EPIFANIA
DO SENHOR ANO a 2019 (Adaptado pelo Diácono Ismael)
Sinopse:
Tema: Epifania do Senhor: A manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é a “luz” que atrai a todos os povos. Primeira leitura: Anuncia a chegada da luz de Jahwéh, que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
Evangelho: Ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Segunda leitura: O projeto salvador de Deus vai atingir toda a humanidade numa mesma comunidade de irmãos.
PRIMEIRA LEITURA (Is 60,1-6) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Tema: Epifania do Senhor: A manifestação de Jesus a todos os homens… Ele é a “luz” que atrai a todos os povos. Primeira leitura: Anuncia a chegada da luz de Jahwéh, que atrairá à cidade de Deus povos de todo o mundo.
Evangelho: Ao encontro de Jesus vêm os “magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Segunda leitura: O projeto salvador de Deus vai atingir toda a humanidade numa mesma comunidade de irmãos.
PRIMEIRA LEITURA (Is 60,1-6) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Levanta-te,
acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória
do Senhor. Eis que está
a terra
envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o
Senhor, e sua glória se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz e os
reis ao clarão de tua aurora. Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram
e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas
nos braços. Ao vê
los, ficarás radiante, com o coração vibrando e
batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o
poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e
Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a
glória do Senhor.
AMBIENTE - “Trito-Isaías”. Trata-se de um profeta, pós-exílio, que exerceu o seu ministério em Jerusalém após o regresso dos exilados da Babilónia, nos anos 537/520 a.C.; Deus para trazer a salvação definitiva ao seu Povo. Então, Jerusalém voltará a ser uma cidade bela e harmoniosa, o Templo será reconstruído e Deus habitará para sempre no meio do seu Povo.
MENSAGEM - Inspirado pelo sol nascente que ilumina as construções de Jerusalém e faz a cidade transfigurar-se pela manhã, o profeta sonha com uma Jerusalém muito diferente daquela que os retornados do Exílio conhecem; essa nova Jerusalém levantar-se-á quando chegar a luz salvadora de Deus, que dará à cidade um novo rosto. Nesse dia, Jerusalém vai atrair os olhares de todos os que esperam a salvação. Como consequência, a cidade será repovoada; além disso, povos de toda a terra – atraídos pela promessa do encontro com a salvação de Deus – convergirão para Jerusalém, inundando-a de riquezas (nomeadamente incenso, para o serviço do Templo) e cantando os louvores de Deus.
ATUALIZAÇÃO - O projeto de libertação que Jesus veio apresentar aos homens será a luz que vence as trevas do pecado e da opressão e que dá ao mundo um rosto mais brilhante de vida e de esperança.
7. SALMO RESPONSORIAL / Sl 71 (72)
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó
Senhor!
• Dai ao
Rei vossos poderes, Senhor Deus, / vossa justiça ao descendente da realeza! /
Com justiça
ele governe o vosso povo, / com equidade ele julgue os vossos pobres.
• Nos seus
dias a justiça florirá / e grande paz, até que a lua perca o brilho! /
De mar a
mar estenderá o seu domínio, / e desde o rio até os confins de toda a terra!
• Os reis
de Társis e das ilhas hão de vir / e oferecer-lhe seus presentes e seus dons; /
também os
reis de Seba e de Sabá / hão de trazer-lhe oferendas e tributos. /
Os reis de
toda a terra hão de adorá-lo, / e todas as nações hão de servi-lo.
• Libertará
o indigente que suplica, / e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. /
Terá pena
do indigente e do infeliz, / e a vida dos humildes salvará.
EVANGELHO (Mt 2,1-12) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Tendo
nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que
alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos
judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos
adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a
cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei,
perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na
Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de
modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá
um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”. Então Herodes chamou em
segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha
aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações
exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá
adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham
visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o
menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se
diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram
presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a
Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
AMBIENTE - O episódio da visita dos magos ao
menino de Belém é uma catequese sobre Jesus e a sua missão… Por outras
palavras: Mateus não está aqui interessado em apresentar uma reportagem jornalística
que conte a visita oficial de três chefes de estado estrangeiros à gruta de
Belém; mas está interessado em (recorrendo a símbolos e imagens bem expressivos
para os primeiros cristãos) apresentar Jesus como o enviado de Deus Pai, que
vem oferecer a salvação de Deus aos homens de toda a terra.
MENSAGEM - Notemos, em primeiro lugar, a insistência de Mateus no fato de Jesus ter nascido em Belém de Judá (cf. vers. 1.5.6.7). Para entender esta insistência, temos de recordar que Belém era a terra natal do rei David e que era a Belém que estava ligada a família de David. Afirmar que Jesus nasceu em Belém é ligá-lo a esses anúncios proféticos que falavam do Messias como o descendente de David que havia de nascer em Belém (cf. Mi 5,1.3; 2 Sm 5,2) e restaurar o reino ideal de seu pai. Com esta nota, Mateus quer aquietar aqueles que pensavam que Jesus tinha nascido em Nazaré e que viam nisso um obstáculo para o reconhecerem como o Messias libertador.
Notemos, em segundo lugar, a referência a uma estrela “especial” que apareceu no céu por esta altura e que conduziu os “magos” para Belém. A interpretação desta referência como histórica levou alguém a cálculos astronómicos complicados para concluir que, no ano 6 a.C., uma conjunção de planetas explicaria o fenômeno luminoso da estrela refulgente mencionada por Mateus; outros andaram à procura de um cometa que, por esta época, devia ter sulcado os céus do antigo Médio Oriente… Na realidade, é inútil procurar nos céus a estrela ou cometa em causa, pois Mateus não está a narrar fatos históricos. Segundo a crença popular da época, o nascimento de uma personagem importante era acompanhado da aparição de uma nova estrela. Também a tradição judaica anunciava o Messias como a estrela que surge de Jacó (cf. Nm 24,17). Ora, é com estes elementos que a imaginação de Mateus, posta ao serviço da catequese, vai inventar a “estrela”. Mateus está, sobretudo, interessado em fornecer aos cristãos da sua comunidade argumentos seguro para rebater aqueles que negavam que Jesus era esse Messias esperado.
Temos ainda as figuras dos “magos”. A palavra grega “mágos”, usada por
Mateus, abarca um vasto leque de significados e é aplicada a personagens muito
diversas: mágicos, feiticeiros, charlatães, sacerdotes persas,
propagandistas religiosos… Aqui, poderia designar astrólogos
mesopotâmios, em contato com o messianismo judaico. Seja como for, esses
“magos” representam, na catequese de Mateus, esses povos estrangeiros de que
falava a primeira leitura (cf. Is 60,1-6), que se põem a caminho de Jerusalém
com as suas riquezas (ouro e incenso) para encontrar a luz salvadora de Deus
que brilha sobre a cidade santa. Jesus é, na opinião de Mateus e da catequese
da Igreja primitiva, essa “luz”.
Além de uma catequese sobre Jesus, este relato recolhe, de forma
paradigmática, duas atitudes que se vão repetir ao longo de todo o Evangelho: o
Povo de Israel rejeita Jesus, enquanto que os “magos” do oriente (que são
pagãos) O adoram; Herodes e Jerusalém “ficam perturbados” diante da notícia
do nascimento do menino e planeiam a sua morte, enquanto que os pagãos sentem
uma grande alegria e reconhecem em Jesus o seu salvador.
Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu Povo; mas vai ser acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos “magos” reflete a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se decididamente a caminho para O encontrar, perguntam aos judeus – que conhecem as Escrituras – o que fazer, encontram Jesus e adoram-no como “o Senhor”. É muito possível que um grande número de pagão-cristãos da comunidade de Mateus descobrisse neste relato as etapas do seu próprio caminho em direção a Jesus.
Mateus anuncia, desta forma, que Jesus vai ser rejeitado pelo seu Povo; mas vai ser acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus. O itinerário seguido pelos “magos” reflete a caminhada que os pagãos percorreram para encontrar Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que Jesus é a luz que traz a salvação, põem-se decididamente a caminho para O encontrar, perguntam aos judeus – que conhecem as Escrituras – o que fazer, encontram Jesus e adoram-no como “o Senhor”. É muito possível que um grande número de pagão-cristãos da comunidade de Mateus descobrisse neste relato as etapas do seu próprio caminho em direção a Jesus.
ATUALIZAÇÃO
• Diante de Jesus, o libertador enviado por Deus, estes distintos personagens assumem atitudes diversas, que vão desde a adoração (os “magos”), até à rejeição total (Herodes), passando pela indiferença (os sacerdotes e os escribas: nenhum deles se preocupou em ir ao encontro desse Messias que eles conheciam bem dos textos sagrados).
• Os “magos” são apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na “estrela” o sinal da chegada da libertação… Somos pessoas atentas aos “sinais” – isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa história e da nossa vida à luz de Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso caminho a vontade de Deus?
• Impressiona também, no relato de Mateus, a “desinstalação” dos
“magos”: viram a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram
procurar Jesus. Somos capazes da mesma atitude de desinstalação, ou estamos
demasiado agarrados ao nosso sofá, ao nosso colchão especial, à nossa
televisão, à nossa aparelhagem, ao nosso computador? Somos capazes de deixar
tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através dos irmãos?
• Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
• Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
SEGUNDA LEITURA (Ef 3,2-3a.5-6) Leitura da
Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos, se
ao menos soubésseis da graça que Deus concedeu para realizar o seu plano a
vosso respeito, e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. Este
mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba
de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os
pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são
associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho.
AMBIENTE - A Carta aos Efésios é aquilo que o autor chama “o mistério”: trata-se do projeto salvador de Deus, definido e elaborado desde sempre, escondido durante séculos, revelado e concretizado plenamente em Jesus, comunicado aos apóstolos e, nos “últimos tempos”, tornado presente no mundo pela Igreja.
Na parte dogmática da carta (cf. Ef 1,3-3,19), Paulo apresenta a sua
catequese sobre “o mistério”: depois de um hino que põe em relevo a ação do
Pai, do Filho e do Espírito Santo na obra da salvação (cf. Ef 1,3-14), o autor
fala da soberania de Cristo sobre os poderes angélicos e do seu papel de cabeça
da Igreja (cf. Ef 1,15-23); depois, reflete sobre a situação universal do
homem, mergulhado no pecado, e afirma a iniciativa salvadora e gratuita de Deus
em favor do homem (cf. Ef 2,1-10); expõe, ainda, como é que Cristo – realizando
“o mistério” – levou a cabo a reconciliação de judeus e pagãos num só corpo,
que é a Igreja (cf. 2,11-22)… O texto que nos é proposto vem nesta sequência:
nele, Paulo apresenta-se como testemunha do “mistério” diante dos judeus e
diante dos pagãos (cf. Ef 3,1-13).
MENSAGEM - É esse “mistério” que Paulo aqui desvela … Paulo insiste que, em Cristo, chegou a salvação definitiva para os homens; e essa salvação não se destina exclusivamente aos judeus, mas destina-se a todos os povos da terra, sem exceção. Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e único “corpo” (o “corpo de Cristo” ou Igreja), partilham o mesmo projeto salvador que os faz, em igualdade de circunstâncias com os judeus, “filhos de Deus” e todos participam da promessa feita por Deus a Abraão (cf. Gn 12,3) – promessa cuja realização Cristo levou a cabo.
MENSAGEM - É esse “mistério” que Paulo aqui desvela … Paulo insiste que, em Cristo, chegou a salvação definitiva para os homens; e essa salvação não se destina exclusivamente aos judeus, mas destina-se a todos os povos da terra, sem exceção. Agora, judeus e gentios são membros de um mesmo e único “corpo” (o “corpo de Cristo” ou Igreja), partilham o mesmo projeto salvador que os faz, em igualdade de circunstâncias com os judeus, “filhos de Deus” e todos participam da promessa feita por Deus a Abraão (cf. Gn 12,3) – promessa cuja realização Cristo levou a cabo.
ATUALIZAÇÃO - • A primeira novidade é que Cristo é a revelação e a realização plena desse projeto. A segunda novidade é que esse projeto não se destina apenas “a Jerusalém” (ao mundo judaico), mas é para ser oferecido a todos os povos.
• Destinatários, todos, do mistério, somos “filhos de Deus” e irmãos uns
dos outros. Essa fraternidade implica o amor sem limites, a partilha, a
solidariedade…
fonte: Dehonianos
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Vimos
e viemos...
Celebramos hoje a festa da EPIFANIA, que apresenta a visita dos Magos ao Menino de Belém.
Epifania é uma palavra grega, que significa "Manifestação".
Para os cristãos, epifania é uma
manifestação extraordinária de Deus, pela qual ele se revela em fatos da
história da salvação...
- No Antigo Testamento temos muitas epifanias...
- Essas epifanias eram a preparação da epifania definitiva,
cuja festa hoje celebramos: É a
manifestação de Jesus, como "a Luz" que atrai a si todos os povos da
terra.
Essa "luz" encarnou na história, a fim de iluminar
os caminhos dos homens com uma proposta
de Salvação.
A 1ª Leitura anuncia a chegada
da Luz salvadora de Javé, que alegrará Jerusalém e que atrairá à cidade de Deus
povos de todo o mundo. (Is 60,1-6)
A 2ª Leitura afirma que a
presença salvadora de Deus no meio do povo não se destinará apenas a Jerusalém,
mas a todos os povo. (Ef 5,2-3.5-6)
* É uma síntese do pensamento de Paulo sobre o "Mistério":
O projeto salvador de Deus, definido desde toda a
eternidade, escondido durante séculos, revelado e concretizado em Jesus,
comunicado aos Apóstolos e dado a conhecer ao mundo pela Igreja.
No Evangelho, vemos a
concretização das promessas. (Mt 2,1-12)
Os "Magos", atentos aos sinais da chegada do
Messias, vão ao encontro Jesus, aceitam-no como "Salvação de Deus".
O texto não é uma reportagem da visita de três chefes de
estado. É uma Catequese para apresentar Jesus como Salvador de todos os homens.
- Belém:
aí deveria nascer o Messias, descendente de Davi...
- Os Magos
representam os homens do mundo inteiro,
que se põem a caminho de Jerusalém com suas riquezas
para encontrar a Luz salvadora de Deus, que brilha sobre a
cidade. (1ª L.)
- A Estrela
não é um astro no céu, mas Jesus, a Luz que ilumina todos os homens.
Meditemos as ATITUDES dos principais personagens...
Os Magos: "Vimos a sua estrela no Oriente, e viemos
adorá-lo..."
São "os homens dos sinais", que sabem ver numa
estrela o sinal da chegada da Libertação.
Deixam tudo... Não desistem perante o cansaço da longa
viagem...
Não desanimam com o desaparecimento da estrela, nem com a
indiferença dos habitantes de Jerusalém:
perseveram até o fim e acabam encontrando o que procuram.
Não vão de mãos
vazias... Oferecem o que têm de melhor...
* Os
"Magos" representam os homens de todo o mundo que vão ao encontro de
Cristo e que se prostram diante dele. É imagem da Igreja, essa família de
irmãos, constituída por gente de muitas cores e raças, que aderem a Jesus e o
reconhecem como "o Senhor".
Os Doutores da Lei:
Souberam indicar muito bem o caminho aos magos, mas não
foram a Belém...
Herodes: Ganancioso, tinha o poder em suas mãos...
E uma criança indefesa amedronta esse rei poderoso e sua luxuosa
corte....
* DUAS ATITUDES vão se repetir ao longo de todo o
Evangelho:
- O povo de Israel rejeita Jesus, enquanto que os
"magos" do oriente (que são pagãos) O adoram;
- Herodes e Jerusalém "ficam perturbados" e
planejam a sua morte, enquanto que os pagãos sentem uma grande alegria e o reconhecem como o seu Senhor.
- Jesus vai ser rejeitado pelo seu povo; mas vai ser
acolhido pelos pagãos, que entrarão a fazer parte do novo Povo de Deus.
- Diante de Jesus, as atitudes são diversas: vão desde a adoração dos "magos"
até à rejeição total de Herodes,
passando pela
indiferença dos sacerdotes e os escribas:
Eles conheciam bem
as Escrituras, mas não foram ao encontro do Messias.
Com quem nos identificamos?
- Com os Magos,
que se ajoelham: isto é: reconhecem nele a Luz do Mundo e o seguem por outro
caminho.
- Com os sacerdotes
e escribas, que ficam indiferentes...
- Com Herodes,
que procura apagar essa Luz.
+ A Lição dos Magos.
- O itinerário dos "magos" reflete o processo dos
pagãos para encontrarem Jesus: estão atentos aos sinais (estrela), percebem que
Jesus traz a salvação; põem-se decididamente a caminho para o encontrar;
perguntam aos judeus, que conhecem as Escrituras, o que fazer; encontram Jesus
e o adoram.
* A exemplo dos Magos, somos todos peregrinos na fé!...
- ATENTOS aos
sinais... e prontos a segui-lo com generosidade?
- PERSEVERANTES,
mesmo nos momentos de dificuldades, quando a estrela indicadora parece ter
desaparecido, ou próprio Deus parece
ter-se esquecido da gente?
- FIÉIS, apesar
da maldade dos Herodes da vida, ou da indiferença de tantos católicos, que
encontramos ao longo de nossa
caminhada para Deus?
- GENEROSOS em
oferecer o que de melhor temos, ou nos
apresentamos sempre de mãos vazias ?
Temos a certeza de que em nossa caminhada para Deus...
Ele sempre se manifesta a quem o procura de coração sincero?
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia
do Pe. PEDRINHO
Cada ano somos convidados a voltar o
olhar para a epifania do Senhor. Jesus
que se manifesta o messias para todo o ser humano. Esta festa tem como símbolo
principal a LUZ. Qual a razão? Porque a luz ocupa muitas páginas da Bíblia,
tanto no antigo como no novo testamento. Já na primeira página que fala da
criação, o texto diz: No princípio era o caos e Deus disse: Faça-se a luz, e a luz foi feita. Houve
tarde e manhã; primeiro dia. Esta luz não pode ser confundida com o sol, porque
no relato da criação, o sol será criado
no quarto dia. O sol é o luzeiro maior para iluminar o dia e o luzeiro
menor para iluminar a noite, que é a lua. Nós sabemos que esta luz será de
grande ajuda para o povo de Deus. Na libertação do povo no Egito, nós temos o sarça ardente, uma luz que brilha, um
fogo que não consome a sarça. E através desta sarça, Deus se comunicando com
Moisés, dizendo: “Você deve me ajudar a libertar o meu povo. Depois vamos ver
uma coluna de fogo acompanhando o
povo que era escravo no Egito para a terra prometida. Esta luz, coluna de fogo,
ilumina o caminho para aqueles que vão para a terra prometida e ofusca os olhos
dos egípcios. Nós temos esta mesma manifestação de Deus, através do fogo,
apresentada para nós, através de São João Evangelista e de São Paulo. São João
vai dizer: No princípio era a palavra, a palavra estava em Deus e a Palavra era
Deus. Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito. E a Palavra se fez carne
e habitou entre nós. Ele é a LUZ que
veio a este mundo, mas o mundo preferiu as trevas. Então,
São João nos apresenta Jesus, como sendo esta luz. Também são Paulo na
caminhada para Damasco, em pleno sol do meio
dia no deserto, vê uma luz muito mais forte do que o sol, senão ele não
teria percebido esta luz. E no encontro com esta luz, descobre que esta luz é
Jesus, apresentado então como luz do mundo. O próprio Jesus disse: Eu sou a luz do mundo e vós sois a luz do mundo; ninguém acende
uma lâmpada para colocar debaixo da cama, mas em lugar que ilumina todo o
ambiente. Jesus se apresenta como luz e espera de cada um que sejamos luz. Como
posso ser luz? O batismo me concede
isto. No batismo somos apresentados ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. O Pai se revela como luz na sarça ardente,
o Filho se revela como luz na medida em que abre os olhos do cego, o Espírito Santo se revela como luz na medida que se
revela como luz de fogo em Pentecostes
e se reparte em línguas de fogo sobre os apóstolos e vai iluminar a compreensão
de cada ser humano. No batismo recebemos uma vela, onde se diz; recebei a luz de Cristo. Esta luz vos é
entregue para que alimenteis, esforçai-vos para que caminheis sob a luz que é o
Cristo e possas ir ao seu encontro quando Ele vier. Esta vela é acesa naquela
outra vela que é o Círio, que tanto lembra a coluna de fogo no antigo
testamento, quanto Jesus ressuscitado, Círio este que nós acendemos no sábado
santo, na vigília da Páscoa da Ressurreição.
Então veja, que todo este símbolo,
toda esta grandeza simbólica para nos ajudar a experimentar Jesus. Como podemos
ligar tudo isto com a liturgia de hoje? Primeiro porque Isaías vai dizer que
Jerusalém tem como vocação ser a luz para o mundo, pois para lá se dirigirão
todos os povos de todos os países e trarão para Deus ouro e incenso.
São Paulo vai dizer; eu de fato
descobri o mistério e quero revelar a vocês; através do Evangelho de Jesus
Cristo, a promessa de Deus se estende a toda a humanidade. Isto ele descobriu
no encontro com Deus, na pessoa de Jesus, no deserto.
Mateus então vai nos ajudar que de
fato Jesus é esta luz que veio para iluminar as nações e a cada ser humano,
pois Jesus é o grande Messias. De que maneira ele nos anuncia isto? Contando,
relatando a história dos magos. É interessante, que os magos vão ao encontro de
Jesus e encontrarão Jesus na manjedoura, e encontrarão Jesus no colo de Nossa
Senhora, encontrarão Jesus naquela casa e ali oferecem os seus presentes. É
interessante que Mateus adiciona, coloca um presente a mais; Isaías dissera que
Ele receberia ouro e incenso. Ouro simbolizando toda a realeza e o incenso toda
a Divindade. São Mateus vai dizer que tem a Mirra também. Jesus é revelado como
a luz do mundo em sua paixão e morte de cruz. A Mirra simboliza o sofrimento
enfrentado por Jesus. Nós sabemos bem, que no momento da morte, do meio dia às três da tarde, houve
trevas sobre toda a terra, que é exatamente a ausência da luz. Jesus vence as
trevas para nos trazer a luz do dia, mas no dia do Senhor. Portanto, Mateus
assim nos ensina que através dos magos, Jesus pode brilhar como a luz para
todos os povos, porque nenhum dos magos pertence ao povo de Deus. Agora, Jesus
é luz para todo aquele que o acolhe como sendo a luz. É evidente, que a luz que
estamos falando, eu a enxergo com os olhos da fé. É por isto mesmo que somos
chamados a enxergar esta luz, cada vez que participamos da Eucaristia.
O que tem de haver a Eucaristia com
esta luz? Em primeiro lugar, quando nós nos encontramos na Igreja, é como os
magos fizeram; agente vem de toda parte para se encontrar com Jesus. E onde eu
me encontro com Jesus? Na Eucaristia (em grego: εὐχαριστία =
"reconhecimento", "ação de graças"). Jesus se
apresenta na patena, pratinho onde eu coloco o alimento. Portanto, Jesus se
apresenta na Manjedoura. E eu vou ao encontro de Jesus para adorá-lo. Por isto,
é muito interessante, que Jesus tem que nascer em Belém. Porque Belém significa
a casa do pão. Se Jesus é o pão, o alimento para todos nós, Ele além de ser a
Luz e também o nosso alimento. É muito interessante, porque inverteu o papel.
Lá, os Magos foram presentear Jesus e aqui é Ele que nos presenteia com seu
corpo e seu sangue. Então, como os Magos, hoje nós viemos ao encontro de Jesus
e o que podemos presentar, dar de presente a Jesus? É você que escolhe o que pode
lhe oferecer na sua vida. Sabemos que Jesus não precisa de nada. Ele no entanto
nos fala: Senhor, quando foi te vimos com fome, com sede, preso, nu,
necessitado? O que fizerdes ao menor de meus irmãos, a mim o fazes. Então, o
presente de Jesus é em vista do irmão, em vista do próximo. Será que eu posso
ser uma luz para o irmão? Ajuda-lo a caminhar no caminho do Senhor, ajuda-lo a
vencer as dificuldades da vida? As incertezas, os medos, a falta de alimento, a
falta de um ombro amigo? É tudo isto que a liturgia nos convida a pensar e a
refletir no dia de hoje.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus
Cristo.
PE. PEDRINHO
HOMILIA II DO PE. PEDRINHO
Irmãos e irmãs, sabemos
que o dia de Reis é dia 06 e nem sempre cai aos domingos. Nós não sabemos se os
reis eram reis mesmo, porque o Evangelho fala de Magos, mas também não é o
Paulo Coelho. Magos, aqui, é quem sabe
ler os sinais advindos de Deus. Eles veem a estrela e dizem: Nasceu o
messias e se põem a caminho para encontra-lo. É muito interessante, porque todo
mundo já sabe que nasceu Jesus: os pastores, até nós, que celebramos o Natal. Os únicos que não sabem é Herodes e
Jerusalém. Todos que ouviram falar de Jesus, ficaram felizes, mas eles
ficaram alarmados. É que eles não comungam das idéias que este Menino trará
para o mundo. É aí então, que começa toda a Celebração de hoje. O profeta
Isaías já havida dito, que um dia Toda Jerusalém seria luz para as nações e que
todos iriam para Jerusalém, para ali, adorar o Senhor. Eles celebravam a festa
da Epifania. Epifania quer dizer, a
festa esplendorosa, a festa do brilho da luz, a festa da manifestação. O
povo de Jerusalém herdaram esta festa vinda do Egito. No Egito o rei era deus
feito homem. Ele era o representante do
deus sol. Então, no Egito existia a festa da luz, para celebrar a maior
divindade que eles tinham, que era o sol. Quando este povo, que veio da
escravidão, se libertaram, trouxeram consigo esta festa. Esta festa era
celebrada dia vinte e cinco de dezembro. Os judeus, vamos nos lembrar que judeu
é religião e israelita é raça. É diferente. Os judeus celebravam sete dias de
comemoração. Para cada dia, se acendia
uma vela. Claro, que na época era lamparina. Cada casa, no final de sete
dias, estava com sete lamparinas acesas. Em um lugar que não tinha energia,
cada casa com sete lamparinas acesas nas portas, a cidade ficava toda
iluminada. Assim então que eles celebravam o “ranoká”, que significa festa das luzes. Então, todos olhavam
Jerusalém e se encantavam, porque em cada casa tinha sete lamparinas. Os
cristãos, quando começaram a celebrar as datas, referentes a Jesus, disseram:
se é a festa das luzes e Jesus é a luz do mundo, então, tem que Celebrar Jesus
dia vinte e cinco de Dezembro. É assim,
que passa a fixar o dia do Natal dia vinte e cinco de dezembro, porque ele
é a luz do mundo. Por que, para os cristãos, Jerusalém não é a cidade
esplendorosa para o mundo? Porque, de fato, Jesus é a luz do mundo e Jerusalém
não segue o que o profeta Isaías diz. É bom lembrar, que quando a gente fala Jerusalém, não estamos falando
dos israelitas que hoje moram lá hoje, dos judeus, gente muito boa. Acolhe a
agente com muita alegria. Não estamos falando disso. Estamos falando de
Jerusalém, no tempo que Jesus nasceu. Onde só existia o Templo e a corte, que vivia ali, ao redor do rei. Veja o
que diz o Salmo:
• Dai ao
Rei vossos poderes, Senhor Deus, / - qual poder?
- justiça ao descendente da realeza! /
Com justiça ele governe o vosso povo, / com
equidade ele julgue os vossos pobres.
• Libertar o indigente que suplica, / e o pobre ao
qual ninguém quer ajudar. /
Terá pena
do indigente e do infeliz, / e a vida dos humildes salvará.
Essa é a vocação do
rei. Mas, Jerusalém, que é o rei e a corte, não estão fazendo isto. De tal
maneira, que Jesus não vai nascer em Jerusalém, mas vai nascer em Belém. Por
que? Porque é a cidade menos importante: “
e tu, Belém, terra de Judá, de forma alguma é a menor das cidades, porque de ti
sairá o Salvador do mundo”. Veja que São Mateus faz questão de dizer, que
todos foram avisados do nascimento de Jesus, até os magos, que viviam tão
distantes, menos Jerusalém, porque ela não conhece a justiça, ela não conhece a
paz, ela não conhece a misericórdia. Por isso, terá que conhecer Jesus antes
disso.
Segundo ponto
importante, da celebração de hoje: os magos vêm de partes distantes e trazem
consigo seus presentes: ouro, incenso e mirra. Diante de Jesus eles se
inclinam, num gesto de adoração e reconhecem que Jesus é Rei. Por isso, ouro.
Reconhecem que Jesus é Deus. Por isso, incenso. Mas, São Mateus acrescenta
algo, que o profeta Isaías não tinha dito: o profeta Isaías disse que eles trariam ouro e incenso. São Mateus diz que eles
trouxeram ouro, incenso e mirra. O que significa mirra? Sofrimento. então,
os magos vieram trazer para Jesus o seu reconhecimento de que Ele é o Rei:
ouro. Seu reconhecimento de Ele é Deus: incenso. E, trouxeram para Jesus os
sofrimentos. Certamente, os sofrimentos da humanidade para Jesus.
Meus irmãos e irmãs, isto
é muito importante: nós não temos dificuldade de reconhecer Jesus como sendo o
rei: nós celebramos Jesus Rei do universo. Nós não temos dificuldade de
reconhecer Jesus a Divindade, mas como temos dificuldade de oferecer a ele os
nossos sofrimentos. Dá a impressão de Ele não nos ouve, dá a impressão de que
estamos sozinhos. Os magos já deram um sinal para nós. “você está sofrendo,
entrega para Jesus o sofrimento”: com certeza, Ele acolhe como presente, porque
Ele sabe o que é sofrer. Ele é solidário com quem sofre. Ele, de fato, sofreu,
por excelência, e de maneira injusta. Não estou dizendo que sofremos por
justiça, não. É que muitas vezes achamos que somos privilegiados: “por que só
comigo acontece isto?” não. Os magos já entregaram os sofrimentos para Jesus na
manjedoura, para dizer: nós sabemos em quem nós confiamos. Depositamos os sofrimentos em Jesus, porque sabemos que ele não vai nos
abandonar. Nós sabemos muito bem, que Ele vai nos ajudar a enfrentar estes
momentos de sofrimentos ou dificuldades.
Tem um terceiro ponto: com os magos, vindo visitar Jesus,
ficou claro, que todas as pessoas podem se abeirar a Jesus. Independe de raça,
de condição social, independe também de religião, basta que aceitemos, que
acolhemos Jesus como o promotor da Justiça, da Paz, da concórdia, solidário,
aquele que está atento para fazer o bem. Basta que sejamos assim; basta que
estejamos no grupo que pertence a Jesus. Isto que São Paulo nos fala hoje e é
isso que nós acreditamos. Portanto, Celebrar
a Epifania do Senhor significa Celebrar Jesus e sua manifestação para o mundo
inteiro. Então, nós somos chamados a ser luz para as nações e falar para quem
não conhece o seu nascimento.
Que Deus nos ajude a imitar os magos.
Louvado seja Nosso
Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO – Diocese
de Santo André – SP.
