12º Domingo do TC
Corpus Christi
6. PRIMEIRA LEITURA (Dt 8,2-3.14b-16a) Leitura do Livro do Deuteronômio. Moisés falou ao povo, dizendo: Lembra-te de todo o caminho por onde o Senhor teu Deus te conduziu, esses quarenta anos, no deserto, para te humilhar e te pôr à prova, para saber o que tinhas no teu coração, e para ver se observarias ou não seus mandamentos. Ele te humilhou, fazendo-te passar fome e alimentando-te com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis, para te mostrar que nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca do Senhor. Não te esqueças do Senhor teu Deus, que te fez sair do Egito, da casa da escravidão, e que foi teu guia no vasto e terrível deserto, onde havia serpentes abrasadoras, escorpiões, uma terra árida e sem água nenhuma. Foi ele que fez jorrar água para ti da pedra duríssima e te alimentou no deserto com maná, que teus pais não conheciam.
7.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 147(148B)
Glorifica o Senhor, Jerusalém; Celebra teu Deus, ó
Sião!
•
Glorifica o Senhor, Jerusalém! / Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! /
Pois
reforçou com segurança as tuas portas, / e os teus filhos em teu seio abençoou.
• A
paz em teus limites garantiu / e te dá como alimento a flor do trigo. /
Ele
envia suas ordens para a terra, / e a palavra que ele diz corre veloz.
•
Anuncia a Jacó sua palavra, / seus preceitos e suas leis a Israel. /
Nenhum
povo recebeu tanto carinho, / a nenhum outro revelou os seus preceitos.
11. EVANGELHO (Jo 6,51-58) Evangelho de
Jesus Cristo segundo João.
Naquele
tempo, disse Jesus às multidões dos judeus: “Eu sou o pão vivo descido do céu.
Quem comer deste pão
viverá
eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
Os judeus discutiam entre si, dizendo: “Como é que ele pode dar a sua carne a
comer?” Então Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a
carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem
come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei
no último dia. Porque a minha carne é verdadeira comida; e o meu sangue, verdadeira
bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu
nele. Como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo por causa do Pai, assim aquele
que me recebe como alimento viverá por causa de mim. Este é o pão que desceu do
céu. Não é como aquele que vossos pais comeram. Eles morreram. Aquele que come
este pão viverá para sempre”.
AMBIENTE Jesus afirmou repetidamente que era “o pão que desceu do céu para dar vida ao mundo”; aqui, no entanto, vai ainda mais além: convida a comer a sua carne e a beber o seu sangue. O discurso sobre o “pão da vida” (cf. Jo 6,22-58) ficou, portanto, no esquema de João, com o seguinte enquadramento lógico: os homens buscam o pão material; Jesus traz-lhes o “pão do céu que dá vida ao mundo”; e o pão eucarístico realiza, de forma plena, a missão de Jesus no sentido de dar vida ao homem.
MENSAGEM - Depois de se apresentar como “o pão vivo que desceu do céu” para dar aos homens a vida definitiva, Jesus identifica esse “pão” com a sua “carne”. A palavra “carne” (em grego: “sarx”) designa a realidade física do homem, na sua condição débil, transitória e caduca. Ora, foi precisamente na “carne” de Jesus – isto é, no seu corpo físico – que se manifestou, em gestos concretos, a sua doação e o seu amor até ao extremo. Na realidade física de Jesus, Deus tornou-Se presente e visível no meio dos homens, mostrou a sua vontade de comunicar com os homens e manifestou-lhes o seu amor. É esta “carne” (isto é, a sua vida física, o “lugar” onde Deus se manifesta aos homens e lhes mostra o seu amor) que Jesus vai dar a “comer” para que o mundo tenha vida. Os judeus não entendem as palavras de Jesus. Quando Jesus Se apresentou como “pão vivo descido do céu para dar a vida ao mundo”, eles entenderam que Jesus pretendia ser uma espécie de “mestre de sabedoria” que trazia aos homens palavras de Deus (também isso, eles tinham dificuldade em aceitar; mas, pelo menos, entendiam aonde Ele queria chegar)… Mas agora Jesus fala em “comer” a sua carne. O que significam as suas palavras? São palavras difíceis de entender, se não nos colocarmos numa perspectiva eucarística; e, por isso, os judeus não as entendem… Para a comunidade de João, contudo, as palavras de Jesus são claras, pois são entendidas tendo em conta a celebração e o significado da Eucaristia. Na seqüência, Jesus reitera a sua afirmação, desta vez com mais desenvolvimentos: Ele não só vai dar a comer a sua carne, mas também a beber o seu sangue; e quem os aceitar, recebe vida definitiva. A referência ao sangue coloca-nos no contexto da paixão e da morte. Dizer que Jesus é carne significa que Ele Se tornou pessoa como nós, assumiu a nossa condição de debilidade, aceitando passar, até, pela experiência da morte. Dizer que o pão que Ele há-de dar é a sua “carne para a vida do mundo” significa que Jesus fez da sua vida um dom, uma “entrega” por amor aos homens; e que o momento mais alto dessa vida feita “dom” e “entrega” é a morte na cruz. Na cruz, manifestou-se, através da “carne” de Jesus – isto é, através da sua realidade física – o seu amor, o seu dom, a sua entrega… Ora, é essa realidade que se manifestou na cruz – realidade de mor, de doação, de entrega – que os discípulos são convidados a comer e a beber. Comer e beber significam, neste contexto, “aderir”, “acolher”, interiorizar”, “assimilar”. A questão é, portanto, esta: Jesus não está a falar da sua carne física e do seu sangue físico… Está a pedir, simplesmente, que os seus discípulos acolham e assimilem essa vida de amor, de dom, de entrega, que Ele mostrou na sua pessoa (isto é, nos seus gestos, no seu amor, na sua doação aos homens) e que teve a sua expressão mais radical na cruz, quando Jesus, por amor, ofereceu totalmente a sua vida, até à última gota de sangue. Quem “acolher” e “assimilar” esta vida e aceitar viver da mesma forma – no amor e no dom total da vida, até à morte – terá vida plena e definitiva.
A Eucaristia
atualiza esta realidade na comunidade cristã e na vida dos crentes. Esse mesmo
Jesus que amou até às últimas conseqüências, que pôs a sua vida ao serviço dos
homens, que Se deu na cruz, oferece-Se como alimento aos seus. O discípulo que participa da Eucaristia,
isto é, que “come” e que “bebe” a “carne” e o “sangue” de Jesus, assimila esta
proposta e compromete-se a viver e a dar a vida como Ele (vers. 55). Um dos
efeitos de comer a carne e beber o sangue de Jesus é ficar em união íntima, em
comunhão de vida com Jesus. O discípulo que interioriza a proposta de Jesus
identifica-se com Ele e torna-se um com Ele. O cristão é, antes de mais, alguém
que recebe vida de Jesus e vive em união com Ele. Outro efeito de comer a carne
e beber o sangue de Jesus é comprometer-se com o mesmo projeto de Jesus.
Jesus Cristo foi enviado pelo Pai ao mundo para dar vida ao mundo e o seu plano
consiste em concretizar esse projeto; o
cristão assimila esse mesmo projeto e dedica toda a sua existência a
concretizá-lo no meio dos homens. É neste caminho que se chega a essa vida
plena e definitiva que Jesus veio propor aos homens. Do comer a carne e beber o
sangue de Jesus nascerá uma nova humanidade de gente livre, que venceu a morte
e que vive para sempre.
O discurso que João põe na boca de Jesus não se dirige aos judeus (pois os judeus não eram capazes de entender as palavras de Jesus), mas dirige-se aos discípulos. O seu objetivo é explicar o programa de Jesus, pedir aos discípulos que assimilem esse programa e o testemunhem no meio dos homens. A Eucaristia cristã (comer a carne e beber o sangue) é, assim, uma forma privilegiada de “atualizar” na vida dos crentes a vida e o amor de Jesus, de estar em comunhão com Jesus, de “assimilar” o projeto de Jesus e de o concretizar no mundo.
O discurso que João põe na boca de Jesus não se dirige aos judeus (pois os judeus não eram capazes de entender as palavras de Jesus), mas dirige-se aos discípulos. O seu objetivo é explicar o programa de Jesus, pedir aos discípulos que assimilem esse programa e o testemunhem no meio dos homens. A Eucaristia cristã (comer a carne e beber o sangue) é, assim, uma forma privilegiada de “atualizar” na vida dos crentes a vida e o amor de Jesus, de estar em comunhão com Jesus, de “assimilar” o projeto de Jesus e de o concretizar no mundo.
ATUALIZAÇÃO - • Deus tem um projeto de vida definitiva para oferecer aos homens: o caminho que percorremos nesta terra não termina na morte, mas no encontro com a vida eterna. cumprindo o seu projeto de salvação, Deus enviou Jesus ao mundo (Jesus apresenta-Se como “o pão que desceu do céu”) para que os homens pudessem chegar à vida eterna. não estamos perdidos e abandonados. Esta constatação deve levar-nos a certeza de que nos espera, para lá do horizonte, a vida verdadeira e definitiva.
• O Evangelho
deste domingo afirma, que quem aceita comer a carne e beber o sangue de Jesus
viverá eternamente. Ora, comer a carne e beber o sangue de Jesus é acolher,
assimilar e interiorizar essa proposta de vida que Jesus nos fez (com a sua
Palavra, com exemplo); é, como Jesus, colocar a vida ao serviço dos projetos de
Deus e fazer da existência um dom de amor aos irmãos. Este programa de vida não
é apreciado numa cultura como a nossa, fortemente marcada pelo egoísmo e pela
auto-suficiência. Que não restem dúvidas: só encontraremos essa vida plena e
eterna, seguindo Jesus, assimilando os seus valores, fazendo da nossa vida um
serviço a Deus e aos. Assim, o horizonte final da nossa caminhada por esta
terra não é a morte, mas a vida eterna.
