sexta-feira, 15 de maio de 2015

Ascensão do Senhor, ascensão de Jesus Cristo, sétimo domingo da páscoa

7º Domingo da Páscoa Ascensão do Senhor - Ano B 2015 (adaptado e postado pelo Diácono Ismael)

SINOPSE:

TEMA: “O Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus.”

No Evangelho, Jesus aparece aos discípulos e envia-os em missão, como testemunhas do projeto de salvação de Deus.
Na primeira leitura: Jesus entrou na vida definitiva – a mesma vida que espera todos os que percorrem o mesmo “caminho” que Jesus percorreu. Os discípulos não podem ficar a olhar para o céu; mas devem continuar o projeto de Jesus.
A segunda leitura: Os discípulos devem caminhar como irmãos ao encontro dessa “esperança”– membros do mesmo “corpo” onde Cristo é a “cabeça”.

10. EVANGELHO (Mc 16,15-20) Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem crer e for batizado, será salvo. Quem não crer, será condenado. Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

AMBIENTE -  O quadro apresenta os discípulos  reagindo de uma forma muito negativa ao fato de Jesus já não estar com eles. Na manhã da ressurreição, eles estavam “em luto e em pranto” (Mc 16,10); depois, receberam o testemunho das mulheres que encontraram Jesus ressuscitado, com incredulidade e com um coração obstinado (cf. Mc 16,14). Num caso e noutro, negam-se a ir em frente e a continuar a aventura que começaram com Jesus. Têm medo de arriscar e preferem ficar a “lamber as feridas”. O encontro com Jesus ressuscitado vai obrigá-los a assumir os seus compromissos como membros da comunidade do Reino.

MENSAGEM - Jesus parte ao encontro do Pai; os discípulos partem ao encontro do mundo, a fim de concretizar a missão que Jesus lhes confiou. A missão dos discípulos destina-se a “todo o mundo”. Depois, Jesus define o conteúdo do anúncio: o “Evangelho”. O que é o “Evangelho”? A palavra “Evangelho” designa o anúncio de que o “Reino de Deus” chegou à vida de todos, trazendo-lhes a paz, a libertação, a felicidade.
Deus veio ao encontro dos homens, manifestou-lhes o seu amor, inseriu-os na sua família, convidou-os a integrar a comunidade do Reino, ofereceu-lhes a vida definitiva. O anúncio do “Evangelho” obriga os homens a uma opção; Quem aderir à proposta que Jesus chegará à vida plena e definitiva; mas quem recusar essa proposta, ficará à margem da salvação. A proposta de salvação que Deus apresenta destina-se a transformar o coração do homem, eliminando o egoísmo e a maldade. O “Evangelho” vai propor uma nova relação do homem com todas as outras criaturas – não pelo egoísmo e pela exploração, mas pelo respeito e pelo amor. Dessa forma, nascerá uma nova humanidade e uma nova natureza. A presença da salvação de Deus no mundo tornar-se-á uma realidade através dos gestos dos discípulos de Jesus. Comprometidos com Jesus, os discípulos vencerão a injustiça e a opressão (“expulsarão os demônios”), serão arautos da paz (“falarão novas línguas”), levarão a esperança e a vida nova a todos os que sofrem e que são prisioneiros da doença e do sofrimento (“os doentes ficarão curados”); e, em todos os momentos, Jesus estará com eles.
A elevação de Jesus ao céu (ascensão) é uma forma de sugerir que, após o cumprimento da sua missão no meio dos homens, Jesus foi ao encontro do Pai e reentrou na comunhão do Pai. Jesus, vivo e ressuscitado, está com eles, coopera com eles e manifesta-Se ao mundo nas palavras e nos gestos dos discípulos. A festa da Ascensão de Jesus é, sobretudo, o momento em que os discípulos tomam consciência da sua missão e do seu papel no mundo.

ATUALIZAÇÃO **- Jesus deixou aos seus discípulos a missão de anunciar o “Reino” ao mundo inteiro e transformá-lo. 
*- O confronto com o mundo gera muitas vezes desilusão, sofrimento, frustração… Nos momentos de decepção e de desilusão convém, no entanto, recordar as palavras de Jesus: “Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve alimentar a coragem com que testemunhamos aquilo em que acreditamos.
**-. Celebrar a ascensão de Jesus significa tomar consciência da missão confiada aos discípulos e sentir-se responsável pela presença do "Reino" na vida dos homens.

