quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Dia de Todos os Santos, homilias, subsídios homiléticos


Dia de Todos os Santos  2018 (Adaptado pelo Diácono Ismael)

SINOPSE:
TEMA: Todos os Santos; ”Dia de contemplar os nossos heróis na fé.
Todos os Santos é a festa de todos aqueles que procuram, em cada dia, amar a Deus e os seus irmãos.
Primeira leitura: João recorre a uma visão para descrever nossos heróis na fé.
Evangelho: Jesus nos fala das bem-aventuranças no Reino.
Segunda leitura: João nos diz que pelo batismo somos filhos de Deus e nós nem podemos imaginar a felicidade que nos aguarda.

PRIMEIRA LEITURA (Ap 7,2-4.9-14) Leitura do Livro do Apocalipse de São João.
...marcado na fronte ...eram cento e quarenta e quatro mil, ...multidão imensa ...quatro seres vivos ...ele me disse: “Esses são os que vieram da grande tribulação. Lavaram e alvejaram as suas roupas no sangue do Cordeiro”.

Breve comentário – Em meio às perseguições o profeta traz esperança. É uma linguagem codificada, que evoca Roma (Babilônia). Proclama a vitória do Cordeiro que transformou o caminho de morte em caminho de vida para todos aqueles que O seguem, e eles são numerosos; participam do seu triunfo, numa festa eterna.
1- «O selo (o sinete de marcar); nesta marca, em forma de cruz, o caráter batismal.
2- «Cento e quarenta e quatro mil» é simbólico; 12 x 12 x 1000 e são a mesma «multidão imensa que ninguém podia contar» (v. 9).
3 «Os (24) Anciãos».12 as tribos de Israel e 12 todas as tribos do mundo.
4- «Os 4 Viventes», os quatro pontos cardeais, ou os quatro elementos do mundo (terra, fogo, água e ar), isto é, a totalidade do Universo; única adoração e louvor a Deus.
6- «A grande tribulação»; perseguição violenta no curso da história da Igreja.
7- «Lavaram as suas túnicas no sangue do Cordeiro». Todos alcançaram a purificação através do sangue do crucificado, pois aceitaram Jesus e sua vida foi um esforço contínuo de conversão na imitação do Mestre Divino.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 23 (24)
É assim a geração dos que procuram o Senhor.
• Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, / o mundo inteiro com os seres que o povoam, / porque ele a tornou firme sobre os mares, / e sobre as águas a mantém inabalável.
• “Quem subirá até o monte do Senhor, / quem ficará em sua santa habitação?” / “Quem tem mãos puras e inocente coração, / quem não dirige sua mente para o crime.
 • Sobre este desce a bênção do Senhor / e a recompensa de seu Deus e Salvador”. / “É assim a geração dos que o procuram / e do Deus de Israel buscam a face”.

EVANGELHO (Mt 5,1-12a) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
...: “Bem-aventurados os pobres em espírito,... os aflitos serão consolados. os mansos... fome e sede de justiça, ...os misericordiosos, ...os puros de coração, ...os que promovem a paz, ...os que são perseguidos quando vos injuriarem e perseguirem... Alegrai-vos..., porque será grande a vossa recompensa nos céus”.

AMBIENTE - Mateus nos lembra da montanha da Lei (Sinai), onde Deus Se revelou e deu ao seu Povo a antiga Lei. Agora é Jesus, que, numa montanha, oferece ao novo Povo a nova Lei que deve guiar todos.

