quinta-feira, 1 de março de 2018

3º DOMINGO DA QUARESMA ANO B 2018, homilias, subsídios homiléticos

3º DOMINGO DA QUARESMA ANO B 2018 (Diácono Ismael)

SINOPSE:
Tema:  “Cristo conhece o ser humano por dentro!” A preocupação de Deus em conduzir os homens ao encontro da vida nova.
Primeira leitura: Deus oferece-nos os “mandamentos” que nos ajudam na relação com Deus e a na relação com os irmãos.
Evangelho: Jesus apresenta-Se como o “Novo Templo” onde Deus Se revela aos homens e lhes oferece o seu amor.
Segunda leitura: O apóstolo Paulo sugere-nos: a salvação não está numa lógica de poder mas está na lógica da cruz – isto é, no amor, no serviço simples e humilde aos irmãos.

PRIMEIRA LEITURA (Ex 20,1-17) ...: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirou do Egito... Não terás outros deuses... Não farás para ti imagem ...alguma.... Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão... Lembra-te de santificar o dia de sábado. ... Honra teu pai e tua mãe,... Não matarás. Não cometerás adultério. Não furtarás. Não levantarás falso testemunho.... Não cobiçarás.... a mulher do teu próximo, seu escravo..., seu boi, seu jumento...”.

AMBIENTE -
Aliança do Sinai. O texto, na sua forma atual, não vem de Moisés. É uma elaborações de séculos.

MENSAGEM - O “decálogo”: relação com Deus e com o próximo. A questão essencial é: Jahwéh deve ser o centro da existência de Israel. Só em Jahwéh está a vida e a salvação. Os outros mandamentos dizem respeito às relações com o próximo – a sua vida, os seus direitos, os seus bens. Que cada membro reconheça a sua dependência dos outros e aceite a sua vinculação a uma família e a uma cultura ( “honra teu pai e tua mãe”); pedem que cada membro do Povo de Deus respeite a vida do irmão (: “não matarás”); recomendam que seja defendida a família e respeitadas as relações familiares (“não cometerás adultério”); exigem que se respeite quer os bens, quer a própria liberdade dos outros (“não tomarás para ti” – o que pode referir-se a pessoas ou a coisas. Pode traduzir-se por “não roubarás; pedem o respeito pelo bom nome e pela fama do irmão, dando sempre um testemunho verdadeiro garantindo a justiça (“não levantarás falso testemunho”); exigem o respeito pelos “bens básicos” do irmão ( “não cobiçarás a casa do teu próximo, a mulher dele, o criado ou a criada, o boi ou o jumento, nem coisa alguma que lhe pertença”). Jahwéh, o Deus libertador, está interessado em que Israel se liberte da escravidão e se torne um Povo livre e feliz. Os “mandamentos” são contribuições de Deus para isso. Jahwéh não está limitando a liberdade, mas está propondo ao Povo um caminho de liberdade e de vida plena. Os mandamentos pretendem ajudar a deixar a escravidão do egoísmo, da autossuficiência, da injustiça, do comodismo, das paixões, da cobiça, de exploração… Israel responderá, assim, ao amor de Deus e será feliz. É essa Aliança que Jahwéh quer fazer com o seu Povo.

ATUALIZAÇÃO • Os mandamentos sublinham a centralidade que Deus deve assumir no coração do seu Povo. Na vida somos seduzidos por outros “deuses” – o dinheiro, o poder, os afetos humanos, a realização profissional, o reconhecimento social, os interesses egoístas, as ideologias, os valores da moda – que se tornam o objetivo supremo que condiciona as nossas atitudes e opções. Com frequência, prescindimos de Deus e instalamo-nos num esquema de orgulho e de autossuficiência que coloca Deus e as suas propostas fora da nossa vida. A Palavra de Deus garante-nos: esse não é um caminho para a vida definitiva e à liberdade plena.
• Os mandamentos convidam-nos a despir esses comportamentos que geram violência, egoísmo, agressividade, cobiça, intolerância, escravidão, indiferença face às necessidades dos outros. Tudo aquilo que atenta contra a vida, a dignidade, os direitos dos nossos irmãos, é algo que gera morte, sofrimento, escravidão.
• A questão é o construir a nossa própria felicidade. É preciso não ver os “mandamentos” de Deus como propostas descabidas e ultrapassadas, inventados por uma moral antiquada, que apenas servem para limitar a nossa liberdade ou para impedir a nossa autonomia; mas é preciso ver os “mandamentos” como “sinais de trânsito” com os quais Deus, no seu amor, nos ajuda a percorrer os caminhos da liberdade e da vida verdadeira.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 18 (19)
Senhor, tens palavras de vida eterna.
• A lei do Senhor Deus é perfeita, / conforto para a alma! / O testemunho do Senhor é fiel, / sabedoria dos humildes.
• Os preceitos do Senhor são precisos, / alegria ao coração. / O mandamento do Senhor é brilhante, / para os olhos é uma luz.
• É puro o temor do Senhor, / imutável para sempre. / Os julgamentos do Senhor são corretos / e justos igualmente.
 • Mais desejáveis do que o ouro são eles, / do que ouro refinado. / Suas palavras são mais doces que o mel, / o mel que sai dos favos.
EVANGELHO (Jo 2,13-25) Jesus subiu a Jerusalém. No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas... Fez então um chicote ...e expulsou todos do Templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!”... Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” Ele respondeu: “Destruí este Templo, e em três dias eu o levantarei”. ...Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito... Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro.

AMBIENTE - João diz quem é Jesus e o seu ministério. O Templo fora construído por Herodes. No Templo sacrificavam-se cerca de 18.000 cordeiros, destinados à celebração pascal. O dinheiro arrecadado com a emissão de licenças revertia para o sumo-sacerdote.

MENSAGEM - Os profetas criticaram o culto que Israel oferecia a Deus. A ideia de que a chegada dos tempos messiânicos implicaria a purificação e a moralização do culto prestado no Templo. Quando Jesus pega no chicote, expulsa do Templo os vendedores, está revelando-Se como “o Messias” e a anunciar que chegaram os tempos messiânicos. Ao expulsar, Jesus mostra que o culto sem sentido: o culto criava exploração, miséria, injustiça e, por isso, em lugar de potenciar a relação do homem com Deus, afastava o homem de Deus. Jesus, o Filho, com a autoridade que Lhe vem do Pai, diz um claro “basta”: “Não façais da casa de meu Pai casa de comércio”. Com que legitimidade é que Ele se arroga o direito de abolir o culto oficial prestado a Jahwéh? A resposta de Jesus é, à primeira vista, estranha: “Destruí este Templo e Eu o reconstruirei em três dias”. João deixa claro que Jesus não Se referia ao Templo de pedra onde Israel celebrava os seus ritos litúrgicos, mas a um outro “Templo” que é o próprio Jesus. Três dias depois, esse Templo estará outra vez erigido no meio dos homens. Jesus alude à sua ressurreição. A prova de que Jesus tem autoridade para “proceder deste modo” é que os líderes não conseguirão suprimi-lO. A ressurreição garante que Jesus vem de Deus. Jesus Se apresenta como o “novo Templo”. O Templo representava, no universo religioso judaico, a residência de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e onde Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus é, agora, o lugar onde Deus reside, onde Se encontra com os homens e onde Se manifesta ao mundo. É através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida.

ATUALIZAÇÃO - • Como é que podemos encontrar Deus? Olhando para Jesus. Nas palavras e nos gestos de Jesus, Deus revela-Se aos homens e manifesta-lhes o seu amor, oferece aos homens a vida plena, faz-Se companheiro de caminhada dos homens e aponta-lhes caminhos de salvação. Neste tempo de Quaresma  somos convidados a olhar para Jesus e a descobrir no seu “Evangelho” essa proposta de vida nova que Deus nos quer apresentar.

• Os cristãos são membros do Corpo de Cristo, pedras vivas desse novo Templo onde Deus Se manifesta ao mundo e vem ao encontro dos homens para lhes oferecer a vida e a salvação. O nosso testemunho pessoal é um sinal de Deus para os irmãos que caminham ao nosso lado.
*** Jesus vem mudar a maneira de encontrar Deus seu Pai. Até aqui bastava ir ao templo, doravante é preciso escutar a mensagem de amor do seu Enviado. E, é a sua Igreja que será o novo templo, porque Deus vem morar no meio dos homens. Jesus é a pedra angular e somos as pedras vivas deste novo templo onde Deus se faz presente na caminhada humana.

SEGUNDA LEITURA (1Cor 1,22-25) Os judeus pedem sinais milagrosos, os gregos procuram sabedoria; nós, porém, pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e insensatez para os pagãos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, esse Cristo é poder e sabedoria de Deus.

AMBIENTE - Na comunidade de Corinto, vemos uma cultura pagã em profunda contradição com mensagem evangélica. Paulo vai demonstrar que entre os cristãos há um mestre, que é Jesus Cristo; e a experiência cristã não é a busca de uma filosofia coerente, brilhante, elegante, que conduza à sabedoria, entendida à maneira dos gregos. Quem procura na mensagem cristã um sistema lógico, coerente, inquestionável à luz da lógica humana, é porque não percebeu nada do essencial da mensagem cristã, da “loucura da cruz”.

MENSAGEM - Judeus e gregos buscam seguranças. Os judeus procuram milagres que garantam a veracidade da mensagem; os gregos procuram as belas palavras, a coerência do discurso, a lógica dos argumentos… Na verdade, Jesus não Se apresentou como um Deus espetacular, através de gestos milagrosos, como os judeus esperavam; nem Se apresentou como o “mestre” iluminado de uma filosofia capaz de se impor pelo brilho das suas premissas e pela sua lógica inatacável, como os gregos gostariam. A essência da mensagem cristã está na “loucura da cruz” – isto é, na lógica ilógica de um Deus que veio ao encontro da humanidade, que fez da sua vida um dom de amor e que aceitou a morte para ensinar que a verdadeira vida é aquela que se coloca ao serviço dos irmãos. Na cruz de Jesus manifestou-se o poder salvador de Deus. A lógica de Deus não é exatamente igual à lógica dos homens. O caminho cristão não é uma busca de sabedoria humana, mas uma adesão a Cristo crucificado – o Cristo do amor e do dom da vida.

ATUALIZAÇÃO - • A lógica de Deus é bem diferente da lógica dos homens. Os homens sentem-se mais seguros e confortáveis diante de líderes que se impõem pela força e poder através de gestos espetaculares; e Deus aparece-lhes na figura de um obscuro carpinteiro Galileu, morto numa cruz fora dos muros da cidade. Os homens gostam de ser convencidos por projetos intelectualmente brilhantes, que apresentem argumentos fortes e uma lógica inquestionável; e Deus oferece-lhes um projeto de salvação que passa pela morte na cruz, em plena e radical contradição de toda lógica humana. A salvação, a vida plena, a felicidade não está numa lógica de poder, de autoridade, de riqueza, de importância, mas está no amor total, no dom da vida até às últimas consequências, no serviço simples e humilde aos irmãos.

• A força e a “sabedoria de Deus” manifestam-se na fragilidade, na pequenez, na obscuridade, na pobreza, na humildade.

• “Nós pregamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gentios”. Aqueles que têm responsabilidade no anúncio do Evangelho devem anunciar a mensagem com verdade e radicalidade, renunciando à tentação de a suavizar, de a tornar menos radical e interpelativa as propostas do Evangelho. Às vezes, o invólucro “brilhante” com que envolvemos a Palavra torna-a mais atrativa, mas menos questionante e, portanto, menos transformadora.

- Era necessário restaurar a antiga Lei, aperfeiçoá-la…  É o que Cristo veio realizar: "Não vim suprimir a Lei… mas completar, aperfeiçoar…"

Passamos do templo de pedra (projeto de Davi e realizado por Salomão) ao Templo verdadeiro.

A Campanha da Fraternidade nos lembra outro templo sagrado, A Pessoa humana …
Paulo diz que os «judeus» esperavam que Deus manifestasse o seu poder resolvendo as dificuldades dos homens com milagres. Jesus, pelo contrário, não se apresentou como vencedor, mas como derrotado. Por seu lado, os «gregos» não acreditavam em milagres, apenas acreditavam na sua competência de dedução e na sua sabedoria. Ora, a morte de Jesus não tem lógica humana, é uma autêntica loucura. // Ora agimos como os «judeus» considerando a religião como uma fonte de milagres, de graças, de curas e, por tal motivo, só nos lembramos de Deus quando nos encontramos em necessidades; ou então como «gregos»; imaginamos persuadir as pessoas a aderir à fé pelo raciocínio e provas.
Jesus faz milagres e muita gente acredita n’Ele, mas Ele não confia neles porque os conhece a todos. Essas estão apenas empolgadas pelos seus milagres e não pela sua mensagem. A autêntica fé em Cristo baseia-se no transformar-se em pedra viva do novo templo e em servir aos irmãos.
Fala o Santo Padre - Não somos mais obrigados a cumprir os preceitos da Lei de Moisés mas, somos convidados a olhar o Crucificado, lugar do perdão e do encontro com Deus, o lugar da nova e eterna Aliança… Os preceitos do Antigo Testamento passaram; não, porém, a exigência de um coração todo de Deus, um coração que o ame! E, para nós, a exigência é ainda maior, porque Israel não tinha ainda visto até onde iria o amor de Deus; quanto a nós, sabemos: “Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Caríssimos em Cristo, convertamo-nos! Ergamos os olhos para o Crucificado, “Poder de Deus e Sabedoria de Deus”, e mudemos de vida! Crer de verdade exige que nos coloquemos debaixo do preceito de amor do Senhor!

Homilia do PE. PEDRINHO

Meus irmãos e irmãs, estamos dando um passo a mais rumo à semana santa, a semana da Páscoa, ressurreição do Senhor. A Liturgia nos leva a refletir um pouco mais os motivos que levaram Jesus a ser preso, condenado e morto. E os motivos que levaram Deus a ressuscitá-lo. Hoje somos convidados a recordar as leis de Deus. As leis de Deus têm seu ponto central NÃO MATARÁS. Ainda ontem fiz a experiência de perguntar às crianças qual é o maior, o mais importante mandamento. Todos dizem que é amar a Deus sobre todas as coisas. Não é verdade. O mandamento mais importante é NÃO MATAR. Porque eu não vou conseguir a amar a Deus, não vou conseguir amar o irmão se eu matar alguém ou se eu mesmo der fim a minha vida. Quem mata não tem como amar a Deus. Por isso, não matar é o mandamento mais importante. Quando perguntam a Jesus qual é o maior mandamento, Jesus responde que é amar a Deus sobre todas as coisas e amar o próximo como a si mesmo. Mas, se eu não estiver vivo, não poderei fazer nada disso. Partindo desta preocupação de preservar a vida, que temos hoje o Evangelho. Jesus nos ajuda a ampliar um pouco mais a nossa compreensão sobre o templo de Deus. Jesus diz: o templo de Deus não pode ser confundido com um prédio, com pedra sobre pedra, porque o templo edifício, o templo de pedra, ele só terá valor dependendo do seu uso, dependendo de quem ali frequenta. O templo que de fato precisa respeitar é o ser humano. João vai nos falar que Jesus falava do templo do seu corpo. Aqui chegamos num ponto importante para nossa compreensão; o tempo que de fato tem valor e importância, é Jesus Cristo. Agora, se formos lembrar o que São Paulo nos fala, nós formamos o templo, corpo Místico de Cristo. Somos nós, unidos pela Eucaristia, que nos tornamos sinal visível de Cristo ressuscitado. É muito importante nós entendermos isto: somos nós, unidos em assembleia, que mostramos o Cristo vivo, porque nós somos o seu corpo e Ele a nossa cabeça.  Então, quando de fato eu preservo a VIVA do irmão, eu estou respeitando o corpo Místico de Cristo. Quando eu respeito o corpo Místico de Cristo, eu ofereço, de fato, um louvor que é agradável a Deus. Então o prédio não tem importância nenhuma? Claro que ele se torna importante, quando se coloca a serviço desse corpo Místico de Cristo. O prédio é importante porque nos abriga da chuva e do sol e nos dá um certo conforto, uma certa liberdade para celebrarmos a nossa fé, é um local onde somos convidados à oração e assim por diante. Mas, de nada adianta um templo de pedra vazio. Seria preferível que se reunissem debaixo de um arvore, que aí sim, estaria o templo de Deus.
Ora, é isso, que Jesus olhando para o Templo, fica de tal forma indignado, porque está vendo que lá não estão dando a importância que o templo teria para o ser humano, mas a grande importância está se dando para os animais que ali estão. Entre a importância de uma pessoa entrar ali para louvar a Deus e um boi que seria ofertado, a importância estava no boi.  Por que? Porque aquele boi trazia um maior valor financeiro para o templo. Jesus diz: Não. “Vocês fizeram da casa de meu Pai um covil de ladrões”. Porque a casa do Pai, aí nem é preciso falar muito, porque a casa do Pai é o pai mesmo, é o avô. A casa do pai significa onde os filhos se sentem bem, livres, felizes e alegres. No entanto não é isto que está acontecendo, como diz São Tiago: quando há discriminação de pessoas, então, não é mais a casa do pai, mas é um local de disputa e busca de benefícios particulares. Jesus não teve um destempero, uma crise de nervos e saiu batendo em todo mundo, mas ele quis mostrar quem é importante. Ele começa derrubando a mesa dos cambistas e aos vendedores de pombas diz para não fazer da casa do Pai um mercado. As pombas eram os animais indicados para quem não tem dinheiro para comprar um boi ou um carneiro. A pomba significava o sacrifício dos pobres. Então, Jesus vai dizer; não é necessário isto. O que será necessário? Defender a vida do irmão. É isto que os mandamentos nos trazem. Porque aí consigo compreender o que é amar a Deus de fato. Amar a Deus é não querer nada do que é do outro. Como é que eu faço para viver este amor a Deus, na medida em que eu respeito o irmão? Então, eu não vou roubar, não vou mata-lo, não vou levantar falso testemunho, eu vou garantir o descanso de todos.
Isto provocou a ira dos que eram lideranças no templo. Na semana Santa veremos nas leituras, que um dos motivos da morte de Jesus é que Ele disse: “Destruam o templo e eu o reconstruirei em três dias”.  Então, nós sabemos que um dos motivos de sua condenação será este, porque Ele acabou com as vantagens daqueles que se beneficiavam do templo.
O que tudo isto pode nos ajudar? “Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e muitos creram no seu nome”. Ora, nós vivemos o pós ressurreição. Cabe a nós nos perguntarmos: Eu creio na Palavra do Senhor? Eu creio em Jesus?
Muitos cristãos, não católicos, vão dizer: vocês não creem na Palavra porque vocês tem imagens na igreja, porque a bíblia é muito clara: não terás imagens, não farás imagem de mim.
De fato, nós só nos dobramos diante do Santíssimo. Na capela do Santíssimo podemos ver que ali o ponto central é Deus. As imagens que temos é tão somente para nos lembrar das pessoas que foram fiéis a Deus. São imagens que nos ajudam e nos incentivam a buscar, também nós, a vivência da santidade. Nós temos ciência de esta imagem é de gesso e se cair quebra. Sabemos que ela não tem vida. Também sabemos que aí não está Deus. Sabemos que Deus está no irmão e na Eucaristia. É evidente que não podemos ter uma imagem de Deus, porque seria restringir a sua imagem. Quando Jesus disse: “o que fizeste ao menor de meus irmãos é a mim que fizeste”, Deus tem a imagem de todos nós. Cada um de meus irmãos e irmãs é a imagem viva de Deus. A imagem de Deus não é feita. Hoje, para nos lembrarmos de alguém, tiramos fotografia. Antigamente não existia esta técnica e então se fazia uma imagem para que a pessoas fosse lembrada. Hoje ainda é usado isto, quando se quer homenagear alguém, fazemos estátua nas praças ou um busto que nos lembra um personagem importante de nossa história.
É bom termos clareza nisto: a imagem do santo nos ajuda a lembrarmos do santo. Sabemos que ele não está ali.  Neste aspecto sabemos que não traímos a Palavra de Deus nos nossas imagens. O que fazemos é nos lembrar daqueles que nos servem de estímulo para nossa caminhada e para isto utilizamos as imagens.
Que Deus nos ajude a entender e sermos perseverantes na sua Palavra.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

Jo 2, 13-25 - LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR).
- COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- Senhor, nosso Deus e Pai. Bendito sejais para sempre, pela vossa bondade e vosso amor para conosco. Sois um Pai preocupado em nos mostrar o caminho que nos levará à vida plena de felicidade.
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- Senhor, nosso Deus e Pai. Vos agradecemos por nos dar os ensinamentos e as leis que nos auxiliam em nossa caminhada. Dai-nos força e coragem para não desanimarmos.
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- Senhor, nosso Deus e Pai. Vos louvamos pela vossa bondade nos enviando Vosso Filho para nos instruir e nos transformar em pedras vivas deste novo Templo em que habitais.
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- Senhor, nosso Deus e Pai. Enviai-nos o Espírito Santo para que saibamos ver os valores do amor e do serviço a todos os irmãos.
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- Senhor, nosso Deus e Pai. Santificado seja o vosso nome. Que vosso Reino venha a nós e a vossa vontade seja feita. Pai, ajudai-nos em todas a nossas dificuldades e sofrimentos.
T: Nós vos louvamos e agradecemos, ó Deus de amor.
- PAI NOSSO...  A Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...

PAZ- JESUS É O NOVO TEMPLO E NÓS SOMOS AS PEDRAS VIVAS DESTE NOVO TEMPLO. JESUS REFLETE O AMOR DO PAI E NÓS DEVEMOS REFLETIR O AMOR DE JESUS A TODOS.
JESUS FOI AMOR, PERDÃO E MISERICÓRDIA.
NÓS DEVEMOS AMAR E ACOLHER A TODOS;
IRMÃOS, SAUDAI-VOS NA PAZ DE CRISTO...


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