sábado, 17 de novembro de 2018

33º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO B, homilias, subsídios homiléticos


33º DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO B

Tema: “A Parábola da Figueira.” A nossa esperança está em Deus, pois Ele tem um projeto libertador para todos.
Primeira leitura: anuncia aos crentes perseguidos e desanimados a chegada iminente do tempo da intervenção libertadora de Deus para salvar o Povo fiel.
Evangelho: Jesus garante-nos um mundo novo, de vida e de felicidade sem fim. Estejamos atentos aos sinais dos tempos.
Segunda leitura: Jesus veio para concretizar o projeto do Pai, inserindo as pessoas na dinâmica de vida eterna. Com seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos.

PRIMEIRA LEITURA (Dn 12,1-3) Leitura da Profecia de Daniel.
“Naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, defensor dos filhos de teu povo; e será um tempo de angústia, como nunca houve até então, desde que começaram a existir nações. Mas, nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem inscritos no Livro. Muitos dos que dormem no pó da terra, despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. Mas os que tiverem sido sábios, brilharão como o firmamento; e os que tiverem ensinado a muitos homens os caminhos da virtude, brilharão como as estrelas, por toda a eternidade”.

AMBIENTE -  Em 333 a.C., Alexandre derrotou Dario III, rei dos Persas. A Palestina ficou integrada ao império de Alexandre. Quando Alexandre morreu, em 323 a.C., o império foi disputado pelos seus generais. A Palestina foi disputada entre os ptolomeus, que ocupavam o Egito, e os selêucidas, que dominavam a Síria e a Mesopotâmia. Num primeiro momento, os ptolomeus asseguraram o domínio da Palestina e da Síria; mas o selêucida Antíoco III, acabou por vencer os ptolomeus dominou da Palestina. O selêucida Antíoco IV Epifanes (174-164 a.C.). Foi intolerante para com a cultura e a religião judaicas. Se muitos judeus renegaram a sua fé e assumiram os valores helênicos, muitos outros resistiram, defenderam a sua identidade cultural e religiosa. O Livro de Daniel surge neste contexto. O seu autor é um judeu fiel à cultura e aos valores religiosos dos seus antepassados, defende a sua cultura e a sua religião. Contando a história de um tal Daniel, um judeu exilado na Babilônia, pede aos seus concidadãos que não se deixem vencer pela perseguição de Antíoco IV Epifanes e que se mantenham fiéis à religião e aos valores dos seus pais. Com o livro de Daniel, inaugura-se a literatura apocalíptica. Num tempo de perseguição, o autor pretende restaurar a esperança e assegurar a vitória de Deus sobre os opressores.

MENSAGEM - o autor do livro anuncia a chegada iminente do tempo da intervenção salvadora de Deus para salvar o Povo fiel. Ele refere-se à intervenção de “Miguel”, o chefe do exército celestial, que Deus enviará para castigar os perseguidores. No imaginário religioso judaico, “Miguel” é concebido como um espírito celeste (uma espécie de anjo protetor) que vela pelo Povo de Deus e opera a libertação dos perseguidos. Essa intervenção iminente de Deus irá, também, ressuscitar os que já morreram, a fim de lhes dar o prêmio pela sua vida de fidelidade ou o castigo pelas maldades que praticaram. Essa vida nova que os espera não será uma vida semelhante à do mundo presente, mas será uma vida transfigurada. É esta a esperança que deve sustentar os justos, chamados a permanecerem fiéis a Deus, apesar da perseguição e da prova. A sua vida não é sem sentido, e não está condenada ao fracasso; mas a sua constância e fidelidade serão recompensadas com a vida eterna. Começa aqui a esboçar-se a teologia da ressurreição.

ATUALIZAÇÃO – ♦ A mensagem de esperança destinava-se a animar os crentes que sofriam a perseguição. É uma mensagem válida para todas as épocas e lugares. A “perseguição” por causa da fidelidade aos valores em que acreditamos é uma realidade que todos conhecemos e que faz parte da nossa existência comprometida. Hoje, essa “perseguição” nem sempre é sangrenta; manifesta-se, muitas vezes, em atitudes de marginalização ou de rejeição, em ditos humilhantes, em atitudes provocatórias, na colagem de “rótulos” (“conservadores”, “atrasados”, “fora de moda”), em julgamentos apressados e injustos, em preconceitos e oposições… Este texto garante-nos que Deus nunca abandona o seu Povo em marcha pela história e que a vitória final será daqueles que se mantiverem fiéis às propostas e aos caminhos de Deus.
♦ A certeza da presença de Deus a acompanhar a caminhada dos crentes, permite-nos olhar a história da humanidade com confiança e esperança. O cristão tem de ser uma pessoa alegre e confiante, que olha para o futuro com esperança.
♦ A certeza de que a vida não acaba na morte liberta-nos do medo e dá-nos a coragem do compromisso.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 15 (16)
 Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
• Ó Senhor, sois minha herança e minha taça, / meu destino está seguro em vossas mãos! / Tenho sempre o Senhor ante meus olhos, / pois, se o tenho a meu lado, não vacilo.
• Eis porque meu coração está em festa, / minha alma rejubila de alegria, / e até meu corpo no repouso está tranquilo; / pois não haveis de me deixar entregue à morte, / nem vosso amigo conhecer a corrupção.
• Vós me ensinais vosso caminho para a vida; / junto a vós, felicidade sem limites, / delícia eterna e alegria ao vosso lado!