MENSAGEM
Jesus proclama “bem-aventurados” os que estão de espírito aberto para acolher a proposta que Deus lhes oferece em Jesus; não colocam sua confiança na riqueza, no poder, no êxitos, mas sua esperança em Deus.
1- «Os pobres em espírito». Quem se apresenta diante de Deus com uma atitude humilde, sem méritos pessoais, pecador, necessitado do perdão divino, da misericórdia de Deus. Daí que: pobre não é o sem bens, mas o que não se apega a ele; tudo é de Deus. Se colocaram nas mãos de Deus, para servirem os irmãos e partilharem tudo com eles; partilham; não explora, não mente e sente compaixão dos necessitados.
***• Jesus diz: “felizes os pobres em espírito”; o mundo diz: “felizes os que tem dinheiro, comodidade, poder, segurança, bem-estar, pois é o dinheiro que faz andar o mundo e nos torna mais poderosos, mais livres e mais felizes”.
2 «Os humildes». Os “mansos” não são os fracos, os que suportam passivamente as injustiças, mas os que não aceitam as injustiças dos poderosos, mas agem com amor, sem violência, para a construção da paz; Sabe compreender, perdoar.
***• Jesus diz: “felizes os mansos”; o mundo diz: “felizes os que sabem responder com força ainda maior a uma violência e a injustiça. 
3 «Os que choram», os que têm o coração cheio de mágoa por terem ofendido a Deus e que vivem na aflição, no sofrimento provocados pela injustiça, pela miséria, pelo egoísmo; O cristão não se conforma diante do sofrimento dos outros. Ele se aflige, mas nem por isso perde a alegria, a esperança e a felicidade. O egoísta fala: “Senhor, obrigado por eu ter comida na mesa, quando há tantos que não tem”. O cristão fala o contrário: “Senhor, eu lhe agradeço este alimento, mas me preocupo com os que não tem.  Senhor, Abra o nosso coração à partilha!”
***• Jesus diz: “felizes os que choram”; o mundo diz: Feliz quem  faz da vida uma festa chic,  alta sociedade, amigos poderosos, uma boa conta bancária e um bom emprego arranjado pelo amigo político”.
4 «Fome e sede de justiça». Os que anseiam o projeto de Deus. A idéia de justiça é uma idéia de natureza religiosa: justo é aquele que cumpre a vontade de Deus. Ele anseia por uma sociedade nova e luta por ela, para que todos tenham o que lhe é necessário.
***• Jesus diz: “felizes os que têm sede de justiça”; o mundo diz: feliz quem não está bitolado por uma religião. Religião já era. Felizes os que não dependem de preconceitos ultrapassados e não acreditam num deus que diz o que deveis e não deveis fazer; Sois livres.
 5 Os “misericordiosos” são aqueles que têm um coração capaz de compadecer-se, que se deixam tocar pelos sofrimentos e alegrias dos outros; sentem como suas as alegrias e as tristezas dos irmãos e Deus também terá misericórdia dele.
***• Jesus diz: “felizes os que têm misericórdia”; o mundo diz: “felizes os que ficam longe dos miseráveis e sofredores, pois quem se comove e tem misericórdia dos outros nesse mundo competitivo nunca será grande”. 
6 «Os puros de coração» são aqueles que agem com honestidade e não enganando.   Não é falso nem engana ninguém, mas é verdadeiro e transparente. Estes verão a Deus porque Deus é assim.
***• Jesus diz: “felizes os sinceros de coração”; o mundo diz: A lei é dos espertos. “A verdade e a sinceridade destroem muitas carreiras e esperanças de sucesso”. 
7 «Os que promovem a paz» (pacíficos): Os que procuram ser instrumentos de reconciliação. Se recusam a aceitar que a violência e a lei do mais forte rejam as relações humanas; Na família, nos vizinhos, na Comunidade, no País, no mundo. Ele une os separados e integra os excluídos.
***• Jesus diz: “felizes os que constroem a paz”; o mundo diz: o que vale é a força e o poder. Cada um por si. “Quem pode mais chora menos, pois só assim podereis ser homens e mulheres de sucesso”.
8- Os “que são perseguidos por causa da justiça” são os que sofrem a injustiça dos homens. São os que lutam pela instauração do “Reino” e são desautorizados, humilhados, agredidos, por aqueles que praticam a injustiça.
***• Jesus diz: “felizes os que são perseguidos por cumprirem a vontade de Deus”; o mundo diz: Feliz é quem faz o jogo dos poderosos, pois sobe na carreira e tem êxito na vida.
As “bem-aventuranças” deixam uma mensagem de esperança para os pobres e débeis. Anunciam que Deus os ama e que está do lado deles; a libertação está  chegando.
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Bem-aventurados vós, os pobres de coração, porque vosso é o Reino de Deus!”.
Jesus Fala da pobreza que permite crer, esperar e amar (fé, esperança e caridade).
 O pobre é aquele que “tem fé” em Deus.
Pobre é o que reconhece a sua limitação, faz a leitura de toda realidade criada e de sua própria existência, e vê a sua limitação, pois tudo foi criado e ele próprio é um ser criado, não por sua vontade, mas por outro projeto que não foi o seu. Ele vê que existe alguém mais poderoso, mais capaz e deparando com sua fragilidade de criatura, acredita na bondade desse Criador. Acreditando, parte e grita em direção a este Deus no meio de seu sofrimento ou da sua confusão. É aquele que confia sempre em Deus, pois se sente pequeno.
 O pobre é também aquele que espera.
O rico não pode esperar, está plenamente satisfeito. O pobre, esse, está sempre virado para um futuro que espera que seja melhor; depois, ele procura, porque pensa nunca ter totalmente encontrado. A sua vida é uma procura e todos os sinais que ele encontra enchem-no de alegria e fazem-no avançar. O pobre é aquele que aceita ser criticado pela Palavra de Deus, sabe de sua pequenez e espera pela misericórdia desse Deus que o criou, pois só nele e com ele terá a plenitude da felicidade.
 O pobre é aquele que ama.
Por não estar plenamente satisfeito consigo mesmo, crendo no Deus Criador de tudo e de todos, vê no próximo o irmão. Sabendo de sua limitação, pois tudo que tem lhe foi dado, imita o criador na bondade e serve ao irmão com o que lhe foi dado. Não centra em si o interesse, mas abre os olhos e vê aqueles que esperam os seus gestos de amor; ouve os gritos dos seus irmãos e abre as suas mãos do pouco que tem para àquele que tem necessidade. Quem é pobre Crê, confia, espera e ama seu Criador e seu irmão.

