quinta-feira, 8 de março de 2018

4º DOMINGO DA QUARESMA, homilias, subsídios homiléticos


4º DOMINGO DA QUARESMA 2018 (Diácono Ismael)

SINOPSE:
Tema: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado!”.  
A salvação é oferecida de graça. Aceita quem quer.
Primeira leitura: Quando o homem escolhe caminhos de egoísmo, constrói um futuro de dor e de morte. No entanto, Deus dá sempre a possibilidade de recomeçar o caminho da vida nova.
Evangelho: Somos convidados a olhar para Jesus, a aprender com Ele a lição do amor total. É esse o caminho da vida plena e definitiva.
Segunda leitura: Deus ama o homem com um amor total; é esse amor que nos oferece um mundo novo de vida plena e eterna.

PRIMEIRA LEITURA (2Cr 36,14-16.19-23 ... os ...sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades. Ora, Deus dirigia-lhes frequentemente a Palavra por meio de seus mensageiros..., Mas eles zombavam dos enviados de Deus, ..., até que o furor do Senhor se levantou contra seu povo.... Os inimigos ...deitaram abaixo Jerusalém..., todos..., tornaram-se escravos do rei, até que o império passou para o rei dos persas. Assim se cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: “Até que a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos os dias da desolação, até que se completem setenta anos”. No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, ...o Senhor moveu o espírito de Ciro, ..., que mandou publicar: “Assim fala Ciro: O Senhor deu-me todos os reinos da terra e encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país de Judá. Quem pertence ao seu povo? que se ponha a caminho”.

AMBIENTE - O Livro das Crônicas oferece a história de Israel, desde a criação, até o Exílio. A datação da obra (entre 515 a.C. e 250 a.C.). Neste texto, temos dois fatos: a queda de Jerusalém por Nabucodonosor (586 a.C.) e o regresso dos exilados a Jerusalém. O autor dá uma interpretação teológica.

MENSAGEM - A destruição de Jerusalém é vista como o resultado lógico dos pecados da nação. “Os chefes de Judá ignoraram os avisos enviados por Deus por intermédio dos profetas. Então, a ira do Senhor abateu-se o seu Povo. Aí está uma noção primitiva da justiça de Deus: quando o Povo vive na fidelidade à Aliança, Deus oferece-lhe felicidade; quando o Povo é infiel conhece morte e desgraça. O Cronista está consciente de que o castigo não é a última palavra de Deus. Á libertação operada por Ciro está a ideia de um Deus que não abandona o seu Povo, mas continua a dar-lhe a possibilidade de recomeçar.

ATUALIZAÇÃO  • A teologia da retribuição pode sugerir que Deus é apenas um contador incapaz de amor e de misericórdia. O Evangelho virá apresentar um Deus que, abomina o pecado, mas ama o homem e está sempre disposto a oferecer-lhe a vida e a salvação.
• Quando o homem prescinde de Deus e escolhe caminhos de egoísmo, está construindo um futuro de dor e de morte. A indiferença do homem face a Deus e às suas propostas gera violência, opressão, exploração, exclusão, sofrimento.
O Deus dá sempre a oportunidade de recomeçar o caminho da esperança e da vida nova.

EVANGELHO (Jo 3,14-21) Disse Jesus a Nicodemos: “Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna. Pois Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado.... Ora, o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz.... Quem pratica o mal  odeia a luz.... Mas, quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus”.


AMBIENTE- Nicodemos visita Jesus “de noite”, pois não queria se comprometer e arriscar a posição que gozava na estrutura religiosa judaica. Membro do Sinédrio, Nicodemos aparecerá, mais tarde, a defender Jesus, perante os chefes dos fariseus e quando Jesus foi descido da cruz e colocado no túmulo (Jo 19,39).
- Três etapas: Na primeira, Nicodemos reconhece a autoridade de Jesus, graças às suas obras; mas Jesus acrescenta que isso não é suficiente: o essencial é reconhecer Jesus como o enviado do Pai. Na segunda, Jesus anuncia que, para entender a sua proposta, é preciso “nascer de Deus” e explica-lhe que esse novo nascimento é o nascimento “da água e do Espírito”. Na terceira, Jesus descreve o projeto de salvação de Deus: é uma iniciativa do Pai, tornada presente através do Filho e que se concretizará pela cruz/exaltação de Jesus.

