quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

3º Domingo do Tempo Comum ano A, homilias, subsídios homiléticos


3º Domingo do Tempo Comum ano A 2020

Tema: O projeto do “Reino”. Jesus é a grande luz do mundo.
Primeira leitura: Isaías anuncia uma luz que irá brilhar e será o fim das trevas, da morte, da injustiça, do sofrimento.
Evangelho: Jesus é a luz que começa a brilhar e propõe a todos a Boa Nova da chegada do “Reino”.
II leitura: Paulo exorta as comunidades a redescobrir os fundamentos da fé e dos compromissos do batismo.

PRIMEIRA LEITURA (Is 8, 23b-9,3) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
No tempo passado o Senhor humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações. O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo que oprimia o povo, - a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais - tu os abateste como na jornada de Madiã.

AMBIENTE: O profeta Isaías alimenta a esperança do Povo nesse mundo de justiça e paz que um dia Deus fará acontecer.. Estamos no final do séc. VIII a.C.. Os assírios (que em 721 a.C. conquistaram Samaria) oprimem as tribos na região norte do país (Zabulon e Neftali); as trevas da desolação e da morte cobrem toda a região setentrional da Palestina.
No sul, em Jerusalém, reina Ezequias. O rei, desprezando as indicações do profeta (alianças políticas com os povos estrangeiros são sintoma de infidelidade para com Jahwéh, pois significam colocar a confiança e a esperança nos homens), envia embaixadas ao Egito, à Fenícia e à Babilônia, procurando consolidar uma frente contra a maior potência da época – a Assíria. Senaquerib, rei da Assíria, tendo vencido sucessivamente os membros da coligação, volta-se contra Judá, devasta o país e põe cerco a Jerusalém (701 a.C.). Ezequias tem de submeter-se e pagar um pesado tributo aos assírios.
Por essa época, desiludido com os reis e com a política, o profeta teria começado a sonhar com uma intervenção de Deus para oferecer ao seu Povo um mundo novo, de liberdade e de paz sem fim.

MENSAGEM: O profeta fala de “uma luz” que irá começar a brilhar por cima dos montes da Galileia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará “as trevas” que mantinham o Povo oprimido e sem esperança e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim. O jugo da opressão que pesava sobre o Povo será, então, quebrado e a paz deixará de ser uma miragem para se tornar uma realidade. Para descrever esta alegria, o profeta utiliza duas imagens: no fim das colheitas, toda a gente dança feliz, celebrando a abundância dos alimentos; após a caçada, os caçadores dividem a presa abundante. Será Deus quem quebrará a vara do opressor, quem levantará o jugo que oprime o Povo de Deus. O mundo novo de alegria e de paz sem fim é um dom de Deus. Na sequência, Isaías ainda fala num “menino”, enviado por Deus para restaurar o trono de David e para reinar no direito e na justiça (cf. Is 9,5-6). É a promessa messiânica em todo o seu esplendor.

ATUALIZAÇÃO • É Jesus, a luz que dá sentido pleno a esta profecia. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as trevas e as sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo da justiça, da paz, da felicidade.
• Acolher Jesus é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens. Como lidamos com as situações de injustiça, de opressão, de conflito, de violência: com a indiferença de quem sente que não tem nada a ver com isso, ou com a inquietação de quem se sente responsável pela instauração do “Reino de Deus” entre os homens?
• Em que, ou em quem, coloco a minha esperança e segurança: nos políticos, No dinheiro? Isaías sugere que só podemos confiar em Deus e na sua proposta de vida e de paz.

SALMO RESPONSORIAL / 26 (27)
O Senhor é a minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
• O Senhor é a minha luz e salvação; / de quem eu terei medo? /
O Senhor é a proteção da minha vida; / perante quem eu tremerei?
• Ao Senhor eu peço apenas uma coisa, / e é só isto que eu desejo: /
habitar no santuário do Senhor / por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor
/ e contemplá-la no seu templo.
• Sei que a bondade do Senhor eu hei de ver / na terra dos viventes. /
Espera no Senhor e tem coragem, / espera no Senhor!

