quinta-feira, 31 de julho de 2014

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano A 2014, XVIII Domingo do tempo comum, A Multiplicação dos pães.

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM Ano A 2014

Tema: A Multiplicação dos Pães.  Deus nos oferece o que sacia a fome de vida, de felicidade, de eternidade.

Primeira leitura: Deus convida a deixar a terra da escravidão e a dirigir-se à terra da liberdade e felicidade sem fim.
Evangelho: Jesus é o novo Moisés que mostra que é preciso acolher o pão que Deus oferece e reparti-lo.
A segunda leitura explica porque Deus enviou ao mundo o seu próprio Filho; nos convidar ao banquete da vida .

6. PRIMEIRA LEITURA (Is 55,1-3) Leitura do Livro do Profeta Isaías.
Assim diz o Senhor: “Ó vós todos que estais com sede, vinde às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai- vos, vinde e comei, vinde comprar sem dinheiro, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga. Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem, para deleite e revigoramento do vosso corpo. Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida; farei convosco um pacto eterno, manterei fielmente as graças concedidas a Davi”.

AMBIENTE - Em 597 a.C., no reinado de Joaquin, os babilónios deportaram para a Babilônia uma primeira leva de exilados de Judá. Em 586 a.C. Jerusalém foi de novo conquistada pelos babilônios e completamente arrasada… Os tempos do Exílio foram tempos de sofrimento… Surgiram dúvidas religiosas: Jahwéh será o Deus libertador? O Exílio prolongou-se até 539 a.C., quando Ciro, rei dos Persas, tomou a Babilónia e permitiu aos exilados retornarem à sua terra de origem. É no Exílio que aparece um profeta (Deutero-Isaías) anunciando-lhes a libertação iminente.

MENSAGEM - O profeta convida os exilados a um novo êxodo, dirigindo-se ao encontro da terra da liberdade. Àqueles que forem capazes de sair dos seus esquemas para abrirem o coração ao seu dom, Deus oferece a vida em abundância, a felicidade infinita. Quem aceitar esse dom que Deus oferece encontrará aí a água que mata a sua sede de vida e o alimento que sacia a sua fome de felicidade.

ATUALIZAÇÃO - • Os crentes podem estar seguros de que, à mesa desse banquete onde Deus os reúne, encontram o alimento que os sacia, a mão que os apoia, a palavra que lhes dá ânimo, o coração que os ama. A reflexão deste texto convida-nos a sermos testemunhas deste Deus no meio dos nossos irmãos: os pobres, os famintos, os desesperados têm de encontrar nos nossos gestos e palavras esse “coração” amoroso de Deus que os apoia, que lhes dá esperança, que os ajuda a recuperar a dignidade e o gosto pela vida, que lhes mata a fome e a sede de justiça, de fraternidade, de amor e de paz.
• Para acolher os dons que Deus oferece, é preciso abandonar o comodismo para os desafios que ele lança.

7. SALMO RESPONSORIAL / 144 (145)
Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos.
• Misericórdia e piedade é o Senhor, / ele é amor, é paciência, é compaixão. /
O Senhor é muito bom para com todos, / sua ternura abraça toda criatura.
• Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; /
vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura.
• É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. /
Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente.

10. EVANGELHO (Mt 14,13-21) Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.
Naquele tempo, quando soube da morte de João Batista, Jesus partiu e foi de barco para um lugar deserto e afastado. Mas, quando as multidões souberam disso, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!” Jesus porém lhes disse: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer!” Os discípulos responderam: “Só temos aqui cinco pães e dois peixes”. Jesus disse: “Trazei-os aqui”. Jesus mandou que as multidões se sentassem na grama. Então pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção. Em seguida partiu os pães e os deu aos discípulos. Os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram satisfeitos e, dos pedaços que sobraram, recolheram ainda doze cestos cheios. E os que haviam comido eram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.