EVANGELHO (Mc 13,24-32) Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.
Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos: “Naqueles dias, depois da grande tribulação, o sol vai se escurecer, e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus, de uma extremidade à outra da terra. Aprendei, pois, da figueira esta parábola: quando seus ramos ficam verdes e as folhas começam a brotar, sabeis que o verão está perto. Assim também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Filho do Homem está próximo, às portas. Em verdade vos digo, esta geração não passará até que tudo isso aconteça. O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão. Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai”.

AMBIENTE - É um “discurso escatológico” (cf. Mt 13,3-37). É um texto difícil, que emprega imagens e linguagens marcadas pelas alusões enigmáticas, bem ao jeito do gênero literário “apocalipse”. Não é uma reportagem jornalística de acontecimentos concretos, mas uma leitura profética da história humana. O seu objetivo é dar aos discípulos indicações acerca da atitude a tomar frente aos acontecimentos que marcarão a caminhada histórica da comunidade, até ao momento em que Jesus vier para instaurar o novo céu e a nova terra. A missão que Jesus (que está consciente de ter chegado a sua hora de partir ao encontro do Pai) confia à sua comunidade não é uma missão fácil. Jesus está consciente de que os seus discípulos terão que enfrentar as dificuldades, as perseguições. Essa comunidade necessitará de estímulo. É por isso que surge este apelo à fidelidade, à coragem, à vigilância… No horizonte último da caminhada, Jesus coloca o final da história humana e o reencontro definitivo dos discípulos com Jesus. O “discurso escatológico” anuncia a vinda definitiva do Filho do Homem e o nascimento de um mundo novo.

MENSAGEM - Em Is 13,10, o obscurecimento do sol, da lua e das estrelas anuncia o dia da intervenção justiceira de Jahwéh para destruir o império babilônico e para libertar o Povo de Deus exilado numa terra estrangeira. Ora, é esta linguagem que Marcos vai utilizar para descrever a falência dos impérios que lutam contra Deus e contra os seus santos. Trata-se de uma linguagem tradicional para os  leitores de Marcos. No mundo grego o sol e a lua (“Élios”, e “Selénê”) eram adorados como deuses; e, no mundo romano, o imperador identificava-se como “o sol” (Nero, imperador de Roma, fez erigir no palácio imperial uma estátua de bronze com trinta metros de altura que o representava como o deus “sol”). A mensagem é evidente: está para acontecer uma virada na história; a velha ordem religiosa e política, os poderes que se opõem a Deus e que perseguem os santos, irão ser derrubados, a fim de darem lugar a um mundo novo, construído de acordo com os critérios e os valores de Deus. Marcos não se refere, aqui, àquilo que nós costumamos chamar “o fim do mundo”; mas refere-se, genericamente, à vitória de Deus sobre o mal.
A queda desse mundo velho aparece associada à vinda do Filho do Homem. A imagem leva-nos a Dn 7,13-14, onde se anuncia a vinda de um “Filho do Homem” “sobre as nuvens do céu” para afirmar a sua soberania sobre “todos os povos”. O “Filho do Homem, cheio de poder e de glória, que virá “reunir os seus eleitos”, não pode ser outro senão Jesus. Com esta imagem, Marcos assegura o triunfo de Cristo sobre os poderes opressores e a libertação daqueles que continuaram a percorrer com fidelidade os caminhos de Deus.
A mensagem proposta por Marcos é clara: espera-vos um caminho de sofrimento e perseguição; no entanto, não vos deixeis afundar no desespero porque Jesus vem. Com a sua vinda gloriosa, cessará a escravidão e nascerá um mundo novo, de alegria e de felicidade plenas. O quadro destina-se não a amedrontar, mas a abrir os corações à esperança: quando Jesus vier com a sua autoridade soberana, o mundo velho do egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o dia novo da salvação/libertação sem fim.
Na segunda parte do nosso texto (28-32), Jesus responde à questão posta pelos discípulos: “Diz-nos quando tudo isto acontecerá e qual o sinal de que tudo está para acabar”.
Para Jesus, mais importante do que definir o tempo exato da queda do mundo velho é ter confiança na chegada do mundo novo e estar atento aos sinais que o anunciam. O aparecimento nas figueiras de novos ramos e de novas folhas acontece, sem falhas, cada ano e anuncia ao agricultor a chegada do Verão e do tempo das colheitas; da mesma forma, os crentes são convidados a esperar, com confiança, a chegada do mundo novo e a perceber, nos sinais de desagregação do mundo velho, o anúncio de que o tempo da sua libertação está chegando. Certos da vinda do Senhor, atentos aos sinais que O anunciam, os crentes podem preparar o seu coração para O acolher, para aceitar os desafios que Ele traz, para agarrar as oportunidades que Ele oferece.
Não há uma data marcada para o advento dessa nova realidade. De uma coisa os crentes podem estar certos: as palavras de Jesus são a garantia de que esse mundo novo, de vida plena e de felicidade sem fim, irá surgir.