As bem-aventuranças nos diz que: “Sois do mundo, e ao mesmo tempo não sois do mundo… Vós não sois do mundo do cada um para si, do consumo, da violência, da vingança, do comprometimento… E face a este mundo deveis dizer: não estou de acordo! É certo que sereis perseguidos ou, pelo menos, rir-se-ão de vós, ou procurarão fazer-vos calar. Sereis felizes, porque fareis ver onde está a verdadeira felicidade. Chamar-vos-ão santos”. Queremos experimentar ser já felizes? Basta-nos ter um coração de pobre.

SEGUNDA LEITURA (1Jo 3,1-3) Leitura da Primeira Carta de São João.
Caríssimos, vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos! Se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu o Pai. Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas nem sequer se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando Jesus se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é. Todo o que espera nele, purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.

Breve comentário - Deus, no seu imenso amor, faz de nós seus filhos.
1 «E o somos de fato». S. João não se contenta com dizer que somos chamados filhos de Deus, pois para ele ser chamado (por Deus) equivalia a ser. 
2 A filiação divina capacita-nos para a glória do Céu, pois não é uma mera adoção legal e extrínseca, como a adoção humana de um filho. A adoção divina implica uma participação da natureza divina (cf. 2 Pe 1, 4) pela graça. «Semelhantes a Deus», mas só na glória celeste se tornará patente o que já «agora somos».
3 «Purifica-se a si mesmo». A certeza da filiação divina conduz-nos à purificação e à imitação de Cristo, o Filho de Deus por natureza: «como Ele é puro»; efetivamente, os puros de coração hão-de ver a Deus (cf. Evangelho de hoje: Mt 5, 8).
Pelo baptismo fomos identificados com Cristo, filho de Deus. Logo também, nós o somos de direito e de fato. A nossa preocupação na terra há-de ser a de imitarmos Jesus Cristo. É uma luta todos os dias porque ainda se não nos manifestou o que havemos de ser pois que só no céu o conseguiremos. A multidão incontável de que nos fala S. João, são os nossos irmãos que venceram o que temos a vencer, lutaram como temos que lutar. Em Jesus Cristo fomos chamados por Deus à filiação divina, chamados a ser herdeiros no Céu. O mistério da nossa salvação é uma realidade a construir. É um trabalho árduo que, depende da nossa fé, do nosso querer. Deus quer contar com a nossa colaboração, com o nosso querer. A única dificuldade está na nossa liberdade que Deus respeita. Deus não nos falta com a Sua ajuda e por isso teremos o prêmio, seremos bem-aventurados.
“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram nem o homem pode imaginar o que Deus preparou para aqueles que o ama" (1 Cor2,9). "Agora vemos como num espelho, mas depois veremos face a face" (13,12).

A santidade tem duas dimensões:
A Santidade não é fruto do esforço humano. É ação de Deus Espírito Santo e resposta do cristão.
A nossa fé nos ensina que somente Deus é Santo. Na Bíblia, “santo” significa, “separado”. São João: “Quando Cristo se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”.
Nesta perspectiva Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo –;se caíram, se erraram, foram lavando e alvejando suas vestes no sangue de Cristo: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo!
Realmente, o que faz feliz o coração humano não são as coisas desse mundo, mas o sentido na vivencia e na utilização dessas coisas. A mulher que vai ao salão de beleza e espera durante algumas horas para que a deixem bem bonita, é feliz; ela se submete a esse pequeno sacrifício por um bem maior.
Há coisas que levam à autêntica felicidade e outras que levam a uma aparente felicidade
Existe também uma “educação para a felicidade”. Há fases árduas, “chatas” que nos fazem felizes, como tomar um remédio amargo ou ir à escola. No momento não se percebe que é assim, mas com o passar do tempo estamos felizes e agradecidos por estar sadios e por não sermos burros.
Nossos heróis e modelos venceram e correram para o Cristo! Que eles roguem por nós, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser. Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós!
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Todos os Santos    Caminho da Santidade

Na reza do "Creio", professamos uma verdade: "Creio na Comunhão dos Santos".
Hoje, na festa de TODOS OS SANTOS, vamos aprofundar essa Verdade.

