SOLENIDADE DO CORPO E SANGUE DE
JESUS CRISTO
ADAPTAÇÃO: DIÁCONO ISMAEL – ANO 2016
EUCARISTIA: EIS O
MISTÉRIO DA FÉ!
01. ACOLHIDA
Animador(a) - Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, Deus nos reúne para festejar Jesus Cristo na Eucaristia, a nova e eterna
aliança que firmou com a humanidade. Nesta solenidade do Santíssimo Corpo e
Sangue de Cristo, somos convidados a anunciar o Evangelho na fidelidade a
Cristo e aos irmãos. A Eucaristia é, por excelência, “mistério de fé”. A fé da
Igreja alimenta-se, de modo particular, da mesa da Eucaristia. Vivendo em
plenitude esta solenidade, em comunhão com o Pai e com os irmãos. Cantemos:
[Procissão
de entrada: crucifixo, velas, EVANGELIÁRIO (diácono), leitores, ministros,
presbíteros e presidente.]
02. 1. CANTO DE ABERTURA
Presidente - Reunidos no amor de Cristo
como comunidade nascida de seu coração aberto na cruz, façamos o sinal da nossa
fé, cantando.
T.: Em nome do
Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo. Amém!
Animador(a) - Irmãos amados, o pão
nosso de cada dia nos dai hoje! O pão que dá a vida é o próprio Jesus Cristo.
Na oferta de si, Ele nos convida a partilhar o que temos e somos como uma
oferta de amor e louvor. Eucaristia é oferta de Cristo e nossa como seus
discípulos.
Pres.: Irmãos eleitos segundo a
presciência de Deus Pai, pela santificação do Espírito para obedecer a Jesus
Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam
concedidas abundantemente.
T. Bendito seja
Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.
3. ATO
PENITENCIAL
Pres.:
O Senhor Jesus, que nos convida à mesa da Palavra e da Eucaristia, nos
chama à conversão. Reconheçamos ser pecadores e invoquemos com confiança a
misericórdia do Pai. (pausa). Cantemos:
Canto do perdão:
Senhor, tende
piedade / e perdoai a nossa culpa; / e
perdoai a
nossa culpa!
Porque nós somos vosso povo, / que vem
pedir vosso perdão!
Cristo, tende
piedade / e perdoai a nossa culpa; / e perdoai
a nossa culpa!
Porque nós somos vosso povo, / que vem
pedir vosso perdão!
Senhor, tende
piedade / e perdoai a nossa culpa; / e
perdoai a
nossa culpa!
Porque nós somos vosso povo, / que vem
pedir vosso perdão!
Pres.: Deus todo-poderoso tenha
compaixão de nós, perdoe os nossos
pecados e nos
conduza à vida eterna.
T.
Amém.
4. HINO DE LOUVOR
Glória, glória! Anjos no céu / cantam todos
seu amor!
/ E na terra, homens de paz: / “Deus merece
o louvor!”
1. Deus e Pai,
nós vos louvamos, / adoramos, bendizemos,
/ damos glória
ao vosso nome, / vossos dons agradecemos.
2. Senhor
nosso Jesus Cristo, / Unigênito do Pai, / Vós,
de Deus
Cordeiro santo, / nossas culpas perdoai.
3. Vós, que
estais junto do Pai / como nosso intercessor,
/ acolhei
nossos pedidos, / atendei nosso clamor.
4. Vós somente
sois o Santo, / o Altíssimo, o Senhor, /
com o Espírito
Divino, / de Deus Pai no esplendor.
5. ORAÇÃO
[ MISSAL PG 381 ]
Pres.:
Oremos: (pausa) Senhor Jesus Cristo, neste admirável sacramento nos
deixastes o memorial da vossa paixão. Dai-nos venerar com tão grande amor o
mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, que possamos colher continuamente os
frutos da vossa redenção. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.
T. Amém.
Animador(a) A fé cristã só
tem sentido quando doada a serviço do outro. Os doze cestos de pedaços nos
recordam a partilha feita com amor, tal
qual Jesus Cristo, sumo e eterno sacerdote, fez com sua vida para nossa
reconciliação com Deus
6. PRIMEIRA LEITURA (Gn 14,18-20)
07. SALMO RESPONSORIAL (109)
Tu és sacerdote eternamente segundo a ordem do rei Melquisedec! (bis)
8. SEGUNDA LEITURA (1Cor 11, 23-26) Leitura do Livro do Gênesis.
Naqueles dias, Melquisedec, rei
de Salém, trouxe pão e vinho e, como sacerdote do Deus Altíssimo, abençoou
Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, criador do céu e da
terra! Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou teus inimigos em tuas mãos!”
E Abrão entregou-lhe o dízimo de tudo. Palavra do Senhor.
09. SEQUÊNCIA DE CORPUS CHRISTI
Terra,
exulta de alegria, / louva teu pastor e guia / :Com teus hinos, tua voz.:
(Bis).
Tanto
possas, / tanto ouses, / em louvá-lo não repouses. / :Sempre excede o teu
louvor.: (Bis).
Hoje
a Igreja te convida: / ao pão vivo que dá vida / :vem com ela celebrar!: (Bis).
Este pão, que o mundo creia, / por Jesus, na
santa ceia, / :foi entregue aos que escolheu.: (Bis).
Nosso
júbilo cantemos, / nosso amor manifestemos, / :pois transborda o coração.:
(Bis).
Quão
solene a festa, / o dia; / que da santa eucaristia / nos recorda a
instituição.: (Bis).
Novo
Rei e nova mesa, / nova Páscoa e realeza, / :foi-se a páscoa dos judeus.:
(Bis).
Era
sombra o antigo povo, / o que é velho cede ao novo, / :foge a noite, chega a
luz.: (Bis).
O
que o Cristo fez na ceia, / manda à Igreja que o rodeia / :repeti-lo até
voltar.: (Bis).