MENSAGEM - Jesus explica que o Messias tem de “ser levantado ao alto”, como “Moisés levantou a serpente” no deserto (quando mordidos pelas serpentes, olhavam uma serpente de bronze e se curavam). Jesus refere-se à cruz. É aí que Jesus manifesta o seu amor e indica o caminho para a salvação. É necessário crer no “Filho do Homem” levantado na cruz, para que tenham a vida eterna. “Acreditar” significa aderir a Ele e à sua proposta de vida; significa aprender a lição do amor e fazer, como Jesus, dom total da própria vida a Deus e aos irmãos. Jesus, o “Filho único” enviado pelo Pai é o grande dom do amor de Deus à humanidade. A cruz é a expressão suprema do amor de Deus pelos homens. O objetivo de Deus ao enviar o seu Filho, É libertá-los do egoísmo, da escravidão, da alienação, da morte, e dar-lhes a vida eterna. Com Jesus os homens aprendem que a vida definitiva está na obediência aos planos do Pai e no dom da vida aos irmãos, por amor. O Messias não veio excluir ninguém da salvação. Ele veio oferecer a todos a vida eterna, ensinando-os a amar e dando-lhes o Espírito que os transforma em Homens Novos.
Quando o homem aceita a proposta de Jesus e adere a Ele, escolhe a vida eterna; mas quando o homem prefere continuar escravo de esquemas de egoísmo e de autossuficiência, rejeita a proposta de Deus,  auto exclui-se da salvação. A salvação ou a condenação não são, nesta perspectiva, um prêmio ou um castigo que Deus dá ao homem pelo seu bom ou mau comportamento; mas é o resultado da escolha livre do homem, face à oferta de salvação que Deus lhe faz. A responsabilidade pela vida definitiva ou pela morte eterna não recai sobre Deus, mas sobre o homem. Para João, o juízo realiza-se aqui e depende da atitude que o homem assume diante da proposta de Jesus. Na parte final João constata que, por vezes, os homens rejeitam a proposta de Deus e preferem a escravidão e as trevas (o egoísmo, a injustiça, o orgulho, a autossuficiência, tudo o que torna o homem infeliz e lhe impede o acesso à vida definitiva). Ao contrário, quem pratica as obras do amor (as obras de Jesus), escolhe a luz, identifica-se com Deus e dá testemunho de Deus no meio do mundo.
Em resumo: porque amava a humanidade, Deus enviou o seu Filho único ao mundo com uma proposta de salvação. Essa oferta nunca foi retirada; continua aberta e à espera de resposta. Diante da oferta de Deus, o homem pode escolher a vida eterna, ou pode excluir-se da salvação.

ATUALIZAÇÃO  Jesus, cumprindo o mandato do Pai, fez da sua vida um dom, até à morte na cruz, para mostrar o “caminho” da vida eterna.
O amor de Deus traduz-se na oferta de vida plena eterna. O sofrimento e a morte não vêm de Deus, mas são o resultado das escolhas erradas feitas pelo homem na autossuficiência e que prescinde dos dons de Deus.
O caminho para à vida eterna é “acreditar” em Jesus. “Acreditar” é escutar, acolher a sua mensagem e os seus valores, segui-lo nesse caminho do amor e da entrega ao Pai e aos irmãos. Somos convidados a converter-nos a Jesus e a percorrer o mesmo caminho de amor que Ele percorreu.
Não é Deus que nos condena; somos nós que escolhemos vida eterna com Deus ou a eterna infelicidade.

SEGUNDA LEITURA (Ef 2,4-10) Irmãos: Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor..., quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos! Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos céus em virtude de nossa união com Jesus Cristo... Com efeito, é pela graça que sois salvos mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom de Deus! Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. Pois é Ele quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.

AMBIENTE - Paulo chegou a Éfeso, instruiu-os e formou uma comunidade cristã. O texto é uma reflexão sobre o papel de Cristo na salvação do homem. O homem por si só não sai do pecado. 

