá um só rebanho e um só pastor".
*
Esse apelo de unidade de Cristo nos pede:
- um zelo apostólico para cativar
outras ovelhas que ainda não descobriram o amor apaixonado do Bom Pastor...
-
um espírito de unidade: que vença as barreiras que nos separam...
Ele não quer uma Igreja dividida em rebanhos
separados...
É um convite ao verdadeiro ecumenismo...
+ Quem
é o nosso Pastor, que nos
aponta caminhos e nos dá segurança?
-
O Pastor por excelência é CRISTO.
-
São também as pessoas que prestam um serviço
na família, na sociedade, no ambiente de
trabalho...
-
São também pessoas que receberam de Deus e da Igreja a missão o Papa, os
Bispos, os padres, Diáconos...) de
presidir e animar, em nossas comunidades cristãs, apesar das suas limitações.
Cada um pode ser um pouco "Pastor"
de seu irmão...
Mas o "único Pastor", que devemos
escutar e seguir sem condições, é Cristo.
Os outros pastores têm uma missão válida se
receberam de Cristo.
E a sua atuação nunca pode ser diferente do
jeito de atuar de Cristo.
+
Como Cristo exerce a Missão de Pastor?
Ele
não atua por interesse pessoal como o mercenário, mas por amor:
Ele
aponta caminhos, defende as suas ovelhas no momento de perigo, mantém uma
relação pessoal com cada uma, conhece os seus sofrimentos, sonhos e esperanças.
*
As Pastorais são serviços de Pastor nos diversos setores da Comunidade.
-
Qual é o espírito com que atuamos?
Por
amor ou preocupados em levar alguma vantagem, prestígio ou poder?
+ Como
reconhecer o "Bom Pastor"?
Para distinguir a "voz" do
"Bom Pastor" (ou falsos pastores) é preciso um permanente diálogo
íntimo com Cristo, um confronto permanente com a sua Palavra e a participação
ativa nos sacramentos, onde Ele nos comunica essa vida, que o Pastor nos
oferece.
*
Jesus mostra o rosto bondoso de Deus e os gestos de carinho e de acolhida do
Bom Pastor.
Sejamos continuadores dos gestos e das
palavras do Bom Pastor, que dá a vida por todos.
Pe. Antônio
Geraldo
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HOMILIA DO PE. PEDRINHO
Meus irmãos e irmãs, hoje
poderíamos falar muito, sobre esta Palavra que nos foi dirigida, mas quero
refletir algo, que às vezes, nos deixam em dúvida. Se eu devo amar o irmão, se
eu devo servir o irmão, se eu devo viver com o irmão e amar como a si mesmo,
por que aqui diz: é melhor buscar o refúgio no Senhor do que por no ser humano
a esperança? E ainda tem um salmo que vai ser mais forte dizendo: maldito o
homem que cofia em outro homem. Ambos, fazem parte do mesmo gênero. É preciso
compreender bem, senão, podemos tirar conclusões erradas da Palavra de Deus
dizendo: eu não confio em ninguém. Não é bem esta a questão. A questão é que eu
sou chamado a fazer o bem sempre. Agora, nem sempre eu serei louvado por fazer
o bem. Olhe a primeira leitura o que Pedro diz: hoje estamos sendo interrogados
porque fizemos o bem. Foram presos porque fizeram o bem. Parece um absurdo! Mas
até hoje, muitos receberão pedra como resposta, por ter feito o bem. Eu e cada
um de nós, que somos chamados a fazer o bem, somos convidados a estarmos
prontos, para não haver surpresa. Pode ser que você fará o bem e o ser humano
lhe devolva pedras. E você vai dizer: puxa, jamais esperava isto de fulano de
tal. É aí que entra a Leitura. Não ponha a sua confiança no homem, pois ele
pode falhar. Fazer o bem sempre. Fazer comunidade sempre. Ajudar aos outros
sempre, mas não basear nossa confiança nisso. A nossa proteção está no nome do
Senhor. E isto nós falamos quando se pede a benção. Então veja: é este o ponto
fundamental: eu sou chamado a fazer o bem, mas tenho que buscar refúgio no
Senhor. Jesus é a nossa pedra fundamental. É nele que eu devo me apoiar, me
ancorar. Exatamente para eu não me decepcionar. Porque Jesus Cristo é o único
ser humano, também Deus, que nunca vai me deixar na mão. Os outros? Pode ser.
