segunda-feira, 17 de setembro de 2018

25º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO B, Homilias, Subsídios homiléticos


25º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO B 2018

SINOPSE:
Tema: “Se alguém quiser ser o primeiro que seja aquele que serve a todos! :A “sabedoria do mundo” e a “sabedoria de Deus” Só a “sabedoria de Deus” possibilitará o acesso à vida plena.
Primeira leitura: A “sabedoria de Deus” provocará o ódio e a perseguição do mundo: é a consequência.
Evangelho: Jesus, cheio da lógica de Deus, aceita o projeto do Pai e a faz da sua vida um dom de amor aos homens; ser cristão é escutar o ensinamento de Deus e fazer da vida um serviço aos irmãos.
Segunda leitura: só a “sabedoria de Deus” conduz o homem ao encontro da vida plena. A “sabedoria do mundo” irá gerar violência, divisões, conflitos, infelicidade, morte.

PRIMEIRA LEITURA (Sb 2,12.17-20) Os ímpios dizem: “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos reprova as faltas contra a nossa disciplina. Vejamos, pois, se é verdade o que ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele. Se, de fato, o justo é ‘filho de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos. Vamos pô-lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua paciência; vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas palavras, virá alguém em seu socorro”.

AMBIENTE - “Livro da Sabedoria” (séc. I a.C.). O autor residente na Alexandria e defende os valores da fé e da cultura do seu Povo: só Jahwéh garante a verdadeira felicidade.
MENSAGEM - A vida dos “justos” magoa os “ímpios” e não os deixa em paz com a sua consciência. A reação é a perseguição. O autor dirá que a fidelidade do justo será recompensada com vida plena.
♦ A “sabedoria do mundo” prescinde de Deus e vive para o “ter”, o poder, o êxito, a fama, mas o torna vazio, frustrado, deprimido, escravo.
♦ A “sabedoria de Deus”, tendo como modelo de vida Jesus Cristo, vivem no amor e no serviço aos irmãos; lutam pela justiça, pela paz e mundo mais fraterno, que leva o homem ao encontro da verdadeira felicidade, da verdadeira realização, da vida plena.
♦ Quem escolhe a “sabedoria de Deus”, não tem uma vida fácil. Será incompreendido, caluniado, perseguido, torturado: a perseguição é a consequência da sua coerência de vida.

EVANGELHO (Mc 9,30-37) Naquele tempo, Jesus e seus discípulos atravessavam a Galileia. Ele não queria que ninguém soubesse disso, pois estava ensinando a seus discípulos. E dizia-lhes: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens, e eles o matarão. Mas, três dias após sua morte, ele ressuscitará”. Os discípulos, porém, não compreendiam estas palavras e tinham medo de perguntar. Eles chegaram a Cafarnaum. Estando em casa, Jesus perguntou-lhes: “O que discutíeis pelo caminho?” Eles, porém, ficaram calados, pois pelo caminho tinham discutido quem era o maior. Jesus sentou-se, chamou os doze e lhes disse: “Se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último de todos e aquele que serve a todos!” Em seguida, pegou uma criança, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse: “Quem acolher em meu nome uma destas crianças, é a mim que estará acolhendo. E quem me acolher, está acolhendo, não a mim, mas àquele que me enviou”.

AMBIENTE - Marcos apresenta Jesus como “o Filho de Deus, que Jesus não veio ao mundo para cumprir um destino de triunfos e de glórias humanas, mas para cumprir a vontade do Pai e oferecer a sua vida em dom de amor aos homens”. Todos ainda acreditam que Jesus vá entrar na cidade como um Messias político, poderoso e invencível, capaz de libertar Israel, pela força das armas, do domínio romano. Jesus vai catequizando, ensinando os valores do Reino e mostrando-lhes, com gestos concretos, que o projeto do Pai não passa por poder e domínio, mas pelo amor.

MENSAGEM - Jesus recebeu a missão de propor um caminho de realização plena; e Ele vai fazê-lo, mesmo que isso passe pela cruz. A morte, na perspectiva dos discípulos, não pode ser caminho para a vitória. Eles não entendem Jesus, pois acham que o caminho da cruz é um caminho de fracasso, mas não se atrevem a criticá-Lo. Eles se recordam a dura reação de Jesus com Pedro (Mc 8,32-33).
Na comunidade de Jesus, só é grande aquele que é capaz de servir e de oferecer a vida aos seus irmãos. Dessa forma, Jesus deita por terra qualquer pretensão de poder, de grandeza, na comunidade do Reino. Jesus completa a instrução com um gesto… Toma uma criança, coloca-a no meio do grupo, abraça-a e convida os discípulos a acolherem as “crianças”, pois quem acolhe uma criança acolhe o próprio Jesus e acolhe o Pai. As crianças eram sem valor, um símbolo dos pequenos, dos sem direitos, dos pobres, dos indefesos, dos marginalizados. O discípulo é grande, não quando tem poder ou autoridade sobre os outros, mas quando abraça, ama, serve os pequenos, aqueles que o mundo rejeita e abandona. No pequeno e no pobre que a comunidade acolhe, é o próprio Jesus que se torna presente.
ATUALIZAÇÃO ♦ Jesus teve consciência de que a missão passaria por muitas dificuldades e sofrimentos. Jesus vive segundo a “sabedoria de Deus”… Ele nunca conduziu a vida ao sabor dos interesses pessoais, esquemas de egoísmo, sonhos humanos de poder ou de riqueza… Para Ele a meta sempre foi a salvação que o Pai tinha para os homens.
♦ Os discípulos raciocinam segundo a “sabedoria do mundo”. Aquilo que os preocupa não é o cumprimento da vontade de Deus, mas a satisfação dos seus interesses pessoais. A atitude dos discípulos mostra a dificuldade que os homens têm em entender a lógica de Deus. Jesus declara: quem quer me seguir tem de mudar a mentalidade e abrir o coração à vontade de Deus.
♦ Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem faz da própria vida um serviço aos irmãos. Na comunidade não há donos, grupos privilegiados, nem pessoas mais importantes … Na comunidade cristã há irmãos iguais, a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos. Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir, de partilhar os dons que Deus nos concedeu.

 SEGUNDA LEITURA (Tg 3,16–4,3) Leitura da Carta de São Tiago:
Caríssimos, onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e toda espécie de obras más. Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento. O fruto da justiça é semeado na paz, para aqueles que promovem a paz. De onde vêm as guerras? De onde vêm as brigas entre vós? Não vêm, justamente, das paixões que estão em conflito dentro de vós? Cobiçais, mas não conseguis ter. Matais e cultivais inveja, mas não conseguis êxito. Brigais e fazeis guerra, mas não conseguis possuir. E a razão está em que não pedis. Pedis, sim, mas não recebeis, porque pedis mal. Pois só quereis esbanjar o pedido nos vossos prazeres.

AMBIENTE - Tiago elenca, na terceira parte desta carta (cf. Tg 3,1-4,10), uma série questões e situações. O primeiro é o cuidado a ter com a língua (cf. Tg 3,1-12); o segundo é rejeitarem a “sabedoria do mundo” e de acolherem a “sabedoria que vem do alto” (cf. Tg 3,13-18); o terceiro é uma análise sobre a origem das discórdias que envenenam a vida das comunidades cristãs (cf. Tg 4,1-10).
MENSAGEM - A “sabedoria do mundo” gera inveja, brigas, falsidade, desordem e más ações; destrói a vida da própria pessoa e impede a comunhão dos irmãos. A “sabedoria de Deus” é “pacífica, compreensiva e generosa, cheia de misericórdia e boas obras e sem hipocrisia”. Se o cristão quer viver em paz com Deus, deve acolher a “sabedoria de Deus” e atuar de acordo com ela. Os conflitos e discórdias resulta do fato de os crentes não terem ainda interiorizado a proposta de Cristo… Em lugar de fazerem da sua vida, como Cristo, um dom de amor aos irmãos, com gestos concretos de partilha, de serviço, de solidariedade, de fraternidade, estes vivem fechados no seu egoísmo e no seu orgulho. O seu coração está dominado pela cobiça, pela inveja, E essas “paixões” más traduzem-se em atitudes de luta, de inveja, de rivalidade, de ciúme, de arrogância, de ira. Vivem de acordo com a “sabedoria do mundo” e não de acordo com a “sabedoria de Deus”. Naturalmente, a sua oração não é escutada por Deus… O que eles pedem a Deus não é para satisfazer as suas necessidades materiais, mas para satisfazer as suas “paixões”, o seu orgulho, a sua cobiça, a sua vontade de se sobrepor aos outros irmãos. Uma oração que assenta em bases egoístas, não pode ser escutada por Deus.
ATUALIZAÇÃO ♦ O batismo é a opção por Cristo e pela proposta de vida nova que Ele veio apresentar; é escolher a “sabedoria de Deus” e passam a conduzir a sua vida pelos critérios de Deus. Num mundo que se constrói, tantas vezes, à margem de Deus, os cristãos devem ser os rostos dessa vida nova que Deus quer oferecer ao mundo.
♦ Tiago avisa: a opção pela “sabedoria do mundo” não é um caminho para a realização plena do homem; só gera infelicidade, desordem, guerras, rivalidades, conflitos, morte. Nós temos de estar permanentemente num processo de conversão para que a “sabedoria do mundo” não ocupe todo o nosso coração e não nos impeça de atingir a vida plena.
♦ A ambição, a inveja, o orgulho, a competição, o egoísmo, criam divisões e destroem a comunidade.
♦ Quando o coração está cheio da “sabedoria do mundo”, a nossa oração torna-se egoísta, nossos pedidos se destinam a satisfazer as nossas ambições, os nossos interesses pessoais. Antes de falar com Deus, precisamos aprender a ver o mundo com os olhos de Deus. Só então a nossa oração fará sentido: será um diálogo de amor e de comunhão, através do qual escutamos Deus, percebemos os seus planos, acolhemos essa vida que Ele nos quer oferecer.

Pe. Joaquim, Barbosa, Pe. Carvalho

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O Maior

Com freqüência, as pessoas se deixam levar pela "sabedoria do mundo" e lutam com todas as forças para conseguir prestígio e poder...
Essa busca provoca muitos conflitos...
- O que nos diz a "Sabedoria de Deus"?

A 1a Leitura apresenta a atitude permanente do "ímpio" contra o "justo".
Sua presença, suas repreensões e sua conduta são incômodas...
Por isso, o condenarão com uma morte ignominiosa... (Sb 2,12.17-20)

Acena para a "morte vergonhosa" do Messias.
No século 1º aC, os judeus praticantes de Alexandrina são hostilizados pelos pagãos e desprezados pelos judeus não praticantes.
Isso provocou muitos conflitos entre eles.
O autor sagrado reflete sobre o destino dos "justos" e dos "ímpios".

No Evangelho Jesus anuncia sua paixão e morte e dá a seus discípulos uma lição de humildade e serviço.
Servir os pobres e as CRIANÇAS é servir o Senhor. (Mc 9,30-37)

- Ao longo da "Caminhada para Jerusalém",  Jesus vai catequizando os discípulos, ensinando-lhes que o projeto do Pai não passa por esquemas de poder e de domínio:
  Jesus faz o 2 º Anúncio da Paixão.
- Os Apóstolos não concordam e fecham-se num estranho silêncio: "Tinham medo de interrogá-lo..."
  Logo a seguir, surge uma animada discussão, um forte conflito, que revela a ambição de poder nos discípulos de Jesus…
- Chegando a Cafarnaum, Jesus questiona o assunto da conversa: "O que vocês estavam discutindo no caminho?"
- E eles: "Ficaram calados, porque no caminho  tinham discutido quem seria o maior".

Jesus aponta o CAMINHO para ser o maior... :

1) Em primeiro lugar, o espírito de SERVIÇO... "Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".

* A Comunidade cristã não o lugar apropriado para alcançar um posto de honra ou um lugar de prestígio e poder.
É o lugar onde cada um deve celebrar a própria grandeza, servindo os irmãos.
Só é grande quem é capaz de servir e de oferecer a vida aos seus irmãos.
- O que isso significa em nossa comunidade?

2) Em seguida, aponta o Modelo da CRIANÇA:        "Pegou uma criança, colocou-a no meio deles, e abraçando-a, disse:  Quem acolher em meu nome uma dessas crianças,  é a mim que estará acolhendo..."
* Ser grande no Reino é ser pequeno e servir os pequenos.
   O discípulo é grande, não quando tem poder ou autoridade sobre os outros,  mas quando abraça os pequenos, quando acolhe os carentes,  os marginalizados, oprimidos, injustiçados e por eles se interessa.
    - Quais são as crianças (ou "como crianças") que devemos abraçar?

+ Os conflitos continuam...
    E Cristo nos questiona: "Por que estais discutindo?"

Na Sociedade competitiva, em que vivemos, desde pequenos nos passam a idéia de que, se não tivermos beleza, inteligência, riqueza, simpatia, nunca conseguiremos sucesso na vida.
- O que admiramos numa criança: o poder, a riqueza, a sabedoria humana, ou a simplicidade, a transparência?

Na família?
- Há divisões, conflitos… ciúmes… separações… Por que?
  Quando um ganha, os dois perdem!... Não há vencedores...

Na Comunidade?
- Também há discussões, críticas, ambições, rivalidades?
- Por que? Onde está a raiz de tudo?
- Desejo consciente ou inconsciente de ser o MAIOR?
- Busca de cargos, títulos, honrarias ou elogios?

Tiago, na 2a leitura, denuncia a desunião na sua comunidade e aponta a raiz de tudo isso: 
"Onde há inveja e rivalidade, aí estão as desordens e  toda a espécie de obras más…"  (Tg 3,16-4,3)
Uma oração realizada nesse clima não pode ser escutada por Deus...

+ Na comunidade cristã, quem são os primeiros?

As palavras de Jesus são claras: "Quem quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos".

- Na comunidade cristã, a única grandeza é a grandeza de quem,  com humildade e simplicidade, faz da própria vida um serviço aos irmãos.

- Na comunidade cristã não há donos, nem grupos privilegiados,  nem pessoas mais importantes do que as outras,
  nem distinções baseadas no dinheiro, na beleza, na cultura, na posição social...

- Na comunidade cristã há irmãos iguais,  a quem a comunidade confia serviços diversos em vista do bem de todos.
  Aquilo que nos deve mover é a vontade de servir e de partilhar com os irmãos os dons que Deus nos concedeu.

* Qual é o tipo de grandeza que estamos procurando?
* Aos olhos de Deus, ou apenas aos olhos dos homens?

                                             Pe. Antônio Geraldo

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HOMILIA DO PE. PEDRINHO:

O livro da Sabedoria nos mostra o que é ser sábio; o sábio distingue o que é ímpio e o que é justo. Hoje, o que mais se ouve é: “eu quero justiça”. Isto se ouve na tv, nos jornais. O que será que a pessoa entende quando diz que quer justiça? Aqui, no Livro da Sabedoria, nos diz algo que é muito importante; “vamos pô-lo a prova, com ofensas e torturas para ver se a sua serenidade e provar a sua paciência”.  Talvez, o que tenha faltado para nós é exatamente a paciência. Veja no trânsito, se alguém não percebeu que o farol abriu, leva muitas buzinadas... alguém que está na fila e o caixa se enrola um pouco, já é o suficiente para irritar a muitos... é evidente que vivemos num mundo meio louco, mas se de fato professamos a nossa fé, a nossa conduta precisa ser pautada pela fé e precisa ser pautada pela Palavra de Deus. Caso contrário, não seremos diferentes dos outros. Claro, de verdade, precisamos refletir com profundidade.
Agora, São Tiago vai além; ele diz assim: “onde houver inveja e rivalidade, aí está a desordem e toda espécie de obras más. É muito interessante observar e aqui é apenas uma reflexão. Não cabe a mim julgar as condutas das pessoas, mas cada vez é mais difícil encontrar uma casa onde existe apenas uma conta bancária; cada um tem a sua conta. E cada um vai precisar partilhar as despesas da casa. Aí, neste gesto simples, começa a rivalidade; “porque você gasta menos do que eu e eu tenho que pagar a conta de luz do meu bolço? A família, a razão primeira da família, a palavra família significa FAMINTOS, são aqueles que se reúnem para defender-se da fome. Portanto, família é um grupo de pessoas que se unem, para se ajudarem a viver melhor. Se ninguém ajuda ninguém, não há razão de ter família. Por isso, a família hoje passa por uma profunda crise, porque os filhos não foram educados para a colaboração com os pais. Depois que se casam, não têm sequer o hábito de visita-los. Se não há uma sensibilidade de encontrar o outro, quanto mais ser solidário nas dificuldades. Tudo aquilo que coopera para uma competição, acaba virando rivalidade. Aí, diz São Tiago: “A sabedoria que vem do alto é pura, o discernimento entre o que é justo e o que é ímpio, vem de uma pureza. Mesmo que você estiver julgando errado, mas seu coração está puro, não é julgamento maldoso. Não é parcial nem tendencioso. Ele vai mais além: “pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e fingimento. O fruto da justiça é semeado NA PAZ”. Ora, então, onde não há paz, não há justiça. E onde não há justiça também não há paz. Qualquer proposta que a Igreja Católica Apostólica apresenta para o mundo, ela é bombardeada de todos os lados. Basta que alguém ponha uma estampa de Maomé e todo o lugar é jogado fogo e jogado bombas. Não vou julgar os mulçumanos, mas nós aprendemos com a história que não se resolve as coisas a partir da violência. Nós mesmos, em nome de Jesus Cristo, já geramos muita violência. Nós, vamos seguindo adiante com resignação buscando o diálogo e a paz. Percebemos no passado, um pouco distante, mas percebemos que o caminho da violência não leva à justiça. Isto, então, também na família, também na relação social que nós temos. Como então, sobreviver e vencer esta tentação? Porque é algo quase instintivo, você me ofender, eu devolvo. Agente nem faz por mal, é um habito.  É uma reação que acontece mesmo sem agente perceber.
É aí que entra a figura de Jesus. É evidente que Jesus é o modelo para qualquer situação, mas hoje Ele chama a atenção para um ponto específico: “Nós estamos indo para Jerusalém. Lá, o Filho do Homem será entregue nas mãos dos pecadores”.  Qual é a reação de quem ama uma pessoa? Não mede esforços para defender esta pessoa. Jesus começa a chamar a atenção dizendo: “vocês não se preocupem, que a última palavra é sobre a vida. Mas, Ele ressuscitará. Talvez esteja preparando os discípulos para não reagirem, como Pedro reagiu puxando uma espada e cortando a orelha do servo do sumo sacerdote. Jesus vai dizer: “coloque a espada na bainha”. “Será que se Ele não quisesse, teria todos os anjos para me defender”? Então, talvez Jesus estivesse preparando os discípulos, para diante de sua morte, não reagir de forma violenta. Mas, o texto diz que eles não compreenderam isto. Eles estavam debatendo quem seria o maior, chegando em Jerusalém.  Eles tinham a plena esperança, de que, Jesus ia chegar em Jerusalém, colocar os romanos para fora e instalar o novo reino, aonde cada um dos doze teria um ministério. Eles já estavam discutindo entre si, quem é que iria ocupar tal lugar. Aí, Jesus coloca um critério: quem quer ser o mais importante, o maior, é o que servir mais. Aqui é um desafio para todos nós. Porque, muitas vezes, aceitamos racionalmente isto, mas, depois, na prática, não somos assim não. Eu já vi muita gente dizer: “é assim que você reconhece tudo aquilo que eu fiz por você”? – “nem um muito obrigado me deu”? ora, o serviço é disponibilidade.
Mas, Jesus vai mais fundo: “Quem não for igual a uma criança, e aqui é ótimo, porque amamos tanto as crianças, mas elas não têm poder nenhum! Nós amamos do nosso jeito. Elas não decidem para onde iremos viajar, elas não decidem em que banco abriremos a conta, elas não decidem o que iremos comprar ou alugar, elas não decidem se vamos trocar o carro ou não, elas não decidem, sequer, o almoço do domingo. Eu, pessoalmente, acho que é assim mesmo, porque é com a maturidade que você vai aprendendo a decidir as coisas.
Então, a criança se torna um modelo, um sinal, um símbolo, para cada um de nós. Quando tomar alguma decisão, que seja aquela que beneficie a todos, ou ao menos a maioria. Porque é assim que nós nos preocupamos, em ter a nossa decisão que não prejudique o outro.
Então, meus irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos chama a atenção para muitos aspectos da nossa caminhada de vida. Mas, tudo isso, para que? O justo ressuscitará. Isto está no livro dos Macabeus. Hoje temos muitos sétimo dia. Que bom crermos na ressurreição. Isto nos dá esperança de que a vida não foi em vão e nos ajuda a compreender qual é a nossa missão no mundo: ser este sinal de justiça para semear a esperança de que a justiça prevalecerá sempre. Mas quando? Aí depende de nossa atitude e de nosso testemunho, convencendo as pessoas a trabalhar em prol desta justiça, a partir de nossa conduta.
Que a Eucaristia e a Palavra de Deus nos dê força e coragem, para vivermos o que refletimos.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

