quarta-feira, 28 de março de 2018

Ritual Simplificado da Vigília da Páscoa


Sábado Santo SIMPLIFICADO Ano B – Vigília da Páscoa

 RITOS INICIAIS
Anim.: Irmãos e irmãs, sejam bem vindos a este encontro com o Senhor! É a celebração onde a Luz do Ressuscitado vence as trevas da morte, trazendo-nos a verdadeira vida! Abramos nosso coração para acolher a novidade que o túmulo vazio nos traz: Ele Ressuscitou!

1. SAUDAÇÃO
Pres.: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.   T. Amém.
Pres.: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco.   T. Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

1. BÊNÇÃO DO FOGO
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, nesta noite santa, em que Nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos dispersos por toda a terra a se reunirem em vigília e oração. Se comemorarmos a Páscoa do Senhor, ouvindo sua palavra e celebrando seus mistérios, podemos ter a firme esperança de participar do seu triunfo sobre a morte e de sua vida em Deus.          
 (Em seguida, abençoa o fogo.)   
Pres. Oremos: (pausa) Ó Deus, que pelo vosso Filho trouxestes àqueles que crêem o clarão da vossa luz,
Santificai [+] este novo fogo. Concedei que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, que possamos chegar purificados à festa da luz eterna. P.C.N.S.   T. Amém.

O Diácono apresenta o Círio Pascal (preparação do círio pascal.)
Pres. Cristo ontem e hoje, Grava a haste vertical da cruz
Princípio e Fim, Grava a haste horizontal da cruz. A
                                                                                                             2              0
Alfa Grava o Alfa por cima da haste vertical.             1          8    
                                                                                                                     Ώ
E Ômega. Grava o Ómega por debaixo da haste vertical.
A ele o tempo Grava no ângulo superior esquerdo o primeiro algarismo do ano corrente
E a eternidade, Grava no ângulo superior direito o segundo algarismo do ano corrente
A glória e o poder, Grava no ângulo inferior esquerdo o terceiro algarismo do ano corrente.
Pelos séculos sem fim. Grava no ângulo inferior direito o quarto algarismo do ano corrente.
T. Amém.              

Depois, pode colocar no círio cinco grãos de incenso, em forma de cruz, dizendo:

1. Pelas Suas chagas                           1
2. Santas e gloriosas                           
3. Nos proteja                              4      2       5
4. E nos guarde
5. Cristo Senhor. Amen.                     3
(O Presidente acende o círio pascal com fogo novo, dizendo:
Pres. A luz do Cristo, que ressuscita resplandecente, dissipe as trevas de nosso coração e de nossa mente.

PROCISSÃO
Anim: Façamos uma procissão com o Círio Pascal, aclamando a Cristo Luz de todos os povos. Quando o diácono cantar “A luz de Cristo” pela primeira vez, os ministros acenderão suas velas no Círio e em seguida todo o povo e com as velas acesas podemos ir entrando na igreja.
Diácono: Eis a luz, eis a luz de Cristo. A luz de Cristo!  (3X)
Todos: Demos graças, demos graças, demos graças a Deus.

PROCLAMAÇÃO DA PÁSCOA     (Missal p. 274)
* [o Diácono coloca o Círio em seu local, e dirige-se ao ambão. ]

(quando o diácono estiver se dirigindo ao ambão)
Anim.: Precónio Pascal:  Com o canto do “Exulte”, recordemos as maravilhas realizadas na história da salvação. A luz do Ressuscitado venceu as trevas da morte e trouxe-nos luz.          

Canto do Exulte: (Diácono)
1 – Exulte de alegria dos anjos a multidão. Exultemos também nós, por tão grande salvação.
2- Do grande Rei a vitória, cantemos o resplendor: Das trevas surgiu a glória, da morte o Libertador.
Diácono: O Senhor esteja convosco.
Todos: Ele está no meio de nós.
Diác: Os corações para o alto.
Todos: A Deus ressoe nossa voz.
(Acendem-se todas as luzes da igreja)
1- No esplendor desta noite, que viu os hebreus libertos, nós, os cristãos, bem despertos, Brademos: morreu a morte!
Todos: Bendito seja o Cristo Senhor, que é do Pai imortal explendor!
2. No esplendor desta noite, que viu vencer o Cordeiro, por Cristo salvos, cantemos: a seu sangue justiceiro.      
3 No explendor desta noite, que vciu ressusrgir Jesus, do sepulcro, exultemos: pela vitória da Cruz.
5 Noite mil vezes feliz, ó feliz culpa de Adão, que mereceu tanto amor, que recebeu o perdão.
7 Noite mil vezes feliz, o opressor foi despojado, os pobres enriquecidos, o céu à terra irmanado.
9 Noite mil vezes feliz, noite clara como o dia, na luz de Cristo glorioso exultemos de alegria.

Anim: (Terminado o canto do Exulte) – Podemos apagar as nossas velas.
































LITURGIA DA PALAVRA
Anim. Meus irmãos e minhas irmãs, tendo iniciado solenemente esta vigília, ouçamos no recolhimento desta noite a Palavra de Deus. Vejamos como ele salvou outrora seu povo e nestes últimos tempos enviou seu Filho como Redentor. Peçamos que nosso Deus leve à plenitude a salvação inaugurada na Páscoa.

PRIMEIRA LEITURA (Gn 1,1-2,2 ou Gn 1,1.26-31a - mais breve) Leitura do Livro do Gênesis

SALMO RESPONSORIAL 103 (104)
Enviai o vosso Espírito, Senhor, / e da terra toda a face renovai.
• Bendize, ó minha alma, ao Senhor! / Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande! / De majestade e esplendor vos revestis / e de luz vos envolveis como num manto.
• A terra vós firmastes em suas bases, / ficará firme pelos séculos sem fim; / os mares a cobriam como um manto / e as águas envolviam as montanhas.        
• Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes, / que passam serpeando entre as montanhas; / às suas margens vêm morar os passarinhos, / entre os ramos eles erguem o seu canto.
• De vossa casa as montanhas irrigais, / com vossos frutos saciais a terra inteira; / fazeis crescer os verdes pastos para o gado / e as plantas que são úteis para o homem.

• Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras / e que sabedoria em todas elas! / Encheu-se a terra com as vossas criaturas! / Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Pres.: Oremos: (pausa) Ó Deus, admirável na criação do ser humano, e mais ainda na sua redenção, dai-nos a sabedoria de resistir ao pecado e chegar à eterna alegria. P.C.N.S. T. Amém.

SEGUNDA LEITURA (Leitura do livro do Gênesis 22,1-2.9.10-13.15-18)

Salmo (15)
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!
Guardai-me, ó Deus, porque em vós me refugio!

- Ó Senhor, sois a minha herança e minha taça,
meu destino está seguro em vossas mãos!
Tenho sempre o Senhor ante meus olhos,
pois se o tenho a meu lado não vacilo.

- Eis porque meu coração está em festa, minha alma rejubila de alegria,
e até meu corpo no repouso está tranquilo;
pois não haveis de me deixar entregue à morte,
nem vosso amigo conhecer a corrupção.

- Vós me ensinais vosso caminho para a vida; junto a vós, felicidade sem limites, delícia eterna e alegria ao vosso lado!  


Pres.: Oremos: Ó Deus, Pai de todos os fiéis, vós multiplicais por toda a terra os filhos da vossa promessa, derramando sobre eles a graça da filiação e, pelo mistério pascal, tornais vosso servo Abraão pai de todos os povos, como lhe tínheis prometido. Concedei, portanto, a todos os povos a graça de corresponder ao vosso chamado. Por Cristo, nosso Senhor.

Terceira Leitura: (Ex 14,15–15,1) Leitura do Livro do Êxodo.

CÂNTICO DE MOISÉS (cf. Ex 15)
Cantemos ao Senhor que fez brilhar a sua glória!

1. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória:
 /precipitou no Mar Vermelho o cavalo e o cavaleiro!
/ O Senhor é minha força, é a razão do meu cantar,
/ pois foi ele neste dia para mim libertação!
2. Ele é meu Deus e o louvarei, Deus de meu pai e o honrarei.
 / O Senhor é um Deus guerreiro, o seu nome é Onipotente:
/ os soldados e os carros do Faraó jogou no mar,
/ seus melhores capitães afogou no Mar Vermelho.
3. Afundaram como pedras e as ondas os cobriram.†
/ Ó Senhor, o vosso braço é duma força insuperável!
/ Ó Senhor, o vosso braço esmigalhou os inimigos!
4. Vosso povo levareis e o plantareis em vosso Monte,
 / no lugar que preparastes para a vossa habitação,
/ no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.
/ O Senhor há de reinar eternamente, pelos séculos!  
Pres. Oremos: Ó Deus, à luz do Novo Testamento nos fizestes compreender os prodígios de outrora prefigurando no mar Vermelho a fonte batismal e, naqueles que libertastes da escravidão, o povo que renasce do batismo. Concedei a todos os povos que, participando pela fé do privilégio do povo eleito, renasçam pelo Espírito Santo. Por Cristo, nosso Senhor. P.C.N.S.   T. Amém.

