15º
DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C
–
SINOPSE:
TEMA: É no amor a Deus e ao próximo que encontraremos a vida eterna.
Primeira leitura: Deus é o centro da sua vida;
Devemos amá-lo de todo o coração.
Evangelho: A vida plena está no amor a Deus e aos
irmãos.
Segunda leitura: Paulo apresenta-nos Cristo como
o centro de nossa vida.
PRIMEIRA LEITURA (Dt
30, 10-14)
...Moisés
falou: “Ouve a voz do Senhor teu Deus e observa todos os seus mandamentos, que
estão escritos ...Não está no céu, ...: Ao contrário, esta palavra está ...em
tua boca e em teu coração”.
AMBIENTE
O
Deuteronômio é reflexão dos teólogos do Reino do Norte (Israel) no final do
exílio da Babilônia, alertando para as consequências da infidelidade para com Jahwéh.
MENSAGEM
É
um convite às propostas e aos mandamentos de Deus. Os exilados perguntavam Como
é que se descobre o que Deus quer de nós? - O caminho que Deus propõe está
inscrito no coração e na consciência de cada homem; é aí que Deus nos fala as
suas propostas.
ATUALIZAÇÃO
♦
O convite às propostas de Deus Não pode ser uma meia adesão de acordo com os
nossos interesses; mas tem de ser uma adesão total.
♦
Nossos interesses egoístas abafam a voz de Deus.
SALMO: Humildes, buscai a Deus e alegrai-vos: / o vosso
coração reviverá!
• Por isso elevo para vós minha oração, / neste tempo
favorável, Senhor Deus! /
Respondei-me pelo vosso imenso amor, / pela vossa
salvação que nunca falha!
/ - Senhor, ouvi-me, pois suave é vossa graça; / ponde
os olhos sobre mim com grande amor!
• Pobre de mim, sou infeliz e sofredor! / Que vosso
auxílio me levante, Senhor Deus! /
Cantando eu louvarei o vosso nome / e agradecido
exultarei de alegria!
• Humildes, vede isto e alegrai-vos: / o vosso coração
reviverá, /
se procurardes o Senhor continuamente! / Pois nosso
Deus atende à prece dos seus pobres /
e não despreza
o clamor de seus cativos.
• Sim, Deus virá e salvará Jerusalém, / reconstruindo
as cidades de Judá. /
A descendência
de seus servos há de herdá-las, / e os que amam o santo nome do Senhor/
dentro delas fixarão sua morada!
EVANGELHO (Lc
10,25-37)
...um
mestre da Lei ...perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a
vida eterna?” Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei?...” Ele então
respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e ...ao teu
próximo como a ti mesmo!”: “E quem é o meu próximo?” Jesus respondeu: “Certo
homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes.
...deixando-o quase morto. Por acaso, um sacerdote ...Quando viu, seguiu
adiante,... O mesmo aconteceu com um levita... Mas um samaritano, chegou
perto dele, viu e sentiu compaixão.
...fez curativos. ...e levou-o a uma pensão, ...pegou duas moedas de prata...,
recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto
a mais”. E Jesus perguntou: “Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do
homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” Ele respondeu: “Aquele que usou de
misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”.
AMBIENTE
Jesus
prepara os discípulos para serem as testemunhas do Reino. É neste contexto
“pedagógico” que vai aparecer a “parábola do bom samaritano”. Havia inimizades
entre eles. Quando, em 721 a .C.,
a Samaria foi tomada pelos assírios e colonos assírios se misturaram com a
população local; Após o exílio, os judeus recusaram a ajuda dos samaritanos
para a reconstrução do templo de Jerusalém (ano 437). No ano de 333 a .C., os samaritanos
construíram um templo no monte Garizim; que foi destruído em 128 a .C. por João Hircano. Na
época de Cristo samaritanos profanaram com ossos o templo de Jerusalém. Os
judeus desprezavam os samaritanos, por serem uma mistura de sangue israelita
com estrangeiros.
MENSAGEM
O
que fazer, a fim de conseguir a vida eterna? - o mestre da Lei a conhece: amar
a Deus e amar o próximo. “quem é o meu próximo?” Na época de Jesus o “próximo”
eram apenas os membros do Povo de Deus. Para explicar, Jesus conta a “parábola
do bom samaritano”. Passaram um sacerdote e um levita. Apesar dos conhecimentos
religiosos, não têm misericórdia. Um samaritano foi até ele, cuidou e o salvou.
Jesus conclui dizendo: “vai e faz o mesmo”. A verdadeira religião que conduz à
vida plena passa pelo amor a Deus, traduzido em gestos concretos de amor pelo
irmão, sem exceção. O “próximo” é qualquer um que necessita de nós para se
levantar.