PE. PEDRINHO.
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Homilia de D. Henrique Soares
O caminho do Reino passa pela cruz, passa pela morte e chega à plenitude da vida na ressurreição. Um messias na linha da teologia da prosperidade do Edir Macedo e do RR Soares. Nada mais distante de Cristo que esse tipo de coisa! os discípulos, seguindo-o com os pés, próximos fisicamente, estão com o coração muito longe do Senhor. Que perigo, pensarmos que somos cristãos, que seguimos Jesus, e estarmos com o coração bem longe do Mestre! 
A linguagem da cruz continua difícil, dura, inaceitável para nós. O caminho da cruz se faz na aceitação dos caminhos de Deus, na doença e na morte, nas perdas que a vida nos apresenta, nos momentos de escuridão, de silêncio do coração e de aparente ausência de Deus... Todas essas coisas nos põem à prova, como o justo provado da primeira leitura deste hoje. É a vida, são os acontecimentos, são os outros que nos provam: “Armemos ciladas aos justos... Jesus passou por esse caminho, fez essa experiência em total obediência à vontade do Pai. E nos convida a segui-lo no hoje, no aqui da nossa vida. Nossa tentação é a dos primeiros discípulos: um cristianismo fácil, que não custe o preço da cruz! Se assim for, como estaremos longe de Jesus, como não o conheceremos! Ele nos dirá: “Apartai-vos de mim!” (Mt 7,23). 
Caros irmãos, como suportar a dureza da cruz? Como amá-la? Ninguém pode amar a cruz pela própria cruz. Cristo amou sua cruz e a abraçou por amor total ao Pai, por fidelidade. Nós somente poderemos compreender a linguagem da cruz por um amor apaixonado pelo Senhor Jesus. É o amor ao Senhor que torna a cruz aceitável! Sem o amor ao Senhor, a cruz é louca e desumana! Com Jesus e por causa de Jesus, a cruz é a libertação da vida. É o amor a Jesus que torna doce o que é amargo neste vida! 
Não se pode ser cristão sem paixão pelo Senhor! Como se consegue isso? Estando com ele na oração, aprendendo a contemplá-lo no Evangelho, alimentando sua lembrança, procurando a graça nos sacramentos, na Eucaristia, lutando vencer os sentimentos, os instintos e no esforço de fazer a vontade do Senhor... Sem esses exercícios não há amor, sem amor não há como compreender a cruz e sem tomar a cruz com e por Jesus não há cristão! Quando vier a crise, trairemos o Senhor e faremos do nosso jeito... 
            Então - por que o Senhor quer nos fazer passar pela cruz? porque somos egoístas, imaturos! Tiago traça um perfil da nossa realidade: guerras, paixões, disputas, autoafirmação, desordens e toda espécie de obras más... Ora, isso tudo nos fecha para Deus, nos joga na idolatria do ter, do poder, do prazer, da autossuficiência de pensar que somos deuses... É a cruz do Senhor quem nos purifica, nos corrige e nos liberta de verdade. Não há outro caminho... “Quem quiser seu meu discípulo tome a sua cruz e siga-me” ! 
Caríssimos, tenhamos coragem! Na docilidade ao Espírito Santo que o Senhor nos concedeu, teremos tal união com o Senhor Jesus, que tudo poderemos e suportaremos. Foi esse o caminho dos santos de Deus de todos os tempos; é esse o caminho... Que o Senhor nos conceda por sua graça.

SALMO  53 (54) É o Senhor quem sustenta minha vida! • Pois contra mim orgulhosos se insurgem, / e violentos perseguem-me a vida: / Quem me protege e me ampara é meu Deus;
Que Maria nos ajude e nos ensine o caminho da humildade e da obediência a Deus.

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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (diáconos e ministros da Palavra):






 LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA CONVOSCO... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR NOSSO DEUS...
- Por Jesus, COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Deus de amor, dai-nos da vossa Sabedoria.
- Deus nosso Pai, Nós Vos  louvamos porque vos deixais encontrar por aqueles que Vos procuram. Ajudai-nos para que vivamos segundo a vossa vontade. Nós Vos pedimos: que o Vosso Espírito nos guie e nos livre dos caminhos do mal.
T: Deus de amor, dai-nos da vossa Sabedoria.
- Senhor, nós Vos bendizemos pelos ensinamentos de Vosso Filho: a nossa vida, a nossa alegria e a nossa felicidade, sois Vós. - Pai, ajudai-nos a ver os valores de vosso Reino e a felicidade de vos servir.
T: Deus de amor, dai-nos da vossa Sabedoria.
- Pai, Jesus recorda-nos  que sois Deus de bondade e misericórdia. Abri os nossos olhos e os nossos corações para que saibamos contribuir na construção do Reino. Ajudai-nos a sermos mais justos e fraternos. Dái-nos coragem para que cumpramos nossa tarefa na construção do Reino.
T: Deus de amor, dai-nos da vossa Sabedoria.
-: PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Cordeiro de Deus...

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