Anim.: Em pé, Com grande alegria, cantemos o hino de louvor.

(Tocar sinos e sinetas no refrão) e acender as velas do altar)
HINO DE LOUVOR (Canto do Glória)

1. Glória a Deus nos altos céus! / Paz na terra a seus amados!
/ A vós louvam, Rei celeste, / os que foram libertados.

Glória a Deus lá nos céus / e paz na terra aos seus!
2. Deus e Pai, nós vos louvamos, / adoramos, bendizemos, /
damos glória ao vosso nome, / vossos dons agradecemos.
3. Senhor nosso, Jesus Cristo, /Unigênito do Pai,
/Vós, de Deus Cordeiro Santo, / nossas culpas perdoai!
4. Vós, que estais junto do Pai, / como nosso intercessor,
/ acolhei nossos pedidos, / atendei nosso clamor!
5. Vós somente sois o Santo, / o Altíssimo, o Senhor,
/ com o Espírito Divino, / de Deus Pai no esplendor.
Pres. Oremos: (pausa) Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial, para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo coração. P.N.S.J.C.  T. Amém.

Anim.: Sentados, ouçamos o que nos fala Paulo em sua carta.

CARTA (Rm 6,3-11) Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos: Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? Pelo batismo na sua morte,
fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova. Pois, se fomos de certo modo identificados a Jesus Cristo por uma morte semelhante à sua, seremos semelhantes a ele também pela ressurreição. Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Cristo, para que seja destruído o corpo de pecado, de maneira a não mais servirmos ao pecado. Com efeito, aquele que morreu está livre do pecado. Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. Assim, vós também considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
Palavra do Senhor. T. Graças a Deus.

SALMO PASCAL 117 (Substitui a aclamação)
Aleluia, aleluia, aleluia! (2x)
1. Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! / Eterna é a sua misericórdia! / A casa de Israel agora o diga: / “eterna é a sua misericórdia!”
2. A mão direita do Senhor fez maravilhas, / a mão direita do Senhor me levantou, / a mão direita do Senhor fez maravilhas! / não morrerei, mas ao contrário, viverei / para cantar as grandes obras do Senhor!
3. A pedra que os pedreiros rejeitaram, / tornou-se agora a pedra angular. / Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: / que maravilhas ele fez nossos olhos!

Ano B: EVANGELHO  (Mc 16,1-7)
Quando passou o sábado, Maria Madalena e Maria, a mãe de Tiago, e Salomé, compraram perfumes para ungir o corpo de Jesus. E bem cedo, no primeiro dia da semana, ao nascer do sol, elas foram ao túmulo. E diziam entre si: “Quem rolará para nós a pedra da entrada do túmulo?” Era uma pedra muito grande. Mas, quando olharam, viram que a pedra já tinha sido retirada. Entraram, então, no túmulo e viram um jovem, sentado ao lado direito, vestido de branco. Mas o jovem lhes disse: “Não vos assusteis! Vós procurais Jesus de Nazaré, que foi crucificado? Ele ressuscitou. Não está aqui. Vede o lugar onde o puseram. Ide, dizei a seus discípulos e a Pedro que Ele irá à vossa frente, na Galileia. Lá vós o vereis, como ele mesmo tinha dito”. Palavra da Salvação. T. Glória a vós, Senhor.

                 Homilia
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BÊNÇÃO DA ÁGUA PARA ASPERSÃO 
(o presidente benze a água para a aspersão do povo com a seguinte oração:)            
Anim.: Agora o Presidente da Celebração abençoa a água.
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, invoquemos o Senhor nosso Deus para que se digne abençoar esta água, que vai ser aspergida sobre nós, recordando o nosso batismo.
(Após um momento de silêncio, prossegue:)

Diác.: Senhor nosso Deus, velai sobre o vosso povo e nesta noite santa, em que celebramos a maravilha da nossa criação e a maravilha ainda maior da nossa redenção, dignai-vos abençoar esta água. Fostes vós que a criastes para fecundar a terra, para lavar nossos corpos e refazer nossas forças. Também a fizestes instrumento da vossa misericórdia: por ela libertastes o vosso povo do cativeiro e aplacastes no deserto a sua sede; por ela os profetas anunciaram a vossa aliança que era vosso desejo concluir com a humanidade; por ela finalmente, consagrada pelo Cristo no Jordão, renovastes, pelo banho do novo nascimento, a nossa natureza pecadora. Que esta água seja para nós uma recordação do nosso batismo e nos faça participar da alegria dos que foram batizados na Páscoa. Em Nome da Trindade Santa abençoamos esta água: em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo. P.C.N.S.
T. Amém.               
RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS DO BATISMO
(Todos, em pé, acendem suas velas, fazem a renovação da fé)

Anim: A cada pergunta respondemos: RENUNCIO. 
Pres.: Meus irmãos e minhas irmãs, pelo mistério pascal fomos, no batismo, sepultados com Cristo para vivermos com Ele uma vida nova. Por isso, renovemos as promessas do nosso batismo, pelas quais já renunciamos a Satanás e suas obras e prometemos servir a Deus na Santa Igreja Católica. Portanto:
Pres. Para viver na liberdade dos filhos de Deus, renunciais ao pecado?           - T. Renuncio.
Pres. Para viver como irmãos e irmãs, renunciais a tudo o que vos possa desunir, para que o pecado não domine sobre vós?  - T. Renuncio.
Pres. Para seguir Jesus Cristo, renunciais a satanás, autor e princípio do pecado? -  T. Renuncio.

Anim: A cada pergunta respondemos:  CREIO.
Pres. Credes em Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra?  T. Creio.
Pres. Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria,

padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e subiu ao céu? T. Creio.
Pres. Credes no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição dos mortos e na vida eterna? T. Creio.
Pres. O Deus todo-poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos fez renascer pela água e pelo Espírito Santo e nos concedeu o perdão de todo pecado, guarde-nos em sua graça para a vida eterna, no Cristo Jesus, nosso Senhor.
T. Amém                        (aspergir o povo)

 Animador: Cantemos.  (Enquanto o povo é aspergido, canta-se.)

PRECES DA COMUNIDADE
Pres.:  Apresentemos ao Pai de amor, com confiança, as nossas preces e súplicas:
L. Senhor, ajudai a vossa Igreja a ser sempre testemunha do túmulo vazio e da vitória do vosso Filho sobre a morte, nós vos pedimos:
Todos: Atendei a nossa prece, Senhor!
L. Senhor, amparai nossa comunidade, renovada pelo Mistério Pascal, para que seja lugar de experiência com o Jesus Ressuscitado, nós vos pedimos:
T. Atendei a nossa prece, Senhor!  
L. Senhor, fortalecei a todos os que acolheram o santo batismo, para que nunca desanimem e vivam com alegria missão de proclamar o vosso Reino, nós vos pedimos: T. Atendei a nossa prece, Senhor!
L. Senhor, não deixeis que o medo nos torne incapazes de reconhecer-vos e de sermos vossas testemunhas na missão de construir o Reino, nós vos pedimos:
T. Atendei a nossa prece, Senhor!

Pres.: Acolhei, Pai de amor, as preces e pedidos de vosso povo, transformai sempre a nossa vida e atendei-nos. P.C.N.S. T. Amém.
(Na Celebração da Palavra, Durante o canto da coleta, colocar o Pão consagrado sobre o altar:)

RITO DE COMUNHÃO para Diáconos ou Ministros da Palavra:

 (LOUVOR)
Pres.: O Senhor esteja com todos vocês.
T. Ele está no meio de nós.
Pres.:  Corações ao alto.
T. O nosso coração está em Deus.
Pres.:  Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
T. É nosso dever e nossa Salvação.
Pres.: COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA
DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PA, DIZENDO:
T: Grande é o Senhor e imenso o seu amor.  - 8 b -
Pres.: Deus de nossos Pais; Abraão, Isaac, Jacó... Vós que ressuscitastes o vosso Filho Jesus, nós vos damos graças pelo testemunho dos Apóstolos em Jesus, nosso Salvador: Pai, que o Espírito Santo fortaleça a nossa consciência para que tenhamos a coragem de vos obedecer mais a vós do que aos homens.               
T: Grande é o Senhor e imenso o seu amor.
Pres.: Pai, nós vos damos graças com as multidões que estão junto de vós na glória eterna: aqui, nós também damos glória e louvor ao Cordeiro, vosso Filho, que se doou por nós até a morte de cruz; a ele, honra, glória e louvor para sempre
T: Grande é o Senhor e imenso o seu amor.
Pres.: Pai, vos louvamos, vos bendizemos e vos pedimos a graça da coragem para que obedeçamos a ordem de lançar as redes, para que acolhamos aos que sofrem, aos injustiçados e aos  que ignoram vosso amor e vossa bondade. Somos a vossa igreja que continua a obra da construção de vosso Reino. 
T: Grande é o Senhor e imenso o seu amor.