Os textos bíblicos nos falam dessa realidade:

A 1a leitura nos garante que os Santos são muitos. (Ap 7,2-4.9-14)

O número 144.000 é simbólico: 12x12 mil: significa todo povo de Israel...
e mais uma grande multidão de todos os povos e línguas...
O Caminho da santidade está aberto a todos que vivem os valores do Reino.

A 2a Leitura afirma que somos Filhos de Deus:
O Amor de Deus como Pai nos transforma em filhos e nos chama a viver como irmãos.  (1 Jo 3,1-3)
Ser Santo é viver em comunhão com o Pai e o Filho.

No Evangelho, Cristo nos aponta o caminho para ser Santo: Viver as Bem-aventuranças  (Mt 5,1-12)

+ Quem são os santos:

- Para muitos, Santos são pessoas já mortas, que realizaram no passado fatos surpreendentes na vivência da fé.
  Pessoas privilegiadas que já nasceram santas...  milagreiras...  declaradas santas pela Igreja e hoje homenageadas em nossos altares...

- Na Bíblia, no princípio, o título de santo era só para Deus.
  Ainda hoje no Glória, recitamos: "Porque só vós sois santo".

- Em Cristo repousa o Espírito de Santidade…
  Ele irradia a Santidade de Deus e transmite a sua santidade à Igreja por meio dos Sacramentos, que trazem ao homem a vida de Deus.

- Esta doutrina era tão viva nos primeiros séculos, que os membros da Igreja não hesitaram em chamar-se "os santos" e a própria Igreja era chamada de "Comunhão dos Santos".

- A SANTIDADE cristã manifesta-se, assim, como uma participação na vida de Deus, que se realiza com os meios que a Igreja oferece, em particular com os Sacramentos.

- A SANTIDADE: não é fruto do esforço humano, que procura alcançar Deus com suas forças,
  Ela é Dom do Amor de Deus e Resposta do homem à iniciativa de Deus.
  É GRAÇA recebida e TAREFA a cumprir...

- A SANTIDADE não é uma realidade conseguida apenas no passado por umas pessoas privilegiadas, vivendo longe do mundo...
 
- SANTOS são pessoas como nós, que ainda hoje vivem a santidade de Deus, pelo testemunho de sua fé e fidelidade ao projeto de Jesus; homens e mulheres que lutam para serem justos e pacificadores, pobres e compassivos, puros de coração, segundo o espírito das Bem-aventuranças.

-  Ninguém será santo depois de morto, se não o foi quando vivo.

+ A Festa de hoje nos lembra duas realidades:

1) O Mundo da Santidade:
Mundo imenso, onde os santos são inumeráveis.
- Mundo maravilhoso, onde muitos desses santos são nossos parentes, nossos amigos, gente grande e crianças que conhecemos.
- Mundo feliz realizando-se na vida de trabalho e sofrimento, de sonhos e realizações.
- Mundo de portas abertas, que cresce sem parar, e, cada dia que passa, vê chegar novos eleitos.

2) A Nossa vocação à Santidade: 
O Mundo dos santos não é estranho para nós.
Pelo contrário, todos somos chamados à Santidade, todos somos chamados a alcançar no mundo de hoje a plenitude da vida, que está nessa íntima união com Deus, fonte de toda a vida.
 "Todos os cristãos são chamados pelo Senhor à perfeição da santidade". (LG31)

+ O Objetivo dessa Festa:

- Homenagear todos os Santos que morreram no Senhor, conhecidos ou não...
- Apresentar o ideal da SANTIDADE, como possível ainda hoje e ardentemente desejado por Deus:
  "Esta é a vontade de Deus, a nossa Santificação". (1 Ts 4,3)

+ A Santidade é participar da vida de Deus, que é "o Santo".
   E sendo nós pecadores, supõe um processo de conversão permanente...

- Para sermos santos, Cristo nos deixou alguns meios:
  à Os Sacramentos... a Igreja... a Oração … a Palavra de Deus


