5º DOMINGO DA PÁSCOA ANO B 2015 (Adaptado e
postado pelo Diácono Ismael)
SINOPSE:
Tema: Só unidos a Cristo temos acesso à vida
verdadeira.
No
Evangelho
Jesus nos diz que se permanecermos unidos a Ele, daremos bons frutos.
A
primeira leitura: o cristão é membro do corpo de Cristo. É na partilha e no amor
com os irmãos que a nossa fé nasce, cresce e amadurece plenamente.
A
segunda leitura: Se praticarmos as obras do amor, temos a certeza de que estamos
unidos a Cristo e que a vida de Cristo circula em nós.
EVANGELHO – Jo 15,1-8 “Eu
sou a videira e vós sois os ramos”
Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: “Eu sou a
videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que em mim não dá fruto
ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto
ainda. Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. Permanecei
em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo,
se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não
permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós, os ramos. Aquele que permanece em
mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Quem
não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são
recolhidos, lançados no fogo e queimados. Se permanecerdes em mim e minhas
palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. Nisto meu
Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos
AMBIENTE – Na ceia de quinta feira santa, Jesus está consciente de que os
dirigentes judaicos decidiram dar-Lhe a morte e que a cruz está no seu
horizonte próximo. Os discípulos recebem as coordenadas para continuar a missão
de Jesus.
MENSAGEM - No Antigo Testamento, a “videira” e a “vinha” eram símbolos do Povo de Deus. Israel era apresentado como uma “videira” que Jahwéh arrancou do Egito, que transplantou para a Terra Prometida e da qual cuidou sempre com amor - cf. Sal 80,9.15. A antiga “videira” ou “vinha” de Jahwéh revelou-se como uma verdadeira desilusão. - Agora, Jesus apresenta-Se como a verdadeira “videira” plantada por Deus. É Jesus que irá produzir os frutos que Deus espera. E, de Jesus irá nascer um novo Povo de Deus. Os discípulos são os “ramos” que estão unidos à “videira” (Jesus) e que dela recebem vida. O que é estar unido a Jesus? Em Jo 6,56 Jesus avisou: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele”… A “carne” de Jesus é a sua vida; o “sangue” é a sua entrega por amor até à morte; assim, “comer a carne e beber o sangue” de Jesus é assimilar a existência de Jesus, feita serviço e entrega por amor. Ora, a comunidade de Jesus tem a missão de dar frutos. Por isso, o “agricultor” (Deus) atua no sentido de que o “ramo” (o discípulo) se identifique cada vez mais com a “videira” (Jesus) e produza frutos de amor, de doação, de serviço.
Que devemos fazer para produzir frutos no Senhor? é crer no Filho amado e nos
amar uns aos outros, como ele nos mandou. Cristo é a Cabeça, nós somos os
membros do corpo que é a Igreja. Ser cristão é ser Igreja; e ser Igreja é estar
unido a Cristo e, em Cristo, unidos uns aos outros. É permanecendo em Cristo,
cabeça e tronco da Igreja, que viveremos da sua energia, da sua seiva, isto é,
do seu Espírito Santo.
ATUALIZAÇÃO - Para dar FRUTOS, os
"Ramos" precisam de DUAS COISAS:
+
da Seiva
da Videira, que é Cristo, pois "sem
mim nada podeis fazer".
+ da Poda : - Sem a poda, poderá ter muita folha e pouco
fruto... - Deus PODA nosso egoísmo, o orgulho, a vaidade, a
falsidade, a ganância...
• Os discípulos devem
"permanecer" em comunhão com Cristo e com a comunidade.
Jesus é “a
videira”, de onde brotam os frutos da justiça, do amor, da verdade e da
paz; A missão é produzir os mesmos
frutos. Jesus transparece a partir de nós.
• Quando o dinheiro, o êxito, a moda, o poder, os aplausos, o orgulho, o amor próprio, são mais importantes do que os valores de Jesus, estamos secando a corrente de vida eterna que deveria correr entre Jesus e nós… Para não nos tornarmos “ramos” secos, precisamos renovarmos cada dia o nosso “sim” a Jesus e às suas propostas.
• É na comunidade que celebramos e experimentamos – no Batismo, na Eucaristia, na Reconciliação – a vida nova que brota de Cristo.
• Quando o dinheiro, o êxito, a moda, o poder, os aplausos, o orgulho, o amor próprio, são mais importantes do que os valores de Jesus, estamos secando a corrente de vida eterna que deveria correr entre Jesus e nós… Para não nos tornarmos “ramos” secos, precisamos renovarmos cada dia o nosso “sim” a Jesus e às suas propostas.
• É na comunidade que celebramos e experimentamos – no Batismo, na Eucaristia, na Reconciliação – a vida nova que brota de Cristo.
LEITURA I – At 9,26-31 / Leitura dos Atos dos Apóstolos.
Naqueles dias, Saulo chegou a Jerusalém e procurava
juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que
ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, levou-o aos apóstolos e
contou-lhes como Saulo tinha visto o Senhor no caminho, como o Senhor lhe havia
falado e como Saulo havia pregado, em nome de Jesus, publicamente, na cidade de
Damasco. Daí em diante, Saulo permaneceu com eles em Jerusalém e pregava com firmeza
em nome do Senhor. Falava também e discutia com os judeus de língua grega, mas
eles procuravam matá-lo. Quando ficaram sabendo disso, os irmãos levaram Saulo
para Cesaréia e daí o mandaram para Tarso. A Igreja, porém, vivia em paz em
toda a Judeia, Galileia e Samaria. Ela consolidava-se e progredia no temor do
Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo.
AMBIENTE - O texto refere-se à estadia de Paulo em Jerusalém, depois de
converter-se, ter trabalhado em Damasco e de ter fugido de lá.
MENSAGEM - A narração de Lucas mistura História e Teologia em vários pontos:
1. A desconfiança da comunidade cristã de Jerusalém mostra-nos uma comunidade que tem dificuldade em lidar com o risco.
MENSAGEM - A narração de Lucas mistura História e Teologia em vários pontos:
1. A desconfiança da comunidade cristã de Jerusalém mostra-nos uma comunidade que tem dificuldade em lidar com o risco.
2.
Paulo se esforça para integrar-se na comunidade. O cristianismo não é apenas um
encontro pessoal com Jesus Cristo; mas é também uma experiência de partilha da
fé e do amor com os irmãos. É só no diálogo e na partilha comunitária que a
experiência da fé faz sentido.
3. O papel de Barnabé na integração de Paulo é muito significativo: ele não só acredita em Paulo, como consegue que o resto da comunidade cristã o aceite. Mostra-nos o papel que cada cristão pode ter na integração comunitária dos irmãos.
4. Paulo dá testemunho de Jesus com coragem, enfrentando as dificuldades e oposições.
3. O papel de Barnabé na integração de Paulo é muito significativo: ele não só acredita em Paulo, como consegue que o resto da comunidade cristã o aceite. Mostra-nos o papel que cada cristão pode ter na integração comunitária dos irmãos.
4. Paulo dá testemunho de Jesus com coragem, enfrentando as dificuldades e oposições.
6. É o Espírito Santo que conduz a Igreja (crescia com a ajuda do E. Santo).
ATUALIZAÇÃO
• O cristão não é um ser isolado, mas é membro do corpo de
Cristo. A sua vocação é seguir Cristo, integrado numa família de irmãos que
partilha a mesma fé, percorrendo o caminho do amor. Por isso, a vivência da fé
é sempre uma experiência comunitária. A comunidade pode ser marcada por
tensões, mas essa experiência não pode servir de pretexto para abandonar a
comunidade e passar a agir isoladamente.
• Barnabé convida a comunidade a ser mais fraterna e mais acolhedora. Ninguém é dono de verdades absolutas; mas todos devem sentir-se responsáveis para que a comunidade dê um verdadeiro testemunho de Jesus e do seu projeto de salvação.
• A partir desse encontro com Jesus, Paulo tornou-se o arauto do projeto libertador de Jesus. A perseguição, a incompreensão dos irmãos na fé, os perigos dos caminhos, não conseguiram desencorajá-lo e desarmar o seu testemunho.
• A Igreja é uma comunidade conduzida pelo Espírito Santo. O “caminho” que percorremos como Igreja pode ter avanços e recuos e infidelidades; mas é um caminho que conduz a Deus. A presença do Espírito dá-nos essa garantia.
LEITURA II – 1 Jo 3,18-24 Leitura da Primeira Carta de São João.
Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração, pois, se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas. Caríssimos, se o nosso coração não nos acusa, temos confiança diante de Deus. E qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu. Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu.
• Barnabé convida a comunidade a ser mais fraterna e mais acolhedora. Ninguém é dono de verdades absolutas; mas todos devem sentir-se responsáveis para que a comunidade dê um verdadeiro testemunho de Jesus e do seu projeto de salvação.
• A partir desse encontro com Jesus, Paulo tornou-se o arauto do projeto libertador de Jesus. A perseguição, a incompreensão dos irmãos na fé, os perigos dos caminhos, não conseguiram desencorajá-lo e desarmar o seu testemunho.
• A Igreja é uma comunidade conduzida pelo Espírito Santo. O “caminho” que percorremos como Igreja pode ter avanços e recuos e infidelidades; mas é um caminho que conduz a Deus. A presença do Espírito dá-nos essa garantia.
LEITURA II – 1 Jo 3,18-24 Leitura da Primeira Carta de São João.
Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Aí está o critério para saber que somos da verdade e para sossegar diante dele o nosso coração, pois, se o nosso coração nos acusa, Deus é maior que o nosso coração e conhece todas as coisas. Caríssimos, se o nosso coração não nos acusa, temos confiança diante de Deus. E qualquer coisa que pedimos recebemos dele, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é do seu agrado. Este é o seu mandamento: que creiamos no nome do seu Filho, Jesus Cristo, e nos amemos uns aos outros, de acordo com o mandamento que ele nos deu. Quem guarda os seus mandamentos permanece com Deus e Deus permanece com ele. Que ele permanece conosco, sabemo-lo pelo Espírito que ele nos deu.
AMBIENTE
- A essência de Deus é amor; e ninguém pode dizer que está em
comunhão com Ele se não se deixou contagiar pelo amor. Jesus demonstrou isso ao
amar até ao extremo de dar a vida na cruz; só quem ama alcança a vida
verdadeira e eterna.
MENSAGEM - No versículo que antecede o texto, o autor da Carta coloca uma
questão muito concreta: “se alguém possuir bens deste mundo e, vendo o seu
irmão com necessidade, lhe fechar o seu coração, como é que o amor de Deus pode
permanecer nele?” E conclui: o amor aos irmãos não é algo que se manifesta em
declarações solenes de boas intenções, mas em gestos concretos de partilha e de
serviço. Quando, deixamos que o amor conduza a nossa vida, podemos estar
seguros de que estamos no caminho da verdade. Viver no amor é viver em Deus e
estar entregue à bondade e à misericórdia de Deus. Deus atende a oração daquele
que cumpre os seus mandamentos. A exigência fundamental é “acreditar em Jesus”
e amar os irmãos. “Acreditar” é aderir à sua proposta e segui-lO é fazer da
vida um dom de amor aos irmãos. “Acreditar em Jesus” e cumprir o mandamento do
amor são a mesma e única questão. Quem guarda os mandamentos vive em comunhão
com Deus e já possui algo da natureza divina (o Espírito). É o Espírito que dá
a possibilidade de produzir obras de amor.
ATUALIZAÇÃO
• Ser cristão é “acreditar em Jesus” e “amar-nos uns aos
outros como Ele nos amou”. Jesus testemunhou o amor de Deus aos pobres e
excluídos; o caminho do cristão só pode ser o caminho do amor.
• O autor da Carta observa ainda que o amor se vive com ações concretas em favor dos irmãos.
• O autor da Carta observa ainda que o amor se vive com ações concretas em favor dos irmãos.
• A vida de uma
árvore vê-se pelos frutos… Se a nossa ação torna o mundo um pouco melhor, é
porque estamos em comunhão com Deus e a vida de Deus circula em nós.
•: onde há amor, aí está Deus. O Espírito de Deus está presente até fora das fronteiras da Igreja e atua no coração de todos os homens de boa vontade.
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•: onde há amor, aí está Deus. O Espírito de Deus está presente até fora das fronteiras da Igreja e atua no coração de todos os homens de boa vontade.
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Cristianismo
não é só um encontro pessoal com Jesus Cristo, é também uma experiência de
partilha da fé e do amor com os irmãos. - Nenhum motivo nos deve levar a
renunciar à unidade…
Hoje,
Cristo continua produzindo frutos, que agradam ao Pai, por meio dos cristãos de
nossas comunidades, que "permanecem"
sempre unidos a Cristo.
Fomos enxertados na
videira verdadeira: em Jesus, somos a Igreja, o novo Israel, a vinha eleita do
Senhor. São João nos disse que Deus permanece conosco porque temos o seu
Espírito... O que o Senhor espera de nós? O Senhor espera de nós frutos doces por
nosso amor!
Mas, isso não nos livra das dificuldades. Desde as origens há dificuldades
mesmo entre os irmãos na fé. Recordai a situação da primeira leitura: a
desconfiança da comunidade em relação a São Paulo... Jesus nos previne para as
podas da vida, para que demos fruto de vida eterna em Cristo e, com Cristo, em
Deus: alimentemo-nos da sua
seiva na eucaristia; suportemos nele as podas e purificações da vida... Se o
fizermos, produziremos verdadeiro fruto, fruto de vida eterna. Amém.
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"Eu sou a Videira"
A Liturgia nos fala da UNIDADE
profunda dos discípulos com o Ressuscitado, através da imagem da
VIDEIRA verdadeira.
Devem "permanecer" em
comunhão de vida com Cristo e com a comunidade.
Na 1a Leitura,
PAULO narra a experiência vivida por ele, para ser aceito na Comunidade. (At 9,26-31)
Três anos após a sua conversão,
Paulo vai a Jerusalém para se encontrar com Pedro e se integrar com a
Comunidade. Lá o antigo perseguidor encontrou um clima de medo e de
desconfiança. Mas ele não se decepcionou, nem se afastou da comunidade, pelo
contrário, "permaneceu"
unido a Cristo e à Comunidade. Cristianismo não é só um encontro pessoal com
Jesus Cristo, é também uma experiência de partilha da fé e do amor com os
irmãos.
* Quem são os "Paulos",
hoje?
- NÓS também, muitas vezes, podemos encontrar dificuldade para
permanecer em comunhão com os irmãos de nossa comunidade:
- Diante das contrariedades, somos tentados a abandonar tudo…
- Nenhum motivo nos deve levar a renunciar à unidade…
- Quantas pessoas são
vistas com reservas ou desconfiança na Comunidade e não encontram um
"Barnabé" que acredite nelas!
- Sabemos acolhê-las com alegria e
compreensão?
Na 2a Leitura,
João ensina que a nossa fé se manifesta através das obras de amor. (1Jo, 3,18-24)
Permanecendo unidos a Cristo,
circulará também em nós a sua vida (seiva).
No Evangelho, Jesus
afirma "Eu SOU a Videira Verdadeira". (Jo 15,1-8)
Essas palavras, numa ceia de
despedida, representam o seu "Testamento".
- Na Bíblia, a imagem da "Vinha"
é muito freqüente: Israel era considerado uma vinha plantada pelo próprio Deus,
mas que não produziu os frutos esperados.
E Deus, o vinhateiro, foi obrigado a abandoná-la, permitiu que fosse
destruída…
- JESUS se apresenta como a "Videira verdadeira", capaz de produzir frutos que Israel não
produziu.
Jesus é o tronco, nós somos os
ramos e o Pai é o Agricultor. Ele cuida da videira, poda os ramos para
produzirem mais. Os ramos secos ele corta e joga no fogo.
Para dar FRUTOS, os
"Ramos" precisam de DUAS COISAS:
+ da Seiva da Videira,
que é Cristo, pois "sem mim nada
podeis fazer".
O texto fala 8 vezes em "permanecer em Cristo" e 7
vezes em "dar frutos".
Se não "permanecermos"
unidos a Cristo, recebendo essa seiva, nos tornaremos ramos secos e estéreis,
que serão cortados e excluídos...
* Poderão ser eficazes os nossos
trabalhos pastorais, sem a seiva dessa videira e o contato com Jesus, através
da oração?
+ da Poda : Quem não viu já a
poda de um parreiral?...
As gotas até parecem lágrimas
chorando de dor pela poda... dolorosa... mas necessária... "para dar mais fruto".
- Sem a poda, poderá ter muita
folha e pouco fruto...
Permanecer em Cristo significa
também perseverar com ele na prova...
* Aceitamos as podas?
Quem são as tesouras?
- Deus, como trabalhador da vinha, se encarrega de fazer a
poda.
A sua Palavra põe às claras as nossas limitações e falhas… e PODA nosso
egoísmo, o orgulho, a vaidade, a falsidade, a ganância...
- As pessoas afastadas: com críticas duras e ásperas contra a
Igreja…
* Não poderiam se tornar uma poda salutar, ainda que muito dolorosa?
- As pessoas participantes: por motivos pessoais, também podem "podar"...
* Sabemos aceitar com humildade e tranqüilidade?
- Familiares: "Gostaria de atuar, mas o marido (ou
esposa...) não deixa..."
+ Poderíamos resumir a mensagem de hoje em três Palavras:
Um Apelo: "Produzir
frutos…"
Uma Condição: "Permanecer
unido a ele". Para isso,
precisa:
- Gastar tempo com ele.
Nenhum trabalho, mesmo pastoral, justifica
o abandono do encontro pessoal com Cristo, na Oração.
Jesus nos adverte: "Sem mim NADA podeis fazer".
Devemos antes falar com Deus... para depois falar de Deus...
- Alimentar a nossa
espiritualidade com esta "seiva
divina", que é a graça de Deus, na escuta da Palavra, na prática
sacramental...
- Uma Advertência:
Cristão que não "permanece"
com ele não dá frutos.
Tornar-se-á então um "galho
seco" que será cortado e jogado ao fogo...
Isso acontece com aqueles que se separam de Cristo e da própria
Comunidade
Hoje, Cristo continua produzindo
frutos, que agradam ao Pai, por meio dos cristãos de nossas comunidades, que "permanecem" sempre unidos a
Cristo.
Pe. Antônio
Geraldo
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Homilia do PE. PEDRINHO
Meus
irmãos e irmãs, o Evangelho hoje nos fala da videira. Isaías vai dizer que a
videira é o povo de Deus. É o povo que de fato alegra o coração do mundo. O
profeta Isaías apresentava a videira como o povo de Deus como um grande sinal
de esperança para toda a humanidade. Assim, ele classificava este povo como
sendo o povo eleito, nação santa. Jesus vai dizer: Eu sou a videira verdadeira
e vocês são os ramos. Se quiserem dar frutos, precisam permanecer unidos a mim.
O ramo que não está ligado à videira, ele não dá fruto e ele seca. Seu destino
é evidente; será lançado fora e será queimado. Aquele ramo que dá frutos será
sempre limpo para que possa dar mais frutos. Aí, Jesus nos ajuda a compreender essa
limpeza: vocês são limpos através da Palavra. Então, cada vez que ouvimos a Palavra
de Deus, ouvimos o Evangelho, nós vamos nos purificando, para que possamos dar
mais frutos e frutos em abundância. Este Evangelho nos lembra um outro, no
capítulo 11 de São Marcos, onde Jesus se aproxima de uma figueira e esta não
está dando figos. Ele procura figos e nada encontra. Então diz: esta figueira
tem que secar. O profeta Isaías nos ajuda a compreender que a figueira é
exemplo do Templo. O templo não está dando frutos; a videira não está dando
frutos. O templo não está dando frutos, mas o povo de Deus dá frutos. É então
que Jesus, nesta caminhada após a ressurreição, nos ensina que nós, enquanto
Templo de Deus, possamos dar frutos e frutos em abundância. Agora, como estar
ligados a Jesus Cristo, nós ramos, Ele a videira, como eu posso estar ligado? Então
a segunda leitura, carta de São João, nos responde: na medida em que eu vivo os
mandamentos de Deus. Então, os mandamentos de Deus eles não me aprisionam, mas
me dão a liberdade para realizar toda obra de Deus no mundo, porque ele nos
indica que caminho seguir. Uma vez que eu sei o caminho justo, o caminho certo,
eu caminho com maior segurança. Agora, nem sempre, quem dá frutos é
reconhecido. E isto é uma grande tentação. Eu digo: já que ninguém me ouve, já
que ninguém acredita no meu testemunho, eu vou desistir de tudo. É por conta
disto que nós temos São Paulo na primeira leitura de hoje. O atos dos apóstolos
nos dá uma leitura interessante hoje. São Paulo nunca foi mal. São Paulo sempre
foi uma pessoa com reta intensão. Temente a Deus, procurava servir a Deus em
tudo. Ao ponto que ele vai se especializar na lei de Deus, para poder viver
esta lei ao máximo. Aos poucos ele vai ouvir sobre um tal Jesus, que morreu,
ressuscitou e agora é apresentado como Deus feito homem. Ele diz: isto não é
possível. Como Deus pode ser um homem? Isto é uma blasfêmia. Eu preciso
defender Deus porque Deus está acima de qualquer coisa. E ele passa a perseguir
os cristãos. De tal maneira que ele se torna temido pelas comunidades cristãs. Só
que tem algo que chama a atenção de Paulo: ficou sabendo que Jesus na cruz
disse: Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem. Isto vai intriga-lo; Como
é possível alguém crucificado pedir perdão
por aqueles que lhe estão tirando a vida, para o seu inimigo? Para o povo
judeu, baseado no Antigo Testamento, o que se deve aplicar é a lei de Talião: olho
por olho e dente por dente. Me arrancou uma unha, eu arranco uma sua. Me furou
um olho, eu furo um olho seu. Me tirou a vida, alguém deve mata-lo, porque esta
é a justiça. Agora, vem este fulano e morrendo na cruz diz; perdoai-lhes porque
não sabem o que fazem! Mas se fosse o único, pois ele vai presenciar a execução
de Estevão, Estevão que morreu
apedrejado, quando estava para dar o último suspiro, Estevão também diz: Pai,
perdoai-lhes porque não sabem o que fazem! E tantos outros diante do martírio
pediam perdão por aquilo que estava acontecendo. Isto vai fazer uma diferença tremenda
em Paulo. Ele percebe que, o que acontece ali, é obra de Deus, porque é impossível
alguém pedir perdão em nome do inimigo. É assim que Paulo cai por terra e acaba
se tornando um grande defensor de Jesus Cristo. Então, é o martírio de alguns
que fez com que Paulo mudasse a sua visão e percebesse que defender Deus, NUNCA é tirar a vida de alguém. É a partir daí
que ele começa a pregar, dizendo que Jesus Cristo é aquele que veio para salvar
a todos. Porque ele dá-se conta, que o caminho da morte, da perseguição, não
leva a lugar nenhum. Aí, o restante nós conhecemos bem de São Paulo: ele se
torna um grande defensor da Igreja. Mas, agora, aqueles que eram perseguidos
por ele, não participaram desse processo. Não conheceram a conversão de Paulo,
e agora? Devemos aceita-lo, ou não? Será que ele não veio para descobrir quem são
os líderes para poder eliminá-los também? É então que Barnabé vai dizer-lhes;
atenção, vocês estão duvidando dele, mas ele pregou em praça pública, e por
isso, estão querendo mata-lo também. Veja, o que vai ajudar a comunidade é o testemunho.
Aí, o testemunho de Barnabé. Irmãos e irmãs, hoje a liturgia nos confirma, na
medida em que queremos viver unidos a Jesus Cristo, queremos de fato dar
frutos, a comunidade se torna para nós o grande aliado para poder testemunhar
isto. Então, é o nosso testemunho que vai ajudar o mundo a descobrir, de fato,
a proposta de Deus. E quando o Evangelho diz que sem Jesus nada podeis fazer, é
porque ele que trouxe para a humanidade uma nova visão, onde prevalece o perdão,
prevalece a misericórdia, onde prevalece, de fato, a busca pela justiça, onde
prevalece a solidariedade, o amor. Aonde, de verdade, eu aprendo a ver o mundo
com outros olhos. Irmãos e irmãs, nós que queremos dar frutos, somos convidados
a nos purificar ouvindo a Palavra de Deus, nos alimentando a Eucaristia, sendo
testemunha de Deus aonde nós estivermos, ajudando as pessoas a darem frutos e
porque não ajudando a outros para que possam dar testemunho de Jesus Cristo
ressuscitado. Isto para nós é uma alegria, porque muitas vezes não é tão fácil
testemunhar. Veja, que se Paulo estivesse desistido, quanto nós teríamos
perdido, mas não, ele se manteve firme por conta da oração. A oração também é
fundamental. Por isso, temos este salmo que diz: Senhor, sois meu louvor em
meio a assembleia.
Que possamos
continuar animados pela oração e possamos continuar firmes e perseverantes para
darmos testemunho do Ressuscitado.
Louvado seja
nosso Senhor Jesus Cristo.
PE.
PEDRINHO.
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HOMILIA DE D. Henrique soares - Jo 15,1-8
No passado Domingo escutamos o Senhor Jesus, vencedor da morte, Autor da Vida,
que nos revelava com doçura e profundidade: "Eu sou o Bom Pastor" (Jo
10,11). Hoje, novamente, voltamos nosso olhar para o Senhor,
imolado por nós e, por nós,
ressuscitado; escutemo-lo mais uma vez: "Eu
sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor!" Caríssimos, para compreender esta
palavra de Jesus é necessário recordar o povo de Israel, a vinha eleita de
Deus, vinha que o Senhor arrancou do Egito e plantou na terra santa; vinha que
o Senhor cercou de cuidados e de carinho. Vinha que, no entanto, não deu os
frutos esperados! Escutemos as queixas do Senhor pela boca do Profeta Isaías: "Que
me restava fazer à minha vinha que eu não tenha feito? Por que, quando eu
esperava que ela desse uvas boas, deu apenas uvas azedas? Agora vos farei saber
o que vou fazer da minha vinha! Arrancarei a sua cerca para que sirva de pasto,
derrubarei seu muro para que seja pisada... A vinha do Senhor dos Exércitos é a
casa de Israel; e os homens de Judá são a sua plantação preciosa. Deles
esperava o direito, mas o que produziram foi transgressão; esperava a justiça,
mas o que apareceu foram gritos de desespero" (Is 5,4-5.7). Israel foi a vinha infiel; pois bem,
agora surge Aquele que é o Israel verdadeiro, a verdadeira videira que dá o bom
fruto, o fruto doce da obediência ao Pai até a morte e morte de cruz! Eis, meus
caros: Jesus é o Israel fidelíssimo, a verdadeira vinha plantada pelo Pai. Na
obediência e na fidelidade, ele deu fruto de vida eterna. O salmo de meditação
da Missa de hoje, um trecho do Salmo 21, aquele mesmo que Jesus rezou na cruz e
que começa com a súplica "Meu Deus, meu Deus, por que me
abandonaste?" – este Salmo recorda bem o preço da obediência do nosso
Senhor... - Jesus amado, tu és a Vinha verdadeira! Na obediência ao teu Pai,
divino Agricultor, deste para nós fruto de vida eterna. Morreste, mas estás
vivo para sempre! Bendito sejas tu! A ti a glória!
Caríssimos, essa Videira viva e verdadeira, plena do Santo Espírito, que é a
vida do Pai, nos vivifica. Foi por nós que Jesus, a Videira, morreu; foi por
nossa causa que ele ressuscitou! Escutemo-lo ainda: Todo
ramo que em mim não dá fruto o Pai o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o
limpa, para que dê mais fruto ainda. Permaneci em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode dá
fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não
permanecerdes em mim. Eu sou a videira e vós sois os ramos". Eis, amados irmãos, fomos enxertados
na videira verdadeira: em Jesus, somos a Igreja, o novo Israel, a vinha eleita
do Senhor. Somo-lo, porque, pelo batismo, fomos enxertados em Cristo e, agora,
vivemos da sua seiva bendita, que é o Santo Espírito. São João nos disse na
segunda leitura, que sabemos que Deus permanece conosco e nós nele porque temos
o seu Espírito... Que realidade bela e misteriosa: estamos unidos a Cristo de
verdade, de verdade vivemos a sua vida nova, vida que ele adquiriu na
ressurreição. O que o Senhor espera de nós? Que não sejamos como o povo da
Antiga Aliança, que produziu uvas azedas! O Senhor espera de nós frutos doces;
doces da doçura do Cristo que, por nosso amor, fez-se obediente até a morte e
morte de cruz!
Que devemos fazer para produzir frutos no Senhor? São João nos diz na segunda
leitura que o fruto que podemos produzir é crer no Filho amado e nos amar uns
aos outros, como ele nos mandou. Caríssimos, compreendamos que ser cristão é
viver enxertados em Cristo e nos tornamos ramos da mesma videira. Podemos dizer
a mesma coisa de outro modo, usando as palavras de São Paulo: Cristo é a
Cabeça, nós somos os membros do corpo que é a Igreja. Os membros vivem da vida
da Cabeça como os ramos vivem da seiva que brota do tronco. Compreendeis,
irmãos? A Igreja não é simplesmente a soma dos crentes... Não somos nós que
fazemos a Igreja... Ela nasce de Cristo, ela nos é anterior; e nós, pela graça
de Deus, somos nela enxertados pelo batismo e a eucaristia. Ser cristão é ser
Igreja; e ser Igreja é estar profundamente unido a Cristo e, em Cristo, unidos
uns aos outros. Nunca esqueçamos: vivemos a mesma vida, nutrimo-nos da mesma
seiva: esta vida, esta seiva é o Santo Espírito do Ressuscitado! Fora de
Cristo, que fruto daríamos? Separados do tronco, fora da videira, como
permaneceríamos vivos da vida divina? Como poderíamos produzir frutos de vida
eterna? É permanecendo em Cristo, cabeça e tronco da Igreja, que viveremos da
sua energia, da sua seiva, isto é, do seu Espírito Santo.
Mas, isso não nos livra das dificuldades. Desde os inícios, a vida dos cristãos
é marcada por provações interiores e exteriores; desde as origens há
dificuldades mesmo entre os irmãos na fé. Recordai, caríssimos, a situação da
primeira leitura de hoje: a desconfiança da comunidade em relação a São
Paulo... Então: tribulações exteriores, tribulações interiores; momentos de
dor, momentos de escuridão... Onde está Cristo? Não é ele a videira? Nele não
estamos seguros? Sim! Mas, não seguros de seguranças humanas! Jesus nos previne
no Evangelho de hoje para as podas da vida, podas que o Pai consente, para que
demos fruto de vida eterna, fruto de uma vida totalmente enxertada em Cristo e,
com Cristo, em Deus: "Todo ramo que em mim não dá
fruto o Pai o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais
fruto ainda". Eis, caros: batizados em Cristo, nele
permaneçamos enxertados; alimentemo-nos da sua seiva na eucaristia; suportemos
com absoluta confiança nele as podas e purificações da vida... Se o fizermos,
produziremos verdadeiro fruto, fruto de vida eterna. Amém.
D. Henrique Soares
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PARA A
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA:
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER
SOBRE O ALTAR)
à COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
à Bendito sejais, senhor da vida, por nos dar a existência e a
graça da salvação. Sois o nosso Deus e nosso Pai. Vosso Filho Jesus nos
dignificou como herdeiros de Vosso Reino.
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
à Senhor, nosso Deus e Pai, Seja bendito e louvado para sempre o
Vosso nome. Nós unidos ao vosso Filho recebemos a graça que nos santifica e nos
torna membros de vossa Santa Igreja. Pai, dai-nos a perseverança no vosso amor
para que produzamos os frutos de amor.
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
àSenhor, nosso Deus, ajudai-nos a ser uma comunidade acolhedora e
capaz de amar. Comunidade que seja luz de fé e de esperança.
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
à Senhor, que vossa graça nos dê coragem e força para anunciarmos
Jesus e o projeto do Reino. Pai, santificado seja o Vosso nome.
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
à Senhor, vinde sempre em nosso auxílio, pois somos limitados e
sempre necessitamos de Vós para nos conduzir. Que vosso Reino venha a nós e
seja feita a Vossa vontade.
T: Senhor da vida, transformai-nos e fortalecei-nos com vossa
graça.
- PAI NOSSO... A PAZ de Cristo...
CORDEIRO de Deus...
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