6º Domingo
do Tempo Comum C 2019 (Adaptado pelo Diácono Ismael)
Sinópse:
TEMA: Deus tem uma proposta para nos dar a
felicidade eterna.
Primeira
leitura: Nossos projetos COM ou
sem Deus; Jeremias avisa que prescindir
de Deus é renunciar à felicidade plena.
Evangelho:
os preferidos de Deus são
os que vivem na simplicidade e na humildade
Segunda
leitura: Jesus
ressuscitou; e nos aponta os critérios de uma vida nova e plena.
LEITURA
I – Jer 17,5-8
[ ]Maldito
quem confia no homem e põe na carne toda a sua esperança, afastando o
seu coração do Senhor.[ ] habitará na aridez do deserto, [ ], onde ninguém
habita. Bendito quem confia no Senhor [ ]
É como a árvore plantada à beira da água, [ ]: nada tem a temer quando
vem o calor e a sua folhagem mantém-se sempre verde; e não deixa de produzir os
[ ] frutos.
AMBIENTE
Reinado de
Joaquim (609-597 a .C.):
política de alianças. Confia a segurança, não a Jahwéh, mas aos exércitos
egípcios (aliados de Joaquim). O profeta ataca a infidelidade ao Deus da
aliança: Judá já não coloca a sua esperança em Deus, mas sim nos homens.
MENSAGEM
O tema
Denuncia o homem que se apóia noutro homem e prescinde de Deus; denuncia a autossuficiência
que não precisa de Deus. Prescindir de Deus significa construir uma existência
limitada, tendo em vista apenas o nosso olhar que não vê o todo.
ATUALIZAÇÃO
♦ Tudo o que é humano é efêmero, limitado, finito; só em Deus
encontramos o rochedo seguro que não falha e que não nos decepciona.
♦ Onde está a nossa segurança e a nossa esperança? Na conta que
temos no banco? Na importância da nossa posição social ou profissional? Nas
conquistas científicas ou técnicas? Ou nesse Deus que se compromete conosco e
encontra mil formas de demonstrar, dia a dia, a sua fidelidade?
SALMO RESPONSORIAL (Sl 1)
É feliz quem a
Deus se confia!
• Feliz é todo aquele que não anda / conforme os
conselhos dos perversos; / que não entra no caminho dos malvados / nem junto
aos zombadores vai sentar-se; / mas encontra seu prazer na lei de Deus / e a
medita, dia e noite, sem cessar.
• Eis que ele é semelhante a uma árvore / que à beira
da torrente está plantada; / ela sempre dá seus frutos ao seu tempo, / e jamais
as suas folhas vão murchar. / Eis que tudo que ele faz vai prosperar.
• Mas bem outra é sorte dos perversos. / Ao
contrário, são iguais à palha seca, / espalhada e dispersada pelo vento. / Pois
Deus vigia o caminho dos eleitos, / mas a estrada dos malvados leva à morte.
EVANGELHO
– Lc 6,17.20-26
[ ]Jesus
desceu do monte, e [ ], disse: Bem-aventurados os pobres porque é deles o reino
de Deus. Bem-aventurados os que tem fome, porque serão saciados.
Bem-aventurados os que choram, porque haveis de rir. Bem-aventurados quando os
homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e prescreverem o vosso
nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia,
porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados
tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa
consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai
de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer-vos e chorar. Ai de vós,
quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados
tratavam os falsos profetas.
AMBIENTE
Lucas
procura apresentar um primeiro anúncio sobre Jesus (“kerigma”) e definir o
programa que o Messias vai cumprir em favor dos oprimidos. O Evangelho continua
a afirmação da Sinagoga de Nazaré, onde Jesus enuncia o seu programa: “o
Espírito do Senhor está sobre Mim porque Me ungiu, para anunciar a Boa Nova aos
pobres; enviou-Me a proclamar a libertação aos cativos…” (Lc 4,18-19). A
libertação chegou com Jesus e dirige-se aos pobres (todos somos necessitados de
Deus e não autosuficientes). Numa planície (em Mateus é numa montanha), rodeado
dos discípulos e por uma multidão.