AMBIENTE - Mateus dá “instrução sobre o Reino”. Na primeira parte, Jesus apresentou em parábolas a realidade do Reino. De uma forma geral, a comunidade judaica responde negativamente ao desafio apresentado por Jesus. As multidões continuam a seguir Jesus; mas, cada vez mais, é aos discípulos que Jesus Se dirige e a quem destina a sua “instrução”. O texto que nos é proposto situa-nos no âmbito de uma refeição. O “banquete” é, para os semitas, o momento do encontro, da fraternidade. O Banquete torna-se, pois, um símbolo privilegiado desse Reino para o qual Jesus veio convidar os homens,
no qual todos se sentarão à mesa de Deus para celebrar a fraternidade, a igualdade e a felicidade sem fim.

MENSAGEM - Jesus é um novo Moisés a conduzir o povo à terra da liberdade e da vida plena. O deserto é o tempo e o espaço do encontro com Deus; O deserto é ainda o lugar e o tempo da partilha, da igualdade, em que cada membro do Povo conta com a solidariedade do resto da comunidade, onde não há egoísmo, injustiça, prepotência, em que todos dão as mãos para superar as dificuldades da caminhada (no deserto, quem é egoísta está condenado à morte).
Os dons de Deus são para ser partilhados, colocados ao serviço dos irmãos. É deste processo libertador que vai nascer a comunidade do Reino.
Jesus pede-lhes: “dai-lhes vós de comer”. Ensina-lhes a responsabilidade a esse desafio que o mundo dos pobres grita… Depois disto, nunca um discípulo de Jesus poderá dizer que não tem nada a ver com a fome, com a miséria, com as necessidades dos mais desfavorecidos. Qualquer irmão necessitado – de pão, de alegria, de apoio, de esperança – é da responsabilidade dos discípulos de Jesus. A dinâmica do Reino passa pela solidariedade que torna todos os cristãos responsáveis pelas necessidades dos pobres.
No segundo momento pedagógico, Jesus ensina como dar resposta a este desafio. Começa por pedir que façam a listagem dos bens disponíveis; depois, toma os “cinco pães e dois peixes”, recita a bênção e manda repartir por todos os presentes… E todos comeram até ficarem saciados.
A lição é clara: diante do apelo dos pobres, a comunidade do Reino tem de aprender a partilhar. “Cinco pães e dois peixes” significam totalidade (“sete”): é na partilha da totalidade do que se tem que se responde à carência dos irmãos. A comunidade do Reino é uma comunidade de coração aberto, disposta a repartir o que tem… É uma comunidade que venceu a escravidão do egoísmo, para fazer a experiência da partilha que sacia e que torna todos os homens irmãos.
No terceiro momento, Jesus dá a razão para a partilha. “Tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e recitou a bênção”. A “bênção” é uma fórmula de ação de graças, na qual se agradece a Deus pelos seus dons. Isso significa reconhecer que algo que se possui é um dom recebido de Deus… “pronunciar a bênção” é reconhecer que determinado dom veio de Deus e que pertence a todos os filhos de Deus. Aquele que recebeu esse dom não é o seu dono; mas é apenas um administrador a quem Deus confiou determinado dom, para que o pusesse ao serviço dos irmãos com a mesma gratuidade com que o recebeu.

ATUALIZAÇÃO • Deus convida a todos para o “banquete” do Reino…
• Nenhum cristão pode “lavar as mãos” quando se gastam em armas e extravagâncias recursos que deviam estar ao serviço da saúde, da educação, da habitação, da construção de redes de saneamento básico…
• É preciso criarmos a consciência de que os bens criados por Deus pertencem a todos os homens e não a um grupo restrito de privilegiados.
• O problema da fome no mundo não se resolve recorrendo a programas de assistência social, mas a lógica de partilha, do amor. Sem isto, nenhuma mudança social criará, de verdade, um mundo mais justo e mais fraterno.

8. SEGUNDA LEITURA (Rm 8,35.37-39) Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos.
Irmãos: Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças Àquele que nos amou! Tenho a certeza de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura, nem a profundeza, nem outra criatura qualquer, será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.
AMBIENTE -: toda a humanidade vive mergulhada numa realidade de pecado; mas Deus oferece, de forma gratuita, a salvação que chega através de Jesus Cristo.
Acolher a salvação, identificar-se com Jesus na entrega aos irmãos, não é um caminho fácil.

