3º Domingo do Tempo
Comum ano A 2020
Tema: O projeto do “Reino”. Jesus é a
grande luz do mundo.
Primeira
leitura:
Isaías anuncia uma luz que irá brilhar e será o fim das trevas, da morte, da
injustiça, do sofrimento.
Evangelho: Jesus é a luz
que começa a brilhar e propõe a todos a Boa Nova da chegada do “Reino”.
II leitura: Paulo exorta as
comunidades a redescobrir os fundamentos da fé e dos compromissos do batismo.
PRIMEIRA LEITURA (Is 8, 23b-9,3) Leitura do Livro do
Profeta Isaías.
No tempo passado o Senhor
humilhou a terra de Zabulon e a terra de Neftali; mas recentemente cobriu de
glória o caminho do mar, do além-Jordão e da Galileia das nações. O povo que
andava na escuridão viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras
da morte, uma luz resplandeceu. Fizeste crescer a alegria e aumentaste a
felicidade; todos se regozijam em tua presença como alegres ceifeiros na
colheita, ou como exaltados guerreiros ao dividirem os despojos. Pois o jugo
que oprimia o povo, - a carga sobre os ombros, o orgulho dos fiscais - tu os
abateste como na jornada de Madiã.
AMBIENTE: O profeta Isaías alimenta a esperança
do Povo nesse mundo de justiça e paz que um dia Deus fará acontecer.. Estamos
no final do séc. VIII a.C.. Os assírios (que em 721 a .C. conquistaram
Samaria) oprimem as tribos na região norte do país (Zabulon e Neftali); as
trevas da desolação e da morte cobrem toda a região setentrional da Palestina.
No sul, em
Jerusalém, reina Ezequias. O rei, desprezando as indicações do profeta
(alianças políticas com os povos estrangeiros são sintoma de infidelidade para
com Jahwéh, pois significam colocar a confiança e a esperança nos homens),
envia embaixadas ao Egito, à Fenícia e à Babilônia, procurando consolidar uma
frente contra a maior potência da época – a Assíria. Senaquerib, rei da
Assíria, tendo vencido sucessivamente os membros da coligação, volta-se contra
Judá, devasta o país e põe cerco a Jerusalém (701 a .C.). Ezequias tem de
submeter-se e pagar um pesado tributo aos assírios.
Por essa época, desiludido com os reis e com a política, o profeta teria começado a sonhar com uma intervenção de Deus para oferecer ao seu Povo um mundo novo, de liberdade e de paz sem fim.
Por essa época, desiludido com os reis e com a política, o profeta teria começado a sonhar com uma intervenção de Deus para oferecer ao seu Povo um mundo novo, de liberdade e de paz sem fim.
MENSAGEM: O profeta fala de “uma luz” que irá
começar a brilhar por cima dos montes da Galileia e que irá iluminar toda a
terra. Essa luz eliminará “as trevas” que mantinham o Povo oprimido e sem
esperança e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem fim. O jugo da
opressão que pesava sobre o Povo será, então, quebrado e a paz deixará de ser
uma miragem para se tornar uma realidade. Para descrever esta alegria, o
profeta utiliza duas imagens: no fim das colheitas, toda a gente dança feliz,
celebrando a abundância dos alimentos; após a caçada, os caçadores dividem a
presa abundante. Será Deus quem quebrará a vara do opressor, quem levantará o
jugo que oprime o Povo de Deus. O mundo novo de alegria e de paz sem fim é um
dom de Deus. Na sequência, Isaías ainda fala num “menino”, enviado por Deus
para restaurar o trono de David e para reinar no direito e na justiça (cf. Is
9,5-6). É a promessa messiânica em todo o seu esplendor.
ATUALIZAÇÃO • É Jesus, a luz que dá sentido pleno a
esta profecia. Ele é “Aquele que veio de Deus” para vencer as trevas e as
sombras da morte que ocultavam a esperança e instaurar o mundo novo da justiça,
da paz, da felicidade.
• Acolher Jesus
é aceitar esse projeto de justiça e de paz que Ele veio propor aos homens. Como
lidamos com as situações de injustiça, de opressão, de conflito, de violência:
com a indiferença de quem sente que não tem nada a ver com isso, ou com a
inquietação de quem se sente responsável pela instauração do “Reino de Deus”
entre os homens?
• Em que, ou em
quem, coloco a minha esperança e segurança: nos políticos, No dinheiro? Isaías
sugere que só podemos confiar em Deus e na sua proposta de vida e de paz.
SALMO RESPONSORIAL / 26 (27)
O Senhor é a minha luz e salvação. O Senhor é a proteção da minha vida.
• O Senhor é a minha luz e
salvação; / de quem eu terei medo? /
O Senhor é a proteção da minha
vida; / perante quem eu tremerei?
• Ao Senhor eu peço apenas uma
coisa, / e é só isto que eu desejo: /
habitar no santuário do Senhor /
por toda a minha vida; / saborear a suavidade do Senhor
/ e contemplá-la no seu templo.
• Sei que a bondade do Senhor eu
hei de ver / na terra dos viventes. /
Espera no Senhor e tem coragem, /
espera no Senhor!
EVANGELHO (Mt 4,12-23) Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus.
Ao saber que João tinha sido
preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum,
que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali,
para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de
Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos
pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz e, para os que
viviam na região escura da morte, brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou
a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”. Quando
Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro,
e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus
disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles,
imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. Caminhando um pouco mais, Jesus
viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na
barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente
deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia,
ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo
de doença e enfermidade do povo.
AMBIENTE: O texto do
Evangelho encerra a etapa da preparação de Jesus para a missão e lança a etapa
do anúncio do Reino. O texto situa-nos na Galileia, zona de população mesclada
e ponto de encontro de muitos povos.
MENSAGEM: Mateus refere como Jesus abandona Nazaré
e se transfere para Cafarnaum. Mateus descobre nesse fato um significado
profundo, à luz de Is 8,23-9,1: a “luz” que havia de eliminar as trevas e as
sombras da morte de que fala Isaías é, para Mateus, o próprio Jesus. Na terra
humilhada de Zabulão e Neftali, vai começar a brilhar a luz da libertação; e
essa libertação vai atingir, também, os pagãos que acolherem o anúncio do
Reino. O anúncio libertador de Jesus apresenta, desde logo, uma dimensão
universal.
Na segunda parte
(cf. Mt 4,17-23), Mateus apresenta o lançamento da missão de Jesus: define-se o
conteúdo básico da pregação que se inicia, mostra-se o “Reino” como realidade
viva atuante, apresentam-se os primeiros discípulos que acolhem o apelo do
“Reino” e que vão acompanhar Jesus na missão. Jesus veio trazer “o Reino”. A
expressão “Reino de Deus” (ou “Reino dos céus) refere-se, no Antigo Testamento
e na época de Jesus, ao exercício do poder soberano de Deus sobre os homens e
sobre o mundo. Decepcionado com a forma como os reis humanos exerceram a
realeza, o Povo de Deus começa a sonhar com um tempo novo, em que o próprio
Deus vai reinar sobre o seu Povo; esse reinado será marcado pela justiça, pela
misericórdia, pela preocupação de Deus em relação aos pobres e marginalizados,
pela abundância e fecundidade, pela paz sem fim. Jesus tem consciência de que a
chegada do “Reino” está ligada à sua pessoa. O seu primeiro anúncio resume-se,
para Mateus, no seguinte slogan: “arrependei-vos ('metanoeite') porque o Reino
dos céus está a chegar”. O convite à conversão (“metanóia”) é um convite a uma
mudança radical na mentalidade, nos valores, na postura vital. Corresponde a um
reorientar a vida para Deus de modo a que Deus e os seus valores passem a estar
no centro da existência do homem; só quando o homem aceita que Deus ocupe o
lugar que lhe compete, está preparado para aceitar a realeza de Deus… Então, o
“Reino” pode nascer e tornar-se realidade no mundo e nos corações.
Na sequência,
Mateus apresenta Jesus construindo o “Reino”: as suas palavras anunciam essa
nova realidade e os seus gestos (os milagres, as curas, as vitórias sobre tudo
o que rouba a vida e a felicidade do homem) são sinais evidentes de que Deus
começou já a reinar e a transformar a escravidão em vida e liberdade.
Finalmente,
Mateus descreve o chamamento dos primeiros discípulos (vers. 18-22). Não se
trata de um relato jornalístico de acontecimentos, mas de uma catequese sobre o
chamamento e a adesão ao projeto do “Reino”. Através da resposta pronta de
Pedro e André, Tiago e João, propõe-se um exemplo da conversão radical ao
“Reino” e de adesão às suas exigências.
O relato
sublinha uma diferença entre os chamados por Jesus e os discípulos que se
juntavam à volta dos mestres do judaísmo: não são os discípulos que escolhem o
mestre e pedem para entrar no seu grupo, como acontecia com os discípulos dos
“rabbis”; mas a iniciativa é de Jesus, que chama os discípulos que Ele próprio
escolheu, que os convida a segui-lo e lhes propõe uma missão. A resposta dos
quatro discípulos ao chamamento é paradigmática: renunciam à família, ao seu
trabalho, às seguranças instituídas e seguem Jesus sem condições. Esta ruptura
(que significa não só uma ruptura afetiva com pessoas, mas também a ruptura com
um quadro de referências sociais e de segurança econômica) indicia uma opção
radical pelo “Reino” e pelas suas exigências.
Uma palavra para
a missão que é proposta aos discípulos que aceitam o desafio do “Reino”: eles
serão pescadores de homens. O mar é,
na cultura judaica, o lugar dos demônios, das forças da morte que se opõem à
vida e à felicidade dos homens; a tarefa dos discípulos que aceitam integrar o
“Reino” será, portanto, libertar os homens dessa realidade de morte e de
escravidão em que eles estão mergulhados, conduzindo-os à liberdade e à
realização plenas.
Estes quatro
discípulos representam todo o grupo dos discípulos, de todos os tempos e
lugares… Eles devem responder positivamente ao chamamento, optar pelo “Reino” e
pelas suas exigências e tornarem-se testemunhas da vida e da salvação de Deus
no meio dos homens e do mundo.
ATUALIZAÇÃO • Jesus é o Deus
que vem ao nosso encontro para realizar os nossos sonhos de felicidade e de paz
sem fim. N’Ele e através d’Ele, o “Reino” aproximou-se dos homens, para se
tornar numa realidade em construção
no mundo. Jesus é a incrível história de amor, protagonizada por um Deus
que não cessa de nos oferecer oportunidades de realização e de vida plena.
Sobretudo, enche de júbilo o coração dos pobres e humilhados. Para eles, ouvir
dizer que “o Reino chegou” significa que Deus quer oferecer-lhes essa vida
plena e feliz que os grandes e poderosos insistem em negar-lhes.
•
Para que o “Reino” seja possível, Jesus pede a “conversão”. Para que Deus ocupe
o primeiro lugar na vida do homem, Implica despir-se do egoísmo; implica a
renúncia ao comodismo, que impede o compromisso com os valores do Evangelho.
•
A história do compromisso de Pedro e André, Tiago e João com Jesus e com o
“Reino” é uma história que define os traços da caminhada de qualquer discípulo…
É preciso ter consciência de que é Jesus que chama e que propõe o Reino; em
segundo lugar, é preciso ter a coragem de aceitar o chamamento e fazer do
“Reino” a prioridade essencial; em terceiro lugar, é preciso acolher a missão
que Jesus confia e comprometer-se corajosamente na construção do “Reino” no
mundo.
• A missão dos
que escutaram o apelo do “Reino” passa por testemunhar a salvação que Deus tem
para oferecer a todos os homens. Nós, discípulos de Jesus, comprometidos com a
construção do “Reino”, somos testemunhas da libertação. Aqueles que vivem
condenados à marginalização já receberam, através do nosso testemunho, a Boa
Nova do “Reino”?
• A lógica do
“Reino” não é uma lógica de violência, de vingança, de destruição; mas é uma
lógica de amor, de doação da vida, de comunhão fraterna, de tolerância, de
respeito pelos outros. A tentação da violência é uma tentação diabólica, que só
gera sofrimento e escravidão: aí, o “Reino” não está.
SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,10-13.17) Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
Irmãos, eu vos exorto, pelo nome
do Senhor nosso, Jesus Cristo, a que sejais todos concordes uns com os outros e
não admitais divisões entre vós. Pelo contrário, sede bem unidos e concordes no
pensar e no falar. Com efeito, pessoas da família de Cloé informaram-me a vosso
respeito, meus irmãos, que está havendo contendas entre vós. Digo isso, porque
cada um de vós afirma: “Eu sou de Paulo”; ou: “Eu sou de Apolo”; ou: “Eu sou de
Cefas”; ou “Eu sou de Cristo!” Será que Cristo está dividido? Acaso Paulo é que
foi crucificado por amor de vós? Ou é no nome de Paulo que fostes batizados? De
fato, Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar a boa nova da
salvação, sem me valer dos recursos da oratória, para não privar a cruz de
Cristo da sua força própria.
AMBIENTE: Paulo estava em Éfeso, Quando escreveu
a primeira carta aos Coríntios. Após a partida de Paulo, tinha aparecido na
cidade um pregador cristão – um tal Apolo, judeu de Antioquia, convertido ao
cristianismo. Era mais eloquente do que Paulo. Formaram-se partidos na
comunidade: uns admiravam Paulo, outros Cefas (Pedro), outros Apolo (cf. 1 Cor
1,12). A situação preocupou Paulo: além dos conflitos que a divisão provocava,
estava em causa a essência da fé. O cristianismo corria o perigo de se tornar mais
uma escola de sabedoria, cuja validade dependia do brilho dos mestres do seu
poder de convicção.
MENSAGEM: Para Paulo, o
cristianismo não era uma filosofia de vida, mas era a adesão a Jesus Cristo, o
único e verdadeiro mestre. É Cristo e só Cristo a única fonte de salvação. Ser
batizado é fazer parte do corpo de Cristo e participar no acontecimento
salvador do qual Cristo é o único mediador. Dizer que se é de Paulo, ou de
Cefas, ou de Pedro é, portanto, desvirtuar a essência da fé cristã.
Deve ficar bem
claro que o importante não é quem batizou ou quem anunciou o Evangelho: o
importante é Cristo, do qual Paulo, Cefas e Apolo são simples instrumentos. Os
coríntios são, portanto, intimados a não fixar a sua atenção em mestres humanos
e a redescobrir Cristo, morto na cruz para dar vida a todos. Dessa forma, a
comunidade será uma verdadeira família de irmãos, que recebe vida de Cristo,
que vive em unidade e comunhão.
ATUALIZAÇÃO • A experiência
cristã é um encontro com Cristo; é d’Ele e só d’Ele que brota a salvação. A
nossa fé não pode depender do carisma da pessoa tal, ou estar ligada à
personalidade brilhante deste ou daquele indivíduo que preside à comunidade. É
à volta d’Ele e da sua proposta de vida que a minha experiência de fé se
constrói? Em concreto: que sentido é que faz, neste contexto, dizer que só se
vai à missa se for tal padre a presidir? Que sentido é que faz afastar-se da
comunidade porque não gostamos da atitude ou do jeito de ser deste ou daquele
animador? E o Presidente da Celebração ou os ministros ou o animador, chamam a
atenção para a sua bela postura, belas palavras, ou fazem despertar, pelo seu
trabalho de servir a comunidade, maior amor a Jesus Crucificado?
Pe.
Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
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Anúncio do Reino
Nesses primeiros domingos do Tempo
comum, a Liturgia nos apresenta o início da vida pública de Jesus, com o
ANÚNCIO DO REINO e o CHAMADO dos primeiros discípulos
Na 1ª Leitura, Isaías fala de
uma LUZ, que irá brilhar na Galiléia e que irá iluminar toda a terra. Essa luz
eliminará as trevas da opressão e inaugurará o dia novo da alegria e da paz sem
fim. Compara à alegria no final das colheitas e caças abundantes. (Is 98, 23b-9,3)
* Jesus é a Luz que ilumina o mundo com
uma aurora de esperança e dá sentido
pleno à esta profecia messiânica de Isaías.
Na 2ª Leitura, Paulo exorta os
coríntios a superar as rivalidades e divisões.
O Batismo não significou uma adesão a
Paulo, a Apolo ou a Pedro... CRISTO é
a única fonte de Salvação para todos. (1Cor
1,10-13.17)
* Com freqüência, em nossas comunidades,
as pessoas procuram conduzir o olhar e o coração dos fiéis para a sua
"brilhante" personalidade ao invés de levar as pessoas a descobrir o
Cristo.
O Evangelho apresenta a
realização da profecia de Isaías:
"O
Povo que vivia nas trevas viu uma grande luz". (Mt 4,12-23)
* Jesus é a luz, que começa a brilhar na
Galiléia e propõe a todos os homens a Boa Nova da chegada do Reino.
Os discípulos serão os primeiros destinatários da proposta e as
testemunhas encarregadas de levar o "Reino" a toda a terra.
+ Jesus COMEÇOU sua atividade numa região pobre e oprimida, no interior do
país, longe do centro econômico,
político e religioso do seu país.
Uma região desprezada pelos judeus como "Galiléia dos pagãos".
Jesus deixa Nazaré e dirige-se para Cafarnaum, à margem do Lago, que se
tornará o centro de sua atividade apostólica.
Começa com o mesmo anúncio de João Batista: "Convertei-vos, porque o Reino de Deus
está próximo". As suas Palavras
anunciam essa nova realidade e os seus gestos são sinais evidentes de que Deus
começou a sua obra.
+ Seus primeiros COLABORADORES,
são pescadores, gente simples, rude, sem estudo... Mas que sabiam o que é lutar pela vida.
- E quando ouviram o apelo de Cristo,
deixaram tudo e o seguiram: "Venham e sigam-me e farei de vocês
pescadores de homens. Eles deixaram as
redes e o seguiram".
O
QUE É O REINO DE DEUS?
Jesus compara o Reino ao tesouro e à
pérola preciosa, diante dos quais tudo o mais perde seu valor. Compara o Reino
com a semente, o grão de mostarda, o fermento. Jesus quer dizer que já está
presente, mas ainda longe sua realização definitiva. É um Reino aberto a todos
os homens.
O Reino
de Deus é
- É um apelo para os homens formarem
comunhão com o Pai e entre si.
- É uma presença de Deus nos homens e no
mundo.
- É um convite para ser plenamente
feliz, mas no projeto de Deus.
O Reino tem exigências:
+ Conversão:
- É ajustar a nossa vida aos planos de Deus, é fazer com que Deus ocupe o
primeiro lugar em nossa vida.
- É despojar-se do homem velho para se revestir do homem novo, criado
segundo Deus, na justiça e na santidade.
- É assumir a mentalidade do Evangelho e ver o mundo com os olhos de
Deus. É uma atitude contínua... permanente...
+ Fé:
É entregar-se nas mãos de Deus ... e fazer a sua vontade.
+ Humildade:
O Reino só é possível aos humildes. Deus detesta os orgulhosos e ama aqueles
que sabem precisar de Deus,
e se põem sem interesses a serviço dos irmãos.
+ PESCADORES
DE HOMENS
CRISTO inaugurou o seu Reino e continua
convidando todos nós...
Todos nós somos chamados a deixar tudo
para seguir Jesus, anunciar a Boa nova e fazer gestos de salvação.
CRISTO conta conosco... para que
nesse mundo de trevas e violência, possa brilhar uma luz,
para que esse REINO possa chegar ao
coração de todos os homens.
Ele aguarda a resposta, o nosso SIM
generoso ao seu CHAMADO.
Pe. Antônio
Geraldo
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Homilia de D. Henrique Soares da Costa –
A primeira leitura da Missa de hoje é, em parte, a
mesma da Noite do Natal: “O povo que andava na escuridão viu uma
grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu!
Fizeste crescer a alegria e aumentaste a felicidade! Todos se regozijam em tua
presença”. Irmãos, esta luz que ilumina as trevas, que dissipa as
sombras da morte, que traz a felicidade, é Jesus. O texto do Evangelho que
escutamos nos confirma: Jesus é a bendita luz de Deus que brilhou neste mundo!
Ele mesmo afirmou: “Eu sou a luz do mundo! Quem me segue não andará
nas trevas, mas terá a luz da vida!” (Jo 8,12). Já escutamos tanto tais
afirmações, que corremos o risco de não perceber o quanto são revolucionárias,
o quanto nos comprometem, o quanto são capazes de transformar a nossa vida!
A Palavra de Deus
nos ensina que o mundo é marcado pelas trevas: trevas na natureza (tais como a
tragédia do tsunami), trevas na história, trevas no coração da humanidade e de
cada um de nós. Olhemos em volta! O mundo não é bonzinho: há forças
destrutivas, caóticas, desagregadoras, forças diabólicas, que destroem a
alegria de viver e ameaçam devorar o sentido da nossa existência… Hoje, tantos
e tantos julgam que podem passar sem Deus, que a religião é uma bobagem e uma
humilhação para o homem… Há tantos que zombam de Deus, do Cristo Jesus, da
Igreja… O que vale no mundo atual? O que é importante? O sucesso, os bens
materiais, o prazer e a curtição da vida ao máximo, sem limites … Será que não
nos damos conta ainda que vivemos num mundo pagão, bárbaro, entregue ao seu
próprio pensar tenebroso? Será que não percebemos que o que vemos e lemos e
ouvimos dos meios de comunicação é a defesa de uma humanidade sem Deus e sem
fé, de uma humanidade que tenha somente a si própria como deus? Num mundo
assim, Jesus nos diz: “Eu sou a Luz!” A luz não está nas
universidades, a luz não está nos famosos deste mundo, a luz não está nos que
têm o poder político, econômico ou social! A Luz é Cristo! Só ele nos ilumina,
só ele nos revela o sentido da existência, só ele nos mostra o caminho por onde
caminhar! Ser cristão é crer nisso, é viver disso!
Pois, esse Jesus,
hoje, no Evangelho, nos convida a convertermo-nos a ele, a segui-lo de verdade,
a colocar os passos de nossa vida no seu caminho: “Convertei-vos! O
Reino dos céus está próximo!” Eis o apelo que Jesus nos faz – far-nos-á
sempre! Converter-se significa mudar totalmente o rumo de nossa existência,
alicerçando-a nele e não em nós, abraçando o seu modo de pensar e deixando o
nosso, seguindo sua Palavra e não nossa razão, nossas idéias, nossa cabeça
dura, nosso entendimento curto! Quem vai arriscar? Quem vai caminhar com ele?
Quem vai abraçar sua Palavra, tão diferente do que o mundo quer, do que o mundo
prega, do que o mundo valoriza? “Convertei-vos!” Jesus nos exorta
porque sabe que também nós andamos em trevas, também nós, simplesmente
entregues à nossa vontade e aos nossos pensamentos, jamais poderemos acolher o
Reino dos céus! Não nos iludamos! Não pensemos que somos sábios, centrados e
imunes! Somos, nós também, cegos, curtos de entendimento, pecadores duros e
teimosos! Nosso coração é embotado por tantas paixões e por tantas
cegueiras! “Convertei-vos!” O Governo, neste carnaval, vai
convidar tantos e tantos brasileiros a vestir-se de camisinha; o Senhor pede a
todos que se vistam dele: “Revesti-vos de Cristo e não satisfareis os
desejos da carne!” (Rm 13,14) Compreendem, irmãos e irmãs? O mundo vai
para um lado; Jesus nos convida a ir para o outro! Converter-se é pensar
diferente de nós mesmos e do mundo; é andar na contramão para caminhar com
Cristo! Converter-se é deixar-se, como Pedro e André, Tiago e João que, “imediatamente
deixaram as redes… deixaram a barca e o pai” e seguiram o Senhor!
Caríssimos, como
não recordar a exortação do Apóstolo? “Não andeis como andam os
pagãos, na futilidade de seus pensamentos, com entendimento entenebrecido,
alienados da vida de Deus!” (Ef 4,17) Quando aceitamos esse desafio, esse
convite, o sentido de nossa existência muda, porque começamos a enxergar e
avaliar as coisas de um modo novo, um modo diferente: o modo de Cristo Jesus!
Aí se realiza em nós a palavra da Escritura: “Outrora éreis trevas,
mas agora sois luz no Senhor! Andai como filhos da luz!” (Ef 5,8).
Caríssimos,
deixar-se iluminar pelo Senhor, permitir que ele dissipe nossas trevas, é um
trabalho, um processo que dura todo o nosso caminho neste mundo. Jamais
estaremos totalmente convertidos, totalmente iluminados. Na segunda leitura,
Paulo convidava os cristãos de Corinto à conversão para uma vida de união e de
amor. É assim: a Igreja toda inteira e cada um de nós pessoalmente, seremos
sempre chamados a essa mudança, a esse deixar que a luz de Cristo invada a
nossa existência tenebrosa! Nunca esqueçais, caríssimos, porque é
verdade: “Outrora, sem Cristo, éreis trevas, mas, agora, sois
luz no Senhor! Andai, pois, como filhos da luz!” Seja esse o nosso
trabalho, seja essa a nossa identidade, seja essa a nossa herança, seja essa a
nossa recompensa! E que o Senhor nos socorra com a força da sua graça, ele que
é fiel e bendito para sempre! Amém.
D.
Henrique Soares da Costa
===========----------------=============
PARA
A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR
(QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
-
O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR NOSSO DEUS...
-
COM JESUS, EM JESUS E POR JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
-
Deus de luz e de glória, nós Vos damos graças pela vossa presença no meio de
nós. Vós sois a nossa Luz. Nós Vos pedimos pelos nossos irmãos que estão nas
trevas; iluminai a todos com a vossa Luz.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
-
Deus nosso Pai, nós Vos bendizemos pelo Espírito de unidade que revelais às
Vossas Igrejas em todo o tempo e lugar.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
-
Deus, nosso Pai, nós Vos louvamos pelo Reino dos céus, do qual manifestastes a
presença no meio de nós, e pelo apelo que dirigis a cada um de nós. Nós Vos
pedimos: Convertei os nossos corações à Vossa presença nas nossas vidas.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
-
Pelo Batismo, vós nos enviais também como pescadores de homens. Fortalecei a
nossa fé em Vós, para que sejamos vossos instrumentos a irradiar a vossa luz a
toda a humanidade.
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
T: LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pai nosso... a paz de cristo... eis o cordeiro...
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