Pode acontecer. Pode também não ser, mas aí não é possível afirmar cem por
cento. Quanto a Jesus, São João vai utilizar um argumento mais profundo: olha
que grande presente o Pai nos deu: sermos chamados seus filhos. Então, a partir
de Jesus, que é o modelo se ser humano, que eu devo seguir, eu descubro que o
Pai é fiel. E é fiel sempre. Ora, o próprio Jesus vai dizer: vocês, que são
imperfeitos, sabem o que é bom para seus filhos, imaginem o Pai que está no
céu. Isto é o suficiente para ninguém se sentir frágil, inseguro, para ninguém
se sentir abandonado. Num dia em que você tiver um problema, um desafio, o dia
em que as coisas não caminharem bem, recorra a Deus. Com certeza, Ele vai te
atender. Agora, é evidente, que vamos conhecer o amor de Deus a partir dos
exemplos dos cristãos. É aqui então, que somos chamados por Deus, para sermos
um sinal do amor de Deus no mundo. Somos chamados a ser o Bom Pastor, como
dizia o Papa hoje cedo, Boa Pastora também. Porque existe no profeta Isaías um
exemplo que diz: Ainda que a Mãe possa te esquecer, Eu jamais te esqueceria,
isto Deus falando. Então, bom pastor e boa pastora. O Bom Pastor é aquele que
dá a vida pelas ovelhas. Hoje somos chamados a pensar se estamos sendo Bom
Pastor ou Boa Pastora. O padre é chamado a ser o Bom Pastor e deve dar sua vida
pelas ovelhas. O Pai é chamado a ser o Bom Pastor dando a vida pela sua esposa,
pelos seus filhos. A mulher é chamada a ser Boa Pastora dando a vida pelo
marido e pelos filhos. Os filhos são chamados a dar a vida pelos pais. Temos
feito isso? Cada um tem como modelo o
Bom Pastor. Aqueles que vão se casar e querem um casamento cristão, devem ter
como referência, esta máxima de Jesus. Aí Ele diz: a diferença do Bom pastor
para o outro é que o outro é um mercenário. Mercenário é aquele que faz tudo
movido pelo dinheiro. “quanto eu vou ganhar para fazer isto?”
Ora, eu não sou movido
pelo dinheiro, mas pelo amor, que Jesus Cristo me revelou. Hoje sou chamado a refletir como estou sendo
bom pastor e rezar para que todos descubram sua vocação e possam fazer as
coisas sem interesse de mercenário, mas por amor, sendo bom pastor na vocação a
que fui chamado. A grande vocação a que todos fomos chamados é a de semear o
amor de Deus no mundo. – Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO.
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Homilia de D. Henrique Soares
Este
Quarto Domingo da Páscoa é conhecido como Domingo do Bom Pastor, pois nele se
lê sempre um trecho do capítulo 10 de São João, onde Jesus se revela como o Bom
Pastor. Mas, o que isso tem a ver com o tempo litúrgico que ora estamos
vivendo? A resposta, curta e graciosa, encontra-se na antífona de comunhão que
o Missal Romano traz: “Ressuscitou o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas e
quis morrer pelo rebanho!” Aqui está tudo!
“Eu
sou o bom pastor” – disse Jesus. O adjetivo grego usado para “bom” significa
mais que bom: é belo, perfeito, pleno, bom. Jesus é, portanto, o pastor por
excelência, aquele pastor que o próprio Deus sempre foi. Pela boca de Ezequiel
profeta, Deus tinha prometido que ele próprio apascentaria o seu rebanho: “Eu
mesmo cuidarei do meu rebanho e o procurarei. Eu mesmo apascentarei o meu
rebanho, eu mesmo lhe darei repouso” (34,11.15). Pois bem: Jesus apresenta-se
como o próprio Deus pastor do seu povo!
