4º
DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO ANO C 2018
IV Domingo do
Advento - A vela dos anjos: o amor. (vela branca)
As três primeiras velas já devem estar
acesas na Coroa.
Segue-se tudo normal até a saudação inicial
feita pelo presidente da
celebração: A graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo...... Antes do Ato
penitencial segue-se o rito para acender a
quarta vela
Animador: Hoje celebramos o quarto Domingo do
Advento, preparação próxima para o Santo Natal. Maria é figura central nesta
preparação. Ela, grávida de Deus, está para dar à luz o Amor que ela havia
acolhido no seu seio por obra do Espírito Santo no anúncio do anjo. Ela
representa toda a humanidade chamada a conceber e dar à luz Jesus Cristo, o
Filho de Deus. Vamos acender a Quarta vela, a vela dos anjos, que trouxeram a
notícia de que Deus quer bem a todos os seres humanos e vem a eles no seu
imenso amor.
(Alguém
entra com uma vela acesa e acende a vela branca da Coroa do Advento. Nesse
momento pode-se cantar um canto que fale de esperança ou apenas dedilhar o
violão ou o teclado).
Oração
Pres. Ó Deus, vós sois o amor, fonte de vida e
da felicidade.
Por amor enviastes o vosso Filho Jesus
Cristo ao mundo.
Enviai a vossa luz aos nossos corações.
Fazei que preparemos os nossos corações
para acolher o Menino Deus que nasce, para que assim possamos estar preparados
no grande dia da vossa vinda. Nós vos pedimos que na caminhada de nossa vida
possamos estar sempre atentos para acolher as mensagens dos vossos anjos e
tornar-nos mensageiros do vosso amor. Ajudai-nos a transformar toda a nossa
vida em amor a vós e a nossos irmãos e irmãs. Também vos pedimos por todos os
homens e mulheres que vivem longe do vosso amor, pelas crianças, pelos
enfermos, pelos infelizes, para que no vosso amor encontrem força e conforto.
Nós vo-lo pedimos pelo vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Amor
manifestado ao mundo, na força do Espírito Santo.
T.
Amém.
==========------------=======
SINOPSE:
Tema: “Vem, Jesus, filho de Maria!” – Jesus
vem propor um projeto de salvação para a verdadeira felicidade.
Primeira leitura:
este mundo novo é um dom do amor de Deus. Jesus veio apresentar uma proposta de
um “reino” de paz e de amor, não construído com a força, mas acolhido nos
corações.
Evangelho:
Neste mundo novo, os marginalizados e oprimidos e os que sofrem encontram a
dignidade e a felicidade.
Segunda leitura: a missão de Jesus visa a proximidade
entre Deus e os homens. É necessário acolher esta proposta de Deus.
PRIMEIRA
LEITURA (Mq
5,1-4a) Leitura da Profecia de Miqueias.
Tu,
Belém de Éfrata, pequenina entre os mil povoados de Judá, de ti há de sair
aquele que dominará em Israel... Deus deixará seu povo ao abandono, até ao
tempo em que uma mãe der à luz; e o resto de seus irmãos se voltará para os filhos
de Israel. Ele não recuará, apascentará com a força do Senhor e com a majestade
do nome do Senhor seu Deus; os homens viverão em paz, pois ele agora estenderá
o poder até aos confins da terra e ele mesmo será a Paz.
AMBIENTE - Miqueias
exerceu o seu ministério em Judá, nos sécs. VIII/VII a.C.. Conhece os problemas
dos pequenos agricultores, vítimas de latifundiários. Por outro lado, um quadro
de violência, de roubos, de impostos excessivos, de trabalhos forçados… O mais
grave é que os opressores consideram que Deus está do seu lado e invocam as
grandes tradições religiosas de Israel para justificar a opressão. O texto que
nos é hoje proposto apresenta oráculos de salvação, destinados a animar a
esperança do Povo.
MENSAGEM - O
texto retoma as promessas messiânicas. Num quadro de injustiça e de sofrimento,
o profeta anuncia a chegada de um personagem, no futuro, que reinará sobre o
Povo de Deus. Esse personagem, enviado por Deus, será da descendência de
Davi, que poderá restaurar esse tempo de
paz, de justiça e de abundância que o Povo conheceu na época do rei David.
(“Ele será a Paz”) define a tranquilidade, ausência de violência e de conflito,
Numa palavra, felicidade plena.
ATUALIZAÇÃO ♦ A missão de Jesus não passa pela
instauração do trono político de David, mas sim pela proposta de um reino de
paz e de amor no coração dos homens.
♦ Os cristãos são a
comunidade que aceitou integrar esse “reino” de paz e de amor que Jesus veio
propor. Devemos ser os continuadores na construção deste “Reino”.
♦ Apesar do egoísmo e do
pecado, Deus continua a preocupar-se conosco para que encontremos a felicidade.
A vinda de Cristo, Aquele que é “a Paz”, insere-se nesta dinâmica.
SALMO
RESPONSORIAL / SI 79 (80).
Iluminai a vossa face sobre nós,
Convertei-nos para que sejamos salvos!
•
Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. / Vós que sobre os querubins vos
assentais, /
aparecei cheio de glória e esplendor! /
Despertai vosso poder, ó nosso Deus, /
e
vinde logo nos trazer a salvação!
•
Voltai-vos para nós, Deus do universo! / Olhai dos altos céus e observai. /
Visitai
a vossa vinha e protegei-a! Foi a vossa mão direita que a plantou; /
protegei-a
e ao rebento que firmastes!
•
Pousai a mão por sobre o vosso Protegido, / o filho do homem que escolhestes
para vós! /
E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! /
Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
EVANGELHO
(Lc 1,39-45) Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo segundo Lucas.
Naqueles
dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a
uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando
Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou
cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as
mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!” Como posso merecer que a mãe do
meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a
criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”.