ATUALIZAÇÃO  ♦ A guerra, a opressão, a injustiça, a miséria, a escravidão, o egoísmo, a exploração, o desprezo pela dignidade do homem atingem-nos. Feridos e humilhados, duvidamos de Deus, da sua bondade, do seu amor, da sua vontade de salvar o homem. A Palavra de Deus hoje nos abre a porta à esperança. Reafirma que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todos os homens. A humanidade não caminha para a destruição; mas caminha ao encontro da vida plena, ao encontro desse mundo novo.
♦ Deus tem um projeto de vida para o mundo e os Cristãos têm de ser testemunhas da esperança. Eles vêem os momentos de tensão e de luta como sinais de que o mundo velho irá ser transformado e renovado, até surgir um mundo novo e melhor. Para o cristão, não faz qualquer sentido deixar-se dominar pelo medo, pelo pessimismo, pelo desespero. O mundo tem de ver em nós gente a quem a fé dá uma visão otimista da vida e da história e que caminha ao encontro desse mundo novo que Deus nos prometeu.
♦ É Deus, o Senhor da história, que irá fazer nascer um mundo novo; contudo, Ele conta com a nossa colaboração desse projeto. Os cristãos não podem ficar de braços cruzados à espera que o mundo novo caia do céu; mas são chamados a anunciar e a construir, com a sua vida, com as suas palavras, com os seus gestos, esse mundo que está nos projetos de Deus. Isso implica um processo de conversão que nos leve a suprimir em nós e nos outros, o egoísmo, o orgulho, a prepotência, a exploração, a injustiça (mundo velho); isso implica, também, testemunhar com gestos concretos, os valores do mundo novo – a partilha, o serviço, o perdão, o amor, a fraternidade, a solidariedade, a paz.
♦ Deus não abandona os homens na sua caminhada histórica. Da nossa parte, precisamos estar atentos à sua proximidade e reconhecê-lo nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a libertação. O cristão não pode fechar-se no seu canto e ignorar Deus, os seus apelos e os seus projetos; mas tem de estar atento e de notar os sinais através dos quais Deus Se dirige aos homens e lhes aponta o caminho do mundo novo.
♦ É preciso, ainda, ter presente que este mundo novo nunca será uma realidade plena nesta terra. O mundo novo sonhado por Deus é uma realidade escatológica, cuja plenitude só acontecerá depois de Cristo ter destruído definitivamente o mal que nos torna escravos.

SEGUNDA LEITURA (Hb 10,11-14.18) Leitura da Carta aos Hebreus.
Todo sacerdote se apresenta diariamente para celebrar o culto, oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, incapazes de apagar os pecados. Cristo, ao contrário, depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus. Não lhe resta mais senão esperar até que seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés. De fato, com esta única oferenda, levou à perfeição definitiva os que ele santifica. Ora, onde existe o perdão, já não se faz oferenda pelo pecado.

AMBIENTE - Esta “Carta” destina-se a comunidades fragilizadas, cansadas que necessitam de redescobrir o seu entusiasmo inicial com Cristo e de apostar numa fé mais coerente e mais empenhada. Nesse sentido, o autor da “carta” apresenta-lhes o mistério de Cristo, o sacerdote por excelência, cuja missão é pôr os crentes em relação com o Pai e inseri-los nesse Povo sacerdotal que é a comunidade cristã. O objetivo é despertar no coração dos crentes uma resposta adequada ao amor de Deus, manifestado na ação de Jesus.