• A Eucaristia é um momento privilegiado de encontro com esse Cristo que Se faz “dom” e que vem ao nosso encontro para nos oferecer a vida plena e definitiva. Participar no encontro eucarístico, comer a carne e beber o sangue de Jesus é encontrar-se, hoje, com esse Cristo que veio ao encontro dos homens e que tornou presente na sua “carne” (na sua pessoa física) uma vida feita amor, partilha, entrega, até ao dom total de Si mesmo na cruz (“sangue”). Para nós, os crentes, a Eucaristia – mais do que um rito que cumprimos por obrigação ou por tradição – tem de ser um momento privilegiado de encontro e de compromisso com Jesus e com essa vida nova e eterna que Ele continuamente nos oferece.
• A Eucaristia é um momento privilegiado de encontro com esse Cristo que Se faz “dom” e que vem ao nosso encontro para nos oferecer a vida plena e definitiva. Participar no encontro eucarístico, comer a carne e beber o sangue de Jesus é encontrar-se, hoje, com esse Cristo que veio ao encontro dos homens e que tornou presente na sua “carne” (na sua pessoa física) uma vida feita amor, partilha, entrega, até ao dom total de Si mesmo na cruz (“sangue”). Para nós, os crentes, a Eucaristia – mais do que um rito que cumprimos por obrigação ou por tradição – tem de ser um momento privilegiado de encontro e de compromisso com Jesus e com essa vida nova e eterna que Ele continuamente nos oferece.
• Sentar-se à
mesa da Eucaristia é identificar-se com Jesus, aceitar viver em união com Ele.
Na Eucaristia, o alimento servido é o próprio Cristo. Por isso, é a própria
vida de Cristo que passa a circular nos crentes. Quem acolhe essa vida que
Jesus oferece torna-se um com Ele. Comer à mesa com Jesus desse alimento que
Ele próprio dá e que é a sua pessoa, leva os crentes a uma comunhão total de
vida com Jesus e a fazer parte da família do próprio Jesus: celebrar a
Eucaristia é nos unir a Jesus, e deixarmos que a sua vida circule em nós. O
crente, alimentado pela Eucaristia, é transformado num homem novo, transporta
consigo dinamismos de vida eterna.
• Assim, os crentes que participam da Eucaristia passam a ser irmãos: todos partilham a mesma vida, a vida do Cristo do amor total. Dessa forma, a participação na Eucaristia tem de resultar no reforço da comunhão dos irmãos. Uma comunidade que celebra a Eucaristia é uma comunidade que aceitou banir do seu próprio seio tudo o que é divisão, ciúme, conflito, orgulho, auto-suficiência, indiferença para com as dores e as necessidades dos irmãos… A comunidade que se alimenta da Eucaristia deve ser, portanto, um anúncio vivo desse mundo novo de fraternidade, de justiça e de paz que nos espera para além desta terra.
• Assim, os crentes que participam da Eucaristia passam a ser irmãos: todos partilham a mesma vida, a vida do Cristo do amor total. Dessa forma, a participação na Eucaristia tem de resultar no reforço da comunhão dos irmãos. Uma comunidade que celebra a Eucaristia é uma comunidade que aceitou banir do seu próprio seio tudo o que é divisão, ciúme, conflito, orgulho, auto-suficiência, indiferença para com as dores e as necessidades dos irmãos… A comunidade que se alimenta da Eucaristia deve ser, portanto, um anúncio vivo desse mundo novo de fraternidade, de justiça e de paz que nos espera para além desta terra.
* O crente
que celebra a Eucaristia tem de levar ao mundo e aos homens essa vida que aí
recebe… Tem de lutar, como Jesus, contra a injustiça, o egoísmo, a opressão, o
pecado; O crente que come a carne e que bebe o sangue de Jesus torna-se uma
fonte de onde brota, para o mundo e para os homens, a vida eterna.
8. SEGUNDA LEITURA (1Cor 10,16-17)
Leitura
da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios Irmãos, o cálice da bênção, o
cálice que abençoamos, não é comunhão com o sangue de Cristo? E o pão que partimos,
não é comunhão com o Corpo de Cristo? Porque há um só pão, nós todos somos um
só corpo, pois todos participamos desse único pão.
ANEXO 1
Homilia de Bento XVI
para a Solenidade do Corpo de Deus em 2005
Amados
Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio, Queridos
irmãos e irmãs! Na festa de Corpus Christi, a Igreja revive o mistério da
Quinta-Feira Santa à luz da Ressurreição. Também a Quinta-Feira Santa conhece
uma sua procissão eucarística, com a qual a Igreja repete o êxodo de Jesus do
Cenáculo para o monte das Oliveiras. Em Israel, celebrava-se a noite de Páscoa
em casa, na intimidade da família. Fazia-se assim memória da primeira Páscoa,
no Egipto da noite em que o sangue do cordeiro pascal, aspergido na arquitrave
e nos portais das casas, protegia contra o exterminador. Jesus, naquela noite,
sai e entrega-se ao traidor, ao exterminador e, precisamente assim, vence a
noite, vence as trevas do mal. Só desta forma, o dom da Eucaristia, instituída
no Cenáculo, encontra o seu cumprimento: Jesus entrega realmente o seu corpo e
o seu sangue. Atravessando o limiar da morte, torna-se pão vivo, verdadeiro
maná, alimento inexaurível para todos os séculos. Acarne torna-se pão de vida.
Na procissão da Quinta-Feira Santa, a Igreja acompanha Jesus ao monte das Oliveiras: a Igreja orante sente um desejo profundo de vigiar com Jesus, de não o deixar sozinho na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. Na festa de Corpus Christi, retomamos esta procissão, mas na alegria da Ressurreição. O Senhor ressuscitou e precedeu-nos. Nas narrações da Ressurreição há uma característica comum e fundamental; os anjos dizem: o Senhor "vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis" (Mt 28, 7). Considerando isto mais de perto, podemos dizer que este "preceder" de Jesus exige uma dupla direção. A primeira é como ouvimos a Galileia. Em Israel, a Galileia era considerada como a porta que se abre para o mundo dos pagãos.
E na realidade precisamente na Galileia, no monte, os discípulos veem Jesus, o Senhor, que lhes diz: "Ide... fazei discípulos de todos os povos" (Mt 28, 19). A outra direção do preceder, por parte do Ressuscitado, aparece no Evangelho de São João, nas palavras de Jesus a Madalena: "Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai..." (Jo 20, 17). Jesus precede-nos junto do Pai, eleva-se à altura de Deus e convida-nos a segui-lo. Estas duas direções do caminho do Ressuscitado não se contradizem, mas indicam ao mesmo tempo o caminho do seguimento de Cristo. A verdadeira meta do nosso caminho é a comunhão com Deus o próprio Deus é a casa com muitas moradas (cf. Jo 14, 2s.). Mas só podemos subir a esta morada indo "em direção à Galileia" indo pelos caminhos do mundo, levando o Evangelho a todas as nações, levando o dom do seu amor aos homens de todos os tempos. Por isso o caminho dos apóstolos prolongou-se até aos "confins da terra" (cf. Act 1, 6s.); assim São Pedro e São Paulo foram até Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, verdadeira "caput mundi".
A procissão da Quinta-Feira Santa acompanhou Jesus na sua solidão, rumo à "via crucis". A procissão de Corpus Christi, ao contrário, responde de maneira simbólica ao mandamento do Ressuscitado: precedo-vos na Galileia. Ide até aos confins do mundo, levai o Evangelho a todas as nações. Sem dúvida, para a fé, a Eucaristia é um mistério de intimidade. O Senhor instituiu o Sacramento no Cenáculo, circundado pela sua nova família, pelos doze apóstolos, prefiguração e antecipação da Igreja de todos os tempos. Por isso, na liturgia da Igreja antiga, a distribuição da sagrada comunhão era introduzida com as palavras: Sancta sanctis o dom sagrado destina-se aos que são tornados santos. Deste modo, respondia-se à admoestação dirigida por São Paulo aos Coríntios: "Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho..." (1 Cor 11, 28). Contudo, desta intimidade, que é dom muito pessoal do Senhor, a força do sacramento da Eucaristia vai além das paredes das nossas Igrejas. Neste Sacramento, o Senhor está sempre a caminho no mundo. Este aspeto universal da presença eucarística sobressai na procissão da nossa festa. Nós levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas estradas da nossa cidade. Nós confiamos estas estradas, estas casas a nossa vida quotidiana à sua bondade. Que as nossas estradas sejam de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! A nossa vida de todos os dias estejam penetradas da sua presença. Com este gesto, colocamos sob o seu olhar os sofrimentos dos doentes, a solidão dos jovens e dos idosos, as tentações, os receios toda a nossa vida. A procissão pretende ser uma bênção grande e pública para a nossa cidade: Cristo é, em pessoa, a bênção divina para o mundo o raio da sua bênção abranja todos nós!
Na procissão de Corpus Christi, acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26, 26s.). Não se pode "comer" o Ressuscitado, presente na figura do pão, como um simples bocado de pão. Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Por isso, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei".
A nossa procissão termina diante da Basílica de Santa Maria Maior, no encontro com Nossa Senhora, chamada pelo querido Papa João Paulo II "Mulher eucarística". Verdadeiramente Maria, a Mãe do Senhor, ensina-nos o que significa entrar em comunhão com Cristo: Maria ofereceu a própria carne, o próprio sangue a Jesus e tornou-se tenda viva do Verbo, deixando-se penetrar no corpo e no espírito pela sua presença. Pedimos a Ela, nossa santa Mãe, para que nos ajude a abrir, cada vez mais, todo o nosso estar na presença de Cristo; para que nos ajude a segui-lo fielmente, dia após dia, pelos caminhos da nossa vida. Amém!