MENSAGEM - “Se Deus é por nós, quem será contra nós”? Deus nos ama e reserva a felicidade total com Ele. Pode, como Jesus, lutar contra o egoísmo, a injustiça, a opressão, o pecado; sem temer o fracasso; E, no final do caminho, espera-o essa vida plena de felicidade sem fim, que Deus oferece àqueles que aceitam a sua proposta de amor e caminham nela.

ATUALIZAÇÃO • Deus ama-nos com um amor profundo. Esse amor veio ao nosso encontro em Jesus Cristo, capacitando-nos para a vida eterna. Nos momentos de crise, de desilusão, de perseguição, a Palavra de Deus grita: “não tenhais medo; Deus ama-vos”.

Pe. Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho

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O Pão Partilhado

Ao redor de uma mesa, acontecem fatos importantes na vida das pessoas, das famílias e dos povos...
É momento de encontro, de fraternidade, de comunhão...
Comunica-se a alegria de um nascimento ou de um casamento; fortalece-se a amizade, estabelecem-se contatos de trabalho e celebram-se ritos oficiais.

A Liturgia nos convida a sentar à mesa, que o próprio Deus preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento, que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade.

Na 1ª leitura, Deus convida a uma MESA farta e gratuita
o povo faminto e sofredor, que estava no exílio.
"Venham matar a sede e comprar sem ter dinheiro comer sem pagar, beber vinho e leite à vontade". (Is 55,1-3)

Era o apelo do profeta para que o Povo se animasse a voltar à terra de origem, para recomeçar uma vida nova.
Seria o banquete da vida em liberdade, da terra repartida, da moradia garantida, da saúde, da paz e bem estar.

A 2ª Leitura é um Hino ao amor de Deus, que enviou ao mundo o seu próprio Filho, para nos convidar ao BANQUETE da vida eterna. (Rm 8,35.37-39)

No Evangelho, Cristo realiza a profecia da primeira leitura, alimentando o povo com a Multiplicação dos Pães. (Mt 14,13-21)
Seguido por uma imensa multidão, Jesus, como um novo Moisés, vai ao deserto (novo Êxodo), onde repete o milagre do Maná. Doa o seu pão ao Povo e convida os discípulos a distribuí-lo...

O DESERTO, para Israel, era o lugar do encontro com Deus. Ali, Israel aprendeu a despir-se das suas seguranças humanas e descobrir em cada passo a maravilhosa proteção do Senhor.
O deserto é o lugar e o tempo da partilha, em que todos contam com a solidariedade da Comunidade.

+ PASSOS de Jesus para resolver o problema da fome:,

1.       VÊ a "fome" e busca na comunidade a solução do problema.
Quando os discípulos buscam a solução mais fácil, despedindo o povo, Jesus lhes ordena: "Dai-lhes vós mesmos de comer". Quantos "famintos" de pão, de alegria, de apoio, de esperança!...
                                    
2. Ensina COMO dar resposta a este desafio: PARTILHANDO.
Recolhe os "cinco pães e dois peixes", recita a bênção e manda partilhar...
Todos comeram, ficaram saciados e ... até sobrou.

3. Dá a RAZÃO para a partilha: Deus é o DONO de tudo.
"Tomou os 5 pães e os 2 peixes, ergueu os olhos ao céu e recitou a Bênção".
A "BÊNÇÃO" é uma fórmula de ação de graças, pela qual se agradece a Deus pelos dons recebidos.
Isso significa reconhecer que o dom veio de Deus e que pertence a todos os filhos de Deus. Não somos donos...

AS LEITURAS NOS LEMBRAM TRÊS VERDADES:

+ Deus convida todos para o "Banquete" do Reino
Os que vivem à margem da vida e da história,
os que têm fome de amor e de justiça,
os que vivem atolados no desespero,
os que o mundo condena e marginaliza,
os que não têm pão na mesa, nem paz no coração,
também são convidados para a Mesa do Reino.

+ Jesus nos compromete com a "fome" do mundo.
- A fome é companheira  cruel de milhões de filhos de Deus... Quase dois terços da humanidade passa fome...
- Os APÓSTOLOS encontram a solução mais fácil: "Despede as multidões": "Mande-os para casa".
- JESUS não fica na mera "compaixão": cura os doentes, ilumina o povo com a sua palavra, partilha com eles o pão,
  entrega-se pessoalmente a eles como o Pão da Vida...
  * Quando os Apóstolos falam em "comprar", Jesus manda "dar": "Dai-lhe vós mesmos de comer..."
- NÓS também somos responsáveis pela fome no mundo...
  Nenhum cristão pode ficar alheio a essa triste realidade!...
  E o problema da fome no mundo também não se resolve apenas com programas de assistência social, mas com a partilha, com o amor.

O milagre da partilha pode acontecer na medida em que todos oferecem na medida do pouco que tem. Não se trata de quantidade, mas da generosidade que permite a realização do milagre.
E o milagre da partilha não se fecha nas coisas materiais.
Muitos necessitam um pouco do nosso tempo, de um olhar,  de um abraço, de uma visita...

+ Jesus nos convida a sentar à MESA e receber o Pão que ele oferece.

A narração tem um contexto eucarístico (ver palavras da consagração...)
Sentar-se à mesa com Jesus é comprometer-se com a dinâmica do Reino e é assumir a lógica da partilha, do amor, do serviço. Celebrar a Eucaristia obriga-nos a lutar contra as desigualdades, os sistemas de exploração, os esbanjamentos… (recolheu as sobras...)
Quando celebramos a Eucaristia, tornamos Jesus presente no mundo, fazendo com que o seu Reino se torne uma realidade viva na história.
                                Pe. Antônio Geraldo

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Homilia de D. Henrique Soares - Mt 14,13-21

Hoje o Evangelho nos apresenta Jesus como a plenitude da compaixão de Deus no nosso meio. Multiplicando os pães, ele realiza de modo pleno aquilo que Moisés e Elias, os mesmos personagens da Transfiguração, representantes da Lei e dos Profetas, já haviam realizado: Moisés deu de comer ao povo no deserto; Elias sustentou com alimento a viúva de Sarepta durante todo o tempo da seca em
Israel. Ora, Jesus é aquele que nos alimenta em plenitude, é o Messias prometido a Israel e à humanidade. Como o Bom Pastor, de que fala o Salmo, ele faz seu rebanho descansar na relva mais fresca e lhe prepara uma mesa. Seu alimento não se reduz ao pão. Primeiro nos alimenta porque sente compaixão de nós, de nossa pobreza e indigência: “Viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes”. Mais do que de pão, é de amor, de ternura e compaixão que o Senhor nos alimenta! Alimenta-nos também com sua Palavra de vida eterna: vê a multidão cansada e abatida como ovelhas sem pastor e ensina-lhe, fala do Reino até o entardecer... Olhando o nosso Salvador, vemos cumprir-se nele o convite tão terno, tão comovente do Deus de Israel: “Ó vós todos que estais com sede, vinda às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, cinde comprar sem dinheiro, e alimentai-vos bem, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga!’
 Que belo convite! Num mundo no qual tudo é pago, tudo gira em torno do lucro, tudo tem a preocupação do retorno econômico e do interesse (até nas seitas por aí a fora, o dízimo é a chave de entrada no céu), o Senhor se revela graciosamente! Quem dera, o mundo compreendesse esse amor apaixonado de Deus que se manifesta em Jesus! Quem dera se reconhecesse faminto e sedento! Quem dera se deixasse interpelar: “Por que gastar dinheiro com outra coisa que não o pão, desperdiçar o salário senão com satisfação completa? Ouvi-me com atenção e alimentai-vos bem! Inclinai vosso ouvido e vinde a mim, ouvi e tereis vida!” Infelizmente, o nosso é um mundo cansado, mas também auto-suficiente, prepotente, que pensa poder sozinho, do seu modo se saciar e viver de verdade! Também nós, nas nossas pobrezas, tanta vez fugimos do Senhor, ao invés de correr para ele, nosso Poço, nossa Água, nosso Pão, nosso Refrigério!
Mas, nós, cristãos, sabemos que em Cristo Jesus encontra-se a vida, encontra-se o verdadeiro caminho, a verdadeira vida do mundo! É isso que São Paulo exprime com palavras comoventes: “Quem nos separará do amor de Cristo? Tribulação? Angústia? Perseguição? Fome? Nudez? Perigo? Espada? Em tudo isso somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!” É por essa experiência do amor tão terno e presente de Jesus na nossa vida que somos cristãos! Deixemo-nos saciar pelo Senhor e experimentaremos que “nem a morte, nem a vida, nem o presente nem o futuro, nem outra criatura qualquer, será capaz de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor!”
Caríssimos, a verdadeira Boa-Nova para o mundo atual é esta: o amor terno e próximo de Deus, manifestado em Jesus Cristo! Mas, atenção: somente poderemos ser testemunhas de tal amor se nós mesmos nos deixarmos tocar e envolver pela ternura do Cristo! Atendamos, portanto, ao seu convite de ir gratuitamente a ele, apesar de nossas pobrezas! Deixemos que ele nos alimenta e sacie de vida e de paz!
Não esqueçamos também que, sobretudo na Eucaristia essa vida, essa alimento, essa paz vêm a nós! Neste Ano Eucarístico, sintamo-nos convidados pela Igreja a recobrar nossa devoção e piedade eucarísticas. Primeiro pela participação consciente e piedosa da Santa Missa todos os domingos. Mas, também pela adoração ao Santíssimo Sacramento. Aí o Senhor Jesus nos espera para nos falar ao coração e encher-nos da sua paz. Estejamos atentos a alguns aspectos desse carinho pela presença eucarística de Cristo. Eis alguns pontos para nossa meditação: (1) como está minha participação na Missa? (2) Tenho consciência do que é a Missa? Compreendo que ela é o sacrifício de Cristo tornado presente no Altar para vida nossa e do mundo inteiro? (3) Tenho respeito pela presença de Cristo na Eucaristia? Quando entro na Igreja, dobro meu joelho ante o Santíssimo? Detenho-me em adoração ou fico conversando e disperso? (4) Tenho reservado alguns minutos durante a semana para uma visita ao Santíssimo Sacramento, para falar-lhe em espírito e verdade, como um amigo ao outro amigo?
Eis, meus caros! Procuramos vida e realização em tantas bobagens! A Vida, a Realização, é Jesus que se dá a nós no Altar e por nós espera no sacrário! Saibamos valorizar esse Dom tão grande: “Ó vós todos que estais com sede, vinda às águas; vós que não tendes dinheiro, apressai-vos, vinde e comei, cinde comprar sem dinheiro, e alimentai-vos bem, tomar vinho e leite, sem nenhuma paga!’ Que o Senhor nos dê a graça de aceitar seu convite! Amém.
D. Henrique Soares.

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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:

LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai, Nós Vos damos graças, Vos agradecemos, pelos alimentos que saciam a nossa fome. Nós Vos pedimos por todos os que tem fome e por todas as formas de pobreza: os mendigos de pão, de atenção, de ternura, de justiça e de paz. Que saibamos repartir o conhecimento, a alegria, o pão, o trabalho, a dignidade, o direito e a justiça.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai, nós Vos bendizemos pelo amor que manifestastes nos enviando Vosso Filho. Dai-nos força e coragem para que sejamos mais amor diante dos irmãos.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai, Vos bendizemos pelo pão de vida que nos ofereceis. Nós Vos pedimos que nunca nos falte amor para dar e alegria para manifestarmos vosso Reino. Que vossa benção esteja sempre conosco.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
- Pai Nosso... A  Paz de Cristo... Eis o Cordeiro...


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