MENSAGEM - Os “sacrifícios pelo pecado tinham a função de expiar os pecados do Povo e de refazer a comunhão entre os crentes e Deus. Ao oferecer, sobre o altar do Templo, a vida de um animal, o crente pedia a Jahwéh perdão pelo pecado, manifestava a sua intenção de continuar a pertencer à comunidade de Deus e mostrava a sua vontade de reatar essa relação com Deus que o pecado tinha interrompido. O autor da Carta aos Hebreus está convencido que os sacrifícios oferecidos pelo pecado não eram eficazes e não conseguiam restabelecer essa comunhão entre o Povo e Deus. Tratava-se de ritos externos e superficiais, que nunca lograram transformar os corações duros e egoístas dos homens em corações capazes de viverem no amor a Deus e aos irmãos. Jesus, no entanto, com a entrega da sua vida, conseguiu concretizar esse objetivo de aproximar os homens de Deus. Ele obedeceu a Deus em tudo e ofereceu a sua vida em dom de amor aos homens. Com o seu exemplo e testemunho, Ele propôs aos homens um caminho novo, mudou os seus corações e ensinou-os a viverem numa total disponibilidade para com os projetos de Deus, na entrega total aos irmãos. Dessa forma, Jesus venceu a lógica do egoísmo e do pecado e colocou os homens no caminho certo para integrarem a família de Deus. O sacrifício de Jesus, oferecido de uma só vez, libertou os homens de uma dinâmica de egoísmo e de pecado e permitiu-lhes aproximarem-se de Deus com um coração renovado. Assim, ele “tornou perfeitos para sempre os que são santificados”. Cumprida a sua missão na terra, Jesus “sentou-se para sempre à direita de Deus”. Esta imagem de triunfo e de glória mostra, não apenas como o caminho percorrido por Cristo é um caminho que tem a aprovação de Deus mas, sobretudo, qual é a “meta” final da caminhada do homem: a pertença à família de Deus. Se o caminho da fidelidade aos projetos de Deus levou Jesus a sentar-Se à direita do Pai, também aqueles que seguem Jesus chegarão à mesma meta e sentar-se-ão à direita de Deus. Desta forma, o autor da Carta aos Hebreus exorta os cristãos a viverem na fidelidade aos compromissos que assumiram com Cristo no dia do seu Batismo. Quem percorre o mesmo caminho de Cristo, está destinado a sentar-se “à direita de Deus” e a viver em comunhão com Deus.

ATUALIZAÇÃO ♦ O pecado é sempre uma realidade que impede a comunhão plena com Deus e o acesso à vida verdadeira. Deus não abandona o homem que faz, mesmo conscientemente, opções erradas. O nosso egoísmo, o nosso orgulho, a nossa autossuficiência, o nosso comodismo, o nosso pecado não têm a última palavra e não nos afastam decisivamente da comunhão com Deus e da vida eterna; a última palavra é sempre do amor de Deus e da sua vontade de salvar o homem.
♦ O Filho de Deus, veio concretizar o projeto de Deus de nos libertar do pecado e de nos inserir numa dinâmica de vida eterna. Com a sua vida e com o seu testemunho, Ele ensinou-nos a vencer o egoísmo e o pecado e a fazer da vida um dom de amor a Deus e aos irmãos. No dia do nosso Batismo, aderimos ao projeto de vida que Jesus nos apresentou e passamos a integrar a comunidade dos filhos de Deus. Resta-nos seguir os passos de Jesus no caminho de amor e serviço; exige que sejamos testemunhas de uma dinâmica nova – a dinâmica do amor.
♦ A morte de Cristo na cruz foi consequência do enfrentamento com as forças do egoísmo e do pecado que oprimiam os homens. Contudo, a morte não O venceu e Ele “sentou-se para sempre à direita de Deus”. O seu triunfo garante-nos que uma vida feita dom de amor, não é uma vida perdida e fracassada, mas é uma vida destinada à eternidade. Quem, como Ele, luta para vencer o pecado que escraviza os homens, há de chegar à comunhão plena com Deus, à vida eterna. Esta certeza deve animar a nossa caminhada e dar-nos a coragem do compromisso.
Pe. Joaquim, Pe Barbosa, Pe. Carvalho
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Um novo dia

Estamos no penúltimo domingo do Ano Litúrgico. A Liturgia nos fala do fim do mundo e da sua história.
É um convite à ESPERANÇA: O Deus Libertador vai mudar a noite do mundo numa aurora de vida sem fim.

As Leituras bíblicas, numa linguagem apocalíptica, nos estimulam a descobrir, os sinais desse mundo novo, que está
nascendo das cinzas do reino do mal.

A Linguagem apocalíptica é um modo alternativo de falar, bem compreendido pelo povo de então.
- Usa imagens fortes e misteriosas, cheias de elementos simbólicos.
  Mas o importante não são as imagens, mas o conteúdo que querem revelar.
- Não pretende adivinhar o futuro, mas falar da realidade atual do povo.
- Não pretende assustar, mas animar o povo em momentos difíceis.

Na 1a leitura, encontramos o Apocalipse de Daniel. (Dn 12,1-3)

O Povo judeu se encontrava oprimido sob a dominação dos gregos.
Muitos judeus, apavorados pela perseguição, abandonavam até a fé…
Deus enviou o seu anjo Miguel como defensor dos que se mantiveram fiéis no caminho de Deus.