Na procissão da Quinta-Feira Santa, a Igreja acompanha Jesus ao monte das Oliveiras: a Igreja orante sente um desejo profundo de vigiar com Jesus, de não o deixar sozinho na noite do mundo, na noite da traição, na noite da indiferença de muitos. Na festa de Corpus Christi, retomamos esta procissão, mas na alegria da Ressurreição. O Senhor ressuscitou e precedeu-nos. Nas narrações da Ressurreição há uma característica comum e fundamental; os anjos dizem: o Senhor "vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis" (Mt 28, 7). Considerando isto mais de perto, podemos dizer que este "preceder" de Jesus exige uma dupla direção. A primeira é como ouvimos a Galileia. Em Israel, a Galileia era considerada como a porta que se abre para o mundo dos pagãos.
E na realidade precisamente na Galileia, no monte, os discípulos veem Jesus, o Senhor, que lhes diz: "Ide... fazei discípulos de todos os povos" (Mt 28, 19). A outra direção do preceder, por parte do Ressuscitado, aparece no Evangelho de São João, nas palavras de Jesus a Madalena: "Não me detenhas, pois ainda não subi para o Pai..." (Jo 20, 17). Jesus precede-nos junto do Pai, eleva-se à altura de Deus e convida-nos a segui-lo. Estas duas direções do caminho do Ressuscitado não se contradizem, mas indicam ao mesmo tempo o caminho do seguimento de Cristo. A verdadeira meta do nosso caminho é a comunhão com Deus o próprio Deus é a casa com muitas moradas (cf. Jo 14, 2s.). Mas só podemos subir a esta morada indo "em direção à Galileia" indo pelos caminhos do mundo, levando o Evangelho a todas as nações, levando o dom do seu amor aos homens de todos os tempos. Por isso o caminho dos apóstolos prolongou-se até aos "confins da terra" (cf. Act 1, 6s.); assim São Pedro e São Paulo foram até Roma, cidade que na época era o centro do mundo conhecido, verdadeira "caput mundi".
A procissão da Quinta-Feira Santa acompanhou Jesus na sua solidão, rumo à "via crucis". A procissão de Corpus Christi, ao contrário, responde de maneira simbólica ao mandamento do Ressuscitado: precedo-vos na Galileia. Ide até aos confins do mundo, levai o Evangelho a todas as nações. Sem dúvida, para a fé, a Eucaristia é um mistério de intimidade. O Senhor instituiu o Sacramento no Cenáculo, circundado pela sua nova família, pelos doze apóstolos, prefiguração e antecipação da Igreja de todos os tempos. Por isso, na liturgia da Igreja antiga, a distribuição da sagrada comunhão era introduzida com as palavras: Sancta sanctis o dom sagrado destina-se aos que são tornados santos. Deste modo, respondia-se à admoestação dirigida por São Paulo aos Coríntios: "Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho..." (1 Cor 11, 28). Contudo, desta intimidade, que é dom muito pessoal do Senhor, a força do sacramento da Eucaristia vai além das paredes das nossas Igrejas. Neste Sacramento, o Senhor está sempre a caminho no mundo. Este aspeto universal da presença eucarística sobressai na procissão da nossa festa. Nós levamos Cristo, presente na figura do pão, pelas estradas da nossa cidade. Nós confiamos estas estradas, estas casas a nossa vida quotidiana à sua bondade. Que as nossas estradas sejam de Jesus! Que as nossas casas sejam para Ele e com Ele! A nossa vida de todos os dias estejam penetradas da sua presença. Com este gesto, colocamos sob o seu olhar os sofrimentos dos doentes, a solidão dos jovens e dos idosos, as tentações, os receios toda a nossa vida. A procissão pretende ser uma bênção grande e pública para a nossa cidade: Cristo é, em pessoa, a bênção divina para o mundo o raio da sua bênção abranja todos nós!
Na procissão de Corpus Christi, acompanhamos o Ressuscitado no seu caminho pelo mundo inteiro como dissemos. E, precisamente fazendo isto, respondemos também ao seu mandamento: "Tomai e comei... Bebei todos" (Mt 26, 26s.). Não se pode "comer" o Ressuscitado, presente na figura do pão, como um simples bocado de pão. Comer este pão é comunicar, é entrar em comunhão com a pessoa do Senhor vivo. Esta comunhão, este ato de "comer", é realmente um encontro entre duas pessoas, é deixar-se penetrar pela vida d'Aquele que é o Senhor, d'Aquele que é o meu Criador e Redentor. A finalidade desta comunhão, deste comer, é a assimilação da minha vida à sua, a minha transformação e conformação com Aquele que é Amor vivo. Por isso, esta comunhão exige a adoração, requer a vontade de seguir Cristo, de seguir Aquele que nos precede. Por isso, a adoração e a procissão fazem parte de um único gesto de comunhão; respondem ao seu mandamento: "Tomai e comei".
A nossa procissão termina diante da Basílica de Santa Maria Maior, no encontro com Nossa Senhora, chamada pelo querido Papa João Paulo II "Mulher eucarística". Verdadeiramente Maria, a Mãe do Senhor, ensina-nos o que significa entrar em comunhão com Cristo: Maria ofereceu a própria carne, o próprio sangue a Jesus e tornou-se tenda viva do Verbo, deixando-se penetrar no corpo e no espírito pela sua presença. Pedimos a Ela, nossa santa Mãe, para que nos ajude a abrir, cada vez mais, todo o nosso estar na presença de Cristo; para que nos ajude a segui-lo fielmente, dia após dia, pelos caminhos da nossa vida. Amém!
ANEXO
2
Homilia de Bento XVI para a Solenidade do Corpo de Deus em 2008
Queridos
irmãos e irmãs!
Depois
do tempo forte do ano litúrgico, que centrando-se sobre a Páscoa se prolonga
por três meses primeiro os quarenta dias da Quaresma, depois os cinquenta dias
do Tempo pascal a liturgia faz-nos celebrar três festas que ao contrário têm um
carácter "sintético": a Santíssima Trindade, depois o Corpus Christi,
e por fim o Sagrado Coração de Jesus. Qual é exatamente o significado da
solenidade de hoje, do Corpo e do Sangue de Cristo? A própria celebração que
estamos a realizar no-lo diz, no desenvolvimento dos gestos fundamentais: antes
de tudo reunimo-nos em volta do altar do Senhor, para estar na sua presença; em
segundo lugar faremos a procissão, isto é, o caminhar com o Senhor; e por fim,
o ajoelharmo-nos diante do Senhor, a adoração, que já inicia na Missa e
acompanha toda a procissão, mas tem o seu ápice no momento final da bênção
eucarística, quando todos nos prostraremos diante d'Aquele que se inclinou até
nós e deu a vida por nós. Detenhamo-nos brevemente sobre estas três atitudes,
para que sejam verdadeiramente expressão da nossa fé e da nossa vida.
Portanto, o primeiro ato é o de reunir-se na presença do Senhor. É o que antigamente se chamava "statio". Imaginemos por um momento que em toda a cidade de Roma haja só este único altar, e que todos os cristãos da cidade sejam convidados a reunir-se aqui, para celebrar o Salvador morto e ressuscitado. Isto dá-nos a ideia daquilo que foi, nas origens, a celebração eucarística em Roma, e em muitas outras cidades onde chegava a mensagem evangélica: havia em cada Igreja particular um só Bispo e à sua volta, em volta da Eucaristia por ele celebrada, constituía-se a Comunidade, única porque era uno o Cálice abençoado e um o Pão partido, como ouvimos das palavras do apóstolo Paulo na segunda Leitura (cf. 1 Cor 10, 16-17). Vem à mente a outra célebre expressão paulina: "Não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo" (Gl 3, 28). "Todos vós sois um só"! Sente-se nestas palavras a verdade e a força da revolução cristã, a revolução mais profunda da história humana, que se experimenta precisamente em volta da Eucaristia: reúnem-se aqui na presença do Senhor pessoas diversas por idade, sexo, condição social, ideias políticas. A Eucaristia nunca pode ser um facto privado, reservado a pessoas que se escolheram por afinidades ou por amizade. A Eucaristia é um culto público, que nada tem de esotérico, de exclusivo. Também aqui, esta tarde, não fomos nós que escolhemos com quem nos encontrarmos, viemos e encontramo-nos uns ao lado dos outros, irmanados pela fé e chamados a tornarmo-nos um único corpo partilhando o único Pão que é Cristo. Estamos unidos independentemente das nossas diferenças de nacionalidade, de profissão, de camada social, de ideias políticas: abrimo-nos uns aos outros para nos tornarmos um só a partir d'Ele. Foi esta, desde os inícios, uma característica do cristianismo realizada visivelmente em volta da Eucaristia, e é necessário vigiar sempre para que as tentações frequentes de individualismo, mesmo se em boa fé, de facto não vão em sentido oposto. Portanto, o Corpus Christi recorda-nos antes de tudo isto: que ser cristãos significa reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e tornar-se n'Ele um só.
Portanto, o primeiro ato é o de reunir-se na presença do Senhor. É o que antigamente se chamava "statio". Imaginemos por um momento que em toda a cidade de Roma haja só este único altar, e que todos os cristãos da cidade sejam convidados a reunir-se aqui, para celebrar o Salvador morto e ressuscitado. Isto dá-nos a ideia daquilo que foi, nas origens, a celebração eucarística em Roma, e em muitas outras cidades onde chegava a mensagem evangélica: havia em cada Igreja particular um só Bispo e à sua volta, em volta da Eucaristia por ele celebrada, constituía-se a Comunidade, única porque era uno o Cálice abençoado e um o Pão partido, como ouvimos das palavras do apóstolo Paulo na segunda Leitura (cf. 1 Cor 10, 16-17). Vem à mente a outra célebre expressão paulina: "Não há judeu nem grego; não há servo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos vós sois um só em Cristo" (Gl 3, 28). "Todos vós sois um só"! Sente-se nestas palavras a verdade e a força da revolução cristã, a revolução mais profunda da história humana, que se experimenta precisamente em volta da Eucaristia: reúnem-se aqui na presença do Senhor pessoas diversas por idade, sexo, condição social, ideias políticas. A Eucaristia nunca pode ser um facto privado, reservado a pessoas que se escolheram por afinidades ou por amizade. A Eucaristia é um culto público, que nada tem de esotérico, de exclusivo. Também aqui, esta tarde, não fomos nós que escolhemos com quem nos encontrarmos, viemos e encontramo-nos uns ao lado dos outros, irmanados pela fé e chamados a tornarmo-nos um único corpo partilhando o único Pão que é Cristo. Estamos unidos independentemente das nossas diferenças de nacionalidade, de profissão, de camada social, de ideias políticas: abrimo-nos uns aos outros para nos tornarmos um só a partir d'Ele. Foi esta, desde os inícios, uma característica do cristianismo realizada visivelmente em volta da Eucaristia, e é necessário vigiar sempre para que as tentações frequentes de individualismo, mesmo se em boa fé, de facto não vão em sentido oposto. Portanto, o Corpus Christi recorda-nos antes de tudo isto: que ser cristãos significa reunir-se de todas as partes para estar na presença do único Senhor e tornar-se n'Ele um só.
