15º Domingo Tempo Comum (Adaptado e postado pelo Diácono Ismael)
SINOPSE:
TEMA: Deus atua
no mundo através dos profetas escolhidos por Ele.
A primeira
leitura: Amós: chamado e enviado por Deus, o profeta propõe aos homens os
projetos Deus.
No Evangelho,
Jesus envia os discípulos em
missão. Essa missão consiste em anunciar o Reino e lutar
contra tudo que o impede de ser feliz. Jesus Convida-os à pobreza, à
simplicidade, ao despojamento dos bens materiais.
A segunda
leitura: Deus tem um projeto de vida plena para cada um. Esse projeto,
apresentado através de Jesus Cristo, exige de cada um de nós uma resposta.
PRIMEIRA LEITURA (Am 7,12-15) Leitura
da Profecia de Amós. Naqueles dias, disse Amasias, sacerdote de Betel, a Amós:
“Vidente, sai e procura refúgio em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer a
profecia; mas em Betel não deverás insistir em profetizar, porque aí fica o santuário
do rei e a corte do reino”. Respondeu Amós a Amasias, dizendo: “Não sou profeta
nem sou filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo sicômoros. O Senhor
chamoume, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor me disse: ‘Vai profetizar para
Israel, meu povo’”.
AMBIENTE
- Amós, o “profeta da justiça social”, reino do Norte (Israel) (762 a . C.). A prosperidade e
bem-estar das classes favorecidas contrastavam com a miséria das classes
baixas. A classe dirigente, rica e
poderosa, dominava os tribunais e subornava os juízes, impedindo que o tribunal
fizesse justiça aos mais pobres.
Entretanto, a religião florescia num esplendor ritual nunca visto.
O culto não tinha nada a ver com a vida: os mesmos que participavam nesses
ritos cultuais majestosos praticavam injustiças contra o pobre: o culto a
Jahwéh misturava-se com rituais pagãos provenientes dos cultos a Baal e
Astarte. É neste contexto que aparece Amós. Amós não é profeta profissional;
mas, chamado por Deus, deixa a sua terra e parte para gritar à classe dirigente
a sua denúncia profética. O episódio leva-nos até ao santuário de Betel.
Trata-se de um lugar considerado sagrado. De acordo com Gn 35,1-8, Jacob
construiu aí um altar e dedicou-o a Jahwéh.
Quando o Povo se dividiu em dois reinos, após a morte de Salomão (932 a .C.), os reis do norte
(Israel) potenciaram o culto em Betel, para impedir que os seus súditos
tivessem de deslocar-se a Jerusalém, situado no reino inimigo do sul (Judá).
Então, Betel transformou-se numa espécie de “santuário oficial” do
regime, onde o culto era financiado, em grande parte, pelo próprio rei. O
sacerdote que presidia ao culto era uma espécie de “funcionário real”,
encarregado de zelar para que os interesses do rei fossem defendidos. O
sacerdote do santuário era Amasias. Amós criticou as injustiças cometidas pelo
rei e pela classe dirigente; e, certamente, denunciou, nesse lugar, um culto
que era aliado da injustiça e que procurava comprometer Deus com os esquemas
corruptos dos poderosos.
MENSAGEM -
O sacerdote Amasias é o homem da religião oficial, voltada aos
interesses do rei, comprometida com o poder político. Trono e religião são
ligados por interesses mútuos, para manter o “statu quo” e os privilégios. O
próprio Amasias tem muito a perder já que é um funcionário real cuja função é
defender os interesses do rei. A religião de Amasias é uma religião escrava dos
interesses, que se ajoelha diante dos poderosos e que está fechada aos desafios
de Deus. A denúncia de Amós soa a rebelião contra os interesses do poder. Por
isso, Amós é denunciado, convidado a deixar o santuário e a voltar à sua terra
para “ganhar aí o seu pão”. A resposta de Amós deixa claro que o profeta é um
homem livre, que não atua por interesses humanos, mas por mandato de Deus. A
iniciativa de ser profeta não foi sua… Deus é que veio ao seu encontro e
convocou-o para a missão. O profeta não está preocupado com os interesses do
rei ou com os interesses do sacerdote Amasias,… Doa a quem doer. Ele não pode,
nem quer ficar calado… A sua missão vem de Deus e Deus é infinitamente maior do
que o rei. Amós anuncia o castigo para o
rei, para Amasias e para toda a nação infiel.
ATUALIZAÇÃO **¨ O profeta é um homem escolhido e enviado por Deus.
**¨ O profeta é um homem livre, que não se amedronta nem se dobra face
aos interesses dos poderosos. O profeta não pode calar-se perante a injustiça,
a opressão, a exploração.