6. PRIMEIRA LEITURA (At 1,1-11) Leitura dos Atos dos Apóstolos.
No meu primeiro livro, ó Teófilo, já tratei de tudo o que Jesus fez e ensinou, desde o começo, até ao dia em que foi levado para o céu, depois de ter dado instruções, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que tinha escolhido. Foi a eles que Jesus se mostrou vivo depois da sua paixão, com numerosas provas. Durante quarenta dias, apareceu-lhes falando do Reino de Deus. Durante uma refeição, deu lhes esta ordem: “Não vos afasteis de Jerusalém, mas esperai a realização da promessa do Pai, da qual vós me ouvistes falar: ‘João batizou com água; vós, porém, sereis batizados com o Espírito Santo, dentro de poucos dias’”. Então os que estavam reunidos perguntaram a Jesus: “Senhor, é agora que vais restaurar o Reino em Israel?” Jesus respondeu: “Não vos cabe saber os tempos e os momentos que o Pai determinou com a sua própria autoridade. Mas recebereis o poder do Espírito Santo, que descerá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia e na Samaria, e até os confins da terra”. Depois de dizer isso, Jesus foi levado ao céu, à vista deles. Uma nuvem o encobriu, de forma que seus olhos não podiam mais vê-lo. Os apóstolos continuavam olhando para o céu, enquanto Jesus subia. Apareceram então dois homens vestidos de branco, que lhes disseram: “Homens da Galileia, por que ficais aqui, parados, olhando para o céu? Esse Jesus, que vos foi levado para o céu, virá do mesmo modo como o vistes partir para o céu”.

AMBIENTE - Estamos na década de 80. Há uma certa desilusão e as comunidades instalam-se na mediocridade; falta o entusiasmo… O quadro geral é o de um certo sentimento de frustração, porque o mundo continua igual e a esperada intervenção vitoriosa de Deus continua adiada. O catequista Lucas avisa que o projeto de salvação e de libertação que Jesus veio apresentar passou para as mãos da Igreja, animada pelo Espírito. A construção do “Reino” é uma tarefa que exige o empenho contínuo de todos os crentes.
MENSAGEM - O número quarenta é, certamente, um número simbólico: é o número que define o tempo necessário para que um discípulo possa aprender e repetir as lições do mestre. As palavras de despedida de Jesus (vers. 4-8) sublinham dois aspectos: a vinda do Espírito e o testemunho que os discípulos vão ser chamados a dar “até aos confins do mundo”: o Espírito irá derramar-se sobre a comunidade crente e dará a força para testemunhar Jesus em todo o mundo. O autor quer mostrar que o testemunho e a pregação da Igreja estão entroncados no próprio Jesus e são impulsionados pelo Espírito.
O último tema é o da ascensão (vers. 9-11). Não estamos a falar de uma pessoa que, literalmente, decola da terra e começa a elevar-se; estamos a falar de um sentido teológico (não é o “repórter”, mas sim o “teólogo” a falar): a ascensão é uma forma de expressar simbolicamente que a exaltação de Jesus é total e atinge dimensões supra-terrenas; é a forma literária de descrever o culminar de uma vida vivida para Deus, que agora reentra na glória da comunhão com o Pai.
Temos, depois, a nuvem (vers. 9b) que subtrai Jesus aos olhos dos discípulos. Pairando a meio caminho entre o céu e a terra, a nuvem é, no Antigo Testamento, um símbolo privilegiado para exprimir a presença do Criador. Ao mesmo tempo, esconde e manifesta: sugere o mistério do Deus escondido e presente, cujo rosto o Povo não pode ver, mas cuja presença podem sentir. Céu e terra, presença e ausência, luz e sombra, divino e humano, são dimensões aqui sugeridas a propósito de Cristo ressuscitado, elevado à glória do Pai, mas que continua a caminhar com os discípulos.
Temos ainda os discípulos a olhar para o céu (vers. 10a). Significa a expectativa dessa comunidade que espera ansiosamente a segunda vinda de Cristo, a fim de levar ao seu termo o projeto de libertação do homem e do mundo.
Temos, finalmente, os dois homens vestidos de branco (vers. 10b). O branco sugere o mundo de Deus, o que indica que o seu testemunho vem de Deus. Eles convidam os discípulos a continuar no mundo, animados pelo Espírito, a obra libertadora de Jesus; agora, é a comunidade dos discípulos que tem de continuar, na história, a obra de Jesus.
O sentido fundamental da ascensão não é que fiquemos a admirar a elevação de Jesus; mas é convidar-nos a seguir o “caminho” de Jesus, olhando para o futuro e entregando-nos à realização do seu projeto de salvação no meio do mundo.

ATUALIZAÇÃO **-  A ascensão de Jesus garante-nos, antes de mais, que uma vida vivida na fidelidade aos projetos do Pai é uma vida destinada à glorificação, à comunhão definitiva com Deus. Quem percorre o mesmo “caminho” de Jesus subirá como Ele à vida plena.
8. SEGUNDA LEITURA (Ef 4,1-13) Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. Cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude.
AMBIENTE - A Carta É considerada uma “carta de cativeiro”, escrita por Paulo da prisão (em Roma entre 61/63).
Paulo dá pistas aos cristãos acerca da forma como eles devem viver os seus compromissos com Cristo.
MENSAGEM - O nosso texto começa com uma referência ao fato de Paulo estar preso  por causa de Jesus e do Evangelho: são as palavras de alguém que leva tão a sério a proposta de Jesus, que é capaz de sofrer e de arriscar a vida por ela.
A vida nova exige que os crentes vivam unidos em Cristo. Antes de mais, Paulo refere a humildade, pois só ela permite superar o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência que afastam os irmãos e que erguem barreiras de separação; depois, Paulo refere a mansidão, irmã da humildade,; Paulo refere também a paciência, que permite ser tolerante e compreensivo para com as falhas dos irmãos e que permite entender e aceitar as diferentes maneiras de ser e de agir… Em resumo, trata-se de fazer com que a caridade presida às relações que estabelecemos uns com os outros; o amor deve ser sempre o suporte das nossas relações humanas. A unidade é um dom de Deus; mas a sua efetivação depende do esforço de cada irmão: “há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança” na vida a que todos os crentes foram chamados; “há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos se encontra”. A Trindade é a fonte última e o modelo da unidade que os cristãos devem viver, na sua experiência de caminhada comunitária.
ATUALIZAÇÃO- • A Igreja é um “corpo” – o “Corpo de Cristo”. Naturalmente, todos eles dependem de Cristo (a “cabeça” desse “corpo”) e recebem d’Ele a mesma vida. Formam, portanto, uma unidade… Têm o mesmo Pai (Deus), têm um projeto comum (o projeto de Jesus), têm o mesmo objetivo (fazer parte da família de Deus e encontrar a vida em plenitude), caminham na mesma direção animados pelo mesmo Espírito, têm a mesma missão (dar testemunho no mundo do projeto de amor que Deus tem para os homens). Neste esquema, não fazem sentido as divisões, os ciúmes, as rivalidades, as invejas, os ódios, as divergências que tantas vezes dividem os irmãos da mesma comunidade. Quando os irmãos não se esforçam por caminhar unidos, provavelmente ainda não descobriram os fundamentos da sua fé.
• Para que a unidade seja possível, Paulo recomenda a humildade, a mansidão e a paciência. São atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de autossuficiência, de preconceito em relação aos irmãos.
• A Igreja é uma unidade; mas é também uma comunidade de pessoas muito diferentes, em termos de raça, de cultura, de língua, de condição social ou econômica, de maneiras de ser... As diferenças legítimas nunca devem ser vistas como algo negativo, mas como uma riqueza para a vida da comunidade; não devem levar ao conflito e à divisão, mas a uma unidade cada vez mais estreita, construída no respeito e na tolerância. A diversidade é um valor, que não pode nem deve anular a unidade e o amor dos irmãos.

Ou esta:
 LEITURA II - Ef 1,17-23 
Irmãos: O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda um espírito de sabedoria e de luz para O conhecerdes plenamente e ilumine os olhos do vosso coração, para compreenderdes a esperança a que fostes chamados, os tesouros de glória da sua herança entre os santos e a incomensurável grandeza do seu poder para nós os crentes. Assim o mostra a eficácia da poderosa força que exerceu em Cristo, que Ele ressuscitou dos mortos e colocou à sua direita nos Céus, acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania, acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo, mas também no mundo que há-de vir. Tudo submeteu aos seus pés e pô-lO acima de todas as coisas como Cabeça de toda a Igreja, que é o seu Corpo, a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

AMBIENTE - Estamos por volta dos anos 58/60. Alguns vêem nesta carta uma espécie de síntese da teologia paulina, numa altura em que a missão do apóstolo está praticamente terminada no oriente.
Em concreto, o texto que nos é proposto aparece na primeira parte da carta e faz parte de uma ação de graças, na qual Paulo agradece a Deus pela fé dos efésios e pela caridade que eles manifestam para com todos os irmãos na fé.

MENSAGEM - Paulo une uma fervorosa oração a Deus, para que os destinatários da carta conheçam “a esperança a que foram chamados” (vers. 18). A prova de que o Pai tem poder para realizar essa “esperança” (isto é, conferir aos crentes a vida eterna como herança) é o que Ele fez com Jesus Cristo: ressuscitou-O e sentou-O à sua direita (vers. 20), exaltou-O e deu-Lhe a soberania sobre todos os poderes angélicos (Paulo está preocupado com a perigosa tendência de alguns cristãos em dar uma importância exagerada aos anjos, colocando-os até acima de Cristo – cf. Col 1,6). Essa soberania estende-se, inclusive, à Igreja – o “corpo” do qual Cristo é a “cabeça”. O mais significativo deste texto é, precisamente, este último desenvolvimento. A ideia de que a comunidade cristã é um “corpo” – o “corpo de Cristo” – formado por muitos membros, já havia aparecido nas “grandes cartas”, acentuando-se, sobretudo, a relação dos vários membros do “corpo” entre si (cf. 1 Cor 6,12-20; 10,16-17; 12,12-27; Rom 12,3-8); mas, nas “cartas do cativeiro”, Paulo retoma a noção de “corpo de Cristo” para refletir sobre a relação que existe entre a comunidade e Cristo. Neste texto, em concreto, há dois conceitos muito significativos para definir o quadro da relação entre Cristo e a Igreja: o de “cabeça” e o de “plenitude” (em grego, “pleroma”).
Dizer que Cristo é a “cabeça” da Igreja significa, antes de mais, que os dois formam uma comunidade indissolúvel e que há entre os dois uma comunhão total de vida e de destino; significa também que Cristo é o centro à volta do qual o “corpo” se articula, a partir do qual e em direção ao qual o “corpo” cresce, se orienta e constrói, a origem e o fim desse “corpo”; significa ainda que a Igreja/corpo está submetida à obediência a Cristo/cabeça: só de Cristo a Igreja depende e só a Ele deve obediência. Dizer que a Igreja é a “plenitude” (“pleroma”) de Cristo significa dizer que nela reside a “plenitude”, a “totalidade” de Cristo. Ela é o receptáculo, a habitação, onde Cristo Se torna presente no mundo; é através desse “corpo” onde reside, que Cristo continua todos os dias a realizar o seu projeto de salvação em favor dos homens. Presente nesse “corpo”, Cristo enche o mundo e atrai a Si o universo inteiro, até que o próprio Cristo “seja tudo em todos” (vers. 23).

ATUALIZAÇÃO
**-  Na nossa peregrinação pelo mundo, convém termos sempre presente “a esperança a que fomos chamados”. A ressurreição/ascensão/glorificação de Jesus é a garantia da nossa própria ressurreição/glorificação. Formamos com Ele um “corpo” destinado à vida plena. Esta perspectiva tem de dar-nos a força de enfrentar a história e de avançar – apesar das dificuldades – nesse “caminho” do amor e da entrega total que Cristo percorreu.
**-  Dizer que fazemos parte do “corpo de Cristo” significa que devemos viver numa comunhão total com Ele e que nessa comunhão recebemos, a cada instante, a vida que nos alimenta. Significa também viver em comunhão, em solidariedade total com todos os nossos irmãos, membros do mesmo “corpo”, alimentados pela mesma vida.
Pe. Joaquim - Pe. Barbosa - Pe. Carvalho 



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"Ide e Evangelizai"

Celebramos hoje a festa da ASCENSÃO do Senhor.

Na 1a Leitura, temos o Início dos Atos dos Apóstolos. (At 1,1-11)

Esse livro pretende mostrar, que os ensinamentos e ações de Jesus continuam nos ensinamentos e nas ações da Comunidade cristã…

- 40 dias: É um número simbólico,  É o tempo necessário para aprender e repetir as lições do mestre.

- MISSÃO:  "Sereis minhas testemunhas até os confins da terra..."

- "Elevou-se… e uma nuvem o encobriu...":
   Exprime o Mistério de Deus presente e escondido aos olhos do povo.
- ANJOS: convidam os discípulos não ficar de braços cruzados, olhando para o céu, mas descer seguir o caminho de Jesus.


Lucas, com a Ascensão, termina o seu Evangelho e inicia os Atos dos Apóstolos
A Ascensão não é uma despedida, mas uma nova presença do Mestre, que se manifesta mediante sinais da missão evangelizadora dos discípulos.
O Projeto de salvação e de libertação de Jesus passou para as mãos da Igreja, animada pelo Espírito.

Na 2ª Leitura, Paulo vê na Ascensão a glorificação de Cristo e o anúncio do retorno de toda a humanidade a Deus. (Ef 1,17-23)

O Evangelho apresenta a Missão dos discípulos no mundo, após a partida de Jesus ao encontro do Pai. (Mc 16, 15-20). O texto é um acréscimo posterior ao evangelho de Marcos.
Narra TRÊS CENAS:

1) Jesus ressuscitado define a MISSÃO dos Discípulos.

- O Conteúdo do anúncio: "Pregai o Evangelho a toda a criatura".

* A Palavra EVANGELHO
- Na boca de Jesus, designa o anúncio do Reino   que suscita a fé e o acolhimento da salvação.
- Para as comunidades cristãs, é o anúncio de um ACONTECIMENTO:
Em Jesus Cristo, Deus veio ao encontro dos homens, manifestou o seu amor, inseriu-os na sua família.
-  Quem aderir à proposta de Jesus chegará à vida plena e definitiva.
- A obra missionária será acompanhada de Sinais, que atestarão autenticidade e continuidade da ação libertadora do Mestre.
  E enumera sinais da presença do Mestre:   Expulsarão demônios, falarão novas línguas,
  resistirão ao veneno das serpentes, curarão doentes impondo as mãos.

2) Jesus PARTE ao encontro do PAI.
    Jesus sobe ao céu e senta-se à direita de Deus: Mostra a soberania de Jesus, como Senhor da História e do Universo...     Não é o afastamento de Cristo, mas uma nova presença no mundo.

3) Os discípulos PARTEM ao encontro do MUNDO  na ação missionária e não estão sozinhos...
    O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra pelos sinais".


+ A Ascensão de Jesus nos faz lembrar:

- A nossa ascensão: "Ele subiu não para se afastar da nossa humanidade,mas para nos dar a esperança de que um dia... iremos ao seu encontro, onde ele nos precedeu..." (Prefácio)
- A Igreja é uma "Comunidade Missionária", cuja missão é testemunhar no mundo a proposta de salvação e de libertação,   que Jesus veio trazer aos homens.


                                  Pe. Antônio

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HOMIIA DO PE. PEDRINHO:

Hoje celebramos a Ascenção do Senhor, Jesus que sobe aos céus de corpo e alma e senta-se à direita do Pai. O Círio, que representa o Cristo ressuscitado, agora é apagado, significando que Ele foi para junto de Deus Pai. Isto não significa distanciar-se de nós, mas levar até Deus Pai a humanidade toda. Jesus continua presente de maneira bastante especial e muitas vezes nós não conseguimos compreender bem. Ele permanece presente no mundo através de nós. Ele é a cabeça e nós formamos o Corpo Místico de Jesus. Portanto, se você quer ver o Cristo ressuscitado, basta olhar para o lado. É evidente que isto exige fé, porque exatamente se eu olho de lado eu vejo alguém, que na minha opinião, está longe de ser a imagem de Jesus Cristo. Entretanto, este é o grande desafio; nos tornarmos imagem, conforme, do mesmo jeito de Jesus e a ajudar que outros também passem a integrar este corpo. Isto quem nos ajuda a entender e a integrar é a Eucaristia. A própria palavra diz: Comunhão, todos juntos, todos numa mão única, em união. A Eucaristia nos ajuda para que pareçamos cada vez mais com Jesus. Quando Jesus vai para junto de Deus Pai, Ele, então, nos revela que também a carne ressuscita. Não é somente a alma que tem vida eterna, mas queremos que também a carne tenha vida eterna. Quando eu comungo Jesus, não é Ele que passa a fazer parte do meu corpo, mas é eu que integro o corpo místico de Cristo. Portanto, Ele que é eternidade, também nos garante vida eterna. Jesus, indo para o Pai, deixa uma última instrução para cada um de nós: ide, e pregai o Evangelho para todos os povos. Não é atoa então, que neste domingo, a Igreja celebra o dia mundial das comunicações sociais, onde o Santo Padre nos propõe como tema; silêncio e palavra na Evangelização. Ele diz: como é que eu posso Evangelizar? No silêncio. Como posso me comunicar? No silêncio. Mas que tipo de silêncio? No silêncio para ouvir o que Deus tem para nos dizer. Então, se colocar no silêncio para ouvir a Palavra de Deus. E depois: como cumprir o mandato de Jesus, “Ide por todo mundo e pregai o Evangelho”?  É através da comunicação social: através do rádio, através da televisão, do jornal, internet, face book, youtube, aí por diante.  Cada vez mais, a pastoral da comunicação está se colocando como a grande possibilidade de levarmos a frente a Evangelização. O Santo Padre pede para que rezemos pela pastoral da comunicação, exatamente porque não tem sido fácil. Se olharmos para o Brasil, aqueles que procuram trazer, desculpe o pleonasmo, a verdade verdadeira, porque muitas vezes apresentam algo como verdade e não o é, aqueles que procuram trazer a verdadeira verdade, pagam com a própria vida. Volta e meia ouvimos falar de jornalistas que morrem e assim por diante. Por outro lado, temos uma grande deficiência no Brasil; não existe jornalista especializado na Igreja. Você tem especialista em economia, futebol, medicina, mas quando se trata de igreja, eles pedem para qualquer principiante, que não consegue ainda entender a grandeza que é a Igreja. hoje, pelo menos no A B C, temos um padre se especializando em Roma, para tratar a comunicação social como uma ferramenta da Evangelização. Isto nos traz esperança, porque a final de contas, na medida que você tem alguém especializado, fica mais fácil transmitir e passar uma mensagem religiosa. Pode ver, que até a rede globo, que é tida como a melhor emissora, ela não distingue, não sabe o que é uma missa, um terço, uma exéquia, não sabe o que é santo, não sabe o que é Eucaristia, e assim por diante e nos  apresenta tudo como sendo uma grande verdade, a partir do enfoque dela e, muitas vezes, confunde as pessoas. Mesmo aqueles que se colocam nos canais chamados de evangelização, muitas vezes apresenta a liturgia totalmente errada, as pessoas fazendo as coisas como lhe vem na cabeça, e cria-se, assim, uma série de dificuldades exatamente para a própria Igreja, porque eles é que acabam passando para nós algo como se fosse verdadeiro e na realidade não é. Então, nós temos muito a percorrer ainda. É evidente, que esta geração que está chegando hoje, que terá nas mãos todas estas ferramentas. Muitas paróquias já fazem um serviço bom na pastoral de comunicação. É interessante observar, que o mandato de Jesus pode ser realizado fazendo um bom trabalho. Basta ter vontade. É isto que o dia mundial das comunicações nos pede: que tenhamos boa vontade, que a missão será realizada.
Uma última palavrinha que é importante: Jesus diz: “se fizer isto em meu nome, poderá pegar serpente venenosa, escorpião, nada vai te atingir”. Por que? Porque quando nos propomos a anunciar o Evangelho, Deus nos ajuda e acabamos vencendo todas as dificuldades. Inclusive aquelas que parecem impossíveis de serem superadas. Que Deus nos ajude, já que Jesus está sentado à direita do Pai, conduzir toda a humanidade para junto do Pai. Que possamos fazer na terra um verdadeiro reino, que já existe no céu.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

PE. PEDRINHO.

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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:

LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR).
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
à Senhor, nós Vos agradecemos por nos terdes enviado vosso Filho para nos dar a graça da Vida eterna.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
àSenhor, Vos louvamos quando elevastes Jesus para junto de Vós, abrindo-nos o caminho para que também possamos ressuscitar e ir para junto de Vós.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
à Senhor, nosso Deus, Enviai-nos o Espírito Santo para que sejamos iluminados pela Vossa luz e possamos continuar a construção de Vosso Reino, levando o Evangelho a todos nossos irmãos e irmãs.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
à Senhor, dai-nos  força para que saiamos de nosso egoísmo e saibamos espelhar o vosso amor no mundo.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
à Senhor, obrigado por nos dar a esperança de uma vida plena e eterna junto a Vós... Pai, vinde sempre em nosso auxílio, pois somos fracos e muitas vezes caímos. Vós sois a nossa força e nosso amparo.
T: ó Deus de bondade, bendito seja o vosso amor por nós.
- - Pai nosso...  A Paz de Cristo...   Cordeiro de Deus...



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