O
segundo aspeto constitutivo é o caminhar com o Senhor. É a realidade
manifestada pela procissão, que viveremos juntos depois da Santa Missa, quase
como um seu prolongamento natural, movendo-nos atrás d'Aquele que é a Via, o
Caminho. Com a doação de Si mesmo na Eucaristia, o Senhor Jesus liberta-nos das
nossas "parálises", faz-nos levantar e faz-nos "proceder",
isto é, faz-nos dar um passo em frente, e depois outro, e assim põe-nos a
caminho, com a força deste Pão da vida. Como aconteceu ao profeta Elias, que se
tinha refugiado no deserto por receio dos seus inimigos, e tinha decidido
deixar-se morrer (cf. 1 Rs 19, 1-4). Mas Deus despertou-o do sono e fez-lhe
encontrar ao lado um pão cozido: "Levanta-te e come disse-lhe porque ainda
tens um caminho longo a percorrer" (1 Rs 19, 5.7). A procissão do Corpus Christi
ensina-nos que a Eucaristia nos quer libertar de qualquer abatimento e
desencorajamento, quer fazer-nos levantar, para que possamos retomar o caminho
com a força que Deus nos dá mediante Jesus Cristo. É a experiência do povo de
Israel no êxodo do Egipto, a longa peregrinação através do deserto, da qual nos
falou a primeira Leitura. Uma experiência que para Israel é constitutiva, mas
resulta exemplar para toda a humanidade. De facto, a expressão "nem só de
pão vive o homem, mas... de tudo o que sai da boca do Senhor" (Dt 8, 3) é
uma afirmação universal, que se refere a todos os homens enquanto homens. Cada
um pode encontrar o próprio caminho, se encontrar Aquele que é Palavra e Pão de
vida e se deixar guiar pela sua presença amiga. Sem o Deus-connosco, o Deus
próximo, como podemos enfrentar a peregrinação da existência, quer
individualmente quer em comunidade e família de povos? A Eucaristia é o
Sacramento do Deus que não nos deixa sozinhos no caminho, mas se coloca ao
nosso lado e nos indica a direção. De facto, não é suficiente ir em frente, é
preciso ver para onde se vai! Não é suficiente o "progresso", se não
há critérios de referência. Aliás, se se andar fora do caminho, corre-se o
risco de cair num precipício, ou contudo de se afastar mais rapidamente da
meta. Deus criou-nos livres, mas não nos deixou sozinhos: Ele mesmo se fez
"via" e veio caminhar juntamente connosco, para que a nossa liberdade
tenha também o critério para discernir o caminho justo e percorrê-lo.
E a este ponto não se pode deixar de pensar no início do "decálogo", os dez mandamentos, onde está escrito: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto, de uma casa de escravidão. Não terás outro Deus além de Mim" (Êx 20, 2-3). Encontramos aqui o sentido do terceiro elemento constitutivo do Corpus Christi: ajoelhar-se em adoração diante do Senhor. Adorar o Deus de Jesus Cristo, que se fez pão repartido por amor, é o remédio mais válido e radical contra as idolatrias de ontem e de hoje. Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, mesmo que seja forte. Nós, cristãos, só nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento, porque nele sabemos e acreditamos que está presente o único Deus verdadeiro, que criou o mundo e o amou de tal modo que lhe deu o seu Filho único (cf. Jo 3, 16). Prostramo-nos diante de um Deus que foi o primeiro a inclinar-se diante do homem, como Bom Samaritano, para o socorrer e dar a vida, e ajoelhou-se diante de nós para lavar os nossos pés sujos. Adorar o Corpo de Cristo significa crer que ali, naquele pedaço de pão, está realmente Cristo, que dá sentido verdadeiro à vida, ao imenso universo como à menor criatura, a toda a história humana e à existência mais breve. A adoração é a oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística na qual a alma continua a alimentar-se: alimenta-se de amor, de verdade, de paz; alimenta-nos de esperança, porque Aquele diante do qual nos prostramos não nos julga, não nos esmaga, mas liberta-nos e transforma-nos.
E a este ponto não se pode deixar de pensar no início do "decálogo", os dez mandamentos, onde está escrito: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fez sair do Egipto, de uma casa de escravidão. Não terás outro Deus além de Mim" (Êx 20, 2-3). Encontramos aqui o sentido do terceiro elemento constitutivo do Corpus Christi: ajoelhar-se em adoração diante do Senhor. Adorar o Deus de Jesus Cristo, que se fez pão repartido por amor, é o remédio mais válido e radical contra as idolatrias de ontem e de hoje. Ajoelhar-se diante da Eucaristia é profissão de liberdade: quem se inclina a Jesus não pode e não deve prostrar-se diante de nenhum poder terreno, mesmo que seja forte. Nós, cristãos, só nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento, porque nele sabemos e acreditamos que está presente o único Deus verdadeiro, que criou o mundo e o amou de tal modo que lhe deu o seu Filho único (cf. Jo 3, 16). Prostramo-nos diante de um Deus que foi o primeiro a inclinar-se diante do homem, como Bom Samaritano, para o socorrer e dar a vida, e ajoelhou-se diante de nós para lavar os nossos pés sujos. Adorar o Corpo de Cristo significa crer que ali, naquele pedaço de pão, está realmente Cristo, que dá sentido verdadeiro à vida, ao imenso universo como à menor criatura, a toda a história humana e à existência mais breve. A adoração é a oração que prolonga a celebração e a comunhão eucarística na qual a alma continua a alimentar-se: alimenta-se de amor, de verdade, de paz; alimenta-nos de esperança, porque Aquele diante do qual nos prostramos não nos julga, não nos esmaga, mas liberta-nos e transforma-nos.
Eis
por que reunir-nos, caminhar, adorar nos enche de alegria. Fazendo nossa a
atitude adorante de Maria, que neste mês de Maio recordamos de modo particular,
rezemos por nós e por todos; rezemos por todas as pessoas que vivem nesta
cidade, para que Te possam conhecer, ó Pai, e Àquele que Tu enviaste, Jesus
Cristo. E desta forma ter a vida em abundância. Amém.
ANEXO
3
Homilia de Bento XVI para a Solenidade do Corpo de Deus em 2011
Homilia de Bento XVI para a Solenidade do Corpo de Deus em 2011
Queridos
irmãos e irmãs!
A
festa do Corpus Christi é inseparável da Quinta-Feira Santa, da Missa in Caena
Domini, na qual se celebra solenemente a instituição da Eucaristia. Enquanto na
tarde de Quinta-Feira Santa se revive o mistério de Cristo que se oferece a nós
no pão partido e no vinho derramado, hoje, na celebração do Corpus Christi,
este mesmo mistério é proposto à adoração e à meditação do Povo de Deus, e o
Santíssimo Sacramento é levado em procissão pelas estradas das cidades e das
aldeias, para manifestar que Cristo ressuscitado caminha no meio de nós e nos
guia para o Reino do céu. O que Jesus nos doou na intimidade do Cenáculo, hoje
manifestamo-lo abertamente, porque o amor de Cristo não está destinado a
alguns, mas a todos. Na Missa in Caena Domini da passada Quinta-Feira Santa
ressaltei que na Eucaristia se realiza a transformação dos dons desta terra — o
pão e o vinho — finalizada a transformar a nossa vida e a inaugurar assim a
transformação do mundo. Esta tarde gostaria de retomar esta perspectiva.
Poder-se-ia dizer que tudo parte do coração de Cristo, que na Última Ceia, na vigília da sua paixão, agradeceu e louvou a Deus e, deste modo, com o poder do seu amor, transformou o sentido da morte que se estava a aproximar. O facto que o Sacramento do altar tenha assumido o nome «Eucaristia» — «ação de graças» — expressa precisamente isto: que a transformação da substância do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo é fruto do dom que Cristo fez de si mesmo, dom de um amor mais forte do que a morte, Amor divino que o fez ressuscitar dos mortos. Eis por que a Eucaristia é alimento de vida eterna, Pão da vida. Do coração de Cristo, da sua «oração eucarística» na vigília da paixão, brota aquele dinamismo que transforma a realidade nas suas dimensões cósmica, humana e histórica. Tudo procede de Deus, da omnipotência do seu Amor Uno e Trino, encarnado em Jesus. Neste amor está imerso o coração de Cristo; por isso Ele sabe agradecer e louvar a Deus também perante a traição e a violência, e desta forma muda as coisas, as pessoas e o mundo.
Poder-se-ia dizer que tudo parte do coração de Cristo, que na Última Ceia, na vigília da sua paixão, agradeceu e louvou a Deus e, deste modo, com o poder do seu amor, transformou o sentido da morte que se estava a aproximar. O facto que o Sacramento do altar tenha assumido o nome «Eucaristia» — «ação de graças» — expressa precisamente isto: que a transformação da substância do pão e do vinho no Corpo e Sangue de Cristo é fruto do dom que Cristo fez de si mesmo, dom de um amor mais forte do que a morte, Amor divino que o fez ressuscitar dos mortos. Eis por que a Eucaristia é alimento de vida eterna, Pão da vida. Do coração de Cristo, da sua «oração eucarística» na vigília da paixão, brota aquele dinamismo que transforma a realidade nas suas dimensões cósmica, humana e histórica. Tudo procede de Deus, da omnipotência do seu Amor Uno e Trino, encarnado em Jesus. Neste amor está imerso o coração de Cristo; por isso Ele sabe agradecer e louvar a Deus também perante a traição e a violência, e desta forma muda as coisas, as pessoas e o mundo.
Esta
transformação é possível graças a uma comunhão mais forte que a divisão, a
comunhão do próprio Deus. A palavra «comunhão», que usamos também para designar
a Eucaristia, resume em si a dimensão vertical e a horizontal do dom de Cristo.
É bonita e muito eloquente a expressão «receber a comunhão» referida ao gesto
de comer o Pão eucarístico. Com efeito, quando realizamos este gesto, entramos
em comunhão com a própria vida de Jesus, no dinamismo desta vida que se doa a
nós e por nós. De Deus, através de Jesus, até nós: é uma única comunhão que se
transmite na sagrada Eucaristia. Ouvimo-lo há pouco, na segunda Leitura, das
palavras do apóstolo Paulo, dirigidas aos cristãos de Corinto: «O cálice da
bênção que benzemos não é a comunhão do sangue de Cristo? E o pão que partimos
não é a comunhão do corpo de Cristo? Uma vez que há um único pão, nós, embora
sendo muitos, formamos um só corpo, porque todos nós comungamos do mesmo pão»
(1 Cor 10, 16-17).
Santo Agostinho ajuda-nos a compreender a dinâmica da comunhão eucarística, quando faz referência a uma espécie de visão que teve, na qual Jesus lhe disse: «Eu sou o alimento dos fortes. Cresce e receber-me-ás. Tu não me transformarás em ti, como o alimento do corpo, mas és tu que serás transformado em mim» (Confissões VII, 10, 18). Portanto, enquanto o alimento corporal é assimilado pelo nosso organismo e contribui para o seu sustento, no caso da Eucaristia trata-se de um Pão diferente: não somos nós que o assimilamos, mas é ele que nos assimila a si, de tal modo que nos tornamos conformes com Jesus Cristo, membros do seu corpo, um só com Ele. Esta passagem é decisiva. Com efeito, precisamente porque é Cristo que, na comunhão eucarística, nos transforma em si, neste encontro a nossa individualidade é aberta, libertada do seu egocentrismo e inserida na Pessoa de Jesus, que por sua vez está imersa na comunhão trinitária. Assim a Eucaristia, enquanto nos une a Cristo, abre-nos também aos outros, tornando-nos membros uns dos outros: já não estamos divididos, mas somos um só nele. A comunhão eucarística une-me à pessoa que está ao meu lado e com a qual, talvez, eu nem sequer tenho um bom relacionamento, mas também aos irmãos distantes, em todas as regiões do mundo. Portanto daqui, da Eucaristia, deriva o profundo sentido da presença social da Igreja, como testemunham os grandes santos sociais, que foram sempre grandes almas eucarísticas. Quem reconhece Jesus na Hóstia sagrada, reconhece-O no irmão que sofre, que tem fome e sede, que é estrangeiro, está nu, doente, prisioneiro; e está atento a cada pessoa, empenha-se de modo concreto por todos aqueles que se encontram em necessidade. Portanto, do dom de amor de Cristo provém a nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa e fraterna. Especialmente no nosso tempo, em que a globalização nos torna cada vez mais dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer com que esta unidade não se edifique sem Deus, ou seja, sem o verdadeiro Amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo e à prepotência de todos contra todos. O Evangelho visa desde sempre a unidade da família humana, uma unidade não imposta do alto, nem por interesses ideológicos ou económicos, mas sim a partir do sentido de responsabilidade recíproca, porque nos reconhecemos membros de um único corpo, do corpo de Cristo, porque aprendemos e continuamos a aprender constantemente do Sacramento do Altar, que a partilha, o amor é o caminho da verdadeira justiça.
Santo Agostinho ajuda-nos a compreender a dinâmica da comunhão eucarística, quando faz referência a uma espécie de visão que teve, na qual Jesus lhe disse: «Eu sou o alimento dos fortes. Cresce e receber-me-ás. Tu não me transformarás em ti, como o alimento do corpo, mas és tu que serás transformado em mim» (Confissões VII, 10, 18). Portanto, enquanto o alimento corporal é assimilado pelo nosso organismo e contribui para o seu sustento, no caso da Eucaristia trata-se de um Pão diferente: não somos nós que o assimilamos, mas é ele que nos assimila a si, de tal modo que nos tornamos conformes com Jesus Cristo, membros do seu corpo, um só com Ele. Esta passagem é decisiva. Com efeito, precisamente porque é Cristo que, na comunhão eucarística, nos transforma em si, neste encontro a nossa individualidade é aberta, libertada do seu egocentrismo e inserida na Pessoa de Jesus, que por sua vez está imersa na comunhão trinitária. Assim a Eucaristia, enquanto nos une a Cristo, abre-nos também aos outros, tornando-nos membros uns dos outros: já não estamos divididos, mas somos um só nele. A comunhão eucarística une-me à pessoa que está ao meu lado e com a qual, talvez, eu nem sequer tenho um bom relacionamento, mas também aos irmãos distantes, em todas as regiões do mundo. Portanto daqui, da Eucaristia, deriva o profundo sentido da presença social da Igreja, como testemunham os grandes santos sociais, que foram sempre grandes almas eucarísticas. Quem reconhece Jesus na Hóstia sagrada, reconhece-O no irmão que sofre, que tem fome e sede, que é estrangeiro, está nu, doente, prisioneiro; e está atento a cada pessoa, empenha-se de modo concreto por todos aqueles que se encontram em necessidade. Portanto, do dom de amor de Cristo provém a nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa e fraterna. Especialmente no nosso tempo, em que a globalização nos torna cada vez mais dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer com que esta unidade não se edifique sem Deus, ou seja, sem o verdadeiro Amor, o que daria espaço à confusão, ao individualismo e à prepotência de todos contra todos. O Evangelho visa desde sempre a unidade da família humana, uma unidade não imposta do alto, nem por interesses ideológicos ou económicos, mas sim a partir do sentido de responsabilidade recíproca, porque nos reconhecemos membros de um único corpo, do corpo de Cristo, porque aprendemos e continuamos a aprender constantemente do Sacramento do Altar, que a partilha, o amor é o caminho da verdadeira justiça.
Voltemos
agora ao gesto de Jesus na Última Ceia. O que aconteceu naquele momento? Quando
Ele disse: isto é o meu corpo, que é entregue por vós; isto é o meu sangue,
derramado por vós e pela multidão, o que acontece? Neste gesto, Jesus antecipa
o acontecimento do Calvário. Por amor, Ele aceita toda a paixão, com a sua dificuldade
e a sua violência, até à morte de cruz; aceitando-a deste modo, transforma-a
num gesto de doação. Esta é a transformação de que o mundo tem mais
necessidade, porque o redime a partir de dentro, abrindo-o às dimensões do
Reino dos céus. Mas esta renovação do mundo, Deus quer realizá-la sempre
através do mesmo caminho percorrido por Cristo, aliás, o caminho que é Ele
mesmo. Não há nada de mágico no Cristianismo. Não existem atalhos, mas tudo
passa através da lógica humilde e paciente do grão de trigo que se abre para
dar vida, a lógica da fé que move as montanhas com a força mansa de Deus. Por
isso, Deus quer continuar a renovar a humanidade, a história e o cosmos através
desta cadeia de transformações, cujo sacramento é a Eucaristia. Mediante o pão
e o vinho consagrados, nos quais estão realmente presentes o seu Corpo e o seu
Sangue, Cristo transforma-nos, assimilando-nos a Ele: compromete-nos na sua
obra de redenção tornando-nos capazes, pela graça do Espírito Santo, de viver
segundo a sua própria lógica de entrega, como grãos de trigo unidos a Ele e
nele. É assim que se semeiam e amadurecem nos sulcos da história a unidade e a
paz, que constituem o fim para o qual tendemos, segundo o desígnio de Deus.
Sem
ilusões, sem utopias ideológicas, nós caminhos pelas veredas do mundo, trazendo
dentro de nós o Corpo do Senhor, como a Virgem Maria no mistério da Visitação.
Com a humildade de saber que somos simples grãos de trigo, conservemos a
certeza firme de que o amor de Deus, encarnado em Cristo, é mais forte que o
mal, a violência e a morte. Sabemos que Deus prepara para todos os homens céus
novos e uma nova terra, onde reinam a paz e a justiça — e na fé entrevemos o
mundo novo, que é a nossa verdadeira pátria. Também esta tarde, enquanto o sol
se põe sobre esta nossa amada cidade de Roma, pomo-nos a caminho: connosco está
Jesus-Eucaristia, o Ressuscitado, que disse: «Eis que Eu estou convosco todos
os dias, até ao fim do mundo» (Mt 28, 20). Obrigado, Senhor Jesus! Obrigado
pela vossa fidelidade, que sustém a nossa esperança. Permanecei connosco,
porque está a anoitecer. «Bom Pastor, Pão verdadeiro, ó Jesus, tende piedade de
nós; alimentai-nos, defendei-nos e conduzi-nos para os bens eternos, na terra
dos vivos!». Amém.
ANEXO
4
Catequeses do Papa Francisco sobre a Eucaristia
Catequeses do Papa Francisco sobre a Eucaristia
Catequese
1.
Prezados
irmãos e irmãs, bom dia!
Hoje,
falar-vos-ei da Eucaristia. A Eucaristia insere-se no âmago da «iniciação
cristã», juntamente com o Batismo e a Confirmação, constituindo a nascente da
própria vida da Igreja. Com efeito, é deste Sacramento do Amor que derivam
todos os caminhos autênticos de fé, de comunhão e de testemunho.
O
que vemos quando nos congregamos para celebrar a Eucaristia, a Missa, já nos
faz intuir o que estamos prestes a viver. No centro do espaço destinado à
celebração encontra-se o altar, que é uma mesa coberta com uma toalha, e isto
faz-nos pensar num banquete. Sobre a mesa há uma cruz, a qual indica que
naquele altar se oferece o sacrifício de Cristo: é Ele o alimento espiritual
que ali recebemos, sob as espécies do pão e do vinho. Ao lado da mesa
encontra-se o ambão, ou seja o lugar de onde se proclama a Palavra de Deus: e
ele indica que ali nos reunimos para ouvir o Senhor que fala mediante as
Sagradas Escrituras, e portanto o alimento que recebemos é também a sua
Palavra.
Na
Missa, Palavra e Pão tornam-se uma coisa só, como na Última Ceia, quando todas
as palavras de Jesus, todos os sinais que Ele tinha realizado, se condensaram
no gesto de partir o pão e de oferecer o cálice, antecipação do sacrifício da
cruz, e naquelas palavras: «Tomai e comei, isto é o meu corpo... Tomai e bebei,
isto é o meu sangue».
O gesto levado a cabo por Jesus na Última Ceia é a extrema ação de graças ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. Em grego, «ação de graças» diz-se «eucaristia». É por isso que o Sacramento se chama Eucaristia: é a suprema ação de graças ao Pai, o qual nos amou a tal ponto que nos ofereceu o seu Filho por amor. Eis por que motivo o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é de Deus e ao mesmo tempo do homem, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
O gesto levado a cabo por Jesus na Última Ceia é a extrema ação de graças ao Pai pelo seu amor, pela sua misericórdia. Em grego, «ação de graças» diz-se «eucaristia». É por isso que o Sacramento se chama Eucaristia: é a suprema ação de graças ao Pai, o qual nos amou a tal ponto que nos ofereceu o seu Filho por amor. Eis por que motivo o termo Eucaristia resume todo aquele gesto, que é de Deus e ao mesmo tempo do homem, gesto de Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Por
conseguinte, a celebração eucarística é muito mais do que um simples banquete:
é precisamente o memorial da Páscoa de Jesus, o mistério fulcral da salvação.
«Memorial» não significa apenas uma recordação, uma simples lembrança, mas quer
dizer que cada vez que nós celebramos este Sacramento participamos no mistério
da paixão, morte e ressurreição de Cristo. A Eucaristia constitui o apogeu da
obra de salvação de Deus: com efeito, fazendo-se pão partido para nós, o Senhor
Jesus derrama sobre nós toda a sua misericórdia e todo o seu amor, a ponto de
renovar o nosso coração, a nossa existência e o nosso próprio modo de nos
relacionarmos com Ele e com os irmãos. É por isso que geralmente, quando nos
aproximamos deste Sacramento, dizemos que «recebemos a Comunhão», que «fazemos
a Comunhão»: isto significa que, no poder do Espírito Santo, a participação na
mesa eucarística nos conforma com Cristo de modo singular e profundo,
levando-nos a prelibar desde já a plena comunhão com o Pai, que caracterizará o
banquete celestial, onde juntamente com todos os Santos teremos a felicidade de
contemplar Deus face a face.
Estimados
amigos, nunca daremos suficientemente graças ao Senhor pela dádiva que nos
concedeu através da Eucaristia! Trata-se de um dom deveras grandioso e por isso
é tão importante ir à Missa aos domingos. Ir à Missa não só para rezar, mas
para receber a Comunhão, o pão que é o corpo de Jesus Cristo que nos salva, nos
perdoa e nos une ao Pai. É bom fazer isto! E todos os domingos vamos à Missa,
porque é precisamente o dia da Ressurreição do Senhor. É por isso que o Domingo
é tão importante para nós! E com a Eucaristia sentimos esta pertença
precisamente à Igreja, ao Povo de Deus, ao Corpo de Deus, a Jesus Cristo. Nunca
compreenderemos todo o seu valor e toda a sua riqueza. Então, peçamos-lhe que
este Sacramento possa continuar a manter viva na Igreja a sua presença e a
plasmar as nossas comunidades na caridade e na comunhão, segundo o Coração do
Pai. E fazemos isto durante a vida inteira, mas começamos a fazê-lo no dia da
nossa primeira Comunhão. É importante que as crianças se preparem bem para a
primeira Comunhão e que cada criança a faça, pois trata-se do primeiro passo
desta pertença forte a Jesus Cristo, depois do Batismo e do Crisma.
Catequese 2.
Caros
irmãos e irmãs, bom dia!
Na
última catequese elucidei o modo como a Eucaristia nos introduz na comunhão
real com Jesus e o seu mistério. Agora podemos formular algumas interrogações a
propósito da relação entre a Eucaristia que celebramos e a nossa vida, como
Igreja e como simples cristãos. Como vivemos a Eucaristia? Quando vamos à Missa
aos domingos, como a vivemos? É apenas um momento de festa, uma tradição
consolidada, uma ocasião para nos encontrarmos, para estarmos à vontade, ou
então é algo mais?
Existem
sinais muito concretos para compreender como vivemos tudo isto, como vivemos a
Eucaristia; sinais que nos dizem se vivemos bem a Eucaristia, ou se não a
vivemos muito bem. O primeiro indício é o nosso modo de ver e considerar os
outros. Na Eucaristia Cristo oferece sempre de novo o dom de si que já concedeu
na Cruz. Toda a sua vida é um gesto de partilha total de si mesmo por amor; por
isso, Ele gostava de estar com os discípulos e com as pessoas que tinha a
oportunidade de conhecer. Para Ele, isto significava partilhar os seus desejos,
os seus problemas, aquilo que agitava as suas almas e vidas. Pois bem, quando
participamos na Santa Missa encontramo-nos com homens e mulheres de todos os
tipos: jovens, idosos e crianças; pobres e abastados; naturais do lugar e
estrangeiros; acompanhados pelos familiares e pessoas sós... Mas a Eucaristia
que eu celebro leva-me a senti-los todos verdadeiramente como irmãos e irmãs?
Faz crescer em mim a capacidade de me alegrar com quantos rejubilam, de chorar
com quem chora? Impele-me a ir ao encontro dos pobres, dos enfermos e dos
marginalizados? Ajuda-me a reconhecer neles o rosto de Jesus? Todos nós vamos à
Missa porque amamos Jesus e, na Eucaristia, queremos compartilhar a sua paixão
e ressurreição. Mas amamos, como deseja Jesus, os irmãos e irmãs mais
necessitados? Por exemplo, nestes dias vimos em Roma muitas dificuldades
sociais, ou devido às chuvas, que causaram prejuízos enormes para bairros inteiros,
ou devido à falta de trabalho, consequência da crise económica no mundo
inteiro. Pergunto-me, e cada um de nós deve interrogar-se: eu que vou à Missa,
como vivo isto? Preocupo-me em ajudar, em aproximar-me, em rezar por quantos
devem enfrentar este problema? Ou então sou um pouco indiferente? Ou, talvez,
preocupo-me em tagarelar: reparaste como se veste esta pessoa, ou como está
vestida aquela? Às vezes é isto que se faz depois da Missa, mas não podemos
comportar-nos assim! Devemos preocupar-nos com os nossos irmãos e irmãs que têm
necessidade por causa de uma doença, de um problema. Hoje, far-nos-á bem pensar
nos nossos irmãos e irmãs que devem enfrentar estes problemas aqui em Roma:
problemas devidos à tragédia provocada pelas chuvas, questões sociais e de
trabalho. Peçamos a Jesus, que recebemos na Eucaristia, que nos ajude a
ajudá-los!
Um
segundo indício, muito importante, é a graça de nos sentirmos perdoados e
prontos para perdoar. Por vezes, alguém pergunta: «Por que deveríamos ir à
igreja, visto que quem participa habitualmente na Santa Missa é pecador como os
outros?». Quantas vezes ouvimos isto! Na realidade, quem celebra a Eucaristia
não o faz porque se considera ou quer parecer melhor do que os outros, mas
precisamente porque se reconhece sempre necessitado de ser acolhido e
regenerado pela misericórdia de Deus, que se fez carne em Jesus Cristo. Se não
nos sentirmos necessitados da misericórdia de Deus, se não nos sentirmos
pecadores, melhor seria não irmos à Missa! Nós vamos à Missa porque somos
pecadores e queremos receber o perdão de Deus, participar na redenção de Jesus
e no seu perdão. Aquele «Confesso» que recitamos no início não é um «pro
forma», mas um verdadeiro ato de penitência! Sou pecador e confesso-o: assim
começa a Missa! Nunca devemos esquecer que a Última Ceia de Jesus teve lugar
«na noite em que Ele foi entregue» (1 Cor 11, 23). Naquele pão e naquele vinho
que oferecemos, e ao redor dos quais nos congregamos, renova-se de cada vez a
dádiva do corpo e do sangue de Cristo, para a remissão dos nossos pecados.
Temos que ir à Missa como pecadores, humildemente, e é o Senhor que nos
reconcilia.
Um último indício inestimável é-nos oferecido pela relação entre a celebração eucarística e a vida das nossas comunidades cristãs. É preciso ter sempre presente que a Eucaristia não é algo que nós fazemos; não é uma nossa comemoração daquilo que Jesus disse e fez. Não! É precisamente uma ação de Cristo! Ali, é Cristo quem age, Cristo sobre o altar! É um dom de Cristo, que se torna presente e nos reúne ao redor de Si, para nos alimentar com a sua Palavra e a sua vida. Isto significa que a própria missão e identidade da Igreja derivam dali, da Eucaristia, e ali sempre adquirem forma. Uma celebração pode até ser impecável sob o ponto de vista exterior, maravilhosa, mas se não nos levar ao encontro com Jesus corre o risco de não oferecer alimento algum ao nosso coração e à nossa vida. Através da Eucaristia, ao contrário, Cristo quer entrar na nossa existência e permeá-la com a sua graça, de tal modo que em cada comunidade cristã haja coerência entre liturgia e vida.
O coração transborda de confiança e de esperança, pensando nas palavras de Jesus, citadas no Evangelho: «Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Vivamos a Eucaristia com espírito de fé, de oração, de perdão, de penitência, de júbilo comunitário, de solicitude pelos necessitados e pelas carências de numerosos irmãos e irmãs, na certeza de que o Senhor cumprirá aquilo que nos prometeu: a vida eterna. Assim seja!
Um último indício inestimável é-nos oferecido pela relação entre a celebração eucarística e a vida das nossas comunidades cristãs. É preciso ter sempre presente que a Eucaristia não é algo que nós fazemos; não é uma nossa comemoração daquilo que Jesus disse e fez. Não! É precisamente uma ação de Cristo! Ali, é Cristo quem age, Cristo sobre o altar! É um dom de Cristo, que se torna presente e nos reúne ao redor de Si, para nos alimentar com a sua Palavra e a sua vida. Isto significa que a própria missão e identidade da Igreja derivam dali, da Eucaristia, e ali sempre adquirem forma. Uma celebração pode até ser impecável sob o ponto de vista exterior, maravilhosa, mas se não nos levar ao encontro com Jesus corre o risco de não oferecer alimento algum ao nosso coração e à nossa vida. Através da Eucaristia, ao contrário, Cristo quer entrar na nossa existência e permeá-la com a sua graça, de tal modo que em cada comunidade cristã haja coerência entre liturgia e vida.
O coração transborda de confiança e de esperança, pensando nas palavras de Jesus, citadas no Evangelho: «Quem comer a minha carne e beber o meu sangue terá a vida eterna; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Vivamos a Eucaristia com espírito de fé, de oração, de perdão, de penitência, de júbilo comunitário, de solicitude pelos necessitados e pelas carências de numerosos irmãos e irmãs, na certeza de que o Senhor cumprirá aquilo que nos prometeu: a vida eterna. Assim seja!
Pe. Joaquim, Pe Barbosa, Pe. Carvalho
=========-------------=========
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA COM COMUNHÃO:
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO
ESTIVER SOBRE O ALTAR):
à O SENHOR
ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR, O NOSSO...
- COM JESUS,
POR JESUS E EM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Bendito seja
Deus que nos deu o Pão do céu.
à
Ó DEUS, nosso Pai, bendito sejais por vosso imenso amor. Que vosso nome seja
louvado. Vós nos preparastes um Reino de felicidade plena junto a Vós. Todas as
alegrias desta terra são apenas gotas ante a eternidade junto a Vós. Pai,
ajudai-nos para que não dos desviemos de vossos caminhos. Venha a nós o vosso
reino e seja feita a vossa vontade.
T: Bendito seja
Deus que nos deu o Pão do céu.
à
Ó DEUS, nosso Pai, imensa é a vossa misericórdia. Perdoai-nos as nossas ofensas
e Ajudai-nos em nossas dificuldades para fazermos a vossa vontade.
T: Bendito seja
Deus que nos deu o Pão do céu.
à
Ó DEUS, nosso Pai, Vos agradecemos pela vida, pelo batismo, pela família, por
tudo que nos destes e agradecemos por nos ter enviado Vosso Filho Jesus Cristo
para nos edificar, santificar e nos dar a vida eterna.
T: Bendito seja
Deus que nos deu o Pão do céu.
à PAI NOSSO... A PAZ... EIS O
CORDEIRO...
CORPUS CHRISTI
2014

(Diácono Ismael)
SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO
PROCISSÃO
COM O SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Procissão: à frente o
incenso, crucifixo, velas e o Santíssimo.
(Terminada a oração após a comunhão)
Presidente - Em silêncio, adoremos o Senhor
do mundo e de nossas vidas. (pausa)
Animador(a) - Neste dia do Corpo de Cristo, a
comunidade cristã recorda o Deus que se fez companheiro de caminhada, armando
sua tenda no meio do povo e estabelecendo com ele a aliança; acolhe a Palavra
libertadora de Jesus e proclama o triunfo sobre as forças da morte. Assim, a
cada geração é dada a possibilidade de participar do mesmo sacramento do Senhor
até que Ele venha!
Iniciemos
nossa procissão
louvando e adorando a Jesus no Santíssimo Sacramento.
1. CANTEMOS A JESUS
à 1. Cantemos a Jesus Sacramentado. Cantemos ao Senhor. Deus
está aqui, dos Anjos adorado. Adoremos a Cristo Redentor.
R.: GLÓRIA A CRISTO JESUS. CÉUS E TERRA, BENDIZEI AO SENHOR.
LOUVOR E GLÓRIA A TI, Ó REI DA GLÓRIA, AMOR ETERNO A TI, Ó DEUS DE
AMOR.
2. Unamos
nossas vozes aos cantares do coro celestial. Deus está aqui. Ao brilho dos
altares exaltemos com gozo angelical.
Pres: Senhor, tende
piedade de nós, (Senhor, tende piedade...)
: Jesus Cristo, tende piedade de nós, (Jesus Cristo tende...)
: Senhor, tende piedade de nós, (Senhor, tende piedade de nós)
: Jesus Cristo, ouvi-nos, (Jesus
Cristo, ouvi-nos)
: Jesus Cristo, atendei-nos,
(Jesus Cristo atendei-nos)
: Deus Pai dos céus, Todos:
tende piedade
: Deus Filho, redentor do mundo, Todos: tende piedade de nós,
:Deus, Espírito Santo, Todos:
tende
piedade de nós,
: Santíssima Trindade, que sois um só Deus,
Todos: tende
piedade de nós.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA...
àà:2. GLÓRIA A
JESUS
1. Glória a Jesus na Hóstia Santa, que se consagra sobre o
altar!
E aos nossos olhos se levanta, para o Brasil abençoar!
R.: QUE O SANTO SACRAMENTO QUE É O PRÓPRIO CRISTO JESUS SEJA
ADORADO E SEJA AMADO NESTA TERRA DE SANTA CRUZ. (bis)
Pres:Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno,
T: tende piedade de nós,
:Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe, T: tende piedade de nós,
:Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus...
T: tende piedade de nós,
:Coração de Jesus,
de majestade infinita, Tende piedade de
nós.
PAI NOSSO, AVE MARIA, GLÓRIA ...
à 2. Glória a Jesus prisioneiro do nosso amor a esperar,
lá no sacrário o dia inteiro que o vamos todos procurar.
R.: QUE O SANTO SACRAMENTO QUE É O PRÓPRIO CRISTO JESUS SEJA
ADORADO E SEJA AMADO NESTA TERRA DE SANTA CRUZ. (bis)
Pr: Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade...
:Coração de Jesus, templo santo de Deus, tende piedade de nós
:Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo, tende piedade... :Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu, tende piedade...
:Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade, tende piedade...
:Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor, tende piedade ...
:Coração de Jesus, plenitude de todas as virtudes, tende piedade..
- PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA ...
à à 3. Glória a Jesus Deus escondido que vindo a nós na comunhão,
purificado e enriquecido deixa-nos sempre o coração!
R.: QUE O SANTO
SACRAMENTO QUE É O PRÓPRIO CRISTO JESUS
: SEJA ADORADO E SEJA AMADO NESTA TERRA DE SANTA CRUZ: (bis)
Pres:Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade...
:Coração de Jesus, digno de todo o louvor, tende piedade de nós,
:Coração de Jesus, rico de sabedoria e amor, tende piedade de...
:Coração de Jesus, onde habita toda a plenitude da ciência, tende
:Coração de Jesus, em que o Pai pôs toda a sua complacência, t..
:Coração de Jesus, de cuja plenitude todos nós recebemos, tende..
:Coração de Jesus paciente e de muita misericórdia, tende ...
:Coração de Jesus, riquíssimo para todos que vos invocam, tende
:Coração de Jesus, fonte de vida e santidade, tende piedade ...
:Coração de Jesus, nosso exemplo de amor na prática do bem, t...
:Coração de Jesus, obediente até a morte, tende piedade de nós,
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA ...
à “DEUS DE AMOR” –
à DEUS de Amor, nós te adoramos neste Sacramento, Corpo e Sangue que
fizeste nosso alimento. És o DEUS escondido, vivo e vencedor, A teus pés
depositamos todo nosso amor.
Pres:Santíssima
Trindade, que sois um só Deus, tende
piedade...
:Coração de Jesus, traspassado pela lança, tende piedade de nós,
:Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, tende piedade...
:Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, tende piedade ...
:Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, tende piedade ... :Coração de Jesus, vítima dos pecadores, tende piedade de nós.
:Coração de Jesus, salvação dos que esperam em vós, tende...
:Coração de Jesus, delícia de todos os santos, tende piedade...
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA ..
à Meus pecados redimistes sobre a Tua Cruz, Com Teu Corpo e com Teu
Sangue, ó SENHOR JESUS!
Sobre os nossos altares, vítima sem par,
Teu Divino sacrifício queres renovar.
Pres: Jesus está no meio de nós. "Onde dois ou três estiverem
reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles" (Mt 18,20). Com essa
certeza, dirijamo-nos a Jesus, nossa vida, louvando e agradecendo pela sua
presença entre nós, dizendo:
Pres:Graças e louvores se dêem a todo o momento.
T: Ao Santíssimo e Digníssimo Sacramento. (3X)
PAI NOSSO, AVE MARIA, GLÓRIA ...
à No Calvário se escondia Tua Divindade,
Mas aqui também se esconde tua
humanidade: Creio em ambas e peço, como o bom ladrão, No Teu Reino,
eternamente, Tua Salvação.