**¨ Amasias é o homem
instalado nos privilégios, que cala a voz da própria consciência;
Amós é o
profeta livre da preocupação com os bens materiais, que não está preocupado com
a defesa dos próprios interesses, mas sim com a defesa dos interesses dos
pobres e marginalizados, que são os interesses de Deus.
SALMO
RESPONSORIAL / Sl 84 (85)
Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a
vossa salvação nos concedei!
•
Quero ouvir o que o Senhor irá falar: / é a paz que ele vai anunciar. / Está
perto a salvação dos que o temem, / e a glória habitará em nossa terra.
• A
verdade e o amor se encontrarão, / a justiça e a paz se abraçarão; / da terra
brotará a fidelidade, / e a justiça olhará dos altos céus.
• O
Senhor nos dará tudo o que é bom, / e a nossa terra nos dará suas colheitas; /
a justiça andará na sua frente / e a salvação há de seguir os passos seus.
EVANGELHO (Mc 6,7-13) Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele
tempo, Jesus chamou os doze, e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes
poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o
caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas. E Jesus disse
ainda: “Quando entrardes numa casa, ficai ali até vossa partida. Se em algum
lugar não vos receberem, nem quiserem vos escutar, quando sairdes, sacudi a
poeira dos pés, como testemunho contra eles!” Então os doze partiram e pregaram
que todos se convertessem. Expulsavam muitos demônios e curavam numerosos
doentes, ungindo-os com óleo.
AMBIENTE - À medida que o “caminho do Reino”
avança, os discípulos vão aparecendo cada vez mais ligados a Jesus e cada vez
mais implicados no projeto do Reino. Chamados por Jesus, eles
responderam positivamente a esse chamamento e seguiram-n’O; depois, durante a
caminhada que fizeram com Jesus, eles escutaram os ensinamentos de Jesus e
testemunharam os seus gestos e sinais. Formados por Jesus na “escola do Reino”,
os discípulos podem agora ser enviados ao mundo, a fim de anunciar a todos os
homens a chegada desse mundo novo que Jesus chamava o “Reino de Deus”. Romanos
14:17 Porque o reino de Deus não é
comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
MENSAGEM
O nosso texto é uma catequese sobre a missão dos discípulos de
Jesus.
Marcos
deixa claro que a iniciativa
do chamamento é de Jesus: Ele “chamou-os”.
São
enviados “doze”. Número simbólico,
que lembra as doze tribos do Povo de Deus. É a totalidade do Povo de Deus que é
enviada em missão. É provável que o envio “dois
a dois” tenha a ver com o costume judaico de viajar acompanhado, para ter
ajuda e apoio em caso de necessidade; pode também pensar-se que esta exigência
de partir em missão “dois a dois” tenha a ver com as exigências da lei judaica,
de acordo com a qual eram necessárias duas testemunhas para dar credibilidade a
qualquer anúncio (cf. Dt 19,15; Mt 18,16). Em qualquer caso, “dois a dois”
sugere que a evangelização tem dimensão comunitária. Quem anuncia o Evangelho,
anuncia-o em nome da comunidade.
“Deu-lhes poder sobre
os espíritos impuros”); representam aqui tudo aquilo que escraviza o homem e
que o impede de chegar à vida em plenitude. A missão dos discípulos é, pois, lutar
contra tudo aquilo – seja de caráter físico, seja de caráter espiritual – que
destrói a vida e a felicidade do homem. É da ação libertadora que nasce um
mundo novo, de homens livres – o mundo do “Reino”.
Na
perspectiva de Jesus, os discípulos devem partir para a missão, num
despojamento total de todos os bens e seguranças humanas… não devem levar nem pão, nem alforje, nem moedas, nem
duas túnicas. Os discípulos devem ser totalmente livres e não estar amarrados a
bens materiais; caso contrário, a preocupação com os bens materiais pode
roubar-lhes a disponibilidade para a missão. A eficácia da missão não depende
da abundância dos bens materiais, mas sim da ação de Deus. Finalmente, a
sobriedade e o desapego são sinais de que o discípulo confia em Deus.
Quando
forem acolhidos numa casa, devem aí
permanecer algum tempo e não devem saltar de um lugar para o outro, ao sabor
das amizades, dos interesses. Quando não forem recebidos num lugar, devem “sacudir o pó dos pés” ao
abandonar esse lugar: trata-se de um gesto que os judeus praticavam quando
regressavam do território pagão e que simboliza a renúncia à impureza. Aqui,
deve significar o repúdio pelo fechamento às propostas libertadoras de Deus.