AMBIENTE - O texto faz parte do
chamado “Evangelho da Infância”. Os estudos atuais falam do “Evangelho da
Infância” como um gênero literário, que se pode chamar “homologese”: é um
género que não pretende ser um relato fidedigno sobre acontecimentos, mas antes
uma catequese destinada a proclamar as realidades salvíficas que a fé prega
sobre Jesus (que Ele é o Messias, o Filho de Deus, o Deus conosco).
Desenvolve-se em forma de narração e recorre às técnicas do midrash haggádico
(uma técnica de leitura e de interpretação do Antigo Testamento usada pelos
rabbis judeus na época em que foi escrito o Novo Testamento). A “homologese”
utiliza, de preferência, tipologias: fatos e pessoas do Antigo Testamento
encontram a sua correspondência em fatos e pessoas do Novo Testamento. Pelo
meio, misturam-se elementos apocalípticos (aparições, anjos, sonhos),
destinados a fazer avançar a narração e a explicitar as ideias teológicas e a
catequese sobre Jesus. É esta mistura de elementos que podemos encontrar no
Evangelho de hoje: mais do que uma informação “jornalística” sobre fatos
concretos, trata-se de uma catequese sobre Jesus, feita a partir de um conjunto
de referências tiradas das promessas do Antigo Testamento.
MENSAGEM - à saudação de Maria, o menino (João
Batista) saltou de alegria no seio da mãe. Trata-se de uma indicação teológica:
para Lucas, Jesus é o Deus que vem ao encontro dos homens, e a sua presença provoca alegria,
pois vêem na chegada de Jesus a realização das promessas de um mundo de
justiça, de amor, de paz e de felicidade para todos. Através de Jesus, Deus vai
oferecer a salvação a todos; e isso provoca incontrolável alegria.
Temos,
depois, a resposta de Isabel à saudação de Maria: “Bendita és tu entre as mulheres”.
Trata-se de palavras que aparecem no “cântico de Débora” (cf. Jz 5,24) para
celebrar Jael, a mulher que, apesar da sua fragilidade, foi o instrumento de
Deus para libertar o Povo das mãos de Sísera, o opressor. Maria é, assim,
apresentada – apesar da sua fragilidade – como o instrumento de Deus para
concretizar a salvação/libertação dos homens.
Finalmente,
temos a resposta de Maria: “a minha alma enaltece o Senhor…”. A resposta de
Maria retoma um salmo de ação de graças (cf. Sl 34,4), destinado a dar graças a
Jahwéh porque protege os humildes e os salva, apesar da prepotência dos
opressores. É um salmo de esperança e de confiança, que exalta a preocupação de
Deus para com os pobres que são vítimas da injustiça e da opressão. Sugere-se,
claramente, que a presença de Jesus, através dessa mulher simples e frágil que
é Maria, é um sinal do amor de Deus, preocupado em trazer a libertação a todos
os que são vítimas da prepotência e da injustiça dos homens. Com Jesus, chegou
esse tempo novo de libertação, de paz e de felicidade anunciado pelos profetas.
ATUALIZAÇÃO •
A presença de Jesus é a concretização das promessas de salvação feitas por Deus
ao seu Povo. Com Jesus, anuncia-se o fim
da opressão, da injustiça, de tudo aquilo que rouba e que limita a vida e
a felicidade dos homens. Jesus tem por missão propor um mundo onde a justiça,
os direitos humanos, a dignidade, a vida e a felicidade das pessoas são
respeitados. Dizer que Jesus, hoje, nasce no nosso mundo significa propor esta
mensagem libertadora e salvadora.
•
O “estremecimento” de alegria de João Batista no seio de Isabel é o sinal de
que o mundo espera com ânsia uma proposta libertadora.
•
A proposta libertadora de Deus para os homens alcança o mundo através da
fragilidade de uma mulher que aceita dizer “sim” a Deus. É através dos nossos
limites e da nossa fragilidade que Deus alcança os homens e propõe o seu
projeto ao mundo.
•
Maria, após ter conhecimento de que vai acolher Jesus no seu seio, parte ao
encontro de Isabel e fica com ela, solidária com ela, até ao nascimento de
João. Acolher Jesus é estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu
encontro, partilhar com eles a nossa amizade e ser solidário com as suas
necessidades.
** As palavras de bênção, inspiradas pelo
Espírito, dirigidas por Isabel a Maria, são prova do especial agrado de Deus
pela Virgem. A salvação é fruto da fé na palavra de Deus: «Feliz aquela que
acreditou no cumprimento das palavras do Senhor» (v.45; Lc 8, 19-21). É sempre
Maria que precede e que, solicitamente se dá a todos, em tudo: a maior faz-se
dom para a mais pequena
♦ A presença de Jesus
neste mundo é a concretização das promessas de salvação e de libertação feitas
por Deus ao seu Povo. Jesus tem por missão propor um mundo onde a justiça, a
dignidade, a vida e a felicidade das pessoas são respeitadas. Dizer que Jesus,
hoje, nasce no nosso mundo significa propor esta mensagem libertadora e
salvadora.
♦ A proposta libertadora
de Deus alcança o mundo através da fragilidade de uma mulher que aceita dizer
“sim” a Deus. É através dos nossos limites e da nossa fragilidade que Deus
alcança os homens e propõe o seu projeto ao mundo.
♦ Maria, após acolher
Jesus no seu seio, parte ao encontro de Isabel e fica com ela, solidária com
ela, até ao nascimento de João; acolher Jesus é ir ao encontro dos irmãos,
partilhar a nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades.
SEGUNDA LEITURA (Hb 10,5-10) Leitura da Carta aos Hebreus.
Irmãos:
Ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me
um corpo. Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. Por
isso eu disse: ‘Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim,
ó Deus, para fazer a tua vontade’”. Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te
agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas
oferecidas segundo a Lei – ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”.
Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. É graças a
esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo,
realizada uma vez por todas.
AMBIENTE - A “Carta aos Hebreus” é um texto anônimo, escrito pouco antes do ano 70 e destinado a uma comunidade cristã vindos do judaísmo. É uma comunidade onde o entusiasmo inicial parece ter esfriado e começa um real perigo de desvios doutrinais.