Mas,
por que ele é o Belo, o Perfeito, o Pleno Pastor? Escutemo-lo, caríssimos: O
bom pastor dá a vida por suas ovelhas. É por isso que o Pai me ama: porque dou
a minha vida, para depois recebê-la novamente. Ninguém tira a minha vida; eu a
dou por mim mesmo! Tenho o poder de entregá-la e o poder de retomá-la
novamente; esse é o preceito que recebi do meu Pai”. Amados irmãos, são
palavras de intensidade inexaurível, essas! Jesus é o pastor perfeito porque é
capaz de dar a vida pelas ovelhas: ele as conhece, ou seja, é íntimo delas, as
ama, e está disposto a dar-se totalmente pelo rebanho, por nós! E, mesmo na
dor, faz isso livremente, em obediência amorosa à vontade do Pai por nós! Por
amor, morre pelo rebanho; por amor ressuscita para nos ressuscitar! Nós jamais
poderemos compreender totalmente este mistério! Jesus diz que conhece suas ovelhas
como o Pai o conhece e ele conhece o Pai! É impossível penetrar em tão grande
mistério! Conhecer, na Bíblia, quer dizer, ter uma intimidade profunda, uma
total comunhão de vida. A comunhão de vida entre o Pai e o Filho é total, é
plena. Pois bem, Jesus diz que essa mesma comunhão ele tem com suas ovelhas. E
é verdade! No batismo, deu-nos o seu Espírito Santo, que é sua própria vida de
ressurreição; na eucaristia, dá-se totalmente a nós, morto e ressuscitado,
pleno desse mesmo Espírito, como vida da nossa vida! De tal modo é a união, de
tal grandeza é a comunhão, de tal profundidade é a intimidade, que ele está em
nós e nós estamos mergulhados, enxertados e incorporados nele! De tal modo, que
somos uma só coisa com ele, seja na vida seja na morte! De tal sorte ele nos
deu o seu Espírito de Filho, que São João afirma na segunda leitura de hoje:
“Somos chamados filhos de Deus. E nós o somos!” Compreendamos, irmãos: somos
filhos de verdade, não só figurativamente! Somos filhos porque temos em nós a
mesma vida, o mesmo Espírito Santo que agora plenifica o Filho ressuscitado! E
São João continua, provocante: “Se o mundo não nos conhece, é porque não
conheceu o Pai!” Ou seja: se, para o mundo, nós somos apenas uns tolos, uns
nada, se o mundo não consegue compreender essa maravilhosa realidade – que
somos filhos de Deus – é porque também não experimentou, não conheceu que Deus
é o Pai de Jesus, o Filho eterno, o Bom Pastor, que nos faz filhos como ele é o
Filho único, agora tornado primogênito de muitos irmãos! Mas, a Palavra de Deus
nos consola e anima: “Quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele,
porque o veremos tal como ele é!” Este é o destino da humanidade, este é o
nosso destino: ser como Jesus ressuscitado, trazer sua imagem bendita, participar
eternamente da sua glória! Para isso Deus nos criou desde o princípio! Não
chegar a ser como Jesus ressuscitado, não ressuscitar com ele – nesta vida já
pelos sacramentos, e na outra, na plenitude da glória – é frustrar-se. E isso
vale para todo ser humano, pois “em nenhum outro há salvação, pois não existe
debaixo do céu outro nome dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos!” Por
isso mesmo, Jesus afirma hoje, pensando nos não-cristãos: “Tenho ainda outras
ovelhas que não são deste redil. Também a elas devo conduzir; elas escutarão a
minha voz e haverá um só rebanho e um só pastor!”
Caríssimos,
voltemos o nosso olhar para Aquele que foi entregue por nós e por nós
ressuscitou. Olhemos seu lado aberto, suas mãos chagadas. Quanto nos ama,
quanto se deu a nós! Agora, escutemo-lo dizer: “”Eu sou o bom pastor! Eu
conheço as minhas ovelhas! Eu dou a minha vida pelas ovelhas!” Num mundo de
tantas vozes, sigamos a voz de Jesus! Num mundo de tantas pastagens venenosas,
deixemos que o Senhor nos conduza às pastagens verdadeiras, que nos dão vida
plena e sacia nosso coração! Num mundo que nos tenta seduzir com tantos amores,
amemos de todo coração Aquele que nos amou e por nós se entregou ao Pai!
Hoje
é também jornada mundial de oração pelas vocações sacerdotais e religiosas.
Peçamos ao Senhor, Bom Pastor, que dê à Igreja e ao mundo pastores segundo o
seu coração, pastores que, nele e com ele, estejam dispostos a fazer da vida
uma total entrega pelo rebanho; pastores que tenham sempre presente qual a
única e imprescindível condição para pastorear o rebanho do Bom Pastor: “Simão,
tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas!” (Jo 21,15s). Eis a condição: amar o
Pastor! Quem não é apaixonado por Jesus não pode ser pastor do seu rebanho! Não
se trata de competência, de eficiência, de vedetismo ou brilhantismo; trata-se
de amor! Se tu amas, então apascenta! Como dizia Santo Agostinho, “apascentar é
ofício de quem ama”.
