29º Domingo do Tempo Comum Ano C 2016
SINOPSE:
TEMA: - REZAR SEMPRE; A Palavra nos orienta
e nos transforma; Ela é viva e eficaz.
Primeira leitura: Para ganhar as duras batalhas,
necessitamos da ajuda e a força de Deus…
Evangelho: Quando oramos a Deus, ele age em nosso
favor, pois nos ama e tem um projeto de salvação para todos.
Segunda leitura: Paulo nos diz da importância da
Bíblia em nossa vida; ela nos orienta e nos instrui para que cheguemos ao Reino
de Deus.
PRIMEIRA LEITURA (Ex 17, 8-13) Leitura
do Livro do Êxodo.
...Moisés,
Aarão e Ur subiram ao topo da colina. E, enquanto Moisés conservava a mão
levantada, Israel vencia; quando abaixava a mão, vencia Amalec.
AMBIENTE
Uma catequese sobre o Deus
libertador, que salvou o seu Povo da opressão e da morte, … catequese sobre
esse Deus a quem Israel é convidado a agradecer a sua vida e liberdade.
MENSAGEM
Josué combatia, Moisés rezava e
implorava a ajuda de Deus… É uma catequese que ensina que a libertação se deve,
mais do que aos esforços do Povo, à ação de Deus. Para vencer as batalhas Da
vida precisamos ter a ajuda e a força de Deus; e essa ajuda brota no diálogo
com Deus.
ATUALIZAÇÃO
♦ sempre que alguém luta para
ser livre, Deus está com essa pessoa e age nela.
♦ Quem sonha com um mundo
melhor e luta por ele, tem de viver num diálogo contínuo com Deus: é nesse
diálogo que se percebe o projeto de Deus para o mundo e se recebe d’Ele a força
para vencer tudo o que oprime e escraviza o homem.
SALMO RESPONSORIAL 120 (121)
Do Senhor é
que me vem o meu socorro, do Senhor que fez o céu e fez a terra.
• Eu levanto os meus olhos para os montes: / de onde
pode vir o meu socorro? / “Do Senhor é que me vem o meu socorro, / do Senhor
que fez o céu e fez a terra!”
• Ele não deixa tropeçarem os meus pés, / e não dorme
quem te guarda e te vigia. / Oh! Não! Ele não dorme nem cochila, / aquele que é
o guarda de Israel!
• O Senhor é o teu guarda, o teu vigia, / é uma
sombra protetora à tua direita. / Não vai ferir-te o sol durante o dia, / nem a
lua através de toda a noite.
• O Senhor te guardará de todo o mal, / ele mesmo vai
cuidar da tua vida! / Deus te guarda na partida e na chegada. / Ele te guarda
desde agora e para sempre!
EVANGELHO (Lc 18, 1-8) Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.
...: “um
juiz que não temia a Deus e não respeitava homem algum. uma viúva,...: ‘Faze-me
justiça contra o meu adversário! ’ Durante muito tempo, o juiz se recusou.
...por fim, Vou fazer-lhe justiça, para que ela não venha a agredir-me! ’” ...
E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por ele?
... Eu vos digo que Deus lhes fará justiça bem depressa. Mas o Filho do homem,
quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?”
AMBIENTE
Parábola similar à parábola do amigo
inoportuno que vem pedir pão a meio da noite-Lc 11,5-8
MENSAGEM
A viúva, pobre (é o protótipo do sem
defesa, vítima dos poderosos), exige justiça; mas o juiz, “que não temia Deus
nem os homens”, não lhe atendia. O juiz faz justiça a fim de se livrar da
insistência importuna. Aplicação teológica: Se um juiz prepotente e insensível
é capaz de resolver o problema por causa da sua insistência, Deus (que ama) não
iria escutar os “seus eleitos que por Ele clamam?” – Deus é rico em
misericórdia defende sempre os débeis –Lucas deixa claro; Deus tem o seu
projeto e o seu tempo próprio para intervir. Aos crentes resta impaciência
e confiança. Lucas pede aos cristãos que, apesar do silêncio de Deus, não
deixem de dialogar com Ele. É nesse diálogo que entendemos os projetos e Deus
transforma os nossos corações; então, aprendemos a entregar-nos nas mãos de
Deus e a confiar n’Ele.
ATUALIZAÇÃO
♦ Deus não é indiferente aos
gritos de sofrimento dos pobres e que não desistiu de intervir no mundo, a fim
de construir o novo céu e a nova terra de justiça, de paz e de felicidade para
todos… Simplesmente, Deus tem projetos e planos que nós, na nossa ânsia e
impaciência, não conseguimos perceber. Deus tem o seu ritmo – um ritmo que
passa por não forçar as coisas, por respeitar a liberdade do homem… A
nós resta nos respeitar a lógica de Deus, confiar n’Ele, entregarmo-nos nas
suas mãos.
♦ Através da oração,
percebemos quem Deus é, percebemos o seu amor e a sua misericórdia, descobrimos
a sua bondade e a sua justiça… E, Ele não é indiferente à sorte dos pobres e
tem um projeto de salvação para todos os homens. A oração é o caminho para
encontrarmos o amor de Deus.
♦ Quem ama não corta a
relação à primeira incompreensão ou à primeira ausência. Pelo contrário, a
espera e a ausência provam o amor e intensificam a relação.
♦ A oração não é fórmula mágica para levar Deus a fazer-nos as
“vontadinhas”… Muitas vezes, Deus terá as suas razões para não dar muita
importância àquilo que Lhe pedimos: às vezes pedimos a Deus coisas que nos
compete a nós conseguir (por exemplo, passar nos exames); outras vezes, pedimos
coisas que nos parecem boas, mas que a médio prazo podem roubar-nos a
felicidade; outras vezes, ainda, pedimos coisas que são boas para nós, mas que
implicam injustiça para outros… quando parece que Deus não nos ouve,
perguntemos a nós próprios se os nossos pedidos farão sentido, à luz da lógica
de Deus.
SEGUNDA LEITURA (2Tm
3,14–4,2) Leitura da Segunda Carta de São Paulo a
Timóteo.
Caríssimo, permanece firme
naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade; tu sabes de quem o aprendeste.
...as Sagradas Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que
conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por
Deus e útil para ensinar, para argumentar, para corrigir e para educar na
justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda
boa obra. Diante de Deus e Cristo Jesus, que há de vir a julgar os vivos e os
mortos e, em virtude da sua manifestação gloriosa e do seu Reino, eu te peço
com insistência: proclama a palavra, insiste oportuna ou inoportunamente,
argumenta, repreende, aconselha, com toda a paciência e doutrina.
AMBIENTE
As comunidades nas perseguições e
falsas doutrinas… O autor convida a redescobrir o entusiasmo pelo Evangelho
recebida de Jesus, através dos apóstolos.
MENSAGEM
Nos é proposto permanecer fiel à
verdadeira doutrina aprendida da Tradição e da Escritura. A posse da verdade
está garantida quando aquele que ensina é um sucessor legítimo dos
apóstolos, em conformidade com a Escritura. A Palavra na Escritura é “inspirada
por Deus”; por isso, nela está “a sabedoria que leva à salvação”. A
utilidade da Escritura é: “ensinar”, “persuadir”, “corrigir” e “formar”. O
autor convida a proclamar a Palavra “a propósito e fora de propósito”,
“com toda a paciência e doutrina” (isto é, com uma adequada pedagogia
pastoral).
ATUALIZAÇÃO
♦ A Escritura deve assumir um
lugar preponderante na nossa vida. Qual
tem mais valor: as práticas rituais, as devoções particulares ou a
Palavra de Deus?
♦ Aos que estão ao serviço da Palavra: eles devem anunciá-la em
todas as circunstâncias, sem respeito humano, sem jogos de conveniências, sem
atenuarem a radicalidade da Palavra; e devem, também, preparar-se
convenientemente, a fim de que a Palavra se torne atraente e chegue ao coração
dos que a escutam…
1-
A oração nos
abre para Deus; É na oração que
percebemos Deus perto de nós. Se não rezarmos, Ele passa a ser só uma idéia
distante e subjetiva.
2-
Orar em nome de Jesus, com os sentimentos e
atitudes de Jesus - Se rezei, me
coloquei nas mãos de Deus, haja o que houver, eu confio no seu amor.
3-
Foi assim a oração
de Jesus: buscou em tudo a vontade do Pai e, por isso, o fracasso e a cruz não
o destruíram. Ele mesmo dissera: “Pai, eu te dou graças porque me
ouviste!” (Jo 11,41s) –: mesmo
diante da cruz e da morte, o Filho permaneceu em paz, abandonado amorosamente
nas mãos do Pai! A oração faz isso
conosco: elimina nosso temor e nos joga nos braços de Deus.
4-
A oração
quebra nosso orgulho, nossa autossuficiência: sem ela, é impossível
permanecer firmes na fé.
5-
O problema é
querer que ele aja como esperamos, nos tempos e nos modos nossos. E aí erramos!
Não foi assim que Jesus procedeu e quem faz assim, faz diferente de Jesus e,
portanto, não reza em nome de Jesus!
6-
Reza em nome
de Jesus quem reza como Jesus: “Não a minha vontade, mas a tua seja
feita” (Lc 22,42). Por isso, ele hoje nos desafia e
pergunta: “Quando o Filho do homem vier, será que ainda vai encontrar
fé sobre a terra?” Em outras palavras: Quando o Pai, através de mim,
atende vossos pedidos, não como queríeis, mas como ele quer vos dar, encontra
fé em vós para reconhecer o dom e ser agradecidos?
7-
Estejamos atentos à nossa vida de oração. Paulo diz hoje:“Permanece firme
naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade!” Santa Teresa: “Que
ninguém vos mostre outro caminho que não o da oração!”
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Hoje, a Palavra de Deus nos fala sobre a oração. Mais ainda: manda-nos “rezar sempre, sem jamais desistir” .
o Senhor nos manda rezar! Vejamos o porquê. Primeiro, a oração nos abre para Deus; É na oração que percebemos vivamente que ele não é somente o Deus de longe, mas também o Deus de perto. Se não rezarmos, Deus irá deixando de ser Alguém para ser algo; vamos deixando de experimentá-lo como Pessoa para experimentá-lo simplesmente como uma idéia fria, estéril e distante.
Em segundo lugar, a oração feita em nome de Jesus – isto é, com os sentimentos de Jesus, as atitudes de Jesus -, nos faz enfrentar todos os desafios da vida com paz, liberdade e maturidade. Se rezei, se supliquei, se coloquei nas mãos de Deus, haja o que houver, sei que posso acolher confiando no seu amor. Foi assim a oração de Jesus: buscou simplesmente e em tudo a vontade do Pai e, por isso, a o fracasso e a cruz não o destruíram. Foi ouvido – ele sabia, ele mesmo dissera: “Pai, eu te dou graças porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves!” (Jo 11,41s) – pois bem: mesmo diante da cruz e da morte, o Filho permaneceu em paz, abandonado amorosamente nas mãos do Pai! A oração faz isso conosco: elimina nosso temor e nos joga nos braços de Deus.
Em terceiro lugar, a oração quebra nosso orgulho, nossa auto-suficiência: sem ela, é impossível permanecer firmes na fé. O problema é que queremos que ele aja como esperamos, nos tempos e nos modos nossos. E aí erramos! Não foi assim que Jesus procedeu e quem faz assim, faz diferente de Jesus e, portanto, não reza em nome de Jesus! Compreendamos bem: reza em nome de Jesus quem reza como Jesus: “Não a minha vontade, mas a tua seja feita” (Lc 22,42). Por isso mesmo, ele hoje nos desafia e pergunta, com franqueza: “Quando o Filho do homem vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” Em outras palavras: Quando o Pai, através de mim, atende vossos pedidos, não como queríeis, mas como ele quer vos dar, encontra fé em vós para reconhecer o dom e ser agradecidos?
Estejamos atentos à nossa vida de oração. Foi isto que aprendemos nas Escrituras Sagradas, foi isto que os Apóstolos nos ensinaram e os santos santas de Deus vivenciaram. Pois bem, “Permanece firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade!” Num tempo de tantos falsos mestres, de tantos que se desviam da verdade, sigamos o este conselho de São Paulo! Como dizia Santa Teresa: “Que ninguém vos mostre outro caminho que não o da oração!”
Lc 18,1-8
Amados no Senhor, é claríssimo que um dos temas da
Palavra de Deus que acabamos de escutar neste hoje é uma séria exortação à
oração: “rezar sempre, e nunca desistir”, rezar perseverantemente, sem jamais
desfalecer, diz o Evangelho! E aqui se trata, de modo especial, do mais
escandaloso de todos os tipos de oração para o mundo atual, tão
autossuficiente: a oração de súplica; aquela que somente
tem coragem de fazer quem é pobre e
sabe que depende de Deus em tudo; somente tem coragem de fazê-la quem crê
realmente que Deus se preocupa com Suas criaturas e, de verdade, age neste
mundo, age, presente na nossa vida tão pequena... Eis: a oração de súplica é
coisa de gente simples, de gente que tem coração de criança, que tem fé humilde
e atitude de pobre diante de Deus; é coisa de quem não tem vergonha de pedir,
de teimar, de insistir! Bem que Jesus disse que somente os simples, somente os
que têm um coração de criança podem compreende os segredo Reino! Eu vos digo: a
oração de súplica é tropeço para os sábios segundo a carne, para os
inteligentes do mundo, para os não abrem sua razão ao infinito de Deus!
Já ouvistes, caríssimos, aqueles que, cheios de si, dizem assim:
“Na minha oração, eu nunca peço, só agradeço! Pois é! São soberbos, são autossuficientes,
não se conhecem, não percebem a miséria, a limitação, a debilidade da humana
natureza, que necessita continuamente do socorro do Senhor, Daquele que nos
ordenou expressamente: “Pedi e vos será dado! Procurai e encontrareis! Batei e
a porta vos será aberta! Se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos
vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que
Lhe pedirem!” (Mt 7,7.11) Sim, caros! É necessário pedir ao Senhor, e pedir com
a insistência da viúva pobre e necessitada do Evangelho, com a persistência de
Moisés, que passou todo o dia com as mãos erguidas, como Cristo na cruz,
suplicando a vitória para Israel!
Mas, talvez, alguém de vós pergunte,
curioso: “Por que pedir, se o Senhor já sabe do que temos necessidade? E por
que ainda pedir com insistência se já suplicando uma vez, Ele decide o que
fazer, Ele que tudo sabe eternamente, Ele que não muda? Pode o homem mudar a
vontade de Deus, alterar o desígnio do Altíssimo?”
Obedeçamos, irmãos caríssimos! O Senhor, no Seu insondável
mistério, sabe por que nos manda pedir e insistir no pedido! No entanto, mesmo
nós, na nossa pouca sabedoria, podemos perceber um pouco a necessidade absoluta
de suplicar. Pensai um momento: Suplicando, reconhecemos que somos totalmente
dependentes e tudo nos vem do Senhor, Daquele que dá a vitória e a derrota, que
faz o rico e faz o pobre, que fere e cura a ferida, que faz morrer e faz viver!
Suplicando, vamos aprendendo a confiar Nele, a Nele esperar e, assim, vamos experimentando
a Sua presença real na nossa vida e vamos crescendo no nosso amor para com Ele.
Suplicando com insistência, vamos desenvolvendo a certeza de que Ele nos
escuta, de que nos envolve com Sua presença e nos socorrerá na nossa
necessidade.
Ainda mais: de tanto suplicar e teimar na súplica, vamos nos
abandonando aos Seus tempos misteriosos, à Sua vontade que nos ultrapassa, aos
Seus modos que nos desconcertam e, então, vamos interiormente nos dispondo a
acolher o que Ele quer, a aceitar a Sua santa vontade, ainda que não seja a
nossa nem na medida das nossas expectativas humanas. Sim! Bom amigo de Deus não
é o que só aceita o que pediu, mas aquele que, pedindo com perseverança e amor
confiante, acolhe o que o Senhor concede, tendo a firme convicção – nascida da
oração teimosa – de que o Senhor nos dá o que é melhor para nós, ainda que
muitas vezes não o compreendamos bem! Por isso a misteriosa palavra do nosso
Salvador no final da perícope de hoje: “Deus não fará justiça aos Seus escolhidos,
que dia e noite gritam por Ele? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que
Deus lhes fará justiça bem depressa!” Palavra espantosa! Jesus não somente
afirma que Deus nos escuta e vem em nosso socorro, mas também que vem bem
depressa! E nós pensamos: “Mas isto não acontece assim! Quanta oração fiz que
não foi ouvida! Quanta oração demorada na resposta! Não é a própria Escritura
Santa que nos diz: “Suporta as demoras de Deus, agarra-te a Ele e não O
largues”? (Eclo 2,3) Ah, meus irmãos! O Senhor nos ouve sim, o Senhor vem logo
em nosso socorro sim, o Senhor Se compadece do que a Ele suplica! Mas, os
tempos de Deus não são os nossos, a pedagogia do Senhor nos ultrapassa, a ação
do Senhor não pode ser totalmente alcançada por nós: Ele é Deus; nós, pó que o
vento leva! Por isso mesmo, a misteriosíssima pergunta de Jesus: “Quando o
Filho do Homem vier, encontrará fé sobre a terra?” Eis: O Senhor nos ouve, o
Senhor Se compadece de nós – Ele nos deu tudo no Seu Filho por nós morto e
ressuscitado! Como ainda nos seria possível duvidar Dele? Ele vem em nosso
socorro, mas no Seu tempo, do Seu modo, segundo o Seu sábio e misterioso
desígnio! Mas, encontrará fé em nós? Saberemos reconhecê-Lo? Sei eu, sabeis
vós, sabemos nós reconhecer o Senhor nas Suas vindas? Ele vem na alegria e vem
também na tristeza; no sorriso, ei-Lo aqui, mas também é Ele ainda no pranto; é
Ele na vitória e ainda é Ele na derrota; é Ele presente no nosso nascer e no
nosso morrer! E isto nos escapa, como o Salmista exclama, admirado e perplexo: “Como
são profundos para mim Teus pensamentos, como é grande seu número, ó Deus! Se
os conto, são mais que a areia, se acho que terminei, ainda estou Contigo!” (Sl
138/139,17s).
Caríssimos, sejamos pobres diante do Senhor Deus! Sejamos humildes! Oremos sempre, oremos suplicando, oremos com um coração confiante, oremos sem desfalecer, oremos esperando contra toda esperança, oremos na certeza de que o Senhor nos ouve e no acode, do Seu modo, no Seu tempo, para o nosso bem, segundo o Seu misterioso desígnio!
Para o homem soberbo tudo isto é tolice; para o autossuficiente e o
racionalista tudo isto é loucura sem sentido! Cuidado, irmãos! Tomemos
seriamente o conselho do santo Apóstolo a Timóteo, na Epístola de hoje: “Permanece
firme naquilo que aprendeste e aceitaste como verdade! Conheces as Sagradas
Escrituras: elas têm o poder de te comunicar a sabedoria que conduz à salvação
pela fé em Cristo Jesus!” Eis aqui! Esta é a diferença entre crer e não crer: o
verdadeiro crente tem a coragem ousada de abrir-se à lógica de Deus, de por Ele
deixar-se conduzir; o descrente, ao invés, deseja medir a ação de Deus e
compreendê-la e abarcá-la na medida da sua lógica, na estreiteza de sua própria
racionalidade!
Creiamos, irmãos; rezemos, irmãos; com perseverança supliquemos,
irmãos, com inteira confiança esperemos, elevando as mãos como Moisés e os
olhos como o Salmista, certos de que “do Senhor é que nos vem o socorro,
do Senhor que fez o céu e fez a terra, pois não dorme nem cochila o Guarda de
Israel!” Seja Ele bendito na Igreja e no nosso coração, hoje, como no
princípio, e por toda a eternidade, nos séculos dos séculos. Amém!
Crer em Deus, crer no homem
Um filho de Deus
teme a Deus e respeita a pessoa humana. Cada pessoa é imagem de Deus. É
contraditório crer em Deus e ser a favor do aborto, por exemplo.
Deus veio à terra para que o homem
subisse ao céu! - Deus continuou protegendo a Caim, mesmo depois de ter matado o seu irmão Abel.
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De Mãos Erguidas
Manter com Deus uma ORAÇÃO PERSEVERANTE.
Só assim será possível aceitar os projetos de Deus,
compreender os seus silêncios, respeitar os seus ritmos e acreditar no seu
amor.
Na 1a Leitura, MOISÉS
não desiste de rezar. (Ex 17,9-13a)
O Povo de Deus está a caminho da Terra Prometida...
- Josué organiza seus homens para lutar contra os inimigos
com as armas.
- Moisés, no alto da colina, de "mãos erguidas",
faz uso da arma da Oração.
A vitória foi
alcançada muito mais pelo auxílio de Deus, do que pelo valor dos combatentes.
* Nas duras batalhas da vida, devemos contar com a ajuda e a
força de Deus.
Devemos manter,
como Moisés, as "Mãos sempre erguidas" em oração.
Na 2a Leitura, PAULO
indica uma fonte preciosa que alimenta a Oração: A Sagrada Escritura: "Toda Escritura é inspirada por Deus e é
útil para ensinar, para refutar, para
corrigir, para educar na justiça... Por ela, o homem de Deus se torna perfeito, preparado para toda a boa
obra". (2Tm 3,14-4,2)
Evangelho - "Para
mostrar a necessidade de REZAR SEMPRE, e nunca desistir":
Jesus contou aos discípulos uma PARÁBOLA:
- Uma viúva
injustiçada pede justiça... mas o juiz não lhe dá ouvidos... Ela tanto insiste, que o juiz acaba
atendendo.
- Se até um homem mau
cede diante de um pedido incessante, quanto mais Deus, que é justo e santo, nos
atenderá e salvará...
A Oração deve ser um Diálogo insistente e
contínuo...
* Deus está sempre atento aos nossos pedidos, mesmo quando
"parece" insensível aos nossos apelos, aos nossos clamores por
justiça. Geralmente temos pressa...
Ele sabe a hora e o
momento para cada coisa.
A nós resta moderar
a impaciência e confiar totalmente nele.
+ "REZAR SEMPRE" - Significa nunca interromper
o DIÁLOGO com Deus, mesmo no
aparente silêncio de Deus.
- Nesse diálogo,
Deus transforma os nossos corações e aprendemos a nos entregar nas mãos de Deus
e confiar nele.
+ A Oração não é uma fórmula mágica
para levar Deus a fazer nossa vontade ou até nossos caprichos. Não é um simples
ato de piedade, ou expressão do sentimento; mas antes um ato de fé e de amor,
que nos abre ao DIÁLOGO COM DEUS.
+ Rezar é CONVERSAR com Deus: Falar e
Escutar... As Orações não
precisam de palavras complicadas. Existem orações escritas que rezamos, mas
também as orações que são feitas quando
queremos conversar com Deus do nosso jeito. Deus é o nosso melhor amigo e gosta
de nos ouvir.
+ Rezar é fazer SILÊNCIO profundo para ouvir Deus, acolher a sua Palavra e assim nos dispor a fazer a sua vontade...
+ Rezar é uma RESPOSTA que poderá assumir várias FORMAS: Ação de
graças... Contemplação... Profissão de fé... Declaração de entrega... Pedido...
Pe.
Antônio Geraldo
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Diác. José da Cruz
Já
vi escrito em muito para-choque de caminhão, que “O pobre vive de teimoso”, uma
frase que embora irônica tem um fundo de verdade, pois teimosia nesse caso, é
sinônimo de perseverança, paciência e esperança, virtudes que são na verdade o
tempero da nossa fé, porque a fé que não persevera, que não é paciente e não
traz no coração a esperança, é morta, pois segundo São Tiago, a Fé deve ser
sempre vivenciada e transformada em obras. No olhar do pobre encontramos um
brilho de esperança, basta ver as filas em busca de algum benefício nos bancos
ou em repartições públicas, ou até mesmo em fila de liquidação nas grandes
lojas, o pobre é capaz de varar o dia, a noite e a madrugada, para guardar um
lugar, sempre esperançoso de alguma melhora ou benefício
Não
se quer dizer que estas virtudes sejam exclusivas do pobre, mas é que o rico
não tem muita paciência e perseverança e nem seria necessário, uma vez que o
dinheiro compra tudo nesta vida, fazendo com que o rico coloque toda sua
segurança em seu patrimônio e no dinheiro e portanto, essas virtudes sempre
nascem e são cultivadas no coração do pobre por causa da sua necessidade, que o
leva a pedir. É esse o caso dessa viúva que aparece no evangelho desse domingo,
pois naquele tempo não havia leis que protegiam e davam garantias à mulher, no
caso do falecimento do esposo e a viuvez, junto com a orfandade, era sinônimo
de desamparo e abandono, já que o parente mais próximo do falecido, apossava-se
de todos os seus bens sobrando para a viúva a triste sina de viver de esmola,
pois a mulher não tinha direito de propriedade.
Na
lógica humana a viúva não tinha outra alternativa se não a de resignar-se com a
sua sorte, pois o juiz dificilmente iria lhe fazer justiça, já que a corda
sempre arrebenta do lado mais fraco. Conformismo e resignação parecem fazer
parte da índole do nosso povo, que deixa o destino da nação nas mãos de certos
homens inescrupulosos, sem se importar com os rumos da política ou da economia,
tornando-se uma perfeita “Vaquinha de presépio”, engolindo tudo que é sapo,
ignorando a sua cidadania e seus direitos essenciais. Mas não é esse o caso da
viúva, ela não se conformou com o abandono e a exploração da quais as viúvas
eram vítimas e resolveu “virar a mesa” indo à luta por aquilo que considerava
justo. Não se sabe quantas vezes ela bateu à porta desse juiz, mas a se julgar
pelo temor do magistrado, não deve ter sido só duas ou três e nem foi tão
pacífica assim. Claro que exercício de cidadania não deve ser confundido com
arruaça e vandalismo
Os
maus governantes sempre tremem na base, quando o povo toma consciência de seus
direitos e vai à luta por eles, foi o que aconteceu com esse juiz, que não
temia a Deus e nem respeitava homem algum, mas que diante da insistência e da
teimosia da mulher, acabou cedendo e atendeu o seu desejo fazendo-lhe justiça
contra seu adversário, que certamente queria ficar com seus bens. O evangelho
nos mostra a qualidade da verdadeira oração, que não pode ser “imediatista” e
onde se quer que Deus atenda o pedido “pra ontem”, as demoras de Deus requer do
verdadeiro crente a paciência e confiança.
A
oração também não deve ser uma forma de se forçar Deus a fazer a nossa vontade,
realizando coisas, ou consertando certas situações que são de nossa única
responsabilidade. A viúva soube unir oração e ação, com uma fé consciente e
responsável, que crê, persevera, insiste, persiste, espera e vai à luta, para
mudar o placar adverso
Deus
é a força e a teimosia do pobre pois ouve sempre seu clamor e jamais deixará de
atendê-lo. Aquela fé mágica e comodista, de quem só quer vento a favor e espera
sempre um milagre de Deus, sem mover uma só palha, é uma fé que nada constrói e
nem agrega nessa vida: QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER!
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Para
a celebração da Palavra (Diáconos e Ministros da Palavra):
Louvor (quando o Pão
Sagrado estiver sobre o altar) XXIX dom.
à O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS
GRAÇAS AO SENHOR...
à COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS, NA
FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Senhor, nosso
Deus e nosso Pai! Hoje nos ensinastes que sois vós que nos dais as vitórias
sobre todas as nossas dificuldades. Pai, agradecemos a nossa existência, e todo
o universo que criastes. Agradecemos por nos amar e enviar Vosso Filho para nos
ensinar. Agradecemos a graça do batismo que nos tornou filhos prediletos
vossos.
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pai, Vosso
Filho hoje nos ensinou que devemos estar sempre unidos a vós. A oração é meio
mais eficaz de nos unirmos a Vós. Vós conheceis todo o nosso ser e as nossas
necessidades. Dai-nos humildade para que não nos separemos de Vós. Que saibamos
sempre ser instrumentos úteis em vossas mãos. Que o desânimo não nos tire de
vossa luz. Que saibamos orar em todos os momentos, quer nas alegrias, quer nos
momentos de cruz. Protegei-nos e amparai-nos sempre.
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
- Pai, que
saibamos seguir o exemplo de Vosso Filho na oração e tenhamos coragem de fazer
a Vossa vontade! Enviai-nos o Espírito Santo para que tenhamos força e coragem.
T:
LOUVOR E GLÓRIA A VÓS, Ó PAI DE BONDADE!!!
-
PAI NOSSO... A PAZ... EIS O CORDEIRO...
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