EVANGELHO (Mt 4,12-23) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e, para os que viviam na região escura da morte, brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.

AMBIENTE: O texto do Evangelho encerra a etapa da preparação de Jesus para a missão e lança a etapa do anúncio do Reino. O texto situa-nos na Galileia, zona de população mesclada e ponto de encontro de muitos povos.

MENSAGEM: Mateus refere como Jesus abandona Nazaré e se transfere para Cafarnaum. Mateus descobre nesse fato um significado profundo, à luz de Is 8,23-9,1: a “luz” que havia de eliminar as trevas e as sombras da morte de que fala Isaías é, para Mateus, o próprio Jesus. Na terra humilhada de Zabulão e Neftali, vai começar a brilhar a luz da libertação; e essa libertação vai atingir, também, os pagãos que acolherem o anúncio do Reino. O anúncio libertador de Jesus apresenta, desde logo, uma dimensão universal.
Na segunda parte (cf. Mt 4,17-23), Mateus apresenta o lançamento da missão de Jesus: define-se o conteúdo básico da pregação que se inicia, mostra-se o “Reino” como realidade viva atuante, apresentam-se os primeiros discípulos que acolhem o apelo do “Reino” e que vão acompanhar Jesus na missão. Jesus veio trazer “o Reino”. A expressão “Reino de Deus” (ou “Reino dos céus) refere-se, no Antigo Testamento e na época de Jesus, ao exercício do poder soberano de Deus sobre os homens e sobre o mundo. Decepcionado com a forma como os reis humanos exerceram a realeza, o Povo de Deus começa a sonhar com um tempo novo, em que o próprio Deus vai reinar sobre o seu Povo; esse reinado será marcado pela justiça, pela misericórdia, pela preocupação de Deus em relação aos pobres e marginalizados, pela abundância e fecundidade, pela paz sem fim. Jesus tem consciência de que a chegada do “Reino” está ligada à sua pessoa. O seu primeiro anúncio resume-se, para Mateus, no seguinte slogan: “arrependei-vos ('metanoeite') porque o Reino dos céus está a chegar”. O convite à conversão (“metanóia”) é um convite a uma mudança radical na mentalidade, nos valores, na postura vital. Corresponde a um reorientar a vida para Deus de modo a que Deus e os seus valores passem a estar no centro da existência do homem; só quando o homem aceita que Deus ocupe o lugar que lhe compete, está preparado para aceitar a realeza de Deus… Então, o “Reino” pode nascer e tornar-se realidade no mundo e nos corações.
Na sequência, Mateus apresenta Jesus construindo o “Reino”: as suas palavras anunciam essa nova realidade e os seus gestos (os milagres, as curas, as vitórias sobre tudo o que rouba a vida e a felicidade do homem) são sinais evidentes de que Deus começou já a reinar e a transformar a escravidão em vida e liberdade.
Finalmente, Mateus descreve o chamamento dos primeiros discípulos (vers. 18-22). Não se trata de um relato jornalístico de acontecimentos, mas de uma catequese sobre o chamamento e a adesão ao projeto do “Reino”. Através da resposta pronta de Pedro e André, Tiago e João, propõe-se um exemplo da conversão radical ao “Reino” e de adesão às suas exigências.
O relato sublinha uma diferença entre os chamados por Jesus e os discípulos que se juntavam à volta dos mestres do judaísmo: não são os discípulos que escolhem o mestre e pedem para entrar no seu grupo, como acontecia com os discípulos dos “rabbis”; mas a iniciativa é de Jesus, que chama os discípulos que Ele próprio escolheu, que os convida a segui-lo e lhes propõe uma missão. A resposta dos quatro discípulos ao chamamento é paradigmática: renunciam à família, ao seu trabalho, às seguranças instituídas e seguem Jesus sem condições. Esta ruptura (que significa não só uma ruptura afetiva com pessoas, mas também a ruptura com um quadro de referências sociais e de segurança econômica) indicia uma opção radical pelo “Reino” e pelas suas exigências.
Uma palavra para a missão que é proposta aos discípulos que aceitam o desafio do “Reino”: eles serão pescadores de homens. O mar é, na cultura judaica, o lugar dos demônios, das forças da morte que se opõem à vida e à felicidade dos homens; a tarefa dos discípulos que aceitam integrar o “Reino” será, portanto, libertar os homens dessa realidade de morte e de escravidão em que eles estão mergulhados, conduzindo-os à liberdade e à realização plenas.
Estes quatro discípulos representam todo o grupo dos discípulos, de todos os tempos e lugares… Eles devem responder positivamente ao chamamento, optar pelo “Reino” e pelas suas exigências e tornarem-se testemunhas da vida e da salvação de Deus no meio dos homens e do mundo.