Seu
preceito conhecemos: / pão e vinho consagremos / :para a nossa salvação.: (Bis)
10. ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Aleluia, aleluia, aleluia. (Bis)
Eu sou o pão vivo descido do céu;
/ quem deste pão
come, sempre há de viver.
11. EVANGELHO (Lc 9,11b-17) Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas. T. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, Jesus acolheu as
multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam.
A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram:
“Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar
hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. Mas Jesus disse:
“Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois
peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. Estavam
ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o
povo sentar-se em grupos de cinquenta”. Os discípulos assim o fizeram, e todos
se sentaram. Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos
para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à
multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze
cestos dos pedaços que sobraram. Palavra da Salvação.
12. PARTILHA DA PALAVRA (Homilia)
12. PROFISSÃO DE FÉ
T. Creio em Deus Pai todo-poderoso...
12. PRECES DA COMUNIDADE
Diácono: Apresentemos as preces que
brotam de nosso coração agradecido, bendizendo a Deus pelo dom de Sua vida
doada a nós em cada eucaristia.
(Preces da comunidade)
L.
T.
Diácono: Deus da vida, dai-nos aquilo de que necessitamos e vinde
em auxílio de nossa fraqueza. P.C.N.S.
T. Amém.
LITURGIA
EUCARÍSTICA
Animador(a): Levemos ao
altar nosso pão e nosso vinho para que, lenificados
pela graça de Deus, nos sejam
devolvidos como o Corpo e o Sangue do Senhor, partilhados
conosco, para que partilhemos a
vida como Ele.
14. APRESENTAÇÃO DOS DONS
Canto:
15. ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS 403 à
[ MISSAL PG 381 ]
Pres.: Orai, irmãos e irmãs...
T. Receba o Senhor por tuas mãos
este sacrifício, para a glória do seu nome, para nosso bem e de toda a santa
Igreja.
Pres.: Concedei, ó Deus, à vossa Igreja os dons da unidade e
da paz, simbolizados pelo pão e o
vinho que oferecemos
na sagrada Eucaristia. P.C.N.S.
T. Amém.
16. ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
Prefácio da Santíssima
Eucaristia, II
[ MISSAL PG 440 ]
Os frutos da Santíssima
Eucaristia
Pres.: O Senhor esteja convosco.
SANTO,
SANTO, SANTO [
MISSAL PG 482 ]
..............
...............
Pres.: Por Cristo, com Cristo, em Cristo, [
MISSAL PG 500 ]
18. ABRAÇO DA PAZ
Diácono: Como filhos e filhas do Deus da paz, saudemo-nos com um
gesto de comunhão fraterna.
Eis o Cordeiro...
17. RITO DA COMUNHÃO
Animador(a): Quem come a
minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, diz o Senhor.
18. CANTO DE COMUNHÃO
[APÓS a comunhão, preparar o Ostensório para a
procissão]
19. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pres.: Oremos: (pausa)
Dai-nos, Senhor Jesus, possuir o gozo eterno da vossa divindade, que já
começamos a saborear na terra, pela comunhão do vosso Corpo e do vosso Sangue.
Vós, que viveis e reinais para sempre.
T. Amém.
PROCISSÃO
COM O SANTÍSSIMO SACRAMENTO
Presidente - Em silêncio, adoremos o Senhor da vida e da história.
(pausa)
Animador(a) - A Eucaristia é a maneira
como Jesus continua nos amando através dos tempos para que cada um de nós se
transforme e viva seu amor. Manifestando nosso desejo de viver em comunhão com
Jesus e os irmãos, vamos iniciar nossa procissão, louvando e adorando a Jesus
no Santíssimo Sacramento.
[ Inicia-se a procissão: à frente vai o incenso, o
crucifixo, velas e o Santíssimo. Preparar em lugar bem visível as paradas com
os símbolos e o lugar para o Santíssimo.
Iniciando a
procissão, tocam-se sinos e campainhas e canta-se.
1 - Glória a Jesus na Hóstia
Santa que se consagra sobre o altar e aos nossos olhos se levanta para o Brasil
abençoar.
Que o Santo Sacramento que é o
próprio Cristo Jesus, seja adorado e seja amado nesta terra de Santa Cruz.
(bis)
2 - Glória a Jesus prisioneiro do
nosso amor, a esperar. Lá no Sacrário, o dia inteiro, que o vamos todos
procurar.
3 - Glória a Jesus, Deus
escondido, que vindo a nós na comunhão. Purificado, enriquecido, deixa nos
sempre o coração.
4 - Glória a Jesus, que ao rico,
ao pobre, se dá na Hóstia em alimento e faz do humilde e faz do nobre um outro
Cristo em tal momento.
- 1ª PARADA – (o local está
enfeitado com símbolos)
EUCARISTIA E A FÉ (homens e mulheres)
Leitor(a) 1 - A Fé nos introduz na vida
de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja. Atravessar aquela Porta
significa embrenhar-se num caminho que dura a vida inteira. Este caminho tem
início com o nosso batismo, onde nossos pais falaram em nosso nome e hoje aqui
estamos para isso confirmar. Esta nossa caminhada é uma afirmação de que
adoramos a Jesus, Verbo do Pai encarnado, que nos foi enviado para ser o nosso
libertador, o nosso caminho para o Pai. Com a sua morte e ressurreição, Jesus
nos ensina que a Vida doada por amor jamais é vida perdida, mas, por ser vida
em Deus, permanece eternamente.
Leitor(a) 1 - Rezemos.
Mulheres - Senhor Jesus, Tu és o
Caminho! Em meio a sombras e luzes, alegrias e esperanças, tristezas e
angústias, Tu nos levas ao Pai. Não nos deixes caminhar sozinhos. Fica conosco,
Senhor!
Homens - Tu és a Verdade! Desperta
nossas mentes e faze arder nossos corações com a tua Palavra. Que ela ilumine e
aqueça os corações sedentos de justiça e santidade. Ajuda-nos a sentir a beleza
de crer em Ti! Fica conosco, Senhor!