                                     P. Antônio Geraldo
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HOMILIA DO PE. PEDRINHO

Creio que a maioria sabe que dia primeiro de Novembro é o dia em que celebramos todos os Santos. O fato é, que no Brasil esta data não é feriado. Esta é uma solenidade importante, porque fala muito próximo para cada um de nós. No Brasil esta festa é sempre no primeiro domingo do mês de novembro. É evidente, que celebrar todos os santos, está muito próximo de celebrar os mortos. Por isso, dia primeiro de novembro celebra-se todos os santos e dia dois de novembro celebramos os nossos falecidos. Mas, por que isto? Porque nem todos os santos se tornam conhecidos de todos. São muitas as pessoas santas, mas que não ganharam lugar nos altares das igrejas. Por que? Porque temos muitos santos, de fato, anônimos. Pessoas que procuram viver a sua fé e viver, assim, com muita determinação, entretanto, somente Deus sabe. Somente Deus conhece. Agora, não poderíamos celebrar primeiro os mortos e depois os santos. Por que? Porque não nos tornamos santos na hora em que morremos, não. Nos tornamos santos na hora que fomos batizados. Porque com Cristo morremos para com Cristo ressuscitarmos. Isto se dá no Batismo.
O que você quer da Igreja? A pessoa não diz: eu quero o batismo, mas eu quero a fé. A fé nos leva a caminharmos em direção a Deus. Por isso, comtemplar a Deus face a face, é tornar-se santo. Veja, que é uma caminhada feita passo a passo. Somos chamados a ir cultivando a santidade a cada dia. Então, como fazer para ser santo? O salmo vai nos dizer: • “Quem subirá até o monte do Senhor, / quem ficará em sua santa habitação?” / “Quem tem mãos puras e inocente coração, / quem não dirige sua mente para o crime”.
Então, se não tivermos mãos puras, não quer dizer sujeira que a água pode lavar, mas mãos puras é honestidade, retidão, é de fato, justiça, é de fato, você trabalhar para um mundo melhor; isto são mãos puras. Ora, coração puro. Coração puro não se trata de coração inocente, mas um coração onde você pode cultivar os valores do Evangelho, a ética, a moral. Isto tudo, é de fato mãos puras e inocente coração. Agora, “quem não dirige sua mente para o crime”. Aqui não precisa nem comentar, porque vivemos um momento que tem sido uma grande realidade  em todos os lugares. Então, veja, que para ser santo é necessário estas coisas. Curioso é que aqui não diz que para ser santo precisa rezar. Não diz, que para ser santo, tem que rezar. É interessante, porque tem gente que pensa que para ser santo é necessário rezar o dia inteiro. Aqui, em nenhum momento diz rezar. Ora, então, para que serve a reza? Para que serve a oração? Aqui, vamos precisar compreender bem. Não é tirar conclusões precipitadas, não.  São João, na segunda leitura de hoje, ele diz: veja que coisa maravilhosa: o Pai nos concedeu de sermos filhos de Deus, e de fato, o somos. Agora, se o mundo não nos conhece, é porque não conheceu a Deus. Então, São João nos mostra que com a ajuda de Jesus nós podemos ter as mãos puras e inocente o coração. Muitas vezes no mundo, encontramos pessoas que nos levam ao contrário: nos levam a praticar a injustiça, a “passar a perna” nos outros, a conquistar todos os seus objetivos ainda que tenha que burlar a lei, portanto criminosos, pessoas que não está, nem um pouso, preocupado se as pessoas vivem ou não na justiça. Esta é a proposta do mundo. E, nós que queremos caminhar na retidão para encontrar a Deus, muitas vezes, acabamos desanimados. Porque você faz o bem e “leva paulada” e assim por diante. Então, é a ORAÇÃO que nos mantém perseverantes e firmes. Quer dizer, a oração vazia, não vale de nada, mas uma oração de intimidade com Deus, pode ser em casa, no carro, pode ser na hora que está lavando roupa ou fazendo comida, é um momento de nos dirigirmos a Deus dizendo: Senhor, sabes que eu não estou totalmente fortalecido para enfrentar as tentações que o mundo me apresenta. Por isso, olha, me ajuda, porque eu também quero ser santo, mas nem sempre tenho a força necessária. Ou, então, quando nós celebramos juntos, e, aqui é a oração por excelência, a Celebração da Eucaristia, porque eu não só ouço o que Deus fala através das leituras, como eu me alimento do seu Corpo e do Seu Sangue. Assim tenho forças para enfrentar mais uma semana de caminhada. Esta caminhada termina o dia em que eu me encontro face a face com Deus. Isto se dá no momento da morte. Então, é importante nós termos clareza disto, que a caminhada de fé é sempre um passo a passo a cada dia para chegar até Deus. Se não chegar a Deus, morre na praia. Celebrar a festa de todos os santos é celebrar a caminhada de cada um de nós. São João nos mostra algo que também podemos experimentar. Ele descreve na primeira leitura, a visão que ele teve. Claro, que esta visão é num ambiente litúrgico. Certamente é num momento de celebração da Eucaristia. Onde ele se dá conta, que na Celebração Eucarística reunimos todos, aqueles que estão caminhando, chamado igreja peregrina, mais aqueles que já triunfaram, aqueles que já estão junto de Deus. Então, vai desde os anjos, passando pelos anciãos, e, aí há uma multidão que ninguém pode contar. Ele diz: “cento e quarenta e quatro mil”. É doze vezes doze que dá cento e quarenta e quatro. Doze representando todo o povo do antigo testamento. Outros doze representando as comunidades fundadas pelos apóstolos. E, uma multidão que não posso contar, mas para que não haja dúvidas, e não interpretem como uma matemática, que só cento e quarenta e quatro vão ser salvos, ele diz: “vi uma grande multidão, que ninguém pode contar, de todas as raças e nações”. Portanto, inclui a nós também. Quantos de nós somos santos! Somos pessoas que tentam caminhar seguindo os passos de Jesus. Hoje é dia de celebrar esta luta, esta caminhada. Não vamos pensar que ser santo é imitar algum santo. Não adianta. Você vai tentar e não vai conseguir, porque Deus não faz duas pessoas iguais. Cada um tem a sua natureza, sua personalidade, cada um tem o seu modo. Somos chamados a ser santos, a partir de nossa própria realidade. Para que servem os santos que temos na igreja? Como estímulo, como exemplo. Eles tinham as mesmas dificuldades que nós e conseguiram. Por que nós não vamos conseguir também? É no exemplo de luta que eles são importantes para nós. Que tenhamos perseverança nesta caminhada. Que Maria nos ajude nessa caminhada.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Homilia II