Expulsavam demônios, curavam
os doentes. Trata-se de continuar a missão de Jesus: libertar o homem de tudo
aquilo que o oprime e lhe rouba a vida, para fazer aparecer um mundo de homens
livres e salvos (“Reino de Deus”).
O anúncio
que é confiado aos discípulos é o anúncio que Jesus fazia (o “Reino”); os
gestos que os discípulos são convidados a fazer para anunciar o “Reino” são os
mesmos que Jesus fez. Jesus convida a Igreja (os discípulos) a continuar na
história a obra libertadora que Ele começou em favor do homem.
ATUALIZAÇÃO
**¨ Deus age, hoje, no mundo através desses discípulos que aceitaram o
chamado de Jesus e embarcaram na aventura do “Reino”. Eles continuam hoje a
obra de Jesus e anunciam – com palavras e com gestos – esse mundo novo de
felicidade sem fim que Deus quer oferecer aos homens.
**¨ Jesus não chama apenas um grupo de “especialistas” para dar
testemunho do “Reino”. É a totalidade do Povo de Deus (os “doze”) que é
enviada, a fim de continuar a obra de Jesus no meio dos homens e anunciar-lhes
o “Reino”.
**¨ A missão dos discípulos de Jesus é lutar contra tudo que escraviza
o homem e que o impede de ser feliz. Hoje há estruturas que geram guerra,
violência, terror, morte: a missão dos discípulos de Jesus é contestá-las e
desmontá-las; hoje há “valores” (apresentados como o “último grito” da moda, do
avanço cultural ou científico) que geram escravidão, opressão, sofrimento: a
missão dos discípulos de Jesus é recusá-los e denunciá-los; hoje há esquemas de
exploração (disfarçados de sistemas econômicos geradores de bem estar) que geram
miséria, marginalização, exclusão: a missão dos discípulos de Jesus é
combatê-los. A proposta libertadora de Jesus tem de estar presente (através dos
discípulos) onde houver um irmão vítima da escravidão e da injustiça.
** o discípulo nunca deve fazer dos bens materiais a sua prioridade
fundamental. O discípulo que erige os bens materiais como a prioridade da sua
vida sentirá sempre a tentação de se calar, de não incomodar os poderosos, a
fim de preservar os seus interesses econômicos e os seus benefícios
particulares.
**¨ Com frequência os discípulos de Jesus têm de lidar com a oposição
e a recusa da proposta que eles testemunham. É um fato que deve ser visto com
normalidade e compreensão.
8. SEGUNDA LEITURA (Ef 1,3-14) Leitura
da Carta de São Paulo aos Efésios. Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus
Cristo. Ele nos abençoou com toda a bênção do seu Espírito em virtude de nossa
união com Cristo, no céu. Em Cristo, ele nos escolheu, antes da fundação do
mundo, para que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu olhar, no amor. Ele
nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por intermédio de Jesus
Cristo, conforme a decisão da sua vontade, para o louvor da sua glória e da
graça com que ele nos cumulou no seu Bem-amado. Pelo seu sangue, nós somos
libertados. Nele, as nossas faltas são perdoadas, segundo a riqueza da sua
graça, que Deus derramou profusamente sobre nós, abrindo-nos a toda a sabedoria
e prudência. Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, o desígnio benevolente
que de antemão determinou em si mesmo, para levar à plenitude o tempo
estabelecido e recapitular em Cristo o universo inteiro: tudo o que está nos
céus e tudo o que está sobre a terra. Nele também nós recebemos a nossa parte.
Segundo o projeto daquele que conduz tudo conforme a decisão de sua vontade,
nós fomos predestinados a sermos, para o louvor de sua glória, os que de
antemão colocaram a sua esperança em Cristo. Nele também vós ouvistes a palavra
da verdade, o evangelho que vos salva. Nele, ainda, acreditastes e fostes
marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo, que é o penhor da
nossa herança para a redenção do povo que ele adquiriu, para o louvor da sua
glória.
sinopse:
“Deus nos escolheu,
antes da criação do mundo, para sermos santos. Ele nos predestinou para sermos
seus filhos adotivos, por Jesus Cristo. N’Ele, pelo seu sangue deu-nos a
conhecer o mistério da sua vontade: Em Cristo fomos constituídos herdeiros para
servir à sua glória. Fostes marcados pelo Espírito Santo para a redenção do
povo que Deus adquiriu para louvor da sua glória”.
AMBIENTE
A cidade
de Éfeso, capital da Província romana da Ásia. Importante porto e numerosa
população. Paulo fez de Éfeso o quartel-general, a partir do qual evangelizou
toda a zona ocidental da Ásia Menor.