ATUALIZAÇÃO
♦
“O que fazer para chegar à vida plena, à felicidade? A resposta é: “faz de Deus
o centro da tua vida, ama-O e ama também os outros irmãos”. A verdadeira
religião que conduz à salvação passa por este amor sem limites.
SEGUNDA LEITURA (Cl
1,15-20)
...Cristo
é a imagem do Deus invisível,...Tudo foi criado por meio dele e para ele... Ele
é a Cabeça, o Princípio, ...ele tem a primazia, porque Deus quis habitar nele
com toda a sua plenitude e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que
estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da cruz
AMBIENTE
Paulo
escreveu aos Colossenses da prisão (de Roma). Ano 63. Epafras visitou Paulo e
levou notícias alarmantes… Alguns “doutores” locais misturavam cristianismo com
cultos mistéricos em voga no mundo helenista. Paulo desmonta toda esta confusão
doutrinal e afirma que nenhum destes elementos tem qualquer importância para a
salvação: Cristo basta.
MENSAGEM
A
primeira afirmação é a de que Cristo é a “imagem de Deus invisível”. Ele
é em tudo igual ao Pai, no ser e no agir, pois n’Ele reside a plenitude da
divindade. Deus se revela aos homens e Se faz visível através da humanidade de
Cristo.
A
segunda afirmação é que Ele é o “primogênito de toda a criatura”. No
contexto judaico, o “primogênito” era o herdeiro principal, que tinha a
primazia em dignidade e em autoridade sobre os seus irmãos. Aplicado a Cristo,
significa a supremacia e a autoridade de Cristo sobre toda a criação.
A
terceira afirmação é a de que “n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas
todas as coisas”. Significa que todas as coisas têm n’Ele o seu centro supremo
de unidade, de coesão, de harmonia (“n’Ele”); que é Ele que comunica a vida do
Pai (“por Ele”); e que Cristo é o termo e a finalidade de toda a criação (“para
Ele”). Paulo desmonta as especulações dos “doutores” Colossenses acerca dos
poderes angélicos, considerados em paralelo com o poder de Cristo.
Ele
é a “cabeça do corpo que é a Igreja”. A expressão significa, em primeiro lugar,
que Cristo tem a primazia e a soberania sobre a comunidade cristã; mas
significa, também, que é Ele quem comunica a vida aos membros do corpo e que os
une num conjunto vital e harmônico. A segunda afirmação é a de que Ele é o “princípio,
o primogênito de entre os mortos”. Significa que Ele, não só foi o primeiro
que ressuscitou, mas também que Ele é a fonte de vida que vai provocar a nossa
própria ressurreição. A terceira afirmação é de que n’Ele reside “toda a
plenitude”. Significa que n’Ele e só n’Ele habita, efetiva e
essencialmente, a divindade: tudo o que Deus nos quer comunicar, a fim de nos
inserir na sua família, está em Cristo. Por isso, por Cristo foram
reconciliadas com Deus todas as criaturas: a criação, marcada pelo pecado,
recebeu a oferta da salvação e pôde voltar a inserir-se na família de Deus.
ATUALIZAÇÃO
♦
Cristo é a referência fundamental à volta da qual a nossa vida se articula e se
constrói. É Ele que está no centro dos interesses e da vida das nossas
comunidades?
Há outros deuses, ou poderes, ou “santos” que
nos desviam de Cristo?
♦
Para muitos Jesus, quando muito, foi um homem bom, um visionário, um idealista;
por isso, não tem qualquer espaço nas suas vidas. Como podemos testemunhar a
nossa convicção de que Ele é o centro da história e de que Ele está no
princípio e no fim da história da salvação?
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Quem é seu Próximo?
Todos
nós desejamos com segurança a Vida eterna.
Mas
qual é o CAMINHO para conquistá-la.
As
leituras bíblicas respondem: no amor a Deus e aos outros.
Na
1a
leitura, MOISÉS convida
o Povo a aderir aos MANDAMENTOS:
"Ouve a voz
do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus Mandamentos".
E
acrescenta: "Esta lei não está acima
de tuas forças... pelo contrário,
ela está bem
perto de ti, está em tua boca e em teu CORAÇÃO" (Dt 30,10-14)
Os
Mandamentos de Deus não são uma coleção de prescrições impostas, que tolhem a
nossa liberdade e prejudicam a nossa realização pessoal.
Pelo
contrário, correspondem aos anseios profundos da pessoa humana, são o caminho
seguro, que nos conduz à Felicidade eterna desejada.
E
Deus inscreveu esses preceitos em nosso próprio coração.