Meus irmãos e imãs, estamos celebrando hoje a Solenidade de Todos os Santos. Fiz uma pergunta na missa das dez horas (já sabia a resposta): eu disse: quero que levante a mão quem acha que é santo, e duas ou três pessoas levantaram a mão, e aí eu disse; vejam como nós ainda não temos a consciência sobre a santidade, porque todos nós somos santos, todos.
Sei que isso pode soar estrando, mas o fato é esse. No batismo nós nos tornamos filhos de Deus e existe um ditado tão conhecido nosso: filho de peixe, peixinho é. Se eu sou filho de Deus e Ele é santo por excelência, eu sou santo também. Talvez, isto sim pode acontecer, talvez eu não tenha honrado o meu Pai, horar pai e mãe, talvez eu não tenha vivido conforme era de se esperar de um filho de Deus, mas então isto é uma outra questão. Não tenho honrado a minha santidade, não tenho servido talvez como modelo de santidade, mas eu sou santo.
O problema é que muitas vezes nos são apresentados santos a partir da vida de cada um deles, que achamos uma vida tão diferente, tão estranha, que acabamos dizendo que não somos capazes de viver assim. Então, a gente pega, por exemplo Santa Maria Goreti, Santa Catarina, Santa Teresinha, São Francisco de Assis, e vamos pegando cada vez um santo, olhando como eles viveram e até procuramos viver igual, copiá-los. Esse é o nosso erro.
Deus fez cada ser humano único e não existe cópia, e não existe alguém que possa imitar o outro. Então, eu tento a vida inteira copiar, imitar São Francisco e acabo frustrado, porque ele foi ele, e eu sou eu. Ele teve a sua característica, sua maneira de ser, e eu tenho a minha. Então, eu sou chamado a crescer na santidade a partir da minha realidade, a partir da minha maneira de ser. É evidente que eles podem fazer é mostrar que se eles conseguiram ser modelos de santidade, eu também posso chegar a ser um dia. Se eles foram limitados, pecadores e conseguiram, significa que eu também posso.
Então, a função do santo e da santa na Igreja é estimular-me, ajudar-me nesta caminhada, mas a caminhada é minha, é própria e ninguém será santo como eu, e eu não serei santo como os outros. Cada um tem o seu caminho de santidade. Agora, esse caminho é muito bem orientado.
Em primeiro lugar, como diz a segunda leitura: “Somos filhos de Deus”. Então, ser santo significa chegar a contemplar o Pai face a face. Isto nós fazemos ao longo da nossa caminhada nesta vida e no dia que nós morrermos. Contemplaremos face a face.
Hoje, nesta missa temos dois sétimos dias, e é importante nós entendermos isso. Para nós que cremos na ressurreição, estamos celebrando o sétimo dia que esses irmãos nossos comtemplaram a Deus; é a grande meta, o grande objetivo da nossa caminhada. Por isso, nós temos saudades, mas não temos tristeza. A saudade é sinal do amor, a tristeza também é falta de esperança. Nós temos certeza de que eles procuraram caminhar como santos na terra, e, agora, portanto, contemplam a Deus. Agora, como saber se eu estou no caminho certo? Vêm a bem-aventuranças. As bem-aventuranças são critérios, valores que o Evangelho mostra de como eu devo agir no mundo para então eu poder honrar o nome de filho de Deus e viver a minha santidade.
Então, o projeto, o convite é este: em primeiro lugar, pobre em espírito, eu devo buscar em me desvencilhar de tudo aquilo que me impede de viver a vontade de Deus. É uma luta constante buscar,  consolar os aflitos, promover a mansidão, ter fome e sede de justiça, ser misericordioso, puro de coração, promotor da paz, e, se por ventura for perseguido por nome de Jesus, aceitar isso como consequência da minha fé. Também Jesus foi perseguido.
Então, vejam que são propósitos, propostas para nossa caminhada do dia a dia, e é evidente que Deus nos quer perfeitos. “Sede perfeitos como vosso Pai do céu é perfeito”, mas essa perfeição é um processo, é algo que vamos construindo ao longo da vida; por isso, a vida torna-se para nós um momento singular, tão importante, porque é aqui que temos possibilidade de ir superando os nossos limites, as nossas falhas, os nossos pecados e buscando cada dia mais sermos conformes à imagem e semelhança de Deus. Esse é o processo, esse é o caminho.
Agora, todos podermos ser santos? Todos. A primeira leitura (Livro do Apocalipse) diz: “Eu vi 144 mil que foram alvejados no sangue do cordeiro”.  Para algumas religiões, este número é fechado. Agora procuremos ler a Bíblia com inteligência e a partir daí nós temos com muita clareza que 144 mil é simbólico. As 12 tribos de Israel representam todo o povo do Antigo Testamento que procurou viver e servir a Deus; os 12 apóstolos no Novo Testamento representam todos que a partir de Jesus procuraram  viver a vontade de Deus (12X12 igual a 144).  Então, são todos os homens e mulheres do Antigo Testamento, de Abraão até os fins do tempo que procuram viver a vontade de Deus esses são os santos. 144  mil é uma quantidade que não se pode contar, e para não ter nenhum tipo de dúvidas o texto ainda acrescenta; “E vi ainda uma grande multidão de todas a as tribos, raças e nações”; portanto, inclui toda a humanidade na medida que procuram viver aqueles critérios, aqueles valores apresentados nas bem-aventuranças.
Então, meus irmãos e irmãs, primeiro se nós sairmos daqui convencidos de que nós somos santos, já está muito bom, mas isto não é o suficiente. Segundo, embora santos que querem ser fiéis a Deus até a morte; portanto, cada dia procuremos aprimorar-nos mais em nossa santidade. Terceiro, devemos ajudar os outros a perceberam que eles também são chamados à Santidade e que por isso devem fazer de suas vidas uma razão válida, um bom motivo para construir então o reino de Deus; isso tem sido urgente.
João Paulo II já dizia isso aos jovens; “buscai a santidade”, convençam-se de que vocês devem ser santos, e é isto que nós estamos celebrando hoje. Além da reflexão sobre nossa caminhada, para a vivência de cada um no batismo, é preciso ajudar os outros porque nós, bem ou mal, vivemos aqui, buscamos ao menos viver a Palavra de Deus, alimentamo-nos da Eucaristia para termos força, mas há muitos outros que estão desorientados, sem saber sequer porque estão vivos, mas, porque vocês são filhos de Deus e porque Ele os quer santos.
Então, vale a pena nós também assumirmos a missão de ajudar os outros a descobrir esta vida, esta proposta, esta caminhada.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.


