Domingo
de Páscoa 2014
(Adaptado
e postado pelo Diácono Ismael)
(Sinopse):
Tema: “Deus o ressuscitou no
terceiro dia!” A Ressurreição nos garante a vida
em plenitude. Cristo
é o exemplo concreto.
Primeira leitura: Pedro
diz: Cristo “passou pelo mundo fazendo o bem” e Deus ressuscitou-O; sigamos seus
passos.
Evangelho: Os
discípulos vêem os sinais; encontram o sepulcro vazio e os panos.
Segunda leitura: Paulo
diz; somos cidadãos ao alto. Valorizemos os ensinamentos de Deus e
continuemos a caminhada até à transformação plena, após a morte.
6. PRIMEIRA LEITURA (At
10,34a.37-43) Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Pedro tomou a palavra e disse: “Vós sabeis o
que aconteceu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo
pregado por João: como Jesus de Nazaré foi ungido por Deus com o Espírito Santo
e com poder. Ele andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os que
estavam dominados pelo demônio; porque Deus estava com ele. E nós somos
testemunhas de tudo o que Jesus fez na terra dos judeus e em Jerusalém. Eles o
mataram, pregando-o numa cruz. Mas Deus o ressuscitou no terceiro dia,
concedendo-lhe manifestar-se não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus
havia escolhido: a nós, que comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou
dos mortos. E Jesus nos mandou pregar ao povo e testemunhar que Deus o
constituiu Juiz dos vivos e dos mortos. Todos os profetas dão testemunho dele:
‘Todo aquele que crê em Jesus recebe, em seu nome, o perdão dos pecados’”.
AMBIENTE
Os Atos dos Apóstolos aparece nos anos 80, começam a surgir “mestres”, com
propostas estranhas. As comunidades necessitam de critérios claros para
discernir a verdadeira doutrina de Jesus. Lucas apresenta a Palavra de Jesus,
transmitida pelos apóstolos sob o impulso do Espírito Santo e propõe-nos o
testemunho e a catequese de Pedro
MENSAGEM
Pedro anuncia Jesus como “o ungido”, que tem o poder de Deus, que “passou
fazendo o bem, dá testemunho da morte na cruz e da ressurreição; finalmente,
tira as suas conclusões: “quem acredita n’Ele recebe a remissão dos pecados”.
Repare-se como a ressurreição de Jesus não é apresentada como um fato
isolado, mas como o culminar de uma vida vivida de um determinado jeito.
Depois de Jesus ter passado pelo mundo “fazendo o bem e libertando todos os que
eram oprimidos”; depois de Ele ter morrido na cruz como consequência desse
“caminho”, Deus ressuscitou-O. A transformação da realidade terrestre de Jesus,
vivida na entrega e no dom, é uma proposta transformadora que, uma vez
acolhida, liberta da escravidão do egoísmo e do pecado. É necessário que esta
proposta de ressurreição, de vida plena, chegue a todos os homens.
ATUALIZAÇÃO
♦ A ressurreição de Jesus é
a consequência de uma vida gasta em “fazer o bem e a libertar os oprimidos”.
Isso significa que, sempre que alguém se esforça por vencer o egoísmo, a
mentira, a injustiça e por fazer triunfar o amor, está ressuscitando.
♦ A ressurreição de
Jesus significa, também, que o medo, a morte, o sofrimento, a injustiça deixam
de ter poder sobre o homem que ama, que se dá, que partilha a vida. Ele tem
assegurado a vida plena, essa vida que os poderes deste mundo não podem atingir
nem restringir. Ele pode, assim, enfrentar o mundo com a serenidade que lhe vem
da fé.
♦ Aos discípulos
pede-se que sejam as testemunhas da ressurreição. Temos de
testemunhar essa realidade vivendo o amor.
11. EVANGELHO (Jo 20,1-9) Proclamação do Evangelho
de Jesus Cristo segundo João.
No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de
Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha
sido retirada do túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e
o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do
túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. Saíram, então, Pedro e o outro
discípulo e foram ao túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo
correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para
dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. Chegou também Simão
Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho
deitadas no chão e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto
com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. Então entrou também o outro
discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. De fato,
eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia
ressuscitar dos mortos.
AMBIENTE – João apresenta o
resultado da ação de Jesus: a
comunidade de Homens Novos. Muitos se converteram e aderiram a Jesus e são
convidados a manifestar a sua fé n’Ele.
MENSAGEM
“No primeiro dia da semana”.
Significa que começou um novo ciclo – o da nova criação, o da Páscoa
definitiva. Aqui começa um novo tempo, o tempo do homem novo, que nasce a
partir da doação de Jesus. Maria Madalena representa a nova comunidade que
nasceu da ação criadora e vivificadora do Messias; essa nova comunidade,
testemunha da cruz, acredita, inicialmente, que a morte triunfou e procura
Jesus no sepulcro: é uma comunidade desorientada, desamparada, que ainda não
conseguiu descobrir que a morte não venceu; mas, diante do sepulcro vazio, o
verdadeiro discípulo descobre que Jesus está vivo. Para ilustrar esta dupla
realidade, são-nos apresentadas duas figuras de discípulo que correm ao túmulo,
mostrando a sua adesão a Jesus e o seu interesse pela notícia do túmulo vazio: Simão
Pedro e um “outro discípulo”, que parece poder identificar-se com esse
“discípulo amado” apresentado no Quarto Evangelho. João coloca estas duas
figuras lado a lado em várias circunstâncias (na última ceia, é o discípulo
amado que percebe quem está do lado de Jesus e quem O vai trair; na paixão, é
ele que consegue estar perto de Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto
Pedro o trai; é ele que está junto da cruz quando Jesus morre; é ele quem
reconhece Jesus ressuscitado nesse vulto que aparece aos discípulos no lago de
Tiberíades. Nas outras vezes, o “discípulo amado” levou vantagem sobre Pedro.
Aqui, isso irá acontecer outra vez: o “outro discípulo” correu mais e chegou ao
túmulo primeiro que Pedro (o fato de se dizer que ele não entrou logo, pode querer
significar a sua deferência e o seu amor, que resultam da sua sintonia com
Jesus); e, depois de ver, “acreditou” (o mesmo não se diz de Pedro).
Provavelmente, o autor do Quarto Evangelho quis descrever, através destas
figuras, o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e as diferentes
disposições existentes entre os membros da comunidade cristã. Em geral, Pedro
representa, nos evangelhos, o discípulo obstinado, para quem a morte significa
fracasso e que se recusa a aceitar que a vida nova passe pela humilhação da
cruz (Jo 13,6-8.36-38; 18,16.17.18.25-27; cf. Mc 8,32-33; Mt 16,22-23); ao
contrário, o “outro discípulo” é o discípulo amado”, que está sempre próximo de
Jesus, que faz a experiência do amor de Jesus; por isso, corre ao seu encontro
de forma mais decidida e “percebe” – porque só quem ama muito percebe certas
coisas que passam despercebidas aos outros – que a morte não pôs fim à vida.
Esse “outro discípulo” é, portanto, a imagem do discípulo ideal, que está em
sintonia total com Jesus, que corre ao seu encontro com um total empenho, que
compreende os sinais e que descobre (porque o amor leva à descoberta) que Jesus
está vivo. Ele é o paradigma do “homem novo”, do homem recriado por Jesus. [Lázaro
= Eleazar = o amado por Deus]
ATUALIZAÇÃO
♦A lógica humana
vai na linha da figura representada por Pedro: o amor partilhado até à morte, o
serviço simples e sem pretensões, a entrega da vida só conduzem ao fracasso e
não são um caminho sólido e consistente para chegar ao êxito, ao triunfo, à glória;
da cruz, do amor radical, da doação de si, não pode resultar vida plena.
♦A ressurreição de
Jesus prova que a vida plena, a libertação plena, a transfiguração total da
nossa realidade passa pelo amor que se dá
com radicalidade
♦Pela fé,
esperança e no seguimento de Cristo, somos revestidos de Cristo, somos nova
criatura: estamos a ressuscitar, até atingirmos a plenitude, a vida total. Aqui
começa, pois, a nova humanidade.
8. SEGUNDA LEITURA (Cl 3,1-4) Leitura da
Carta de São Paulo aos Colossenses.
Irmãos, se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por
alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus;
aspirai às coisas celestes e não às coisas terrestres. Pois vós morrestes, e a
vossa vida está escondida, com Cristo, em Deus. Quando Cristo ,
vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele,
revestidos de glória.
AMBIENTE
Quando escreveu aos Colossenses, Paulo estava na prisão. Alguns doutores
locais ensinavam doutrinas estranhas, práticas ascéticas, práticas legalistas,
prescrições sobre os alimentos e observância de determinadas festas: tudo isso
deveria (na opinião desses “mestres”) completar a fé em Cristo, e possibilitar
uma vida religiosa mais autêntica. Contra este sincretismo
religioso, Paulo afirma a absoluta suficiência de Cristo. Depois de apresentar a
centralidade de Cristo no projeto salvador de Deus para os homens, Paulo
assinala como fundamento da vida cristã a ressurreição e a união com Cristo.
MENSAGEM
Paulo apresenta como ponto de partida e base da vida cristã a união com
Cristo ressuscitado, na qual o cristão é introduzido pelo Batismo. Ao ser
batizado, o cristão morreu para o pecado e renasceu para uma vida nova, que
terá a sua manifestação gloriosa quando ultrapassarmos, pela morte, as
fronteiras da nossa finitude. Enquanto caminhamos ao encontro desse objetivo
último, a nossa vida tem que tender para Cristo. Em concreto, isso implica
despojarmo-nos do “homem velho” por uma conversão nunca acabada e
revestirmo-nos cada dia mais profundamente da imagem de Cristo, de forma que
nos identifiquemos com Ele pelo amor e pela entrega. No texto de Paulo, está
bem presente a ideia de que temos que viver com os pés na terra, mas com a
mente e o coração no céu: é lá que estão os bens eternos e a nossa meta
definitiva (“afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra”).
ATUALIZAÇÃO
♦O Batismo
introduz-nos numa dinâmica de comunhão com Cristo ressuscitado.
♦A minha vida tem
sido na sequência de vida nova? Esforço-me realmente por me despojar do “homem
velho”, egoísta e escravo do pecado, e por me revestir do “homem novo”, que se
identifica com Cristo e que vive no amor, no serviço e na doação?
BILHETE DE EVANGELHO.
Jesus sabia que os homens
têm necessidade de sinais para crer. Ele fez muitas vezes sinais curando os
doentes, multiplicando os pães e ressuscitando os mortos! Aliás, é através de
um sinal que Ele inicia a sua vida pública, em Caná da Galileia onde, o
evangelista João diz: “manifestou a sua glória e os discípulos acreditaram
n’Ele”. Ele deixa dois sinais às mulheres e aos discípulos que vieram
prestar-lhe uma última homenagem: o túmulo vazio e o lençol. Diante de um
sinal, somos livres de interpretar o significado. Face a uma prova, não somos
livres, estamos diante de uma evidência. O ato de fé exprime-se em presença de
sinais e não de provas. Assim, João vê estes sinais e acredita neles. Sem
dúvida porque se recorda das palavras do Mestre anunciando a sua morte e a sua
ressurreição. Os seus olhos viram, os seus olhos da fé acreditaram. Então, como
os discípulos em Emaús, ele não tem mais necessidade de ver Jesus de Nazaré com
quem ele comeu e bebeu: ele reconhecia o Ressuscitado através dos sinais.
À ESCUTA DA PALAVRA.
a Ressurreição é a pedra
angular da nossa fé porque, como o discípulo que Jesus amava, somos convidados
a entrar no túmulo, a fazer primeiro a experiência do vazio, para podermos ir
mais longe e, como Ele, “ver e crer”. Podemos apoiar-nos no testemunho das
mulheres e dos discípulos. Eles não inventaram uma bela história. Podemos ter
confiança neles. Mas eles também tiveram que acreditar! É na sua fé que
enraizamos a nossa fé. Páscoa torna-se, então, nossa alegria!
Pe.
Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho.
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Homilia de D. Henrique Soares
Hoje é o dia mais solene do ano: é a Páscoa!
Aquele que vimos envolto em sangue, tomado pelas dores
da morte na Sexta-feira, Aquele que velamos respeitosamente no silêncio da
morte no Sábado, agora proclamamo-lo Ressuscitado, Vivo, Vitorioso!
Hoje pela manhã, “quando ainda estava escuro”, nossas irmãs foram ao
túmulo e encontraram-no aberto e vazio! Elas correram apavoradas: foram contar
ao nosso líder, Simão Pedro. Ele foi também ao túmulo com o outro discípulo,
aquele que Jesus amava: viram as faixas de linho no chão… O túmulo estava
vazio… O que acontecera? Roubaram o corpo? Os judeus levaram-no? Que houve? Que
ocorrera?
Na tarde de hoje, dois outros irmãos nossos estavam
voltando para Emaús, sem esperança nenhuma: voltavam para sua vida de cada dia…
estavam deixando a Comunidade dos discípulos, a Igreja que ia nascer: Jesus
morrera, tudo acabara, a esperança fora embora… Mas, um Desconhecido começou a
caminhar com eles, e lhes falava sobre tudo quanto a Escritura havia predito a
respeito do Messias: sua pregação, suas dores, sua derrota, sua morte, sua
vitória final… E o coração daqueles dois começou a encher-se de nova esperança,
a arder de alegria! Eles, agora, começavam a compreender: tudo quanto havia
acontecido com Jesus não fora simplesmente um cego absurdo, uma loucura, um
sinal de maldição! Tudo fazia parte de um incrível projeto de amor do
Pai: “Será que o Cristo não devia
sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” E, o que é mais impressionante: ao
sentarem-se à mesa, o Desconhecido tomou a iniciativa, não esperou o dono da
casa: pegou o pão e deu graças, partiu-o…. Coisa impressionante, irmãos: os
olhos daqueles dois se abriram, e eles o reconheceram: era Jesus! Jesus vivo!
Jesus reconhecido nas Escrituras e no partir o pão! Como mais uma vez, acontecerá
agora, nesta Missa! Os dois voltaram, imediatamente a Jerusalém e, lá, a
alegria foi maior ainda: os apóstolos confirmaram: “Realmente, o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão Pedro!”
Irmãos, por esta fé nós vivemos, por esta fé somos
cristãos, por esta fé empenhamos a vida toda! Neste Dia santíssimo, Jesus
entrou na glória do Pai. Nós continuamos aqui; ele já não mais está preso a dia
algum, a tempo algum, a limitação alguma: ele entrou na eternidade de Deus, na
plenitude do seu Deus e Pai! Irmãos, escutai: a Morte, hoje, foi vencida! Jesus
abriu o caminho, Jesus atravessou o tenebroso e doloroso mar da Morte, Jesus
entrou no Pai! Jesus “passou”, fez sua Páscoa!
Mas, não só: ele fez isso por nós, por cada um de nós: “Vou preparar-vos um lugar… a
fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2-3). Ele,
que morrera da nossa Morte, tem agora o poder de nos dar a sua vitória. Para
isso, irmãos, ele nos deu, no Batismo, o seu Espírito de ressurreição, o mesmo
no qual o Pai o ressuscitou na madrugada de hoje!
Irmãos, eis a Páscoa de Cristo e nossa! Na certeza
desta vida nova, renovemos nossa própria vida! “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos para alcançar as
coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus!” Vivamos uma vida nova em Cristo! Crer
na sua ressurreição, viver sua vida de ressuscitado é, já agora, viver numa
perspectiva nova, viver com o olhar a partir da Eternidade. São Paulo nos diz,
para a Festa de hoje:“Cristo,
nosso Cordeiro pascal, foi imolado. Celebremos a Festa, não com o velho
fermento, nem com o fermento da maldade ou da perversidade, mas com os pães sem
fermento de pureza e de verdade”. É o pão sem fermento, pão ázimo,
da Eucaristia que vamos comer daqui a pouco; pão que é o próprio Cordeiro
imolado, Cordeiro pascal, Cordeiro que tira o pecado do mundo! Nós vamos entrar
em comunhão com ele, vivo e vencedor!
Irmãos, Irmãs!
Pelo dia de hoje, não mais tenhamos medo do pecado, da
maldade e da morte!
Pela festa deste hoje bendito, abramos nosso coração a
Deus e aos irmãos!
Pela Páscoa que estamos celebrando, perdoemo-nos,
acolhamo-nos e demo-nos a paz!
Terminemos com as comoventes palavras da Liturgia
Bizantina:
Dia da Ressurreição,
resplandeçamos, ó povos!
Páscoa do Senhor! Páscoa!
Cristo Deus nos fez passar da morte à vida, da terra ao céu, entoando
o hino de sua vitória! Purifiquemos os sentidos e veremos a Luz inacessível da
Ressurreição a Cristo resplandecente que diz: Alegrai-vos!
Exultem os céus e a terra. Exulte o universo inteiro, visível e
invisível: Cristo ressuscitou. Alegria eterna!
Exultem os céus e exulte a terra, faça festa todo o universo visível e invisível. Alegria eterna,
porque Cristo ressuscitou!
Exultem os céus e exulte a terra, faça festa todo o universo visível e invisível. Alegria eterna,
porque Cristo ressuscitou!
Dia da Ressurreição, resplandeçamos, ó povos: Cristo ressuscitou
dentre os mortos, ferindo com sua morte a rópria morte e dando a vida aos mortos em seus
túmulos. Ressurgindo do túmulo, como havia predito Jesus nos deu a vida eterna
e a grande misericórdia!
Este é o Dia que o Senhor fez: seja ele nossa alegria e nosso
gozo! Páscoa dulcíssima, Páscoa do Senhor, Páscoa!
Uma Páscoa santíssima nos amanheceu.
Uma Páscoa santíssima nos amanheceu.
Páscoa! Plenos de gozo, abracemo-nos todos! Ó Páscoa, que dissipas
toda tristeza! É o Dia da Ressurreição!
Irradiemos alegria por tal Festa, abracemo-nos mutuamente e chamemos de irmãos até àqueles que nos odeiam;
perdoemos-lhes tudo por causa da Ressurreição, e gritemos sem cessar dizendo: Cristo ressuscitou dentre os mortos, ferindo a morte com a sua morte e dando a vida aos mortos em seus túmulos!
Irradiemos alegria por tal Festa, abracemo-nos mutuamente e chamemos de irmãos até àqueles que nos odeiam;
perdoemos-lhes tudo por causa da Ressurreição, e gritemos sem cessar dizendo: Cristo ressuscitou dentre os mortos, ferindo a morte com a sua morte e dando a vida aos mortos em seus túmulos!
Amados Irmãos, queridas Irmãs, Surrexit Dominus vere!
O Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia! Feliz Páscoa! - D. Henrique Soares da Costa
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A
Vida venceu a Morte
A Aurora radiante do domingo de Páscoa é a imagem de Cristo Triunfante que, ao sair do sepulcro, ilumina uma nova e eterna criação. Jesus não permaneceu no sepulcro.Ele ressuscitou dos mortos e está vivo no meio de nós.
Não devemos procurar entre os mortos Aquele que está
vivo.
Hoje a VIDA se
manifesta na sua plenitude, vitoriosa sobre a morte, para que todos tenham vida
e muita vida.
As primeiras leituras apresentam o testemunho do Cristo
Ressuscitado realizado por Pedro e Paulo, duas colunas da Igreja, sobre as
quais se funda a fé da Igreja de todos os tempos.
Na 1ª leitura temos o Testemunho
de Pedro. (At 10,30a.37-43)
Convocado pelo Espírito, Pedro entra em casa de Cornélio, em
Cesaréia, expõe-lhe o essencial da fé e batiza-o, bem como a toda a sua
família.
O episódio é importante por dois motivos:
- Cornélio é o primeiro pagão admitido ao cristianismo por
um dos Doze. Significa que a vida nova
que nasce de Jesus é para todos os homens.
- O texto é uma composição do "kerigma" primitivo:
- O texto é uma composição do "kerigma" primitivo:
Kerigma : É o
anúncio essencial da fé, o resumo da mensagem cristã, que leva a aceitação do
Cristo e da sua mensagem, através do Batismo:
* Pedro começa por anunciar Jesus como "o ungido", que tem o poder de Deus;
* depois, descreve a atividade de Jesus, que "passou fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos";
* em seguida, dá testemunho da morte de Jesus na cruz e da
sua ressurreição;
* finalmente, Pedro tira as conclusões acerca da dimensão
salvífica de tudo isto: "quem
acredita nele, recebe, pelo seu nome, a remissão dos pecados".
A verdade da Ressurreição é o núcleo central e fundamental
da pregação apostólica sobre a obra redentora de Jesus. E os discípulos devem
se identificar Jesus e ser testemunhas de tudo isto, para que essa proposta
possa atingir todos os povos.
A 2ª leitura dá o Testemunho
de São Paulo: (Cl 3,1-4)
O Batismo nos põe em comunhão com Cristo ressuscitado. Disso
resulta um conjunto de exigências práticas, que ele enumera a seguir. A Vitória
da vida se manifesta em nós através das obras.
O Evangelho descreve a atitude
da Comunidade cristã diante da Ressurreição, "no primeiro dia da semana". (Jo 20,1-9)
1) MARIA MADALENA
é a primeira a dirigir-se ao túmulo de Jesus. Apesar de já ser madrugada,
ainda é "escuro". As trevas da dor, da separação e da saudade ofuscam os olhos da esperança no
alvorecer de um novo dia.
Mas a pedra está retirada, o túmulo vazio... Confusa retorna
correndo para relatar o fato a Pedro e João.
Ela representa a nova comunidade que acredita, inicialmente,
que a morte triunfou e vai procurar Jesus morto no sepulcro: é uma comunidade
perdida, desorientada, insegura, desamparada, que ainda não assimilou a morte
de Jesus.
Mas, diante do sepulcro vazio, descobre que a morte não
venceu e que Jesus continua vivo.
2) PEDRO
representa, nos Evangelhos, "o
Discípulo obstinado" , para quem a morte significa fracasso e que se
recusa a aceitar que a vida nova passa pela humilhação da Cruz.
3) JOÃO
representa "o Discípulo ideal":
que está em sintonia total com Jesus, que corre ao seu encontro de forma mais
decidida, que compreende os sinais: "Entrou,
viu e creu". Ele é o modelo do Homem Novo, do homem recriado por
Jesus.
* Os dois discípulos correm ao túmulo de Jesus na manhã de
Páscoa. Nota-se o impacto produzido nos discípulos pela morte de Jesus e as
diferentes disposições existentes entre os membros da comunidade cristã.
+ A Páscoa é uma PASSAGEM da Morte para a Vida.
E quantos
"Sinais de Morte" nós vemos ainda hoje no mundo: - Abortos, drogas,
bebidas, tentativas de suicídios... - Violência... Fome... doença...
analfabetismo... desemprego..
- Quantos galhos secos, sem folhas e sem frutos:
- secos
espiritualmente: em pecado... separados de Cristo...
- secos
comunitariamente: acomodados, não atuantes...
à
Quais são os nossos sinais de Morte ?
Aquilo que deve
morrer dentro de nós... para ressuscitar
uma vida nova com mais alegria e mais esperança ?
+ Deus quer a Vitória da Vida...
A festa da
Ressurreição renova a fé em Cristo vencedor da morte.
A vida recebe na
ressurreição de Jesus a semente da eternidade.
Ser Cristão é ser
protagonista da Ressurreição nos
pequenos gestos de cada dia.
Todo aquele que
defende a vida e ama os irmãos trabalha
para a construção de um mundo melhor...
+ Cada missa, um reviver da Páscoa... motivando-nos para abandonar os caminhos de
morte e
"escolher" os caminhos da vida...
Pe.
Antônio Geraldo
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO
ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à O SENHOR
ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
à COM JESUS,
NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Bendito sejais ó Deus da vida!
à Pai, nós Vos damos graças pelo grande mistério da Páscoa. Nós Vos louvamos
e Vos bendizemos pelo vosso Filho Jesus, que os homens levaram à morte, mas que
Vós ressuscitastes ao terceiro dia. Pai, que todos os batizados testemunhem que
Jesus está vivo.
T: Bendito sejais ó Deus da vida!
à Ressuscitados com Cristo, nós Vos louvamos, Pai, pelo Cordeiro pascal,
vosso Filho, que renova a nossa vida e a torna cheia de luz e esperança.
T: Bendito sejais ó Deus da vida!
à Deus nosso Pai, nós Vos damos graças pela Ressurreição: a força do teu
Espírito abriu o túmulo, o vosso Filho levantou-se na luz deste dia eterno de
Páscoa. Nós Te pedimos: abri os olhos do nosso coração, como fizeste ao
discípulo que viu e acreditou, abri os nossos espíritos à compreensão das
Escrituras.
T: Bendito sejais ó Deus da vida!
à Pai
nosso... A Paz... Eis o Cordeiro...
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