A
“carta” é uma apresentação do mistério de Cristo, sublinhando a dimensão
sacerdotal da sua missão. Recorrendo à linguagem litúrgica judaica, o autor
apresenta Jesus como o “sumo sacerdote” da nova “aliança”, que faz a mediação
entre Deus e os homens. Os crentes, por Cristo sacerdote, são inseridos nesse
Povo sacerdotal e devem fazer da sua vida um contínuo sacrifício de louvor, de
ação de graças e de amor.
MENSAGEM- No
mundo vétero-testamentário, quem queria obter o perdão dos seus pecados,
oferecia em sacrifício um animal. No entanto, a inutilidade destes sacrifícios
tinha sido já afirmada pelos profetas (cf. Is 1,11-13; Jr 6,20; 7,22; Os 6,6;
Am 5,21-25; Miq 6,6-8), porque se tratava de ritos externos, que nem sempre
correspondiam a uma atitude sincera do coração do oferente.
Pondo
na boca de Jesus as palavras de um salmista (cf. Sl 40,7-9), o autor da “Carta
aos Hebreus” afirma que, no mundo da nova “aliança”, não é o sacrifício de animais
que realiza a comunhão com Deus, o perdão dos pecados; é a encarnação de Jesus,
a entrega total da vida do próprio Cristo, o seu respeito pelo projeto e pela
vontade do Pai que permitem a aproximação e a relação do homem com Deus. Quem
quiser descobrir o Pai e aproximar-se d’Ele, olhe para Jesus; porque Jesus
ensinou-nos, com a sua obediência ao projeto do Pai, como deve ser essa relação
de filiação com Deus.
ATUALIZAÇÃO •
A encarnação de Jesus e o seu “eis-Me aqui, Pai” correspondem ao projeto de Deus
de aproximar os homens de Si, de estabelecer com eles uma relação de filiação e
de amor. No Natal, somos convidados a contemplar a ação de um Deus que ama de
tal forma os homens que envia ao nosso encontro o Filho, a fim de nos conduzir
à comunhão com Ele.
•
O encontro com Deus não é feito a partir de rituais externos (as prendas, a
comida, os cânticos, as procissões, as orações, as liturgias solenes, o
incenso, os paramentos sumptuosos), mas é feito a partir de Cristo, o Filho que
entrega a vida, a fim de que o projeto do Pai se torne presente na vida dos
homens e de que os homens, aprendendo o amor e a entrega total, aceitem
tornar-se “filhos de Deus”.
•
O encontro com Cristo significa aprender com Ele a obediência e a
disponibilidade ao projeto de Deus. Fonte:
Dehonianos
------------------------
-------------- ----------
A Liturgia do advento nos
apresenta várias pessoas que prepararam o povo para a vinda do Messias:
Jeremias, Baruc,
Sofonias, Miquéias, João Batista...
Hoje aparece a figura
privilegiada de uma MULHER que
trouxe ao mundo o próprio Salvador.
Quem aguarda o Salvador
não esquece sua mãe. Deus escolhe instrumentos humildes para realizar suas
obras.
- O Deus grande e
poderoso torna-se presente na pequena Belém, na pequena Maria, porque Deus
escolhe o caminho da pequenez, da humildade, do serviço. É o estilo de Deus.
A 2ª Leitura Cristo
se ofereceu ao Pai para cumprir a sua vontade: o valor da nossa existência, das
nossas orações, dos nossos trabalhos se encontra no cumprir esta vontade. (Hb 10,5-10)
O Evangelho narra o
encontro de duas Mães, que vibram de alegria com a realização das Promessas. (Lc 1,39-45)
- Após a Anunciação, em
que deu o seu "SIM" a Deus, "Maria
se põe a caminho... e vai às pressas à casa de Isabel".
Maria nos ensina o melhor jeito de acolher:
estar atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro,
partilhar com eles a nossa amizade e ser
solidário com as suas necessidades.
- "Logo que entrou, saudou Isabel" :
"Shallon".
Shallon sintetizava o conjunto dos bens
prometidos por Deus ao Povo... Maria era
mensageira dessa "PAZ".
* Em nossas VISITAS, procuramos levar a Paz?
- Isabel, iluminada pelo
Espírito Santo, compreendeu os acontecimentos
e exclamou com toda alegria: "Bendita
és tu entre as mulheres..."
Lembra as Palavras dirigidas a duas mulheres
fracas e desconhecidas,
Judite e Jael, de quem Deus se serviu para
libertar seu povo. (Jt 13,18; Jz 5,24)
* Maria é o instrumento de Deus para
concretizar a salvação dos homens...
- "Donde me vem a honra de que a mãe do meu Senhor me visite?"
Lembra palavras de Davi ao receber a Arca da
Aliança em Jerusalém...
Maria é a nova Arca da aliança, que traz a
presença salvadora do Senhor no meio do povo.
Davi exultou com a presença da arca da
aliança... Isabel exultou de alegria
pela visita recebida...
*
Valorizamos as VISITAS recebidas? (ou toleramos?)
O menino saltou de ALEGRIA no seio da mãe. A
presença de Jesus provoca a alegria nos que esperam a concretização das
promessas de Deus e que vêem na chegada de Jesus a realização das promessas de
um mundo
de justiça, de amor, de
paz e de felicidade para todos os homens.
- "Bem aventurada és tu porque acreditaste..."
É a primeira bem-aventurança que se encontra
no Evangelho...
Maria é bem aventurada porque confiou na
Palavra de Deus. Aceitou também as conseqüências de seu consentimento: aparecer
grávida perante José e o público, sem poder explicar o fato e provavelmente sem
ser acreditada...
Daí a sua alegria em casa de Isabel, ao
ver-se compreendida por alguém...
* Nem sempre é fácil acreditar nas promessas
do Senhor... Maria nos ensina que vale a
pena confiar...