ATUALIZAÇÃO • Jesus é o Deus que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade e de paz sem fim. N’Ele e através d’Ele, o “Reino” aproximou-se dos homens, para se tornar numa realidade em construção no mundo. Jesus é a incrível história de amor, protagonizada por um Deus que não cessa de nos oferecer oportunidades de realização e de vida plena. Sobretudo, enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados. Para eles, ouvir dizer que “o Reino chegou” significa que Deus quer oferecer-lhes essa vida plena e feliz que os grandes e poderosos insistem em negar-lhes.
• Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a “conversão”. Para que Deus ocupe o primeiro lugar na vida do homem, Implica despir-se do egoísmo; implica a renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os valores do Evangelho.
• A história do compromisso de Pedro e André, Tiago e João com Jesus e com o “Reino” é uma história que define os traços da caminhada de qualquer discípulo… É preciso ter consciência de que é Jesus que chama e que propõe o Reino; em segundo lugar, é preciso ter a coragem de aceitar o chamamento e fazer do “Reino” a prioridade essencial; em terceiro lugar, é preciso acolher a missão que Jesus confia e comprometer-se corajosamente na construção do “Reino” no mundo.
• A missão dos que escutaram o apelo do “Reino” passa por testemunhar a salvação que Deus tem para oferecer a todos os homens. Nós, discípulos de Jesus, comprometidos com a construção do “Reino”, somos testemunhas da libertação. Aqueles que vivem condenados à marginalização já receberam, através do nosso testemunho, a Boa Nova do “Reino”?
• A lógica do “Reino” não é uma lógica de violência, de vingança, de destruição; mas é uma lógica de amor, de doação da vida, de comunhão fraterna, de tolerância, de respeito pelos outros. A tentação da violência é uma tentação diabólica, que só gera sofrimento e escravidão: aí, o “Reino” não está.

SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,10-13.17) Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
Irmãos, eu vos exorto, pelo nome do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. Digo isso, porque cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de Cefas”; ou “Eu sou de Cristo!” Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados? De fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de Cristo da sua força própria.

AMBIENTE: Paulo estava em Éfeso, Quando escreveu a primeira carta aos Coríntios. Após a partida de Paulo, tinha aparecido na cidade um pregador cristão – um tal Apolo, judeu de Antioquia, convertido ao cristianismo. Era mais eloquente do que Paulo. Formaram-se partidos na comunidade: uns admiravam Paulo, outros Cefas (Pedro), outros Apolo (cf. 1 Cor 1,12). A situação preocupou Paulo: além dos conflitos que a divisão provocava, estava em causa a essência da fé. O cristianismo corria o perigo de se tornar mais uma escola de sabedoria, cuja validade dependia do brilho dos mestres do seu poder de convicção.