Mulheres - Tu és a Vida! Abre nossos
olhos para te reconhecermos no “partir o Pão”, sublime Sacramento da
Eucaristia! Alimenta-nos com o Pão da Unidade. Sustenta-nos em nossa
fragilidade. Consola-nos em nossos sofrimentos, faze-nos solidários com os
pobres, os oprimidos e excluídos. Fica conosco, Senhor!
Homens - Jesus Cristo: Caminho, Verdade e Vida, no vigor do
Espírito Santo, faze-nos teus discípulos missionários! Com a humilde serva do
Senhor, nossa Mãe Aparecida, queremos ser: alegres no caminho para a Terra
Prometida! Corajosas testemunhas da verdade libertadora! Promotores da vida em
plenitude! Fica conosco, Senhor! Amém!
[ faz-se silêncio, enquanto Santíssimo é incensado)
Pres: Graças e louvores sejam dados a todo momento (3X)
Todos: Ao Santíssimo e Divino Sacramento.
Pres: Que o Senhor, Deus misericordioso, abençoe esta casa com todos os
seus familiares (traça o sinal da Cruz com o Ostensório)
[ Em seguida a procissão segue
com os símbolos desta parada, cantando. ]
1 - Senhor, eu sei que é teu este
lugar, todos querem te adorar, toma tu a direção. Sim ó vem, ó Santo Espírito
os espaços preencher. Reverência a tua voz vamos fazer.
Podes reinar Senhor Jesus, ó sim. O teu poder teu povo sentirá. Que
bom, Senhor, saber que estás presente aqui. Reina Senhor, neste lugar.
2 - Visita cada irmão, ó meu
Senhor, dá-lhe paz interior e razões pra Te louvar. Desfaz toda tristeza,
incerteza, e o desamor, glorifica o Teu nome, ó meu Senhor.
- 2ª PARADA - (o local está
enfeitado com símbolos- Jovens
apresentam um cartaz)
EUCARISTIA: FRATERNIDADE E JUVENTUDE. EIS-ME AQUI, ENVIA-ME!
Leitor 2 - A Igreja do Brasil, deseja refletir, rezar com os
jovens, reapresentando - lhes o Evangelho como sentido de vida e ao mesmo
tempo, como missão. Desejamos que todos os jovens sejam verdadeiros
missionários e missionárias em nossa Igreja. Jovens evangelizando jovens.
Meninas e moças - Maria, Mãe das Dores, nos acompanhe neste tempo
de conversão! Com ela digamos:
Todos: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”.
Meninos e rapazes - Por ela acompanhados repitamos as palavras do
profeta Isaías.
Todos: Eis-me aqui, envia-me!
Meninas e moças- Estou aqui,
meu Senhor, sou jovem, sou teu povo! Eu tenho fome de justiça e de amor, quero
ajudar a construir um mundo novo.
Meninos e rapazes - Estou aqui, meu Senhor, sou jovem, sou teu
povo! Para
formar a rede da fraternidade, e
um novo céu, uma nova terra, a tua vontade. Todos: Eis-me aqui, envia-me, Senhor!
[ faz-se silêncio, enquanto Santíssimo é
incensado)
Pres: Graças e louvores sejam dados a todo momento (3X)
Todos: Ao Santíssimo e Divino Sacramento.
Pres: Que o Senhor, Deus misericordioso, abençoe esta casa com todos os
seus familiares (traça o sinal da Cruz com o Ostensório)
[ Em seguida a procissão segue
com os símbolos desta parada, cantando. ]
Canto: ESTÁS ENTRE NÓS
Tu és minha vida, outro Deus não há. Tu és minha
estrada, a minha verdade.
Em tua palavra eu caminharei, enquanto eu viver e até quando Tu quiseres.
Já não sentirei temor, pois estás aqui, Tu estás no
meio de nós!
Creio em ti Senhor, vindo de Maria, Filho Eterno e Santo,
homem como nós.
Tu morreste por amor, vivo estás em nós, Unidade
trina com o Espírito e o Pai. E um dia, eu bem sei, Tu retornarás. E abrirás
o Reino dos céus!
Tu és minha
força, outro Deus não há. Tu és minha paz, minha liberdade.
Nada nesta vida nos separará. Em tuas mãos seguras
minha vida guardarás.
Eu não temerei o mal, Tu me livrarás. E no Teu perdão viverei!
Ó Senhor da
vida, creio sempre em Ti! Filho Salvador, eu espero em Ti.
Santo Espírito de Amor, desce sobre nós. Tu de mil
caminhos nos conduzes a uma fé. E por mil estradas onde andarmos nós, Qual
semente nos levarás.
- 3ª PARADA – EUCARISTIA: IGREJA COMO COMUNIDADE A SERVIÇO DA VIDA.
(catequistas)
Leitor(a) 3 – A Igreja quer reavivar nossa fé e nosso compromisso
alicerçado em Jesus Cristo, razão do nosso ser, origem do nosso agir, motivo do
nosso pensar e sentir. Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre!
Catequistas - A apresentação da mensagem evangélica, não é para a
Igreja uma contribuição facultativa, é um dever que lhe incumbe por mandato do
Senhor Jesus, a fim de que os homens possam acreditar e ser salvos. Essa missão
nos foi confiada por intermédio do nosso batismo.
Todos: Pelo Batismo recebemos uma missão: trabalhar pelo Reino do
Senhor. Catequistas: Vamos anunciar
o Evangelho para os povos, vamos ser profetas, sacerdotes, reis, pastores.
Vamos anunciar a Boa-Nova de Jesus.
Todos: Como profetas recebemos uma missão; ser fermento, sal e luz,
levando a todos a mensagem do cristã.
Catequistas - É necessário reavivar sempre o nosso amor pelos
ensinamentos de Jesus, estar sempre presente nas formações permanentes de nossa
Paróquia e estimular todos os batizados a tomarem consciência de que só com
Jesus poderemos caminhar rumo ao Pai.
Todos: O Evangelho não pode ficar parado: vou anunciá-lo com palavras e atos. Sou mensageiro enviado
do Senhor; onde houver trevas irei levar a luz.
Leitor(a) 3 – Nossa Diocese tem como primeira Meta “Ser uma
Igreja em estado permanente de missão”:
Todos: “Jesus Cristo, o grande missionário do Pai, envia,
pela força do Espírito, seus discípulos em constante atitude de missão: ‘Ide
pelo mundo inteiro e anunciai a Boa-Nova a toda criatura!’”;
Leitor(a) 3 – Nossa segunda meta é fazer de nossa igreja “Casa da iniciação à vida cristã”:
Todos: “Continuar, em nossas comunidades, o processo de
iniciação à vida cristã que conduza a um encontro pessoal, cada vez maior com
Jesus Cristo”.
Leitor(a) 3 – Nosso terceiro objetivo é fazer da Igreja “Lugar da animação bíblica da vida e da
pastoral”:
Todos: “Vinculado à iniciação à vida cristã, somos convidados
a redescobrir o contato pessoal e comunitário com a Palavra de Deus como lugar
privilegiado de encontro com Jesus Cristo”.
Leitor(a) 3 – Nosso quarto objetivo é fazer da Igreja “Comunidade
de comunidades”:
Todos: “O discípulo missionário de Jesus Cristo faz parte do Povo de Deus e
vive sua fé em comunidade. Sem vida em comunidade, não há como viver a proposta
do Reino de Deus”.
Leitor(a) 3 – Nosso quinto objetivo é estar “A
serviço da vida plena para todos”:
Todos: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”, diz
Jesus Cristo.
[ faz-se silêncio, enquanto Santíssimo é incensado)
Pres: Graças e louvores sejam dados a todo momento (3X)
Todos: Ao Santíssimo e Divino Sacramento.
Pres: Que o Senhor, Deus misericordioso, abençoe esta casa com todos os
seus familiares (traça o sinal da Cruz com o Ostensório)
[ Em seguida a procissão segue
com os símbolos desta parada, cantando. ]
DEUS DE AMOR
1. Deus de Amor, nós te adoramos
neste Sacramento, Corpo e sangue que fizeste nosso alimento. És o Deus
escondido, vivo e vencedor, a teus pés depositamos todo o nosso amor.
2. Meus pecados redimiste sobre
tua cruz, com teu Corpo e com teu Sangue, Ó
Senhor Jesus! Sobre os nossos
altares, vítima sem par, teu divino sacrifício queres renovar.
3. No Calvário se escondia tua
divindade, mas aqui também se esconde tua
humanidade. Creio em ambas e
peço, como o bom ladrão. No teu Reino,
ternamente, tua salvação.
4. Creio em ti ressuscitado, mais
que São Tomé, mas aumenta na minh’alma o
poder da fé. Guarda a minha
esperança cresce o meu amar. Creio em Ti
ressuscitado, meu Deus e Senhor.
5. Ó Jesus que nesta vida, pela
fé eu vejo, realiza, eu te suplico, este meu desejo: ver-te, enfim, face a
face, meu divino amigo, lá no céu, eternamente ser feliz contigo.
- 4ª PARADA – A EUCARISTIA QUE FAZ A IGREJA
(-O
CONCÍLIO VATICANO II -)
Leitor(a)
4: Em 1962, o Papa João XXIII,
traçou a renovação para toda a Igreja. Ele disse que o Concílio era chamado a
celebrar solenemente a união de Jesus Cristo com a sua Igreja; isto é, promover
um conhecimento amplo e objetivo das possibilidades da Igreja frente à
sociedade humana e ao futuro, realizando um profundo analise dos sinais dos
tempos. Seria Um Concílio da Igreja sobre
a Igreja. Antes de tudo, um grande evento eclesial, uma extraordinária
Epifania e um novo Pentecostes.
Todos: No dia 3 de
junho de 1963, no dia de Pentecostes, o Papa João XXIII celebrou sua páscoa
pessoal, entrando na glória dos justos.
Leitor(a)
4: O novo Papa eleito, Paulo VI,
reiniciou os trabalhos conciliares até seu encerramento no dia da Imaculada
Conceição de Maria: 8 de dezembro de 1965.
Todos: O Concílio Vaticano II produziu Constituições
dogmáticas, Decretos e Declarações que estão ajudando a Igreja a caminhar em
meio a tantas dificuldades.
Leitor(a)
4: Neste Concílio Temos 4 Constituições Dogmáticas:
Sobre a Sagrada
Liturgia Cristã, para uma renovação da liturgia;
Sobre a Divina
Revelação, os princípios de interpretação e apostolado Bíblico;
Sobre a
Igreja, a sua natureza e missão
universal;
Sobre a Igreja no
mundo de hoje colocando-se a serviço da humanidade na solução dos problemas
e desafios.
Todos: A nossa Igreja se renova sob as luzes do Espírito
Santo, que Jesus nos enviou. O Apóstolo João nos diz: “Mas o Advogado, o
Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ele ensinará a vocês todas as
coisas e fará vocês lembrarem tudo o que eu lhes disse." (São João 14, 26)
Leitor(a)
4: Temos depois 9 Decretos:
– O Decreto sobre as Igrejas Orientais Católicas, para renovar a missão -- O Decreto sobre o Ecumenismo para restaurar a
unidade dos cristãos.
– O Decreto sobre os Meios de Comunicação Social.
- O Decreto sobre a Atividade missionária da Igreja.
- O Decreto sobre o ministério dos presbíteros na Igreja.
- O Decreto sobre o ministério pastoral dos Bispos.
– O Decreto sobre a vida consagrada e institutos de vida secular.
– O Decreto sobre a formação presbiteral.
- O decreto sobre o ministério
dos leigos e leigas na transformação do mundo.
Todos: O Espírito Santo nos conduz. São João nos diz: O Advogado, que eu
mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do
Pai. Quando ele vier, dará testemunho de mim. ( João 15, 26)
Leitor(a)
4: Finalmente, 3 Declarações:
– A Declaração sobre os princípios da educação cristã.
– A Declaração sobre a relação da Igreja católica com as religiões não-cristãs.
- A Declaração sobre a liberdade religiosa.
Todos: Nestes dias olhamos para o nosso Papa Francisco e
pedimos a Deus que o cumule de santa sabedoria para conduzir os caminhos da
Igreja hoje... Rezamos uma Ave-Maria para que nossa Mãe o proteja. Ave Maria...
=======================-------------================
NA
IGREJA - ORAÇÃO E BÊNÇÃO
Pres: Graças e louvores sejam dados a todo momento (3X)
Todos: Ao Santíssimo e Divino Sacramento.
Pres: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. (3X)
Todos: Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
CANTO
1 - Tão
Sublime Sacramento adoremos neste altar. Pois o Antigo Testamento deu ao Novo o
seu lugar. Venha a fé por suplemento os sentidos completar.
2 - Ao Eterno Pai cantemos e a
Jesus, o Salvador. Ao Espírito exaltemos, na Trindade, eterno amor. Ao Deus Uno
e Trino demos a alegria do louvor. Amém. Amém!
Pres: Do Céu nos destes o pão.
Todos: Que contém todo
sabor!
Presidente - OREMOS - Senhor Jesus Cristo,
neste admirável sacramento nos deixaste o memorial da vossa Paixão. Dai-nos
venerar com tão grande amor o mistério do vosso Corpo e do vosso Sangue, para
que possamos colher continuamente os frutos da vossa redenção. Vós, que sois
Deus com o Pai, e o
Espírito Santo. Amém.
[ Neste momento faz-se a bênção
com o Santíssimo. ] (Todos se ajoelhem)
(O Presidente inicia e todos continuam) (Todos em Pé)
Pres: Bendito seja Deus.
Todos: Bendito seja seu Santo nome.
Bendito seja Jesus Cristo,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
Bendito seja o nome de
Jesus... //
Bendito seja o seu Sacratíssimo
Coração.
Bendito seja seu preciosíssimo
Sangue.
Bendito seja Jesus no Santíssimo
Sacramento do Altar.
Bendito seja o Espírito Santo
Paráclito.
Bendita seja a grande Mãe de
Deus, Maria Santíssima.
Bendita seja a sua Santa e
Imaculada Conceição.
Bendita seja a sua gloriosa
Assunção.
Bendito seja o nome de Maria,
Virgem e Mãe.
Bendito seja São José, seu
castíssimo Esposo.
Bendito seja Deus, nos seus anjos
e nos seus Santos.
Deus e Senhor nosso, protegei a
vossa Igreja, dai-lhe santos pastores e dignos
ministros,
derramai vossas bênçãos sobre o nosso Santo Padre, o Papa Francisco, sobre o
nosso Bispo, Dom Nelson, sobre o nosso pároco, sobre todo o clero; sobre o
chefe da Nação e do Estado e sobre todas as pessoas constituídas em dignidade,
para que governem com justiça. Dai ao povo brasileiro paz constante e
prosperidade completa. Favorecei com os efeitos contínuos de vossa bondade, o
Brasil, este Bispado, a Paróquia em que habitamos, a cada um de nós em
particular e a todas as pessoas por quem rezamos, ou que se recomendaram às
nossas orações. Tende misericórdia dos fiéis falecidos. Dai-lhes, Senhor, o
descanso e a luz eterna. Amém.
[ Enquanto se guarda o Santíssimo,
canta-se)
23. CANTO FINAL
Louvado seja o meu Senhor. (4x)
1 - E por todas as criaturas,
pelo sol e pela lua, pelas estrelas no firmamento, pela água e pelo fogo.
2 - Por aqueles que agora são
felizes. Por aqueles que agora choram, por aqueles que agora nascem,
por aqueles que agora morrem.
3 - O que dá sentido à vida é
amar-te e louvar-te, para que a nossa vida seja sempre uma canção.
Pres:
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
T: Para sempre seja louvado.
Pres:
Irmãos e irmãs, Ide em Paz e o Senhor vos acompanhe.
T: Demos graças a Deus.
==========---------------------=================
Tema da Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo
No centro da Solenidade deste domingo está quer a celebração de Deus que
alimenta o seu povo e que, no seu Filho, dá-lhe o alimento supremo e eterno,
quer a grande Eucaristia dos crentes.
Para exprimir esta oração de louvor e de agradecimento, que dirigimos ao
Senhor acolhendo o dom do seu amor, a Escritura emprega duas palavras: a bênção
(primeira leitura) e a ação de graças (segunda leitura).
Estas duas dimensões de oração estão intimamente ligadas e devem habitar
a nossa vida para além da missa, para testemunhar todo o amor com o qual Cristo
ama os homens (Evangelho).
A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo é a festa da Pessoa
de Cristo. Ao levantarmos os olhos para o Pão e o Vinho consagrados, só podemos
dizer: «É mesmo Ele! Meu Senhor e meu Deus!»
LEITURA I – Gen 14, 18-20
Breve comentário à primeira leitura.
Na história do povo de Deus, o rei Melquisedec só intervém uma vez, no
seu encontro com Abraão. Mas este episódio teve uma importância decisiva para a
ação de Jesus.
O Antigo testamento está cheio de sacrifícios sangrentos. Mas eis aqui
um sacrifício sem qualquer efusão de sangue. Melquisedec, um rei sacerdote,
oferece diante de Abraão pão e vinho. Os cristãos reconheceram nesse gesto um
anúncio da Eucaristia e muitas vezes representaram este sacrifício nas pinturas
e vitrais das igrejas, na proximidade do altar. Reconhecemos também neste
episódio antigo um traço da pedagogia divina, que provocou continuamente o seu
Povo a purificar as suas práticas sacrificiais, para prepará-lo para acolher a
ação definitiva do seu Filho.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 109 (110)
LEITURA II – 1 Cor 11, 23-26
Breve comentário à segunda leitura.
As dificuldades surgidas na primeira comunidade de Corinto tinham
incitado o apóstolo Paulo a recordar por escrito o que comporta a celebração do
grande mistério da fé, a Eucaristia.