- Então Maria responde: "A minha alma enaltece o
Senhor..."
É um Salmo de Ação de
graças, porque Deus protege os humildes e os salva.
É um Salmo de Esperança e
de Confiança, porque Deus se preocupa dos pobres.
Maria é um sinal do amor
de Deus, preocupado em trazer a libertação a todos...
* Sabemos louvar e
agradecer a Deus pelas maravilhas que Deus continua fazendo em nós?
- "Maria permaneceu... três meses... e voltou..."
* Permanecemos o tempo apenas necessário com
os amigos, sem perder tempo e sem fazer
perder tempo?
+ MARIA NOS ENSINA TRÊS COISAS:
1. Levar JESUS no
coração:
Maria levou a Isabel o que tinha de mais
precioso: JESUS. Tinha-o em seu seio e o sentia crescer cada dia.
* Preparar-se para o Natal significa fazer
nascer Jesus em nosso coração e manifestá-lo com o nosso amor, com o nosso
sorriso, com a nossa alegria.
2. A ALEGRIA de
encontrar os amigos:
Quando Maria e Isabel se encontraram,
sentiram uma grande alegria.
* Quando Jesus vive em nós, também nós
podemos sentir mesma alegria ao nos encontrar com os amigos.
3. A CARIDADE em
primeiro lugar:
Maria "foi
às pressas" a Isabel para se colocar a seu serviço.
* Nesses dias que nos separam do Natal, também
nós podemos fazer com alegria pequenos serviços para as pessoas que convivem
conosco.
Com Maria, chegaremos até
Belém...
Maria nos ensina o melhor jeito de acolher: estar
atento às necessidades dos irmãos, partir ao seu encontro, partilhar com eles a
nossa amizade e ser solidário com as suas necessidades.
“Nesta noite de Natal, Estar diante Dele; não há nada mais do que Ele na branca imensidão. Ele
é o Deus amando-me. E se Deus se faz homem e me ama, como não procurá-Lo? Como
perder a esperança de encontrá-Lo, se é Ele que me procura? Afastemos todo o
possível desalento; as dificuldades exteriores e a nossa miséria pessoal não
podem nada diante da alegria do Natal que se aproxima.
============------------------=============
Uma Mulher
A
Liturgia do advento nos apresenta várias pessoas que prepararam o povo para a
vinda do Messias:
Jeremias,
Baruc, Sofonias, Miquéias, João Batista...
Hoje
aparece a figura privilegiada de uma MULHER
que trouxe ao mundo o próprio Salvador.
Quem
aguarda o Salvador não pode esquecer a sua mãe.
As
Leituras bíblicas nos fazem sentir o clima do Natal. Deus escolhe instrumentos
humildes para realizar suas obras.
Na
1a
leitura, o profeta Miquéias fala do ambiente humilde onde irá
nascer o Messias. (Mq 5,1-4a)
Israel,
que vivia em guerras e exílio, tem esperança de que um dia um Messias
congregará todos os povos na paz.
Ele
não nascerá num cidade grande e importante com Jerusalém, mas num pequeno
povoado desconhecido, Belém. Ele não sairá de uma família rica e poderosa, mas
de uma família pobre e humilde, e agirá como um simples pastor.
O
Deus grande e poderoso torna-se presente na pequena Belém, na pequena Maria,
porque Deus escolhe o caminho da pequenez, da humildade, do serviço.
A 2ª
Leitura afirma que Cristo se ofereceu ao Pai para cumprir a sua
vontade: o valor da nossa existência, das nossas orações, dos nossos trabalhos
se encontra no cumprir esta vontade. (Hb
10,5-10)
O Evangelho
narra o encontro de duas Mães, que vibram de alegria com a realização das
Promessas. (Lc 1,39-45)
-
Após a Anunciação, em que deu o seu "SIM" a Deus, "Maria se põe a caminho... e vai às pressas à casa
de Isabel".
Maria nos ensina o melhor jeito de
acolher: estar atento às necessidades
dos irmãos, partir ao seu encontro,
partilhar com eles a nossa amizade e ser
solidário com as suas necessidades.
- "Logo que entrou, saudou
Isabel" : "Shallon".
Shallon sintetizava o conjunto dos bens
prometidos por Deus ao Povo...
Maria era mensageira dessa "PAZ".
* Em nossas VISITAS, procuramos levar a Paz?
-
Isabel, iluminada pelo Espírito Santo, compreendeu os acontecimentos e exclamou com toda alegria: "Bendita és tu entre as
mulheres..."
Lembra as Palavras dirigidas a duas mulheres
fracas e desconhecidas, Judite e Jael, de quem Deus se serviu para libertar seu povo. (Jt 13,18; Jz 5,24)
* Maria é o instrumento de Deus para
concretizar a salvação dos homens...
- "Donde me vem a honra de que a mãe do
meu Senhor me visite?"
Lembra palavras de Davi ao receber a Arca da
Aliança em Jerusalém...
Maria é a nova Arca da aliança, que traz a
presença salvadora do Senhor no meio do povo.
Davi exultou com a presença da arca da
aliança... Isabel exultou de alegria
pela visita recebida...
*
Valorizamos as VISITAS recebidas? (ou toleramos?)
O menino saltou de ALEGRIA no seio da mãe. A
presença de Jesus provoca a alegria nos que esperam a concretização das
promessas de Deus e que vêem na chegada de Jesus a realização das promessas de
um mundo
de justiça, de amor, de paz e de felicidade
para todos os homens.
- "Bem aventurada és tu porque acreditaste..."
É a primeira bem-aventurança que se encontra
no Evangelho...
Maria é bem aventurada porque confiou na
Palavra de Deus.
Aceitou também as conseqüências de seu
consentimento: aparecer grávida perante José e o público, sem poder explicar o
fato e provavelmente sem ser acreditada...
Daí a sua alegria em casa de Isabel, ao
ver-se compreendida por alguém...
* Nem sempre é fácil acreditar nas promessas
do Senhor...