MENSAGEM: Para Paulo, o cristianismo não era uma filosofia de vida, mas era a adesão a Jesus Cristo, o único e verdadeiro mestre. É Cristo e só Cristo a única fonte de salvação. Ser batizado é fazer parte do corpo de Cristo e participar no acontecimento salvador do qual Cristo é o único mediador. Dizer que se é de Paulo, ou de Cefas, ou de Pedro é, portanto, desvirtuar a essência da fé cristã.
Deve ficar bem claro que o importante não é quem batizou ou quem anunciou o Evangelho: o importante é Cristo, do qual Paulo, Cefas e Apolo são simples instrumentos. Os coríntios são, portanto, intimados a não fixar a sua atenção em mestres humanos e a redescobrir Cristo, morto na cruz para dar vida a todos. Dessa forma, a comunidade será uma verdadeira família de irmãos, que recebe vida de Cristo, que vive em unidade e comunhão.

ATUALIZAÇÃO • A experiência cristã é um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A nossa fé não pode depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. É à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se constrói? Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se vai à missa se for tal padre a presidir? Que sentido é que faz afastar-se da comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele animador? E o Presidente da Celebração ou os ministros ou o animador, chamam a atenção para a sua bela postura, belas palavras, ou fazem despertar, pelo seu trabalho de servir a comunidade, maior amor a Jesus Crucificado?
Pe. Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho

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Anúncio do Reino

Nesses primeiros domingos do Tempo comum, a Liturgia nos apresenta o início da vida pública de Jesus, com o ANÚNCIO DO REINO e o CHAMADO dos primeiros discípulos

Na 1ª Leitura, Isaías fala de uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz eliminará as trevas da opressão e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim. Compara à alegria no final das colheitas e caças abundantes. (Is 98, 23b-9,3)

* Jesus é a Luz que ilumina o mundo com uma aurora de esperança e    dá sentido pleno à esta profecia messiânica de Isaías.

Na 2ª Leitura, Paulo exorta os coríntios a superar as rivalidades e divisões.
O Batismo não significou uma adesão a Paulo, a Apolo ou a Pedro... CRISTO é a única fonte de Salvação para todos. (1Cor 1,10-13.17)

* Com freqüência, em nossas comunidades, as pessoas procuram conduzir o olhar e o coração dos fiéis para a sua "brilhante" personalidade ao invés de levar as pessoas a descobrir o Cristo.

O Evangelho apresenta a realização da profecia de Isaías:
"O Povo que vivia nas trevas viu uma grande luz". (Mt 4,12-23)

* Jesus é a luz, que começa a brilhar na Galiléia e propõe a todos os homens a Boa Nova da chegada do Reino.
   Os discípulos serão os primeiros destinatários da proposta e as testemunhas encarregadas de levar o "Reino"  a toda a terra.

+ Jesus COMEÇOU sua atividade  numa região pobre e oprimida, no interior do país,    longe do centro econômico, político e religioso do seu país.
   Uma região desprezada pelos judeus como "Galiléia dos pagãos".
   Jesus deixa Nazaré e dirige-se para Cafarnaum, à margem do Lago, que se tornará o centro de sua atividade apostólica.
   Começa com o mesmo anúncio de João Batista:    "Convertei-vos, porque o Reino de Deus está próximo".  As suas Palavras anunciam essa nova realidade e os seus gestos são sinais evidentes de que Deus começou a sua obra.

+ Seus primeiros COLABORADORES, são pescadores, gente simples, rude, sem estudo...    Mas que sabiam o que é lutar pela vida.
- E quando ouviram o apelo de Cristo, deixaram tudo e o seguiram:  "Venham e sigam-me e farei de vocês pescadores de homens.  Eles deixaram as redes e o seguiram".

O QUE É O REINO DE DEUS?
Jesus compara o Reino ao tesouro e à pérola preciosa, diante dos quais tudo o mais perde seu valor. Compara o Reino com a semente, o grão de mostarda, o fermento. Jesus quer dizer que já está presente, mas ainda longe sua realização definitiva. É um Reino aberto a todos os homens.