MENSAGEM - Deus é rico em misericórdia e ama o homem com um amor imenso. O amor de Deus não é um amor condicional, que só vem quando se converte; mas é um amor incondicional, que atinge o homem mesmo quando ele continua pecando. A esse homem orgulhoso, autossuficiente, egoísta, Deus ofereceu uma nova vida, ressuscitando-o. Unido a Cristo, o cristão já ressuscitou e já foi glorificado; ele continua a viver na terra, sujeito à finitude e às limitações da vida presente, mas é já é um cidadão do céu. A vida do cristão está marcada pela dupla condição da fragilidade e da eternidade. Apesar da sua debilidade, o cristão tem de testemunhar e anunciar essa vida nova que Deus já lhe ofereceu nesta terra.  A salvação não é uma conquista do homem, nem resulta das obras, mas é dom de Deus. A salvação é oferta gratuita que Deus faz a todos. Da oferta de salvação, nasce um homem novo, que pratica boas obras. As boas obras são o resultado da ação dessa graça que Deus derrama gratuitamente sobre o homem.
ATUALIZAÇÃO A vida está marcada pelas limitações. Paulo recorda: Deus ama-nos com um amor tão grande, que nos faz vencer os nossos limites, oferece esse mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim. Não somos condenadas ao fracasso, mas somos filhos amados a quem Deus oferece a vida plena.
Aqueles que acolheram o dom de Deus são chamados a dar testemunho de um mundo novo. Por isso, os crentes têm de anunciar e de construir um mundo mais justo, mais fraterno, mais humano. Eles são testemunhas de uma realidade nova de felicidade e de vida eterna.
O mérito não é nosso. É Deus que age no mundo; nós somos os instrumentos de Deus. Quando a humanidade aceita a proposta de Jesus e adere a Ele, escolhe a vida definitiva; mas quando prefere continuar escrava de esquemas de egoísmo e de autossuficiência, rejeita a proposta de Deus e se auto exclui da salvação. A salvação ou a condenação não são um prêmio ou um castigo; mas são o resultado da escolha.
Acreditar em Jesus não é uma adesão intelectual; mas é escutá-lo, acolher a mensagem e segui-lo no amor ao Pai e aos irmãos.. É sair do comodismo, dos projetos pessoais e encarar os desafios de Deus. É sair do egoísmo, do orgulho, da autossuficiência, dos preconceitos. Neste tempo de caminhada para a Páscoa, somos convidados a converter-nos a Jesus e tornarmo-nos pedras vivas do novo templo.

==========-------------
Hoje, o Senhor explica a Nicodemos a sua missão: “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho unigênito”. Porque “estávamos mortos por causa de nossos pecados”, Deus, na sua imensa misericórdia, nos deu a vida no seu Filho único. Primeiro: É preciso reconhecer que somos pecadores, todos necessitados da salvação! Mas, há uma outra: Deus não se cansa de nós; estende-nos a mão que é o seu Filho Jesus!!
Acreditar no nome de Jesus não é aderir a uma teoria, mas levá-lo a sério na vida pelo esforço de conversão à sua Pessoa divina e à sua Palavra santa! Crede, não com palavras vãs! Crede com o afeto, com o coração, com os lábios, mas, sobretudo, crede com as mãos, com os vossos atos!
 “Aquele que pratica a verdade, vem para a luz” (Jo 3,21). Observemos que a passagem citada não diz “aquele que fala a verdade”, mas “aquele que pratica a verdade”. O que seria então “praticar” a verdade? Poderíamos resumir em poucas palavras: “viver conforme a verdade”.
Viver segundo a verdade de Deus é adaptar a nossa maneira de pensar, querer, sentir e agir à maneira de Jesus, pois ele é a verdade. Não nos esqueçamos de que no cristianismo, a verdade não é simplesmente um argumento, a verdade é uma pessoa: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
O cristão tem que ser consciente de que sem a luz da fé na inteligência e sem a caridade na vontade, não fará o bem que almeja. Nada podemos sem a graça de Deus.! A nossa natureza, depois do pecado original, ficou estragada e foi resgatada. A fé vem para curar a ignorância e o amor de Deus vem para dar força à nossa vontade.