Maria nos ensina que vale a pena confiar...
-
Então Maria responde: "A minha alma
enaltece o Senhor..."
É
um Salmo de Ação de graças, porque Deus protege os humildes e os salva.
É
um Salmo de Esperança e de Confiança, porque Deus se preocupa dos pobres.
Maria
é um sinal do amor de Deus, preocupado em trazer a libertação a todos...
*
Sabemos louvar e agradecer a Deus pelas maravilhas que Deus continua fazendo em
nós?
- "Maria permaneceu... três
meses... e voltou..."
* Permanecemos o tempo apenas necessário com
os amigos, sem perder tempo e sem fazer perder tempo?
+ MARIA NOS ENSINA TRÊS COISAS:
1.
Levar JESUS no coração:
Maria levou a Isabel o que tinha de mais precioso: JESUS.
Tinha-o em seu seio e o sentia crescer cada
dia.
* Preparar-se para o Natal significa fazer
nascer Jesus em nosso coração e manifestá-lo com o nosso amor, com o nosso
sorriso, com a nossa alegria.
2.
A ALEGRIA de encontrar os amigos:
Quando Maria e Isabel se encontraram,
sentiram uma grande alegria.
* Quando Jesus vive em nós, também nós
podemos sentir mesma alegria ao nos encontrar com os amigos.
3.
A CARIDADE em primeiro lugar:
Maria "foi
às pressas" a Isabel para se colocar a seu serviço.
* Nesses dias que nos separam do Natal,
também nós podemos fazer com alegria pequenos serviços para as pessoas que
convivem conosco.
Com
Maria, chegaremos até Belém...
Pe. Antônio Geraldo
============------------------================
HOMILIA DO PE. PEDRINHO
Meus irmãos e
irmãs, nós estamos nos aproximando do aniversário de Jesus, dia do Natal. É
evidente, que não é um aniversário comum, como qualquer outro. Este
aniversário, o Natal, ele é carregado de significados. Ao celebrar o Natal do
Senhor, Celebramos a graça de Deus, que habita entre nós. Para compreendermos
melhor, é bom lembrarmos daquilo que o Antigo Testamento nos apresenta: Ele diz
que Deus está nas alturas. De fato, o próprio Pai Nosso vai nos falar isto:
“Pai nosso, que estais no Céu”. No creio, que rezaremos daqui a pouco, nos diz:
...E por
nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus, e se encarnou pelo
Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem. Então, na realidade, o ser humano, no
Antigo Testamento, precisava se dirigir aos céus para entrar em comunicação com
Deus. Deus é o
inatingível. Aquele, por
mais que eu queira, não consigo tocar. De tal maneira, que havia sempre um
distanciamento entre o ser humano e Deus. O Salmista vai pedir a Deus que tome a
iniciativa de vir ao encontro do ser humano. • Voltai-vos
para nós, Deus do universo! / Olhai dos altos céus e observai. / Visitai a
vossa vinha e protegei-a! É a graça. É
Deus que volta o seu olhar para o ser humano. Aliás, por várias vezes, este movimento de Deus será
relatado: “Eu vi, eu ouvi e Eu desci para salvar o meu povo” livro do Êxodo.
Então, o que é a graça de Deus? É Deus, que gratuitamente, volta o seu olhar
para a humanidade. O profeta Miquéias vai dizer: virá o momento em que isto, de
fato, vai acontecer e Ele governará todas as nações. Ele virá de Belém. Belém significa casa do pão.
Ora, não é atoa, que Jesus vai tomar um pão, partir e dizer: Tomai e comei;
isto é o Meu Corpo. Porque Jesus vai realizar esta profecia de Miquéias,
trazendo para nós a Eucaristia. Veja como é interessante: na sua graça
infinita, Ele vai se tornar um
de nós; é o nascimento, é o Natal e vai permanecer conosco para sempre. Ao
mesmo tempo, que vamos Celebrar sua volta para o Céu, a Ascensão do Senhor,
Celebramos Jesus que permanece entre nós em cada Celebração Eucarística
(Missa). A graça de Deus chega ao ápice com Deus se esvaziando de si mesmo e se
tornando homem, já que o homem não consegue se tornar Deus. Esta é a graça de Deus.
Na
carta aos hebreus nós vamos lembrar de algo que Jesus realizou e assim se
tornou, para sempre, no meio de nós. É o Deus conosco. Do que estou falando? No Antigo
Testamento era preciso oferecer um animal, que era queimado, para que a
fumaça pudesse subir até Deus e junto com a fumaça, nós enviávamos nossas
orações, já que Deus está nas alturas. Aí, Jesus diz: agora, não
é mais necessário, porque eu vim fazer a vontade de Deus, que é permanecer no
meio do povo. Alguém poderia dizer: por que então, utilizamos incenso na
Celebração? É para indicar uma solenidade, mas não é a fumaça que leva a Deus as nossas orações, mas é o
encontro com o irmão. É aí que vamos ver o encontro de Maria
com Isabel: O Senhor vai ao
encontro das pessoas. Olha que maravilha! Através de Maria.
Isto o Evangelho deixa claro: “como é que a Mãe do meu Senhor venha me visitar?
Quando chegou, o Menino estremeceu no meu ventre.” Deus, agora, como homem,
passa a visitar os outros. É este o sentido maior do Natal, por causa de Jesus
Cristo. É evidente, que a Igreja incentiva este encontro de família, incentiva
uma comemoração, agora, sempre com simplicidade. Veja que o encontro entre
Maria e Isabel é algo comum e corriqueiro. São duas comadres se encontrando,
duas pessoas que se querem bem. Então, não é necessário, como dizia ontem um jornal, que esta festa
custa onze mil reais. Não precisa disto. Isto é bobagem. Se pensar bem, não precisa nem mesmo de
comida. O encontro
é fundamental. Somos chamados ao exemplo de Maria: ter a iniciativa
de ir ao encontro das pessoas. Isto é celebrar o Natal. Estou falando isto, porque daqui a alguns dias
iremos Celebrar o Natal, esta graça de Deus. Como seria bom, se pudéssemos
ajudar as pessoas a reconhecer, pelo nosso encontro, a presença de Jesus. Nós levamos Jesus às pessoas. De que
maneira? Na Eucaristia. Por que
celebramos todos os domingos? É a mesma e única Celebração. Ela se realiza uma
única e eterna vez.
