Sinopse: 3º DOMINGO DO ADVENTO ANO B
Tema: “Aplainai o caminho do
Senhor.” “Deus vem para a alegria dos pobres”
Na primeira
leitura; “profeta” anuncia um tempo
novo, de vida plena e de felicidade sem fim, que Deus vai oferecer aos “pobres”.
O Evangelho: João Batista diz que Jesus é a luz do mundo e foi enviado pelo Pai.
O Evangelho: João Batista diz que Jesus é a luz do mundo e foi enviado pelo Pai.
Na
segunda leitura: Na espera, que sejam
comunidade “santa”, alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos
dons do Espírito e aos desafios de Deus.
LEITURA I – Is 61,1-2a.10-11
...me enviou a anunciar a boa nova aos pobres, a curar os corações atribulados, a proclamar a redenção aos cativos e a liberdade aos prisioneiros, a promulgar o ano da graça do Senhor. ...
AMBIENTE - Trito-Isaías posterior ao Exílio. O Povo está desanimado e sem
esperança.
MENSAGEM -. O anúncio do “ano da graça” alude aos cinqüenta em cinqüenta anos –destinados a restaurar a situação original de justiça, a libertação dos escravos, o perdão das dívidas e a restituição dos bens e propriedades alienados.
Os pobres são os preferidos de Deus e o objeto de uma especial proteção e ternura de Deus. Maltratada e oprimida pelos poderosos, mas que se entrega com fé, humildade e confiança nas mãos de Deus e que Deus ama de forma especial.
ATUALIZAÇÃO • Deus ama cada “pobre” explorado e injustiçado e que dá aos pequenos a força para vencer a miséria, as forças da opressão e da morte.
• Como é que Deus atua no mundo? Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz.
MENSAGEM -. O anúncio do “ano da graça” alude aos cinqüenta em cinqüenta anos –destinados a restaurar a situação original de justiça, a libertação dos escravos, o perdão das dívidas e a restituição dos bens e propriedades alienados.
Os pobres são os preferidos de Deus e o objeto de uma especial proteção e ternura de Deus. Maltratada e oprimida pelos poderosos, mas que se entrega com fé, humildade e confiança nas mãos de Deus e que Deus ama de forma especial.
ATUALIZAÇÃO • Deus ama cada “pobre” explorado e injustiçado e que dá aos pequenos a força para vencer a miséria, as forças da opressão e da morte.
• Como é que Deus atua no mundo? Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz.
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EVANGELHO - Jo 1,6-8.19-28
João; Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não»: «Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’ ».: «Eu batizo em água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».
AMBIENTE - sobressai a figura de João Baptista, o “apresentador” oficial de Jesus. O Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do Messias libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade, de alegria, de felicidade. Muitos falsos messias e vendedores de sonhos. A hierarquia religiosa judaica não gostava de ouvir falar na chegada do Messias. De fato, um dos objetivos do Messias, deveria ser a reforma das instituições da hierarquia religiosa judaica, considerada indigna. Não admira, pois, que as autoridades se inquietassem diante da atividade de João.
MENSAGEM - João é “um homem” e foi “enviado por Deus”. O agente principal nesta história é, naturalmente, Deus: é Deus que escolhe esse homem e o envia ao mundo com uma missão concreta. É, habitualmente, esse o “método” de Deus: chama homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz”, no Quarto Evangelho, representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. João não atua por sua própria iniciativa, mas em resposta à escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou.
João é apenas “a testemunha” que vem preparar os homens para acolher esse que vai chegar e que será “a luz/vida”.: “quem és tu?”. João descarta a hipótese de ser o Messias. Também não aceita identificar-se com Elias, Tampouco aceita assumir o título de “o profeta”. Na verdade, João não aceita que lhe atribuam nenhuma função que possa centrar a atenção na sua própria pessoa. Ele não busca a sua glória ou a sua afirmação, nem vem em seu próprio nome; a sua missão é meramente dar testemunho da “luz”; “Eu sou uma voz”. … A “voz” não tem rosto, é anônima e passa despercebida; o importante é o conteúdo da mensagem. É isso que João é: uma “voz” através da qual Deus passa aos homens uma mensagem. É à mensagem e não à “voz” que os homens devem dar atenção.
a “voz” é: “endireitai o caminho do Senhor”. … Se João não reivindica nenhum dos títulos tradicionais – “Messias”, “Elias”, “o profeta” – a que título é que ele batiza?
O batismo ou imersão na água era um símbolo relativamente freqüente no judaísmo. Era usado como rito de purificação (por exemplo, para um enfermo curado da sua doença – cf. Lev 14,8) ou para significar a mudança de estado de vida (de escravidão a uma situação de liberdade; o abandono das práticas pagãs e a adesão ao judaísmo). O batismo de João significava a ruptura com a vida das trevas e o desejo de aderir a uma nova vida. um primeiro passo para acolher “a luz”. Ele prefere desvalorizar o seu batismo com água e apontar para “aquele” que vem e a quem João não é digno “de desatar as correias das sandálias”. Esse é que é “a luz” que vai libertar o homem da escuridão, da cegueira, da mentira, do egoísmo, do pecado. É como se João dissesse: “não vos preocupeis com o batismo com água que eu administro, pois ele é, apenas, um símbolo de transformação e de adesão a uma nova realidade; mas olhai antes para essa nova realidade que já está no meio de vós e que o Messias vos vai oferecer. É o batismo do Messias (o batismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os fará livres e lhes dará a vida definitiva. Esse que vem batizar no Espírito já está presente, a fim de iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo – isto é, escutá-lo e acolher a sua proposta de vida e de libertação”.
ATUALIZAÇÃO • A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. Um convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, o egoísmo, a injustiça, a violência, o comodismo, a autossuficiência, tudo o que nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade.
EVANGELHO - Jo 1,6-8.19-28
João; Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz. «És o Profeta?». Ele respondeu: «Não»: «Eu sou a voz do que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’ ».: «Eu batizo em água, mas no meio de vós está Alguém que não conheceis: Aquele que vem depois de mim, a quem eu não sou digno de desatar a correia das sandálias».
AMBIENTE - sobressai a figura de João Baptista, o “apresentador” oficial de Jesus. O Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do Messias libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade, de alegria, de felicidade. Muitos falsos messias e vendedores de sonhos. A hierarquia religiosa judaica não gostava de ouvir falar na chegada do Messias. De fato, um dos objetivos do Messias, deveria ser a reforma das instituições da hierarquia religiosa judaica, considerada indigna. Não admira, pois, que as autoridades se inquietassem diante da atividade de João.
MENSAGEM - João é “um homem” e foi “enviado por Deus”. O agente principal nesta história é, naturalmente, Deus: é Deus que escolhe esse homem e o envia ao mundo com uma missão concreta. É, habitualmente, esse o “método” de Deus: chama homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz”, no Quarto Evangelho, representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. João não atua por sua própria iniciativa, mas em resposta à escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou.
João é apenas “a testemunha” que vem preparar os homens para acolher esse que vai chegar e que será “a luz/vida”.: “quem és tu?”. João descarta a hipótese de ser o Messias. Também não aceita identificar-se com Elias, Tampouco aceita assumir o título de “o profeta”. Na verdade, João não aceita que lhe atribuam nenhuma função que possa centrar a atenção na sua própria pessoa. Ele não busca a sua glória ou a sua afirmação, nem vem em seu próprio nome; a sua missão é meramente dar testemunho da “luz”; “Eu sou uma voz”. … A “voz” não tem rosto, é anônima e passa despercebida; o importante é o conteúdo da mensagem. É isso que João é: uma “voz” através da qual Deus passa aos homens uma mensagem. É à mensagem e não à “voz” que os homens devem dar atenção.
a “voz” é: “endireitai o caminho do Senhor”. … Se João não reivindica nenhum dos títulos tradicionais – “Messias”, “Elias”, “o profeta” – a que título é que ele batiza?
O batismo ou imersão na água era um símbolo relativamente freqüente no judaísmo. Era usado como rito de purificação (por exemplo, para um enfermo curado da sua doença – cf. Lev 14,8) ou para significar a mudança de estado de vida (de escravidão a uma situação de liberdade; o abandono das práticas pagãs e a adesão ao judaísmo). O batismo de João significava a ruptura com a vida das trevas e o desejo de aderir a uma nova vida. um primeiro passo para acolher “a luz”. Ele prefere desvalorizar o seu batismo com água e apontar para “aquele” que vem e a quem João não é digno “de desatar as correias das sandálias”. Esse é que é “a luz” que vai libertar o homem da escuridão, da cegueira, da mentira, do egoísmo, do pecado. É como se João dissesse: “não vos preocupeis com o batismo com água que eu administro, pois ele é, apenas, um símbolo de transformação e de adesão a uma nova realidade; mas olhai antes para essa nova realidade que já está no meio de vós e que o Messias vos vai oferecer. É o batismo do Messias (o batismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os fará livres e lhes dará a vida definitiva. Esse que vem batizar no Espírito já está presente, a fim de iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo – isto é, escutá-lo e acolher a sua proposta de vida e de libertação”.
ATUALIZAÇÃO • A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar “o caminho do Senhor”. Um convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, o egoísmo, a injustiça, a violência, o comodismo, a autossuficiência, tudo o que nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade.
• A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva.
• João convida-nos a pensar sobre a forma de Deus atuar na história. Deus chama e a quem confia determinada missão, missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente a proposta libertadora de Jesus.
• João
não busca a satisfação de interesses egoístas; ele é apenas uma “voz” anônima,
de forma a que as pessoas não o vejam a ele mas às realidades importantes que
ele propõe.
• A atitude dos fariseus instalados no seu comodismo e nos seus privilégios, impede-os de “conhecer” “a luz” que está a chegar: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa autossuficiência, fechamos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz… Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida.
• A atitude dos fariseus instalados no seu comodismo e nos seus privilégios, impede-os de “conhecer” “a luz” que está a chegar: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa autossuficiência, fechamos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz… Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida.
LEITURA II – 1 Tes 5,16-24
Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias. Avaliai tudo, conservando o que for bom. ...É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas.
AMBIENTE - um convite veemente a esperar, vigilantes, esse momento final.
Irmãos: Vivei sempre alegres, orai sem cessar, dai graças em todas as circunstâncias. Avaliai tudo, conservando o que for bom. ...É fiel Aquele que vos chama e cumprirá as suas promessas.
AMBIENTE - um convite veemente a esperar, vigilantes, esse momento final.
MENSAGEM - vivam alegres e em oração de ação de graças. Horizonte de vida
eterna que Deus lhe reserva. Uma comunidade louva o seu Senhor e está atenta
para discernir e aceitar os dons do Espírito – é uma comunidade “santa” e
irrepreensível.
ATUALIZAÇÃO • A existência cristã mergulhada na alegria e na tristeza, não pode perder de vista essa meta final. Na atenção e na vigilância, coerência aos compromissos assumidos no dia do Batismo e na fidelidade às propostas de Deus.
• O cristão é alegre. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, podem eliminar essa alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor.
ATUALIZAÇÃO • A existência cristã mergulhada na alegria e na tristeza, não pode perder de vista essa meta final. Na atenção e na vigilância, coerência aos compromissos assumidos no dia do Batismo e na fidelidade às propostas de Deus.
• O cristão é alegre. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, podem eliminar essa alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor.
• O
crente é alguém que “ora sem cessar” e “dá graças em todas as circunstâncias”
pelos dons de Deus, pela sua presença amorosa, pela salvação que Deus não cessa
de oferecer em cada passo da caminhada.
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lII Domingo do Advento - A vela dos pastores: a alegria. (vela
rosa)
As duas primeiras velas já devem estar acesas na
Coroa
Segue-se tudo normal até a saudação inicial feita
pelo presidente da
celebração: A graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo......
Antes do Ato penitencial segue-se o rito para acender a terceira vela
Animador: Hoje
é o terceiro Domingo do Advento, o Domingo do "Alegrai-vos",
o domingo da alegria pela próxima vinda do
Salvador, na celebração de sua primeira vinda ao nascer em Belém. Vamos acender
a vela dos pastores. Foram eles os primeiros a receberem a notícia do
nascimento de Deus entre os homens, notícia que os encheu de alegria.
(Alguém entra com uma vela acesa e acende a vela rosa da
Coroa do Advento. Nesse
momento pode-se cantar um canto que fale de
esperança ou apenas dedilhar o violão).
Oração
Pres. Ó
Deus da alegria, quisestes ser o Emanuel, o Deus conosco em vosso
Filho Jesus Cristo. O vosso anjo anunciou aos
pastores: "Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será
para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o
Cristo Senhor". Vigiando no campo e cuidando das ovelhas os pastores
estavam atentos aos vossos sinais de Salvação. Tendo encontrado o Menino
voltaram glorificando a vós pelas maravilhas que realizastes, enviando-nos
vosso Filho. Fazei que, a exemplo dos pastores, ouçamos a boa-nova da
manifestação da alegria e da felicidade que Jesus, o vosso Filho amado, nos
trouxe. Que possamos todos ser causa de alegria e de felicidade para os que
procuram a paz e a felicidade, ser luz e aconchego para os pobres e sofredores.
Por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
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3º DOMINGO
DO ADVENTO ANO B
Tema: “Aplainai o caminho do Senhor.” “Deus
vem para a alegria dos pobres.
Na
primeira leitura: A missão deste
“profeta” (trito-Isaías) é anunciar um tempo novo, de vida plena e de
felicidade sem fim, que Deus vai oferecer aos “pobres”, humildes e pequeninos.
O Evangelho: O Profeta João Baptista, é a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena.
Na segunda leitura: Paulo explica aos cristãos a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.
O Evangelho: O Profeta João Baptista, é a “voz” que prepara os homens para acolher Jesus, a “luz” do mundo, “aquele” que o Pai enviou com uma proposta de vida definitiva e de liberdade plena.
Na segunda leitura: Paulo explica aos cristãos a atitude que é preciso assumir enquanto se espera o Senhor que vem… Paulo pede-lhes que sejam uma comunidade “santa” e irrepreensível, isto é, que vivam alegres, em atitude de louvor e de adoração, abertos aos dons do Espírito e aos desafios de Deus.
5. PRIMEIRA LEITURA (Is 61,1-2a.10-11) Leitura do Livro do Profeta
Isaías.
O
espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me
para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para
os cativos e a liberdade para os que estão presos; para proclamar o tempo da
graça do Senhor. Exulto de alegria no Senhor e minh’alma regozija-se em meu
Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da
justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas jóias.
Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim
o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.
AMBIENTE – É um texto do Trito-Isaías (capítulos 56-66). Os textos são da época posterior ao Exílio e numa Jerusalém
Os
profetas que desenvolvem a sua missão nesta fase vão tentar acordar a esperança
num futuro de vida plena e de salvação definitiva. Nesse sentido, vão falar de
uma época em que Deus
vai voltar a residir em Jerusalém, oferecendo em cada dia ao seu Povo a vida e
a salvação. Essa “salvação” implicará, não só a reconstrução de Jerusalém e a
restauração das glórias passadas, mas também a libertação dos pobres, dos
oprimidos, dos fracos, dos marginalizados.
MENSAGEM – O profeta apresenta-se como o “ungido” do Senhor, sobre quem
repousa o Espírito; e é o mesmo Espírito que o move e o impele para a missão –
como acontecia com os juízes e os antigos profetas (cf. Nm 11,25-26; 24,2).
Em
concreto, a missão do profeta consiste em anunciar uma “boa notícia”
(“evangelho”), em curar os corações feridos, em proclamar a libertação aos
prisioneiros, em promulgar “o ano da graça do Senhor”. O anúncio do “ano da
graça” alude aos anos jubilares (celebrados de cinqüenta em cinqüenta anos –
cf. Lev 25,10-17) e aos anos sabáticos (celebrados de sete em sete anos). De
acordo com a Lei de Deus, eram anos destinados a restaurar a situação original
de justiça e implicavam, por isso, a libertação dos escravos (cf. Ex 21,2; Dt
15,12), o perdão das dívidas (cf. Dt 15,1) e a restituição dos bens e
propriedades alienados durante esse período.
Os
destinatários dessa mensagem de esperança são os “pobres”. A categoria
“pobres”, no contexto bíblico, é menos uma categoria sociológica e mais uma
categoria espiritual… Os pobres são os carentes de bens, de dignidade, de
liberdade e de direitos, mas que pela sua especial situação de miséria e de
necessidade são considerados os preferidos de Deus e o objeto de uma especial
proteção e ternura de Deus. Por isso, são olhados com simpatia, são retratados
como pessoas pacíficas, humildes, simples, piedosas, cheias de “temor de Deus”
(isto é, que se colocam diante de Jahwéh com serena confiança, em total
obediência e entrega). Representam essa parte do Povo de Deus frequentemente
maltratada e oprimida pelos poderosos, mas que se entrega com fé, humildade e
confiança nas mãos de Deus e que Deus ama de forma especial.
ATUALIZAÇÃO
• Neste trecho do Trito-Isaías afirma-se,
de forma clara, a existência de um projeto de salvação que Deus tem para
oferecer ao seu Povo, especialmente aos pobres – isto é, a todos aqueles que
vivem numa situação intolerável de carência de bens, de dignidade, de
liberdade, de justiça, de vida. O profeta garante-lhes que Deus os ama, que não
os abandona à sua miséria e sofrimento e que tem um projeto de vida, de
alegria, de felicidade para propor a cada homem ou a cada mulher que a vida
magoou. Esta “boa notícia” deve encher de esperança todos aqueles que não têm
acesso aos bens essenciais (educação, saúde, trabalho, justiça, amor), que não
têm vez nem voz, que são injustiçados e explorados, que são mastigados e
digeridos por um sistema econômico que gera exclusão, alienação e miséria. O
Deus em quem acreditamos não é um Deus indiferente, que pactua com o racismo, a
exclusão, a violência, a exploração, o terrorismo, o imperialismo, a
prepotência; mas é um Deus que ama cada “pobre” explorado e injustiçado, que
está ao lado dos que sofrem e que dá aos pequenos, aos marginalizados, aos
excluídos a força para vencer o desânimo, a miséria, as forças da opressão e da
morte.
• Como é que Deus atua no mundo? Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz.
• Como é que Deus atua no mundo? Cada crente é um profeta, chamado a ser testemunha de Deus e sinal vivo do seu amor, da sua justiça e da sua paz.
6. SALMO RESPONSORIAL / Ct de Lc 1
A minh’alma se alegra no meu Deus
• A
minha alma engrandece o Senhor, / e se alegrou o meu espírito em Deus, meu
Salvador, /
pois
ele viu a pequenez de sua serva; / desde agora as gerações hão de chamar-me de
bendita.
• O
Poderoso fez por mim maravilhas. / E Santo é o seu nome! /
Seu
amor, de geração em geração, / chega a todos os que o respeitam.
• De
bens saciou os famintos / e despediu os ricos sem nada. /
Acolheu
Israel, seu servidor, / fiel ao seu amor.
9. EVANGELHO (Jo 1,6-8.19-28) Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Surgiu
um homem enviado por Deus; seu nome era João. Ele veio como testemunha, para
dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. Ele não era
a luz, mas veio para dar testemunho da luz. Este foi o testemunho de João,
quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar:
“Quem és tu?” João confessou e não negou. Confessou: “Eu não sou o Messias”.
Eles perguntaram: “Quem és, então? És tu Elias?” João respondeu: “Não sou”.
Eles perguntaram: “’És o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. Perguntaram então: Quem
és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que
dizes de ti mesmo?” João declarou: “Eu sou a voz que grita no deserto:
“Aplainai o caminho do Senhor” - conforme disse o profeta Isaías. Ora, os que
tinham sido enviados pertenciam aos fariseus e perguntaram: “Por que então
andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?” João
respondeu: “Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não
conheceis e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas
sandálias”. Isso aconteceu em Betânia, além do Jordão, onde João estava
batizando.
AMBIENTE - João Baptista é o “apresentador” oficial de Jesus. Hoje ele apresenta
o primeiro testemunho sobre Jesus, diante dos enviados das autoridades
judaicas.
Para
percebermos o alcance do diálogo entre João e os líderes judaicos, é preciso
ter em conta o ambiente político, social e religioso da Palestina do século I.
Dominado pelos romanos, explorado por uma classe dirigente comodamente
instalada nos seus privilégios, escravizado por um sistema religioso ritual e
legalista, o Povo de Deus vivia na expectativa da chegada do Messias
libertador, enviado por Deus para inaugurar uma nova era de liberdade, de
alegria, de felicidade. Muitos israelitas estavam dispostos a aproveitar
qualquer oportunidade de libertação e eram presa fácil dos falsos messias e dos
vendedores de sonhos. A hierarquia religiosa judaica não gostava de ouvir falar
na chegada do Messias. De fato, um dos objetivos do Messias, deveria ser a reforma das instituições da
hierarquia religiosa judaica, considerada indigna. Não admira, pois, que as
autoridades se inquietassem diante da atividade de João.
MENSAGEM – De João se diz: é “um homem” e que foi “enviado por Deus”. O agente principal nesta história é, naturalmente, Deus: é Deus que escolhe esse homem e o envia ao mundo com uma missão concreta. É, habitualmente, esse o “método” de Deus: chama homens, confia-lhes uma missão e, através deles, intervém no mundo. A missão de João é “dar testemunho da luz”. A “luz”, no Quarto Evangelho, representa essa realidade que vem de Deus e com a qual Deus se propõe construir para os homens um mundo novo de vida definitiva e de felicidade total. João não atua por sua própria iniciativa, mas em resposta à escolha divina e para concretizar uma missão que Deus lhe confiou. Por outro lado, embora enviado por Deus, João não é “a luz” – isto é, ele não tem a capacidade de eliminar as trevas que escurecem a vida dos homens, porque não tem a capacidade de dar vida aos homens. João é apenas “a testemunha” que vem preparar os homens para acolher esse que vai chegar e que será “a luz/vida”.
Na
segunda parte do nosso texto (vers. 19-28), temos o “testemunho” de João. A
cena coloca-nos diante de uma comissão oficial, enviada de Jerusalém para
investigar João e constituída por sacerdotes e levitas (encarregados, entre
outras coisas, de vigiar a ortodoxia e a fidelidade à ordem religiosa judaica).
A comissão investigadora começa por interrogar João com uma pergunta
aparentemente inócua: “quem és tu?”. Os interrogadores não tomam posição.
Limitam-se a esperar que o próprio João declare a sua posição e as suas
intenções. João descarta totalmente a hipótese de ser o Messias. Também não
aceita identificar-se com Elias (de acordo com Mal 3,22-23, Elias devia vir
preparar o “dia de Jahwéh” – que, no século I era o dia da vinda do Messias
libertador, enviado por Deus para construir um mundo novo). Tampouco aceita
assumir o título de “o profeta” (este título parece aludir a Dt 18,15 e
significava, na época de Jesus, um “segundo Moisés” que deveria aparecer nos
últimos tempos). Na verdade, João não aceita que lhe atribuam nenhuma função
que possa centrar a atenção na sua própria pessoa. As suas três respostas são
rotundas negativas. Ele não busca a sua glória ou a sua afirmação, nem
vem em seu próprio nome; a sua missão é meramente dar testemunho da “luz”.
“Eu
sou uma voz”. “Voz” é um termo relacional que supõe ouvintes a quem é
comunicada uma mensagem… A “voz” não tem rosto, é anônima e passa
despercebida; o importante é o conteúdo da mensagem. É isso que João é: uma
“voz” através da qual Deus passa aos homens uma mensagem. É à mensagem e não à
“voz” que os homens devem dar atenção.
A
mensagem que a “voz” veicula é: “endireitai o caminho do Senhor”. A
expressão é tomada de Is 40,3, numa versão livre. Em Isaías, a expressão é
usada no contexto da intervenção salvadora de Deus para fazer regressar à Terra
da Liberdade os judeus cativos na Babilônia. Pedia que o Povo instalado e
acomodado, desanimado e frustrado fizesse um esforço para acolher os desafios
de Deus e aceitasse pôr-se a caminho com Deus em direção a um futuro novo de
vida e de esperança. É essa mesma realidade que João é chamado a acordar no
coração do seu Povo.
As
respostas negativas de João desconcertam a comissão… Se João não reivindica
nenhum dos títulos tradicionais – “Messias”, “Elias”, “o profeta” – a que
título é que ele batiza?
O
batismo ou imersão na água era um símbolo relativamente freqüente no judaísmo.
Era usado como rito de purificação (por exemplo, para um enfermo curado da sua
doença – cf. Lev 14,8) ou para significar a mudança de estado de vida (podia
significar, por exemplo, a passagem de uma situação de escravidão a uma
situação de liberdade; para os prosélitos, significava o abandono das práticas
e crenças pagãs e a adesão ao judaísmo). O batismo de João significava,
provavelmente, a ruptura com a vida das trevas e o desejo de aderir a uma nova
vida. Para João seria, apenas, um primeiro passo para acolher “a luz”.
João
evita responder diretamente à objeção que os fariseus lhe colocam. Ele
prefere desvalorizar o seu batismo com água e apontar para “aquele” que vem e a
quem João não é digno “de desatar as correias das sandálias”. Esse é que é
“a luz” que vai libertar o homem da escuridão, da cegueira, da mentira, do
egoísmo, do pecado. É como se João dissesse: “não vos preocupeis com o batismo
com água que eu administro, pois ele é, apenas, um símbolo de transformação e
de adesão a uma nova realidade; mas olhai antes para essa nova realidade que já
está no meio de vós e que o Messias vos vai oferecer. É o batismo do Messias
(o batismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os
fará livres e lhes dará a vida definitiva. Esse que vem batizar no Espírito
já está presente, a fim de iniciar a sua obra libertadora. Procurai conhecê-lo
– isto é, escutá-lo e acolher a sua proposta de vida e de libertação”.
A
indicação de que os líderes não “conhecem” esse “alguém” que já chegou e do
qual João apenas é “a voz” é, provavelmente, uma denúncia da situação em que se
encontra a classe dirigente judaica, instalada nos seus privilégios, certezas e
preconceitos e muito pouco aberta à novidade e aos desafios de Deus.
ATUALIZAÇÃO • A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a endireitar
“o caminho do Senhor”. É, na linguagem do Evangelho segundo João, um
convite a deixar “as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a
mentira, os comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de
violência, os preconceitos, a instalação, o comodismo, a auto-suficiência, tudo
o que nos torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade.
• A “voz”, através da qual Deus fala, convida-nos a olhar para Jesus, pois só Ele é “a luz” e só Ele tem uma proposta de vida verdadeira para apresentar aos homens. À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”. Atraem-nos, seduzem-nos, manipulam-nos, escravizam-nos e, quase sempre, deixam-nos decepcionados e infelizes. João garante-nos: só Jesus é “a luz” que liberta os homens da escravidão e das trevas e lhes oferece a vida verdadeira e definitiva.
• João convida-nos a pensar sobre a forma de Deus atuar na história. Deus chama e a quem confia determinada missão, missão de dar testemunho da “luz” e de tornar presente a proposta libertadora de Jesus.
• João
não procura atrair sobre si as atenções, não usa a missão para a sua glória ou
promoção pessoal, não busca a satisfação de interesses egoístas; ele é apenas
uma “voz” anônima e discreta que recorda as realidades importantes. João é uma
interpelação para todos aqueles a quem Deus chama e envia… Com ele, o
profeta (isto é, todo aquele a quem Deus chama e a quem confia uma missão) deve
aprender a ser discreto e simples, de forma a que as pessoas não o vejam a ele
mas às realidades importantes que ele propõe.
• A atitude dos fariseus instalados no seu comodismo e nos seus privilégios, impede-os de “conhecer” “a luz” que está a chegar. Trata-se de um aviso, para nós: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa auto-suficiência, fechamos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz… Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida.
• A atitude dos fariseus instalados no seu comodismo e nos seus privilégios, impede-os de “conhecer” “a luz” que está a chegar. Trata-se de um aviso, para nós: quando nos instalamos no nosso comodismo, no nosso bem-estar, na nossa auto-suficiência, fechamos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz… Dessa forma, não reconhecemos Jesus quando Ele vem ao nosso encontro e não O deixamos entrar na nossa vida.
7. SEGUNDA LEITURA (1Ts 5,16-24) Leitura da Primeira Carta de São
Paulo aos Tessalonicenses.
Irmãos,
estai sempre alegres! Rezai sem cessar. Dai graças em todas as circunstâncias,
porque essa é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. Não apagueis o
espírito! Não desprezeis as profecias, mas examinai tudo e guardai o que for
bom; afastai-vos de toda espécie de maldade! Que o próprio Deus da paz vos
santifique totalmente e que tudo aquilo que sois - espírito, alma, corpo - seja
conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! Aquele
que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.
AMBIENTE - Tessalônica era, no século I da nossa era, a cidade mais importante
da Macedônia. Porto marítimo e cidade de intenso comércio, era uma encruzilhada
religiosa, na qual os cultos locais coexistiam lado a lado com todo o tipo de
propostas religiosas vindas de todo o Mediterrâneo.
A cidade foi evangelizada por Paulo durante a sua segunda viagem missionária, anos 49-50. O tempo de evangelização foi curto – talvez uns três meses; mas foi o suficiente para fazer nascer uma comunidade cristã numerosa e entusiasta, constituída maioritariamente por pagãos convertidos. No entanto, a obra de Paulo foi brutalmente interrompida pela reação da colônia judaica… Os judeus acusaram Paulo de agir contra os decretos do imperador e levaram alguns cristãos diante dos magistrados da cidade (cf. Act 17,5-9). Paulo teve de deixar a cidade à pressa, de noite, indo para Beréia e, depois, para Atenas (cf. Act 17,10-15).
A cidade foi evangelizada por Paulo durante a sua segunda viagem missionária, anos 49-50. O tempo de evangelização foi curto – talvez uns três meses; mas foi o suficiente para fazer nascer uma comunidade cristã numerosa e entusiasta, constituída maioritariamente por pagãos convertidos. No entanto, a obra de Paulo foi brutalmente interrompida pela reação da colônia judaica… Os judeus acusaram Paulo de agir contra os decretos do imperador e levaram alguns cristãos diante dos magistrados da cidade (cf. Act 17,5-9). Paulo teve de deixar a cidade à pressa, de noite, indo para Beréia e, depois, para Atenas (cf. Act 17,10-15).
Entretanto,
Paulo tinha a consciência de que a formação doutrinal da comunidade cristã de
Tessalônica ainda deixava muito a desejar. Preocupado, Paulo enviou Timóteo a
Tessalônica, a fim de saber notícias e encorajar os tessalonicenses na fé (cf.
1 Tes 3,2-5). Quando Timóteo voltou e apresentou o seu relatório, Paulo estava em Corinto. Confortado
pelas informações dadas por Timóteo, o apóstolo decidiu escrever aos cristãos
de Tessalônica, felicitando-os pela sua fidelidade ao Evangelho. Aproveitou
também para esclarecer algumas dúvidas doutrinais que inquietavam os
tessalonicenses e para corrigir alguns aspectos menos exemplares da vida da
comunidade.
A Primeira Carta aos Tessalonicenses é, com toda a probabilidade, o primeiro escrito do Novo Testamento. Apareceu na Primavera-Verão do ano 50 ou 51.
A Primeira Carta aos Tessalonicenses é, com toda a probabilidade, o primeiro escrito do Novo Testamento. Apareceu na Primavera-Verão do ano 50 ou 51.
O texto
que hoje nos é proposto faz parte das exortações com que Paulo encerra a carta.
Depois dos ensinamentos sobre a segunda vinda do Senhor (cf. 1 Tess 4,13-18) e
de um convite veemente a esperar, vigilantes, esse momento final da história
humana (cf. 1 Tess 5,1-11), Paulo apresenta alguns elementos concretos que os
tessalonicenses devem ter sempre em conta e que devem marcar a existência
cristã nesse tempo de espera (cf. 1 Tess 5,12-28).
MENSAGEM - Como é que os cristãos devem, então, viver esse tempo de espera do
Senhor? - Paulo começa por pedir aos tessalonicenses que vivam alegres e que
pautem a sua vida por uma intensa oração, sobretudo a oração de ação de graças.
O cristão é sempre uma pessoa livre e feliz, consciente da presença salvadora e
libertadora de Deus ao seu lado, que contempla permanentemente esse horizonte
último de vida eterna e de felicidade definitiva que Deus lhe reserva e que,
por isso, agradece e louva ao seu Senhor.
Depois,
o apóstolo pede também aos tessalonicenses que abram o coração ao Espírito e
que não desprezem os seus dons. Esta referência pode significar que as
experiências carismáticas começavam a criar problemas na comunidade… Provavelmente,
nem toda a gente entendia e estava aberta às interpelações que o Espírito fazia
através de alguns membros da comunidade… Paulo recomenda aos cristãos de
Tessalônica que saibam tudo analisar com cuidado e discernimento, sem
preconceitos, de coração aberto à novidade de Deus, guardando “o que é bom” e
afastando-se de “toda a espécie de mal”.
Uma
comunidade construída de acordo com estes princípios – que vive a sua
existência histórica com alegria e serenidade, que louva o seu Senhor e que
está permanentemente atenta para discernir e aceitar os dons do Espírito – é
uma comunidade “santa” e irrepreensível, preparada para acolher, em qualquer
momento, o Senhor que vem.
ATUALIZAÇÃO • A existência cristã mergulhado na alegria e na tristeza, no
sofrimento e na esperança, não pode perder de vista essa meta final que dá
sentido a toda a caminhada. O caminho cristão deve ser percorrido na atenção e
na vigilância, procurando viver com coerência os compromissos assumidos no dia
do Batismo e na fidelidade às propostas de Deus.
• O cristão é alegre, porque sabe para onde caminha e está certo de que no final da caminhada encontra os braços amorosos de Deus que o acolhem e o conduzem para a felicidade plena, para a vida definitiva. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, nem as incompreensões, nem as perseguições podem eliminar essa alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor.
• O cristão é alegre, porque sabe para onde caminha e está certo de que no final da caminhada encontra os braços amorosos de Deus que o acolhem e o conduzem para a felicidade plena, para a vida definitiva. Nem os sofrimentos, nem as dificuldades, nem as incompreensões, nem as perseguições podem eliminar essa alegria serena de quem confia no encontro com o Senhor.
• O crente é alguém que “ora sem cessar” e “dá graças em todas as circunstâncias” pelos dons de Deus, pela sua presença amorosa, pela salvação que Deus não cessa de oferecer em cada passo da caminhada.
Pe. Joaquim, Pe. Barbosa, Pe. Carvalho
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Pe. Antônio - Alegrai-vos"
É o "DOMINGO
DA ALEGRIA" (Gaudete)
A 1ª
Leitura é uma declaração de ALEGRIA,
pela "boa notícia" de
salvação, prometida por Deus. (Is
61,1-2ª.10-11)
- Os
retornados do exílio estão desanimados e sem esperança, pela frieza e hostilidade com que foram
recebidos pelos habitantes de Jerusalém.
O povo espera dias melhores para breve.
- E o
Profeta anuncia ao povo oprimido a "boa notícia" da plena restauração
da paz e da justiça e um ano de graça (jubilar) para restaurar a harmonia.
- O
Povo reage agradecido numa atitude de louvor e alegria.
* A descoberta do amor e da presença
libertadora de Deus sempre conduz ao louvor, à adoração, à alegria.
Na 2ª
Leitura, Paulo exorta à ALEGRIA: "Sede sempre
alegres". (1Ts 5,16-24)
O texto ensina onde nasce a
verdadeira alegria:
- Da oração: "rezai sem
cessar, dai graças";
- Da abertura do coração aos apelos do Espírito:
- Uma vida moral irrepreensível.
* O que é a alegria para você? Réveillon num
restaurante cinco estrelas?
A
alegria cristã não é uma atitude passageira de festas humanas, mas um estado
permanente, de quem confia que a vida cristã é uma caminhada ao encontro do
Senhor que vem.
A Alegria é um dos sinais da
presença de Deus no coração de uma pessoa.
No Evangelho
João Batista dá o grande motivo da ALEGRIA:
"Já está no meio de vós aquele
que ainda não conheceis..." (Jo 1,6-8.19-28)
O texto
apresenta João Batista, "enviado por Deus" com uma MISSÃO: "Dar
testemunho da Luz".
- Essa
"Luz" está no mundo, mas o mundo não a conhece.
Na
segunda parte, temos o "Testemunho de João" sobre sua pessoa: Afirma não
ser o Messias, nem Elias, nem o "Profeta"...É apenas a "VOZ" que clama no deserto, convidando os homens a prepararem o
caminho do Senhor...
É a
"voz" que aponta para a única luz que vale a pena seguir: a de Jesus
Cristo.
Essa
"Voz" nos convida a olhar para JESUS, pois só Ele é a "Luz" que ilumina o caminho...
Deus
iniciou a Criação, criando a LUZ e dissipou as trevas.
Dela surgiu
tudo o que existe. Ela é a vida dos homens.
A
Missão de João Batista é hoje a nossa missão: abrir caminhos para a chegada do Messias,
que é a
luz das nações.
Ser uma
"voz" que clama no deserto, anunciando o Cristo presente no meio de
nós...
- A
"Voz" não tem rosto, é anônima. Ela passa despercebida, transmite a
mensagem e depois desaparece...
- Quais
os desertos, nos quais devemos clamar?
(na família... na escola... no trabalho...)
DUAS ATITUDES OPOSTAS AO CRISTO QUE VEM:
A
atitude humilde de João:
Ele não
usa a missão para a sua promoção pessoal; ele é apenas uma "voz" discreta que recorda
realidades importantes.
A atitude orgulhosa dos fariseus: Fechados em sua auto-suficiência, não reconheceram a "Luz".
Se
fecharmos o coração à novidade e aos desafios que Deus nos faz, também nós não
o reconheceremos. E ele continuará procurando lugar onde possa nascer...
A
alegria que os anjos anunciaram em Belém aos homens de boa vontade é possível
também para nós... desde que nos deixemos iluminar por essa Luz.
Assim a
nossa alegria será um testemunho muito forte de que Cristo já está no meio de
nós.
Pe. Antônio
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Homilia de
Dom Henrique Soares
A tradição litúrgica da Igreja chama este
Terceiro Domingo do Advento de Gaudete, isto é “Alegrai-vos!” No
Missal Romano, a antífona de entrada exclama: “Alegrai-vos sempre no
Senhor. De novo eu vos digo: alegrai-vos! O Senhor está perto!” (Fl 4,4.5).
Como expressão dessa alegria, pode-se usar no lugar do roxo, o cor-de-rosa, no
tom conhecido como “rosa antigo”. É um roxo suavizado, que exprime a exultação
pela aproximação do Santo Natal. Alegrai-vos! Alegremo-nos! O Senhor está
perto! Está próximo o Natal; está próxima a Vinda do Senhor; está próximo de
nós o Salvador nosso nos diversos momentos de nossa existência! Ele não é Deus
de longe; é Deusde perto: seu nome será para sempre Emanuel, Deus-conosco!
Alegrai-vos! Há quem se alegre no pecado, há quem
se alegre em futilidades, há quem, mesmo alegrando-se com coisas que valem a
pena, esquece que toda alegria é passageira. Quanto a vós, caríssimos,
alegrai-vos com tudo quanto é bom e louvável, mas colocai vossa maior e
definitiva alegria no Senhor! Somente nele o coração repousa plenamente,
somente nele encontra-se a paz que dura mesmo em meio à tribulação mais dura,
somente nele o anseio mais profundo de nossa alma. Alegrai-vos! Mas seja o
Senhor o fundamento da vossa alegria, a causa última da vossa exultação!
Mas, quem é esse Senhor em quem nos mandam que
nos alegremos? O Batista, neste hoje, nos adverte: “No meio de vós
está Aquele que vós não conheceis!” Quem é ele? Quem é este “Aquele”? João
Batista, como bom mensageiro faz questão de desaparecer: “Não sou o Messias,
não sou Elias (coitados dos espíritas!), não sou o Profeta anunciado por
Moisés! Sou apenas a voz que grita no deserto: ‘Aplainai o caminho do
Senhor!’” Insistimos: quem é esse que está no nosso meio e que é preciso
conhecer e reconhecer sempre de novo para ter a alegria verdadeira? Ele é o
Messias, Jesus de Nazaré, o Ungido de Deus, o Enviado para trazer a salvação, a
alegria e a paz para todos os pobres de todas as pobrezas do mundo. Ouçamo-lo,
deixemos que ele se nos apresente: “O Espírito do Senhor Deus está
sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a Boa-nova aos
humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção aos cativos e a liberdade
para os que estão presos; para proclamar o tempo da graça do Senhor!” Eis,
caríssimos, o Messias que esperamos, o Salvador que Deus nos concedeu. Ele, que
veio em Belém, que virá no final dos tempos, ele mesmo vem a cada dia de nossa
atribulada existência! – Vem, Senhor Jesus! Vem, santo Messias! Teu povo
suspira por ti, tua Igreja sofrida e caminheira precisa de ti! Não nos
abandones, não nos deixes sozinhos! Vem, Ungido de Deus, prometido aos nossos
pais, anunciado pelos profetas, apontado pelo Batista, colocado sob a guarda do
carpinteiro José, concebido e dado à luz pela Virgem Mãe! Vem, e a Mãe Igreja exclamará
(e nosso coração exclamará com ela):“Exulto de alegria no Senhor e
minha alma regozija-se no meu Deus; ele me vestiu com vestes de salvação;
adornou-me como um noivo com sua coroa ou uma noiva com suas jóias!”
Caríssimos, eis a causa da nossa alegria. Nós, os
cristãos, temos direito de nos alegrar, mesmo diante das tristezas do mundo;
temos o dever de manter a esperança, mesmo quando as possibilidades humanas
fracassam; temos a oportunidade de continuar esperando ainda quando os nossos
cálculos mostrem-se errados. Porque nossa esperança e certeza não se fundam em
nós nem em nossas possibilidades, mas naquele que vem, naquele que o Pai do céu
nos envia, naquele que nunca conseguiremos conhecer totalmente, o Santo Messias
do Pai, Jesus, nosso Deus-Salvador!
Resta-nos, então, escutar com atenção o conselho
do Apóstolo: estar sempre alegre em Cristo; com os olhos fixos nele; orar sem
cessar, buscando realmente ser amigo íntimo do Senhor, dando graças em todas as
circunstâncias, sabendo que ele está próximo de nós, nunca longe de nossas
aflições e desafios. E mais: afastarmo-nos de toda maldade, procurando viver
segundo Cristo e não segundo o mundo, santificando no Senhor nosso corpo, nossa
alma e nosso espírito ou, em outras palavras, nossa dimensão física, nossa vida
inteligente e nossa sede de Deus, nossa saudade de Infinito.
Caríssimos, num mundo que nos despreza porque
somos cristãos, numa sociedade pagã, que nos ridiculariza e nos olha com
indiferença, tenhamos esta certeza: “Quem vos chamou é fiel; ele mesmo
realizará isso!” Ele nunca nos deixará!
Que a escuta da Palavra santa do Senhor e a
participação no mistério do seu Corpo e do seu Sangue nos preparem não somente
para as festas que se aproximam mas, sobretudo para o Dia da Vinda do nosso
grande Deus e Salvador Jesus Cristo! Amém.
D. Henrique Soares
================-----------------==============
PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR: (QUANDO O PÃO
CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à COM
JESUS PRESENTE ENTRE NÓS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Alegres aguardamos o renascer de Jesus
em nosso corações.
à Senhor, nosso Deus e Pai, nós vos louvamos porque sois bondoso e
fiel. Desde o começo do mundo vos revelastes como Deus de amor e por meio dos
profetas alimentastes nossa esperança de nos enviar o Salvador. Vosso profeta
João Batista nos indicou que Jesus era o nosso Messias, o nosso Salvador. Pai,
que o renascer de vosso Filho entre nós, nos transforme.
T: Alegres aguardamos o renascer de Jesus
em nosso corações.
à Senhor, nosso Deus e Pai,
bendito seja o Vosso nome sobre em todo o universo. Grande é vosso amor nos
enviando vosso Filho para nos guiar ao Vosso Reino. Pai, agradecemos pela nossa
vida, pelo nosso batismo e pela esperança da vida eterna.
T: Alegres aguardamos o renascer de Jesus
em nosso corações.
à Senhor, nosso Deus e Pai,
enviai o Espírito Santo sobre nós, para que nos transformemos e tenhamos força
e coragem de levar vosso nome sobre todos os nossos irmãos que não vos conhecem
ou que vos abandonaram. Que o Cristo que renasce seja luz de justiça, de paz,
de amor para todos os povos.
T: Alegres aguardamos o renascer de Jesus
em nosso corações.
à PAI NOSSO... A Paz de
Cristo... Eis o Cordeiro...
João = Deus é misericordioso,
teve compaixão
É “um homem”
“enviado por Deus”.
A missão de João é “dar
testemunho da luz”.
Mundo novo de vida definitiva e
de felicidade total.
João não é “a luz” – João descarta totalmente a hipótese de ser o Messias.
Também não aceita identificar-se com Elias. Tampouco aceita assumir o
título de “o profeta”
Ele não busca a sua glória A “voz” não tem rosto,
é anônima e passa despercebida; o importante é o conteúdo A mensagem que a
“voz” veicula é: “endireitai o caminho do Senhor”.
Ele prefere desvalorizar o seu
batismo com água e apontar para “aquele” que vem e a quem João não é digno “de
desatar as correias das sandálias”.
É o batismo do Messias (o
batismo no Espírito) que transformará totalmente os corações dos homens, os
fará livres e lhes dará a vida definitiva.
Endireitar “o caminho do
Senhor”. Um convite a deixar
“as trevas” e a nascer para “a luz”. Implica abandonar a mentira, os
comportamentos egoístas, as atitudes injustas, os gestos de violência, os
preconceitos, a instalação, o comodismo, a autossuficiência, tudo o que nos
torna escravos e nos impede de chegar à verdadeira felicidade.
À nossa volta abundam os “vendedores de sonhos”, com propostas de felicidade “absolutamente garantida”.
Deus
chama e envia…
O
comodismo e os seus privilégios, impede-nos de “conhecer” “a luz” que está a
chegar.
O teólogo jesuíta Karl Rahner, hoje falecido, escreveu em
uma ocasião: «Temos de escutar a voz do que nos chama no deserto, ainda que
reconheça: não sou o Messias. Não podeis deixar de escutar esta voz ‘porque não
é mais que a voz de um homem’. Do mesmo modo, vós tampouco podeis deixar de
lado a mensagem da Igreja porque a Igreja ‘não é digna de desatar a correia das
sandálias de seu Senhor, que a precede’. Nós nos encontramos, de fato, ainda no
Advento».
Mateus 11:11 Em verdade vos
digo: entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista;
mas o menor no reino dos céus é maior do que ele.
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