Pres: : "Desejei, ardentemente, comer esta páscoa convosco antes de
sofrer." Por estas palavras, podemos concluir que a Eucaristia nasce do
desejo de Jesus. Ele doa sua vida por nós, parte para o Pai e também fica entre
nós. Ele mesmo disse: “Eis que estarei convosco todos os dias, até o fim do
mundo”.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA ...
à Creio em Ti ressuscitado, mais que São Tomé. Mas aumenta na minha alma o
poder da fé. Guarda a minha esperança, cresce o meu amor. Creio em Ti
ressuscitado, meu DEUS e SENHOR!
Pres: : Jesus diz de si mesmo: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá
a vida por suas ovelhas". O que caracteriza o bom pastor é a prontidão
para dar a vida pelos seus. Jesus, como pastor, enfrenta a morte por elas. Pela
morte na cruz, afasta das ovelhas todos os perigos.
- Jesus, manso e
humilde de coração, fazei o nosso coração
semelhante ao vosso.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA ...
à Ó JESUS que nesta vida pela fé eu vejo, Realiza, eu Te suplico, este meu
desejo: Ver-Te, enfim, Face a Face, meu Divino Amigo, Lá no Céu, eternamente,
ser feliz Contigo.
Pres:
Como
bom pastor, Jesus faz outra afirmação: "Eu sou o bom pastor, conheço as
minhas ovelhas e elas me conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o
Pai".
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA ...
Pres: Jesus, Na santa ceia, depois de tomar o
pão e dizer: “Isto é o meu corpo, tomai e comei”, se dirigiu para o jardim das
oliveiras e os discípulos o seguiram. É exatamente isto que fazemos hoje. Nós
seguimos ao nosso Mestre e Senhor. Com esta caminhada proclamamos a nossa fé: Nós
somos os seguidores de Jesus.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Jesus nos mostra o
amor do Pai e o seu amor por nós quando doa sua vida por nós. Ele mesmo disse:
“ninguém tem maior amor do aquele que doa a própria vida”. O Pai é amor, Jesus
é amor e nós somos discípulos daquele que nos ama com ardente amor. Jesus
sempre está conosco. Ele é a nossa força e a nossa luz.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Com Jesus temos
uma nova e Eterna Aliança: fomos adquiridos por Deus como seus filhos. Somos
cidadãos do céu que ainda peregrinamos nesta terra. Nosso Reino é o Reino do
Pai Eterno e Jesus, que caminha conosco, certamente estará de braços abertos
para nos acolher neste Reino.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Jesus nos disse:
“Eu sou o Pão vivo descido do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente”.
Jesus é a nossa força. Ele nos dá vida e nos sustenta. Ele é o nosso Maná que o
Pai nos enviou para que tenhamos forças para atravessar o nosso tempo de
deserto e um dia podermos chegar ao Reino por Ele preparado.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Seja louvado, adorado, amado e correspondido a cada momento, o Coração de
Jesus em todos os dias e momentos de nossa vida. Este coração verteu até a
última gota o seu sangue preciosos em favor da humanidade. Jesus é amor e somos
os seus discípulos.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Ó silencioso Mistério
Infinito, que Te busquemos… E que
buscando-Te encontremos fortaleza na fé. Ó amor divino, envolve-nos e ocupa o
nosso ser para que sejamos transformados por vós. Assim, poderemos espelhar ao
mundo o lampejar de vosso amor.
PAI NOSSO, AVE MARIA, GLÓRIA AO PAI...
PAI NOSSO, AVE MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Ó Jesus, Pão vivo descido do
céu, como é grande a Vossa bondade! Para perpetuar a fé na Vossa Presença Real
na Eucaristia, com extraordinário poder, vos dignastes mudar as espécies do pão
e do vinho em Carne e Sangue. Aumente sempre mais a nossa fé em Vós, Senhor
sacramentado!
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Senhor Jesus, ardendo de amor por Vós,
fazei com que, nos perigos, nas angústias e nas necessidades, só em Vós
encontremos auxílio e consolação.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Suscitai em nós a fome e a sede
do Vosso alimento eucarístico para que, saboreando este pão celeste, possamos
gozar da verdadeira vida agora e sempre!
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Ó
Jesus, esperamos a Vossa misericórdia e as graças necessárias para nos
santificar e alcançar a eterna salvação.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Senhor Jesus Cristo, que por
amor a nós e para a nossa salvação assumistes a nossa humanidade e comunicastes
vosso amor ficando sempre conosco. A vós o nosso louvor e a nossa gratidão.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Nós vos adoramos da fragilidade
de nossa vida e vos agradecemos por vos terdes dado todo a nós na Eucaristia e
por haverdes nos concedido a Virgem Maria como nossa Mãe.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
Pres: Senhor Jesus, nosso Redentor,
fazei de nós testemunhas fiéis do vosso amor para o mundo. Que todos aqueles
que perderam a luz e o sabor da vida, encontrem em nós a luz da esperança. Ajudai-nos
e fortalecei a nossa confiança em vós.
PAI NOSSO, AVE MARIA,
GLÓRIA AO PAI...
Pres: Senhor Jesus, volvei para nós o vosso olhar
misericordioso. E com vossas mãos generosas amparai-nos em nossas fraquezas.
PAI NOSSO, AVE
MARIA, GLÓRIA AO PAI...
NA IGREJA:
Presidente - Graças e louvores se dêem a
todo momento.
AO
SANTÍSSIMO E DIGNÍSSIMO SACRAMENTO.
(3x)
Presidente - Glória ao Pai, ao Filho e ao
Espírito Santo.
COMO ERA NO PRINCÍPIO, AGORA E
SEMPRE. AMÉM.
“TÃO SUBLIME SACRAMENTO”:
à Tão Sublime Sacramento Adoremos neste Altar Pois o Antigo Testamento
Deu ao Novo seu lugar Venha a fé
por suplemento Os sentidos completar.
Ao Eterno PAI cantemos
E a JESUS, o Salvador, Ao ESPÍRITO exaltemos, Na
Trindade eterno Amor.
Ao DEUS UNO e TRINO demos A
alegria do Louvor. Amém. Amém.
Pres: – Do Céu desceste o Pão.
TODOS – Que contém todo sabor
DIR: – Oremos: Ó DEUS que neste Sacramento
admirável, nos conservastes a memória de VOSSA Paixão, concedei-nos, VO-LO
pedimos, que veneremos os Sagrados Mistérios de VOSSO Corpo e Sangue, de modo
que sintamos em nós o fruto de VOSSA Redenção,
VÓS que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.
TODOS: Amém.
BENÇÃO do Santíssimo
DEPOIS DA BÊNÇÃO
Pres:
Bendito seja DEUS, /
Pres:
Bendito seja o seu Santo Nome,/
Pres:
Bendito seja JESUS CRISTO, verdadeiro DEUS e verdadeiro Homem,/
Pres:
Bendito seja o Nome de JESUS,/
Pres:
Bendito seja o seu Sacratíssimo CORAÇÃO,/
Pres:
Bendito seja JESUS no Santíssimo Sacramento do Altar,/
Pres:
Bendito seja o ESPÍRITO SANTO Paráclito,/
Pres:
Bendita seja a grande MÃE DE DEUS, MARIA SANTÍSSIMA,/
Pres:
Bendita seja a sua Santa e Imaculada Conceição,/
Pres:
Bendito seja o Nome de MARIA VIRGEM e MÃE,/
Pres:
Bendito seja São José, seu castíssimo esposo, /
Pres:
Bendito seja DEUS nos seus Anjos e nos seus Santos./
Pres: – Oremos : (TODOS); DEUS e SENHOR nosso, protegei a
VOSSA Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos ministros. Derramai as VOSSAS
bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o Papa Bento XVI, sobre o nosso Bispo D.
Nelson, sobre o nosso clero; sobre o Chefe da Nação e do Estado e sobre todas
as pessoas constituídas em dignidade, para que governem com justiça. Dai ao
povo brasileiro, paz constante e prosperidade completa. Favorecei, com os
efeitos contínuos de VOSSA Bondade, o Brasil, este Bispado, a Paróquia em que
habitamos, a cada um de nós em particular e a todas as pessoas por quem somos obrigados
a orar, ou que se recomendaram às nossas orações. Tende misericórdia das almas
dos fieis que padecem no Purgatório; dai-lhes SENHOR, o descanso e a luz
eterna.
(Enquanto se guarda o Santíssimo, canta-se):
àà Canto: ESTÁS ENTRE
NÓS
Tu és
minha vida, outro Deus não há.
Tu és minha estrada, a minha verdade.
Em tua palavra eu caminharei,
Tu és minha estrada, a minha verdade.
Em tua palavra eu caminharei,
enquanto
eu viver e até quando Tu quiseres.
Já não
sentirei temor, pois estás aqui,
Tu
estás no meio de nós!
Creio em ti Senhor , vindo de
Maria, Filho Eterno e Santo,
homem
como nós. Tu morreste por amor, vivo estás em nós,
Unidade
trina com o Espírito e o Pai.
E um
dia, eu bem sei,
Tu
retornarás. E abrirás o Reino dos céus!
Tu és minha força, outro Deus não há.
Tu és minha força, outro Deus não há.
Tu és
minha paz, minha liberdade.
Nada
nesta vida nos separará.
Em
tuas mãos seguras minha vida guardarás.
Eu não
temerei o mal, Tu me livrarás.
E no Teu perdão viverei!
Ó Senhor da vida, creio sempre em Ti!
Filho Salvador, eu espero em Ti.
Ó Senhor da vida, creio sempre em Ti!
Filho Salvador, eu espero em Ti.
Santo
Espírito de Amor, desce sobre nós.
Tu de
mil caminhos nos conduzes a uma fé.
E por
mil estradas onde andarmos nós, Qual semente nos levarás.
DESPEDIDA:
Louvado seja N. S. Jesus Cristo!
T:
Para sempre seja louvado!
Bendigamos
ao Senhor,
T:
Demos Graças a Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário