18º
DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2019 (Adaptação Diácono Ismael)
SINOPSE:
Tema: Que lugar ocupa os bens deste mundo em nossa vida?
Primeira
leitura:
uma reflexão do “Cohélet” (Eclesiástico) sobre o sem sentido em acumular bens terrenos.
Evangelho: Jesus denuncia
a falência de uma vida voltada apenas para os bens materiais.
Segunda
leitura: convida-nos
à identificação com Cristo e renascermos ao Homem Novo, deixando os deuses que
nos escravizam.
PRIMEIRA
LEITURA (Ecl 1,2;2,21-23)
Leitura do Livro do Eclesiastes.
“Vaidade das vaidades”, diz o Eclesiastes, “vaidade
das vaidades! Tudo é vaidade”. Por exemplo: um homem que trabalhou com
inteligência, competência e sucesso, vê-se obrigado a deixar tudo em herança a
outro que em nada colaborou. Também isso é vaidade e grande desgraça. De fato,
que resta ao homem de todos os trabalhos e preocupações que o desgastam debaixo
do sol? Toda a sua vida é sofrimento; sua ocupação, um tormento. Nem mesmo de
noite repousa o seu coração. Também isso é vaidade.
AMBIENTE - O Livro de Qohélet é um livro de caráter sapiencial,
escrito pelos finais do séc. III a.C.. O nome “Eclesiastes” é do grego
“ekklesiastes”: significa “aquele que fala na assembleia” (“ekklesia”). O autor
nega qualquer possibilidade de encontrar um sentido para a vida… Não é um livro
de respostas; é um livro que denuncia o fracasso da sabedoria tradicional e
onde se não compreende a razão de viver.
MENSAGEM – O texto
proclama a inutilidade de qualquer esforço humano. Que adianta trabalhar e
deixar tudo a outro que nada fez? A lição que o “qohélet” nos deixa a
demonstração da incapacidade de o homem, por si só, encontrar uma saída, um
sentido para a sua vida. O “qohélet” leva-nos a reconhecer a nossa impotência,
o sem sentido de uma vida voltada apenas para o humano e para o material. A
reflexão deste livro força-nos a olhar para o mais além. Para onde? O “qohélet”
não vai tão longe; mas nós, iluminados pela fé, já podemos concluir: para Deus.
Só em Deus e com Deus seremos capazes de encontrar o sentido da vida e
preencher a nossa existência.
ATUALIZAÇÃO • Quase que o “qohélet” é o precursor dos
filósofos existencialistas modernos que refletem sobre o sentido da vida e
constatam a futilidade da existência que acompanha a vida do homem, a
inutilidade da busca da felicidade, o fracasso que é a vida condenada à morte
(Jean Paul Sartre, Albert Camus, André Malraux…). As conclusões, quer do
“qohélet”, quer das filosofias existencialistas agnósticas, seriam
desesperantes se não existisse a fé. Para nós, os crentes, a vida não é absurda
porque ela não termina neste mundo… A nossa caminhada nesta terra está cheia de
limitações; mas nós sabemos que esta vida caminha para a sua realização plena,
para a vida eterna: só aí encontraremos o sentido pleno do nosso ser e da nossa
existência.
• Quem vive, apenas para acumular, pode
encontrar pleno significado à vida? Quem vive obcecado com a conta bancária,
com o carro novo, ou com a casa com piscina num empreendimento de luxo,
encontrará aí aquilo que o realiza plenamente? Para mim, o que é que dá sentido
pleno à vida? Para que é que eu vivo?
SALMO
RESPONSORIAL / 89 (90)
Vós fostes,
ó Senhor, um refúgio para nós.
• Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, / quando
dizeis:
“Voltai ao pó, filhos de Adão!” / Pois mil anos para
vós
são como ontem, / qual vigília de uma noite que
passou.
• Eles passam como o sono da manhã, / são iguais à
erva
verde pelos campos: / de manhã ela floresce vicejante,
/ mas à tarde é cortada e logo seca. (...)
• Saciai-nos de manhã com vosso amor, / e exultaremos
de alegria todo o dia! / Que a bondade do Senhor e
nosso Deus / repouse sobre nós e nos conduza! / Tornai
fecundo, ó Senhor, nosso trabalho.
EVANGELHO (Lucas 12,13-21)
Alguém disse a Jesus: “Mestre, dize ao meu irmão que
reparta a herança comigo”. Jesus respondeu: “Homem, quem me encarregou de
dividir vossos bens?” E disse-lhes: Tomai cuidado contra todo tipo de ganância,
porque, mesmo que alguém tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundância
de bens. E contou lhes uma parábola: “A terra de um homem rico deu uma grande
colheita. Ele pensava: ‘O que vou fazer? Então resolveu: ‘Já sei o que fazer!
Vou derrubar meus celeiros e construir maiores; neles vou guardar todo o meu trigo,
junto com os meus bens. Então poderei dizer a mim mesmo: Meu caro, tu tens uma
boa reserva para muitos anos. Descansa, come, bebe, aproveita!’ Mas Deus lhe
disse: ‘Louco! Ainda nesta noite, pedirão de volta a tua vida. E para quem
ficará o que tu acumulaste?’ Assim acontece com quem ajunta tesouros para si
mesmo, mas não é rico diante de Deus.
AMBIENTE - Um homem queixa-se uma herança. Segundo as tradições judaicas, o filho primogênito recebia dois terços das posses e intacto o patrimônio da família, a casa e as terras.
MENSAGEM
- Cristo
denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos... E adverte: "Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA... A vida de um homem não consiste na
abundância de bens..."
Jesus
não toma posição de um irmão contra outro. O que estava em questão era a cobiça
pelos bens. Jesus explica: o dinheiro não é a fonte da verdadeira vida. A cobiça insaciável de ter é idolatria:
não conduz à vida plena. Viver para acumular bens é, aos olhos de Deus,
“insensatez”.
Jesus
nos diz que não podemos viver escravos do dinheiro e dos bens materiais, como
se eles fossem a coisa mais importante da nossa vida. A preocupação excessiva
com os bens é egoísmo, que centra o homem em si próprio e o impede de
estar disponível para os valores importantes – os valores do Reino. Quando o
coração está cheio de cobiça, de avareza, de egoísmo, o homem torna-se
insensível aos outros e a Deus; é capaz de explorar, de escravizar o irmão, de
cometer injustiças. Torna-se orgulhoso e auto suficiente, incapaz de amar, de
partilhar, de se preocupar com os outros. Atenção: esta parábola destina-se a
todos que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os bens.
Todos buscamos segurança: segurança econômica,
segurança quanto à saúde, segurança afetiva, segurança profissional... sempre
segurança. O problema é que nesta vida e neste mundo nada é seguro e toda
segurança não passa de uma ilusão, que cedo ou tarde desaba. O Eclesiastes é de
um realismo cortante: "Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”.
– Em outras palavras: pó do pó, tudo é pó; tudo passa, tudo é transitório... E
o Salmista diz: “Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, quando dizeis: ‘Voltai
ao pó, filhos de Adão!’ Eles passam como o sono da manhã, são iguais à erva verde
pelos campos. De manhã ela floresce vicejante, mas à tarde é cortada e logo
seca”. O Autor do Eclesiastes coloca a questão tão dramática: será que
tudo caminha para o nada? “Toda a sua vida é sofrimento, sua ocupação,
um tormento. Nem mesmo de noite repousa o seu coração!” Mas, não é
assim: o Autor nos quer acordar do marasmo, para que demos melhor sentido à
nossa vida e olhemos mais adiante.
Então, onde apostar nossa vida, para que tenha um sentido? É interessante observar hoje a preocupação com a estética, com a saúde, com a satisfação dos desejos, ser vip, ter poder... A Palavra de Deus nos adverte: tudo passa, tudo é vaidade; não consiste nisso a vida de uma pessoa!
Então, em que consiste a vida? Como usar as coisas que passam de modo a abraçar as que não passam? Os cristãos têm uma resposta, que para o mundo é incompreensível. Escutemos o Apóstolo: "Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus; aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”. Para o cristão, a vida verdadeira é Cristo, aquele que morreu e ressuscitou, aquele que se encontra à direita do Pai. Nós cremos que tudo quanto vivamos com ele e de modo coerente com o seu Evangelho, é vida e nos faz felizes, livres e maduros. Cremos que viver de verdade a vida é apostar nele a existência, pois somente nele, no Cristo Senhor, está a vida verdadeira. Cremos que viver é viver como ele viveu. Ora, como foi a vida do Cristo? Foi total doação ao Pai e aos outros, por amor do Pai. Total despojamento, numa total liberdade – foi assim que o Cristo passou entre nós. Pois bem, é nisso que consiste a vida verdadeira; é nisto que consiste o que Jesus chama no Evangelho de ser “rico diante de Deus” e não ajuntar tesouros para si apenas.
Pensemos bem: num mundo que já não mais sabe olhar para o alto, num mundo que desaprendeu a ouvir aquele que tem palavra de vida eterna, não é fácil viver este caminho de Jesus. E, no entanto, esta é a condição para ser cristão de verdade e para encontrar a verdadeira vida.
ATUALIZAÇÃO • Muitos vivem escravos do trabalho e dos
bens, que têm tempo para as coisas importantes – Deus, a família, os irmãos que
nos rodeiam. Quantas pessoas escolhem prescindir dos filhos, para poder
dedicar-se a uma carreira de êxito profissional que as torne milionárias …
Quantas pessoas esquecem as suas familias, porque é mais importante assegurar o
dinheiro suficiente para as férias… Quantas pessoas renunciam à sua dignidade e
aos seus direitos, para aumentar a conta bancária… Tornamo-nos, assim, mais
felizes e mais humanos? É aí que está o verdadeiro sentido da vida?
• O que Jesus denuncia aqui não é a riqueza, mas
a deificação da riqueza. Jesus recomenda: “cuidado com os falsos deuses; não
deixem que o acessório vos distraia do fundamental”.
- Todos nós
desejamos segurança, felicidade... Mas onde a podemos encontrar?
Muitos
a procuram nas COISAS, nos bens terrenos e, para isso, se dedicam febrilmente
em empreendimentos grandiosos e lucrativos. Às vezes basta a simples visita de
um ladrão, um fracasso nos negócios, o desemprego, uma doença... e lá se vai o
que acumularam... Só Deus pode nos tornar plenamente felizes...
*
O pecado foi "acumular apenas para si". Não agradeceu a Deus, nem
partilhou com os irmãos.
A
ganância pelos bens terrenos é a causa de muitos males...
-
Quantas brigas e divisões em família... na divisão da herança!
-
Quantas lutas... para vencer o concorrente... e ter mais!
-
Quantas fraudes, injustiças e corrupção... no desejo insaciável de bens!
-
Quantas discriminações: porque as pessoas valem pelo que têm!
Pura
ilusão:
A fonte da vida está só em Deus... E a
morte nos convence dessa dura realidade...
Esta parábola não se destina apenas àqueles que têm muitos bens; mas
destina-se a todos aqueles que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os
bens, orientam a sua vida no sentido do "ter" e fazem dos bens
materiais os deuses, que condicionam a sua vida e o seu agir.
SEGUNDA
LEITURA (Colossenses
3,1-5.9-11)
Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por
alcançar as coisas do alto; aspirai às coisas celestes e não às coisas
terrestres. Pois vós morrestes, e a vossa vida está escondida, com Cristo, em
Deus. Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis
também com ele, revestidos de glória. Portanto, fazei morrer o que em vós
pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria. Não mintais
uns aos outros. Já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir e
vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do seu
Criador, em ordem ao conhecimento. Aí não se faz distinção entre grego e judeu,
circunciso e incircunciso, inculto e selvagem, escravo e livre, mas Cristo é
tudo em todos.
AMBIENTE - Paulo polemiza contra os “doutores” para quem a fé
em Cristo devia ser complementada com o conhecimento dos anjos e com certas
práticas legalistas e ascéticas. Paulo procura demonstrar que a fé em Cristo
(entendida como adesão a Cristo) basta para chegar à salvação. Paulo convoca os
Colossenses a viverem de acordo com essa vida nova que os identificou com
Cristo.
MENSAGEM - Paulo apresenta, como base sólida da vida cristã, a
união com Cristo ressuscitado. Os cristãos, pelo batismo, identificaram-se com
Cristo ressuscitado; dessa forma, morreram para o pecado e renasceram para uma
vida nova. Essa vida deve crescer progressivamente, mas manifestar-se-á em
plenitude, quando Cristo “aparecer”.
O cristão deve fazer morrer em si a imoralidade, a impureza, as paixões, os maus desejos, numa palavra, todos esses falsos deuses que enchem a vida do homem velho; e, por outro lado, deve revestir-se do Homem Novo – ou seja, deve renovar-se continuamente até que nele se manifeste a “imagem de Deus”. Quando isso acontecer, desaparecerão as velhas diferenças de povo, de raça, de religião e todos serão iguais, isto é, “imagem de Deus”. Foi isso que Cristo veio fazer: criar uma comunidade de homens novos, que sejam no mundo a “imagem de Deus”. A identificação com Cristo ressuscitado –pelo Batismo – é um renascimento contínuo que deve levar-nos a parecer-nos cada vez mais com Deus.
O cristão deve fazer morrer em si a imoralidade, a impureza, as paixões, os maus desejos, numa palavra, todos esses falsos deuses que enchem a vida do homem velho; e, por outro lado, deve revestir-se do Homem Novo – ou seja, deve renovar-se continuamente até que nele se manifeste a “imagem de Deus”. Quando isso acontecer, desaparecerão as velhas diferenças de povo, de raça, de religião e todos serão iguais, isto é, “imagem de Deus”. Foi isso que Cristo veio fazer: criar uma comunidade de homens novos, que sejam no mundo a “imagem de Deus”. A identificação com Cristo ressuscitado –pelo Batismo – é um renascimento contínuo que deve levar-nos a parecer-nos cada vez mais com Deus.
ATUALIZAÇÃO • Ser batizado é identificar-se com Cristo e,
portanto, renunciar aos mecanismos que geram egoísmo, ambição, injustiça,
orgulho, morte – os mesmos que Jesus rejeitou como diabólicos; e é, em
contrapartida, escolher uma vida de doação, de entrega, de serviço, de amor –
os mecanismos que levaram Jesus à cruz, mas que também o levaram à
ressurreição.
• O objetivo da nossa vida é a renovação contínua
da nossa vida, a fim de que nos tornemos “imagem de Deus”.
• A comunidade é essa família de irmãos onde as
diferenças são ilusórias, porque o fundamental é que todos caminham para ser
“imagem de Deus”.
• A construção do “Homem Novo” é uma tarefa
constante: cada instante apresenta-nos novos desafios, que podem ser vencidos
ou que podem vencer-nos.
Hoje
em dia é muito comum pôr tudo no seguro...
Há
seguro de vida para carros, roubos, incêndios, acidentes pessoais...
A
nossa vida, que continua na eternidade, também deve ser assegurada. Mas a vida
eterna não pode ser assegurada com as riquezas desse mundo... e sim com os
tesouros reconhecidos por Deus.
O
dinheiro nos dá a falsa sensação de segurança. O único fundamento seguro de nossa existência é Deus...
E, nele, o
próprio dinheiro adquire outro sentido: Não será mais instrumento de SEPARAÇÃO entre os homens, mas sim de COMUNHÃO, um sinal de amor...
Não
nos esqueçamos: nosso coração foi feito por Deus, e apenas em Deus encontrará a
verdadeira e plena felicidade...
O necessitado, o desempregado vê no dinheiro sua
sobrevivência o rico vê a possibilidade de ter mais.; Meu trigo, meu celeiro,
acumular, ter mais. Ele não pensa em ajudar sequer seus empregados. Este homem
perdeu seu trabalho e sua existência correndo atrás do ter.
==========------------==========
A Ganância
Todos
nós desejamos segurança, felicidade... Mas onde a podemos encontrar?
-
Muitos a procuram nas COISAS, nos bens terrenos e, para isso, se dedicam
febrilmente em empreendimentos grandiosos e lucrativos.
Às
vezes basta a simples visita de um ladrão, um fracasso nos negócios, o
desemprego, uma doença... e lá se vai o que acumularam...
-
Outros buscam segurança e felicidade nas PESSOAS, e quantas vezes acabam depois
profundamente decepcionados... Percebem que, o que este mundo oferece, não é
suficiente para estancar a sede de felicidade.
Só
Deus pode nos tornar plenamente felizes...
As
Leituras bíblicas aprofundam essa Verdade:
A
1a
Leitura lembra a situação insuportável do povo de Deus pela
ganância dos poderosos de então.
Isso
levou o autor sagrado a afirmar:
"Vaidade
das vaidades, tudo é vaidade". (Ecle
1,2; 2,21-23)
Na
2a
Leitura, São Paulo nos exorta a mesma coisa: "Se ressuscitastes com Cristo, procurai as coisas do alto...
e não as da
terra... " (Cl 3, 1-5.9-11)
No
Evangelho,
Cristo denuncia a cobiça e a preocupação exagerada pelos bens terrenos... (Lc 12,13-21)
-
Um desconhecido pede a Jesus para resolver um problema de herança.
-
Jesus se recusa, porque é difícil fazer justiça quando existe cobiça.
E adverte:
"Tomai cuidado contra todo tipo de GANÂNCIA... a vida de um homem não consiste na
abundância de bens..."
-
Para ilustrar essa verdade, conta a Parábola do RICO INSENSATO, que construiu grandes celeiros para
armazenar a colheita abundante,
pensando assim ter segurança para viver tranqüilamente.
Pura ilusão: Naquela mesma noite veio a
morrer... e se apresentou de mãos
vazias diante de Deus...
-
E Jesus conclui: "Assim acontece com
quem guarda tesouros para si e
não é rico diante de Deus."
*
O pecado foi "acumular apenas para si". Não agradeceu a Deus, nem
partilhou com os irmãos.
A
ganância pelos bens terrenos é a causa de muitos males...
-
Quantas brigas e divisões em família... na divisão da herança!
-
Quantas lutas... para vencer o concorrente... e ter mais!
-
Quantas fraudes, injustiças e corrupção... no desejo insaciável de bens!
-
Quantas discriminações: porque as pessoas valem pelo que têm!
Pura
ilusão:
A fonte da vida está só em Deus... E a
morte nos convence dessa dura realidade...
Esta
parábola não se destina apenas àqueles que têm muitos bens; mas destina-se a
todos aqueles que (tendo muito ou pouco) vivem obcecados com os bens, orientam
a sua vida no sentido do "ter" e fazem dos bens materiais os deuses, que
condicionam a sua vida e o seu agir.
+
A
Palavra de Deus nos questiona.
O
ensinamento de Jesus toca em cheio os cristãos encantados com o capitalismo
neoliberal e sua apologia do lucro e do acúmulo de bens.
Ficam
anestesiados diante das necessidades dos irmãos.
Cristãos
vivendo na riqueza, enquanto muitos irmãos na fé vivem na indigência, sem
experimentarem a solidariedade dos seus irmãos e irmãs na fé abastados.
Hoje
em dia é muito comum pôr tudo no seguro...
Há
seguro de vida para carros, roubos, incêndios, acidentes pessoais...
A
nossa vida, que continua na eternidade, também deve ser assegurada. Mas a vida
eterna não pode ser assegurada com as riquezas desse mundo... e sim com os
tesouros reconhecidos por Deus.
O
dinheiro nos dá a falsa sensação de segurança. O único fundamento seguro de
nossa existência é Deus...
E,
nele, o próprio dinheiro adquire outro sentido: Não será mais instrumento de
SEPARAÇÃO entre os homens,
mas
sim de COMUNHÃO, um sinal de amor...
Não
nos esqueçamos: nosso coração foi feito por Deus, e apenas em Deus encontrará a
verdadeira e plena felicidade...
Estamos
celebrando o mês vocacional. Nesse domingo, queremos lembrar
de modo especial a
Vocação
Sacerdotal e Diaconal. Aos nossos Padres e Diáconos, a nossa
gratidão e a nossa prece!...
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do
Pe. Pedrinho
Meus irmãos e irmãs, eu gostaria de perguntar para as
crianças que vão fazer a primeira comunhão: o que temos que fazer para que a
semente dê frutos? – água, o que mais? – luz, então eu preciso do sol, o que
mais? – terra. Então, terra, sol, água. Que mais? Faltam mais algumas coisas
ainda. Adubo se a terra não for boa. Ar e falta mais uma coisa muito
importante! – plantar. Claro! Não adianta eu ter água, terra, sol, semente e se
eu não plantar, não nasce. Agora, quem é que fabricou a terra, o sol, o ar, a
água, a semente? Deus. O ser humano não
conseguiu fazer isto.
Outra pergunta: quando
é que eu me torno imagem e semelhança de Deus? Quando eu junto todos estes
elementos e planto. Quando eu planto, eu
completo a obra do Criador. Ele já providenciou o sol, a terra, o ar e a
água e espera que eu plante, que eu junte estes elementos. É assim, que somos
imagem e semelhança de Deus. Veja, que Deus nos deu todas as riquezas
necessárias. Todas e Ele disse assim: “Crescei,
multiplicai e dominai a terra”. Significa: sede o jardineiro. Seja aquele
que cuida do jardim do Édem. Quem é que cumpriu esta ordem que Deus nos deu?
Quem será? Quem é que foi um verdadeiro jardineiro? Quem é que na bíblia, é
chamado de jardineiro? – Jesus. E você respondeu pelo óbvio, porque é sempre
Jesus o certo, ou você se lembra de alguma passagem na Bíblia? Você não se
lembra, claro, foi pelo óbvio. Ótimo! É Jesus mesmo. Lembra, quando Maria
Madalena vai ao túmulo e não encontra o corpo de Jesus e pensando que fosse
quem? – o Jardineiro. Ela diz a Jesus: “Senhor, se foi você que levou o corpo
de Jesus, me diga onde o colocou”. Jesus diz: “Maria”! Aí, ela se dá conta de
que é Jesus.
Jesus é o
jardineiro, que conseguiu cuidar do
jardim do Édem. Adão não conseguiu. Por
que eu estou falando isso? Porque a segunda leitura diz: Já vos despojastes do
homem velho e da sua maneira de agir e vos revestistes do homem novo, que se renova segundo a imagem do
seu Criador, em ordem ao conhecimento. O homem velho e o homem novo. Quem é o
homem velho? Adão. Quem é o homem novo? Jesus. Como Ele se tornou o Homem novo?
Ele cuidou do mundo na forma como Deus gostaria que cuidasse. E, mais ainda: Ele,
de verdade, no mostrou o que é ser imagem de Deus. Olha, não adianta, se você
quer ser a imagem de Deus, você tem que entender, que o trabalho é a maneira como eu completo a obra do criador. Comer
feijão cru não dá, mas na medida em que eu ponho para cozinhar o feijão, eu
completei a obra do criador. Você juntar a sêda, não resolve. Isto, o bichinho
da sêda faz. Mas, eu tecer a sêda, transformo em pano, tecido, para me cobrir,
completo a obra do Criador. E, assim, canalizar a água, assim, construir as
coisas, então, o trabalho é dom de Deus, é benção.
Quando é que
se torna maldição? A primeira leitura diz: quando eu trabalho para o outro
desfrutar. Às vezes, a gente acha que
o trabalho é um peso na vida. Ele é um peso, se um trabalha e outro é que
desfruta. Claro, que há divisões de
trabalho. Às vezes, um vai fora de casa para conseguir o dinheiro, para
honrar os compromissos e o outro fica em casa para dar o suporte para que a
pessoa possa conseguir o trabalho e trabalhar com tranquilidade. Há aqueles que dependem do salário da
gente, é evidente! As crianças, por exemplo. Não é disso, que a primeira
leitura diz. A primeira leitura diz sobre a exploração, onde um trabalha, se
dedica, e o outro, que nada fez,
desfruta do trabalho que foi realizado. Isto é maldição! Isto é vaidade.
A segunda leitura fala de idolatria. Aqui, eu gostaria de chamar a atenção. Portanto, fazei
morrer o que em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus
desejos e a cobiça, que é idolatria. Idolatria
e vaidade, são sinônimos. O que é que eu aprendi, que é vaidade? O pessoal
fala que vaidade é tingir o cabelo, vaidade é pintar as unhas, vaidade é passar
perfume! Não! Vaidade é explorar o
irmão. O que é que falam de idolatria? Falam que a nossa devoção para com os santos é uma idolatria. Hanhãm. Idolatria é a cobiça. Idolatria
é eu querer tudo para mim. É isto que
fala o Evangelho. O fulano não estava errado. Estava feliz! Ele trabalhou!
Conseguiu uma grande colheita. Mas, não passou na cabeça dele dividir com
alguém. Ele quis tudo para si, para guardar num depósito, para ele não ter que
trabalhar mais. Olhe aí. Quem
deixa de trabalhar, deixa de ser imagem de Deus. Quem pensa só em si, é um egoísta,
portanto, é um idólatra. De fato,
quem vai viver do trabalho do outro é o vaidoso. Cobiça, vaidade, são todos
pecados. Aí é que está. O problema não é termos bens e recursos. O problema é
quando isto é a razão da minha vida. O papa Francisco dizia: o
problema do mundo qual é? O problema do mundo está em ser alimentado pela
vaidade e a cobiça, onde eu me sinto
eternamente frustrado, porque, quando vou mostrar um novo celular para o outro,
o outro já me mostra um celular mais novo do que o meu. Sinto-me frustrado
quando eu não consegui trocar o meu carro. Sinto-me frustrado, porque a viagem
dos meus sonhos não consegui fazer. O papa diz: sempre você vai estar
escravizado, porque isto é escravidão. É viver só para o consumo, quando a vida
consiste em cultivar valores, que não são ultrapassados: o amor, a
solidariedade, ajudar o próximo e assim por diante os valores do Evangelho. Estes, nunca são ultrapassados. O restante
pode ultrapassar à vontade. Não tem problema nenhum.
Para nossa conclusão: eu tenho certeza, não vou dizer
todos, mas a maioria é muito consciente disto, dos presentes aqui. Então, por
que estou falando tudo isto? Porque tem gente que não ouve a Palavra de Deus e
se sente amargurado porque não consegue acompanhar o ritmo do consumo. Ajudar a
estas pessoas, mostrando a elas, que a verdadeira felicidade consiste nos
valores do alto. E, os valores do alto são os valores do homem novo, de Jesus,
porque Ele nos traz, de fato, razões para viver. Vamos lembrar da frase do Papa
Francisco: “Não te trago ouro nem prata;
te trago Jesus Cristo, porque este é o verdadeiro valor”. O restante pode
ajudar, na medida em que soubermos utilizar. Pode atrapalhar na medida em que
nos embriagarmos com o efeito, que eventualmente, ele venha a se demonstrar.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho – Diocese de Santo André – SP.
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Pe. Anderson Gomes 2016
Semana passada tivemos oportunidade de aprender como,
quando e onde orar, ao refletirmos o encontro de Jesus com Marta e Maria. Marta
atarefada com os afazeres e Maria aos pés de Jesus ouvindo-o. hoje Jesus nos
fala do homem rico. Será que é errado ser rico? Amados irmãos, a ganância, a
cobiça estão na origem de todos os pecados, diz a carta de Paulo a Timóteo. O dinheiro, o poder, a riqueza nos atrai e é
muito fácil nós seguirmos este caminho. É muito fácil nós esquecermos nossos
valores e seguirmos por este caminho, que muitas vezes não vem com uma boa
ética. No Evangelho de hoje temos dois momentos: alguém, no meio da multidão,
diz: mestre, diz a meu irmão para repartir a herança comigo. Na cultura
judaica, o filho mais velho tinha direito a 2/3 da herança. O segundo filho só
a 1/3 da herança. Para nosso olhar, é injusto. Mas, quem foi que crio a lei?
Olha a resposta de Jesus: “quem me encarregou de julgar ou de dividir os VOSSOS
bens”? Em outras palavras, o que eu tenho a ver com isso? Qual o problema aqui?
Mas era injusto, não sabemos se o outro estava devendo, se nada foi
repartido... a preocupação deste rapaz era a sua herança. Olha, já cansei de
ouvir sobre famílias que se dividiram por causa de herança. Irmãos que não se
falam, brigam por causa de herança. O que o dinheiro faz é passar como um
trator por cima daquilo que nos é mais sagrado, que é a família. O dinheiro nos
cega. Quantas associações, empresários que se uniram e por causa do dinheiro
são hoje arqui-inimigos. Em todas as épocas houve lutas e guerras pelo dinheiro
e pelo poder. Olhando para o nosso mundo político, que vergonha! Nosso mundo do
direito, da medicina, do comércio, quanta falcatrua, quanta corrupção! Quanto dinheiro
não contabilizado que vai direto para o bolço! Quantos não se vendem por causa
de uns trocados! A corrupção está no cerne de nossa sociedade brasileira.
Queremos ter, ter... o dinheiro tem nos atraído! Precisamos do dinheiro? Sim,
mas calma lá. Voltemos na primeira parte; se Jesus diz que existe entre nós
pobres e ricos e os ricos cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres,
não venha me pedir socorro. Não é problema meu, diz Jesus. Vocês criaram este
sistema. Nós criamos esta forma de viver. As regras do capitalismos foram
criadas por nós. Não venha buscar em Deus o que depende de nós, esta forma de
viver. Quase a totalidade das soluções passam por nós. Somos nós que gestamos
tudo isso. “Quem me fez juiz dos SEUS
bens”? os MEUS BENS não são esses. O dinheiro não vem de mim. Esta forma
de relacionamento vem da forma de nos organizarmos, mas não vem de Deus. Por
isso, Jesus diz: eu não posso ser juiz de vocês, daquilo que vocês legislam por
vocês mesmos. Agora, daquilo que é meu, isso eu posso vos dar.
Então, Ele conta uma parábola do homem rico. Ser rico
não é pecado, gente! Pode respirar aliviado.
Jesus nos diz: tomai cuidado com TODO TIPO DE
GANÂNCIA. A ganância por ter dinheiro,
por ter poder, por ter a saúde, a ganância da inteligência... o que eu faço com
minha inteligência? É um dom de Deus, é uma graça. O problema é o que vem
depois. O rico dificilmente entra no reino de Deus. Rico de si mesmo, rico de
dinheiro, rico do poder, rico de inteligência... “é mais fácil um camelo passar
pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Porque nós
facilmente nos apegamos a estas coisas e acabamos sendo absolutos e não temos a
humilde de reconhecer a grandiosidade de Deus. O rico se basta, ele sabe o que
é bom para ele, ele pode tudo e facilmente se afasta de Deus. Olha o rico da
parábola; quando viu seus bens, entrou em crise. “o que que eu vou fazer com
tanta comida, o que que eu vou fazer com tanto dinheiro? É o seu caso? As vezes
não percebemos que é. Olha a solução dele: “Vou derrubar os MEUS celeiros,
neles vou guardar o MEU TRIGO, junto com os MEUS BENS...então poderei dizer A
MIM MESMO; meu caro, descansa, bebe, aproveita. Ele não consegui olhar nada
além dele mesmo. Este é o problema da riqueza. A pessoa se torna cega.
Devemos ter nossa relação comercial? Sim. Precisamos
do dinheiro no mundo de hoje? Sim. Mas não pode ser o DONO DO MUNDO. A segundo
leitura nos diz; se ressuscitamos com Cristo, esforçai-vos para alcançar as
coisas do alto. Aspirai as coisas celestes. Buscai, desejai as coisas celestes.
Esta é a maior riqueza.
O que é a riqueza temporal? Nada. O que são cem anos
diante da eternidade? É bom ter uma boa casa, um bom carro? Lógico. Um bom
vinho, uma boa comida? Lógico. Isso é bom, mas o nosso tesouro não está aí. Tem
gente que se mata para trabalhar, trabalhar, olhe o rico... sabe quando ele
descansou? Quando o celeiro encheu. Ele virou escravo do trabalho. Trabalhou,
trabalhou, quando produziu e encheu os celeiros, aí ele diz; descansa, dorme,
relaxa. Ele não viveu até então. Quantas pessoas hoje escravas do trabalho,
escravas do mercado. Por que? O dinheiro tem sido a nossa meta. Precisamos de
nossas relações comerciais, mas todo mundo quer ficar rico da noite para o dia.
Às vezes eu me pergunto; por que uma consulta médica custa tão caro? Sem querer
menosprezar o conhecimento. Assim também outras consultorias. Por que? Porque o
sistema para formar é muito caro. Por que? Por que tudo?
Olha o diz São Paulo: “Fazei morrer fazei morrer o que
em vós pertence à terra: imoralidade, impureza, paixão, maus desejos e a cobiça, que é idolatria”. Imoralidade.
Quanta imoralidade! O que é imoral? No mundo da sexualidade, da economia... em
todos os sentidos.
Fazei morrer a impureza. “Bem aventurados os puros,
porque verão a Deus”.
Paixão, maus desejos e COBIÇA. Cobiça, que é
idolatria. Interessante, que nós católicos somos acusados de que somos
idólatras. Dizem que nós adoramos imagens. Já começa um grande erro por aí. Nós
não adoramos imagem alguma; veneramos. Agora, e a cobiça ao dinheiro? Isso é
idolatria. Quando o meu dia, minha empresa, minha igreja vivem em torno do
dinheiro, é uma vergonha estas câmaras ditas religiosas, os partidos
religiosos, seja o protestante de um lado, o católico de outro, o budista
aspirando poder, isto é idolatria. Usando a fé do povo para ter mais, ser mais.
Grandes homens no nosso mundo político, IDÓLATRAS, só se vê e não está
preocupado com o outro, isto sim, é uma grande idolatria. Meus irmãos, está
ficando assustador o que nós chamamos de “teologia da prosperidade”, onde eu
dou para Deus, para Ele possa me dar. Vá para o inferno com seu dinheiro, com
seu carro, com seu poder. Não se compra Deus com nossa moeda. Com Deus não se
negocia! Não adianta colocar aqui seu dinheiro, pensando que irá receber mais.
Dízimo não se paga. Você paga a luz, a água, a gasolina, mas não se paga
dízimo. Ninguém entra na igreja devendo nada, embora tem igreja que é pedágio. O
que fazemos é devolver. Precisamos do seu dinheiro? Sim. Quanto mais dinheiro
tivermos aqui, mais iremos fazer. Para se ter um bom som, um bom ar
condicionado, uma bela pintura, uma reforma, tudo isto custa. Se tivermos mais,
vamos potencializar. A nossa relação não pode ser só comercio. Se eu fosse
cobrar a Eucaristia, vocês não teriam dinheiro para pagar. Se eu fosse cobrar a
confissão, os atendimentos que faço, as pregações que anuncio... Amados, tem
muito esforço nisto tudo, muito estudo, mas se de graça Ele me deu, de graça
devemos dar. Tudo isto não tem preço. O trabalhador merece o dinheiro? Sim. Não
não fique só nesta relação de serviço-salário. Viva um pouco da gratuidade. É
isto que nos dá alegria de viver. Este é um tesouro maior. Se o seu celeiro
está cheio, se você está cheio de conhecimento, se está cheio de saúde, se está
cheio do que for, doe, partilhe, mesmo que não vá receber nada em troca. Vai
diminuir o seu lucro? Vai, mas você terá um lucro maior, uma sobrevida melhor.
Me dá nojo este sistema de bancos super faturador, com lucros astronômicos,
para que? Assolando o povo, para que? Deixe de ganhar um pouco para ganhar mais
em Deus. Aí o nosso mundo será muito melhor. É isto que o Senhor nos pede;
vaidade das vaidades: TUDO PASSA. Se cada um colocar a SUA RIQUEZA para o bem
comum, não teríamos entre nós necessitados e pobres. Seria uma vida bela,
plena, para todos. Volto a dizer; isto não é comunismo. É Cristianismo.
Na bíblia não temos um plano econômico, um plano
político, mas temos iluminações e ideias para que possamos viver o bem comum e
ali partilhar o bem que nós temos. Não fiquemos só no meu, meu, meu. Alguns
teólogos até dizem que nossa liturgia está se desviando do nosso para o MEU.
Nossas canções é tudo na primeira pessoa; eu, eu, eu. Estamos fugindo do nosso,
do comunitário. Comesse a pensar um pouco em nossos cânticos. As nossas músicas
é isso, sem falar no mundo gospel. A religião virou um mercado.
Amados irmãos, viemos a este mundo nú e morreremos
igual ao crucificado. Na cruz é bonitinho, porque tem um paninho que cobre as
intimidades, mas na verdade Ele morreu pelado, gente! Sem nada, para nos
mostrar que desta terra não levamos nada. Não se vai atrás do cortejo com um
carro de mudança. Não levamos nada. A bíblia nos garante que levaremos aquilo
que fizemos que vem de Deus; AMOR. Os bens terrenos ficam. Possamos tê-los,
usufruir? Sim, mas tudo isso não se equipara ao tesouro dos céus. Existe uma
riqueza, um bem maior que passa pelo amor, doação, partilha, perdão,
solidariedade e isso realiza tanto. Estando com Deus, nada nos falta. Ele nos dá
o sustento. Cuidado para não cair no mundo da vaidade. Se pergunte antes de
comprar; preciso mesmo disso? É justo aquele valor? Se está sobrando, faça
alguma coisa.
Louvado seja N.S.J. CRISTO.
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (DIÁCONOS E MINISTROS DA PALAVRA):
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O
ALTAR)
Pres: O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO
SENHOR...
Pres: COM JESUS, POR JESUS E EM JESUS, NA FORÇA DO
ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI: TODOS
REPITAM:
T: Bendito seja o
Senhor nosso Deus.
1- “Deus nosso Pai, nós Vos bendizemos por toda a
criação. Mesmo as flores, que hoje existem e depois passam, ensinam-nos que
sois o Criador soberano. Bendito sejais, porque nos chamas a participar da
Vossa eternidade.
T: Bendito seja o
Senhor nosso Deus.
2- Pai, sois bondade e misericórdia. Nós vos louvamos
pelo vosso grande amor por nós. Imenso é o vosso amor nos criando e nos
propondo participar de vossa glória. Agradecemos nos ter enviado vosso Filho
para nos ensinar o caminho da salvação.
T: Bendito seja o
Senhor nosso Deus.
3- “Jesus Cristo, o Vosso Filho, nos fez filhos
vossos. Pai, ouvindo Jesus Cristo, caminhamos nos transformando em novas
pessoas todo dia. Esperamos ansiosos habitar em vossa casa por toda a eternidade.
Ajudai-nos para que não nos desviemos de vossos caminhos.
T: Bendito seja o
Senhor nosso Deus.
4- Deus nosso Pai, Vosso Filho Jesus nos ensina a
renunciar as coisas passageiras e valorizar as riquezas do alto. Ter olhos para
os atos que constroem o Vosso Reino e não colocar nosso coração apenas nas
coisas que são terrenas. Pai, dai-nos o Espírito da fortaleza para que saibamos
ver os valores do alto e saibamos partilhar as riquezas desta terra.
T: Bendito seja o
Senhor nosso Deus.
= Pai
nosso... Oração da Paz... Eis o cordeiro
de Deus...
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