Nesta narração da instituição da Eucaristia, Paulo põe na boca de Jesus
uma dupla «ordem de reiteração». Depois da fração do pão, e mesmo antes de lhes
dar o cálice, Jesus diz aos Apóstolos: «Fazei isto em memória de Mim». Palavra
explícita, fundadora da nossa prática eucarística. E Jesus explica todo o
alcance deste memorial, tal como o canta a anamnese: proclamar o que Jesus fez
por nós (dom da sua vida), celebrar a sua Ressurreição que nos salva, esperar a
sua vinda na glória.
O que os Apóstolos nos dizem da Eucaristia está nestas breves linhas de
uma carta de São Paulo. Que diferenças entre as primeiras celebrações e as
nossas, atualmente. Paulo dá-nos indicações importantes: refere-se, em primeiro
lugar, à tradição que ele mesmo recebeu, e esta tradição vem do próprio Senhor,
que deu a ordem de «refazer isso em memória dele»; indica, em seguida, que esta
celebração recebida da tradição está integrada numa refeição, como a fração do
pão na última Ceia e as refeições do Ressuscitado com os seus discípulos, em
Emaús e em Jerusalém. Esta refeição coloca-nos em situação de esperança, sempre
na espera do regresso do nosso Mestre Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor.
SEQUÊNCIA
ALELUIA – Jo 6,51
Aleluia. Aleluia.
Eu sou o pão vivo descido do Céu, diz o Senhor.
Quem comer deste pão viverá eternamente.
EVANGELHO – Lc 9, 11b-17
Breve comentário ao Evangelho.
A refeição da fração do pão, que Jesus celebrou com os seus discípulos,
é destinada ao conjunto do seu povo. O próprio Jesus significou isso
alimentando a multidão que O seguia, como Deus o havia feito outrora no
deserto.
Para viver, é preciso comer. E como Deus nos quer vivos, Ele próprio
intervém. Como um Pai que cuida dos seus filhos, quando estes não encontram o
alimento necessário. A tradição de Israel tinha guardado a memória de uma
intervenção providencial, em que Deus tinha alimentado o seu povo no deserto,
depois da saída do Egito, com o maná e as codornizes (Ex 16); era um pão vindo
do céu, portanto, de Deus.
Por seu lado, Jesus alimenta o povo que está quase a fracassar. Vários
detalhes anunciam a Eucaristia: Jesus parte os pães e fá-los distribuir pelos
seus discípulos, como na comunhão: o povo está organizado, os Apóstolos fazem o
serviço, é a Igreja; no deserto, o maná era apenas suficiente, mas aqui, no
banquete do Senhor, restam cestos cheios, porque o pão de Jesus é-nos oferecido
generosamente, para que tenhamos a vida em abundância (Jo 10,10).
É impossível isolar a «ordem de reiteração» da Eucaristia propriamente
dita de outras ordens que Jesus nos deu: muito próximo da Eucaristia, há o
«exemplo» do lava-pés; há ainda o «mandamento do amor» e a necessidade
primordial de amar o nosso próximo; e hoje, o apelo a darmos nós mesmos de
comer àqueles que nada têm que comer. Significando já o Reino onde todos os
bens superabundam, Jesus recorda que Ele quer associar desde já todos os
batizados à sua construção, ao seu anúncio. E para isso, Ele santifica-nos com
a sua própria vida.
==========--------------=============
Homília de Dom
Nelson Westrupp
Meus irmãos e irmãs, louvado seja Nosso
Senhor Jesus Cristo!
É uma alegria, muito grande, podermos
Celebrarmos esta solenidade tão importante para nossa Igreja. Sejam todos e todas bem vindos a esta nossa
Celebração.
Não existe companhia melhor, do que ter
Jesus conosco. Quantas pessoas poderiam estar conosco e não estão. Quantas
pessoas, que preferem outras companhias, ao invés da companhia de Jesus. Por
isso, devemos ter estas pessoas em nosso coração, no dia de hoje, e pedir a
Jesus Eucarístico, que tenha misericórdia de todas as pessoas que vivem
afastadas dele. Hoje é um dia, que através da procissão do Corpo e do Sangue do
Senhor, demonstrar a nossa fé da presença real de Jesus Eucarístico. Sabemos,
que Jesus Eucarístico é o grande tesouro de nossa Igreja. Por isso, vale a pena
estarmos aqui a celebrar o corpo e o sangue do Senhor, grande sinal do amor de
Deus para conosco. A Igreja mostra ao mundo a presença de Cristo em nosso meio
e convida-o a adorá-lo. Nossa fé deve se concentrar no sacramento em que Cristo
se entregou totalmente a si mesmo: corpo e sangue, alma e divindade. Desde mil
duzentos e sessenta e quatro a Igreja
vem celebrando a festa de adoração, de contemplação e de exaltação do tesouro
mais importante do povo de Deus, que herdou de Cristo, ou seja, o sacramento da
sua própria presença. A festa do Corpo e do Sangue do Senhor é a essência e
podemos dizer, o resumo da história da salvação. Ela se celebra e se vive o
mistério pascal, atualizando a Páscoa do Senhor. A Eucaristia é o mistério de
nossa fé e isto dizemos em todas as nossas Celebrações.
Sendo mistério de nossa fé, o Corpo do
Senhor, revestindo-se de aparências, quis, desta maneira, colocar-se ao nosso
alcance. Assim, podemos tocá-lo e consumi-lo; fazer de Cristo o nosso próprio
alimento. Ao tocarmos seu corpo e seu sangue, com os olhos da fé, e com o coração,
poderíamos ter o desejo de comunica-lo, de leva-lo aos outros irmãos nossos.