Que
o Senhor nos dê os pastores que sejam viva imagem dele; que Cristo nos faça
verdadeiras ovelhas do seu rebanho. Amém.
D. Henrique Soares
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Um só rebanho e um só Pastor
Há
pouco celebrávamos o aniversário natalício do nosso amadíssimo Papa Bento XVI:
85 anos! Alegrávamo-nos também por causa de outro aniversário do nosso
queridíssimo Bento XVI: sete anos de Papa! Hoje, no Evangelho, Jesus fala de si
mesmo, que é o bom pastor. Dá vontade de agradecê-lo por que não nos deixa
sozinhos um só instante. Contudo, essa presença invisível do Bom Pastor na sua
Igreja torna-se visível pelo seu vigário: o Papa. Ele é verdadeiramente o
vigário de Jesus Cristo, isto é, faz-lhe as vezes. É o sucessor de Pedro! É
Pedro dos nossos dias!
Jesus
Cristo fundou um rebanho e colocou Pedro à frente desse rebanho para que, junto
com os demais apóstolos, o pastoreasse. Pedro e os demais apóstolos morreram,
mas a obra de Jesus, que é a Igreja, deveria continuar. Lógico é que o Senhor
fizesse perpetuar o serviço do pastoreio de sua Esposa, a Igreja. Os mesmos
apóstolos colocaram pessoas à frente das diversas comunidades para
pastoreá-las. Tratava-se, afinal, da obra de Jesus que já não podia mais parar!
Recordemos
uma das verdades que professamos frequentemente: a Igreja de Cristo é una: por
sua Fonte, a Trindade Beatíssima, um só Deus em três Pessoas; por seu Fundador,
Jesus Cristo; por sua Alma, o Espírito Santo (cf. Cat. 813). Alguém poderia
perguntar: se a Igreja é una com uma indivisibilidade tão fundada, como
explicar a diversidade que há nela? A resposta pode dar-se na mesma linha do
que antes foi dito: Deus é um, mas também é trino; a Igreja é una, mas também
guarda em si a diversidade. Esta variedade de povos, culturas, espiritualidade,
ritos, não impedem a unidade da Igreja. Ela desprende todo o vigor de sua
unidade em meio de tão rica variedade.
Em
concreto, para verificar o grau de unidade que alguém tem com a Igreja de
Cristo é importante fixar-se nos vínculos de unidade. Logicamente, o vínculo
dito “invisível” não é verificável, pois se trata da graça de Deus, que faz com
que haja “a caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14). Além do vínculo
invisível, existem os vínculos visíveis, que sim são verificáveis: a profissão
de uma única fé recebida dos apóstolos, a celebração dos Sacramentos, a
sucessão apostólica (através do Sacramento da Ordem, que mantém a concórdia na
Família de Deus que é a Igreja). Classicamente, isso tem sido expressado assim:
comunhão na Fé, nos Sacramentos e no Regime (cf. Cat. 815).
Em
sentido estrito, para que alguém esteja em plena comunhão com a Igreja são
necessários todos os vínculos, sem excluir a graça de Deus. Não será difícil
concluir que nós, os que estamos em plena comunhão com a Igreja Católica
mediante os vínculos externos ou visíveis, podemos não estar em plena comunhão
se consideramos o estado de graça. É doutrina católica que não é possível saber
com certeza de fé se estamos ou não na graça de Deus. Consequência: nunca
presumir! É verdade que sempre podemos, supostos os meios sobrenaturais
adequados, confiar que estamos em graça; no entanto, sempre com o santo temor
de Deus e a consciência de que quem nos salva é o Senhor. É paradoxal, mas
verdadeiro: somos a comunidade dos salvados em busca da salvação!
Talvez alguém se assustaria com a
afirmação tão clara que os filhos da Igreja ousam dizer nos tempos atuais: a
Igreja de Cristo é a Igreja Católica. Contudo, isso é verdade: a Igreja que
Jesus Cristo quis e fundou é a Igreja Católica, a única Igreja de Cristo,
entregue a Pedro e aos demais Apóstolos. “Esta Igreja, constituída e organizada
neste mundo como uma sociedade, subsiste na (“subsistit in”) Igreja Católica
governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão com ele” (LG 8).