A
2ª
Leitura mostra Cristo como o centro de toda a criação. (Cl 1,15-20)
É
um hino cristológico, em que Paulo apresenta Cristo como "imagem do Deus invisível" e o
"primogênito de toda a criatura".
No
Evangelho,
CRISTO aponta o caminho da vida eterna, respondendo a duas perguntas de um
Mestre da Lei: (Lc 10,25-37)
1.
"Que devo fazer para alcançar a vida eterna"?
-
Jesus o questiona: "O que diz a
Lei?"
-
Ele resume os 613 preceitos em dois: o Amor a Deus e o Amor ao Próximo... (Dt
6,5; Lev 19,18)
-
Jesus concorda: "Respondeste bem...
FAZE isto e viverás".
-
E ele insiste com a segunda pergunta:
2.
"E quem é o meu próximo?"
Na
época de Jesus, "próximo" era o membro do Povo de Deus; excluíam os
inimigos, os pecadores e os não praticantes...
Jesus
responde não com uma definição, mas com um exemplo prático...
com
a maravilhosa Parábola do BOM SAMARITANO...
-
Um homem é assaltado por ladrões... que
o deixam jogado meio morto à margem da estrada.
-
Ali passa um SACERDOTE, que sabe tudo sobre a Lei: vê o homem jogado, mas vai adiante.
-
Passa também um LEVITA, que trabalha diariamente no templo, mas não sabe nada
de Deus: não tem misericórdia para aquele homem.
Vê o homem e vai em frente...
-
Passa também um "SAMARITANO" que não sabia tão bem a Lei de Moisés.
Esse "pagão" sente "compaixão" (sentimento
próprio de Deus).
Supera a hostilidade entre judeus e
samaritanos, esquece seus negócios,
seus compromissos, seu cansaço, o medo...
"Aproxima-se dele, derrama óleo e vinho
nas feridas. Depois o coloca em seu animal e completa os cuidados na
pensão".
-
E Jesus concluiu: "Vai e faze tu o
mesmo".
A
Parábola nos diz que...
- A "Vida eterna" é encontrada no Amor a Deus, concretizado no Amor ao Próximo.
Para ter a
vida devemos fazer de quem está perto de nós o nosso próximo.
PRÓXIMO é
todo irmão, que necessita de nossa ajuda e de nosso amor.
- Mais importante do que saber quem é o
"próximo", é tornar-se próximo de quem precisa...
PRÓXIMO é
quem age com misericórdia e compaixão...
Cristo foi o
verdadeiro Bom Samaritano, que antes de ensinar a Parábola a fez realidade em
sua vida acolhendo a todos.
E ele nos
convida: "Vai e faze tu o
mesmo..."
Esse gesto é
um aspecto fundamental da missão da Igreja.
* A Parábola propõe Três PASSOS para realizar o amor
misericordioso:
Ver, Ter
compaixão e Agir...
+
Quem
é o nosso Próximo, HOJE?
Só os amigos, os familiares? Os que nos
ajudam? Gente do nosso grupo?
*
Ainda hoje, há pessoas à beira das estradas, assaltadas pela violência ou
opressão... precisando de nossa ajuda...
-
Qual
é a nossa atitude para com elas?
*
A do Sacerdote e do Levita, que olharam o 'coitado' e passaram à frente, porque
não tinham tempo, deviam cuidar dos seus trabalhos?
*
Ou a figura simpática do Bom Samaritano, que mesmo estando de viagem, soube
parar... e oferecer a esse coitado aquilo que estava ao seu alcance, para suavizar a sua situação?
-
E nós, que aqui estamos reunidos nessa celebração para fortalecer a nossa fé e
o nosso amor,
sabemos quem é o nosso próximo? Qual é o seu
nome?
-
Reconhecemos de fato a presença de Cristo nas pessoas que encontramos ao longo
dos caminhos do mundo?
Ou preferimos não perder tempo e seguir o
nosso caminho, deixando o nosso próximo na sarjeta do abandono?
Enquanto
Cristo aguarda uma resposta, professemos publicamente a nossa fé no Cristo que
ainda hoje muitas vezes encontramos abandonado e espoliado, ao longo de nosso
caminho...
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Pedrinho
Meus
irmãos e irmãs, a liturgia de hoje, ela faz vários convites e apresenta vários
desafios para nossa fé, nossa caminhada.
O
primeiro é eu ter condições de avaliar em que eu sou pobre.