Alguns
vêem nesta carta uma síntese da teologia paulina. O tema mais importante da
carta é aquilo que o autor chama “o mistério”: trata-se do projeto salvador
de Deus, revelado e concretizado plenamente em Jesus e tornado presente no
mundo pela Igreja.
MENSAGEM
A ação de
graças dirige-se a Deus, pois Ele é a fonte última de todas as graças concedidas
aos homens. Essas graças atingiram os homens através do Filho, Jesus Cristo.
O Pai, no
seu amor, elegeu-nos “para sermos santos”.
A palavra “santo” indica que foi separado do mundo e consagrado a Deus, para o serviço
de Deus. Além de nos eleger, o Pai predestinou-nos “para sermos seus filhos adotivos”. Através de Cristo, o Pai ofereceu-nos a sua
vida e integrou-nos na sua família na qualidade de filhos. O fim desta ação de
Deus é o louvor da sua glória. “Eleição” e “adoção como filhos” resultam do
imenso amor de Deus pelos homens – um amor que é gratuito, incondicional e
radical. A morte de Jesus na cruz é o sinal evidente do espantoso amor de
Deus pelos homens; e dessa forma, Deus ensinou-nos a viver no amor total e
radical. Através de Cristo, Deus derramou sobre nós a sua graça, tornando-nos
pessoas novas e diferentes, capazes de viver no amor. Assim, Deus
manifestou-nos o seu projeto de salvação
e que consiste em levar-nos a uma identificação plena com Jesus. Da ação
redentora de Cristo nasceu, pois, um Homem Novo, capaz de um novo tipo de relacionamento
(não marcado pelo egoísmo, pelo orgulho, pela auto-suficiência, mas marcado
pelo amor e pelo dom da vida) com Deus, com os outros homens e mulheres e com
toda a criação. Dessa forma, em Cristo fomos constituídos filhos de Deus e
herdeiros da salvação, conforme o projeto de Deus preparado desde toda a
eternidade em nosso favor (vers. 11-12).
Os que
aderiram a Jesus foram marcados pelo “selo” do Espírito. Esse “selo” é a marca
que atesta a nossa integração na família divina e a garantia de que um dia
participaremos na vida eterna, plena e verdadeira, conforme o plano que Deus
tem para nós.
ATUALIZAÇÃO
**¨ Deus tem um projeto de
vida plena e total para os homens, um projeto que desde sempre esteve na mente
de Deus: não somos um acidente de percurso na evolução do cosmos, mas somos
atores principais de uma história de amor que o nosso Deus sempre sonhou e que
Ele quis escrever e viver conosco. No
meio das nossas desilusões e dos nossos sofrimentos, da nossa finitude e do
nosso pecado, dos nossos medos e dos nossos dramas, não esqueçamos que somos
filhos amados de Deus, a quem Ele oferece continuamente a vida definitiva, a
verdadeira felicidade.
**¨ Deus “elegeu-nos… para sermos santos e irrepreensíveis”. “ser
santo” significa ser consagrado para o serviço de Deus; tentar descobrir o
plano de Deus e concretizá-lo dia a dia com verdade, fidelidade e radicalidade.
**¨ Jesus veio ao nosso encontro, cumprindo
com radicalidade a vontade do Pai e oferecendo-Se até à morte para nos ensinar
a viver no amor.
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A
Missão
A Liturgia de hoje nos convoca à MISSÃO de anunciar Jesus Cristo, com a fé e com as obras.
A MISSÃO é o tema central desse domingo.
As Leituras bíblicas ilustram com alguns exemplos:
Na 1a Leitura, temos
a Missão
de AMÓS: (Am 7, 12-15)
Após a morte de Salomão, o reino por ele deixado dividiu-se
em dois:
Israel ao norte e Judá ao Sul.
No Reino do Norte, a prosperidade das classes favorecidas contrastava
com a miséria das classes baixas. O Rei, para se firmar no poder, manipulou a
própria religião:
Proibiu as peregrinações a Jerusalém (no sul), criou o
templo de Betel, pagava os sacerdotes e custeava os cultos solenes do templo, mas
em troca de um apoio político…
Nesse ambiente, Amós, um humilde Pastor do Sul, é enviado a
profetizar no Norte, para denunciar as injustiças cometidas pelo rei e pelas
classes dominantes.
Sua palavra incomoda os "poderosos" e sofre forte
rejeição e oposição.
- No texto, Amós entra em conflito com Amasias, o sacerdote
oficial, que administra o santuário de Betel, aliado aos interesses do rei e é
expulso: "Sai daqui, vá para Judá…
Come lá o teu pão e profetiza por lá..."