MENSAGEM
Lucas
apresenta quatro bem-aventuranças (nove em Mateus). Os destinatários são os
pobres, os que têm fome, os que choram, os que são perseguidos. São os
desprotegidos, os explorados, os pequenos e sem voz, as vítimas da injustiça,
que com frequência são privados dos seus direitos e da sua dignidade pela
arbitrariedade dos poderosos. Serão eles os primeiros destinatários da
salvação de Deus, porque eles estão numa situação de debilidade e Deus quer
derramar sobre eles a sua bondade.. A salvação dirige se prioritariamente a estes porque eles, na
simplicidade, humildade, estão mais abertos para acolher a proposta que Deus
lhes faz em Jesus. As bem-aventuranças
manifestam, numa outra linguagem, o que Jesus já havia dito no início da sua
atividade na sinagoga de Nazaré: Ele é enviado pelo Pai ao mundo, com a
missão de libertar os oprimidos. Aos pequenos aos simples e humildes. Jesus
diz que Deus os ama e quer oferecer-lhes a vida e a liberdade plenas. Por isso
eles são “bem aventurados”. As “maldições” são o reverso da medalha. Denunciam
a lógica dos opressores, dos poderosos, dos que têm o coração cheio de orgulho
e de autossuficiência e não estão disponíveis para acolher a novidade do
“Reino”. As advertências aos ricos significam que, se eles persistirem numa
lógica de egoísmo, de prepotência, de injustiça, de autossuficiência, não têm
lugar nesse “Reino.
ATUALIZAÇÃO
♦ A lógica do mundo proclama “felizes” os que têm dinheiro (mesmo
se resulta da exploração dos mais pobres), os que têm poder (mesmo que seja
exercido com prepotência e arbitrariedade), os que têm influência (mesmo obtida
na corrupção); mas a lógica de Deus exalta os pobres, os débeis: é a esses que Deus
Se dirige com uma proposta libertadora e convida a fazer parte da sua família. Jesus
traz a Boa Nova que alegra os corações amargurados, os marginalizados, os
oprimidos. Jesus propõe um mundo novo, um mundo de irmãos, onde a
prepotência, o egoísmo, a exploração e a miséria serão banidos e onde os pobres
e marginalizados terão lugar como filhos iguais e amados de Deus.
♦ Vinte e um séculos depois mudou alguma coisa no nosso mundo? somos
tentados a crer que a proposta de Jesus falhou; mas talvez seja mais correto
colocar a questão nestes termos: nós, testemunhas de Jesus, teremos conseguido
passar aos pobres, aos marginalizados, esse projeto libertador?
LEITURA
II – 1 Cor 15,12.16-20
Irmãos: Se
[ ] Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, [ ] . Se é só para a vida presente
que temos posta em Cristo a nossa esperança, somos os mais miseráveis de todos
os homens. Mas não. Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que
morreram.
AMBIENTE
É
continuação da catequese sobre a ressurreição que Paulo apresenta aos
Coríntios.. É preciso recordar que a ressurreição dos mortos, constituía um
sério problema para a mentalidade grega, habituada a ver no corpo uma realidade
negativa, que aprisionava a alma no mundo material; sendo assim, o corpo –
realidade carnal– não podia seguir a alma nessa busca da vida plena, da vida
divina.
MENSAGEM
Se Cristo
ressuscitou, todos ressuscitaremos. Se Cristo não tivesse ressuscitado, suas
propostas não teriam qualquer sentido, “os mais miseráveis de todos os homens”.
A partir da ressurreição de Cristo, podemos acreditar nessa vida plena que Deus
reserva para todos os que O amam. É essa perspectiva que dá sentido à caminhada
que o cristão faz neste mundo: “Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias
dos que morreram”. Jesus ressuscitou não como o único, mas como o primeiro de
uma longa cadeia da qual fazemos parte. Ele arrasta atrás de Si a humanidade
solidária com Ele, até à realização plena, à vida definitiva, à salvação total.
ATUALIZAÇÃO
♦ A certeza
da ressurreição garante-nos que Deus tem um projeto de salvação e de vida para
cada homem.
♦ A nossa vida não é sem sentido e sem finalidade; é uma caminhada
confiante – mesmo no sofrimento e na dor – em direção a essa vida total em que
se revelará o Homem Novo.
♦ Isso não quer dizer que devamos ignorar as coisas boas deste
mundo, vivendo apenas à espera da recompensa futura, no céu
♦ Podemos comprometer nos na luta pela justiça e pela paz, com a
certeza de que a injustiça e a opressão não podem pôr fim à vida que nos anima;
temos uma ressurreição.
(Pobre é o que tem a capacidade de se esvaziar
para o bem do próximo)
O que nos torna felizes, bem aventurados é
quando temos a riqueza para podermos partilhar, nos esvaziar por amor ao
próximo. O pobre, o desprovido de bens, o marginalizado, deve lutar para que
tenha bens para também poder se esvaziar, partilhar. Se não luta, é um
acomodado que não quer ser feliz, pois prefere se acomodar na sua vida. Se luta
e lhe tiram o direito de ter, Deus está com ele, pois o mundo o marginaliza.
Deus está com o que se faz pobre, se esvazia e com o que está pobre porque não
lhe deixam ter para partilhar. Felizes os pobres, porque estes merecem a
felicidade do Reino.
O que nos faz pobres,
como quer Jesus, é a riqueza que se
torna socorro dos pobres, como lemos no texto do juízo final (Mt 25,34-43). 34
então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de
meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo. 35 Porque tive fome, e me destes
de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes;
36 estava nu, e me vestistes; enfermo, e
me visitastes; preso, e fostes ver-me. [ ] 40
O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o
fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.
Jesus se fez pobre
para nos enriquecer com sua pobreza (2Cor 8,9). (9 pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua
pobreza, vos tornásseis ricos.)
Assim temos as demais bem-aventuranças da
fome que será saciada, da lágrima enxugada e da perseguição vencida. Não
podemos entender o termo pobre como apenas aquele que passa necessidades, ou
que é feito assim pelos outros, pois Jesus veio para tirá-los desta situação de
sofrimento. Veio dar a boa-notícia aos pobres (Lc 4,18ss). Ser pobre não está
nos planos de Deus para nós. O que Jesus chama de pobre? São os que se fazem
pobres para dar vida aos pobres. Esse é feliz porque assume a mesma
condição de Jesus. Maria não quis dizer que os pobres iriam ficar ricos para
oprimirem. D. Helder explica; “Nem
pobres, nem ricos, mas todos irmãos”
A Escritura se pergunta por que o rico injusto
prospera e o justo fiel não vai para frente. É o tema da retribuição que nos
questiona também. O salmo reza: “São como o rebanho destinado ao abismo, que a
morte os leva a pastar” (Sl 49,15-16).
Jesus não quer a pobreza. Ele quer que, na
fraternidade, consigamos a felicidade, colocando o amor como critério maior.
1.
Importante é
confiar no Senhor. Isto é ser pobre. Deus sempre esteve do lado dos pobres. Ana
e Maria cantam a mudança de situação. O que a bem-aventurança ensina é que a
riqueza sem a destinação em favor dos pobres nos faz injustos. Deus quer todos
irmãos.
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Para a Celebração da Palavra
(Diáconos ou
ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O
ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO
PAI:
T: Bendito sejais, Senhor nosso Deus!
- Senhor, Sois a
nossa esperança, em Vós pomos a nossa confiança. O Vosso Espírito é como a água
que torna verdejante a erva e faz crescer a árvore, ele nos irriga com a vossa
vida e nos faz produzir os frutos que esperais. Pai, Nós Vos confiamos os
nossos irmãos e irmãs cuja fé secou. Não permitais que os nossos corações se
afastem de Vós.
T: Bendito sejais, Senhor nosso Deus!
- Pai dos pobres,
Deus de misericórdia, bendito sejais pela esperança que revelais aos pobres,
aos pequenos e a todos os feridos da vida, aqueles que a sociedade despreza e
abandona. Vós lhe ofereceis a felicidade do Vosso Reino. Pai, Tantos
companheiros à nossa volta andam à procura da felicidade e não sabemos como os
ajudar. Iluminai-os com o Vosso Espírito.
T: Bendito sejais, Senhor nosso Deus!
- Ó Deus de vida,
nós Vos damos graças pela esperança que nos dais de ressuscitarmos para a Vida
Eterna e Feliz. Pai, Nós Vos confiamos todos os nossos irmãos que ainda ignoram
a luz da ressurreição.
T: Bendito
sejais, Senhor nosso Deus!
- Pai nosso... A Paz...
Eis o Cordeiro...
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