*O objetivo desse livro era animar o povo a resistir diante dos opressores e lembrar que a vitória final será dos justos que perseverarem fiéis... É a primeira profissão de fé na RESSURREIÇÃO, que se encontra na Bíblia.


A 2ª Leitura apresenta a oferta perfeita de Cristo,  que nos libertou do pecado e nos inseriu numa dinâmica de vida eterna. É o caminho do mundo novo e da vida definitiva. (Hb 10,11-14.18)

No Evangelho, temos o Apocalipse de Marcos.  (Mc 13, 24-32)

Na época em que Marcos escreveu o seu evangelho, as comunidades cristãs estavam agitadas e assustadas
por causa de guerras e calamidades.

* Para tranquilizar os cristãos, o autor usa uma linguagem apocalíptica, descrevendo a catástrofe do sol e das estrelas e o aparecimento do Filho do homem sobre as nuvens para julgar os bons e os maus.
Jesus anuncia a destruição de Jerusalém e o começo de uma nova era, com a sua vinda gloriosa após a ressurreição.

- Não é uma reportagem, mas uma CATEQUESE sobre o fim dos tempos. 
A Intenção não era assustar, mas conduzir a comunidade a discernir  os fatos catastróficos e o futuro da comunidade cristã dentro da História.
Não deviam ver como o fim do mundo, mas o início de um mundo novo.
Portanto, não deviam dar ouvidos a pessoas que anunciavam o fim do mundo.
Pelo contrário, deviam ver nos sofrimentos sinais de vida: como dores de parto, que prenunciavam o nascimento de uma nova vida…

Quando vai acontecer isso?
A resposta é dada através da imagem da figueira: Quando começa a brotar, o agricultor sabe que está chegando o verão… e se alegra porque se aproxima a época da colheita.
- Quanto ao dia e hora, só o Pai sabe... mais ninguém...
Para nós o mais importante não é saber quando isso irá acontecer, mas sim estar vigilantes e preparados para ele.

E as sombras que vemos no Mundo de hoje?
O desabamento de tantas certezas, que julgávamos indestrutíveis...
O desaparecimento de pessoas que julgávamos insubstituíveis.
O abandono de certas práticas religiosas que pareciam indispensáveis...
O esquecimento de tantos valores éticos e morais que tanto apreciamos...
O abandono da fé de tantas pessoas, que julgávamos fervorosas...
A violência, a corrupção, a opressão andam soltas...
àComo devemos ver tudo isso? Será o fim do mundo?

A Palavra de Deus reafirma, que Deus não abandona a humanidade e está determinado a transformar o mundo velho do egoísmo e do pecado num mundo novo de vida e de felicidade para todos os homens.
A humanidade não caminha para a destruição, para o nada; caminha ao encontro da vida plena, ao encontro de um  mundo novo.

Nós cristãos devemos ver a vida presente em estado de gestação, como germe de uma vida, cuja plenitude final alcançaremos só em Deus. Esse mundo sonhado por Deus é uma realidade escatológica.

Mas desde já um novo dia está surgindo...
Por isso, devemos ser para os nossos contemporâneos sinais de esperança dessa realidade:
Gente de fé com uma visão otimista da vida e da história, que caminha, alegre e confiante, ao encontro desse mundo novo, que Deus nos prometeu.
Deus que não nos abandona em nossa caminhada, ele vem sempre ao nosso encontro para nos indicar o caminho.

Da nossa parte, devemos estar atentos aos sinais de Deus,confiantes nas palavras de Cristo, que nos garante:
  "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão".



                            Pe. Antônio

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Homilia do PE. PEDRINHO

Meus irmãos e irmãs, mais uma vez a liturgia com convida a contemplar o amor de Deus e a reforçar as nossas convicções. Já por alguns domingos, temos acompanhado a carta aos Hebreus e hoje chegamos ao ápice desta carta, momento central, onde nos é apresentado Jesus, como aquele que ofereceu um sacrifício único pelos pecados e venceu a morte. Jesus, sacerdote segundo a ordem de Melquisedec. O sacerdote filho do rei da Paz, o Rei da Justiça. Ele, de fato, nos oferece este sacrifício pleno e único. A partir daí, somos convidados a compreender, que quando nós marcamos uma Celebração Eucarística (missa) para os mortos. Ás vezes, a pessoa marca uma Celebração para que Deus apague os pecados do morto. Não é por esta razão que Celebramos pelos mortos, porque como diz o próprio trecho: “Depois de ter oferecido um sacrifício único pelos pecados, sentou-se para sempre à direita de Deus”. Nós marcamos esta Celebração para festejar este encontro com Deus. É para festejar. É uma alegria, que finalmente, contemplamos a Deus face a face. Isto se dá na morte. Como estamos do lado de cá, Celebramos a Eucaristia, porque ela nos liga aos mortos e nos liga a Deus. É bom termos isto presente; não se Celebra para apagar pecados. Celebra se a Eucaristia para festejar este encontro da pessoa com Deus. A partir daí, que vamos compreender, então, a questão da vinda do Filho do Homem, os anjos vão reunir os eleitos de Deus e eles vão ressuscitar para a glória e outros para o opróbio. Ora, vamos compreender isto: não é que uns vão ficar com Deus e outros com Satanás, porque Jesus já venceu Satanás. É que, de fato, você procura a vida toda viver conforme o Evangelho, viver conforme as orientações de Deus, se você faz esforço para viver o que aprendeu para cultivar os valores éticos, morais e justos que aprendeu na bíblia, encontrar-se com Deus é a grande vitória; finalmente, vencemos. Agora, para quem acha que Deus é uma chatice, para quem acha que Deus é uma invenção de religião, para quem acha que a proposta de Deus é algo do passado, fora de moda, etc, ora, diante de Deus vai se reconhecer perdedor. Então, opróbio é humilhação eterna, de saber que você pensou tudo errado. Então, TODOS  viverão diante de Deus. Uns alegres e outros se sentindo eternamente envergonhados. Então, a Palavra de Deus é um convite. Se aceito, será uma alegria eterna. Se eu rejeito, será uma tristeza eterna, porque rejeitei aquilo que agora eternamente tenho que viver.
É partindo deste ponto, que vamos compreender a primeira leitura do livro de Daniel. Aqui há algo importantíssimo; quem é o sábio? É aquele que faz o discernimento entre o certo e o errado. Aquilo que me ajuda a me relacionar com o mundo e aquilo que me torna um egoísta. Este sábio, diz a primeira leitura, ele brilhará no firmamento. Aquele que ensina, brilhará como as estrelas. Aqui estão contemplados os catequistas, está contemplado todo presbítero (padre) que ajuda o povo a ouvir e entender as leis de Deus, estão contemplados os pais, os avós, tios e tias que ajudam as novas  gerações a descobrir os valores de Deus. Por mais que achem estranho, ensinem os filhos e netos ou sobrinhos a viverem segundo a vontade de Deus. Com certeza, não estão ensinando coisas erradas, mas estará ensinando, de verdade, esta nova geração, que quem deposita sua confiança em Deus, não se decepciona.  Agora, é preciso saber se estamos convencidos disto. Diz o salmo: e até meu corpo no repouso está tranquilo; está mesmo. Neste mundo tão agitado e cheio de perigos, o que realmente pode nos dar tranquilidade? Só a esperança em Deus. Eu vejo pais que me dizem: quando meus filhos saem, eu não durmo enquanto eles não retornam.
Muitos dizem: a Palavra de Deus é bonita, mas não é mais eficaz; ela já não funciona mais. Já não tem a força que tinha no passado. Olha o Pai nosso: não nos deixeis cair em tentação. A tentação de achar que não dá mais para confiar na palavra de Deus. Não. Nós cremos na Palavra de Deus e nela está a nossa confiança. Aliás, a Palavra de Deus é a única certeza de vitória. Portanto, é necessário, cada dia renovar a nossa fé. Crer na Palavra. E foi assim, crendo na Palavra, que Jesus se entregou à morte e nos garantiu a vida. O próprio salmo diz: / pois não haveis de me deixar entregue à morte, / nem vosso amigo conhecer a corrupção. É por isso que Jesus ressuscitou. Não podia ser corrompido pela morte, pois depositou sua confiança em Deus até o final e final de Cruz. Cremos também, que nossa Senhora vai para o céu, de corpo e tudo, porque ela também acreditou na Palavra de Deus. Então, um dia, não haverá mais morte, diz o profeta Isaías. Neste dia não haverá mais lágrimas, não haverá mais luto. Aquele que cultiva, vai colher os frutos. Todos serão felizes. Enfim, a Palavra de Deus sempre nos dá esperança. São Marcos, também procurou fazer isto, a partir do Evangelho. Só, que quando olhamos, assim, estranhamos um pouco, porque ele diz: o sol não vai brilhar, a luz vai ficar vermelha, as estrelas vão cair do firmamento. O que São Marcos está dizendo? Que vai acabar o mundo no final de dezembro, agora? Não. Ele está dizendo, que com a vinda do Filho do Homem, tudo será diferente. Até a natureza vai ser transformada. Portanto, não há o que temer. O único medo é que somos chamados a estar vigilantes e procurar descobrir se a Palavra de Deus é eficaz ou não. A isto não podemos nos dobrar. A Eucaristia serve como alimento. A Palavra de Deus como orientação para continuarmos firmes.
Última palavrinha: Passarão o céu e a terra e minhas palavras não passarão e esta geração verificará isto. Então, dá a impressão, mesmo, que o mundo está para acabar no fim de ano. Não. É que de fato, aqui diz bem claro: quando se dará o Reino de Deus? Ninguém sabe. Só quando todos estiverem convencidos de que a proposta de Deus é melhor. Ora, cada geração é chamada a conquistar o Reino. O Reino de Deus está entre vós, diz Jesus. Cada geração precisa descobrir e precisa participar deste reino. Aí, porque somos chamados a viver e a ensinar os outros a viver a Palavra de Deus. -  Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

PE. PEDRINHO – Diocese de Santo André, SP.

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HOMILIA DE D. HENRIQUE SOARES

Estamos no penúltimo Domingo do Ano Litúrgico. No Domingo próximo, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo encerrará este ano da Igreja. Pois bem, hoje a Palavra de Deus, nos recorda que, como o ano, também a nossa vida passa, e passa veloz… Assim, o Senhor nos convida à vigilância e nos exorta a que não percamos de vista o nosso caminho neste mundo e o destino que nos espera. Nossa vida tem um rumo, caríssimos; o mundo e a história humana têm uma direção, meus irmãos!
A nossa fé nos ensina, amados no Senhor, que toda a criação e toda a história humana caminham para um ponto final. Este fim não será simplesmente o término do caminho, mas a sua plenitude, a sua finalidade, sua bendita consumação. O universo vai evoluindo, a história vai caminhando… Onde o caminho vai dar? Com palavras e idéias figuradas, a Escritura Sagrada nos ensina que tudo terminará em Jesus, o Cristo glorioso que, por sua morte e ressurreição, tornou-se Senhor e Juiz de todas as coisas. Vede bem: a criação não vai para o nada; a história humana não caminha para o absurdo! Eis aqui o essencial, que o evangelho de hoje nos coloca com palavras impressionantes: “Então verão o Filho do Homem vindo nas nuvens com grande poder e glória!” Ou seja: tudo quanto existe caminha para Cristo, aquele que vem sobre as nuvens como Deus, aquele que é nosso Juiz porque, como Filho do Homem, experimentou nossa fraqueza e se ofereceu uma vez por todas em sacrifício por nós! Vede, irmãos: o nosso Salvador será também o nosso Juiz! Aquele que está à Direita do Pai e de lá virá em glória para levar à consumação todas as coisas é o mesmo que se ofereceu todo ao Pai por nós para nos santificar e nos levar à perfeição! Repito: nosso Juiz é o nosso Salvador! Quanta esperança isso nos causa, mas também quanta responsabilidade! Que faremos diante do seu amor? Que diremos àquele que por nós deu tudo, até entregar a própria vida para nossa salvação? Que amor apresentaremos a quem tanto e tanto nos amou? Pensai bem!
Hoje, a Palavra de Deus adverte: tudo estará debaixo do senhorio de Cristo! Por isso, numa linguagem de cores fortes e figuras impressionantes, Jesus diz que a criação será abalada pela sua Vinda: “O sol vai escurecer e a lua não brilhará mais, as estrelas começarão a cair do céu e as forças do céu serão abaladas”. Que significa isso? Que toda a criação será palco dessa Revelação da glória do Senhor, toda a criação será transfigurada e alcançará a plenitude no parto de um novo céu e uma nova terra onde a glória de Deus brilhará para sempre! O Senhor afirma ainda que também a história chegará ao fim e será passada a limpo. Cristo fala disso usando a imagem da grande tribulação, isto é, as dores e contradições do tempo presente, que vão, em certo sentido se intensificando neste mundo. Por isso mesmo, a primeira leitura, do Profeta Daniel, fala em combate e em tempo de angústia… É o nosso tempo, este tempo presente, que se chama “hoje”.
Amados em Cristo, estas leituras são muito atuais e consoladoras, sobretudo nos dias atuais, quando vemos o Cristo enxovalhado, o cristianismo perseguido e desprezado, a santa Igreja católica caluniada… Pensem no Código da Vinci, pensem nas obras de arte blasfemas e sacrílegas frequentemente expostas sem nome de uma pérfida liberdade, pensem nas freiras das porcas novelas da Globo, pensem no ridículo a que os cristãos são expostos aqui e ali, com cínicas desculpas e camufladas intenções, pensem nos valores cristãos que vão sendo destruídos, nas famílias destruídas pelo divórcio, pela infidelidade, pela imoralidade, pensem nos jovens desorientados pela falta de Deus, pela negação de todas as certezas e o desprezo de todos os valores, pensem, por fim, na vida humana desrespeitada pelo aborto, pela manipulação genética, pelas imorais e inaceitáveis experiências com células-tronco embrionárias com pretextos e desculpas absolutamente imorais… Não é de hoje, caríssimos, que a Igreja sofre e que os cristãos são perseguidos, ora aberta, ora veladamente… Já no longínquo século V, Santo Agostinho afirmava que a Igreja peregrina neste tempo, avançando entre as perseguições do mundo e as consolações de Deus… O perigo é a gente perder de vista o caminho, perder o sentido do nosso destino, esfriar na vigilância, perder a esperança, abandonar a fé…
Caminhamos para o Senhor, caríssimos – tende certeza disto! O mudo vai terminar no Cristo, como um rio termina no mar; a história vai encontrar o Cristo, tão certo quanto a noite encontra o dia; nossa vida estará diante do Senhor, tão garantido quanto o vigia cada manhã está diante da aurora! Por isso mesmo, é indispensável vigiar e trazer sempre no coração a bendita memória do Salvador, a firme esperança nas suas promessas, a segura certeza da sua salvação! Vede bem: na Manifestação do nosso Senhor, ele nos julgará! Na sua luz, tudo será posto às claras: se é verdade que sua Vinda é para a salvação, também é verdade que todos quantos se fecharam para ele, perderão essa salvação. Caríssimos, nosso destino é o céu, mas estejamos atentos: o inferno, a condenação eterna, a danação sem fim, o fogo que devora para sempre, são uma real possibilidade para todos nós! Haverá um Juízo de Deus em Jesus Cristo, meus amados no Senhor: “Muitos dos que dormem no pó a terra despertarão, uns para a vida eterna, outros para o opróbrio eterno. Nesse tempo, teu povo será salvo, todos os que se acharem escritos no Livro”. Caríssimos, não brinquemos de viver, não vivamos em vão, não sejamos fúteis e levianos, não corramos a toa a corrida da vida! É o nosso modo de viver agora que decidirá nosso destino para sempre! Por isso mesmo, Jesus nos previne: “Em verdade vos digo: esta geração não passará até que tudo isto aconteça!” Em outras palavras: não importa quando ele virá – ele mesmo diz: “Quanto àquele dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai” -; importa, sim, que estejamos atentos, importa que vivamos de tal modo que, quando ele vier no momento de nossa morte, estejamos prontos para comparecer diante dele e diante dele estar no último Dia, quando tudo for julgado! O juízo que nos espera é um processo: começa logo após a nossa morte, quando, em nossa alma, estaremos diante do Cristo e receberemos nossa recompensa: o céu ou o inferno! E no final dos tempos, quando Cristo se manifestar em sua glória, nosso destino também será manifestado com toda a criação e o nosso corpo, ressuscitado no fim de tudo, receberá também a mesma recompensa de nossa alma: o céu ou o inferno, de acordo com o nosso procedimento nesta vida!
Meus caros, quando a Escritura Sagrada nos fala do fim dos tempos não é para descrever como as coisas acontecerão. Isso seria impossível, pois aqui se tratam de realidades que nos ultrapassam e que já não pertencem a este nosso mundo. Portanto, palavras deste mundo não podem descrever o que pertence ao mundo que há de vir… O que a Escritura deseja é nos alertar a que vivamos na verdade, vivamos na fé, vivamos na fidelidade ao Senhor… vivamos de tal modo esta nossa vida, que possamos, de fé em fé, de esperança em esperança, alcançar a vida eterna que o Senhor nos prepara, vida que já experimentamos hoje, agora, nesta santíssima Eucaristia, sacrifício único e santo do nosso Salvador que, à Direita do Pai nos espera como Juiz e Santificador. A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.
 Dom Henrique Soares da Costa