Claro,
que a pobreza é classificada pelo dinheiro que eu tenho disponível, pela autonomia que eu tenho na vida, mas a
pobreza não pode ser vista só com a questão do dinheiro. A pobreza pode ser o
quanto eu sou egoísta. Quanto mais egoísta, mais falta eu tenho, não do
dinheiro, mas de Deus. O quanto eu sou solidário para com o outro. Quanto menos
solidário, menos parecido com Deus eu sou. Então, Maior é a minha falta de
imagem e semelhança a Deus e assim por diante. O salmo de hoje diz: “Humildes,
buscai a Deus e alegrai-vos”. Se eu não sou humilde, ao ponto de não reconhecer
a necessidade de Deus, eu sou incapaz de rezar. É por isso, que cada vez menos
pessoas tem o hábito da oração, porque elas não sentem necessidade de Deus.
Elas se vêem “Eu me basto em mim mesmo”.
Esta é uma grande dificuldade.
O
Evangelho de hoje faz um convite para nós abrirmos nossa atenção e sermos
sensíveis para com aqueles que estão ao nosso redor. A pergunta do mestre da
lei, ela é muito importante: “O que devo fazer para ter a vida eterna”? não é
qualquer coisa que ele quer. Ele q uer
algo que só Deus pode conceder. Ninguém, nenhuma proposta do mundo pode lhe
oferecer vida eterna. Deus é o único que pode. Cada vez que eu dirijo uma
pergunta a Deus, através de Jesus, ele me responde, segundo a minha
capacidade de compreensão. Deus é fantástico! Para aquele mestre da lei,
Jesus vai responder segundo a sua capacidade. Ele vai responder segundo mestre
da lei, pois ele conhece a lei. O doutor da lei conhecia o Antigo Testamento
todo! Jesus diz: “olhe, o que diz a lei”? O doutor da lei vai dizer: “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda tua alma, com toda tua
inteligência e o próximo como a ti mesmo”. Jesus diz: “faça isto então”! É
vidente, que tanto ele, como qualquer um de nós, ele tentou se justificar:
“quem é o meu próximo”? Era o que faltava para Jesus ajudar as pessoas a enxergar
um pouco além. Além daquilo que estão vendo. O próximo é quem está ao meu lado!
Normalmente, nós pensamos os próximos são os da nossa casa. Jesus diz: vamos
abrir esta visão, vamos ampliar, vamos aí refletir um pouco, que o cuidado
da casa é obrigação de todos e não opção. Se você é uma pessoa de
responsabilidade, honrada, você vai cuidar de quem pertence a sua família. Isto
é uma obrigação. Agora, estar atento às necessidades dos outros, é uma opção,
é uma escolha.
Olhe o
que rezamos no Ato Penitencial: “Peço à Virgem Maria e a vós, meus irmãos,
que rogueis por mim”. A oração é pedindo ao irmão que reze por mim. Não eu
rezar para mim. Isto também é egoísmo. É eu rezar pelo irmão, tendo a confiança
de que o irmão irá rezar por mim. É aí que começa a complicar; será que vai
rezar mesmo? Convém eu dar uma reforçada, pois se ele não rezar por mim, pele
menos eu garanto. Veja, isto é um ato de fé; estar aberto para o próximo,
confiar que o irmão reze por mim e eu rezo pelo irmão. Esta troca de oração
é um exercício para eu estar aberto às necessidades do outro. Nós sabemos
que muitas pessoas se santificaram pela oração do outro! Pela oração do outro!
Aí é que está.
Jesus
vai fazer uma leve modificação na Lei, mas profunda. A Lei diz: “Amarás a Deus
de todo coração e ao próximo como a ti mesmo”. A Lei colocava como
critério a pessoa. Como é que eu quero ser amado, é assim que sou chamado a
amar o próximo. Mas, e quando eu não me amo? Isto tem acontecido muito! Cada
vez mais tem pessoa que não tem mais a autoestima. Está disposta a qualquer
coisa para se manter em evidência. Então, Jesus vai ser um pouco mais exigente:
Ele vai modificar o “amar o próximo como a ti mesmo”. Ele vai dizer: “amai-vos
uns aos outros COMO EU VOS AMEI”. É mais exigente! Como é que Jesus nos amou?
Entregando a vida. Entregando a vida pelo irmão. É muito mais exigente. De
qualquer maneira, o Evangelho de hoje também nos mostra, que ter dinheiro também
não é problema. Não é que quem tem dinheiro está condenado, não! O Samaritano tinha dinheiro e crédito,
porque ele leva o fulano para ser cuidado, deixa lá um dinheiro, um cheque
calção, e diz: quando eu voltar, pago o que exceder a conta. Ele tem crédito
também. Não é um mero desconhecido. Tem crédito, tem o dinheiro. Vamos pensar
um pouco em nós. Você vê alguém baleado, esfaqueado na rua, você vai colar no
seu carro, vai levar para o hospital. Primeiro, vai ser difícil conseguir vaga.