===========-----------------============

Homilia do PE. PEDRINHO

Irmãos e irmãs, o tempo da quaresma, esse tempo privilegiado, um tempo para aprofundarmos mais no mistério da paixão e ressurreição do Senhor. Hoje, João nos lembra de uma passagem bastante importante; por orientação de Deus, Moisés eleva uma serpente no madeiro. Todo que olhava para a serpente era curado.
Para refrescar nossa memória, trata-se do episódio onde, de fato, onde o povo se rebela contra Deus, dizendo a Moisés: Deus nos trouxe aqui para morrermos de fome e de sede. A partir daí, as serpentes atacavam aquelas pessoas e elas acabavam morrendo. Moisés clamou a Deus dizendo: o que eu posso fazer para salvar este povo? E Deus disse: pega uma serpente, levanta no madeiro e todo que olhar para esta serpente, terá vida. Assim, o povo de Deus pode sobreviver. Alguém poderia dizer: isto é histórico, isto aconteceu? Para nós, isto não é importante. O importante é buscar o significado. E o significado dessa narrativa, dessa história, é muito importante. A serpente, na Bíblia simboliza sempre sabedorias, propostas de vida, filosofias de vida, como você quiser chamar. E Deus disse: diante de propostas, eu apresento esta; quem olhar para esta serpente, para esta proposta, viverá. Porque esta é a MINHA PROPOSTA. Qual é a proposta de Deus? Garantir ao povo um rumo, um caminho para chegar até Ele. Não somente isso, mas chegando até Ele, ter a vida e vida plena e eterna. São João vai se recordar dessa passagem quando o Filho do Homem for elevado no madeiro. Eis aí o crucificado. Quem olhar para o Crucificado, terá a vida eterna. Por quê? Porque Ele traz a proposta de Deus, para que todos conheçam o caminho, que é Jesus, a verdade, que é Jesus e a vida que vem e que é o próprio Jesus. Ora, em que sentido caminho? A partir de Jesus, todo aquele que seguir o seu caminho, o seu conselho, a sua sabedoria, estará salvo. É evidente que se eu seguir outros caminhos, Deus não garante. Não que ele não pudesse nos salvar. Ao seguir outro caminho, estou externando meu desejo de não seguir a Deus. E ele como respeita a decisão de cada um, também deixará a pessoa caminhar por si só. Normalmente, quem caminha por sua própria conta, erra o caminho. Por quê? Porque nós não conhecemos o caminho da vida. Nós não conhecemos sequer o próximo minuto. Nem sabemos se vamos terminar a Celebração Eucarística, ou não. Ora, então, pensando em acertar, eu posso errar. Mas, a medida em que eu deposito minha confiança em Jesus, eu tenho certeza que não erro. Porque Ele conhece o caminho, Ele é o eterno, ele num único olhar conhece o conjunto todo. É por isso que Ele me garante vida e vida em abundância.
Um segundo ponto importante dentro do Evangelho: São João diz: todo aquele que crê em mim, viverá. O Filho do Homem não veio para condenar, mas para salvar. Quem crê, já está salvo e que não crer, já está condenado, porque não acreditou naquele que foi enviado. Muitas pessoas argumentam: qual é a liberdade que tenho? Se eu crer, eu me salvo. Se eu não crer, eu me perco. Então, eu não tenho escolha. Eu tenho que crer. Não. Não é assim. É que São João nos mostra que quem crer no Filho do Homem, em Jesus Cristo, este está salvo, porque Jesus assegura, como eu dizia, porque Ele é o caminho, a verdade e a vida. Quem não crer nisso, pode se perder. É por isso que acaba condenado. Mas condenado por que? São João continua no Evangelho; porque a luz veio ao mundo, mas o mundo preferiu as trevas e a partir de agora, somos convidados a refletir sobre a teologia da luz. Ou seja, qual é o significado que a luz tem dentro da Bíblia. Já na primeira página, no livro do Gênesis, nos ajuda a compreender; E Deus disse: faça-se a luz e a luz se fez. Houve tarde e manhã, primeiro dia. E para que nós não confundíssemos esta luz com o sol, no quarto dia Deus disse: que haja o luzeiro maior para iluminar os dias e o luzeiro menor para iluminar as noites. E assim foi criado o sol e a lua. De tal maneira que a luz do primeiro dia dignifica algo bem diferente da luz do quarto dia. Quando eu falo da luz eu não estou falando do sol, não estou falando da lua, mas daquela luz da qual veio toda a vida do universo. Ora, quem é o grande provedor da vida no universo? É Deus. Hoje eu perguntava para as crianças, quem fez a luz. Eles confundiram um pouco. Eu perguntei; quem fez o universo? Eles confundiram um pouco e disseram que o universo é fruto do Big-bem. Eu disse: vamos fazer uma distinção; uma coisa é quem criou a luz e todo o universo. Outra coisa é como foi criado. Esta distinção é muito importante, porque senão, eu acabo confundindo fé e ciência. Hoje a ciência nos prova que o mundo não foi construído em sete dias, mas a Bíblia também não está preocupada com isto, mas quem criou. O criador é aquele que pode prover toda a vida e continua criando a cada dia; é o oxigênio que se renova, é as plantas que renascem, é todo o universo que a cada dia toma um fôlego novo. Basta ver como nós somos: pela manhã, quem está bem de saúde, está revigorado, pronto para um dia todo. A noite, já está um pouco cansado, precisando repor as energias. Todo este movimento de criação vem de Deus. Então, um mundo onde há luz, é um mundo onde há vida. Um mundo onde só há trevas, é um mundo onde a vida está ausente. Não é atoa que a Bíblia diz que tudo era um caos e Deus disse haja a luz. E é a partir daí que tudo se organiza.
Então, ao dizer que o mundo preferiu as trevas, é dizer que as pessoas decidiram caminhar sem a luz. E caminhar sem a luz é caminhar sem a vida. É caminhar totalmente jogado à sorte do mundo. E a sorte do mundo, de fato é um final como o que aconteceu com Jesus. Por isso, quem não crer nele, já está condenado. Condenado a que? Condenado a viver num mundo sem sentido, sem saber por onde caminhar. Então, nós que estamos nessa caminhada, a Páscoa, portanto a caminhada da quaresma, somos chamados a reacender a nossa esperança em Deus, assumir esta luz que é Cristo e caminhar iluminado.
Semana passado vimos que Deus é um Deus ciumento e mesmo ciumento, não hesitou em mandar o seu Filho único para que o  mundo fosse salvo. Hoje, mais uma vez isto volta na segunda leitura. Portanto, cada um de nós é chamado a reconhecer em Jesus o Salvador, um gesto de amor de Deus. O caminho portanto, está muito claro, muito iluminado: é o caminho do amor. Ora, então, quem cré em Deus, crê no amor. Crendo no amor, crê na justiça, na misericórdia, na solidariedade, crê em tudo que proporciona vida. Por isso, somos convidados esta semana a pedir a Deus para que sejamos luz para o irmão, a viver a luz que Cristo nos oferece, a aceitamos o seu caminho como caminho de salvação, porque sabemos que é o caminho que nos leva à vida eterna. Isto, motivado pelo amor do próprio Deus.
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