O
que fazer então com o ecumenismo? Será o que antes se afirmou não desmorona
essa tentativa de unidade? Não. O ecumenismo não pode ser confundido com o
“falso irenismo”, com meias verdades, com maneiras suaves fundadas na
ignorância. Com o movimento ecumênico, a Igreja tem procurado fazer realidade o
desejo de Cristo de que todos sejam um (Cf. Jo 17,21), e fá-lo na verdade e na
caridade. Apesar de ser um trabalho difícil, o ecumenismo precisa ir adiante. O
primeiro gesto ecumênico a ser feito, porém, é o da oração; precisamos rezar
muitas vezes a oração que Cristo rezou: “que todos sejam um”. No Concilio
Vaticano II, “por «movimento ecuménico» entendem-se as atividades e
iniciativas, que são suscitadas e ordenadas, segundo as várias necessidades da
Igreja e oportunidades dos tempos, no sentido de favorecer a unidade dos
cristãos. Tais são: primeiro, todos os esforços para eliminar palavras, juízos
e ações que, segundo a equidade e a verdade, não correspondem à condição dos
irmãos separados e, por isso, tornam mais difíceis as relações com eles; depois,
o «diálogo» estabelecido entre peritos competentes, em reuniões de cristãos das
diversas Igrejas em Comunidades, organizadas em espírito religioso, em que cada
qual explica mais profundamente a doutrina da sua Comunhão e apresenta com
clareza as suas características. Com este diálogo, todos adquirem um
conhecimento mais verdadeiro e um apreço mais justo da doutrina e da vida de
cada Comunhão. Então estas Comunhões conseguem também uma mais ampla
colaboração em certas obrigações que a consciência cristã exige em vista do bem
comum. E onde for possível, reúnem-se em oração unânime. Enfim, todos examinam
a sua fidelidade à vontade de Cristo acerca da Igreja e, na medida da
necessidade, levam vigorosamente por diante o trabalho de renovação e de
reforma” (UR 4).
Uma
observação que vale a pena fazer: a conversão das pessoas à uma determinada
Igreja ou Comunidade Eclesial não vai em contra do ecumenismo. Caso um irmão de
uma confissão evangélica queira alcançar a plena comunhão com a Igreja Católica
será sempre bem recebido e nós, os católicos, devemos alegrar-nos imensamente
de que essa pessoa alcance a plenitude dos meios para a sua salvação.
Para
que fique mais claro: uma pessoa chega a pertencer a Igreja de Cristo pelo
batismo. Qualquer batizado pertence à Igreja de Cristo, que subsiste na Igreja
Católica. Isso quer dizer, a efeitos práticos, que um cristão de uma comunidade
eclesial evangélica pertence à Igreja de Cristo, mas não pertence a ela
totalmente; de fato, quanto esse cristão vem à Igreja Católica fala-se que ele
alcançou a plena comunhão com a Igreja. Com outras palavras, antes de ser
católico ele pertencia à Igreja de Cristo, mas só parcialmente; depois de vir à
Igreja Católica ele alcançou a comunhão plena com essa Igreja.
Devemos
pedir ao Senhor insistentemente: que todos sejam um! Assim haverá, inclusive
numericamente, um só rebanho e um pastor!
Pe. Françoá Costa
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (DIÁCONOS OU MINISTROS
EXTRAORDINARIOS DA PALAVRA):
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- COM JESUS,
NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI: TODOS REPITAM:
T: O Senhor
é meu pastor e nada me faltará, aleluia!
- Pai, nos vos agradecemos por nos dar Jesus como
nosso bom Pastor. È por ele, com ele e nele que vos damos graças. Vos
agradecemos pela nossa vida e pelo nosso batismo. Agradecemos pelo perdão de
nossos pecados e pelos dons do Espírito Santo.
T: O Senhor
é meu pastor e nada me faltará, aleluia!
- Deus nosso Pai, nós Vos Agradecemos
pelo vosso amor. Nós éramos errantes como ovelhas sem pastor, mas Jesus
nos acolheu em seu amor e deu-nos vida
Nova. Ele nos conduz e nos alimenta com a palavra e o pão, que nos transforma
em novas pessoas. Pai, bendito e louvado sejais para sempre.
T: O Senhor
é meu pastor e nada me faltará, aleluia!
- Deus nosso pai, que vosso nome seja glorificado
sobre toda a terra. Vos agradecemos e vos louvamos, por nos dar a dignidade de
filhos vossos. Pai, Nós Vos pedimos por todos os vossos
fiéis: tornai-nos atentos à voz de vosso Filho para que sigamos Jesus Cristo no
caminho da paz e do amor. T: O
Senhor é meu pastor e nada me faltará, aleluia!
PAI
NOSSO... A PAZ de Cristo... CORDEIRO de Deus...
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