O Reino de Deus é
- É um apelo para os homens formarem comunhão com o Pai e entre si.
- É uma presença de Deus nos homens e no mundo.
- É um convite para ser plenamente feliz, mas no projeto de Deus.
O Reino tem exigências:

+ Conversão: - É ajustar a nossa vida aos planos de Deus, é fazer com que Deus ocupe o primeiro lugar em nossa vida.
   - É despojar-se do homem velho para se revestir do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e na santidade.
   - É assumir a mentalidade do Evangelho e ver o mundo com os olhos de Deus. É uma atitude contínua... permanente...
+ : É entregar-se nas mãos de Deus ... e fazer a sua vontade.
+ Humildade: O Reino só é possível aos humildes. Deus detesta os orgulhosos e ama aqueles que sabem precisar de Deus,
    e se põem sem interesses a serviço dos irmãos.

+ PESCADORES DE HOMENS
CRISTO inaugurou o seu Reino e continua convidando todos nós...
Todos nós somos chamados a deixar tudo para seguir Jesus, anunciar a Boa nova e fazer gestos de salvação.

CRISTO conta conosco... para que nesse mundo de trevas e violência, possa brilhar uma luz,
para que esse REINO possa chegar ao coração de todos os homens.

Ele aguarda a resposta, o nosso SIM generoso ao seu CHAMADO.