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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e Ministros da Palavra)



– LOUVOR (quando o Pão consagrado estiver sobre o altar)                                                           Mc 13, 24-32
- O Senhor esteja com todos vocês... Demos graças ao Senhor nosso Deus...
- Com Jesus, por Jesus e em Jesus louvemos ao Pai na força do Espírito Santo:
T: Bendito e louvado seja o Senhor nosso Deus!
- Bendito sejais, ó Deus de amor e misericórdia. Em meio a tantas desgraças e sofrimentos desta vida, sois a nossa esperança e a nossa alegria, pois sabemos que nunca nos abandonais. Sois o nosso libertador.
T: Bendito e louvado seja o Senhor nosso Deus!
- A injustiça, a miséria, a exploração e a corrupção nos ferem, mas a nossa esperança sois vós, senhor nosso Deus. Estamos no mundo, mas com a vossa graça já somos cidadãos do alto. Atravessamos o nosso vale de lágrimas, mas nos esforçamos para seguir os passos de vosso Filho que está à vossa direita. Vos agradecemos por nos dar Jesus como nosso Pastor, nosso guia e nossa salvação.
T: Bendito e louvado seja o Senhor nosso Deus!
-Pai, Jesus é nosso sumo e eterno sacerdote que deu seu sangue para nossa salvação. É com Ele que vos louvamos e vos agradecemos. Sois o nosso Deus e somos o vosso povo. Vinde sempre em nosso auxílio.
T: Bendito e louvado seja o Senhor nosso Deus!
= Pai nosso... Oração da Paz... Eis o Cordeiro...


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