Que
Deus nos ajude a Celebrar o Natal com todo o seu significado.
Louvado
seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE.
PEDRINHO – Diocese de Santo André – SP
=============-----------------================
HOMILIA DE D. HERNRIQUE SOARES
Pai, “Tu não quiseste vítima nem oferenda”, aquelas do Templo, aquelas
vítimas simplesmente rituais, “mas formaste-me um corpo”, tu me fizeste humano,
deste-me uma natureza humana! Não foram do teu agrado os sacrifícios de animais
irracionais, os ritos meramente formais, “por isso eu disse: ‘Eis que eu venho!
Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade’”. Eis o primeiro aspecto que nos é
dado hoje meditar! O Filho eterno, igual ao Pai, Deus igual a Deus, luz gerada
pela luz, por puro amor, por pura obediência ao Pai que tanto nos amou,
dignou-se fazer-se homem! Sem deixar de ser Deus verdadeiro, ele realmente se tornou
homem verdadeiro, em tudo igual a nós, menos no pecado. Mas, como pode? Como é
possível? Aquele que é a luz, assumiu a escuridão humilde do seio materno;
Aquele que abarca o universo, foi abarcado pelo útero de uma Virgem; Aquele que
é a Palavra eterna do Pai, passou nove meses no silêncio da gestação! Como pode
ser? Num mundo que se contenta com mentirinhas, com fábulas, mitos e lendas,
eis uma realidade que nos deixa maravilhados! E tudo isso por nós, para nossa
salvação, para nos elevar! Ele veio viver em tudo nossa aventura humana, em
tudo, nossas angústias, em tudo, nossas procuras, em tudo, nosso sonho de ser
felizes! “É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo
de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas!”. O Filho eterno, fazendo-se um
de nós, assumindo nosso corpo, isto é, nossa humanidade, nossa história, nossas
limitações, foi homem perfeito, perfeitamente dedicado ao Pai, perfeitamente
obediente, perfeitamente abandonado nas mãos do Pai, e, assim, nos salvou, mereceu-nos
o perdão para a humanidade que Adão havia estragado!
“Tu, Belém de Éfrata, pequenina
entre os mil povoados de Judá, de tu sairá aquele que dominará em Israel; sua
origem vem de tempos remotos, desde os dias da eternidade. Ele não recuará,
apascentará com a força do Senhor e com a majestade do nome do Senhor seu Deus…
ele estenderá o poder até aos confins da terra, e ele mesmo será a Paz!” Ó
Santo Messias, nossa paz, rei eterno! Bendito sejas para sempre porque vieste!
Mas, há mais, no Mistério deste IV Domingo! Além do “sim” eterno e
divino do Filho que disse “ó Pai, eis que eu venho para fazer tua vontade”, nas
montanhas da Galiléia, em Nazaré, um outro “sim” ecoou: o sim de uma
criaturazinha frágil, o sim apaixonado e total à proposta inaudita de Deus:
“Gabriel, vai dizer Àquele que te enviou que eu sou a Serva, que se faça
conforme a tua palavra!” Que mistério tão impenetrável, que inteligência alguma
humana poderá compreender plenamente! O sim do Filho eterno somente realizou-se
no nosso mundo graças ao sim de uma pobre Virgem de Nazaré! Como pode o Criador
depender da criatura? Que mistério tão grande o plano eterno de Deus depender
de nós! A Virgem disse sim: sim total, sim sem condições, sim absoluto, sim sem
reservas, sim de corpo e alma! E, depois do sim, ela corre para a região
montanhosa de Judá, para ver o sinal que o anjo havia dado: a parenta idosa e
estéril havia concebido! Como a arca da aliança, contendo as tábuas da Lei, foi
transportada para a região montanhosa de Judá (cf. 2Sm 6,1-8), também Maria,
contendo em si Aquele que é a nova Lei, vai para a região de Judá, como Davi
admira-se e exclama: “Donde me vem que a arca do meu Senhor fique em minha
casa?” (2Sm 6,9) Isabel também derrama-se em júbilo admirado: “Donde me vem que
a Mãe do meu Senhor venha visitar-me?” Como a arca ficou três meses na casa de
Obed-Edom (cf. 2Sm 6,11), a Virgem ficou três meses na casa de Isabel! Que
projeto admirável de Deus, que sim tão bonito da Virgem! Quanta generosidade,
quanta fé, quanta entrega, quanto abandono!
Ó Virgem toda santa e toda pura! Obrigado pelo teu sim, obrigado pelo
sim que é eco no tempo do sim que o Filho pronunciou na eternidade! Como
poderíamos te saudar, ó Toda Santa? Saudamos-te como a Escritura nos ensina:
saudamos-te Cheia de Graça, saudamos-te Bendita entre as mulheres, saudamos-te
Arca da Aliança, saudamos-te Mãe do Senhor, saudamos-te portadora do Salvador,
saudamos-te Causa da nossa alegria, saudamos-te Esposa do Espírito, saudamos-te
Bendita por ter acreditado! Saudamos-te assim, Mãe de Jesus, e toda a saudação
do mundo ainda seria pouca para exprimir a grandeza do teu sim e nossa gratidão
pela tua disponibilidade! Ensina-nos, Virgem Maria, a dizer o sim como tu
disseste; ensina-nos a tornar nossa vida disponível ao plano do Senhor;
ensina-nos a viver em nós a obediência do Filho, como tu viveste!
Mas, há ainda um terceiro aspecto do Mistério que é necessário ponderar.