                                           Pe. Antônio Geraldo
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Homilia de D. Henrique Soares da Costa –
A primeira leitura da Missa de hoje é, em parte, a mesma da Noite do Natal: “O povo que andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu! Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade! Todos se regozijam em tua presença”. Irmãos, esta luz que ilumina as trevas, que dissipa as sombras da morte, que traz a felicidade, é Jesus. O texto do Evangelho que escutamos nos confirma: Jesus é a bendita luz de Deus que brilhou neste mundo! Ele mesmo afirmou: “Eu sou a luz do mundo! Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida!” (Jo 8,12). Já escutamos tanto tais afirmações, que corremos o risco de não perceber o quanto são revolucionárias, o quanto nos comprometem, o quanto são capazes de transformar a nossa vida!
A Palavra de Deus nos ensina que o mundo é marcado pelas trevas: trevas na natureza (tais como a tragédia do tsunami), trevas na história, trevas no coração da humanidade e de cada um de nós. Olhemos em volta! O mundo não é bonzinho: há forças destrutivas, caóticas, desagregadoras, forças diabólicas, que destroem a alegria de viver e ameaçam devorar o sentido da nossa existência… Hoje, tantos e tantos julgam que podem passar sem Deus, que a religião é uma bobagem e uma humilhação para o homem… Há tantos que zombam de Deus, do Cristo Jesus, da Igreja… O que vale no mundo atual? O que é importante? O sucesso, os bens materiais, o prazer e a curtição da vida ao máximo, sem limites … Será que não nos damos conta ainda que vivemos num mundo pagão, bárbaro, entregue ao seu próprio pensar tenebroso? Será que não percebemos que o que vemos e lemos e ouvimos dos meios de comunicação é a defesa de uma humanidade sem Deus e sem fé, de uma humanidade que tenha somente a si própria como deus? Num mundo assim, Jesus nos diz: “Eu sou a Luz!” A luz não está nas universidades, a luz não está nos famosos deste mundo, a luz não está nos que têm o poder político, econômico ou social! A Luz é Cristo! Só ele nos ilumina, só ele nos revela o sentido da existência, só ele nos mostra o caminho por onde caminhar! Ser cristão é crer nisso, é viver disso!
Pois, esse Jesus, hoje, no Evangelho, nos convida a convertermo-nos a ele, a segui-lo de verdade, a colocar os passos de nossa vida no seu caminho: “Convertei-vos! O Reino dos céus está próximo!” Eis o apelo que Jesus nos faz – far-nos-á sempre! Converter-se significa mudar totalmente o rumo de nossa existência, alicerçando-a nele e não em nós, abraçando o seu modo de pensar e deixando o nosso, seguindo sua Palavra e não nossa razão, nossas idéias, nossa cabeça dura, nosso entendimento curto! Quem vai arriscar? Quem vai caminhar com ele? Quem vai abraçar sua Palavra, tão diferente do que o mundo quer, do que o mundo prega, do que o mundo valoriza? “Convertei-vos!” Jesus nos exorta porque sabe que também nós andamos em trevas, também nós, simplesmente entregues à nossa vontade e aos nossos pensamentos, jamais poderemos acolher o Reino dos céus! Não nos iludamos! Não pensemos que somos sábios, centrados e imunes! Somos, nós também, cegos, curtos de entendimento, pecadores duros e teimosos! Nosso coração é embotado por tantas paixões e por tantas cegueiras! “Convertei-vos!” O Governo, neste carnaval, vai convidar tantos e tantos brasileiros a vestir-se de camisinha; o Senhor pede a todos que se vistam dele: “Revesti-vos de Cristo e não satisfareis os desejos da carne!” (Rm 13,14) Compreendem, irmãos e irmãs? O mundo vai para um lado; Jesus nos convida a ir para o outro! Converter-se é pensar diferente de nós mesmos e do mundo; é andar na contramão para caminhar com Cristo! Converter-se é deixar-se, como Pedro e André, Tiago e João que, “imediatamente deixaram as redes… deixaram a barca e o pai” e seguiram o Senhor!
Caríssimos, como não recordar a exortação do Apóstolo? “Não andeis como andam os pagãos, na futilidade de seus pensamentos, com entendimento entenebrecido, alienados da vida de Deus!” (Ef 4,17) Quando aceitamos esse desafio, esse convite, o sentido de nossa existência muda, porque começamos a enxergar e avaliar as coisas de um modo novo, um modo diferente: o modo de Cristo Jesus! Aí se realiza em nós a palavra da Escritura:  “Outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor! Andai como filhos da luz!” (Ef 5,8).
Caríssimos, deixar-se iluminar pelo Senhor, permitir que ele dissipe nossas trevas, é um trabalho, um processo que dura todo o nosso caminho neste mundo. Jamais estaremos totalmente convertidos, totalmente iluminados. Na segunda leitura, Paulo convidava os cristãos de Corinto à conversão para uma vida de união e de amor. É assim: a Igreja toda inteira e cada um de nós pessoalmente, seremos sempre chamados a essa mudança, a esse deixar que a luz de Cristo invada a nossa existência tenebrosa! Nunca esqueçais, caríssimos, porque é verdade: “Outrora, sem Cristo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor! Andai, pois, como filhos da luz!” Seja esse o nosso trabalho, seja essa a nossa identidade, seja essa a nossa herança, seja essa a nossa recompensa! E que o Senhor nos socorra com a força da sua graça, ele que é fiel e bendito para sempre! Amém.
D. Henrique Soares da Costa
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:

LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR NOSSO DEUS...
- COM JESUS, EM JESUS E POR JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus de luz e de glória, nós Vos damos graças pela vossa presença no meio de nós. Vós sois a nossa Luz. Nós Vos pedimos pelos nossos irmãos que estão nas trevas; iluminai a todos com a vossa Luz.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus nosso Pai, nós Vos bendizemos pelo Espírito de unidade que revelais às Vossas Igrejas em todo o tempo e lugar.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Deus, nosso Pai, nós Vos louvamos pelo Reino dos céus, do qual manifestastes a presença no meio de nós, e pelo apelo que dirigis a cada um de nós. Nós Vos pedimos: Convertei os nossos corações à Vossa presença nas nossas vidas.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pelo Batismo, vós nos enviais também como pescadores de homens. Fortalecei a nossa fé em Vós, para que sejamos vossos instrumentos a irradiar a vossa luz a toda a humanidade.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!

- Pai nosso... a paz de cristo... eis o cordeiro...







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