19º
DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C 2019
(Mês
vocacional)
SINOPSE:
Tema: “Onde
está o vosso tesouro, estará vosso coração”:
Primeira
leitura: só
os valores de Deus geram vida e felicidade.
Evangelho: Quem está
atento ao libertador, vai agir para que a felicidade aconteça.
A segunda
leitura apresenta Abraão e Sara como
modelos de fé para todas as épocas.
PRIMEIRA
LEITURA (Sb
18,6-9): Leitura do Livro da
Sabedoria.
A noite da
libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que juramento tinham
dado crédito, se conservassem intrépidos. Ela foi esperada por teu povo, como
salvação para os justos e como perdição para os inimigos. Com efeito, aquilo
com que puniste nossos adversários, serviu também para glorificar-nos,
chamando-nos a ti. Os piedosos filhos dos bons ofereceram sacrifícios
secretamente; de comum acordo, fizeram este pacto divino: que os santos
participariam solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos. Isso,
enquanto entoavam antecipadamente os cânticos de seus pais.
O “Livro da Sabedoria” é do séc. I a.C. - Elogio da “sabedoria”
israelita aos os valores da fé; reflexão entre o que aconteceu aos egípcios e
ao Povo de Deus:
-As pragas de animais aos egípcios = mas as codornizes para os israelitas;
-As moscas e gafanhotos aos egípcios = a serpente de bronze salvou
o Povo;
-As chuvas destruíram as culturas egípcias = o maná alimentou o
Povo de Deus;
-As trevas aos egípcios = coluna de fogo ilumina a caminhada do
Povo de Deus;
-Morte aos primogênitos dos egípcios = Deus salvou a vida do seu Povo…
MENSAGEM - O texto refere-se à noite do êxodo como
a “resposta de Deus” ao faraó que ordenava a matança e escravidão. Para os
egípcios, foi uma noite trágica, de morte e de luto; para os judeus, foi uma
noite de salvação, de glória e de louvor do Deus libertador. Deus, através de
Moisés, fez saber com antecedência aos hebreus os acontecimentos da noite
pascal. A fé provoca uma reação em agradecimento:
1-
Os sacrifícios (cordeiro pascal),
2-
A solidariedade (participação na
partilha igual dos despojos).
3-
O cântico de hinos (cantados
todos os anos durante a ceia pascal).
4-
Os egípcios que corriam atrás dos deuses
falsos – esquemas de opressão e de injustiça -
receberam o justo castigo.
5-
Os israelitas, fiéis a Jahwéh e à Lei,
viram Deus atuar e encontraram a liberdade e a paz.
ATUALIZAÇÃO ♦ Há
diferença entre o viver de acordo com os valores da fé e o viver de acordo com
propostas enganosas de felicidade e de bem-estar… Só a fidelidade aos caminhos
de Deus gera vida e libertação; e que os deuses do egoísmo e da injustiça geram
sofrimento e morte.
♦ “vigilância”; trata-se de eu saber o que
quero, de ter ideias claras quanto ao sentido da minha vida e de, em cada
instante, atuar em conformidade.
♦ A
resposta do Povo à ação libertadora de Deus; 1- celebração, 2- solidariedade, 3- louvor e ação de graças.
*
Rever o passado encoraja a comunidade a não parar, a olhar para frente, a ter
esperança no futuro.
Só a fidelidade aos caminhos de Deus gera
vida e libertação.
SALMO
RESPONSORIAL - 32(33)
Feliz o povo
que o Senhor escolheu por sua herança!
•
Ó justos, alegrai-vos no Senhor! /Aos retos fica bem glorificá-lo. / Feliz o
povo cujo Deus é o Senhor / e a nação que escolheu por sua herança!
•
Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem / e que confiam esperando em
seu amor, / para da morte libertar as suas vidas / e alimentá-los quando é
tempo de penúria.
•
No Senhor nós esperamos confiantes, / porque ele é nosso auxílio e proteção! /
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, / da mesma forma que em vós nós
esperamos!
EVANGELHO (Lc 12,32-48)
...Não tenhais
medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino. ...Fazei
bolsas que não se estraguem, um tesouro no céu que não se acabe; .... Sede como
homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento.
...Mas ficai certos: se o dono da casa soubesse a hora em que o ladrão iria
chegar, Pedro disse: “Senhor, tu contas esta parábola para nós ou para todos?”
E o Senhor respondeu: “Quem é o administrador fiel que o senhor vai colocar à
frente do pessoal? Feliz o empregado que o patrão, ao chegar, encontrar agindo
assim! Porém, se aquele empregado ...começar a espancar os criados, o senhor
chegará num dia inesperado; ele o partirá ao meio... Aquele que, conhecendo a
vontade do senhor, não agiu conforme a sua vontade, será chicoteado muitas
vezes. Porém, o empregado que não conhecia essa vontade, será chicoteado poucas
vezes. A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado,
muito mais será exigido!”
AMBIENTE - Jesus dirige-Se ao grupo dos discípulos
(como “pequeno rebanho”), mostra o que fazer para que o “Reino” seja uma
realidade e quais os “tesouros” são a prioridade.
MENSAGEM - O “verdadeiro tesouro” não está nos bens
deste mundo: Estar atentos, trata-se do “Reino” e dos seus valores.
1-
A primeira parábola
convida a ter os rins cingidos e as lâmpadas acesas, como homens que esperam o
senhor que volta da sua festa de casamento; estarem preparados para acolher
a libertação.
2
- A segunda, incerteza
da hora; A imagem do ladrão:
3
- A terceira, a
pergunta de Pedro aos responsáveis da comunidade; fiéis às suas tarefas:
quem usa as funções em benefício próprio, será castigado: os que desobedeceram
intencionalmente serão mais castigados; os que desobedeceram não
intencionalmente serão menos castigados. A última afirmação (“a quem muito foi
dado, muito será exigido) é dirigida a todos os que receberam dons materiais ou
espirituais. - E conclui, respondendo à
pergunta de Pedro: "Quem deve vigiar?".
TODOS: sobretudo os Animadores da Comunidade cristã, que devem permanecer
fiéis às suas tarefas de animação e de serviço.
- Muitas vezes
temos a tentação do desânimo. A Palavra de Deus nos anima: "Não tenhais MEDO”...
"A fidelidade de
Deus no PASSADO é garantia de sua presença no PRESENTE.
Uma
luz sempre se acende, diante de quem tem fé e esperança.
ATUALIZAÇÃO ♦ A
vida dos discípulos de Jesus tem de ser uma espera vigilante e atenta.
♦ Ser
cristão não é um trabalho de fim de semana; mas é um compromisso a tempo
inteiro.
♦
Desempenhar bem as funções que lhe foram confiadas. A quem foi confiado a
autoridade, que ajam como servos e com humildade.
SEGUNDA
LEITURA (Hebreus 11,1-2.8-19) A fé é um modo de já possuir o que ainda se
espera,... Foi a fé que valeu aos antepassados um bom testemunho. Foi pela fé
que Abraão obedeceu..., e partiu. Foi pela fé que ele residiu como estrangeiro
na terra prometida, Pois esperava a cidade que tem Deus por construtor. Foi
pela fé que Sara, ...se tornou capaz de ter filhos.... Todos estes morreram
na fé. Não receberam a realização da promessa, mas a puderam ver e
saudar de longe e se declararam estrangeiros e migrantes nesta terra. Mas
agora, eles desejam uma pátria melhor, isto é, a pátria celeste. ...Foi
pela fé que Abraão ofereceu Isaac; ele, o depositário da promessa. Ele estava
convencido de que Deus tem poder e assim recuperou o filho o que é também um
símbolo.
AMBIENTE - Carta aos Hebreus anos 70. Destina-se a
comunidades cristãs desanimadas, por causa das perseguições. O autor apresenta
um estímulo à vocação cristã, até à identificação total com Cristo. Cristo, o
sacerdote por excelência – através de quem os homens são inseridos nesse Povo
sacerdotal que é a comunidade cristã e devem fazer da sua vida um contínuo
sacrifício de louvor, de entrega e de amor. O autor insiste na fé e na
constância ou perseverança. Pela fé, percorrer o caminho dos “antigos”;
pela constância, aceitar com paciência os sofrimentos que a vida comporta, pois
esses sofrimentos fazem parte da pedagógica para chegar à perfeição.
MENSAGEM: A “fé” é posta em relação com a
esperança; ela dirige-se ao futuro e ao invisível. A fé é, sobretudo, a adesão
a Jesus. Pela fé, Abraão acolheu o
chamamento de Deus, deixou a sua casa e partiu ao encontro do desconhecido;
pela fé, Sara pôde conceber e dar à
luz Isaac; pela fé, Abraão não duvidou quando Deus o mandou sacrificar o filho
Isaac. Abraão não viu concretizar-se a promessa da posse da terra, nem a
promessa de um povo numeroso; mas, pela fé, ele contemplou antecipadamente a
realização das promessas de Deus, “saudando-as de longe”. Assim, Abraão assumiu
a sua condição de peregrino e estrangeiro, ansiando pela cidade futura, e
caminhando ao encontro do céu, a sua pátria definitiva. A carta quer propor a
esses cristãos perseguidos e desanimados: vivam na fé, esperando a
concretização dos dons futuros que Deus vos reserva e caminhem pela vida como
peregrinos, sem desanimar, de olhos postos na pátria definitiva.
ATUALIZAÇÃO ♦ O
autor convida a confiar na possessão dos bens futuros, anunciados por Deus. A
nossa caminhada nesta terra está marcada pela finitude, pelas nossas
limitações, pelo nosso pecado; mas isso não pode fazer-nos desanimar e
desistir: viver na fé é, apesar disso, apontar à vida plena que Deus nos
prometeu e caminhar ao seu encontro.
♦ o
cristão deve ser o homem da serenidade e da paz; ele sabe que a sua existência
está para além dos êxitos ou dos fracassos que o dia a dia traz. Guiado pela
fé, ele tem sempre diante dos olhos essas realidades últimas, que dão sentido
pleno àquilo que aqui acontece.
Se Jesus declara felizes os servidores que esperam para servir,
porque depois em lugar de servir, vão ser servidos, e logo pelo seu Mestre. O
fato de esperar muda totalmente a situação.
No evangelho: “Estejam
cingidos os vossos rins e as lâmpadas acesas. Ter as roupas cingidas é uma
imagem utilizada para indicar que alguém se preparava para realizar um
trabalho, ou uma viagem. Ter lâmpadas acesas indica a atitude daquele que está
de vigia ou espera de alguém. Quando o Senhor vier no final da nossa vida, deve
encontrar-nos assim: em estado de vigília; servindo por amor e preparados para
a viagem.
Disse Jesus: “onde está o
vosso tesouro, aí estará o vosso coração”: “quer comais ou bebais ou façais
qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” (1Cor. 10,31).
Crer não é acreditar em
algumas coisas, dar assentimento a uma demonstração clara e evidente de idéias,
ou a um projeto sem dúvidas e conflitos. Crer é confiar em Alguém, é
seguir o chamamento do Desconhecido que convida, (como Abraão) confiar a própria
vida nas mãos de um Outro, para que Ele seja o único, o verdadeiro Senhor. «Crer»
significa «cor dare», dar o coração, confiá-lo incondicionalmente nas mãos
de um Outro: (como Sara) crê todo aquele que se deixa fazer prisioneiro do Deus
invisível, todo aquele que aceita ser possuído por Ele, na escuta obediente e
na docilidade do coração. Fé significa «rendição, entrega, abandono», e não
«possessão, garantia e segurança».
3. Crer, portanto, não é
ser poupado à luta, fugir do risco e caminhar tranquilo; a fé não é um seguro
de garantia, um passaporte para um mundo cor-de-rosa.
Aquele
que crê, caminha na noite, como um peregrino, ao encontro da Luz. Sabe que a
noite é apenas uma parte do dia. As trevas, levarão o peregrino a invocar a
presença protetora e a confiar nela. E essa confiança chama-se «fé». A fé é,
por isso, «um raio», uma luz que não elimina o escuro, mas ilumina a noite!
«Crer significa estar à beira do abismo obscuro, e ouvir uma Voz que brada:
«Lança-te, Eu te tomarei nos Meus braços!» (S. Kierkegaard). E atirar-se,
apoiado apenas na palavra invisível que nos chama! Creio em Vós, Senhor, mas
aumentai a minha fé»
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Fé Vigilante
Muitas
vezes temos a tentação de nos deixar levar pelo desânimo.
A
Palavra de Deus nos anima: "Não
tenhais MEDO..."
A
fidelidade de Deus no PASSADO é garantia de sua presença no PRESENTE.
Na
1ª leitura, encontramos a experiência de ISRAEL, que
gostava de recordar a presença amorosa e libertadora de Deus no passado, para mostrar que era possível superar as
dificuldades presentes. (Sb 18,6-9)
A
leitura recorda a experiência do êxodo, da "noite" da libertação.
+
Noite trágica de luto e extermínio para os egípcios que, tendo repelido a
palavra de Deus transmitida por Moisés, viram perecer seus primogênitos.
+
Noite de alegria e liberdade para os hebreus, que, tendo crido nas promessas
divinas, foram poupados e iniciaram a marcha libertadora para o deserto onde
Deus os aguardava para estabelecer Aliança com eles.
*
Rever o passado encoraja a comunidade a não parar, a olhar para frente, a ter
esperança no futuro.
Só a fidelidade aos caminhos de Deus gera
vida e libertação.
Na
2ª Leitura, fala a experiência de ABRAÃO. (Hb
11,1-2.8-19)
Um
exemplo de fé no PASSADO, para a Comunidade continuar firme, apesar das
dificuldades do PRESENTE...
- Pela fé, obedece a Deus, deixa a pátria e
parte para o desconhecido...
- Pela fé, acredita ter um filho, apesar da
idade avançada...
- Pela fé, aceita a ordem divina de
sacrificar Isaac.
- pela fé, caminhou pela vida como
peregrino, sem desanimar, de olhos postos na pátria definitiva...
*
As dificuldades continuam ainda hoje, no mundo, na pátria, nas famílias e nas
comunidades.
São
momentos em que não devemos desanimar...
Uma
luz sempre se acende, diante de quem tem fé e esperança.
No
Evangelho, temos a Experiência dos APÓSTOLOS. (Lc
12,32-48)
-
Os apóstolos estavam com medo... eram poucos e fracos, num mundo hostil.
-
Jesus lhes garante: "Não temais,
pequeno Rebanho, porque é do agrado do Pai dar a vós o Reino".
-
E os convida a uma VIGILÂNCIA permanente (na "noite"): "Vigiai... o Senhor pode chegar quando
menos esperamos."
-
Exemplifica essa verdade com 3 PARÁBOLAS:
. Os Servos que esperam o Senhor voltar
do casamento
. O Ladrão que chega de surpresa
. O Administrador fiel...
-
E conclui, respondendo à pergunta de Pedro: "Quem
deve vigiar?".
TODOS: sobretudo
os Animadores da Comunidade cristã, que devem permanecer fiéis às suas tarefas
de animação e de serviço.
A
Comunidade cristã é pequena e frágil... Por isso, os cristãos devem viver em
permanente vigilância dando primazia aos valores do Reino e aguardar a chegada
do Senhor.
-
Talvez também vocês, PAIS,
estão preocupados com o mundo, que os seus filhos estão enfrentando...
Jesus lhes
garante: "Não tenhais medo... tende
uma fé vigilante..."
> FÉ em DEUS... e nos FILHOS...
mesmo nas falhas e limitações...
> VIGILANTE: Sendo uma presença
certa na hora exata...
Ser
Pai não significa apenas gerar a vida, mas acompanhar, vigiar, amparar,
proteger a vida gerada.
É
dividir com Deus a missão de criar, de gerar, pois o Pai criador gerou a vida
no mundo e quis compartilhar essa tarefa com vocês...
E,
Vocês, FILHOS, também estão
preocupados com seus pais?
-
"Não tenhais medo".
Todo
pai é um lutador, que vence barreiras, que suporta e vence os obstáculos. Se os
desafios existem, maiores são as forças para enfrentá-los.
Aos
pais que desta vida já partiram, obrigado pelo exemplo de amor que deixaram,
como símbolo de sua existência neste mundo.
Que
o Criador, nosso Pai, proteja todos os nossos pais. Sem a sua presença, a vida
seria mais triste, o mundo não seria o mesmo.
Pe. Antônio Geraldo
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Homilia do Pe.
Pedrinho
Meus irmãos e irmãs, hoje, o Evangelho
nos fala de muitas coisas importantíssimas. Para imitar o Papa Francisco, eu
vou pegar três pontos: já perceberam, que toda pregação dele, parte de três
pontos? Primeiro ponto é este: não tenhais medo, pequenino rebanho. São
palavras carinhosas. Jesus transmite um carinho, que podemos já perceber pelas
palavras, pelas expressões, que Ele utiliza: “Não tenhais medo, pequenino
rebanho”. Às vezes, nos dá a impressão, que só nós estamos nesta caminhada
para o Reino de Deus. Você olha para um lado, as pessoas não estão
preocupadas com o evangelho, olha para o outro lado e as pessoas não estão
preocupadas com o próximo, olha pro outro e é só corrupção, olha para este, é
só ladroagem, e, agente fica assim: será que a fé está acabando, então, vem Jesus
com estas palavras: “Não tenhais medo, pequeno rebanho, porque foi da
vontade do Pai, lhe conceder o Reino”. Às Vezes, achamos de o Reino vir a
ser assim: de uma hora para outra, todo mundo vai virar cristão, vão ser
bonzinhos. Não é assim que funciona. O Reino de Deus é vivenciado por
pequeninos rebanhos. Às vezes, por famílias, que procuram viver o
Evangelho, ás vezes, por núcleo, por comunidade, ás vezes por um grupo de
cinquenta, setenta pessoas. Então, temos a impressão de que eles não existem,
porque fica difícil localizá-los vivendo o Evangelho. Entretanto, se formos
somar, dá um grande povo de Deus no mundo todo. É assim, a Igreja. A Igreja são
estas pessoas, que pela fé se dispuseram a caminhar em busca de construir o
Reino de Deus e buscam fazer isto na perseverança, que muitas vezes com muita dificuldade, mas vão vivendo e procurando seguir este Evangelho. Esta é A Igreja. É a igreja que se reúne em uma casa, num edifício, num templo, para se alimentarem da Palavra e da Eucaristia, para louvar a Deus, para reforçar a disposição de fazer o bem e para ajudar o próximo. Esta é a finalidade da Igreja. Se nós deixarmos de ajudar o irmão, deixamos de ser o sinal do serviço de Jesus Cristo. Se deixarmos de louvar a Deus, deixamos de reconhecer o nosso Deus e Senhor. Se deixarmos de nos alimentar da Palavra e da Eucaristia, nos perdemos no mundo, que também tem tanta palavra e tanta coisa que oferece, mas não com tanta perenidade, firmeza, pois a palavra que ouvimos na Igreja é de vida eterna e não ilusões e enganações. Então, “não tenhas medo de viver a fé”. Na realidade, é isto que Jesus diz para nós. Somos pequenino rebanho, mas somos rebanho e sabemos quem é o nosso Pastor. O nosso Pastor é o Nosso Senhor Jesus Cristo.
Reino de Deus e buscam fazer isto na perseverança, que muitas vezes com muita dificuldade, mas vão vivendo e procurando seguir este Evangelho. Esta é A Igreja. É a igreja que se reúne em uma casa, num edifício, num templo, para se alimentarem da Palavra e da Eucaristia, para louvar a Deus, para reforçar a disposição de fazer o bem e para ajudar o próximo. Esta é a finalidade da Igreja. Se nós deixarmos de ajudar o irmão, deixamos de ser o sinal do serviço de Jesus Cristo. Se deixarmos de louvar a Deus, deixamos de reconhecer o nosso Deus e Senhor. Se deixarmos de nos alimentar da Palavra e da Eucaristia, nos perdemos no mundo, que também tem tanta palavra e tanta coisa que oferece, mas não com tanta perenidade, firmeza, pois a palavra que ouvimos na Igreja é de vida eterna e não ilusões e enganações. Então, “não tenhas medo de viver a fé”. Na realidade, é isto que Jesus diz para nós. Somos pequenino rebanho, mas somos rebanho e sabemos quem é o nosso Pastor. O nosso Pastor é o Nosso Senhor Jesus Cristo.
Para alguns, tem um pedido a mais:
segundo ponto: como será feliz o Senhor, quando Ele vier e ver os seus
discípulos dando de comer às pessoas. Isto também é algo importante. Aí não diz
dando de comer a quem pertence ao rebanho, mas “dando de comer às pessoas”.
Claro, que dar de comer é tanto um prato de comida, quanto dar a Palavra de
Deus; “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de
Deus”. Dar de comer não se trata apenas do pão material, mas também o alimento de uma companhia, de uma palavra,
de um carinho, de um bom conselho, de um alimento que ajude o outro a ser
melhor, de fato, servir o irmão. Servir também aquele que não conhecemos. É
evidente, que aí temos uma exigência maior, porque nem sempre sabemos se
estamos servindo mesmo ou colaborando para sua destruição. Aí vem o tema da
vigilância. Estarmos vigilantes, “fazer o bem, sem saber a quem”. Fazer o bem,
tendo a certeza de que se trata realmente de um bem mesmo. Por isso, que cada
vez mais, vemos entidades, associações, que procuram servir o próximo, o assim
chamado “trabalho voluntário”, onde temos desde o atendimento a crianças de
pouca idade, até as pessoas de bastante idade. Assim mesmo, sempre somos
chamados a estarmos vigilantes, para ver se falta, em alguma ocasião, um
atendimento a alguém.
O terceiro ponto, isto, que Jesus fala é
para nós ou para todos?
São Pedro representa a nossa palavra e é
muito curioso observar, que nós sempre queremos observar se isto é para os
outros ou também será para nós? Muitas vezes dizemos: fulano tinha que ouvir
isto, sicrano tinha que ouvir aquilo. É sempre para os outros. No entanto,
Jesus diz: não, é para todos. É para cada um de nós e para todos, porque a
palavra Dele é para toda a humanidade. Que cada um veja o que é bom para ser
ouvido e acolhido. Se você acha que esta palavra não é para você, louvado seja
Deus, mas não caia no risco de achar que esta palavra é para o outro; é sempre
para nós em primeiro lugar, porque julgar o outro é sempre mais fácil do que
julgar a nós mesmos.
Que sejamos vigilantes, que sejamos os
que louvam a Deus e sejamos os que se alimentam da Palavra e da Eucaristia, que
possamos vivenciar a nossa fé.
Eu creio que dispensa comentário a
segunda leitura, onde a Carta aos Hebreus mostra, que nem sempre nós vamos
morrer tendo visto tudo quanto nós acreditamos ter sido concluído. Certamente é
de São Paulo ou de um discípulo seu a Carta aos Hebreus. A Carta diz:
entretanto, nós não vamos ser os privilegiados de não ter visto tudo ser
realizado. Isto, desde Abraão, que foi assim. Abraão, Isaac, Jacó, pela fé,
viveram tudo que viveram. No entanto, não conseguiram experimentar, sequer, um
décimo daquilo que nós cristãos experimentamos. Não porque eles eram menos
crentes ou tivessem menos direito do que nós. Não. É porque cada um a seu
tempo, experimenta uma parte, daquilo que é o conjunto, que Deus tem reservado
para todos. Entretanto, diz a leitura, eles compreenderam que Deus construía
uma pátria celeste, onde Ele era o Arquiteto. Por conta disso, deixaram de lado
tudo quanto é passageiro, para investir no eterno. Isto é sabedoria, diz a
primeira leitura, porque aquilo que foi esperado pelo povo como salvação, se
tornou, de fato, um grande sinal e uma grande esperança para todos.
Irmãs e irmãos, não tenhamos medo de
continuar firmes na fé, semeando sempre as sementes do reino de Deus.
Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
Pe. Pedrinho – Diocese de Santo André –
SP.
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Homilia de D.
Henrique Soares da Costa
Quando o Evangelho não nos é exigente? Quando a Palavra de Deus não nos
questiona? A Escritura diz que “a Palavra de Deus é viva e eficaz,
mais penetrante do qualquer espada de dois gumes; penetra até dividir alma e
espírito, junturas e medulas. Ele julga as disposições e intenções do coração”
(Hb 4,12). A cada Domingo, fazemos experiência dessa exigência viva e
eficaz da Palavra do Senhor em nossa vida. É o caso também deste hoje.
Comecemos com a advertência consoladora e carinhosa do Senhor
Jesus: "Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do
vosso Pai dar-vos o Reino”. Tão atual e necessária esta palavra! A fé
cristã e a Igreja são tão combatidas atualmente, tão incompreendidas! Cada vez
mais nossa sociedade se paganiza, cada vez mais rejeita o cristianismo, cada
vez mais fortemente apostata da fé na qual foi plasmada e cada vez menos
compreende o Evangelho e suas exigências. Com quanta força se contesta a moral
cristã; com quanta ênfase se ressalta e propaga a fraqueza desse ou daquele
membro da Igreja, sobretudo do clero... O interesse é um só: desmoralizar a
Igreja como porta-voz do Evangelho. Desmoraliza-se a Igreja para calar-se e
desmoralizar-se a moral cristã e suas exigências. Olhem o Crucificado, pensem
nas suas exigências e recordem o que o mundo pensa e diz: “Não queremos que ele
reine sobre nós!” Pois a nós, pequeno rebanho - rebanho cada vez menor -, o
Senhor exorta: “Não tenhais medo, pequenino rebanho!” Não
temais o mundo pagão, não temais os escândalos, não temais vossas próprias infidelidades
e fraquezas, não temais os sábios da sabedoria deste mundo, que não podem
compreender as coisas de Deus (cf. 1Cor 1,21) e crucificaram e crucificam ainda
o Senhor da Glória (cf. 1Cor 2,8). Não temais ante as dificuldades da vida!
Mas, como é possível resistir? É tão grande o combate; é tão dramática a
batalha! As leituras da Missa de hoje dão-nos uma resposta emocionante. O Livro
da Sabedoria nos recorda a noite da saída do Egito. Israel era um povinho, um
bando de escravos, menos que nada, menos que ninguém... Como suportou o
sofrimento? Como se conservou fiel a Deus? Como resistiu? Como não se
dispersou? Resistiu porque colocou somente em Deu sua esperança: “A
noite da libertação fora predita a nossos pais, para que, sabendo a que
juramento tinham dado crédito, se conservassem intrépidos”. O povo de
Deus, escravo no Egito, não duvidou da promessa que Deus fizera a Abraão; o
povo esperou contra toda esperança e esperou no julgamento de Deus: “Os
piedosos filhos dos bons fizeram este pacto divino: que os santos participariam
solidariamente dos mesmos bens e dos mesmos perigos”. Um povo unido
pela esperança e pela fé na Palavra de Deus.
A segunda leitura, da Carta aos Hebreus, também nos responde: a fé, mãe
da esperança, foi a forçados amigos de Deus. “A fé é um modo de já
possuir o que ainda se espera, a convicção acerca de realidades que não se
vêem”. Na fé, já possuímos; na fé, já tocamos com as mãos aquilo que o
Senhor nos prometeu e nos preparou. Foi pela fé que nossos antepassados
partiram, deixaram tudo; pela fé tiveram a coragem de viver errantes, morando
em tendas, daqui para ali... Pela fé, viveram como estrangeiros nesse mundo,
colocando toda esperança em Deus, que nos prepara uma Pátria melhor no céu;
pela fé, Abraão, nosso pai, foi capaz de sacrificar seu filho único... Pela fé
deles "Deus não se envergonha deles, ao ser chamado o seu Deus”.
Vejam, irmãos: o caminho que o Senhor nos propõe nunca foi fácil...
Somente aqueles que tiveram a coragem de se deixar, de se abandonar, de se
entregar, perseveraram até o fim. É o que o Senhor nosso, Jesus Cristo, nos
propõe hoje: “Vendei vossos bens e dai esmola... Fazei bolsas que não
se estraguem, um tesouro no céu... Que vossos rins estejam cingidos e as
lâmpadas acesas, como homens esperando seu senhor voltar. Ficai preparados!” Todas
essas palavras nos convidam ao desapego, à vigilância, à atitude de
disponibilidade, de entrega e esperança diante de Deus. E como tudo isso é
difícil, num mundo que propõe como ideal de vida o conforto, a fartura de bens,
o individualismo, a confiança somente no que se vê, a dispersão interior e
exterior! Digam: como as crianças podem ter amor a Deus passando horas e horas
diante dos filmes e desenhos animados pagãos? Como os adultos podem prender o
coração às coisas de Deus, empanturrando-se de dispersão, de novelas e de
futilidades mundanas? Como rezar bem se nos apegamos ao conforto desmesurado?
Como manteremos nosso fervor dispersos em mil bobagens? Como seremos realmente
fortes na fé sem combater nossos vícios? Como estaremos prontos para levar cruz
na doença, nas dificuldades da vida conjugal, no desafio da educação dos
filhos, na luta do combate aos vícios, na busca sincera de sermos retos,
decentes e honestos por amor de Cristo? Como viver tudo isso sem a vigilância?
Como permanecer firmes na fé católica sem a oração e a procura das coisas de
Deus? O Senhor virá na noite desse mundo: “E caso chegue à meia-noite
ou às três da madrugada, felizes serão” se nos encontrar vigilantes!
Vigiemos, portanto!
Caríssimos, esta advertência é para todos, e de modo especial, para nós,
pastores do rebanho, a quem o Senhor constituiu “administrador fiel e
prudente”. Que não caiamos na ilusão de pensar: “Meu patrão está
demorando” e nos entreguemos à infidelidade! Não temamos; vigiemos,
sejamos fiéis até o fim! Não reneguemos o Evangelho! – Eis o apelo do Senhor
hoje!
Esta palavra vale também para os pais, servos que o Senhor colocou à
frente de sua família. Que sejam conscientes da missão que receberam e
transmitam aos seus filhos o testemunho de uma fé robusta e dos verdadeiros
valores humanos e cristãos. E possam receber a recompensa dos servos bons e
fiéis, aqui e por toda a eternidade. Amém
D.
Henrique Soares da Costa
============--------------===============
PARA A
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (diáconos e ministros da Palavra):
LOUVOR:
(QUANDO O PÃO Consagrado ESTIVER SOBRE O ALTAR)
Pres.:
O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
Pres.: COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO
ESPÍRITO SANTO, louvemos ao PAI:
T: Senhor, vinde sempre em nosso auxílio.
Pres.: Pai, como é bom conhecermos a
vossa Palavra; Sois bondade e amor. Outrora libertastes vossos filhos do
cativeiro do Egito e os colocastes na terra prometida. Hoje, pela Páscoa de
Jesus ressuscitado nos dais a fé e a esperança de chegarmos ao vosso Reino.
T: Senhor, vinde sempre em nosso auxílio.
Pres.: Pai, nós vos bendizemos por
Abraão e Sara que testemunharam a fé e a esperança em nossa história. Que o
Espírito Santo nos conduza e nos inspire a crescer em nossa fé e em nossa
esperança. Que sempre estejamos atentos a fazer a vossa vontade, pois nela está
a nossa felicidade.
T: Senhor, vinde sempre em nosso auxílio.
Pres.: Pai, vos bendizemos porque em
Jesus nos inseristes em vosso Reino; Somos cidadãos do Céu; Este é o nosso
tesouro. Nós vos agradecemos por nos enviar Jesus e nos mostrar vosso amor.
T: Senhor, vinde sempre em nosso auxílio.
Pres.: Pai nosso... Eis o Cordeiro...
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