PE. PEDRINHO – DIOCESE DE SANTO ANDRÉ – SP.

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Homilia do D. Henrique Soares da Costa
Hoje, a Igreja volta seu olhar e seu coração para o céu e enche-se de alegria ao contemplar uma multidão que participa da glória e da plenitude do Deus Santo.
A nossa fé nos ensina que somente Deus é Santo. Na Bíblia, “santo” significa, iteralmente, “separado”. Deus é aquele que é separado, absolutamente diferente de tudo quanto exista no céu e na terra: Ele é único, Ele é absoluto, Ele sozinho se basta, sozinho é pleno, sozinho é infinitamente feliz. Ele é Deus! Por isso, Santo, em sentido absoluto, é somente o Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo. A Jesus, o Filho eterno feito homem, nós proclamamos em cada missa: “Só vós sois o Santo”; ao Pai nós dizemos: “Na verdade, ó Pai, vós sois Santo e fonte de toda santidade”; ao Espírito nós chamamos de Santo.
Mas, a nossa fé também nos ensina que este Deus santo e pleno, dobra-se carinhosamente sobre a humanidade – sobre cada um de nós – para nos dar a sua própria vida, para nos fazer participantes de sua própria plenitude, sua própria santidade. Foi assim que o Pai, cheio de imenso amor, enviou-nos seu Filho único até nós, e este, morto e ressuscitado, infundiu no mais íntimo de nós e de toda a Igreja o seu Espírito de santidade. Eis, quanta misericórdia: Deus, o único Santo, nos santifica pelo Filho no Espírito: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” É isto a santidade para nós: participar da vida do próprio Deus, sermos separados, consagrados por ele e para ele desde o nosso Batismo, para vivermos sua própria vida, vida de filhos no Filho Jesus! É assim que todo cristão é um santificado, um separado para Deus. Mas, esta santidade que já possuímos deve, contudo, aparecer no nosso modo de viver, nas nossas ações e atitudes. E o modelo de toda santidade é Jesus, o Bem-aventurado. Ele, o Filho, foi totalmente aberto para o Pai no Espírito Santo e, por isso, foi totalmente pobre, totalmente manso, totalmente puro e abandonado a Deus no pranto, na fome de justiça e na misericórdia. Então, ser santo, é ser como Jesus, deixando-se guiar e transformar pelo seu Espírito em direção ao Pai. Esta santidade é um processo que dura a vida toda e somente será pleno na glória. São João nos fala disso na segunda leitura de hoje: “Quando Cristo se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”.
Nesta perspectiva, podemos contemplar a estupenda leitura do Apocalipse que escutamos como primeira leitura. O que se vê aí? Uma multidão. Primeiro, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Israel. Isto simboliza todo o Israel. Recordemos: 12 é o número do Povo do Antigo Testamento. Pois bem, cento e quarenta e quatro mil equivale a 12 x 12 x 1000, isto é, à totalidade de Israel. Deus não se cansou de chamar o povo da antiga aliança: Israel haverá de ser salvo pelo sangue de Cristo. Mas, há ainda mais: “Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro”. Essa multidão são todos os povos da terra, chamados por Cristo, na Igreja, para a salvação, para a santificação que Deus nos oferece. Notemos bem: “uma multidão que ninguém podia contar”.A salvação é para todos, a santidade não é para um grupinho de eleitos, para uma elite espiritual. Todos são chamados a essa vida divina que Deus quer partilhar conosco, todos são chamados à santidade! “Trajavam vestes brancas e traziam palmas nas mãos. São os que vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro”. Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, as tribulações desta nossa pobre existência, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo – por isso trazem a palma da vitória; são os que não tiveram medo de viver e, se caíram, se erraram, foram, humildemente, lavando e alvejando suas vestes no sangue precioso de Cristo: são santos não com sua própria santidade, mas com a santidade do Cristo-Deus. Nunca esqueçamos: ninguém é santo com suas forças, ninguém é santo por sua própria santidade: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo!
Olhemos para o céu: lá estão Pedro e Paulo, lá estão os Doze, lá estão os mártires de Cristo, os santos pastores e doutores, lá estão as santas virgens e os santos homens, lá estão tantos e tantos – uns, conhecidos e reconhecidos pela Igreja publicamente, outros, cujo nome somente Deus conhece; lá está a Santíssima e Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe e discípula perfeita do Cristo, toda plena do Espírito, toda obediente ao Pai. Eles chegaram lá, eles intercedem por nós, eles são nossos modelos, eles nos esperam.
Num mundo que vive estressado, que corre sem saber para onde… num mundo que já não crê nos verdadeiros valores, porque já não crê em Deus, contemplar hoje todos os santos é recordar para onde vamos e qual é o sentido da nossa vida! Não tenhamos medo de ser de Deus, não tenhamos medo de testemunhar o Evangelho, não tenhamos medo de alimentar nossa visa com o Cristo, na sua Palavra e na sua Eucaristia para sermos inebriados da vida do próprio Deus.
Infelizmente, muitos hoje têm como heróis os atletas, os atores, os cantores e tantos outros que não têm muito e até nada para ensinar. Quanto a nós, que nossos heróis e modelos sejam os santos e santas de Cristo, que foram heróis porque se venceram e correram para o Cristo! Que eles roguem por nós, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser.
Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós!
Dom Henrique Soares da Costa
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e Ministros extraordinários da Palavra):





















- O senhor esteja com todos vocês... demos graças ao senhor, nosso Deus:
- Com Jesus, por jesus e em Jesus, na força do Espírito Santo, louvemos ao Pai:
T: Louvor e glória a Vós, ó Pai de Bondade!
- Ó Pai, nós Vos bendizemos pela Vossa paciência e pela Vossa bondade. Quando nos afastamos do caminho da justiça, Vós nos recordais de vossos preceitos.  Senhor, purificai-nos da mentira, do egoísmo e fazei-nos mais justos e humildes.
 T: Louvor e glória a Vós, ó Pai de Bondade!
- Deus de infinita sabedoria, nós Vos damos graças, porque nos chamastes; escolheis aqueles que se reconhecem pobres, para lhes dar a Vossa sabedoria. Senhor, Pomos em Vós a nossa confiança, a nossa esperança e estendemos as mãos para o Vosso Filho: Ele é a nossa justiça, a nossa santificação e a nossa redenção. Só em Cristo somos fortes.
T: Louvor e glória a Vós, ó Pai de Bondade!
- Bendito sejais, Vós que abris ao Vosso povo o Reino dos céus, Vós que o saciais com a Vossa justiça, Vós que nos chamais Vossos filhos. Fazei-nos corações puros, amáveis com os irmãos e testemunhas do Vosso Reino.
T: Louvor e glória a Vós, ó Pai de Bondade!
: PAI NOSSO... A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro de Deus...




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