Especialmente àqueles que têm dificuldade de crer na presença real de Jesus na
Eucaristia. A Celebração do dia de hoje quer significar um ato público de
adoração, um ato público de fé no Cristo, realmente presente no mistério
Eucarístico. Participar da procissão do Santíssimo é um modo de se proclamar,
que de fato queremos ser discípulos e discípulas de Jesus e queremos seguir
Jesus Cristo, atualizando o seu jeito de ser, comprometendo-nos a adorá-lo na
vida daqueles que necessitam de nosso carinho, da nossa misericórdia, da nossa
solidariedade, do nosso amor ou seja, servindo de fato a estes irmãos e irmãs,
que são, de fato, o sacramento do corpo de Jesus. Levando a Eucaristia pelas
ruas da cidade, como fizemos no dia de hoje, queremos imergir o Pão que desceu
do céu, imergir em nosso viver. Queremos que Jesus caminhe no meio de nós onde
nós caminhamos, que viva onde nós vivemos: Ele está, de fato, no meio de nós. O
nosso mundo, a nossa vida, as nossas coisas, devem tornar-se seu templo.
Queremos proclamar, que a Eucaristia é tudo, para nós católicos. É nosso maior
tesouro, é nossa própria vida, a fonte do amor que vence a morte. Da comunhão
com Cristo Eucarístico brota a caridade e transforma nossa existência, ampara o
caminho de todos nós rumo à casa do Pai. A Eucaristia é sinal de comunhão com
Deus e com os irmãos e irmãs. Por isso, é inconcebível participar,
fervorosamente, da Celebração Eucarística (missa), comungar e ficar indiferente
diante do próximo. A Eucaristia é fração do Pão. Ela exige, como vimos no
Evangelho, exige partilhar, exige repartir. O Pão partido na Eucaristia deve
levar a partilha do pão da caridade, a sermos sensíveis a quem padece de alguma
necessidade. Quem recebe Jesus Eucarístico deve, necessariamente, assemelhar-se
a Cristo, ou seja, tornar-se com Ele um dom aos outros. Aliás, a plenitude do
cristão é ser pão de quem tem fome. Cabe a nós dar de comer a quem tem fome de
pão, mas também quem tem fome de justiça, de paz e de amor.
Não há Eucaristia se não houver
partilha. O Pão sagrado que recebemos na mãe e no coração, deve ser, por
excelência, um sinal do amor do Pai, que cuida de todos seus filhos e filhas e
que não exclui ninguém do banquete da vida.
Assim sendo, irmãos e irmãs, o Corpo e o
Sangue de Cristo exigem de nós doação de nossa vida na defesa, principalmente,
dos mais necessitados. Neste sentido, a festa de hoje pode ser ocasião especial
para recuperarmos o amor à Eucaristia, enquanto sacramento, que nos torna
participantes da causa de Cristo. Se nossa adoração a Cristo Eucarístico não
levar a uma vida coerente com as suas propostas, ou seja, se nosso amor à
Eucaristia não for expresso no amor ao
próximo, de nada adiantaria, pois, amando os irmãos e irmãs, principalmente os
que mais sofrem, é que fazemos memória da pessoa de Jesus. Quem toma do Pão e
do Vinho, precisa estar consciente que assume compromisso de assemelhar-se a
Cristo como Ele dizia e fazia. Eucaristia é impulso para a vida. É impulso para a caminhada cristã,
para a doação de si em prol dos outros, dos últimos que morrem de fome e de
frio. Eucaristia não é apenas para ser adorada. Ela é, principalmente, para ser
consumida. A Eucaristia é alimento, que aos poucos, deveria nos transformar no
ressuscitado, tornando-nos capazes de nos darmos em alimento, nós mesmos, aos
nossos semelhantes. “dai-lhe vós mesmo de comer”, dizia Jesus, a pouco, no
Evangelho. Há, portanto, um vínculo íntimo entre a Eucaristia e a missão da
Igreja. Cristo, Pão vivo que desceu do céu, é o único que pode saciar a fome do
ser humano em todos os tempos e lugares. A Eucaristia impele todo aquele, que
acredita no Cristo Eucarístico, a fazer-se pão repartido para a vida dos outros,
a integrar-se numa sociedade justa e fraterna. O Pão Eucarístico que recebemos é
a carne imaculada do filho de Maria Santíssima. Que ela nos ajude e nos
acompanhe na missão de repartir o pão da vida com o mundo. Amém.
==========--------------===========
HOMILIA DE D. MANUEL CLEMENTE NO DIA De Corpus Christi ( 2007)
Não foi preciso muito tempo para que Paulo enunciasse o essencial da
tradição cristã, como a recebera e agora passava aos cristãos de Corinto. E
soava assim: “Eu recebi do Senhor o que também vos transmiti: o Senhor Jesus,
na noite em que ia ser entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse:
‘Isto é o meu Corpo, entregue por vós. Fazei isto em memória de Mim’. Do mesmo
modo, no fim da ceia, tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é a nova aliança no
meu Sangue. Todas as vezes que o beberdes, fazei-o e memória de Mim’”.
E assim nos deixava tudo o que havemos de receber e anunciar como Igreja de
Cristo: a memória viva “da morte do Senhor, até que Ele venha”. Na verdade,
recebemos a sua morte, enquanto vida retribuída ao Pai e entregue a cada um de
nós; entrega total, de “corpo e sangue”; realidade final, que vem e se completa
em cada celebração eucarística, “pela vida do mundo”. Como prometera, noutro
passo guardado do Evangelho de João (6, 51): “Eu sou o pão vivo, o que desceu
do Céu: se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que Eu hei de
dar é a minha carne, pela vida do mundo”.
Sim, amados irmãos, o mundo tem fome. Fome de alimento material, numa
tremenda contradição entre os recursos realmente disponíveis e a péssima
distribuição deles, a nível local ou internacional, provocando a discrepância
atroz e o insuportável escândalo de uns poucos morrerem de fartura e em cada
minuto morrer alguém de extrema penúria, neste nosso planeta.
Mas fome também de humanidade, convivência e partilha. Fome do espírito,
que precisa de alimento amigável e sublime, de companhia e cultura, contra a
solidão que deprime e todas as ignorâncias que diminuem o que havíamos de ser.