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Homilia de D. Henrique Soares
Celebramos hoje a solene
Manifestação, a sagrada Epifania do Senhor. Recentemente, o dia em que o Senhor
nasceu entre os judeus; celebramos hoje o dia em que foi adorado pelos pagãos. Naquele
dia, os pastores o adoraram; hoje, é a vez dos magos”. A festa deste dia é
nossa, daqueles que não são da raça de Israel segundo a carne, daqueles que,
antes, estavam sem Deus e sem esperança no mundo! Hoje, Cristo nosso Deus,
apareceu não somente como glória de Israel, mas também como “luz para iluminar
as nações” (Lc 2,32). Hoje, começou a cumprir-se a promessa feita a nosso pai
Abraão: “Por ti serão benditos todos os clãs da terra” (Gn 12,3).
Na segunda leitura,
Paulo nos falou de um Mistério escondido e que agora foi revelado: “os pagãos
são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à
mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho”. Eis: com a visita dos
magos, pagãos vindos de longe, é prefigurado o anúncio do Evangelho aos não
judeus, aos pagãos, aos que desconheciam o Deus de Israel. Ainda Santo
Agostinho, explicando o mistério da festa hodierna, explicava muito bem: “Ele é
a nossa paz, ele, que de dois povos fez um só (cf. Ef 2,14). Já se revela qual
pedra angular, este Recém-nascido que é anunciado e como tal aparece nos
primórdios do nascimento. Começa a unir em si dois muros de pontos diversos, ao
conduzir os pastores da Judéia e os Magos do Oriente, a fim de formar em si
mesmo, dos dois, um só homem novo, estabelecendo a paz. Paz para os que estão
longe e paz para os que estão perto”. É este o sentido da solenidade da santa
Epifania do Senhor!
Que contraste, no Evangelho
de hoje! Jerusalém, que conhecia a Palavra, não crê e, descrendo, não vê a
Estrela, não vê a luz do Menino. Os magos, pagãos, porque têm boa vontade e são
humildes, vêem a Estrela do Rei, deixam tudo, partem sem saber para onde iam,
deixando-se guiar pela luz do Menino… e, assim, atingem o Inatingível e, vendo
o Menino, reconhecem nele o Deus perfeito: “ajoelharam-se diante dele e o
adoraram”. Com humildade, oferecem-lhe o que têm: “Abriram seus cofres e lhe
ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra”: ouro para o Rei, incenso para o
Deus, mirra para o que, feito homem, morrerá e será sepultado! Os magos crêem e
encontram o Menino e “sentiram uma alegria muito grande”. Herodes, o tolo, ao
invés, pensa somente em si, no seu título, no seu reino, no seu poder… e tem
medo do Menino! Escravo de si e prisioneiro de suas paixões, quer matar o Recém-nascido!
A Igreja, na sua liturgia, zomba de Herodes e dos Herodes, e canta assim: “Por
que, Herodes, temes/ chegar o Rei que é Deus?/ Não rouba aos reis da terra/
quem reinos dá nos céus!”. Que bela lição, que mensagem impressionante para
nós: quem se deixa guiar pela luz do Menino, o encontra e é inundado de grande
alegria, e volta por outro caminho. Mas, quem se fecha para esta luz, fica no
escuro de suas paixões, na incerteza confusa de suas próprias certezas, tão
ilusórias e precárias… e termina matando e se matando!
Que nós tenhamos
discernimento: não procuremos esta Estrela do Menino nos astros, nos céus! Não
perguntemos sobre ela aos astrônomos, aos cientistas, aos historiadores. Sobre
essa luz, sobre essa Estrela bendita, eles nada sabem, nada têm a dizer!
Procuremo-la dentro de nós: o Menino é a Luz que ilumina todo ser humano que
vem a este mundo! No século I, Santo Inácio de Antioquia já ensinava: “Uma
estrela brilhou no céu mais do que qualquer outra estrela, e todas as outras
estrelas, junto com o sol e a luz, formaram um coro, ao redor da estrela de
Cristo, que superava a todas em esplendor”. É esta luz que devemos buscar, esta
luz que devemos seguir, por esta luz devemos nos deixar iluminar! São Leão
Magno, no século V, já pedia aos cristãos: “Deixa que a luz do astro celeste
aja sobre os sentidos do teu corpo, mas com todo o amor do coração recebe
dentro de ti a luz que ilumina todo homem vindo a este mundo!”. E, também no
mesmo século V, São Pedro Crisólogo, bispo de Ravena, falava sobre o mistério
deste dia: “Hoje, os magos que procuravam o Rei resplandecente nas estrelas, o
encontram num berço. Hoje os magos vêem claramente, envolvido em panos, aquele
que há muito tempo procuravam de modo obscuro nos astros. Hoje, contemplam,
maravilhados, no presépio, o céu na terra, a terra no céu, o homem em Deus,
Deus no homem e, incluído no corpo pequenino de uma criança, aquele que o
universo não pode conter. Vendo-o, proclamam sua fé e não discutem,
oferecendo-lhe místicos presentes. Assim, o povo pagão, que era o último,
tornou-se o primeiro, porque a fé dos magos deu início à fé de todos os
pagãos!”
Quanta luz, na festa de hoje!
E, no entanto, é preciso que compreendamos sem pessimismo, mas também sem
ilusões diabólicas, que este mundo vive em trevas: “Eis que está a terra
envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos…” Que tristeza tão
grande, constatar que as palavras do Profeta ainda hoje são tão verdadeiras…
“Mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti”. Não
são trevas as tantas trevas da realidade que nos cerca? Não são trevas a
violência, a devassidão, a permissividade, as drogas, a exacerbação da
sensualidade? Não são trevas a injustiça, a corrupção e a impiedade? Não é
treva densa o comércio de religiões, o coquetel de seitas, a perseguição à
Igreja, o uso leviano e interesseiro do Evangelho e do nome santo de Jesus? Não
é treva medonha a dissolução da família, a relativização e esquecimento dos
valores mais sagrados e da verdade da fé?
Deixemo-nos guiar pela Estrela
do Menino, deixemo-nos iluminar pela sua luz! Com os magos, ajoelhemo-nos
diante daquele que nasceu para nós e está nos braços da sempre Virgem Maria Mãe
de Deus: ofereçamos-lhe nossos dons: não mais mirra, incenso e ouro, mas a
nossa liberdade, a nossa consciência e a nossa decisão de segui-lo até o fim.
Assim, alegrar-nos-emos com grande alegria e voltaremos ao mundo por outro
caminho, “não em orgias e bebedeiras, nem em devassidão e libertinagem, nem em
rixas e ciúmes. Mas vesti-vos do Senhor Jesus e não procureis satisfazer os
desejos da carne. Deixemos as obras das trevas e vistamos a armadura da luz”
(Rm 13,13.12).
Terminemos com o pedido que a
Igreja fará na oração após a comunhão: “Ó Deus, guiai-nos sempre e por toda
parte com a vossa luz celeste, para que possamos acolher com fé e viver com
amor o mistério de que nos destes participar!” Amém.
Dom Henrique Soares da Costa
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Magos, aqui, é quem sabe ler
os sinais advindos de Deus.
Os únicos que não sabem é
Herodes e Jerusalém.
Epifania quer dizer, a festa
esplendorosa, a festa do brilho da luz, a festa da manifestação. , no Egito Ele era o representante do deus sol.
Para cada dia, se acendia
uma vela. - o “ranoká”, que significa festa das luzes. Vinte e cinco de Dezembro. É assim, que passa a fixar o dia do Natal
Só existia o Templo e
a corte, que vivia ali, ao redor do rei. Veja o que diz o Salmo:
• Dai
ao Rei vossos poderes, Senhor Deus, / - qual poder?
- justiça ao descendente da realeza! /
Jesus não vai nascer em
Jerusalém, mas vai nascer em Belém.
Por que?
Os magos vêm de partes
distantes e trazem ouro, incenso e
mirra.
Isaías disse que eles
trariam ouro e incenso. São Mateus diz que eles trouxeram ouro, incenso e
mirra. O que significa mirra?
Sofrimento; isto é muito importante:
“você está sofrendo, entrega
para Jesus o sofrimento”:
com certeza, Ele acolhe como presente, porque Ele sabe o que é sofrer.
Depositamos os sofrimentos
em Jesus, porque sabemos que ele não vai nos abandonar.
Tem um terceiro ponto: com os magos, vindo visitar Jesus,
ficou claro, que todas as pessoas podem se abeirar a Jesus. Independe de raça,
de condição social, independe também de religião, basta que aceitemos, que
acolhemos Jesus como o promotor da Justiça, da Paz, da concórdia, solidário,
aquele que está atento para fazer o bem.
Celebrar a Epifania do
Senhor significa Celebrar Jesus e sua manifestação para o mundo inteiro. Então,
nós somos chamados a ser luz para as nações e falar para quem não conhece o seu
nascimento.
Que Deus nos ajude a imitar
os magos.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
(Diáconos e Ministros Extraordinários da Palavra):
LOUVOR: (Quando o Pão
consagrado estiver sobre o altar)
- O Senhor esteja com todos vocês...
Demos graças ao Senhor, o nosso Deus...
- com Jesus, por Jesus e em Jesus, na
força do Espírito Santo, Louvemos ao Pai.
T:
Pai, Obrigado por nos enviar Jesus, o nosso Salvador!
- Bendito sejais, Pai, pois tanto nos
amais que nos enviastes o vosso Filho para ser nossa luz, nossa verdade e a
salvação de nossa vida.
T:
Pai, Obrigado por nos enviar Jesus, o nosso Salvador!
- Seja o vosso nome honrado,
engrandecido e glorificado, pois através de vosso Filho, nos tornastes filhos
adotivos e através de nosso batismo nos escolhestes como um povo predileto que
se esforça para seguir os passos de Jesus Cristo.
T:
Pai, Obrigado por nos enviar Jesus, o nosso Salvador!
- Enviai-nos o Espírito Santo para que
nos transformemos em pessoas mais dóceis aos ensinamentos de vosso Filho e
possamos, cheios de esperança, caminhar rumo ao vosso Reino.
T:
Pai, Obrigado por nos enviar Jesus, o nosso Salvador!
- Os magos foram até Belém para se
encontrarem com o Menino Jesus. Nós também aqui viemos para nos encontrar com o
vosso Filho. Que vosso Filho seja reconhecido, glorificado, honrado e adorado
por todos os povos.
T:
Pai, Obrigado por nos enviar Jesus, o nosso Salvador!
- PAI NOSSO... A PAZ DE CRISTO... EIS
O CORDEIRO...