Primeira coisa. Segundo, vai ter que fazer um boletim de ocorrência (BO).
Depois vai ter que prestar depoimento: como você viu este fulano, por que você
está levando ele lá, até onde você está envolvido, quem é fez aquilo; muita
complicação. Muita complicação. Veja, que a sociedade faz de tudo, para nós não
vivermos o Evangelho, embora a sociedade se diz cristã, mas se você
quiser arrumar para a cabeça, faça isto: ponha alguém no seu carro e leva para
o hospital. Aí é que está. Muito bem. Se isto não fosse suficiente, você ainda
tem que deixar os seus afazeres. Normalmente, nós temos toda uma agenda
programada. Então, veja: se quisermos começar este exercício, de um mundo novo,
rezando uns pelos outros pelo menos. Pelo menos isto. Agora, cada um é
convidado hoje para se colocar diante de Deus dizendo: eu tenho feito tudo, que
eu tenho possibilidade? Ótimo!
Realmente falta muito para mim. O importante é ter consciência o quanto anda a
minha caminhada em vista da prática do Evangelho. A partir daí, dizer: Senhor, olhe
a minha pobreza onde está: eu sou incapaz disto, sou incapaz daquilo. Ajuda-me
nesta pobreza. Outro vai dizer: eu não tenho dinheiro mesmo e o Senhor sabe
disto. Por isso, eu não posso ajudar. Senhor, me ajude na minha pobreza. Cada
um na sua realidade e respondendo a Deus. Olhe o sacerdote: é dever de ofício.
Sabe o que é dever de ofício? É aquilo que eu me proponho a fazer na vida. Isto
é o ofício que eu escolho. Primeiro ofício do sacerdote É SERVIR. O sacerdote
olhou o fulano e passou para o outro lado. É. Os levitas. Os levitas são as
lideranças do templo. As lideranças é de se esperar que sejam os primeiros a
dar o exemplo. O levita passou para o lado também. Quem ajudou? Um samaritano.
Quem era o samaritano? Pessoa de segunda categoria. Era tido como ateu. Não
acreditava em nada, não podia ir ao templo, ele também não tinha nada a perder.
É este o ponto principal. Quando eu não tenho nada a perder, eu me entrego
totalmente. Mas, se eu tenho algo a perder, aí eu penso duas vezes. Então vamos
abrir mão de tudo! Não é esta a questão.
A questão é não ficarmos só admirando o samaritano, mas nos colocarmos
no lugar dele e saber até onde eu sou capaz de viver o Evangelho.
São
Camilo de Lelis, hoje são Camilo, ele vai dizer: Eu vou viver o Evangelho,
atendendo os enfermos. Ele é o protetor, o padroeiro dos enfermos. Então, olhe,
é uma maneira. Nós temos muitas pessoas entre nós que visitam os enfermos. É
tão importante a visita ao enfermo! Ela fica o dia inteiro na cama sem fazer
nada, porque não pode. Então, uma conversa, uma visita, trocar idéia uma meia
hora, isto alegra o dia do enfermo e não custa dinheiro. Pode custar um
tempinho a locomoção. Outros ajudam de outras maneiras. É evidente, que o
Evangelho nos pede é em vista de nossa caminhada para a vida eterna. Nós temos
a vida aí para irmos caminhando. Quanto tempo de vida? Ainda bem que ninguém
sabe, porque alguns esperariam o último dia para tirar o atraso todo, não é?
Não. A caminhada é cada dia, até chegarmos lá.
Louvado
seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho – Diocese Santo André – SP.
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Homilia de D.
Henrique Soares da Costa
A Palavra de Deus proposta neste Domingo é surpreendente. Tudo
começa com uma pergunta que, apesar de mal intencionada, é válida, necessária,
sempre urgente; pergunta que brota do mais profundo da nossa angústia: “Que
devo fazer para receber a vida? Como devo viver para viver de verdade, para que
minha vida valha a pena e não seja uma paixão inútil?” Apesar de um mundo que
procura nos distrair dessa pergunta, não há como sufocá-la, como fazer de conta
que ela não perturba nosso coração! Pelo amor de Deus, responda o mundo tão
animado e cheio de distrações: onde está a felicidade duradoura? Onde está a
vida, a realização da existência? Que caminho seguir, para ser feliz de
verdade?
Jesus indica o caminho: “O que está escrito na Torah? Como lês?”
– Aqui, há algo importantíssimo. Jesus está falando com um escriba judeu; por
isso, manda-o à Lei de Moisés. Uma coisa ele quer deixar clara: a vida não está
no homem, mas na vontade de Deus! O homem somente será feliz, somente
encontrará a vida se procurar lealmente a vontade de Deus. Por isso, no Salmo
118, o Salmista pede, de modo comovente: “Sou apenas peregrino sobre a terra;
de mim não oculteis vossos preceitos!” Perder de vista o projeto de Deus para
nós, é perder de vista a própria vida, o sentido da existência! Não esqueçamos,
para não sermos enganados: fechados para a vontade do Senhor, não encontraremos
a realização verdadeira! E este é o drama do mundo atual, que se julga maior de
idade e, portanto, independente de Deus. Na verdade, é um mundo ateu, porque é um
mundo autossuficiente, que só confia de verdade na sua filosofia, na sua
tecnologia, na sua racionalidade pagã e na sua moral fechada para o Infinito!
Ao invés, Jesus nos força a abrir o coração para o Alto, para o
Altíssimo; convida-nos a respirar fundo o ar novo e puro, que brota das narinas
de Deus e dá novo alento ao ser humano cansado e envelhecido pelo pecado!
“Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com
toda a tua força e com toda a tua inteligência”. Esta abertura para Deus dilata
e realiza o coração humano, que foi criado para dar e receber amor, amor na
relação com Deus, que desemboca, generoso, no amor em relação aos outros:
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. – “Faze isto e viverás!” Os filósofos
ateus dos séculos XIX e XX – de Feuerbach a Sartre – gostavam de insistir que
Deus escraviza o homem, desumaniza a humanidade, impedindo-a de ser ela
própria, de ser feliz. É mentira! É um triste mal-entendido! A verdadeira
abertura para Deus nos faz crescer, nos faz superar nossos estreitos limites,
nos lança de verdade em relação a Deus e nos compromete com os outros! Os
mandamentos de Deus realizam o mais profundo anseio do nosso coração, que é a
vida: “Converte-te ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração e com toda a tua
alma! Na verdade, o mandamento que hoje te dou não é difícil demais, nem está
fora do teu alcance!” O próprio Deus – acreditem – nos deu o desejo e a
capacidade de amar ao nos criar à sua imagem!
Jesus insiste ainda em algo muito importante: nossa relação com
Deus, se é verdadeira, deve abrir-nos aos irmãos: “Quem é o meu próximo?” – A
resposta de Jesus é clara: nosso próximo são aqueles que a vida fez próximos de
nós. Nosso próximo são os próximos! Ou os amamos de verdade, ou não há próximo
para amar. O próximo viraria uma idéia abstrata e sem valor algum. Não
esqueçamos: o próximo tem rosto, tem cheiro, tem problemas e, às vezes, nos
incomoda, nos atrapalha, nos desafia, nos causa raiva e contradição. É a este
próximo, concreto como uma rocha, que eu devo amar! Mas, atenção: um judeu deve
amar o próximo como a si mesmo: é isto que está escrito na Lei. Um cristão,
não! Ele deve amar o próximo como Jesus: até dar a vida: “Amai-vos como eu vos
amei. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, façais vós também!” (Jo
13,34.15).
Recordemos que o próprio Senhor nos deu o exemplo; ele mesmo se
fez próximo de nós: sendo Deus se fez homem, veio viver a nossa aventura,
partilhar a nossa sorte, para nos dar a sua vida: “Cristo é a imagem do Deus
invisível… porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude”. Ele não viu
nossa miséria de longe, não nos amou à distância: desceu e veio viver a nossa
vida, fazendo-se Deus-conosco! Por isso, ele é o verdadeiro Bom Samaritano, o
verdadeiro modelo daquele que “se faz próximo” do próximo: viu-nos à margem do
caminho da vida; viu-nos roubados e despojados de nossa dignidade de imagem de
Deus; viu-nos totalmente perdidos… Ele se compadeceu de nós, desceu à nossa
miséria, fez-se homem, para nos curar e elevar. Nele, se revela a plenitude do
amor a Deus e aos outros: “Deus quis por ele reconciliar consigo todos os seres
que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz”. Então,
somente em Cristo, encontramos a vida verdadeira e a realização pela qual tanto
almejamos. Só ele nos reconcilia com Deus e no abre uns para os outros,
aproximando-nos no seu amor!
Quando os cristãos não conseguem viver isso, quando não
conseguem deixar que essa realidade maravilhosa transpareça, é porque estão
sendo infiéis, estão sendo uma caricatura de discípulos do Senhor Jesus. Que
responsabilidade a nossa! Saiamos daqui, hoje, com essa pergunta: quem são os
meus próximos? Que tenho feito com eles? Pensemos em Jesus que veio ser
próximo, e ainda se faz próximo hoje, em cada Eucaristia. Pensemos nele: “Vai,
tu também, e faze o mesmo!” Amém.
D. Henrique Soares da Costa
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Pe. André Vital Félix da Silva, SCJ
Em pleno Ano Santo da Misericórdia, o
ensinamento de Jesus neste XV Domingo do Tempo Comum coloca-nos diante de um
dos maiores apelos do evangelho da Misericórdia: viver a fé não apenas nas suas
expressões de culto religioso, mas como práxis de cultivo da vida, o dom
precioso saído das mãos de Deus e, portanto, destinado à plenitude. A vida na
sua fase de peregrinação terrena é o momento privilegiado para descobrirmos que
ela é eterna, por isso deve ser tratada com dignidade. Cuidar, admirar,
conservar a obra prima de um artista é a melhor maneira de prestar-lhe a
fundamental e essencial homenagem. Santo Irineu (130-200 d.C.) afirma: “A
glória de Deus é o homem vivo” (Gloria Dei, vivens homo). Por conseguinte, um
culto que perde esse caráter essencial de compromisso com a vida deixa de ser
proclamação da glória de Deus e se torna cumplicidade com todas as formas de
ameaça e destruição da vida. A chamada “Parábola do Bom Samaritano” não é
apenas mais um ensinamento de Jesus sobre a importância de fazer o bem a quem
quer que seja, mas é uma crítica contundente a uma religiosidade hipócrita que,
buscando razões para omitir-se diante das ameaças contra a vida, torna-se
cúmplice dos assaltantes da vida.
A pergunta: “Mestre, que
fazer para herdar a vida eterna?”, se não tivesse como motivação: “colocar
Jesus à prova” (grego ekpeirazon: tentando), seria uma questão legítima, pois
está presente no coração de todo ser humano, ainda que formulada de diversas
maneiras. Querendo provar Jesus, o jurista passa de intérprete-aprendiz da Lei
para assumir o papel de tentador do Mestre que no início quis distorcer a
autêntica compreensão da Palavra de Deus. Jesus, porém, aprofunda a questão
perguntando: “O que está na Escritura? E como lês?” A Escritura sem a sua
leitura (aplicação na vida) pode se tornar a grande tentação do religioso,
abrindo espaço para todo tipo de fundamentalismos. Em dois momentos, o Mestre
procura ampliar o horizonte do seu interlocutor. A primeira pergunta é fácil de
responder: “Respondeste corretamente”. Enquanto que a segunda não se responde
teoricamente, pois só as atitudes são capazes de responder: “Faz isto e
viverás!”.
A distinção feita por Jesus entre “o que está escrito e como se lê” não é pura especulação acadêmica das discussões entre mestres da Escritura, mas aponta para a necessidade de recuperar a unidade entre os dois aspectos fundamentais da Palavra de Deus: a Escritura e a Vida. Separando o saber a Escritura do viver a Palavra, impedirá dar a resposta a tal pergunta. Ao contar essa parábola Jesus apresenta três modos de ler a síntese da Torá (o mandamento do amor a Deus e ao próximo). Os três personagens, mais do que representantes étnicos (judeu e samaritano), indicam maneiras de ler a vida para conhecer a Palavra e modos de ler a Escritura para compreender ou não os apelos da vida. A vida está para além das suas circunstâncias sociais, políticas ou étnico-religiosas, tanto que nem os assaltantes nem o assaltado são identificados como judeus ou pagãos. Atentar contra a vida ou comprometer-se com ela transcende todas as barreiras, vai depender de como fazemos a sua interpretação. O caminho será sempre possibilidade de aproximar-se ou optar ir para longe.
A distinção feita por Jesus entre “o que está escrito e como se lê” não é pura especulação acadêmica das discussões entre mestres da Escritura, mas aponta para a necessidade de recuperar a unidade entre os dois aspectos fundamentais da Palavra de Deus: a Escritura e a Vida. Separando o saber a Escritura do viver a Palavra, impedirá dar a resposta a tal pergunta. Ao contar essa parábola Jesus apresenta três modos de ler a síntese da Torá (o mandamento do amor a Deus e ao próximo). Os três personagens, mais do que representantes étnicos (judeu e samaritano), indicam maneiras de ler a vida para conhecer a Palavra e modos de ler a Escritura para compreender ou não os apelos da vida. A vida está para além das suas circunstâncias sociais, políticas ou étnico-religiosas, tanto que nem os assaltantes nem o assaltado são identificados como judeus ou pagãos. Atentar contra a vida ou comprometer-se com ela transcende todas as barreiras, vai depender de como fazemos a sua interpretação. O caminho será sempre possibilidade de aproximar-se ou optar ir para longe.
Tanto para o sacerdote quanto para o
levita a reação diante do quase morto que encontraram no mesmo caminho foi
passar para o outro lado e ir embora (grego antiparérchomai: passar
afastando-se na direção contrária). Esta atitude indica um modo de ler a Torá
que por sua vez ensinava: “Aquele que tocar um cadáver, qualquer que seja o
morto, ficará impuro...Todo aquele que tocar um morto, o corpo de alguém que
morreu, e não se purificar, contamina a Habitação de Javé; tal homem será
eliminado de Israel” (Nm 19,11s). A razão era clara e indiscutível: cumprimento
da Lei, e como homens do culto, desobedecendo esta lei, além de correrem o
risco de se contaminar, também contaminariam a Casa de Deus, cuja pena era a
morte. Tinham bem presente a Lei, mas não conseguiram relacioná-la com a vida;
viam a Lei, mas não enxergavam a vida, não foram capazes de aproximar-se para
perceber que ali não estava um cadáver, mas uma pessoa, que se fosse abandonada
por eles, arriscava tornar-se um cadáver, com o qual não estariam mais
obrigados a fazer nada. O samaritano, geralmente visto como um estrangeiro,
objeto de inimizades e herege, na parábola aparece como aquele que dá provas
que não apenas conhece a Lei (os samaritanos têm o Pentateuco), mas que
consegue aproximar-se da vida para melhor compreender o Mandamento e colocá-lo
em prática. Pois a Lei ensina: “Se encontrares o boi do teu inimigo, ou o seu
jumento, desgarrado, lho reconduzirás. Se vires cair debaixo da carga o jumento
daquele que te odeia, não o abandonarás, mas o ajudarás a erguê-lo” (Ex 23,4s).
Se até o socorro da vida dos animais que se encontram em risco de morte
(inclusive dos inimigos) está entre os imperativos da Lei de Deus, quanto mais
não será o cuidado com a vida do próximo em situações de risco. O que o jurista
e seus companheiros (sacerdote e levita) ainda não compreendiam em relação à
vivência dos mandamentos (Lv 19.18; Dt 6,5), o samaritano ensina com atitudes:
“Amarás o Senhor, teu Deus”/ “estava de viagem, chegou perto dele viu e sentiu
compaixão”: compaixão na Bíblia é a misericórdia de Deus, portanto o viajante
manifesta sintonia com os próprios sentimentos de Deus, o que só seria possível
se Deus tivesse o primado na sua vida. “Com todo o teu coração e com toda a tua
alma”/ “fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas”: o coração na
Bíblia é a sede das decisões, não apenas dos afetos, e a alma representa a
interioridade, portanto, o viajante vendo o quase morto decide prestar-lhe
socorro e não apenas expressar sentimentos estéreis de comiseração. “Com toda a
tua força e com toda a tua inteligência”/ “Colocou o homem em seu próprio animal,
levou-o para pensão, cuidou dele”: o sentimento de misericórdia do samaritano
se expandiu como força para os seus braços a fim de erguer o quase morto caído;
e desapego de seus bens (“dois denários”) e de seu tempo (“Quando voltar”).
“Faz isso e viverás!”, eis a resposta: fazer-se próximo para aproximar o que
está escrito do que é vivido e, assim, ter a vida em plenitude.
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e
ministros ext. da Palavra):
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O
ALTAR):
Pres. O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS
GRAÇAS AO SENHOR...
Pres. COM JESUS, por
Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO E. SANTO, louvemos O PAI:
T: Louvor e glória a vós, ó Pai de bondade!
Pres. Senhor, nosso Deus, nosso criador e nosso Pai.
Nós vos bendizemos pela vossa bondade e vossa misericórdia. Sabemos pela vossa
palavra que sempre estais ao nosso lado seja na alegria seja na dor. Vós nunca
desamparais aqueles que vos honram e respeitam os vossos ensinamentos.
T: Louvor e glória a vós, ó Pai de bondade!
Pres. Senhor, nosso Deus, nós vos agradecemos por nos enviar vosso Filho para
nos ensinar os vossos preceitos e nos guiar por caminhos seguros rumo ao vosso
Reino. Ele é a vossa imagem no meio de nós. Ele nos revela vossa bondade e
vosso amor.
T: Louvor e glória a vós, ó Pai de bondade!
Pres. Senhor, nosso Deus, vosso Filho Jesus Cristo nos ensinou o amor ao
próximo como forma de nos transformarmos e alcançar a salvação eterna. Sabemos
que o nosso próximo é todo aquele que necessita de nossa ajuda, de nosso
conselho, de nosso amor. Pai, sede a nossa força e nosso amparo nessa
caminhada.
T: Louvor e glória a vós, ó Pai de bondade!
PAI NOSSO... EIS O CORDEIRO...
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