PE. PEDRINHO

==========-------------=========

Juiz ou Salvador?

A Quaresma é um tempo oportuno para purificar idéias e atitudes de nossa vida cristã. Muitas vezes somos levados  a ter de Deus a imagem de um juiz severo e castigador...
Será essa a verdadeira imagem de Deus que devemos ter?

A Bíblia tem uma imagem bem diferente:
- Um Deus Criador e Amigo... que dialoga com Adão...
- Um Deus que faz uma Aliança de amizade com o seu povo...
- Um Deus-conosco ("Emanuel")... que caminha com o povo...
- Um Deus que liberta... e salva...
- Um Deus misericordioso, que perdoa...
- Um Deus Pai... sempre disposto a acolher o filho pródigo...
  O castigo é um remédio extremo para que se arrependa e volte à amizade.

A 1a leitura revela a Justiça e a Misericórdia de Deus no tempo do exílio e da libertação.  (2Cr 36,14-16.19-23)

É um resumo da História da Salvação, em três momentos:
O Pecado do homem, o Castigo e o Perdão de Deus.
O Povo foi infiel à Aliança. Por isso, Jerusalém foi destruída e sua elite foi deportada para a Babilônia.
Mas Deus não abandona o povo, apesar das infidelidades.  O povo arrependido voltou seu coração para Deus e Deus o conduziu de volta à sua terra.
Deus é mais misericórdia, do que justiça...
 
Na 2a Leitura Paulo afirma que Deus é rico em misericórdia  (Ef 2,4-10).

Por isso, à situação pecadora do homem, Deus responde com a sua graça.
O amor salvador e libertador de Deus é incondicional e atinge o homem, mesmo quando ele continua a percorrer os caminhos de pecado e de morte.
Somos sempre filhos amados, a quem Deus oferece a vida plena, a salvação.

No Evangelho, Jesus se revela como Salvador e não Juiz  (Jo 3,14-23).

É a conclusão do diálogo de Jesus com NICODEMOS, que nas  "trevas da noite", vem falar com Jesus à procura de "Luz".
No final, descreve o projeto de Salvação de Deus: "Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu próprio filho e este não veio para julgar o mundo, mas para salvá-lo".

No deserto, os hebreus olhavam para a serpente levantada por Moisés como sinal de cura e libertação.
Faz lembrar a cruz onde foi levantado o Filho do homem.
Da Cruz de Jesus brota a vida e a saúde para toda a terra.
Ao olhar com fé para esse sinal, ficamos curados...
O  texto nos convida a contemplar uma História maravilhosa:
O Amor de Deus oferece ao homem vida plena e definitva.
Aos homens compete aceitar ou não o dom de Deus.
Jesus não veio condenar e excluir ninguém da salvação.
Ele é a luz divina enviada ao mundo para mostrar o caminho da verdade e da vida que conduz a Deus.
As pessoas podem rejeitar Jesus e sua missão, permanecendo nas trevas do egoísmo, rejeitando Jesus e sua missão; ou então aceitar Jesus e seguir seu projeto, deixando-se envolver pela luz da fé e da salvação.

João define o caminho para chegar à vida eterna:
CRER EM JESUS:
- Não é uma mera adesão intelectual a umas verdades,  mas acolher JESUS enviado pelo Pai para salvar os homens.
- É escutar Jesus, acolher a sua mensagem e segui-lo nesse caminho.
- É deixar as trevas e caminhar para a Luz… É aceitar essa Luz...
  Isso supõe desfazer-se de muitos projetos pessoais.

E o julgamento final como fica?
Muitos imaginam um Deus severo, que vai analisar tudo com rigor até os mínimos detalhes.
Seria então Ele um Pai, que ama os bons e os maus, como ensinou Jesus?

- Segundo São João, o julgamento não é pronunciado por Deus, mas pela escolha que cada um faz diante da Luz de Cristo.
 "Quem nele crê, não é condenado. Mas quem não crê, já está condenado”...
  “A Luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas."

Por isso, a decisão no julgamento:
- não é propriamente Deus que faz... somos nós que escolhemos...
- não é apenas no fim do mundo, mas é aqui e agora.
Cada instante da vida é tempo de salvação ou de condenação...

Salvam-se os que praticam a Verdade e se aproximam da "Luz".
Condenam-se os que praticam o mal e preferem as "trevas".
A salvação é um dom gratuito de Deus oferecido a todos...
Tudo depende da nossa aceitação ou não à proposta de Cristo.

Cristo quer ser o nosso Salvador, não o nosso Juiz...
Qual será a nossa escolha? Preferimos a Luz ou as Trevas?

                                   Pe. Antônio Geraldo

=============-----------------==============

HOMILIA DE D. HENRIQUE SOARES
“Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações” (Is 66,10s). Caríssimos em Cristo, estas palavras de Isaías dão o tom da liturgia deste Domingo, chamado pela liturgia de Domingo Laetare – Domingo “Alegra-te!” No meio da Quaresma, na metade do caminho para a celebração da Ressurreição do Senhor, a Igreja nos convida à alegria pela aproximação da Santa Páscoa. Daí hoje a cor rosa e as flores na igreja. “Alegra-te, Jerusalém!” – Jerusalém é a Igreja, é o Povo santo de Deus, o novo Israel, é cada um de nós… Alegremo-nos, apesar das tristezas da vida, apesar da consciência dos nossos pecados! Alegremo-nos, porque a misericórdia do Senhor é maior que nossa miséria humana!
Como o povo da Antiga Aliança, também nós tantas vezes somos infiéis – já devíamos ter visto isso claramente a essa altura da Quaresma! É trágico, na primeira leitura, o resumo que o Livro das Crônicas traçou da história de Israel: “Todos os chefes dos sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as práticas abomináveis das nações pagãs. O Senhor Deus dirigia-lhes a palavra por meio de seus mensageiros, porque tinha compaixão do seu povo. Mas, eles zombavam dos enviados de Deus, até que o furor do Senhor se levantou contra o seu povo e não teve mais jeito”. Com estas palavras dramáticas, o Autor sagrado nos explica o motivo do terrível e doloroso exílio da Babilônia: Israel fez pouco de Deus, virou-lhe as costas; por isso mesmo, foi expulso do aconchego do Senhor na Terra que lhe fora prometida, perdeu a liberdade, o Templo, a Cidade Santa, e tornou-se escravo no Exílio de Babilônia. Aqui aparece toda a gravidade do pecado, que provoca a ira de Deus! É sempre essa a consequência do pecado: o exílio do coração, a escravidão da vida! A Escritura nos ensina, caríssimos, que Deus nunca faz pouco do nosso pecado, nunca passa a mão na nossa cabeça, jamais faz de conta que não pecamos! Jamais despensa de modo leviano as nossas infidelidades! E por quê? Porque realmente nos ama, nos leva a sério, faz conta de nós! Ora, o pecado, afastando-nos de Deus, nos desfigura e nos faz perder o rumo e o sentido da existência. Por isso mesmo, causa a ira de Deus! Pois bem, o Senhor levou, então, seu povo para o terrível deserto do Exílio para corrigi-lo e fazê-lo voltar de todo o coração para Aquele que é seu único bem, sua verdadeira riqueza – aquele que é o seu Deus! É por misericórdia que ele corrige Israel, por misericórdia que nos corrige: “Pois o Senhor não rejeita para sempre: se ele aflige, ele se compadece, segundo sua grande bondade. Pois não é de bom grado que ele humilha e que aflige os filhos do homem” (Lm 3,31-33). Deus é amor e misericórdia. A leitura do Livro das Crônicas nos mostrou que, uma vez Israel convertido, corrigido, o Senhor  fá-lo voltar para a Terra sempre prometida. Sim, efetivamente, “não é de bom grado que ele humilha e que aflige os filhos do homem”.
Caríssimos, esta mesma idéia que tantas vezes aparece no Antigo Testamento, cumpre-se de modo definitivo em Cristo Jesus. Hoje, o Senhor, com palavras comoventes, explica a Nicodemos a sua missão: “Deus amou tanto o mundo, que entregou o seu Filho unigênito, para que não morra todo aquele que nele crer, mas tenha a vida eterna. De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele”. Porque “estávamos mortos por causa de nossos pecados”, Deus, na sua imensa misericórdia, nos deu a vida no seu Filho único. Vede, irmãos: há duas realidades que são bem concretas na nossa existência. Primeiro, a realidade do nosso pecado. Nesta metade de caminho quaresmal, é preciso que tenhamos a coragem de reconhecer que somos pecadores, que temos profundas quebraduras interiores, paixões desordenadas, desejos desencontrados que combatem em nós… Quantas incoerências, quantos fechamentos para Deus e para os outros, quantas resistências à graça, quantas máscaras! A humanidade é isso! Não somos bonzinhos! Somos todos feridos, todos doentes, todos pecadores, todos necessitados da salvação! Mas, ao lado dessa realidade tão triste, há uma outra: Deus não se cansa de nós; estende-nos a mão para nos tirar do nosso atoleiro e nos salvar! Essa mão estendida é o seu Filho Jesus! Deus amou tanto o mundo, levou-nos tão a sério, que entregou o seu Filho, o Amado, o Único, o Santo! Grande o nosso pecado, imensa a misericórdia de Deus em Cristo; grande a nossa treva, imensa a Luz de Deus que nela brilhou em Cristo; grande o nosso egoísmo; imenso o amor de Deus manifestado em Cristo; grande a nossa morte; imensa a Vida que nos foi dada em Cristo Jesus, nosso Senhor!
Amados em Cristo, a grande tentação de nossa época é fazer pouco de Deus e, cinicamente, mascarar nosso pecado. Quantos cristãos adulteram, roubam, fornicam, abortam, negligenciam seus deveres para com Deus e com a Igreja, desobedecem aos mandamentos, e não estão nem aí. É um espírito de descrença, de falta de atenção e delicadeza para com o Senhor. Vemos isso em tanta gente de Igreja… Aqueles que nos corrigem são chamados logo de reacionários, fechados, sem misericórdia, duros, insensíveis para o mundo atual… E no entanto, a Palavra do Senhor é clara: é necessário que fixemos o olhar em Cristo que se entregou por nós e reconheçamos a gravidade e a concretude do nosso pecado! Volta, Israel! Volta, Igreja de Cristo! Volta, povo do Senhor! Voltemos, irmãos e irmãs! Em Cristo Jesus, nosso Salvador, “Deus quis mostrar a incomparável riqueza da sua graça!” Não brinquemos com o amor de Deus, não recebamos em vão a sua correção!
Recordemos que hoje, no Evangelho, após mostrar o imenso amor de Deus pelo mundo, a ponto de entregar o Filho amado, Jesus nos previne duramente: Quem nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito”. Ora, caríssimos, acreditar no nome de Jesus não é aderir a uma teoria, mas levá-lo a sério na vida pelo esforço contínuo de conversão à sua Pessoa divina e à sua Palavra santa! Crede, irmãos, crede, irmãs! Crede não com palavras vãs! Crede com o afeto, crede com o coração, crede com os lábios, mas, sobretudo, crede com as mãos, com os vossos atos, com a prática da vossa vida! De verdade creremos na medida em que de verdade nos abrirmos para a sua luz; pois “o julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz”.
Que o Senhor nos dê a graça de ver realisticamente nossos pecados, reconhecê-los humildemente e confessá-los sinceramente, para celebrarmos verdadeiramente a Páscoa que se aproxima e dela participar eternamente na glória do céu. Amém.
D. Henrique Soares
=======-------------
HOMILIA DO Pe. Françoá Costa

Entre a luz e as trevas

Temos a impressão de que a maior parte da nossa vida passa-se entre a luz e as trevas. Aquela antiga expressão que afirmava que há pessoas que mantêm duas velas acessas, uma ao diabo e outra a S. Miguel, parece encontrar o seu correlativo na vida de um filho de Deus que procura ser bom e encontra frequentemente as dificuldades da jornada. Uma coisa é bem certa: é preciso apagar a vela ao diabo!
No interior do ser humano trava-se uma batalha constante e que poucas vezes dá trégua. Não é à toa que somos chamados “Igreja militante”, isto é, a família de Deus que luta, que combate, que quer viver sempre na luz ainda que as trevas queiram entrar no seu interior. “Aquele que pratica a verdade, vem para a luz” (Jo 3,21). Observemos que a passagem citada não diz “aquele que fala a verdade”, mas “aquele que pratica a verdade”. O que seria então “praticar” a verdade? Poderíamos resumir em poucas palavras: “viver conforme a verdade”.
Viver segundo a verdade de Deus é adaptar a nossa maneira de pensar, querer, sentir e agir à maneira de Jesus, pois ele é a verdade. Não nos esqueçamos de que no cristianismo, a verdade não é simplesmente um argumento, a verdade é uma pessoa: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6). Viver conforme a verdade de Deus é pensar a própria vida segundo o plano de Deus que se manifestou suficientemente no mistério da Palavra de Deus que se encarnou para a nossa salvação.
Mas, como sabemos e experimentamos, não basta saber essas coisas, é preciso lutar para propor-se seriamente o seguimento de Jesus-Verdade. O ambiente no qual nos movemos oferece muitas atrações que não nos conduzem a bom porto, que não nos levam pelo caminho da salvação. O pecado frequentemente se assemelha a uma maçã que, estando podre por dentro, apresenta-se com belíssimo aspecto, bem atraente aos sentidos. O que fazer? Pedir a luz de Deus para vermos que tal fruta está podre, que não alimenta. O Evangelho de hoje ressalta justamente isso: andar na luz, que é sinônimo de andar na verdade.
O cristão tem que ser consciente de que sem a luz da fé na inteligência e sem a caridade na vontade, não fará o bem que almeja. Ninguém pode mover-se sobrenaturalmente sem a graça de Deus. É impossível! A nossa natureza, depois do pecado original, ficou estragada (não totalmente), posteriormente foi resgatada, e, contudo, nela permanece a ignorância e a concupiscência. Essas duas realidades são as que obscurecem a nossa inteligência e debilitam a nossa vontade. A fé vem para curar a ignorância e o amor de Deus vem para dar força à nossa vontade.
Nesta quaresma, tempo de conversão, é preciso ter em conta essa realidade: quem vive habitualmente na graça de Deus não está livre de todas as tentações, também ele se encontra exposto às trevas do pecado. Nunca percamos o bom senso: somos fracos, precisamos da luz e do amor de Deus. Não sejamos ingênuos: fujamos das ocasiões de pecados! Nada dizer: “não importa, eu resisto, pois eu sou forte”. Quantos heróis já foram derrotados por causa de uma confiança exagerada nas próprias forças!
Pe. Françoá Costa
==========---------------=======

Para a Celebração da Palavra (Diáconos ou ministros extraordinários da Palavra):

LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
- COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- Senhor, nosso Deus e Pai. Sois bondade e misericórdia. Mesmo quando nos afastamos de Vós, nunca nos abandonais e sempre estais de braços abertos para nos acolher e dar nova vida.
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- Senhor, Bendito seja o vosso nome sobre toda a terra. Sois amor e bondade para com toda a humanidade. Pai, não desvieis o vosso olhar deste vosso povo e conduzi-nos aos caminhos da vida.
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- Pai, Santificado seja o vosso nome. Grande é o vosso amor nos enviando o Salvador. Pai, ajudai-nos para que sigamos os passos de vosso Filho e nosso Salvador..
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- Senhor, nosso Pai, Com a força do Espírito Santo queremos ser transformados para ressuscitar com Jesus, vosso Filho, e participar da vossa glória após a nossa morte.
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- Senhor, nosso Deus e Pai. Venha a nós o Vosso Reino e que saibamos cumprir a vossa vontade na construção deste Reino. Pai, louvores e glórias pela vossa bondade.
T: Senhor, agradecemos o vosso amor que nos liberta e nos salva
- - PAI NOSSO... - - ABRAÇO DA PAZ... EIS O CORDEIRO DE DEUS...


Nenhum comentário:

Postar um comentário