Mas nós recebemos e transmitimos o mesmo que Paulo e todos os primeiros.
Recebemos o dom de Deus, que em Cristo se faz alimento e companhia, vida doada
e corpo entregue. Recebemo-lo sempre e hoje o adoramos de modo tão especial e
solene. Em boa hora os nossos antepassados da Idade Média - sempre tão
desejosos de “ver” a Deus e tornar mais sensível o que, de si, sempre
ultrapassa a sensibilidade imediata – desenvolveram e estipularam esta
celebração tocante do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Em boa hora o
fizeram e em boa hora a continuamos nós. Tão grande é este mistério, de Deus se
tornar em Cristo “corpo e sangue”, sacramento e dádiva de vida inteiramente
partilhada conosco para saciar a nossa fome, que, ano após ano, se desdobra em
motivos próprios de meditação e compromisso. Como será este, de a nossa
tradição portuguesa lhe chamar “Corpo de Deus”, expressão recheada de
significados úteis.
Expressão interessante, deveras. Faz-nos lembrar que, em Cristo, Deus tomou
corpo neste mundo. Ora, por “corpo” entendemos a manifestação visível, a
realidade e concretização material de um ser; e entendemos sobretudo de um ser
em relação com os outros, relação que a mediação corpórea significa e permite.
É muito importante lembrar isto agora, no nosso tempo e cultura, quando uma
antropologia fraca e um pensamento débil dividem o indivíduo, separando o que
se chamou corpo e alma, traduzindo esta como simples disposição subjetiva ou
sensibilidade transitória e reduzindo o corpo a mero objeto de prazer e
consumo, ao sabor dos devaneios…
Que importante é, então, lembrarmos o verdadeiro significado do corpo,
manifestação autêntica do nosso ser em relação, só realizável em solidariedade
e fidelidade, ou seja, como dádiva fiel e persistente. Assim mesmo e não de
outra maneira, acreditamos nós e professamos a verdadeira incarnação do Filho
eterno de Deus, que realmente se fez um de nós, ganhando de sua Mãe, a
Santíssima Virgem Maria, a nossa comum natureza humana, resgatando-a da
autodestruição do pecado e preenchendo-a da divindade que partilha com o Pai. Assim
nos recria também no seu Espírito, para uma comunhão nova e última, onde a
nossa dimensão corpórea expresse consequentemente aquela caridade “que nunca
acabará”.
Sendo porventura menos teóricos e mais práticos, sejamos sempre mais
evangélicos e eclesiais. Pois haverá algum relato da vida de Cristo, do “Corpo
de Deus” entre nós, que não manifeste a realização corpórea – quer dizer
visível, audível, tangível e próxima – do amor de Deus que está em Cristo e a
sua relação com os outros, com cada um de nós? Na sua relação conosco hoje,
pois que a ressurreição o torna presente em todo o lado, como corpo glorioso e
ativo, em cada momento e local, falando-nos na Palavra, tocando-nos nos
Sacramentos e na caridade eclesiais, convertendo-nos com o seu Espírito de amor,
isto é de verdadeira e absoluta relação, com o Pai, com os outros, com o mundo
inteiro.
É assim, amados irmãos, que o Corpo de Cristo, tomado de Maria, se
entrega eucaristicamente e se alarga naqueles que o recebem, para chegar ao
mundo e responder a cada fome do corpo ou do espírito. Lembra-o o Papa Bento
XVI na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum Caritatis (nº
15), em frases essenciais e programáticas: “A Eucaristia é, pois, constitutiva
do ser e do agir da Igreja. Por isso, a antiguidade cristã designava com as
mesmas palavras – corpus Christi - o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo
eucarístico e o corpo eclesial de Cristo. Bem atestado na tradição, este dado
faz crescer em nós a consciência da indissolubilidade entre Cristo e a Igreja. Oferecendo-Se
a Si mesmo em sacrifício por nós, o Senhor Jesus preanunciou de modo eficaz no
seu dom o mistério da Igreja”.
Ou seja, havemos de ser o que Cristo foi, como corpo entregue e sangue
derramado, como vida partilhada e doada para a salvação do mundo. Chamar-se-á a
isto a verdadeira celebração da solenidade de hoje em cada dia da nossa vida,
como Igreja no e para o mundo. Ou melhor, havemos de deixar que o Espírito de
Cristo continue em nós a sua obra eucarística e salvadora.
Nem outra lição poderíamos tirar do Evangelho que escutámos. Estava ali
a multidão faminta. Os discípulos julgavam-se naturalmente incapazes de
alimentar tanta gente. Mas, bem no centro, estava Cristo e a sua ativa
compaixão, donde tudo brotará sem dispensar a cooperação de ninguém. E a sua
ordem foi como sabemos: “Dai-lhes vós de comer!”. Tinham cinco pães e dois
peixes, coisa de nada para cinco mil homens. Com a bênção de Jesus, chegaram
para todos e recolheram-se as sobras. Do pouco que os discípulos lhe
ofereceram, Cristo fez alimento para a multidão, mas não dispensou esse pouco
nem a colaboração dos discípulos na distribuição.
Tudo isto é conosco agora, amados irmãos. Está Cristo vivo, estamos nós
com Ele, estão as necessidades do mundo… Celebramos o seu Corpo, somos o seu corpo
eclesial, as suas mãos no mundo e para o mundo. Como não haveríamos de crescer
em comunhão com Ele, para cumprirmos a vontade do Pai, que é a salvação de
todos, na resposta completa às suas necessidades integrais, de corpo e
espírito?!
Sejam esta celebração e este dia, de adoração e compromisso, eclesial e
público, a realização em nós e por nós da caridade divina. Em dia do Santíssimo
Corpo e Sangue de Cristo, recebamo-los e entreguemo-los no nosso próprio corpo
e sangue – quer dizer, nas nossas vidas -, unidos no mesmo Espírito, para a
esperança e salvação de todos.
D. Manuel Clemente, Bispo do Porto
==========-----------------==============