Amós responde que não é profeta de profissão. É de vocação: "Sou vaqueiro e cultivo figos
silvestres. Mas o Senhor me tirou do rebanho e me ordenou: VAI PROFETIZAR
o meu povo, Israel." Amós não se compromete com as amarras humanas do
poder...
A 2ª Leitura é um Hino que
exalta o Plano de Deus:
Deus nos escolheu antes da criação do mundo e nos predestinou a sermos seus filhos adotivos,
em Cristo (Ef 1, 3-14)
No Evangelho, temos a Missão
dos Apóstolos: (Mc 6, 7-13)
+ Jesus CHAMA os 12 e os ENVIA dois a dois
a pregar.
O texto é uma Catequese sobre a Missão dos discípulos no
mundo:
- A Origem
do chamado está em Deus: o critério da escolha é misterioso...
- "Os doze" representam a
totalidade do Povo de Deus.
- "Dois a dois" lembra que a
evangelização é feita em nome da Comunidade
e deve estar em
sintonia com a fé da COMUNIDADE.
+ Dá algumas recomendações,
válidas aos discípulos de todos os tempos:
- Deu-lhes o poder
de libertar dos espíritos impuros, dos males:
Tudo aquilo que se
opõe à vida e à dignidade humana: a miséria, a injustiça, a fome...
- Exigências:
- dos Apóstolos:
Sobriedade e despojamento dos bens e seguranças humanas...
A eficácia da
missão depende da ação de Deus.
- dos
Destinatários: Hospitalidade e Acolhida...
- aceitar a
Palavra de Deus…
- acolher o
Enviado de Deus e prover às suas necessidades…
Quem não o acolhe... fecha para si o caminho
da salvação.
- Conteúdo:
- com o Anúncio: CONVERTER-SE e
CRER no evangelho...
-
com Sinais de libertação e de cura.
- Alerta: Nem
todos irão acolher a sua mensagem...
Encontrarão
resistências, desinteresse e recusas...
+ Cristo ainda hoje nos chama e envia: "Vai profetizar… Vai evangelizar…"
Não importa a nossa profissão, nosso estado de vida, nossa
cultura:
Vaqueiro como Amós ou Pescador como os apóstolos...
Importa, sim, a acolhida generosa ao chamado do Senhor.
O que é EVANGELIZAR?
Continuar a missão de Jesus, que exige: Converter-se... Crer
no evangelho... Libertar os oprimidos... Estar desprendido dos bens terrenos...
Confiante na Misericórdia...
+ A Igreja nos convida a evangelizar:
Após analisar a
realidade brasileira, os Bispos do Brasil concluíram que a missão prioritária
da Igreja nos próximos anos é EVANGELIZAR.
Como?
EVANGELIZAR a
partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra
e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para
que todos tenham vida rumo ao Reino definitivo.
O que significa para nós, hoje:
"Vai profetizar o
meu povo, Vai evangelizar o meu povo"?
- Quem é esse povo para o qual somos enviados a
evangelizar?
- De que devemos nos despojar para conseguir uma
eficácia maior em nosso trabalho
apostólico?
- Quais os demônios que devemos expulsar hoje?
Só com a graça e a força do Senhor se pode proclamar e semear
a semente do Reino.
No caminho missionário o Senhor nos convida a levar conosco o
cajado da fé e as sandálias da esperança, o pão de sua palavra que alimenta e
sacia e a túnica que cobre o necessitado.
Todo Batizado deve ser missionário em seu ambiente...
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe.
Pedrinho
Meus
irmãos e irmãs, a liturgia neste final de semana nos chama a atenção para dois
aspectos importantes; um, que Deus quer precisar do ser humano, não somente
Amós é enviado a profetizar, como também cada um de nós é chamado a ser
profeta. O profeta, muitas vezes é confundido com aquele que prevê futuro. Isto
não existe, porque o futuro a Deus pertence. O máximo que conseguimos fazer é
projetar, dado a situação atual, projetar o que vai acontecer daqui a alguns
meses. Mal dá para se falar de um ano. O profeta não é o que adivinha as coisas.
Por que eu estou dizendo isto? Porque aqui diz: “Naqueles dias, disse Amasias,
sacerdote de Betel, a Amós: “Vidente... primeiro é necessário que agente veja;
isto é, saiba confrontar a situação, o mundo, com aquilo que Deus nos fala. Se,
por exemplo, há pobres, certamente não é de acordo com a vontade de Deus. Por que?