É da Belém pequenina entre os mil povoados de Judá que sairá o Dominador de
Israel; é de uma Virgem pobre, frágil e humilde que virá o Salvador, aquele que
“estenderá o poder até aos confins da terra”. Deus é assim: onde não há vida,
onde não há esperança, onde não há grandeza aos olhos do mundo, ele faz a vida
brotar, a esperança surgir, a grandeza aparecer! Não é esta uma das maiores
lições do Natal? Um Deus que escolhe o caminho da fraqueza, da pobreza, da
humildade, da debilidade? Convertamo-nos ao modo de agir de Deus, tão distante
dos nossos modos magalomaníacos, dos nossos projetos grandiloqüentes! Para nossa
vergonha e confusão, para nossa conversão, é preciso dizer sem medo: Deus não
está primeiro no que é forte, mas no que é fraco; Deus não está antes no que é
potente, mas no que não pode nada; Deus não está na riqueza, mas na pobreza;
Deus não está em cima, mas embaixo; Deus não está com os vencedores, mas com os
vencidos; Deus não está com os que riem pelas glórias do mundo, mas com os que
choram porque se sentem sós, pisados, humilhados e triturados pela vida!
Ó Santo Messias, converte-nos pela graça do teu bendito Advento!
Converte-nos com as lições do teu Natal! Ajuda-nos a cantar, com a tua Mãe
Santíssima, que enches os pobres de bens, que dispersas sem nada os ricos, que
exaltas os humilhados e humilhas os soberbos! Ó Santo Messias, pelas preces da Toda
Santa e de São José, seu castíssimo esposo, pelas preces de todos os santos
pobres e humildes do mundo, dá-nos a graça do teu Natal, a certeza da tua
presença e a vida eterna. Amém.
D. Henrique Soares da Costa
============----------------==============
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA: (Diáconos e
Ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR
(QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- O SENHOR
ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS,
NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Alegres aguardamos o
renascer de Jesus em nossos corações.
- Senhor, nosso Deus e Pai, nós vos
louvamos pela felicidade que nos dais com a vinda de vosso Filho. Desde o começo do mundo vos revelastes como
Deus de amor e por meio dos profetas alimentastes nossa esperança de nos enviar
o Salvador. Pai, que o renascer de vosso Filho entre nós, nos transforme E
que a tua paz se estenda até aos confins da terra.
T: Alegres aguardamos o renascer de
Jesus em nossos corações.
- Senhor, nosso Deus, bendito seja o Vosso nome
sobre em todo o universo. Grande é vosso amor nos enviando vosso Filho para nos
guiar ao Vosso Reino. Pai, agradecemos pela vida, pelo batismo e pela esperança
da vida eterna.
T: Alegres aguardamos o renascer de
Jesus em nossos corações.
- Senhor, enviai o Espírito Santo sobre nós,
para que nos transformemos e tenhamos coragem de levar vosso nome a todos que
não vos conhecem ou que vos abandonaram. Que o Cristo que renasce seja luz de
justiça, de paz, de amor para todos os
povos.
T: Alegres aguardamos o renascer de
Jesus em nossos corações.
- PAI NOSSO... Paz... Cordeiro de Deus
==========---------------===========
Por: Pe. André Vital Félix da Silva,
SCJ
Esta semana fiz uma visita a uma
pessoa da comunidade onde trabalho, e que se encontra hospitalizada há algumas
semanas. Entrando no quarto onde ela estava, encontrei-a dormindo. Por um
momento hesitei se a acordava ou não. Mas considerando que não seria possível
voltar lá noutro momento, arrisquei e decidi interromper o seu descanso. Toquei
levemente na sua mão e, parecendo estar aguardando alguém, abriu os olhos
imediatamente, e sem acreditar no que estava vendo foi tomada de uma grande
surpresa. Entre sorrisos e lágrimas, beijou a minha mão e, com muita emoção,
exclamou: “Meu padre, não mereço essa visita”. Não encontrei palavras para
responder, pois a emoção também me fisgou, mas não posso negar que foi uma das
melhores preparações para contemplar a cena do evangelho deste 4º Domingo do
Advento: Maria, que com a sua presença, anuncia a chegada do tão grande
esperado.
Geralmente pensamos o advento como tempo de espera, de preparação, de aguardo. Mas a palavra pode ser também compreendida como chegada, visita. Muitas de nossas experiências são marcadas profundamente por este aparente paradoxo: esperar por aquilo que já está presente. Para uma mãe que aguarda o seu filho nascer, a expectativa é grande, ela deseja ansiosamente que este momento chegue. Mas o seu filho tão aguardado não virá de longe, não é um ausente, pois está já dentro dela. Um doente que em alguns momentos faz a experiência da angustiante solidão de um quarto de hospital ou mesmo em casa, não vê a hora de ser liberado o momento da visita para receber os seus parentes, amigos e conhecidos. Contudo, só será capaz de suportar a ausência se a esperança de ver alguém chegar for fortalecida pela certeza de ser amado; tal experiência deve ser sempre cultivada no presente, ainda que se viva em expectativa.
Geralmente pensamos o advento como tempo de espera, de preparação, de aguardo. Mas a palavra pode ser também compreendida como chegada, visita. Muitas de nossas experiências são marcadas profundamente por este aparente paradoxo: esperar por aquilo que já está presente. Para uma mãe que aguarda o seu filho nascer, a expectativa é grande, ela deseja ansiosamente que este momento chegue. Mas o seu filho tão aguardado não virá de longe, não é um ausente, pois está já dentro dela. Um doente que em alguns momentos faz a experiência da angustiante solidão de um quarto de hospital ou mesmo em casa, não vê a hora de ser liberado o momento da visita para receber os seus parentes, amigos e conhecidos. Contudo, só será capaz de suportar a ausência se a esperança de ver alguém chegar for fortalecida pela certeza de ser amado; tal experiência deve ser sempre cultivada no presente, ainda que se viva em expectativa.
Como sabemos, Lucas com peculiar
maestria escreveu o seu evangelho a partir do testemunho de pessoas que
vivenciaram muitos dos acontecimentos que ele relata (“Conforme no-los
transmitiram os que, desde o princípio, foram testemunhas oculares e ministros
da Palavra”, cf. Lc 1,2). Porém, o seu valioso trabalho não foi recolher
fotografias para compor um álbum, pois ficaria apenas com a aparência dos
fatos, nem muito menos memorizar informações para depois transcrevê-las de modo
frio e mecânico. Mas cada cena apresentada pelo evangelista é verdadeiramente
algo a ser contemplado, e não simplesmente uma ideia para ser assimilada.
Portanto, a visita de Maria a Isabel nos coloca num horizonte vastíssimo, que
transcende as regiões montanhosas da Judeia e alcança toda a história de Israel
e todas as expectativas da humanidade. O tema da visita de Deus marca a grande
expectativa do povo de Israel no Antigo Testamento. Porém, o Deus que vem
visitar o seu povo está sempre presente cuidando do seu rebanho (Ex 3,16: “De
fato, vos tenho visitado...”). No Novo Testamento, o tema retorna com mais
força ainda, pois testemunha que a visita de Deus se dá com o Profeta Jesus:
“Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo” (Lc 7,16).
A cena da visitação nos apresenta as características dessa visita de Deus a seu povo. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, “visitar” é mais do que “ir ver”. Dentre as várias possibilidades de tradução (hebraico: paqad; grego episkeptomai), o verbo traduzido por visitar tem conotação de cuidar, intervir em benefício de alguém, verificar, escolher. Portanto, eis as características da visita (presença cuidadora) de Deus evidenciadas no encontro das duas mães:
A cena da visitação nos apresenta as características dessa visita de Deus a seu povo. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, “visitar” é mais do que “ir ver”. Dentre as várias possibilidades de tradução (hebraico: paqad; grego episkeptomai), o verbo traduzido por visitar tem conotação de cuidar, intervir em benefício de alguém, verificar, escolher. Portanto, eis as características da visita (presença cuidadora) de Deus evidenciadas no encontro das duas mães:
“Maria pôs-se a caminho às pressas”:
Deus vem ao nosso encontro constantemente. Ele mesmo toma a iniciativa e abre
caminho, não espera que o acaso favoreça, mas decididamente (às pressas) não
perde tempo, pois todo tempo é tempo de fazer-se presente. Ainda que nos tire
do nosso comodismo, nos desperte do nosso sono para percebermos a sua presença.
“Maria saudou Isabel... e Isabel
ficou repleta do Espírito Santo”: Não se diz o conteúdo da saudação de Maria,
pois saudação (desejo de bens) não se reduz a palavras bonitas, mas exige
atitudes de solidariedade, pois não só Isabel se alegra ao ouvir, mas a criança
no seu ventre testemunha a presença Daquele cuja vinda ele mesmo
anunciará.
“Donde me vem que a mãe do meu Senhor
me visite”: Se a visita não for expressão de gratuidade, tornar-se-á uma
obrigação que esvazia e torna pesado o encontro. A visita de Deus é sempre
surpreendente, apesar de desejada, contudo não pode ser exigida. Será sempre um
grande bem oferecido, jamais um favor atendido.
“Bendita és tu (mãe). Bendita a que acreditou (crente)”: As duas grandes bem-aventuranças de Maria, proclamadas por Isabel, sintetizam o que representa o seu ser “Serva do Senhor”. Como Mãe, prestou o grande serviço a Deus acolhendo-o no seu ventre e nos seus braços (viveu sob seus cuidados: visitar é “ter cuidado com”), como Crente presta o grande serviço à humanidade, que vive momentos de solidão por falta de fé. Pois só a fé testemunha a certeza de uma presença: “É uma posse antecipada do que se espera” (Hb 11,1).
“Maria exclamou: Minha alma engrandece... Meu espírito exulta...”: Visita é sempre motivo de alegria, pois a presença que nos preenche ajuda-nos a fazer a experiência da superação da solidão, o que nos leva naturalmente à gratidão. Contudo, a gratidão não pode ser apenas ao visitante pela sua gentileza e cordialidade. Se assim o fosse, tudo estaria terminado com uma despedida, retornando à situação anterior de vazio. Mas a vivência de uma verdadeira visita permite ao visitante e ao visitado unirem-se de tal forma que os bens ora compartilhados tornam-se motivos para a grande gratidão. Gratidão perene Àquele que quer ser o nosso permanente hóspede e, portanto, mesmo na ausência de todos, alegra-nos com a sua presença. Pois nos favorece sempre o seu advento.
“Bendita és tu (mãe). Bendita a que acreditou (crente)”: As duas grandes bem-aventuranças de Maria, proclamadas por Isabel, sintetizam o que representa o seu ser “Serva do Senhor”. Como Mãe, prestou o grande serviço a Deus acolhendo-o no seu ventre e nos seus braços (viveu sob seus cuidados: visitar é “ter cuidado com”), como Crente presta o grande serviço à humanidade, que vive momentos de solidão por falta de fé. Pois só a fé testemunha a certeza de uma presença: “É uma posse antecipada do que se espera” (Hb 11,1).
“Maria exclamou: Minha alma engrandece... Meu espírito exulta...”: Visita é sempre motivo de alegria, pois a presença que nos preenche ajuda-nos a fazer a experiência da superação da solidão, o que nos leva naturalmente à gratidão. Contudo, a gratidão não pode ser apenas ao visitante pela sua gentileza e cordialidade. Se assim o fosse, tudo estaria terminado com uma despedida, retornando à situação anterior de vazio. Mas a vivência de uma verdadeira visita permite ao visitante e ao visitado unirem-se de tal forma que os bens ora compartilhados tornam-se motivos para a grande gratidão. Gratidão perene Àquele que quer ser o nosso permanente hóspede e, portanto, mesmo na ausência de todos, alegra-nos com a sua presença. Pois nos favorece sempre o seu advento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário