quinta-feira, 20 de junho de 2019

12º DOMINGO DO TEMPO COMUM C, homilias, subsídios homiléticos


12º DOMINGO DO TEMPO COMUM C

SINOPSE:
Tema: “Tomar a cruz” : “Quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”  – isto é, fazer da própria vida um dom aos outros.

A primeira leitura
apresenta-nos um misterioso profeta “ferido de morte”, que trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com Cristo.
No Evangelho Jesus apresenta seu caminho que não é de glória nem de triunfos humanos, mas um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-lo nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.
A segunda leitura Paulo nos diz, que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e percorrer o caminho do amor e do dom da vida.

PRIMEIRA LEITURA (Zc 12,10-11;13,1) Leitura da profecia de Zacarias.
Assim diz o Senhor: “Derramarei sobre a casa de Davi e sobre os habitantes de Jerusalém um espírito de graça e de oração; eles olharão para mim. Ao que eles feriram de morte, hão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele a dor que se sente pela morte de um primogênito. Naquele dia, haverá um grande pranto em Jerusalém, como foi o de Adadremom, no campo de Magedo. Naquele dia, haverá uma fonte acessível à casa de Davi e aos habitantes de Jerusalém, para ablução e purificação”.

AMBIENTE - Depois do anúncio da intervenção de Deus na pessoa de um rei/messias, os textos apresentam-nos um conjunto de oráculos que se referem à salvação e glória de Jerusalém.

MENSAGEM - O profeta anuncia a efusão de um espírito de piedade e de súplica sobre a casa de David e os habitantes de Jerusalém: esse espírito provocará uma transformação interior, numa atitude de confiança e de abertura a Deus.
Tal ação resultará da atividade profética de um misterioso “trespassado”. A figura que melhor ilumina esta passagem ainda é a do “servo sofredor” de Is 53. Como acontece com o “servo de Jahwéh”, o sacrifício deste mártir inocente é fonte de transformação dos corações: um processo de arrependimento e de purificação. João, o autor do Quarto Evangelho, verá em Jesus, morto na cruz e com o coração trespassado pela lança do soldado, a concretização da figura aqui evocada (cf. Jo 19,37).

ATUALIZAÇÃO
¨ Esta figura do “trespassado” faz-nos pensar em todos os “profetas” que lutam pela justiça e são torturados.
¨ Fomos constituídos profetas no momento da nossa opção por Cristo (Baptismo).
¨ Este texto garante-nos que o sofrimento por causa do testemunho profético não é em vão. Do testemunho profético – mesmo quando “cumprido” na dor, na dificuldade, no fracasso aos olhos do mundo – resultará sempre a transformação dos corações, a conversão e, portanto, o nascimento de um mundo novo.

EVANGELHO (Lc 9,18-24) Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
Certo dia, Jesus estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”. Depois Jesus disse a todos: “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim, esse a salvará”.

AMBIENTE - Os discípulos são convidados a tirar as suas conclusões acerca do que viram, ouviram e testemunharam. Quem é este Jesus, que se prepara para cumprir a etapa final de uma vida de entrega, de dom, de amor partilhado?

MENSAGEM - Depois de rezar, Jesus tem sempre uma mensagem importante –que vem do Pai – para comunicar aos discípulos. “Quem é Jesus?” O Povo sonhava com a chegada do libertador anunciado pelos profetas – um grande chefe militar que iria restaurar o império de seu pai David. Jesus não é considerado pelas multidões “o messias”: o Povo identifica-o com Elias, o profeta reservado para o anúncio do grande momento da libertação do Povo de Deus.
Pedro não tem dúvidas em afirmar: “Tu és o messias de Deus”. Dizer que Jesus é o “messias” significa reconhecer nele esse “enviado” de Deus, da linha davídica, que haveria de trazer a libertação. Jesus não discorda da afirmação de Pedro. Ele sabe que sonhavam com um “messias” político, poderoso e vitorioso e apressa-se a desfazer possíveis equívocos e a esclarecer as coisas: Ele é o enviado de Deus para libertar os homens; no entanto, não vai realizar essa libertação não pelas armas, mas pelo amor e pelo dom da vida. No seu horizonte está a cruz: é aí, na entrega da vida por amor, que Ele realizará as antigas promessas de salvação feitas ao seu Povo. Todos são convidados a seguir Jesus, isto é, a tomar – como Ele – a cruz do amor, a renunciar a si mesmo e a fazer da vida um dom.

E Jesus, falando de sua Paixão... Apresenta-se como o "Servo Sofredor", desprezado e rejeitado pelos homens...
o Caminho do Discípulo é o mesmo: "Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me".

Isso implica TRÊS COISAS:
- "Renuncie a si mesmo..."   Libertar-se de toda ambição pessoal.
- "Tome sua cruz cada dia"  Libertar-se do apego à vida e estar pronto a morrer...   nos compromissos diários.
- "E Siga-me..."    Só quem se libertou do eu e do apego à vida, pode seguir Jesus até o fim.
Seguir Jesus não é apenas reconhecê-lo como Messias... é segui-lo no caminho do amor, da verdade e da justiça.

Ainda Hoje, - muitos o reconhecem como um grande Mestre - Mas continuam acreditando que os verdadeiros messias são outros:  os políticos, os generais, os donos das multinacionais...

Quem é Jesus para nós? Cristo é alguém, que está no centro de nossa existência e nos transforma.
“Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; Ainda hoje é assim: o mundo não poderá compreender Jesus em sua verdade última. Uns acham-no um sábio; um iluminado, um filósofo, um revolucionário; Em geral, quase como um mito, bonzinho, romântico, mas sem muita serventia...
               Em Mateus, Jesus claramente: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está no céu” (Mt 16,17). A carne e sangue, isto é, só inteligência humana, não pode alcançar quem é Jesus! Somente na revelação do Pai, isto é, somente na experiência da fé da Igreja, nós podemos ter acesso ao mistério de Cristo, à sua realidade profunda. Portanto, o mundo tem dificuldade de crer, de aceitar o Cristo e as exigências do seu Evangelho! Então, é na escuta fiel e devota da Palavra, na oração pessoal, na vida da comunidade eclesial, no empenho sincero e sacrificado de viver o Evangelho com suas exigências e, sobretudo, na celebração dos santos mistérios que podemos fazer uma experiência autêntica de quem é Jesus. Não cremos simplesmente no Jesus que a ciência ou a história podem apreender; cremos no Cristo crido, adorado, experimentado e anunciado pela Igreja, a partir do testemunho dos apóstolos!
               O núcleo do mistério de Cristo é o mistério de sua cruz. Somente na cruz o discípulo pode reconhecer em profundidade o seu Senhor. Mas, a cruz é uma realidade em nossa vida: a cruz da solidão, do fracasso, da doença, das lágrimas, da pobreza, da morte... Somente quando abraçamos na nossa cruz a cruz de Cristo, podemos, então, compreendê-lo: “renuncie a si mesmo, tome sua cruz, e siga-me!” 
 São Paulo afirmou: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo. Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele... É preciso que rejeitemos um cristianismo bonzinho, que agrade ao mundo! O cristianismo é radical, é escandaloso, é incompreensível ao mundo “A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem!” (1Cor 1,18) –E, no entanto, “para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1,19). Do coração amoroso e ferido do Cristo, brota a vida do mundo; cremos que pela sua encarnação, cruz e ressurreição ele nos deu uma vida nova. Jesus é a nossa verdade, o nosso caminho e o sentido último da realidade. Por isso nele fomos batizados, dele nos alimentamos e nele queremos viver.
Há palavras da Sagrada Escritura que são muito agradáveis ao ouvido: “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará” (Sal 22), “Vinde a mim, vós todos os que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28), “Tudo posso naquele que me conforta” (Fl 4,13), “Tu, que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do Onipotente (…)” (Sal 90).
Outras, ao contrário, são menos agradáveis: “Não podeis servir a Deus e à riqueza” (Mt 6,24), “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens” (Mc 8,33), “vai, vende tudo o que tens e dá-os aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mc 10,21). Poderíamos continuar fazendo uma lista, mas já é suficiente. Talvez, uma dessas palavras incômodas do Evangelho é a de hoje: renúncia. Jesus pede como exigência para segui-lo o renegar-se a si mesmo, tomar a cruz de cada dia, perder (doando) a vida pelo Reino (cf. Lc 9,23-24).
Seguir a Cristo é uma decisão com muitas consequências. Ou se aceita ou não se aceita!
O que não pode acontecer é que, por não conseguirmos fazer as coisas bem, digamos que o bem está mal e que o mal está bem. É justamente o que está acontecendo na sociedade. Como se vê, por exemplo, que há pessoas do mesmo sexo que estão convivendo juntos, a lei se põe do lado deles para assegurar-lhes uma união civil. Esta atitude acaba “legalizando”, isto é, dizendo que “está legal” a união dos homossexuais. E não está! Segundo a Bíblia e a doutrina da Igreja, são pecados graves (Lv 18,22; Rm 1,26-27).
É preciso ser coerentes! A partir do momento que decidimos seguir a Cristo, aceitemos tudo o que ele nos propõe. Não podemos seguir a Cristo mantendo as nossas próprias ideias, quando essas são errôneas. Além do mais, Jesus Cristo não é uma ideia, é uma Pessoa.
Isso pode ser duro para escutar e para pregar no mundo atual, mas é preciso acreditar que as pessoas desejam a verdade, o bem e a autêntica beleza. Jesus Cristo não muda a sua doutrina! Quando Jesus falou da Eucaristia, os seus ouvintes acharam que era uma doutrina muito dura e inadmissível. Jesus Não retirou nenhuma só letra daquilo que tinha dito (cfr. Jo 6,60-67). A Igreja não pode falsificar o Evangelho porque nós somos fracos e nem sempre conseguimos vivê-lo, é o Evangelho quem tem que fortalecer-nos e modificar-nos.
Quem quiser ser seu discípulo, deverá imitá-Lo, não apenas uma vez, mas dia após dia, negando-se a si mesmo – vontade, inclinações, gostos – para se conformar com o Mestre sofredor e crucificado.
A pedagogia de Deus, que consiste em converter o homem não pela força, mas pelo exemplo do amor até o fim. A cruz do dia a dia é nossa participação da cruz do Calvário.
 “À luz da Cruz de Cristo, entendemos que é na dor que se manifesta o amor: a verdade do amor, do nosso amor a Deus e a todos os homens”. O Senhor disse por meio de Neemias: Não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força (Ne 8,10).