Porque Deus já disse que justiça e paz te abraçarão. É o salmo de hoje. Ora, se
eu percebo que as pessoas não respeitam umas as outras, então, eu digo: isto não
é vontade de Deus. Porque Deus já nos predestinou a sermos seus filhos. Nenhum pai, nenhuma mãe quer que um irmão desfaça do
outro. Há um sofrimento profundo quando isto acontece. Então, veja, que o
vidente, o profeta tem que ter um ponto de referência. A referência do vidente,
do profeta é sempre a Palavra de Deus. Mas, tem um segundo aspecto, que às
vezes é mal compreendido por nós; São Paulo fala da PREDESTINAÇÃO. E, aqui não é
tão fácil nós compreendermos São Paulo, porque nós estamos habituados, como
aquilo que normalmente se compreende por predestinado. Normalmente, nós
compreendemos predestinado assim: alguém que tem um destino e tem que cumprir
este destino. Ora, este destino não existe. Porque, então, nós não teríamos
liberdade, sequer de pecar ou de não pecar. Já estaria traçado; você não vai
pecar, e eu predestinado a pecar. Então, por mais que você quisesse, não
conseguiria pecar, e eu por mais que quisesse, não conseguiria deixar de pecar.
Não. Não é assim. A PRÉ-DESTINAÇÃO significa que Deus quer tratar todo homem e
toda mulher como seus filhos. Isto está predestinado. Para isso Ele chama o
mundo. E, já o provérbio, desde o capítulo 8, diz: desde a criação do universo,
já Deus e a Sabedoria estavam alí presentes para realizar todas as coisas. E, São
João vai nos ajudar a compreender que a Sabedoria que estava ao lado de Deus, é
o próprio Jesus Cristo: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o
Verbo era Deus. Tudo foi feito por Ele... de tudo que existe”. De tal maneira, que a predestinação é
exatamente esta: Deus criou todo o universo para que o ser humano pudesse, de
verdade, conhecer o amor de Deus e escolhe-lo como seu Pai, como seu criador,
seu mentor, seu orientador. A predestinação é esta. Agora, é evidente, que Deus
na sua divindade garante, para cada ser humano, a liberdade. Liberdade de
dizer: “Eu quero ser seu filho” e liberdade de dizer: “Eu não quero ser seu
filho”. Então, a predestinação existe, mas não a DETERMINAÇÃO. A orientação
existe, mas não a imposição. O desejo existe, mas não a obrigação. Cada um deve
acolher Deus, de livre e espontânea vontade.
Aqui é
que entra a segunda leitura e o Evangelho. A segunda leitura dizendo que somos
predestinados ao amor de Deus e o Evangelho dizendo como podemos escolher
aquilo que não conhecemos? Aqui que entra o nosso papel. Por que será que nós
conhecemos Jesus e outros não? Será atoa?
Não. É uma graça de Deus. É uma graça que nos foi concedida, mas seria muito
egoísmo de nossa parte, que esta graça fosse dada somente a nós. É aí que Jesus
envia dois a dois para Evangelizar. Envia dois a dois para anunciar, para
ajudar as pessoas a compreender quem é Deus. É claro que existe uma compreensão
equivocada, uma maneira de ver Deus errada, quando vê Deus como aquele que não
permite que eu seja feliz, que não permite que eu viva como um ser humano
normal, que me proíbe tudo, que me impede de celebrar qualquer coisa. Não é
assim. Muito pelo contrário. Deus é aquele que nos garante vida e vida em abundância.
É aquele que quer que todos nós sejamos felizes aqui, nesta vida e na vida
eterna. Ele não mediu esforço para isto, ao ponto que Ele se torna um ser
humano, se tem alguém que vai sofrer, é Ele que vai sofrer tudo, exatamente
para nos poupar. Seu sangue acaba nos garantindo toda esta alegria e esta
liberdade. Agora, é evidente que nós somos livres, já falei isto várias vezes, para
fazer o bem. Mas isto não deveria ser só daquele que teme a Deus. Isto deveria
ser para todo ser humano. Todo ser humano deveria ser livre só para fazer o
bem. É evidente, que nós somos limitados, aqui e ali aconteceram problemas, e a
gente ia acabar errando, mas ficaria visível que foi um equivoco, sem querer. É
claro, que ali não seria nem pecado. De fato, é algo que você conserta e vai em
frente.
Agora,
que o mundo prega é que somos livres para fazer o que quiser. Quando acontece
isto, nem como animal o ser humano acaba se comportando. Se formos ver os
animais, que não tem raciocínio, eles não fazem o mal. Eles só procuram a sua
defesa. É diferente. Entre nós, não. Entre nós, muitas vezes, existe o mal. Existe
o mal feito por opção, por escolha; isto não vem de Deus. Então, quem não quer
fazer somente o bem, acha Deus um empecilho. Claro! Mas não é o caso. Nós cremos
em Jesus Cristo, cremos em Deus. Nós cremos que Ele nos garante o bem.