Pres.:  Elevemos ao Pai a oração que Jesus nos ensinou:
T. Pai nosso, que estais nos céus...
Pres.:  Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e    ------ 9 a ------
protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.
T. Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

Pres.: (Rezemos juntos a oração da Paz:) Senhor Jesus Cristo, ...
Todos: dissestes aos vossos Apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz. Não olheis os nossos pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dai-lhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade, Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito Santo.
T. Amém.
Pres.:  A paz do Senhor esteja sempre convosco.
T. O amor de Cristo nos uniu.
(Na Cel. Da Palavra: O Diácono faz genuflexão, eleva a hóstia consagrada e diz:)
Diácono: ( Eu sou o Pão que desceu do Céu. Eu vim para que todos tenham vida plenamente. Eu sou a Luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida eterna. Eu sou a Videira e vós os ramos. Quem permanecer unido a mim, dará muitos frutos. Eu sou o Bom Pastor e dou a minha vida pela minhas ovelhas. Vós que estais cansados e sobrecarregados, vinde a mim e Eu vos aliviarei dos vossos fardos.    

Pres.:  Felizes os convidados para banquete do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
T. Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).
(Que o Corpo de Cristo nos guarde para a vida eterna)

Anim. O Cristo, nossa Páscoa, foi imolado; celebremos a festa da retidão e da verdade, aleluia!  A luz brilhou no mundo. Essa luz jamais se apagará e feliz quem se deixa por ela iluminar. É o Cristo Senhor, ressuscitado. Nele, a vida venceu a morte, Aleluia!

CANTO DE COMUNHÃO (este ou outro canto)

O Senhor preparou um banquete; / ó famintos de amor, acorrei. / O Cordeiro já foi imolado. / Vinde, todos, tomai e comei. (bis)
1. Já foi preparada a festa do rei, / a mesa está pronta. Ó vinde, comei. / O novo Cordeiro já foi imolado; / seu corpo, pão vivo, a todos foi dado.
2. A fonte da vida brotou de seu lado, / seu povo escolhido foi nela banhado. / Se alguém tiver sede, que venha beber; / verá a alegria de novo nascer.
3. Senhor, vosso povo, por Cristo Jesus / passou, no Batismo, dastrevas à luz. / E senta-se à mesa do reino dos céus, / comendo o Pão vivo, o Corpo de Deus.
4. Conosco convivem as forças do mal: / orgulho, injustiça e ódio mortal. / Mas cremos na vida que brota da morte; / convosco aprendemos: o amor é mais forte.  
5. Jesus, nossa Páscoa, por nós se entregou; / por ele remidos, nós cremos no amor. / Nós cremos na força do grão que morreu; / porém, ressurgindo, seus frutos nos deu.
6. Sentados à mesa da ressurreição, / Senhor, recebemos o vinho e o pão. / Iremos agora, unidas as mãos, / plantar alegria, viver como irmãos.
7. Queremos convosco, Senhor, proclamar / que o grande segredo consiste em amar / e ser testemunhas da glória imortal / do Cristo imolado, Cordeiro Pascal.

ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pres. Oremos: (pausa) Ó Deus, derramai em nós o vosso Espírito de caridade, para que, saciados pelos sacramentos pascais, permaneçamos unidos no vosso amor. P.C.N.S.
T. Amém.

BÊNÇÃO E DESPEDIDA         (Missal p. 522 n. 6)

Presid.: Que o Deus todo-poderoso vos abençoe nesta
solenidade pascal e vos proteja contra todo pecado.
Todos: Amém.
Presid.: Aquele que nos renova para a vida eterna, pela ressurreição do seu Filho vos enriqueça com o dom da imortalidade. Todos: Amém.
Presid.: E vós que, transcorridos os dias da paixão do
Senhor, celebrais com alegria a festa da Páscoa, possais chegar exultantes à festa das eternas alegrias.
Todos: Amém.

Presid.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e
Espírito Santo. Todos: Amém.
Diácono: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe,  Aleluia, aleluia!!

CANTO Final    (este ou outro)

1. Ressuscitou! Toda a Igreja proclama / e convida o homem novo a cantar. / Povo santo e feliz, Jesus Cristo vos chama: / “Amai-me e havereis de me possuir”.

Quereis cantar louvor a Deus? / E não sabeis com que louvar? / Cantai com a voz, com os lábios, / e louvai com a vida e o coração!

 2. Cantai, irmãos, este cântico novo, / que é expressão de alegria e amor. / A palavra e a voz anunciam de novo/ aquilo que sois, por viverdes bem.     




sábado, 24 de março de 2018

RITUAL DA SEXTA FEIRA SANTA da PAIXÃO DO SENHOR


RITUAL DA SEXTA FEIRA SANTA  da PAIXÃO DO SENHOR 2018
 = Elaboração: Diácono Ismael
Paróquia N.S. Soledade
Delfim Moreira – M.G.

RITUAL
DA SEXTA FEIRA SANTA
DA PAIXÃO DO SENHOR

“Tudo está consumado!”

Celebração da Paixão do Senhor
Sexta-feira da Semana Santa

* Rito Inicial

1.     Saudar os fiéis de forma moderada, criando um clima de silêncio.
2.     Hoje e amanhã, segundo antiqüíssima tradição tradição, a Igreja não celebra os sacramentos.
3.     O altar esteja totalmente despojado: sem cruz, castiçais ou toalha.
4.     Na tarde da sexta-feira, pelas três horas, a não ser que razões pastorais aconselhem horas mais tardias, procede-se à celebração da Paixão do Senhor, que consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística.

Animador: Irmãos e irmãs, aqui viemos para reviver na fé a Paixão do Senhor. Ele que com sua morte nos abriu o caminho para a vida, nos ensinou a derrotar o ódio pelo amor. A Igreja nasce do supremo ato de amor de Jesus na cruz.
Assim como Cristo entregou sua vida livremente em favor da humanidade, são muitos os irmãos e irmãs que a perdem em defesa da solidariedade e da paz. Acompanhar o martírio de Cristo, neste dia, é reconhecer que o seu gesto nos faz mais fortes para assumir as nossas próprias dores.
Olhando o Crucificado rezamos por todas as vitimas da violência urbana e rural, pelos que estão às margens da nossa sociedade sendo vítimas das drogas, do desemprego e da fome, nos quais a paixão de Cristo ainda se prolonga.

Em profundo silêncio, iniciemos esta celebração litúrgica da sexta-feira santa.                             

5.     EM SILÊNCIO O presbítero e o diácono, de paramentos vermelhos, ou O ministro que preside a Celebração, e os ministros aproximam-se do altar, fazem-lhe reverência e prostram-se (presbítero e diácono) ou ajoelham-se.

Animador: (voz suave) Celebramos hoje, irmãos e irmãs, o mistério da cruz do Senhor. Passando pela humilhação de Jesus na cruz, chega-se, através de sua glorificação, à alegria da Páscoa. Silenciando nosso coração, meditemos por uns instantes na grandiosidade do Mistério da Cruz e da nossa Salvação. (pausa)

5b Todos rezam em silêncio por alguns instantes. Depois todos se levantem.
6.     O Presidente da Celebração, com os ministros, dirige-se para a sua cadeira (não atrás do altar). Voltado para o povo e de mãos unidas, diz uma das seguintes orações.

Oração (não se diz Oremos).
Ó Deus, pela paixão de nosso Senhor Jesus Cristo destruístes a morte que o primeiro pecado transmitiu a todos. Concedei que nos tornemos semelhantes ao vosso Filho e, assim como trouxemos pela natureza a imagem do homem terreno, possamos trazer pela graça a imagem do homem novo. P.C.N.S.
R. Amém
      

* Primeira parte: Liturgia da Palavra

Anim: O Cordeiro pascal deu sua vida para nossa redenção. A Palavra do Senhor que agora ouviremos relata-nos o mistério do amor de Deus por nós e sua misericórdia.

No servo fiel, da Primeira Leitura, O povo rejeita o servo sofredor como se ele fosse um perseguido por Deus, mas suas dores e sua morte são a nossa salvação.   

Na Segunda Leitura, São Paulo nos ensina, que o nosso Sumo Sacerdote Jesus foi provado em todas as coisas, menos no pecado.

João, em seu Evangelho, nos relata os últimos momentos de Jesus na terra. Ele vence a morte e resgata a humanidade para a vida plena!. Sentados, Ouçamos!

Primeira leitura    Isaías 52, 13 – 53, 12

7.         Estando todos sentados faz-se a primeira leitura, o salmo e a segunda leitura.
8.         Em seguida, faz-se a leitura da Paixão do Senhor, e se for oportuno, faz-se breve homilia. Na proclamação do Evangelho não dizer: O Senhor esteja convosco, sem beijar e fazer cruzes sobre o livro.
9.         As leituras sejam ouvidas em silêncio e sem bater palmas. 
10.      Terminado a homilia, fazer um momento de silêncio.

Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. Assim como muitos ficaram pasmados ao vê-lo – tão desfigurado ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano – do mesmo modo ele espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado reconhecer a força do Senhor? Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca. Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. Era desprezado como o último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão desprezível era, não fazíamos caso dele. A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz; e suas feridas, o preço da nossa cura. Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo o seu caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós. Foi maltratado e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo, foi golpeado até morrer. Deram-lhe sepultura entre ímpios, um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal, nem se encontrou falsidade em suas palavras. O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura e fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o Justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com ele multidões e ele repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.  -  Palavra do Senhor.
T. Graças a Deus

Salmo responsorial    Sl 30


R.: Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito.
• Senhor, eu ponho em vós minha esperança; / que eu não fique envergonhado eternamente! / Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito, / porque vós me salvareis, ó Deus fiel!
• Tornei-me o opróbrio do inimigo, / o desprezo e zombaria dos vizinhos,/ e objeto de pavor para os amigos;/fogem de mim os que me veem pela rua./Os corações me esqueceram como um morto,/ e tornei-me como um vaso espedaçado.
• Avós, porém, ó meu Senhor, eu me confio / e afirmo que só vós sois o meu Deus! / Eu entrego em vossas mãos o meu destino; / libertai-me do inimigo e do opressor!
• Mostrai serena a vossa face ao vosso servo / e salvai-me pela vossa compaixão! / Fortalecei os corações; tende coragem, / todos vós que ao Senhor vos confiais! 


Segunda leitura.       Hebreus 4, 14 – 16; 5, 7 – 9.

Leitura da Carta de São Paulo aos Hebreus

Irmãos: Temos um sumo sacerdote eminente, que entrou no céu, Jesus, o Filho de Deus. Por isso, permaneçamos firmes na fé que professamos. Com efeito, temos um sumo sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos então, com toda a confiança, do trono da graça, para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno. Cristo, nos dias de sua vida terrestre, dirigiu preces e súplicas, com forte clamor e lágrimas, àquele que era capaz de salvá-lo da morte. E foi atendido, por causa de sua entrega a Deus. Mesmo sendo Filho, aprendeu o que significa a
obediência a Deus, por aquilo que ele sofreu. Mas, na consumação de sua vida, tornou-se causa de salvação eterna para todos os que lhe obedecem.
Palavra do Senhor
T. Graças a Deus.

Aclamação ao Evangelho
Salve, ó Cristo obediente! / Salve, amor onipotente, /
que te entregou à cruz / e te recebeu na luz!    
1.      O Cristo obedeceu até a morte, / humilhou-se e obedeceu o bom Jesus, / humilhou-se e obedeceu, sereno e forte, / humilhou-se e obedeceu até a cruz

Ou

Louvor e honra a vós, Senhor Jesus.
Jesus Cristo se tornou obediente, obediente até a morte numa cruz, pelo que o Senhor Deus o exaltou e deu-lhe um nome muito acima de outro nome.


Evangelho     João 18, 1 – 19, 42.

(Narração dialogal opcional )
PR =Presidente; N =Narrador; L1 e L2 = Um só Leitor e T=Todos.


EVANGELHO (Jo 18, 1–19,42)
N. = Narrador; T. = Todos; L 1. = Leitor 1; L 2. = Leitor 2;
J. = Jesus; P. = Pilatos.
S. Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo João.
N. Naquele tempo, Jesus saiu com os discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia aí um jardim, onde ele entrou com os discípulos. Também Judas, o traidor, conhecia o lugar, porque Jesus costumava reunir-se aí com os seus discípulos. Judas levou consigo um destacamento de soldados e alguns guardas dos sumos sacerdotes e fariseus e chegou ali com lanternas, tochas e armas. Então Jesus, consciente de tudo o que ia acontecer, saiu ao encontro deles e disse:
J. “A QUEM PROCURAIS?”
N. Responderam:
T. “A Jesus, o Nazareno”.
N. Ele disse:
J. “SOU EU”.
N. Judas, o traidor, estava junto com eles. Quando Jesus disse: “Sou eu”, eles recuaram e caíram por terra. De novo lhes perguntou:
J. “A QUEM PROCURAIS?”
N. Eles responderam:
T. “A Jesus, o Nazareno”.
N. Jesus respondeu:
J. “JÁ VOS DISSE QUE SOU EU. SE É A MIM QUE PROCURAIS, ENTÃO DEIXAI QUE ESTES SE RETIREM”.
N. Assim se realizava a palavra que Jesus tinha dito: ‘Não perdi nenhum daqueles que me confiaste’. Simão Pedro, que trazia uma espada consigo, puxou dela e feriu o servo do Sumo Sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco. Então Jesus disse a Pedro:
J. “GUARDA A TUA ESPADA NA BAINHA. NÃO VOU BEBER O CÁLICE QUE O PAI ME DEU?”
N. Então, os soldados, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e o amarraram. Conduziram-no primeiro a Anás, que era o sogro de Caifás, o Sumo Sacerdote naquele ano. Foi Caifás que deu aos judeus o conselho: “É preferível que um só morra pelo povo”. Simão Pedro e um outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo
Sacerdote. Pedro ficou fora, perto da porta. Então o outro discípulo, que era conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, conversou com a encarregada da porta e levou Pedro para dentro. A criada que guardava a porta disse a Pedro:
L 1. “Não pertences também tu aos discípulos desse homem?”
 N. Ele respondeu:
 L 2. “Não!”
N. Os empregados e os guardas
fizeram uma fogueira e estavam se aquecendo, pois fazia frio. Pedro ficou com eles, aquecendo-se. Entretanto, o Sumo Sacerdote interrogou Jesus a respeito de seus discípulos e de seu ensinamento. Jesus lhe respondeu:
J. “EU FALEI ÀS CLARAS AO MUNDO. ENSINEI SEMPRE NA SINAGOGA E NO TEMPLO, ONDE TODOS OS JUDEUS SE REÚNEM. NADA FALEI ÀS ESCONDIDAS. POR QUE ME INTERROGAS? PERGUNTA AOS QUE OUVIRAM O QUE EU FALEI; ELES SABEM O QUE EU DISSE”.
N. Quando Jesus falou isso, um dos guardas que ali estava deu-lhe uma bofetada, dizendo:
L 1. “É assim que respondes ao Sumo Sacerdote?” N. Respondeu-lhe Jesus:
J. “SE RESPONDI MAL, MOSTRA EM QUÊ; MAS, SE FALEI BEM, POR QUE ME BATES?”
N. Então, Anás enviou Jesus amarrado para Caifás, o Sumo Sacerdote. Simão Pedro continuava lá, em pé, aquecendo-se.
Disseram-lhe:
L 1. “Não és tu, também, um dos discípulos dele?”
N. Pedro negou:
L 2. “Não!”
N. Então um dos empregados do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha cortado a orelha, disse:
L 1. “Será que não te vi no jardim com ele?”
N. Novamente Pedro negou. E na mesma hora o galo cantou.

N. De Caifás, levaram Jesus ao palácio do governador.
Era de manhã cedo. Eles mesmos não entraram no palácio, para não ficarem impuros e poderem comer a Páscoa. Então Pilatos saiu ao encontro deles e disse:
P. “Que acusação apresentais contra este homem?”
N. Eles responderam:
T. “Se ele não fosse malfeitor, não o teríamos entregue a ti!”. N. Pilatos disse:  
P. “Tomai-o vós mesmos e julgai-o de acordo com a vossa lei”.
N. Os judeus lhe responderam:
T. “Nós não podemos condenar ninguém à morte”.
N. Assim se realizava o que Jesus tinha dito, significando de que morte havia de morrer. Então Pilatos entrou de novo no palácio, chamou Jesus e perguntou-lhe:
P. “Tu és o rei dos judeus?”
N. Jesus respondeu:
J. “ESTÁS DIZENDO ISSO POR TI MESMO, OU OUTROS TE DISSERAM ISSO DE MIM?”
N. Pilatos falou:
P. “Por acaso, sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?”
N. Jesus respondeu:
J. “O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO. SE O MEU REINO FOSSE DESTE MUNDO, OS MEUS GUARDAS TERIAM LUTADO PARA QUE EU NÃO FOSSE ENTREGUE AOS JUDEUS. MAS O MEU REINO NÃO É DAQUI”.
N. Pilatos disse a Jesus:
P. “Então, tu és rei?”
N. Jesus respondeu:
J. “TU O DIZES: EU SOU REI. EU NASCI E VIM AO MUNDO PARA ISTO: PARA DAR TESTEMUNHO DA VERDADE. TODO AQUELE QUE É DA VERDADE ESCUTA A MINHA VOZ”.
N. Pilatos disse a Jesus:
P. “O que é a verdade?”
N. Ao dizer isso, Pilatos saiu ao encontro dos judeus e disse-lhes:
P. “Eu não encontro nenhuma culpa nele. Mas existe entre vós um costume, que pela Páscoa eu vos solte um preso. Quereis que vos solte o rei dos judeus?”
N. Então, começaram a gritar de novo:
T. “Este não, mas Barrabás!”
N. Barrabás era um bandido. Então Pilatos mandou flagelar Jesus. Os soldados teceram uma coroa de espinhos e a colocaram na cabeça de Jesus. Vestiram-no com um manto vermelho, aproximavam-se dele e diziam:
T. “Viva o rei dos judeus!”
N. E davam-lhe bofetadas. Pilatos saiu de novo e disse aos judeus:
P. “Olhai, eu o trago aqui fora, diante de vós, para que saibais que não encontro nele crime algum”.
N. Então Jesus veio para fora, trazendo a coroa de espinhos e o manto vermelho. Pilatos disse-lhes:
P. “Eis o homem!”
N. Quando viram Jesus, os sumos sacerdotes e os guardas começaram a gritar: T. “Crucifica-o! Crucifica-o!”
N. Pilatos respondeu: P. “Levai-o vós mesmos para o crucificar, pois eu não encontro nele crime algum”.
N. Os judeus responderam:
T. “Nós temos uma Lei e, segundo esta Lei, ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus”.
N. Ao ouvir essas palavras, Pilatos ficou com mais medo ainda. Entrou outra vez no palácio e perguntou a Jesus: P. “De onde és tu?”
N. Jesus ficou calado. Então Pilatos disse:
P. “Não me respondes? Não sabes que tenho autoridade para te soltar e autoridade para te crucificar?”
N. Jesus respondeu: J. “TU NÃO TERIAS AUTORIDADE ALGUMA SOBRE MIM, SE ELA NÃO TE FOSSE DADA DO ALTO. QUEM ME ENTREGOU A TI, PORTANTO, TEM CULPA MAIOR”. N. Por causa disso, Pilatos procurava soltar Jesus. Mas os judeus gritavam:
T. “Se soltas este homem, não és amigo de César.
Todo aquele que se faz rei, declara-se contra César”.
N. Ouvindo essas palavras, Pilatos levou Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado “Pavimento”, em hebraico “Gábata”. Era o dia da preparação da Páscoa, por volta do meio dia. Pilatos disse aos judeus:
P. “Eis o vosso rei!”
N. Eles, porém, gritavam:
T. “Fora! Fora! Crucifica-o!”
N. Pilatos disse: P. “Hei de crucificar o vosso rei?”
N. Os sumos sacerdotes responderam:
T. Não temos outro rei senão César”.
N. Então Pilatos entregou Jesus para ser crucificado, e eles o levaram.
Jesus tomou a cruz sobre si e saiu para o lugar chamado “Calvário”, em hebraico “Gólgota”. Ali o crucificaram, com outros dois: um de cada lado, e Jesus no meio. Pilatos mandou ainda escrever um letreiro e colocá-lo na cruz; nele estava escrito: “JESUS NAZARENO, O REI DOS JUDEUS”. Muitos judeus puderam ver o letreiro, porque o lugar em que Jesus foi crucificado ficava perto da cidade. O letreiro estava escrito em hebraico, latim e grego. Então os sumos sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos:
T. “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas sim o que ele disse: ‘Eu sou o Rei dos Judeus’”.
N. Pilatos respondeu:
P. “O que escrevi, está escrito”.
N. Depois que crucificaram Jesus, os soldados repartiram a sua roupa em quatro partes, uma parte para cada soldado. Quanto à túnica, esta era tecida sem costura, em peça única de alto a baixo. Disseram então entre si:
T. “Não vamos dividir a túnica. Tiremos a sorte para ver de quem será”.
N. Assim se cumpria a Escritura que diz: “Repartiram entre si as minhas vestes e lançaram sorte sobre a minha túnica”. Assim procederam os soldados. Perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe:
J. “MULHER, ESTE É O TEU FILHO”.
N. Depois disse ao discípulo:
J. “ESTA É A TUA MÃE”.
N. Dessa hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse:
J. “TENHO SEDE”.
N. Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse:
J. “TUDO ESTÁ CONSUMADO”.
N. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.

(Todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
N. Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas de um e, depois, do outro que foram crucificados com Jesus. Ao se aproximarem de Jesus e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água. Aquele que viu dá testemunho e seu testemunho é verdadeiro; e ele sabe que fala a verdade, para que vós também acrediteis. Isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: “Não quebrarão nenhum dos seus ossos”. E outra Escritura ainda diz: “Olharão para aquele que transpassaram”. Depois disso, José de Arimatéia, que era discípulo de Jesus – mas às escondidas, por medo dos judeus – pediu a Pilatos para tirar o corpo de Jesus. Pilatos consentiu. Então José veio tirar o corpo de Jesus. Chegou também Nicodemos, o mesmo que antes tinha ido de noite encontrar-se com Jesus. Levou uns trinta quilos de perfume feito de mirra e aloés. Então tomaram o corpo de Jesus e envolveram-no, com os aromas, em faixas de linho, como os judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus foi crucificado, havia um jardim e, no jardim, um túmulo novo, onde ainda ninguém tinha sido sepultado. Por causa da preparação da Páscoa, e como o túmulo estava perto, foi ali que colocaram Jesus.
Palavra da Salvação.
T. Glória a vós, Senhor.

Homilia
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* Oração Universal         (Missal p. 255)
  
11.    A liturgia da Palavra é encerrada com a oração universal, do seguinte modo: o diácono, de pé junto ao ambão, propõe a intenção especial; todos oram um momento em silêncio, em seguida o presidente, de pé junto à cadeira ou se for oportuno, do altar, de braços abertos, diz a oração. Durante todo o tempo das orações, os fiéis podem permanecer de joelhos ou de pé.


Anim: A oração universal é o grande momento de solidariedade com todo o povo de Deus, nascido do gesto de amor do Cristo na cruz.
Certos de que Jesus Cristo veio realizar a salvação para todos e atentos às diferentes necessidades do mundo e da Igreja, elevemos a Deus nossa oração:

I. Pela santa Igreja.
Diácono ou animador: Oremos irmãos e irmãs caríssimos,
pela santa Igreja de Deus: que o Senhor nosso Deus lhe dê a paz e a unidade, que ele a proteja por toda a terra e nos conceda uma vida calma e tranquila, para sua própria glória.  [ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

[ Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:]

Pres: Deus eterno e todo-poderoso, que em Cristo revelastes a vossa glória a todos os povos, velai sobre a obra do vosso amor. Que a vossa Igreja, espalhada por todo o mundo, permaneça inabalável na fé e proclame sempre o vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém

II. Pelo Papa.
Diácono ou animador: Oremos pelo nosso santo Padre, o Papa Francisco. O Senhor nosso Deus, que o escolheu para o Episcopado, o conserve são e salvo à frente da sua Igreja, governando o povo de Deus.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes todas as coisas com sabedoria, dignai-vos escutar nossos pedidos: protegei com amor o Pontífice que escolhestes, para que o povo cristão que governais por meio dele possa crescer em sua fé. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém

Canto(opcional): Eu vim para que todos tenham vida!
    Que todos tenham vida plenamente!

III. Por todas as obras e categorias de fiéis.
Diácono: Oremos pelo nosso bispo N. (Dom ...Magella), por todos os bispos,  presbíteros e diáconos da Igreja e por todo o povo fiel.                        
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, que santificais e governais pelo vosso Espírito todo o corpo da Igreja, escutai as súplicas que vos dirigimos por todos os ministros do vosso povo. Fazei que cada um, pelo dom da vossa graça, vos sirva com fidelidade. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém
 
IV. Pelos catecúmenos.
Diácono: Oremos pelos (nossos) catecúmenos: que o Senhor nosso Deus abra os seus corações e as portas da misericórdia, para que, tendo recebido nas águas do batismo o perdão de todos os seus pecados, sejam incorporados no Cristo Jesus. 
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, que por novos nascimentos tornais fecunda a vossa Igreja, aumentai a fé e o entendimento dos (nossos) catecúmenos, para que, renascidos pelo batismo, sejam contados entre os vossos filhos adotivos. Por Cristo nosso Senhor.
R. Amém

V. Pela unidade dos cristãos
Diácono: Oremos por todos os nossos irmãos e irmãs que crêem no Cristo, para que o Senhor nosso Deus se digne reunir
e conservar na unidade da sua Igreja todos os que vivem segundo a verdade.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, que reunis o que está disperso e conservais o que está unido, velai sobre o rebanho do vosso Filho. Que a integridade da fé e os laços da caridade unam os que foram consagrados por um só batismo. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém

Canto(opcional): Eu vim para que todos tenham vida!
    Que todos tenham vida plenamente!

VI. Pelos judeus.
Diácono: Oremos pelos judeus, aos quais o Senhor Nosso Deus falou em primeiro lugar, a fim de que cresçam na fidelidade de sua aliança e no amor do seu nome.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, que fizestes vossas promessas a Abraão e seus descendentes, escutai as preces da vossa Igreja. Que o povo da primitiva aliança mereça alcançar a plenitude da vossa redenção. Por Cristo nosso Senhor.   R. Amém                       

VII. Pelos que não crêem no Cristo.
Diácono: Oremos pelos que não crêem no Cristo, para que, iluminados pelo Espírito Santo, possam também ingressar no caminho da salvação.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, dai aos que não crêem no Cristo e caminham sob o vosso olhar com sinceridade de coração, chegar ao conhecimento da verdade. E fazei que sejamos no mundo testemunhas mais fiéis da vossa caridade, amando-nos melhor uns aos outros e participando com maior solicitude do mistério da vossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.

R. Amém

Canto(opcional): Eu vim para que todos tenham vida!
    Que todos tenham vida plenamente!

VIII. Pelos que não crêem em Deus.
Diácono: Oremos pelos que não reconhecem a Deus, para que, buscando lealmente o que é reto, possam chegar ao Deus verdadeiro. 
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, vós criastes todos os seres humanos e pusestes em seu coração  o desejo de procurar-vos para que, tendo-vos encontrado, só em vós achassem repouso.  Concedei que, entre as dificuldades deste mundo, discernindo os sinais da vossa bondade e vendo o testemunho das boas obras daqueles que crêem em vós, tenham a alegria de proclamar que sois o único Deus verdadeiro e Pai de todos os seres humanos.
Por Cristo, nosso Senhor.  R. Amém

Canto(opcional): Eu vim para que todos tenham vida!
    Que todos tenham vida plenamente!


IX.  Pelos poderes públicos.
Diácono: Oremos por todos os governantes: que o nosso Deus e Senhor, segundo sua vontade, lhes dirija o espírito e o coração para que todos possam gozar de verdadeira paz e liberdade.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Ó Deus eterno e todo-poderoso, que tendes na mão o coração dos seres humanos e o direito dos povos, olhai com bondade aqueles que nos governam. Que por vossa graça se consolidem por toda a terra a segurança e a paz, a prosperidade das nações e a liberdade religiosa. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém

X.  Por todos os que sofrem provações.
Diácono: Oremos, irmãos e irmãs, a Deus Pai todo-poderoso, para que livre o mundo de todo erro, expulse as doenças e afugente a fome, abra as prisões aos injustiçados e liberte os cativos, vele pela segurança dos transeuntes, repatrie os exilados, dê saúde aos doentes e a salvação aos que agonizam.
[ ajoelhemo-nos ... levantemo-nos ]

Reza-se em silêncio. Depois o Presidente diz:

Pres.: Deus eterno e todo-poderoso, sois a consolação dos aflitos  e a força dos que labutam. Cheguem até vós as preces dos que clamam em sua aflição, sejam quais forem os seus sofrimentos, para que se alegrem em suas provações com o socorro da vossa misericórdia. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém

Canto(opcional): Eu vim para que todos tenham vida!
    Que todos tenham vida plenamente!

1. reconstrói a tua vida em comunhão com teu senhor;
Reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão:
Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.

2. "eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males" (mc 7,37);
Hoje és minha presença junto a todo sofredor:
Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.

3. "entreguei a minha vida pela salvação de todos" (jo 10,18);
Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes:
Onde morre o teu irmão, eu estou morrendo nele.

4. "vim buscar e vim salvar o que estava já perdido" (lc 19,10);
Busca, salva e reconduze a quem perdeu toda a esperança:
Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele.

5. "este pão, meu corpo e vida para a salvação do mundo" (jo 6,51);
É presença e alimento nesta santa comunhão:
Onde está o teu irmão, eu estou, também, com ele.

6. "salvará a sua vida quem a perde, quem a doa" (jo 12,25);
"eu não deixo perecer nenhum daqueles que são meus" (jo 18,9);
Onde salvas teu irmão, tu me estás salvando nele.

7. "da ovelha desgarrada eu me fiz o bom pastor" (jo 10,11);
Reconduze, acolhe e guia a que de mim se extraviou:
Onde acolhes teu irmão, tu me acolhes, também, nele

* Segunda parte: Adoração da Cruz

13. Terminada a Oração Universal, faz-se a solene adoração da Cruz.

Anim.: A cruz é o símbolo de Cristo e da vida nova que ele nos dá pela sua morte e ressurreição. Reverenciando a Cruz, nós adoramos o Cristo, nosso Deus e Salvador.
Venerando a cruz do Senhor, contemplemos e adoremos o mistério da Páscoa. Morrendo na cruz, o Cristo passa deste mundo ao Pai. Do seu lado brota, para nós, a vida divina e podemos também passar da morte do pecado à vida em Deus.


Apresentação da Cruz

14. O diácono, com os ministros dirige-se à porta da igreja, onde toma nas mãos a cruz coberta com o véu. Acompanhado pelos ministros com velas acesas, vai em procissão pela nave até o presbitério.

Junto à porta principal, descobre a parte superior e a eleva um pouco, começando a antífona Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo,  a que todos respondem: Vinde, adoremos! A assembléia ajoelha-se para adorar a cruz em silêncio.

No meio da igreja, descobre o braço direito da cruz, elevando-a um pouco repete a antífona Eis o lenho da cruz,  a que todos respondem: Vinde, adoremos!

Enfim, à entrada do presbitério, voltado para o povo, descobre toda a cruz e, levantando-a, começa pela terceira vez a antífona Eis o lenho da cruz, a que todos respondem: Vinde, adoremos! ajoelhando-se e adorando um momento em silêncio.

15. Em seguida, coloca-se a cruz com os castiçais à entrada do presbitério (sobre uma mesa coberta com toalha branca, dois ministros seguram a cruz inclinada para que todos possam contemplá-la e beijá-la (se for possível).

Antífona: + Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. O povo responde:  Vinde, adoremos! 
Todos se ajoelham em silenciosa adoração.

16. Para a adoração da cruz aproximam-se, como em procissão, o presidente da Celebração, o clero e os fiéis. Se, por causa da grande quantidade de fiéis, não for possível aproximarem-se individualmente, o presidente da Celebração toma a cruz e, de pé diante do altar, convida o povo em breves palavras a adorá-la em silêncio, mantendo-a erguida por alguns momentos. Recomenda-se aos que estão no presbitério, que façam o gesto individualmente. A adoração será feita exprimindo reverência pela genuflexão simples ou outro sinal apropriado, por exemplo, beijando a cruz.

17. Durante a adoração da Cruz, se for oportuno, cante-se cânticos de lamentação.  Sentando-se todos aqueles que já fizeram a adoração.
18. Deve-se apresentar à adoração uma só e mesma cruz.
19. Terminada a adoração, a cruz é levada para o altar, em seu lugar habitual. Os castiçais acesos são colocados perto do altar ou da cruz.

CANTO DE ADORAÇÃO DA CRUZ

Fiel madeiro da Santa Cruz, / ó árvore sem rival. / Que selva outro lenho produz, / que traga em si fruto igual? / Quão doce peso conduz, / ó lenho celestial! / Fiel madeiro da Santa Cruz, / ó árvore sem rival!

1. Cantem meus lábios a luta, / que sobre a cruz se travou;
/ cantem o nobre triunfo / que no madeiro alcançou /
o Redentor do universo, / quando por nós se imolou.
2. O Criador teve pena / do primitivo casal, / que foi
ferido de morte, / comendo o fruto fatal, / e marcou
logo outra árvore, para curar-nos do mal.
3. Tal ordem foi exigida / na obra da salvação: / cai o
inimigo no laço / de sua própria invenção. / Do próprio
lenho da morte, / Deus fez nascer redenção.
4. Na plenitude dos tempos, / a hora santa chegou. / E,
pelo Pai enviado, / nasceu do mundo o autor; / e duma
virgem no seio / a nossa carne tomou.
5. Seis lustros tendo passado, / cumpriu a sua missão. /
Só para ela nascido, / livre se entrega à Paixão. / Na
cruz se eleva o Cordeiro, / como perfeita oblação.
6. Glória e poder à Trindade, / ao Pai e ao Filho, louvor.
/ Honra ao Espírito Santo, / eterna glória ao Senhor, /
que nos salvou pela graça / e nos remiu pelo amor.


CANTO 2
/:Vitória, tu reinarás! / Ó cruz, tu nos salvarás!:/

1. Brilhando sobre o mundo que vive sem tua luz, / tu és
um sol fecundo de amor e de paz, ó cruz.
2. Aumenta a confiança do pobre e do pecador, /
confirma nossa esperança na marcha para o Senhor.
3. À sombra dos teus braços a Igreja viverá. / Por ti, no
eterno abraço, o Pai nos acolherá.

CANTO 3
1. Bendita e louvada seja / no céu a divina luz; //:e nós
também cá na terra / louvemos a santa cruz.://
­­­­
2. Os céus cantam a vitória / de nosso Senhor Jesus;
//:cantemos também na terra / louvores à santa cruz.://
3. Sustenta gloriosamente / nos braços o bom Jesus;
//:sinal de esperança e vida, / o lenho da santa cruz.://
4. Humildes e confiantes / levemos a nossa cruz,
//:seguindo o sublime exemplo / de nosso Senhor
Jesus.://
5. Cordeiro imaculado, / por todos morreu Jesus;
//:remindo as nossas almas, / é Rei pela sua cruz.://
6. É arma em qualquer perigo, / é raio de eterna luz;
//:bandeira vitoriosa, / o santo sinal da cruz.://
7. Ao povo aqui reunido, / dai graça, perdão e luz;
//:salvai-nos, ó Deus clemente, / em nome da santa
cruz.:/
 
Terceira parte: Comunhão
20. Neste dia, a sagrada comunhão só pode ser distribuída aos fiéis durante a celebração da Paixão do Senhor, mas poderá ser levada a qualquer hora aos doentes que não possam participar da celebração.

21. Sobre o altar estende-se a toalha e colocam-se o corporal e o livro. Pelo caminho mais curto, o diácono ou, na falta dele o sacerdote ou o ministro que preside traz o Santíssimo Sacramento do local da reposição, pelo trajeto mais curto e coloca-se sobre o altar, estando todos de pé e em silêncio. Dois ministros com velas acesas acompanham o Santíssimo Sacramento e colocam os castiçais perto do altar ou sobre ele.

Enquanto o altar é preparado, recolhe-se dos fiéis as ofertas para os lugares santos.
22. Tendo o diácono colocado o Santíssimo sobre o altar e descoberto a âmbula, o Presudebte aproxima-se e, feita a genuflexão, sobe ao altar.

Com voz clara, diz de mãos unidas:
Pr.:  Rezemos, com amor e confiança, a oração que o Senhor nos ensinou:

O Presidente abre os braços, e prossegue com o povo:
Pres.: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal.

O Presidente prossegue sozinho, de braços abertos:
Pres.: Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a esperança, aguardamos a vinda do Cristo Salvador.

O povo conclui a oração, aclamando:

R: Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre!

O Presidente, de mãos unidas reza:
Pres.: Senhor Jesus Cristo: o vosso Corpo e o vosso Sangue, que vou receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas por vossa bondade, sejam sustento e remédio para minha vida.
               
O Presidente, faz genuflexão, toma a hóstia e, elevando-a, diz em voz alta, voltado para o povo:

Se for um Diácono ou Ministro:  Eu sou o Pão que desceu do Céu. Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida (Videira, Luz, Bom Pastor)
Vós que estais cansados e sobrecarregados vinde a mim e Eu vos aliviarei dos vossos fardos.

Pres: Felizes os convidados para a ceia do Senhor!
Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.

                E acrescenta, com o povo, uma só vez:
R: Senhor, eu não sou digno(a) de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo(a).

Comunhão
22. O presidente comunga e dá a comunhão aos fiéis. Durante a comunhão pode-se entoar um canto apropriado.

23. Terminada a comunhão, a âmbula é transportada por um ministro para o tabernáculo.
Anim:  É Cristo que vem ao nosso encontro, é Deus nos alimentando. Que ao recebermos o Corpo de Jesus, seja ele sustento e remédio para nossa vida.

Canto
//:Prova de amor maior não há / que doar a vida pelo irmão.://
1. Eis que eu vos dou o meu novo mandamento: / “Amaivos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”
2. Vós sereis os meus amigos, se seguirdes meu preceito: /
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”
3. Como o Pai sempre me ama, assim também eu vos amei: / “Amai-
vos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”
4. Permanecei em meu amor e segui meu mandamento: /
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”
5. E chegando a minha Páscoa, vos amei até o fim: /
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”
6. Nisto todos saberão que vós sois os meus discípulos: /
“Amai-vos uns aos outros, como eu vos tenho amado!”

Ou: Sl 21(22)
Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem, / torcem os lábios e sacodem a cabeça: / “Ao Senhor se confiou, ele o liberte / e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”
2. Cães numerosos me rodeiam furiosos, / e por um bando de malvados fui cercado. /Transpassaram minhas mãos e os meus pés / e eu posso contar todos os meus ossos.
3. Eles repartem entre si as minhas vestes/ e sorteiam entre si a minha túnica. /Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe; / ó minha força, vinde logo em meu socorro!
4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos/ e no meio da assembleia hei de louvar-vos!/Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores; glorificai-o, descendentes de Jacó, / e respeitai-o, toda a raça de Israel! Ou: Sl 21(22)

Depois da comunhão

Pres: Oremos: Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição do vosso Cristo, conservai em nós a obra de vossa misericórdia, para que, pela participação deste mistério, vos consagremos sempre a nossa vida. Por Cristo, nosso Senhor.
T: Amém.

23. À despedida, o presidente estende as mãos sobre o povo e diz:

Oração sobre o povo

Pres: Que a vossa bênção, ó Deus, desça copiosa sobre o vosso povo, que acaba de celebrar a morte do vosso Filho, na esperança da sua ressurreição. Venha o vosso consolo; cresça a fé verdadeira e a redenção se confirme.
Por Cristo, nosso Senhor.
R: Amém

24. Todos se retiram em silêncio.
O altar é oportunamente desnudado.

25. Conforme o costume local faz-se a procissão com os símbolos da Paixão de Cristo após a celebração.

26. No sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua Paixão e Morte, e abstendo-se do sacrifício da Missa até que, após a solene Vigília em que espera a Ressurreição, se entregue às alegrias da Páscoa, que transbordarão por cinqüenta dias. Neste dia, a Sagrada Comunhão só pode ser dada como viático.
= ( Fonte utilizada pelo Diácono Ismael:
Trabalho Litúrgico do Pe. Márcio Henrique e o folheto Diocesano ) =

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PREPARAÇÃO DA SEXTA FEIRA SANTA 2016
(A Vigília deve ser feita só até as 12h00)
Na Manhã da Sexta Feira Santa:
* Escala p/  Acompanhamento de Jesus em sua agonia (Vigília)
Horário:
........................ GRUPO DE SENHORAS
........................CATEQUISTAS E CATEQUIZANDOS
........................MINISTROS
........................ PASTORAL DO DÍZIMO E GRUPO de ORAÇÃO ...
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Preparativos Tríduo Pascal - 6ª Feira Paixão do Senhor
1-Na Sala de Ministros Paramentos (vermelho) (Ministra.................)
* Cruz para adoração (na credência da entrada) (Ministros .............., ......)
2-Ambão-Lecionário e Oração dos fiéis (Oração Universal) (Ministros.........................,  ...................................)
3-Credência: Missal, Jarrinha de água e bacia, Manustérgio, Corporal, Sanguíneo, Cálice, véu de ombros e duas velas (Ministro.................., ....)
A Celebração da Paixão -15h na igreja Paroquial
Presidente da Celebração: ..........................
Animadora: .............................
Ministério de Música: ...........................
1ª leitura: ................( Pastoral do dízimo?)
2ª leitura: ..................................      
Salmo: Equipe de música         ______________ 15 B _____________

EVANGELHO: ANÚNCIO DA PAIXÃO DE CRISTO
Narrador: .....................Leitor 1: .........................  Leitor 2: ...........
Coleta: colocar cestinhos ao lado da Cruz (Ministras: ....................,  ...........................)
-Oração Universal: animadora ............, Diácono ...... e  Presidente...........
- Adoração da Cruz – O presidente ladeado de dois Ministros (Ministros do altar...................., .........................)
-Local preparado para a adoração da Cruz (mesinha com toalha) (Ministra.......................,  ........................)
-Sagrada Comunhão – colocar toalha no altar e corporal (Ministros do altar...................,  .................,)
Para a Procissão do Senhor morto
Preparar o andor Do Senhor: (................., .........................., ...........................)
Preparar o andor de N.S. das Dores: ...................., ............................

Equipe de músicos, e carro de som: (Responsáveis, ..................,  ...................,  )


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Homilia do Pe. Pedrinho

Nós iniciamos o nosso Tríduo Pascal ontem, procurando entender o sentido do serviço, através do gesto do lava-pés e procurando contemplar o sentido da Eucaristia no encontro de Jesus ao redor da mesa. Este serviço e este alimento novo, ele é o resultado, ele é apresentado na cruz. Rapidamente lembrando, as primeiras palavras do Papa Francisco, ele dizia, que ninguém consegue caminhar por muito tempo e caminhar uma longa distância sem Jesus; acaba perdido. De fato, não é suficiente caminhar, mas é preciso se edificar. Cada dia procurar melhorar minha maneira de ser, meu modo de pensar a minha visão e compreensão das coisas. Ele dizia também: não é suficiente caminhar e se edificar. É preciso construir. Ajudar o irmão a edificar e a construir-se. Aí, ele dizia mais: é preciso confessar, ou seja, proclamar que Jesus é a pedra angular, é a base, é o que pode dar sentido a vida. Ele dizia: sem a cruz e o sangue de Jesus Cristo, mesmo papa, bispo, presbítero, diácono, não seríamos discípulos do Senhor. Então, veja que, ser discípulo do Senhor é compreender o sentido, o significado e experimentar o sangue de Jesus Cristo. Ao falar sangue, estamos falando a Cruz. Ora, por que isto? Será que Deus é sádico? Ao ponto de ver o sofrimento do irmão, do filho ou sofrimento de alguém? Não. Para compreendermos o gesto de Jesus na Cruz, é necessário nos lembrarmos que Jesus é Deus. “não tenhas medo de receber Maria”, diz o anjo a José, “porque o que aconteceu nela é obra do Espírito Santo”. Jesus é Deus. Mas, nós não podemos atingir Deus; nem com gesto de  amor, nem com gesto de ódio. É muita pretensão achar, que uma atitude minha, possa influenciar Deus. Não. Por mais que eu possa ser grande e poderoso, Deus é inatingível. Ora, como fazer para estabelecer esta relação de amor entre Deus e a humanidade? Ele decide se rebaixar. Ele decide se diminuir. Ele se decide se tornar gente. Agora sim. É possível estabelecer uma relação entre Deus, na pessoa de Jesus e o ser humano. Ora, isto chamamos graça de Deus. O que é a graça de Deus? Deus que volta seu olhar para a humanidade. É um gesto, que parte dele, é um gesto de amor, é um gesto de atenção. Ele não precisaria fazer isto. Continuaria sendo Deus da mesma forma. Mas, Ele QUER participar da vida do ser humano. Isto é a graça de Deus. Não poderia haver graça maior, do que Deus se tornar gente. Porque, ao se tornar ser humano, ele eleva a humanidade a uma condição de irmãos. Eleva a humanidade a condição de filhos, porque Jesus é o Filho de Deus. E, se Ele nos chama de irmãos e irmãs, porque Ele não diz outra coisa, a não ser PAI NOSSO. Então, ele elevou a humanidade a condição de Deus, irmão de Jesus Cristo.
Ora, por outro lado, Jesus pode, de uma forma que o ser humano compreendesse, transmitir todo o sentimento de Deus. E, os sentimentos de Deus é de amor, solidariedade, compaixão, misericórdia e aí por diante. Se formos observar e procurarmos com uma lupa, uma lente de aumento, todos os gestos de Jesus, é em vista de fazer o bem. Ora,  assim, Jesus mostra que Deus sempre quer o bem para toda a humanidade. É claro, que Ele também mostra, que se eu quiser atingir Deus, basta atingir um irmão, tanto no amor, quanto no ódio. Se eu não posso atingir Deus, que é o inatingível, na medida que eu amo o irmão, eu amo a Deus. Na medida em que eu rejeito o irmão, eu rejeito a Deus. “Vinde, benditos do meu Pai, porque eu tive fome e me destes de comer, afastai-vos de mim, malditos..., Quando, Senhor, te vimos com fome? “O que fizestes ao menor dos meus irmãos, a mim o fizestes”.  Então, Deus nos ensina, através de Jesus, a vivermos como família e a servirmos uns aos outros como família. Ora, se formos observar, isto é unanimidade, mesmo quem não crê em Jesus sabe, que Ele só fez o bem e que foi condenado injustamente. Não tem sofrimento maior, do que você se sentir injustiçado. Quando você sabe a cousa de sua condenação, você diz: bom, eu mereci. Aliás, isto é um gesto de alguém, que está na cruz ao lado de Jesus: “Nós sabemos porque somos crucificados, mas Ele não fez nada para merecer isto”.  Então, sofrimento maior é se sentir injustiçado. Ora, a reação, de qualquer ser humano, é de fato, de querer vingança. Veja, isto aparece todo dia: “O que você espera agora”? “Espero justiça”.  Na verdade, ao dizer justiça, ela diz: eu quero me vingar, eu quero dar o troco. E, no caso de Jesus, embora injustiçado, Ele não procura vingar-se. Ao contrário. Ele perdoa os irmãos que o estão matando, crucificando. Assim, ensina a nos perdoarmos uns ao outros como irmãos. (veja que rezamos isto no Pai Nosso) “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”.  Ora, se isto não fosse o suficiente, Jesus se preocupa com duas realidades importantes: uma, se preocupa com a Igreja: “filho, eis a tua Mãe”, para que ninguém ficasse desamparado. Mas, para que encontrasse na comunidade um lugar para ser acolhido, ser abrigado, ser defendido. Por outro lado, se preocupa em mostrar, que a sua Mãe, não só mãe dele, único, mas MÃE DE TODOS NÓS. Jesus nos é apresentado como aquele que enfrenta a cruz, como aquele que é dono da situação. Por que? Porque embora ser humano, Ele é Deus. “Mulher, este é teu filho, filho, esta é tua Mãe”. Estas duas realidades, agora, é que vai colaborar para que, possamos comemorar a memória do Senhor e celebrando a memória do Senhor, tendo o alimento, que nos ajuda a caminhar.
Qual é a missão que tiramos daí? A lição, o gesto máximo de amor, que alguém poderá ter pelo próximo. Ora, Jesus não quer que outros derramem seu sangue pelo amor ao próximo. Por isso, Ele derramou seu sangue por completo, para que alguém pudesse completar o Sangue de Jesus Cristo. Ora, aí também, é um gesto de amor. Porque, embora, nos peça para servir o irmão, ele não quer que sirvamos o irmão derramando sangue, mas, é aqui que vem o ponto: assim como o Evangelista diz, que para cumprir as Escrituras, Jesus foi realizando, passo a passo, daquilo que é esperado de quem ama o próximo, também nós, para cumprirmos as escrituras, se quisermos, ir passo a passo servindo o irmão e, assim, dedicando nossa vida toda, ao serviço do próximo. Muitas pessoas hoje não têm sentido na sua vida. Muitos, vêem na prestação do serviço ao irmão, ou vêem no servir à família, uma forma e uma razão para viver, mas se sentem, muitas vezes, injustiçado. Muitos, por conta de não ouvir a Palavra do Senhor, resolvem a situação através da violência, puxando a espada e cortando a orelha ou a cabeça de alguém, ceifando a vida de uma pessoa. Outros, procuram manter a sua situação, aí, ouvindo a Palavra de Jesus, mas não aceitando, armando ciladas para os irmãos. Então, na realidade, quando Deus vem ao mundo, na pessoa de Jesus, Ele quis ser um sinal para todos. Desde os grandes, os poderosos, porque Ele diz: EU SOU REI, até ao mais injustiçado de todos, que não dá para dizer, pois é Deus quem sabe quem são os injustiçados de verdade, pois nós sempre nos sentimos injustiçados. Ele é solidário a todos. É aqui que está o sentido do seu sangue: não é para deixar Deus feliz com o sangue do inocente, mas para nos consolar, quando derramam nosso sangue, quando nos maltratam, nos tratam com injustiça, quando levantam calúnia, quando somos mal compreendidos, quando não nos agradecem com aquilo que realizamos.
A Celebração de hoje é para nós comtemplarmos o quão grande é o amor de Deus por nós. É  claro, que cada ano esta história volta. A cada ano, somos convidados a meditar um pouco mais, porque nesta caminhada com Jesus, cada meditação, que eu participo, eu vou me edificando. E, vou buscando me confrontar: afinal, eu teria coragem de dizer, que sou discípulo do Senhor? Ou vou dizer como Pedro: eu não conheço este homem. Afinal, eu teria coragem de dizer que sou amigo do Sumo Sacerdote e não interceder por Jesus, ou intercederia por Ele? Eu teria coragem de estar ao pé da Cruz, dizendo: Eu sou do grupo Dele? Ou, eu estaria do outro lado buscando eliminá-lo? Porque, de fato, Ele me incomoda. Incomoda meus interesses.
Todo este cenário é para ser um confronto, para ver em que situação  eu me encontro. Se eu precisar, que bom, é tempo de conversão. Se não precisar, que bom, é tempo de edificação. 
Do seu lado aberto sai sangue e água. Daí brotam os sacramentos, para que cada um possa ir se edificando: água do Batismo, sangue da Eucaristia, a cruz como reconciliação, o Crucificado como sinal do ungido, aquele que recebe a unção dos enfermos, o sacramento da ordem, para ser presbítero ou diácono, para que o sangue de Cristo continue brotando para a salvação da humanidade, o matrimônio, como sinal e esperança de um mundo novo, onde o serviço possa ser aprendido desde criança: os Sacramentos. É evidente, que para isso, é preciso eu me apresentar dizendo: eis-me aqui.
Que a Cruz de Cristo seja a nossa força.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Pedrinho.