ATUALIZAÇÃO ♦¨ O Evangelho de hoje define a existência cristã como um “tomar a cruz” do amor, da doação, da entrega aos irmãos. Supõe uma existência vivida na simplicidade, no serviço humilde, na generosidade, no esquecimento de si para se fazer dom aos outros.
¨ Na sociedade e na Igreja, Como é possível usar bem os talentos que nos são confiados, sem nos deixarmos tentar pelo prestígio, pelo poder, pelas honras?
¨ Quem é Jesus, para nós? É alguém que está no centro da nossa existência, com quem nos identificamos e amamos?

SEGUNDA LEITURA (Gl 3,26-29) Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas. Irmãos, vós todos sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo. Vós todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo. O que vale não é mais ser judeu nem grego, nem escravo nem livre, nem homem nem mulher, pois todos vós sois um só, em Jesus Cristo. Sendo de Cristo, sois então descendência de Abraão, herdeiros segundo a promessa.

AMBIENTE - Continuamos onde se discute se Cristo basta para chegar à salvação ou são precisas também as obras da Lei. Já sabemos que, para Paulo, só Cristo salva e não as leis de Moisés.

MENSAGEM - Paulo recorda que pelo Batismo, os crentes foram “revestidos de Cristo” e tornaram-se “filhos de Deus”. “revestidos de Cristo” significa que Cristo se estabeleceu uma relação que não é apenas exterior: pelo Batismo os cristãos tornaram-se, como Ele, pessoas que renunciaram à vida velha do egoísmo e do pecado, para viverem a vida nova da entrega a Deus e do amor aos irmãos. Em todos os crentes circula, agora, a vida do próprio Cristo; essa vida veste-os completamente, da cabeça aos pés.
A primeira consequência que daqui resulta é que os cristãos são livres: eles receberam de Cristo uma vida nova e não estão mais sujeitos à escravatura do egoísmo, do pecado e da morte.
A segunda consequência que daqui resulta é que os cristãos são iguais. Identificados com Cristo (porque todos – judeus e não judeus, homens e mulheres – foram revestidos da mesma vida), não há qualquer discriminação quanto à raça, ou ao sexo; todos são “filhos”, com igual direito quanto à herança (todos filhos do mesmo Pai e todos têm acesso, em Cristo, à mesma vida plena). A “salvação” que Cristo trouxe significa a igualdade fundamental de todos.

ATUALIZAÇÃO ¨ O cristão se “revestiu de Cristo”. Significa que assumimos o compromisso de viver como Cristo, de assumir os seus valores, de fazer da nossa vida um dom de amor, de nos entregarmos para construir um mundo de justiça e de paz para todos.
¨ Para os judeus as mulheres eram discriminadas. “Dou-te graças, Deus altíssimo – diz uma célebre oração rabínica – porque não me fizeste pagão, escravo ou mulher”. Paulo proclama, neste texto, que, a partir da nossa identificação com Cristo, toda a discriminação entre os homens e, sobretudo entre os cristãos, carece de sentido.

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Tu és o Cristo

Estamos aqui reunidos, porque somos "cristãos". Mas quem é Cristo para você?

A Palavra de Deus nos propõe a descobrir em Jesus o "Messias" de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida, e convida cada "cristão" a fazer da própria vida um dom generoso aos irmãos.

A 1ª Leitura apresenta o profeta anuncia e descreve a imagem do Messias:
um homem justo e inocente "transpassado", um servo sofredor,que desperta uma atitude de conversão e volta a Deus. João identificou esse misterioso personagem com Jesus. (Zc 12,10-11;13,1)

A 2ª Leitura afirma que, pelo Batismo, fomos "REVESTIDOS de Cristo". Por isso, devemos renunciar à vida velha do egoísmo e do pecado, para viver a vida nova da entrega a Deus e do amor aos irmãos. (Gl 3,26-29)

No Evangelho temos a profissão de fé de Pedro no Messias e o anúncio da Paixão. (Lc 9,18-24)

No final de sua atividade na Galiléia, Jesus, depois de ter ORADO, provoca os Apóstolos a dizer o que pensam dele, de sua identidade e Missão:

"Quem sou eu no dizer do POVO?"
Estranha curiosidade: Cristo interessado em saber o que os outros pensam dele.
Até parece um levantamento de IBOPE para verificar sua popularidade...
- Responderam-lhe: "João Batista... Elias... ou um dos antigos profetas..."
* Reconhecem em Jesus um grande Mestre, um grande operador de milagres,
mas um HOMEM apenas...

- Os DISCÍPULOS deviam ter uma idéia mais amadurecida, pois foram testemunhas de seus milagres e
destinatários privilegiados de sua doutrina. Por isso, acrescenta:

"Mas PARA VÓS, tornou Jesus, QUEM SOU EU?”
- Pedro, em nome de todos, responde: "Tu és o CRISTO de Deus"
A resposta era exata, eco da profecia de Isaías...
Pedro reconhece o Messias...  - Mas que Messias?
Como esperavam todos os judeus e os demais apóstolos: um "messias" político, poderoso e vitorioso? Por isso não era tudo...

E Jesus completa, apontando "O Caminho de Jesus", falando pela primeira vez de sua Paixão...
Apresenta-se como o "Servo Sofredor", desprezado e rejeitado pelos homens, na expressão usada pelo profeta...
Para os discípulos, que esperavam um Messias-Rei, tal afirmação deve ter sido dura e decepcionante...

Mas Jesus não volta atrás, pelo contrário, reafirma que o Caminho do Discípulo é o mesmo:
"Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia, e siga-me".

Ele irá à frente para dar o exemplo: Será o primeiro a levar a cruz. Quem quiser ser seu discípulo, há de imitá-lo.
E conclui: "Aquele que quiser salvar a sua vida, vai perdê-la; mas quem a perder, por minha causa, esse se salvará".

Isso implica TRÊS COISAS:
- "Renuncie a si mesmo..."
    Libertar-se de toda ambição pessoal. Libertar-se de todas as seguranças em que se apoia o próprio eu, para estar disponível a seguir a Jesus.
- "Tome sua cruz cada dia"
    Libertar-se continuamente do apego à vida e estar pronto a morrer...   nos compromissos diários do cristão.
    A Cruz é Sinal do cristão. Está presente em toda parte, com muitos nomes...
- "E Siga-me..."
    Só quem se libertou do eu e do apego à vida, pode seguir Jesus até o fim, abandonando-se a Deus em favor dos homens.

Seguir Jesus não é apenas reconhecê-lo como Messias... acreditar apenas num pacote de verdades aprendidas na catequese... é segui-lo no caminho do amor, da verdade e da justiça.

Ainda Hoje,
- muitos o reconhecem como um grande Mestre que pregou o amor, a fraternidade, a paz, a justiça;
- o admiram pela atenção dada aos pobres e excluídos;
- o apreciam pela sua coragem, pela sua coerência, pela sua nobreza de espírito, pela sua fortaleza diante da morte...
- Mas continuam acreditando que os verdadeiros messias são outros:  os políticos, os generais, os donos das multinacionais...

Quem é Jesus para nós?

A pergunta de Jesus é ainda atual. Não é apenas uma sondagem de opinião...
Não é suficiente saber o que os outros dizem... é fundamental o que diz a nossa experiência de fé, de esperança e de amor...
Cristo é alguém, que está no centro de nossa existência, cuja vida circula em nós e nos transforma, com quem dialogamos, com quem nos identificamos e a quem amamos?

- Estamos dispostos a segui-lo, também na cruz?
- Reconhecemos Cristo no irmão necessitado, sofredor...  no MIGRANTE, cujo Dia Nacional hoje comemoramos?

                              Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Pedrinho

Meus irmãos e irmãs, a pergunta de Jesus, hoje, é dirigida a todos nós. A pergunta de Jesus é: “Quem dizem os homens que eu sou”? Isto é importante para cada um de nós. Às vezes, as pessoas pensam que Jesus é um empecilho na vida! É um empecilho, porque não dá para viver o que ele nos pede. Bom, isto são os outros. Mas, Jesus diz: “E você”? O que é que pensa sobre Jesus? Quem é Jesus para você? O que os outros pensam, não importa tanto. Importa o que eu penso. Ora, por que as pessoas acham que Jesus é um empecilho? Porque nós só conseguimos enxergar Jesus há dois mil anos atrás. Nós não conseguimos perceber Jesus vivo hoje. É evidente, que se eu for viver como eles viviam há dois mil anos atrás, eu não vou conseguir o que Jesus me pede. Claro! Ele diz: “Não leveis duas túnicas”. Mas, a única vez que usamos a túnica é durante a celebração. Então, eu vou ter que andar de túnica agora? “Não sou digno nem de desatar as correias de sua sandália”. Eu vou ter que andar de sandália? “Mais fácil é um camelo passar pelo buraco de uma agulha”. Então, eu vou ter que andar de camelo? Não é assim, a questão. Eu não devo estar preocupado como Jesus vivia em seu tempo, há dois mil anos atrás, mas eu devo recuperar os gestos realizados por Jesus. Isto, às vezes, sequer paramos para pensar. Quais foram os gestos realizados por Jesus? Porque hoje estes gestos podem ser vividos, sim. Há dois mil anos atrás as pessoas se amavam. Hoje continuam se amando. Há dois mil anos atrás as pessoas se odiavam. Hoje continuam se odiando. Então, os gestos, os compromissos com o irmão ou o ignorar o irmão, pode ser feito da mesma maneira, que foi feito há dois mil anos atrás.
Quais são os gestos de Jesus? Ora, um deles, tomou o pão, partiu e deu aos discípulos. Ora, este é um gesto de dois mil anos atrás, que pode se repetir hoje: partir o pão. O que significa partir o pão? Primeiro, significa que temos que sentar à mesa. Claro. Se eu não tenho o hábito de me encontrar com os irmãos ao redor da mesa, então, não adianta. Este gesto não vai dar para ser vivido, é evidente. É claro, que não se condena ninguém, pois sabemos como é corrido o nosso dia a dia, mas podemos sim, abrir um espaço pelo menos uma vez por semana, para sentar-se ao redor da mesa, a família e aí partir o pão, sim. É muito interessante observar, que quem não exercita à mesa, vira bicho. Infelizmente, hoje estão colocando cachorro e gato à mesa e as pessoas estão indo para fora da mesa. Mas, isto são os outros. Nós preservamos este valor; eu tenho que me sentar à mesa, porque é na mesa, que vou descobrir o que é partir o pão. Ah, mas nem comemos pão, pois engorda! Pão é um símbolo! É um símbolo de partilhar a vida. Creiam no que digo: Jesus reservou um tempo imenso da sua vida? Não. Três anos, mas para partilhar com os discípulos tudo aquilo que julgava importante. Agora, nós cremos que Jesus é Deus. Portanto, se nós não tivermos o tempo de Jesus, mais ou menos, será que somos mais ocupados do que ele?  Quantas pessoas dependem da minha atenção? Vinte, trinta, cinquenta? Quantas pessoas tem no mundo? Bilhões? Então, não vamos dizer que somos mais ocupados que Deus. Não. Aí é uma questão de opção. É uma questão de escolha.
Eu estou muito feliz e creio que os catequistas também, porque vocês optaram por partilhar com seus filhos também, um tempo para a catequese. Eu sei o quanto é complicado. Por dois anos os pais trazem os filhos, levam os filhos para a catequese. Ora, mas é uma hora por semana! Jesus partilhou três anos dando catequese para aquele grupo! Mas, Jesus chegou lá. “Para vocês, quem eu sou”? – “Tu és o Cristo de Deus”. Ah, se nós ouvirmos esta resposta de todos que fazem a catequese, atingimos o objetivo.
Ah, mas eles já nasceram sabendo que Jesus é o Cristo. Isto não vale! Olhe o que Jesus disse para Pedro: “Não conte isto para ninguém”. Por que? Não é para saber que Jesus é o Cristo? Não adianta saber com a cabeça. Tem que saber com o coração. É com convicção. É algo que não aprendo nos livros, mas eu experimento na vida. Não vai adiantar eu lhe falar, que Jesus é importante, se você não descobrir esta importância. Você vai achar até interessante, mas não vai além disto. Então, pedir a graça de Deus, primeira leitura de hoje, é fundamental, para que eu possa experimentar Jesus. Mas, eu experimento Jesus, se eu quiser fazer a experiência. É tão interessante, Ana Maria Braga fala isto. Ela falou: “Todas as receitas que eu transmito para vocês, eu experimento antes, para ver se dá certo”. Ora, se eu faço isto com uma receita de bolo, eu teria que fazer com Jesus também, pois Ele é muito mais importante. Como vou transmitir para o outro que Jesus é o Messias, se antes eu não experimentar? Eu tenho que fazer esta experiência. Esta experiência nós fazemos na medida que nos propomos a sentarmos juntos e sentir presente o Cristo vivo que está aqui. Como é que vivemos os valores ensinados por Jesus? Tenho certeza que a maioria, se não todos, vivem isto, mas não tem o hábito de parar para pensar. É o que chamamos oração. Não temos o hábito e achamos que a oração é só o Pai nosso e a Ave Maria, quando na realidade no final do dia seria nos perguntar: como eu experimentei Jesus hoje?  Aí, você vai se lembrar, que deu passagem para um carro, deu o seu lugar para alguém que precisava sentar-se, que deu um trocado para alguém que pediu, que deixou o que estava fazendo para ir ajudar alguém que pediu ajuda, você vai ver, que muitos gestos da sua vida, são gestos que Jesus realizou. Aí, você diz: Senhor, eu vos agradeço, pois hoje vivi muitos gestos que você me ensinou a dois mil anos. Também, haverá momentos que diremos: Senhor, eu não consegui fazer o que você me ensinou; foi sem maldade, eu não pensei direito e acabei deixando de fazer os seus gestos que você me ensinou. Senhor, tende piedade de mim. Me ajude a viver isto. Eu lhe garanto: sua vida será muito melhor, porque, quando agente sente, experimenta Jesus em nossa vida, agente descobre o que significa Ele ter dado a sua vida para nos salvar. Ele nos ensina um caminho seguro. Ele nos ajuda a fazer de nossa vida um estímulo e uma esperança para os outros. Quanta gente está sem esperança! Nós podemos ajuda-las. Obrigado aos pais que trouxeram seus filhos para participar conosco e aprender conosco, pois vocês e eles serão os grandes beneficiados. Aonde se fala de amor e de Deus, aí nós temos concórdia, harmonia, fraternidade, e assim por diante.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Pedrinho – Diocese de Santo André – SP.

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Homilia de D. Henrique Soares da Costa

A Palavra que hoje escutamos coloca-nos diante da questão fundamental de nossa fé: quem é Jesus de Nazaré? Sejamos espertos; estejamos atentos a um detalhe importantíssimo: Jesus distingue a pergunta sobre a opinião do mundo daquela outra, sobre a fé dos discípulos. “Quem diz o povo que eu sou?” E as opiniões são humanas e, portanto, incompletas, parciais, superficiais: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. Ainda hoje é assim: o mundo não poderá jamais compreender Jesus em sua profundidade e verdade última. Uns acham-no um sábio; outros, um iluminado, ou um filósofo, ou um humanista, ou um revolucionário romântico, do tipo Che Guevara; outros acham-no, sinceramente um alienado ou um falso profeta... Em geral, o mundo atual, vê-lo quase como um mito, bonzinho, romântico, mas sem muita serventia prática...
                Mas, Jesus, pergunta aos discípulos, pergunta a nós: “E vós, quem dizeis que eu sou?” A resposta de Pedro é perfeita, é completa: “Tu és o Cristo, o Ungido, o Messias de Deus”. Esta resposta não veio da lógica humana, da inteligência ou da esperteza de Pedro. Em Mateus, Jesus afirma-o claramente: “Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim o meu Pai que está no céu” (Mt 16,17). A afirmação do Senhor é clara, direta e gravíssima: carne e sangue, isto é, a só inteligência humana, não pode alcançar quem é Jesus! Somente na revelação do Pai, isto é, somente na experiência da fé da Igreja, nós podemos ter acesso ao mistério de Cristo, à sua realidade profunda. Portanto, não nos deve surpreender se o mundo tem dificuldade de crer realmente, de aceitar seriamente o Cristo e as exigências do seu Evangelho! Não devemos nos importar muito com o que as revistas e as ciências (história, sociologia, antropologia...) dizem a respeito de Jesus. Elas não conseguem penetrar no núcleo do seu mistério; ficam sempre no limiar, na soleira. Então, é na escuta fiel e devota da Palavra, na oração pessoal, na vida da comunidade eclesial, no empenho sincero e sacrificado de viver o Evangelho com suas exigências e, sobretudo, na celebração dos santos mistérios que podemos fazer uma experiência autêntica de quem é Jesus. Não cremos simplesmente no Jesus que a ciência ou a história podem apreender; cremos no Cristo crido, adorado, experimentado e anunciado pela Igreja, a partir do testemunho dos apóstolos!
                Mas, tem mais! O núcleo do mistério de Cristo é o mistério de sua cruz. Observe-se bem: assim que Pedro afirma que Jesus é o Messias, ele precisa, esclarece que tipo de Messias ele é: "O Filho do homem deve sofrer muito, ser rejeitado... deve ser morto e ressuscitar ao terceiro dia”. Somente na cruz o discípulo pode reconhecer em profundidade o seu Senhor. Mas, a cruz não é uma teoria; é uma realidade em nossa vida e na vida do mundo: a cruz da solidão, do fracasso, da doença, das lágrimas, da pobreza, da morte... Somente quando abraçamos na nossa cruz a cruz de Cristo, podemos, então, compreendê-lo: “Se alguém me quer seguir, quer ser meu discípulo, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me!” Fora da cruz, fora do seguimento de Cristo até o fim, não há verdadeiro conhecimento do Senhor, não há a mínima possibilidade de uma verdadeira comunhão com ele. São Paulo nos emociona, quando afirmou: “O que era para mim lucro eu o tive como perda, por amor de Cristo. Mais ainda: tudo eu considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor. Por ele, eu perdi tudo e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele.. para conhecê-lo, conhecer o poder da sua ressurreição e a participação nos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição” (Fl 3,7-11). É preciso que rejeitemos claramente um cristianismo bonzinho, que agrade ao mundo! O cristianismo é radical, é escandaloso, na sua essência, é incompreensível ao mundo “A linguagem da cruz é loucura para aqueles que se perdem!” (1Cor 1,18) – Será que não andamos meio esquecidos disso? E, no entanto, “para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus” (1Cor 1,19). Na fé, contemplamos a cruz do Senhor, tão dura para ele e para nós, e vemos nela a fonte de purificação e de vida de que fala a primeira leitura da missa de hoje. Do coração amoroso e ferido do Cristo, brota a vida do mundo e o sentido último da nossa existência. As palavras são impressionantes: “Derramarei um Espírito de graça e de oração... Eles olharão para mim. Quanto ao que traspassaram, haverão de chorá-lo, como se chora a perda de um filho único, e hão de sentir por ele o que se sente pela morte de um primogênito. Naquele dia, haverá uma fonte acessível para a ablução e a purificação”.
                Eis o escândalo: não cremos na tocha olímpica, não cremos que a globalização trará a salvação, não cremos que a ciência salve o ser humano dos demônios e monstros do seu coração, não cremos que a tecnologia nos faça mais felizes, não cremos que o esporte traga a paz universal, não esperamos que o prazer e o poder nos saciem o coração! Não somos idólatras para a perdição! Cremos que Jesus é o Cristo; cremos que pela sua encarnação, cruz e ressurreição ele nos deu uma vida nova, uma torrente de vida na potência do seu Espírito Santo. Cremos que Jesus é a nossa verdade, o nosso caminho e o sentido último da realidade. Por isso nele fomos batizados, dele nos alimentamos e nele queremos viver.
               Quando levarmos isso a sério, seremos cristãos e iluminaremos o mundo. Que o Senhor no-lo conceda por sua misericórdia. Amém.

D. Henrique Soares
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Por: Pe. André Vital Félix da Silva, SCJ
No centro da perícope evangélica deste XII Domingo do Tempo Comum está o primeiro anúncio que Jesus faz da sua Paixão, Morte e Ressurreição (segundo anúncio: Lc 9,44s). Entre a confissão de Pedro e a apresentação das condições para seguir a Jesus, Lucas insere este dado fundamental, pois evidencia quem é Jesus. É a sua identidade que o distinguirá de todas as expectativas messiânicas do tempo. Portanto, Jesus não é um Messias revolucionário, revanchista e dominador. Não é um reformador religioso, que pretende dar retoques na instituição oficial, nem muito menos um agitador do povo para promover uma depredação dos símbolos da tradição religiosa do seu povo. Mas é o servo sofredor que, como cordeiro levado ao matadouro, não abriu a boca; é o Filho do homem que, pregado na cruz e não sentado num trono, anunciará que o Reino de Deus se consolida à medida que se exerce a autoridade de um modo novo e, por conseguinte, legítimo, isto é, o serviço: “Estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22,27).
A pergunta que Jesus dirige aos discípulos, em dois tempos, não indica uma ignorância em relação à opinião do povo e dos seus discípulos sobre si, mas é uma forma didática (pergunta retórica) utilizada pelo Mestre para que os próprios discípulos sejam instruídos de forma correta e coerente sobre a identidade Daquele cujo caminho e destino eles são chamados a assumir. A resposta do povo (Elias, João Batista, um dos antigos profetas que ressuscitou) exclui a possibilidade de reconhecer Jesus como o Messias (o Cristo) de Deus; no máximo Ele é visto como um profeta que antecede a chegada daquele Messias esperado por Israel, projetado de acordo com os interesses e expectativas de cada grupo. Reconhecer Jesus apenas como um dos profetas ou mesmo como um sábio é fechar-se à novidade trazida por Ele, ou seja, a salvação. Diante dessa visão reducionista da sua pessoa e missão, Ele mesmo denuncia: “Aqui está alguém maior do que Salomão (sábio), aqui está alguém maior do que Jonas (profeta)” (Lc 11,31.32). Por outro lado, a resposta dos discípulos (Pedro): “O Cristo de Deus”, apesar de ser correta teoricamente, ainda não é completa, pois só na cruz não haverá mais ambiguidade em relação ao verdadeiro Messias: “O centurião, vendo o que acontecera, glorificava a Deus, dizendo: ‘Realmente, este homem era justo” (Lc 23,47). Por isso, “Jesus lhes proibiu severamente de anunciar isso a alguém”.
A unção (grego Christos: ungido) de Jesus não se deu por um ritual, como se fazia com reis no Antigo Testamento, mas é ungido porque o “Espírito Santo está sobre Ele, consagrou-o e enviou-o para evangelizar os pobres, proclamar a remissão aos presos, aos cegos a recuperação da vista, a liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça do Senhor” (Lc 4,16-19). 
Exclusiva de Lucas é a informação de que Jesus fez a pergunta aos discípulos num “certo dia quando orava em particular”. A oração é uma constante na vida de Jesus e Lucas faz questão de evidenciar isto. Portanto, este momento no qual Jesus revela que é o Messias, o servo sofredor, está coerentemente sintonizado com as outras circunstâncias importantes da sua vida, onde o marco referencial é a oração; no Batismo: “No momento em que Jesus, também batizado, achava-se em oração” (Lc 3,21); depois que realizava curas: “Eles, porém, permanecia retirado em lugares desertos, e orava” (Lc 5,16); na escolha dos discípulos: “foi à montanha para orar, e passou a noite inteira em oração a Deus. Depois que amanheceu, chamou os discípulos e dentre eles escolheu doze” (Lc 6,12-13); na Transfiguração: “Tomando consigo Pedro, João e Tiago, subiu à montanha para orar. Enquanto orava...” (Lc 9,28.29); quando ensina a orar: “Estando num certo lugar, orando, ao terminar, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11,1); predizendo a negação de Pedro, assegura: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti” (Lc 22,31.32); no Horto das Oliveiras na iminência da sua morte: “Afastou-se deles... e dobrando os joelhos, orava” (Lc 22,41); na cruz ora ao Pai: “Pai, perdoai-lhes: não sabem o que fazem” (Lc 23,35); no reencontro com os discípulos (Emaús), pronuncia a oração de ação de graças (bênção): “Tomou o pão, abençoou-o...” (Lc 24,30); e, por fim, despedindo-se dos seus discípulos, mais uma vez pronuncia a oração de bênção sobre eles (Lc 24,51). 
Portanto, a oração é momento privilegiado para Jesus se revelar, e experiência imprescindível para nós o conhecermos. Fazendo experiência de encontro com Ele, que nos convida a seguir seus passos, assumiremos a sua vida e missão, ainda que devamos perder a vida por causa Dele. É na oração que fazemos o discernimento do chamado. É na oração que encontramos força para renunciar a tudo o que nos impede de segui-lo. É na oração que reconhecemos que a cruz é a verdadeira seta a orientar nossos passos rumo à plenitude de vida. 
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e ministros extraordinários da Palavra):

 LOUVOR: QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR:
Pres. O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
Pres. Por Jesus, COM JESUS e em Jesus, NA FORÇA DO ESP. SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor, nós vos agradecemos pela vossa bondade.
Pres. Pai, olhando para vosso Filho crucificado, descobrimos quão grande é o vosso amor por nós. Pela vossa graça, no batismo nos tornamos vossos filhos prediletos e assumimos a missão da construção de vosso Reino.
T: Senhor, nós vos agradecemos pela vossa bondade.
Pres. Pai, nós Vos louvamos pela nossa transformação, pois pela vossa graça fomos revestidos de Cristo e pertencemos a um só povo que caminha rumo ao vosso Reino.
T: Senhor, nós vos agradecemos pela vossa bondade.
Pres. Pai, nós também afirmamos como os apóstolos; Jesus é o nosso messias, o envidado que nos dá a libertação e a vida eterna.
T: Senhor, nós vos agradecemos pela vossa bondade.
Pres. Pai, enviai-nos o Espírito Santo para que sejamos fortalecidos em nossa fé e tenhamos mais ardor e coragem para transportar nossa cruz na construção da paz. Dai-nos um coração cheio de amor para com nossos irmãos e irmãs. PAI, a Vós elevamos a oração que Jesus nos ensinou:
Pres. PAI NOSSO...    A PAZ DE CRISTO...  EIS O CORDEIRO...




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