Isto é
o grande convite que nós somos chamados a apresentar para os outros. De tal
maneira, que as pessoas conhecendo a Deus, possa escolher a favor de Deus,
possa aceitar de ser seus filhos. Agora, se não quiserem me ouvir? O Evangelho
diz: simplesmente faça a sua parte. Não querem te ouvir? – é uma expressão –
pega suas sandálias, sacode a poeira e vau embora. Pelo menos, tentamos. Agora,
tem um detalhe: este Evangelho vai ainda aparecer daqui a alguns dias. Os discípulos
vão acreditar na Palavra de Jesus, vão e vão voltar felizes da vida, porque se
surpreenderam: conseguiram realizar a missão que nem imaginavam. Por que? Porque
quando eu me coloco a disposição de Deus, Deus realiza o restante.
Então,
meus irmãos e irmãs, isto é uma palavra de ânimo para nós. Muitas vezes as
pessoas dizem: não consigo falar nem em casa! Não tem problema. Vai tentando,
vai falando, coloque-se a disposição de Deus. Se na sua casa todos já conhecem,
tem o vizinho. Eu não vou ser aquele
inconveniente que vai parar uma festa e dizer: “agora, todos vão ouvir a
Palavra”. Não. Não é assim. Nós vamos tratar disso, conversando eu e a pessoa
num momento que me pedem uma mensagem, na hora de fazer o bem, enfim, no dia a dia de
nossa existência. Que ninguém desanime, que ninguém ache impossível, mas peça a
força da Eucaristia para poder viver e para poder pregar a Palavra.
Louvado
seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho
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Homilia de D.
Henrique Soares
Hoje, a santa Palavra que
Deus nos dirige nos fala de duas realidades: nossa missão de profetas e a
mensagem de devemos comunicar.
Primeiro, a vocação de
profeta. Escutamos na primeira leitura como Amós não poderia se calar. Ele
mesmo reconhece: “Não sou profeta nem sou filho de profeta; sou pastor de gado
e cultivo sicômoros. O Senhor chamou-me, quando eu tangia o rebanho, e o Senhor
me disse: ‘Vai profetizar para Israel, meu povo!’” Amós não era profeta
profissional nem era de uma família tradicional de profetas. E, no entanto, o
Senhor o tirou de trás do rebanho, tirou-o da sua vida, e o mandou falar em seu
nome ao povo de Israel. No evangelho, vimos Jesus chamando os Doze e os
mandando em missão: sem levar nada, confiando somente em Deus, correndo o risco
de serem incompreendidos e rejeitados, eles deveriam ir, anunciando o Reino de
Deus, que exige mudança de vida, conversão de pensamento, atitudes e modo de
agir…
Meus caros, ainda hoje é
assim; entre nós é assim! Deus continua falando, Deus continua escolhendo
profetas, Deus continua dirigindo seu chamado ao mundo e a cada pessoa. Se
escutarmos com atitude de fé a Palavra santa, se na oração nos abrirmos aos
seus apelos, se estivermos atentos ao que ele nos fala no nosso coração,
descobriremos que o Senhor também nos envia! Isso mesmo: todo cristão, pelo
Batismo e a Crisma, participa da missão do Cristo Jesus, a missão de anunciar o
Reino de Deus, revelando a face do Pai, que Jesus nos veio mostrar! É verdade
que, na Igreja, há aqueles chamados para o ministério ordenado: Bispos, padres
e diáconos que, em nome de Cristo, apascentam o rebanho e anunciam o Evangelho.
Eles são os primeiros responsáveis pelo anúncio da Palavra de Deus. Mas, todo o
povo de Deus, todos os batizados e crismados, cada um de nós, tem a missão de
falar em nome do Senhor e, em nome de Cristo, levar a luz nas trevas, a paz nas
tensões e angústias, a esperança no desespero, a vida nova nas situações de morte.
Somos todos um povo de profetas, caríssimos e, se nos calarmos, se nos
omitirmos, seremos culpados de escondermos e sufocarmos a Palavra do Senhor de
que o mundo tanto necessita!
Aqui cabe um urgente exame de
consciência. Quantas oportunidades temos de falar de Cristo, de anunciar a
vontade e o plano de Deus, de dar testemunho do seu amor e da sua presença – e
nos calamos, nos omitimos, como se Cristo não fosse uma questão nossa! Quantas
vezes somos cristãos cansados, cristãos omissos, cristãos comodistas! Os pais
aqui presentes têm anunciado Jesus a seus filhos, têm sido seus primeiros
evangelizadores e catequistas? Têm rezado com eles? Têm procurado lavá-los à
Igreja? Marido e mulher, têm sido um para o outro um sinal de Deus, uma palavra
e uma presença de Cristo? Têm procurado construir o lar como um sinal do Reino
dos Céus? E os jovens cristãos, têm sido sinal de Nosso Senhor no mundo em que
vivem? Têm feito e vivido as várias experiências da vida como discípulos de
Cristo? Eis, meus caros irmãos! Não esqueçamos que nós somos os profetas, nós
somos os enviados do Senhor! É esta a primeira lição que hoje a Palavra de Deus
nos dá. No trabalho, no amor, no descanso, no estudo, nas relações sociais
somos as testemunhas do Senhor nosso! Um dia, certamente seremos cobrados por
isso; o Senhor nos pedirá contas!
Um segundo aspecto para nossa
meditação é o que diz São Paulo na segunda leitura. Aí ele apresenta de modo
maravilhoso aquilo que devemos comunicar ao mundo com a palavra e com a vida,
isto é, o conteúdo da nossa fé cristã, o grande sonho de Deus para o mundo e
para a humanidade. O que nos diz o Apóstolo? Diz-nos que antes da criação do
mundo, o Pai sonhou conosco! As montanhas ainda não existiam, as estrelas ainda
não brilhavam e o Pai, em Cristo, já sonhava em criar tudo, em nos criar – a
mim e a você – e nos mandar o seu Filho amado. Por ele, o Pai criou tudo, por
ele, na força do Santo Espírito, o Pai, desde o princípio, cumulou de bênçãos a
sua criação. Seu maior sonho era nos mandar Jesus, o Filho feito um de nós,
para que ele nos levasse à plenitude da amizade com o Pai na potência do
Espírito. E quando nós pecamos, quando a humanidade, desde o princípio,
fechou-se para Deus e para o seu sonho, o Pai nem assim desistiu do seu amor:
na plenitude dos tempos ele enviou o seu Cristo para que, morrendo na cruz, ele
nos libertasse do nosso pecado de teimosia e fechamento e, enchendo-nos do seu
Espírito Santo, nos desse já o gostinho, as primícias da vida eterna. Essa
vida, nós já a experimentamos aqui, em Jesus, ouvindo sua Palavra, convivendo
com os irmãos como membros da Santa Igreja e, sobretudo, participando dos
santos sacramentos, de modo especial da Eucaristia, que é Pão do céu, alimento
que nos traz já o sabor da vida de Deus.
Eis, caríssimos! Somos enviados
por Jesus ao mundo para testemunhar o plano, o sonho de amor para toda a
humanidade, que o Pai desde toda eternidade acalentou e realizou em Cristo
Jesus, tornando-o presente para nós pelo ministério da Igreja! Estejamos certos
de uma coisa: somos parte desse sonho, somos cooperadores desse sonho! Que
nossa vida, nossas palavras, nosso compromisso, testemunhem tornem presente
esse sonho lindo de Deus!
Olhemos a cruz, conseqüência
do nosso pecado, e tomemos consciência do quanto somos caros a Deus, do quanto
somos preciosos, do quanto somos amados e do quanto somos chamados a amá-lo e
participar da obra de salvação do mundo!
É esta a mensagem deste
Domingo, é este o apelo do Senhor! Não sejamos surdos, mas como Amós, como os
Doze primeiros, sejamos sementes do Reino de Deus. Amém.
Dom Henrique Soares da Costa
à PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos
e ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR:
(QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor, convertei o nosso
coração para Vós.
à Senhor, nosso Deus e Pai! Vos
louvamos e agrademos pelo vosso amor. Muito nos amais nos enviando o vosso
Filho único; Bendito sejais para sempre!
T: Senhor, convertei o nosso
coração para Vós.
à Senhor, nosso Deus e Pai! Pelo
batismo nos tornastes vossos profetas para anunciar o vosso amor a todos os
vossos filhos e filhas. Vós sois a nossa força; vinde sempre em nosso auxílio!
T: Senhor, convertei o nosso
coração para Vós.
à Senhor, nosso Deus e Pai! Muitas
vezes pensamos em nossos projetos e não no vosso projeto. Transformai o nosso
coração para que tenhamos mais amor ao vosso Reino.
T: Senhor, convertei o nosso
coração para Vós.
à Senhor, nosso Deus e Pai!
Enviai-nos o Espírito Santo para nos iluminar e nos encorajar na ação de cada
dia.
T: Senhor, convertei o nosso
coração para Vós.
!... Elevemos ao Pai a oração que Jesus nos
ensinou:
- Pai nosso... A paz de
Cristo... Cordeiro de Deus
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