quinta-feira, 30 de julho de 2015

18º Domingo do Tempo Comum, O Pão da Vida, O Pão descido do Céu, XVIII Domingo do Tempo Comum Ano B

18º Domingo T.C. Ano B Adaptado e postado pelo Diácono Ismael.

SINOPSE:
TEMA: Deus oferece o alimento que dá a vida eterna e definitiva.
Primeira leitura: Deus se preocupa em oferecer o alimento que dá vida. A ação de Deus não é só satisfazer a fome física; mas também ajudar o Povo a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas e ver outros valores.
Evangelho: Jesus apresenta-Se como o “pão” da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Aos que O seguem, Jesus pede que aceitem esse “pão” – isto é, que escutem as palavras que Ele diz, que as acolham no seu coração, que aceitem os seus valores, que se juntem à sua proposta.
Segunda leitura: Pela adesão a Jesus nos tornamos “homem novo”. O encontro com Cristo deve significar uma mudança radical face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.

PRIMEIRA LEITURA (Ex 16,2-4.12-15) Leitura do Livro do Êxodo. Naqueles dias, a comunidade dos filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo: “Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?” O Senhor disse a Moisés: “Eis que farei chover para vós pão do céu. O povo sairá diariamente e só recolherá a porção de cada dia a fim de que eu o ponha à prova, para ver se anda ou não na minha lei. Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartarei de pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”. Com efeito, à tarde, veio um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma camada de orvalho ao redor do acampamento. Quando se evaporou o orvalho que caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos, fina como a geada sobre a terra. Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.

AMBIENTE - O Povo desconfia e murmura diante das dificuldades, volta-se contra Moisés e chega a acusar Deus pelas dificuldades; Jahwéh perdoa o pecado do Povo e concede os bens que necessitam. Os relatos apresentam-se na forma de uma intervenção prodigiosa de Deus. Provavelmente, estes relatos têm por base elementos históricos  que ficaram na memória coletiva; os catequistas se aproveitam para passar sua doutrina; a tentação de procurar segurança fora de Jahwéh…: o Egito representa a tentação de voltar atrás, de abandonar os valores e a vida de Deus, de se instalar em esquemas à margem de Deus. O catequista jahwista garante que Deus o acompanha e oferece a vida em abundância.
A história das codornizes tem por base um fenômeno que se observa na Península do Sinai: a migração em massa de codornizes que, depois de atravessar o mar, chegam ao Sinai muito cansadas e deixam-se apanhar com facilidade. A história do maná deve ter por base uma pequena árvore (“tamarix mannifera”) existente em certas zonas do Sinai que, após ser picada por um inseto, segrega uma substância resinosa e espessa que logo se coagula; os beduínos recolhem, ainda hoje, essa substância (que chamam “man”), derretem-na ao calor do sol e passam-na sobre o pão. Vai ser com estes elementos que os  catequistas bíblicos vão “moldar” a catequese.

MENSAGEM - 1. A murmuração; saudades do Egito, pois tinham  “ao pé de panelas de carne” e “pão com fartura”. Ao longo da caminhada, vêem as limitações um grupo com mentalidade de escravo e sem maturidade, agarrado ao egoísmo, ao comodismo, que prefere a escravidão à liberdade. É um Povo que ainda não confia em Deus.
2.fazer chover pão do céu” e dar ao Povo carne em abundância é a resposta de Deus. O objetivo de Deus é, não só satisfazer as necessidades materiais do Povo, mas também revelar-Se como o Deus da bondade e do amor. Ele que cuida do seu Povo e que está sempre ao seu lado ao longo da caminhada. Ele satisfaz as suas necessidades mais básicas para vencer as forças da morte. O cuidado e o amor de Deus experimentados nesta  “crise”, não só ajudarão o Povo a sobreviver, mas irão permitir-lhe, também, superar mentalidades estreitas e egoístas, fazendo-o ver mais além, alargar os horizontes, tornar-se mais adulto, mais consciente, mais responsável e mais santo. Israel aprende, assim, a confiar em Deus, a entregar-se em suas mãos, a não duvidar do seu amor e fidelidade.
3. O fato de se dizer que Deus dava a quantidade de maná necessária “para cada dia”, Ensina o Povo a não acumular bens e a confiar em Deus.

ATUALIZAÇÃO - **¨ A preocupação de Deus em oferecer ao seu Povo o alimento que dá vida. A ação de Deus ajuda o Povo a superar o egoísmo e a tomar consciência de outros valores. Libertar-se de uma mentalidade de escravo e de descobrir o caminho para a vida nova da liberdade e da felicidade.  Ele vai conosco, vê as nossas necessidades, conhece os nossos limites, percebe a nossa tendência para o egoísmo e o comodismo e, em cada dia, aponta-nos caminhos novos, convida-nos a ir mais além, mostra-nos como podemos chegar à terra da liberdade e da vida verdadeira.
**¨ As “saudades” do Egito revelam a comodidade, incapaz de arriscar, de enfrentar a novidade, de querer mais, de aceitar a liberdade que se constrói na luta e no risco. Esta mentalidade de escravidão continua bem viva no nosso mundo…a mentalidade pelo “ter”, pela fama”; que fazem de nós escravos e que nos impedem de chegar à vida verdadeira; Ele vem ao nosso encontro e aponta-nos caminhos, pois Ele vai ao nosso lado.
***¨ (proibindo “juntar” mais do que o necessário para cada dia) pretende ajudar o Povo a libertar-se da tentação do “ter”, da ganância, da ambição desmedida. Só Deus é a nossa segurança, só n’Ele devemos confiar, pois só Ele (e não os bens materiais) nos liberta e nos leva ao encontro da vida definitiva.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 77 (78) O Senhor deu a comer o pão do céu.
• Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, / e transmitiram para nós os nossos pais, / não haveremos de ocultar a nossos filhos, / mas à nova geração nós contaremos: /as grandezas do Senhor e seu poder.
 • Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, / e as comportas das alturas fez abrir; / fez chover lhes o maná e alimentou-os, / e lhes deu para comer o pão do céu.
• O homem se nutriu do pão dos anjos, / e mandou-lhes alimento em abundância; / conduziu-os para a Terra Prometida, / para o Monte que seu braço conquistou.

EVANGELHO (Jo 6,24-35) Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”. Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”. Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

AMBIENTE - No “dia seguinte” ao episódio da multiplicação dos pães e dos peixes,
a multidão encontra Jesus na sinagoga de Cafarnaum. Confrontado com a multidão, Jesus explica o sentido do gesto precedente (a multiplicação dos pães e dos peixes).

MENSAGEM - A cena inicial parece sugerir que a pregação de Jesus alcançou um êxito total: a multidão segue-O para todo o lado. Jesus percebe que a multidão está equivocada e que O procura pelas razões erradas. Na verdade, a multiplicação dos pães e dos peixes pretendeu ser uma lição sobre amor, partilha e serviço; mas a multidão não foi sensível ao significado do gesto, ficou-se pelas aparências e só percebeu que Jesus podia oferecer-lhe, de forma gratuita, pão em abundância. Se dirigir ao seu encontro não significa que tenha aderido à sua proposta; significa, apenas, que viu em Jesus um modo fácil e barato de resolver os seus problemas materiais.
Jesus está consciente de que é preciso desfazer, quanto antes, esse mal-entendido. Por isso, nem sequer responde à pergunta inicial que Lhe põem (“Mestre, quando chegaste aqui?”); mas, mal se encontra diante da multidão, procura esclarecer coisas bem mais importantes do que a hora da sua chegada a Cafarnaum: eles não procuram Jesus, mas procuram a resolução dos seus problemas materiais. É uma procura interesseira e egoísta, que é contrária à mensagem que Jesus procurou passar-lhes. Jesus deixa-lhes um aviso: é preciso esforçar-se por conseguir, não só o alimento que mata a fome física, mas, sobretudo o alimento que sacia a fome de vida que todo o homem tem. Esse alimento que dá a vida eterna é o próprio Jesus que o traz. O que é preciso fazer para receber esse pão? –é preciso aderir a Jesus e ao seu projeto. Para receber o alimento que dá vida eterna, é preciso, acolher as propostas de Jesus e aceitar viver no amor que se faz dom, na partilha daquilo que se tem com os irmãos, no serviço simples e humilde aos outros homens. É acolhendo e interiorizando esse “pão” que se adquire a vida que não acaba. Custa-lhes a aceitar que a vida eterna resulte do amor, do serviço, da partilha. O que é que garante que esse seja um caminho verdadeiro para a vida definitiva? Porque é que Jesus não realiza um gesto espetacular – como Moisés – para provar que a proposta que Ele faz é verdadeiramente uma proposta geradora de vida? Jesus responde: o maná foi um dom de Deus para saciar a fome material do seu Povo; mas o maná não é esse “pão” que sacia a fome de vida eterna do homem. Só Deus dá aos homens a vida eterna; e esse dom do Pai não veio através de Moisés, mas através de Jesus. A última frase do nosso texto identifica o próprio Jesus como o próprio pão que Deus quer oferecer ao seu Povo para lhe saciar a fome de vida. “Comê-lo” será escutar a sua Palavra, acolher a sua proposta, fazer da vida (como Jesus fez) um dom total de amor aos irmãos. Seguindo Jesus, acolhendo a sua proposta em gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, o homem encontrará essa “qualidade” de vida que o leva à sua realização plena, à vida eterna.

ATUALIZAÇÃO - ***¨ A vida é marcada pela procura da nossa realização, da nossa felicidade, da vida plena. Procuramos, de mil formas, saciar essa fome; mas continuamos sempre insatisfeitos, tropeçando na nossa finitude, em respostas parciais, em falsas miragens de felicidade e de realização, que parecem sedutoras mas que só geram escravidão e dependência… Na verdade, o dinheiro, o poder, a realização profissional, o êxito, o reconhecimento social, os prazeres, os amigos são valores efêmeros que não chegam para “encher” totalmente a nossa vida e para lhe dar um sentido pleno.
***¨ Jesus é o “pão de Deus que desce do céu para dar a vida ao mundo”. É esta a questão central deste domingo. É através de Jesus que Deus sacia a fome dos homens e lhes oferece a vida em plenitude.
***¨ O que é preciso fazer para ter acesso a esse “pão de Deus que desce do céu para dar a vida ao mundo”? - a resposta é clara: é preciso aderir (“acreditar”) a Jesus. Aderir a Jesus é escutar o seu chamamento, acolher a sua Palavra, assumir e interiorizar os seus valores, segui-lO no caminho do amor, da partilha, do serviço, da entrega da vida a Deus e aos irmãos. Trata-se de uma adesão que deve traduzir-se em obras concretas. Aderir a Jesus é assumir o seu estilo de vida e fazer da própria vida um dom de amor, até à morte.
***¨ É um equívoco procurar o Batismo porque é uma tradição da nossa cultura; é um equívoco celebrar o matrimônio na Igreja porque, assim, a cerimônia é mais espetacular e proporciona fotografias mais bonitas; é um equívoco assumir tarefas na comunidade cristã para nos auto-promovermos ou para resolvermos os nossos problemas materiais; é um equívoco praticarmos certos atos de piedade para que Jesus nos recompense, nos livre de desgraças, nos pague resolvendo algumas das nossas necessidades materiais… A nossa adesão a Jesus deve partir de uma profunda convicção de que só Ele é o “pão” que nos dá vida.
***¨ A recusa de Jesus em realizar gestos espetaculares mostra que Deus não vem ao encontro do homem para lhe oferecer a sua vida em gestos portentosos; mas Deus atua na vida do homem de forma discreta, embora duradoura e permanente.
Deus vem ao encontro do homem  sem forçar nem se impor, convida-o a escutar a Palavra de Jesus, propõe-lhe a adesão ao seu projeto, ensina-lhe os caminhos do amor, da partilha, do serviço. Convém que nos familiarizemos com os métodos de Deus, para o conseguirmos perceber e encontrar, no caminho da nossa vida.

SEGUNDA LEITURA (Ef 4,17.20-24) Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos: eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. Quanto a vós, não é assim que aprendestes de Cristo, se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus. Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a vossa mentalidade. Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.
AMBIENTE -  Paulo escreve da prisão (Roma, anos 61-63?). Tem por objetivo exortar os cristãos a viverem de forma coerente com o seu Batismo. Paulo exorta os cristãos a viverem de acordo com a sua condição de Homens Novos em Cristo.

MENSAGEM - O texto é, um convite  a deixar os esquemas do passado, para abraçar a vida nova que Cristo veio propor. O homem que ainda não aderiu a Cristo é o homem velho, cuja vida é marcada pela futilidade, pela corrupção, pela escravidão aos “desejos enganadores”. O homem que já encontrou Cristo e que aderiu à sua proposta é o homem novo, que vive na verdade, na justiça e na santidade verdadeiras. O Batismo é o momento decisivo da transformação do homem velho em homem novo. A partir daí, adotar uma nova maneira de pensar e de agir.
Contudo, o homem continua marcado pela fragilidade… por vezes, sente a tentação de regressar ao homem velho do egoísmo, do orgulho, do pecado… O crente, animado pelo Espírito é chamado a renovar cada dia a sua adesão a Cristo. O homem novo é uma realidade continuamente a fazer-se, que exige constante renovação.

ATUALIZAÇÃO - ***¨ O cristão é alguém que encontrou Cristo e que aderiu à sua proposta. O encontro com Cristo deve significar uma mudança radical, face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.
***¨ O homem velho é o homem dominado pelo egoísmo, pelo orgulho, que vive de coração fechado a Deus e aos irmãos, que vive instalado em esquemas de opressão e de injustiça, que gasta a vida a correr atrás dos deuses errados (o dinheiro, o poder, o êxito, a moda…), que se deixa dominar pela cobiça, pela corrupção, pela ira, pela maldade e se recusa a escutar a proposta libertadora que Deus lhe apresenta.
***¨O homem novo é o homem atento às propostas de Deus, que aceita integrar a família de Deus, que não se conforma com a maldade, a injustiça, a exploração, a opressão, que procura viver na verdade, no amor, na justiça, na partilha, no serviço, com alegria e simplicidade, dos valores de Deus.
***¨ a construção do homem novo nunca é um processo acabado.  O homem velho espreita-nos a cada esquina. Precisamos renovar nossas opções e compromisso.

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"O Pão da Vida"

Nosso coração está sempre insatisfeito do que é e do que tem... sempre está com fome de algo…
E Deus intervém sempre na vida dos homens, saciando-os de toda fome.

Na 1a Leitura, Deus alimenta o Povo com o MANÁ no deserto. (Ex 16,2-4.12-15)

- O povo de Deus está no deserto faminto, a caminho da terra Prometida.
Depois dos primeiros dias de entusiasmo pela liberdade conquistada, o povo sente a dureza da marcha e a escassez de alimento e de água. Começa, então, a reclamar de Moisés e Aarão.
No Egito era escravo sim, mas tinha comida em abundância.
E estavam dispostos a trocar a liberdade por um pouco de comida...
- Deus não o abandona, pelo contrário, oferece um alimento inesperado: o Maná e codornizes para que possam fortalecidos prosseguir a caminhada.
* O Maná é Sinal de outro alimento, de que nos falará o evangelho...

A 2ª Leitura diz que quem aceita Jesus como o "pão" da vida e adere a ele, deixa de ser homem velho e passa a ser "o homem novo". (Ef 4,17.20-24)

No Evangelho Jesus se apresenta como o "PÃO DA VIDA".
O Povo busca o pão do milagre e não o Messias que dá o pão. (Jo 6, 24-35)

Continua o capítulo 6o de João, introduzindo o "sermão do pão da vida", que Jesus pronunciou na sinagoga de Cafarnaum, dando continuidade ao "sinal" da multiplicação dos pães.
Entusiasmado com aquele milagre estrondoso, o povo procura Jesus.
Poderia parecer um sucesso... Para Jesus, ao invés, foi um fracasso.
O povo não entendeu o sentido daquele gesto.

- Por que o povo está à sua procura? Não foi para escutar suas palavras e aprofundar a sua mensagem.
Mas porque comeu pão em abundância e de graça e esperava continuar tendo o pão garantido sem precisar trabalhar.

1) JESUS: critica essa procura e sugere outra procura: a FÉ.
    "Vocês estão me procurando porque comeram e ficaram satisfeitos.  Não busquem o alimento que perece, mas o pão que permanece  até a vida eterna."
   Jesus não veio para oferecer pão com milagres, mas para ensinar que o amor e a partilha produzem pão em abundância.

* Quantos ainda hoje o procuram, esperando apenas graças... milagres...
   E quando não conseguem... passam para seitas que os prometem...

2) Povo: "Que obras devemos fazer para conseguir esse alimento que permanece até a vida eterna ?"  
   Jesus: "Que acrediteis naquele que Deus enviou...": 
   Deus não exige "obras" (práticas da lei), mas fé em Cristo, enviado do Pai.
3) O Povo exige milagres para acreditar. Querem uma fé com garantias. 
    Não foi suficiente a multiplicação dos pães: querem um sinal comparável ao de Moisés: Por isso, exigem : "Que sinal tu fazes para que vejamos e creiamos em ti?"
   Jesus: tenta explicar que foi Deus quem deu o Maná, e que o mesmo Deus envia o novo e verdadeiro pão do céu, que pode dar a vida verdadeira e sem fim.

4) E o Povo não entende a resposta de Jesus. E fixo nos seus interesses materiais, insiste:
     "Senhor, dá-nos sempre desse pão".
  - Jesus, constrangido, esclarece:
"EU SOU o Pão da vida… Quem vem a mim não terá mais fome e quem crer em mim jamais terá sede".
    Cristo, Palavra de Deus, é o único pão do céu que sacia plenamente     nossa fome de felicidade e de paz do homem.

No deserto, o Povo recebeu o Maná, um alimento para prosseguir a caminhada para a Terra Prometida... mas assim mesmo morreu.
Hoje: Deus alimenta o seu povo com o pão da vida, com a sua PALAVRA, que é Jesus Cristo de Nazaré...

+ E Nós o que buscamos?
O Povo procurou o pão do milagre, não o seu autor. Não basta buscar o pão de cada dia.
É necessário buscar o pão que não perece e dura até a vida eterna.
O Pão da vida eterna está presente na bondade, no amor, na luta pela justiça, na construção de um mundo novo...
* Qual é a atitude que motiva a nossa busca de Deus, hoje?

O encontro dominical é um momento privilegiado em que Cristo continua alimentar o seu povo, com sua palavra e seu pão...
Nós aceitamos o convite e estamos aqui nessa celebração à sua procura.
- É uma procura sincera de Deus, animada pela fé, para um encontro pessoal com Cristo, "Pão da Vida"?
  Ou é apenas um encontro social, movido por motivos humanos?

Peçamos que Deus aumente a nossa fé para perceber seus sinais e seguir com generosidade seus apelos...
Façamos nosso (no bom sentido) o pedido do povo de ontem:
"Senhor, dá-nos sempre desse pão".  

O primeiro domingo de agosto é dedicado às Vocações sacerdotais: (presbiteral e diaconal)

Rezemos ao Senhor para que continue enviando presbíteros e diáconos para o serviço da evangelização e da fraternidade.

                                  Pe. Antônio Geraldo

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Homilia do Pe. Pedrinho:

Meus irmãos e irmãs, o Evangelho de hoje continua o ensinamento da semana passada. Para Quem não se recorda, Jesus reúne a multidão, e a partir da iniciativa do menino que tinha cinco pães e dois peixes, Ele alimenta, diz o texto, cinco mil homens. São Mateus, querendo ser mais preciso, vai dizer; sem contar as mulheres e crianças. Assim, aquele povo se sente, de fato, convencido, se convence de que Jesus deve ser o Rei, que eles tanto estão procurando. Jesus percebendo que querem fazê-lo rei, foge para a montanha. Dessa maneira, então, já ninguém mais consegue encontra-lo. É a partir daí, o Evangelho de hoje. Aonde o texto nos fala que, quando a multidão viu que Jesus não estava alí, subiram nas barcas e foram até Cafarnaum. Cafarnaum, tudo indica, era onde Jesus morava, aonde ele tinha endereço para alguma novidade, alguma correspondência. Lá, encontrando Jesus, eles cobram a sua presença. Jesus diz: escuta, vocês estão me procurando é por causa que comeram o pão de graça. Ora, procure o pão que não se perde e lhe garanta a vida eterna. Este é o primeiro questionamento que a liturgia nos propõe hoje. Quando eu procuro Jesus, para que que é? O que é que eu tenho como interesse? Se for para comer pão de graça, melhor não procura-lo. Em outras palavras, o que me motiva encontrar Jesus é o interesse material, eu estou totalmente equivocado. Porque isto não tem a ver com Jesus. Então, é a partir disto que nós somos convidados a aprofundar um pouco mais. O que é então, buscar o pão que me conduz à vida eterna? Certamente é estabelecer uma comunhão com Jesus, ao ponto que eu não morra mais. Aqui é importante compreendermos; todo alimento que eu como, ele passa a fazer parte do meu corpo. Com a Eucaristia é diferente. Cada vez que eu comungo a hóstia consagrada, eu é que passo a fazer parte do corpo de Jesus. É por isso, que; quem come a minha carne e bebe o meu sangue, vai dizer Jesus, não morrerá para sempre e eu o ressuscitarei no último dia. Por que Ele afirma isto? Porque Ele venceu a morte e vive eternamente, quem passa a fazer parte do seu corpo, quem estabelece comunhão com Jesus, também não morre para sempre e vive eternamente. Agora, aquilo que o Papa Bento XVI já falou várias vezes, para que eu possa compreender este mistério, eu preciso entender que Jesus não é uma idéia, jesus não é uma proposta filosófica; Jesus é uma experiência concreta. Para que eu possa entender o sentido da Eucaristia, eu preciso ter um encontro pessoal com Jesus. Isto não se dá de maneira mágica. O próprio Salmo de hoje nos ajuda a compreender de que maneira eu descubro Jesus. É na medida em que eu acolho tudo aquilo que nossos pais nos transmitiram e na medida que eu transmito para os filhos, aquilo que eu aprendi. Então, é uma verdade que uma geração vai transmitindo para outra a sua experiência. Isto tem sido hoje um grande desafio. Porque muitos pais têm utilizado o argumento de é necessário que a criança cresça para depois ela escolher que religião ela vai seguir. Mas como eu posso escolher algo que eu não conheço? Como eu posso dizer isto é melhor, aquilo é pior, se eu não conhecer? Se eu quero garantir a liberdade plena das pessoas, eu preciso aprender o que Deus, na pessoa de Jesus, realizou por nós. Depois, na hora que ela quiser, tiver condições de fazer uma escolha, já madura, já tendo clareza total das coisas, então, ela vai escolher. Se ela vai estabelecer este encontro com Jesus ou não. Mas, até aí, é papel nosso, é um papel muito importante a ajuda-los a descobrir o Senhor. Veja que a intenção e a liberdade, a intenção de que todos sejam livres e a liberdade concreta, isto é um grande anseio de Deus. É assim que a primeira leitura nos apresenta Deus na liturgia de hoje. Ele não se tranquilizou enquanto não libertou o povo da escravidão do Egito. Com braços fortes não mediu esforços para garantir que aquele povo tivesse a liberdade. Mas, a resposta daquele povo foi  muito estranha: “nós éramos  escravos, mas lá nós comíamos pão e carne à vontade”. Ora, Deus nos mostra que nós não viemos ao mundo só pelo o prato de comida. Aliás, o Eclesiastes vai dizer: que a diferença há entre o homem e o burro se ambos trabalham só para comer? É interessante isto. Não podemos achar que somos livres porque temos comida. Ou que temos energia elétrica. Ou porque temos água, ou porque temos acesso a todo bem de consumo. Isto não é liberdade. A liberdade, de fato, é eu ter certeza e segurança de eu nasci para a eternidade. Isto foge à razão. por isso, São Paulo vai dizer: “não continueis a viver como pagãos, cuja inteligência os leva para o nada”. Foge à razão pensar numa proposta de vida que vai além da morte. Foge à razão, porque não podemos provar. Entretanto, nós sabemos muito bem, que esta é uma das principais promessas de Jesus. Por isso, é preciso experimentá-lo, para poder ver, de maneira sólida, é esta proposta. Por fim, diante da chamada de Jesus, o povo pergunta: que devemos fazer para realizar as obras de Deus? E Jesus diz: bom, que vocês acreditem naquele que foi enviado. Isto também já levou os cristãos a grandes equívocos; houve uma época em que todo mundo era forçado a ser cristão. E, não era nem por maldade isso.  É porque o Evangelho diz que para você não se perder, que creia no Senhor. Então, mesmo que seja à força, vamos fazer com que todos creiam no Senhor, porque é em vista de um bem maior. Isto é um equivoco. Na realidade, Jesus deixa claro que não é suficiente crer em Deus. Como também não é suficiente crer que Jesus é Filho de Deus feito homem. Se isto fosse suficiente, os cristãos já teriam mudado o mundo, sem problema nenhum. O que é necessário é que a pessoa, de fato, realize as obras que Jesus ensinou. Que siga as orientações que Jesus ofereceu. Então, é evidente; nós somos cristãos, cremos que Jesus é Filho de Deus feito homem, sem problema nenhum. Mas, por um instante, vamos deixar de lado a nossa fé. A grande proposta é vivermos como Jesus de Nazaré viveu. Isto é um grande desafio. Mesmo quem não crê em Jesus, reconhece que ele só realizou boas obras, que jamais prejudicou alguém. Então, isto é necessário para o ser humano; que ele repita os gestos e ensinamentos de Jesus. É evidente, que se eu fizer isto, crendo que Ele é o Filho de Deus, então, terei o conhecimento pleno de quem é Jesus. Mas, mesmo que eu não creia, se realizar as suas obras, estou fazendo, de fato, as obras que Deus espera de cada um de nós.
Portanto, meus irmãos, esta liturgia de hoje nos convida a mergulharmos sobre a pessoa de Jesus. É evidente que ela terá sua conclusão semana que vem. Porque, domingo próximo continuamos a ler este capítulo do Evangelho de João. É um dos capítulos centrais sobre a Eucaristia.
Uma última palavra; “o Pão do céu deu-lhes a comer”. Ora, que Pão do Céu é este? É um pão que não se encontra em padaria e por mais que queiramos fazer este pão em casa, ele não acontece. Porque o Pão do Céu é o Pão da Eucaristia. Este Pão só acontece quando nos reunimos para Celebrar a memória do Senhor. “Toda vez que quiserem celebrar a minha memória, faça isto; pegue o Pão, parta e distribua, dizendo; isto é meu corpo, isto é meu sangue”. Então, de fato, o Pão do Céu é a Eucaristia. É um pão que eu tenho que enxergar além da aparência que ele mantém. É o Pão que nos mantém unidos, porque nós somos, de fato, o corpo de Cristo. Este Pão, que é Eucaristia, colabora para que possamos viver a unidade. Porque Jesus quis, assim, ele conta com homens que, de fato, possam realizar este gesto chamado sacramental. Esta é a missão do presbítero, chamado também de padre. Esta semana rezamos pelos presbíteros e diáconos. A função do presbítero é consagrar a hóstia e perdoar os pecados. Mas, ao lado do presbítero (padre) tem o diácono, que muitas vezes tem mal compreendido a sua função. O diácono não pode consagrar  a hóstia, nem perdoar os pecados. Mas, o restante, ele faz tudo aquilo que um presbítero pode fazer. Às vezes acontece que vem alguém dizendo: olhe, como eu sou um católico tradicional, eu gostaria que o senhor viesse benzer a minha casa, me dar uma palavra, um conselho, me explicar uma passagem bíblica, abençoar uma imagem. Aí, eu digo: olhe, se você é tradicional, há de conhecer os Atos dos Apóstolos, que ali diz que foram instituídos sete diáconos para serem auxílio aos Apóstolos. Mais tradicional do que isto não existe. Na bíblia está mais claro a ordenação do diácono, do que a do próprio presbítero (padre). Se formos ver, Jesus está com os Apóstolos, que hoje vamos reconhecer na pessoa dos bispos. Diz que Paulo e outros apóstolos também impunham as mãos e enviavam discípulos seus para cuidar das comunidades. E são estes os presbíteros (padres). Agora, na realidade, os diáconos, está muito claro, nos Atos dos Apóstolos, é importante nós compreendermos que não se trata de ser um mais importante do que o outro. A missa do Papa não é mais importante daquela de um padrezinho que foi ordenado hoje. As duas missas tem o mesmo valor. Claro que a do Papa vai lotar mais, porque o povo quer ver o “Papa”, mas a missa tem o mesmo valor. Isto é importante nós compreendermos que é um serviço que é colocado. O ato realizado tanto pelo “padre” como pelo diácono tem o mesmo valor, o mesmo peso, pois somos apenas instrumentos de Cristo. O ato é sempre do Cristo. É evidente que quem realiza todo o mistério da consagração é Jesus Cristo. Agente simplesmente preside a assembleia que se reúne para, de verdade, celebrar a memória do Senhor. Então, é evidente, que o presbítero (padre) é importante, mas não significa que o presbítero (padre) tenha uma posição a mais na assembleia; ele tem funções diferentes. Tanto, que daqui a pouco vou dizer: “Orai, irmãos, para que este sacrifício seja aceito por Deus Pai todo poderoso”.  E, aí, a assembleia que reza, pedindo que aquilo que o presbítero vai fazer, que, de fato, seja aceito por Deus. Então, é evidente, que aqui há uma troca de orações, há uma troca de na celebração, aonde TODOS  tem seu papel fundamental. Evidente que tudo que é feito com carinho e é feito com fé, Deus acolhe. Por isso, vamos pedir a Deus que envie vocações presbiterais e diaconais, porque a Igreja é feita de ministérios.
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.

PE. PEDRINHO.


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Homilia de D. Henrique Soares

Caríssimos em Cristo, no Domingo passado, deixamos o Senhor Jesus orando a sós no monte, após ter multiplicado os pães e despedido a multidão. Está no capítulo VI de São João: do monte, Jesus atravessa o mar da Galileia, caminhando sobre as águas. Ao chegar do outro lado, lá esta o povo a sua espera… Sigamos, as palavras do Senhor nesta perícope, pois elas nos falam de vida, falam-nos do Cristo nosso Deus!
Primeiramente, Cristo censura duramente o povo: procuram-no – como tantos hoje em dia – não porque viram o sinal que ele realizou! Mas, que sinal? Fez o povo sentar-se na relva, como o Pastor do Salmo 22 faz a ovelha descansar em verdes pastagens; prepara uma mesa para o fiel, multiplicando-lhe os pães, como Moisés no deserto… Ante tudo isto, amados em Cristo, o povo ainda pensou em Jesus como sendo o Profeta que Moisés prometera (cf. Dt ); mas, infelizmente, não passou disso. Daí a repreensão do Senhor: aqueles lá o procuravam simplesmente porque comeram pão, como hoje tantos o procuram para ganhar benefícios – e, assim, são enganados pelos charlatões de plantão! A prova de que o povo não compreendeu o sinal, é que ainda vai perguntar no Evangelho de hoje: “Que sinal realizas? Que obra fazes?” Como estes, lá com Jesus, se parecem conosco, tantas vezes cegos para os sinais do Senhor na nossa vida!
Observai, irmão! Notai como os judeus não conseguem compreender que o que Jesus quer deles é a fé na sua pessoa e na sua missão! Vede como eles pensam que podem agradar ao Senhor simplesmente com um fazer exterior, sem compromisso de amor que brota do coração: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Fazer! De nós, Jesus quer muito mais do que um simples fazer! Eis a resposta do nosso Salvador: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou!” Resposta admirável: tua obra, cristão, já não é cumprir a Lei de Moisés; também não é fazer e fazer coisas, mas crer e amar a Jesus! Daí sim, tudo decorre, e também tuas boas obras, feitas por amor a Jesus e na fé em Jesus, serão aceitas pelo Senhor!
Diante da palavra do Cristo, os judeus duros de compreender, pedem a Jesus outro sinal! Não compreenderam o que ele fizera! E ainda citam Moisés, como que dizendo: Tu nos deste pão agora; Moisés nos deu o maná por quarenta anos! Aí, o nosso Salvador faz três revelações surpreendentes e consoladoras! Ei-las:
Primeiro: Aquele maná dado por Moisés não é o pão que vem do céu. É pão terreno mesmo, dado por Deus; pão que mata a fome do corpo, mas não enche de paz o coração; pão que alimenta esta vida, mas não dá a Vida divina, a Vida que dura para sempre! Aquele maná do deserto era apenas pálida imagem de um outro maná, de um outro pão que o Pai daria mais tarde.
E aqui vem a segunda revelação, surpreendente, consoladora: agora o Pai está dando o verdadeiro maná, o verdadeiro Pão do céu, que dá a vida divina ao mundo: Moisés não deu (no passado); meu Pai vos dá (agora, no presente)! Os judeus ficam perplexos, admirados; e pedem: Dá-nos desse pão! Pão que alimenta a fome de vida, de paz, de sentido, de eternidade!
Jesus faz, então, a terceira e desconcertante revelação: “Eu sou o Pão da vida!” Pronto: o pão verdadeiro é uma Pessoa, é ele mesmo! Os pães que ele multiplicara eram imagem dele mesmo, que se nos dá, que nos alimenta, que nos enche de vida: “Eu sou o Pão da vida! O Pão que desce do céu e dá a vida ao mundo! Quem vem a mim nunca mais terá fome de vida e de sentido de existência; quem crê em mim nunca mais terá sede no seu coração!”
Eis, meus caros! Corramos para Jesus! Seja ele nosso alimento! E dele nos alimentando, sejamos nele, novas criaturas, despojando-nos do homem velho, deixando o velho modo de pensar, que conduz não à Vida, mas ao nada, como diz o Apóstolo na segunda leitura! Se nos alimentamos de Cristo, se bebemos de sua santa palavra, como poderemos pensar como o mundo, agir como o mundo, viver como o mundo? Como ainda poderíamos consentir nas velhas paixões que nos escravizam?
Que alimentando-nos de Jesus, Pão bendito de nossa vida, nós atravessemos o deserto desta vida não como o povo de Israel, que murmurou e descreu, mas como verdadeiros cristãos, renovados pelo Senhor, despojados da velhice do pecado e saciados de vida eterna, vida que é o Cristo nosso Deus, bendito pelos séculos dos séculos. Amém.
 D. Henrique Soares 
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PARA A CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e ministros extraordinários da Palavra):






LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
Todos repitam: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
àPai querido, Nós Vos damos graças, Vos agra  decemos, por todas as refeições que saciam nossa fome. Sois o bom Pai que sempre nos dais de comer.  Nós Vos pedimos por todos os famintos da terra e por todas as formas de pobreza: os mendigos de pão, de atenção, de ternura, de justiça e de paz. Dái-nos a coragem de lhes deixar mais do que as migalhas. Que saibamos repartir o conhecimento, a alegria, o pão, a água, o trabalho, a dignidade, o direito de ser humano; Que saibamos amar.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai Querido, nós Vos bendizemos pelo amor que manifestastes em Jesus Cristo.  Através dele nos tornastes novas pessoas. Nós Vos pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs desencorajados, ameaçados pelo desânimo, pela angústia, pela perseguição, pela fome e pelos perigos. Pai querido, dái-nos força e coragem para que sejamos mais amor diante de nossos irmãos.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai querido, Nós Vos bendizemos pelo pão da vida que nos ofereceis através de Jesus. Nós Vos pedimos por cada um de vossos filhos aqui presentes. Que nunca nos falte amor para dar e alegria para manifestarmos vosso Reino. Que vossa benção esteja sempre conosco.
T: Louvor e glória a vós, ó pai de bondade!

PAI NOSSO... A PAZ DE CRISTO... EIS O CORDEIRO...


sexta-feira, 24 de julho de 2015

17º Domingo do Tempo Comum, Homilias, Homilias dominicais, Multiplicação dos pães

17º Domingo do Tempo Comum Ano B

Sinopse:
TEMA – A Partilha - Repartir o seu “pão” com todos aqueles que têm “fome” de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança. “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?”

Primeira leitura, Eliseu partilha o pão que lhe foi oferecido e sugere que Deus vem ao encontro dos necessitados através dos gestos de partilha.
Evangelho, Jesus convida a despirem a lógica do egoísmo e a assumirem uma lógica de em benefício dos irmãos. É esta lógica que fará nascer um mundo novo.
Na segunda leitura, Paulo Recomenda a humildade, a mansidão e a paciência: são atitudes que não se coadunam com egoísmo, orgulho, autossuficiência e preconceito.

PRIMEIRA LEITURA (2Rs 4,42-44) Leitura do Segundo Livro dos Reis.
Naqueles dias, veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: “Dá ao povo para que coma”. Mas o seu servo respondeu-lhe: “Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas?” Eliseu disse outra vez: “Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: ‘Comerão e ainda sobrará’”. O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor.

AMBIENTE - Os “ciclos” de Elias e Eliseu Referem se a um período bastante conturbado da vida do Reino do Norte (Israel). Elias exerce a sua missão profética durante os reinados de Acab (874-853 a.C.) e de Acazias (853-852 a.C.); Eliseu dá o seu testemunho profético durante os reinados de Jorão (853-842 a.C.), de Jeú (842- 813 a.C.) e de Joacaz (813-797 a.C.).
Os reis de Israel procuraram sempre estabelecer relações comerciais, económicas, políticas e militares com os povos circunvizinhos. Os deuses estrangeiros ocupavam um lugar significativo na vida dos israelitas. É uma época de sincretismo religioso, com o apoio declarado dos reis de Israel, preterida em favor dos cultos de Baal e de Astarte. Multiplicam as injustiças contra os pobres.
É contra este quadro que se levantam Elias e Eliseu. O Povo consultava-os regularmente e buscava neles apoio face aos abusos dos poderosos.

MENSAGEM - Um homem de Baal trouxe a Eliseu o “pão das primícias”: vinte pães de cevada e trigo novo num saco. De acordo com Lv 23,20, o pão das primícias devia ser apresentado diante do Senhor e consagrado ao Jahwéh, embora depois revertesse em benefício do sacerdote… Deve ser este costume que está subjacente ao episódio da entrega dos pães a Eliseu.
Eliseu mandou reparti-los pelas pessoas que rodeavam o profeta. O “servo” do profeta não acreditava que os alimentos oferecidos chegassem para cem pessoas; no entanto, chegaram e ainda sobraram.
A descrição de uma milagrosa multiplicação de pães de cevada e de grãos de trigo sugere que, quando o homem é capaz de sair do seu egoísmo e tem disponibilidade para partilhar os dons recebidos de Deus, esses dons chegam para todos e ainda sobram. A generosidade, a partilha, a solidariedade, não empobrecem, mas são geradoras de vida e de vida em abundância.

ATUALIZAÇÃO Nas palavras e nos gestos do “profeta”, é Deus que se manifesta aos homens e que lhes indica a sua vontade e as suas propostas. No gesto de repartir o pão para saciar a fome das pessoas, o “profeta” manifesta a eterna preocupação de Deus com a “fome” do mundo (fome de pão, fome de liberdade, fome de dignidade, fome de realização plena, fome de amor, fome de paz…) e a sua vontade de dar aos homens vida em abundância… É Deus que nos dá, dia a dia, o pão que mata a nossa fome de vida.
Como é que Deus atua para saciar a fome de vida dos homens? É através da generosidade e da partilha dos homens (primeiro do homem que decide oferecer o fruto do seu trabalho; depois, do profeta que manda distribuir o alimento) que o “pão” chega aos necessitados. Normalmente, Deus serve-Se dos homens para intervir no mundo e para fazer chegar ao mundo os seus dons.
Ele Se manifesta na ação generosa de tantos homens e mulheres que praticam gestos de partilha.
Deus precisa de nós, da nossa generosidade e bondade, para ir ao encontro dos nossos irmãos necessitados e para lhes oferecer vida em abundância.

SALMO RESPONSORIAL / Sl 144 (145)  Saciai os vossos filhos, ó Senhor!
• Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, / e os vossos santos com louvores vos bendigam! / Narrem a glória e o esplendor do vosso reino / e saibam proclamar vosso poder!
• Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam / e vós lhes dais no tempo certo o alimento; / vós abris a vossa mão prodigamente / e saciais todo ser vivo com fartura.
• É justo o Senhor em seus caminhos, / é santo em toda obra que ele faz. / Ele está perto da pessoa que o invoca, / de todo aquele que o invoca lealmente.

EVANGELHO – Jo 6,1-15 - Evangelho de Jesus Cristo segundo João.
Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos, e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um”. Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” Jesus disse: “Fazei sentar as pessoas”. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deus graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo”. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.

AMBIENTE - Capítulo 6 do Evangelho segundo João – a catequese sobre Jesus, o Pão da vida.
João apresenta a atividade de Jesus no sentido de criar e dar vida ao homem, de forma a que surja um Homem Novo, liberto do egoísmo e capaz de viver na mesma dinâmica de Jesus – isto é, no amor ao Pai e aos irmãos.
No “Livro dos Sinais”, recorrendo a símbolos (a “água”; o “pão”; a “luz”; o “pastor”; a “ressurreição”.
Hoje, João apresenta Jesus como o Pão que sacia a sede de vida que o homem sente. João nota que estava perto a Páscoa, que celebrava a libertação do Egito.

MENSAGEM - João apresenta Jesus como o libertador da escravidão para a terra da liberdade…
1. referência à “passagem do mar”; lembra à passagem do Mar Vermelho por Moisés com o Povo libertado do Egito; passar da terra da escravidão para a terra da liberdade.
2. Como Moisés, com Jesus vai uma grande multidão. A multidão que pretende “ver os sinais que ele realizava. Já perceberam que só Jesus conseguirá ajudá-los a superar a escravidão.
3. Jesus subiu a “um monte”. A referência ao “monte” Sinai; os mandamentos. Jesus vai realizar a nova Aliança entre Deus e o Povo em direção à terra da liberdade.
4. A Páscoa que estava próxima; festa da libertação do Povo da escravidão.
5. A multidão que segue Jesus tem fome e leva-nos, outra vez, ao Êxodo, ao deserto, quando o Povo que caminhava para a terra da liberdade sentiu fome. Então, foi Deus que respondeu à necessidade do Povo e lhe deu comida em abundância; aqui, é Jesus que se apercebe das necessidades da multidão. Ele mostra o Deus do amor sempre atento às necessidades do seu Povo.
6. Qual a solução à “fome” da multidão? Jesus envolve a comunidade (“onde comprar pão para lhes dar?”) A comunidade tem de sentir-se responsável pela “fome” dos homens. É no poder do dinheiro? Será este o sistema? ou já perceberam que Jesus tem uma proposta nova a fazer, geradora de libertação e de vida em abundância para todos?
7. Filipe constata a impossibilidade de resolver o problema, dentro do quadro econômico vigente… “Duzentos denários não bastariam”. Quase meio ano de trabalho não daria para resolver o problema. Por outras palavras: confiando no sistema instituído (regido pelo lucro egoísta), é impossível resolver o problema da necessidade dos esfomeados.
8. André vislumbra uma solução diferente, outro sistema que reparta vida e que elimine a lógica da exploração.
9. A figura do “menino” possuidor dos pães e dos peixes. João fala de um menino, é um “débil”, física e socialmente. Humilde, sem pretensão alguma de poder e de domínio, É este que é chamado a resolver a questão da necessidade dos pobres e a instaurar um novo sistema libertador. Qual é esse sistema?
10. Os números “cinco” (“pães”) e dois (“peixes”,: a sua soma dá “sete” –significa totalidade… Ou seja: é na partilha da diversidade que alcançamos a saciedade dos  irmãos.
11. Sobre os alimentos, Jesus pronuncia uma “ação de graças”, são dons que vêm de Deus. “Dar graças” é reconhecer que os bens recebidos pertencem a todos e que quem os possui é apenas um administrador. Os bens são exclusivos de alguns, mas dons de Deus.
12. Há sobras que não se podem perder. doze cestos, doze tribos: se os discípulos souberem partilhar aquilo que recebeu de Deus, pode satisfazer a fome de todo o Povo.
13. Alguns dos que testemunharam a multiplicação dos pães e dos peixes têm consciência de que Jesus é o Messias que devia vir para dar ao seu Povo vida em abundância e querem fazê-lo rei. Jesus não aceita… Ele não veio resolver os problemas do mundo instaurando poder; mas veio convidar a viverem numa lógica de partilha.

ATUALIZAÇÃO Jesus é o Deus que se revestiu da nossa humanidade e veio ao nosso encontro para nos revelar o seu amor. O texto mostra Jesus atento às necessidades da multidão, empenhado em saciar a fome de vida dos homens, preocupado em apontar-lhes o caminho da liberdade. Deus vai ao nosso lado, atento as nossas necessidades.
A “fome” de pão que Jesus quer saciar é um símbolo da fome de vida que faz sofrer tantos dos nossos irmãos… Os que têm “fome” são aqueles que são explorados e injustiçados e que não conseguem libertar-se; são os que vivem na solidão, sem família, sem amigos e sem amor; são os marginalizados, por não terem acesso à educação
e aos bens culturais; são as crianças vítimas da violência e da exploração… É a esses e a todos os outros que têm “fome” de vida e de felicidade, que a proposta de Jesus se dirige.
No nosso Evangelho, Jesus dirige-se aos seus discípulos e diz-lhes: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Os discípulos de Jesus são convidados a continuar a missão de Jesus e a distribuírem o “pão” que mata a fome de vida, de justiça, de liberdade, de esperança, de felicidade de que os homens sofrem.
Jesus propõe uma lógica de partilha. Os discípulos de Jesus são convidados a reconhecer que os bens são um dom de Deus para todos os homens e que pertencem a todos; são convidados a quebrar a lógica egoísta dos bens e a pôr os dons de Deus ao serviço de todos.
Os discípulos de Jesus devem ser um grupo humilde (a  “criança” do Evangelho), sem pretensão alguma de poder e de domínio, e que apenas está preocupado em servir os irmãos com “fome”.
No final, os discípulos são convidados a recolher os restos, que devem servir para outras “multiplicações”. A tarefa dos discípulos de Jesus é uma tarefa nunca acabada, que deverá recomeçar em qualquer tempo e em qualquer lugar onde haja um irmão “com fome”.

SEGUNDA LEITURA (Ef 4,1-6) Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos: eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.

AMBIENTE - O texto que hoje nos é proposto é uma espécie de “exortação aos batizados”, na qual Paulo reflete longamente sobre a edificação e o crescimento do “Corpo de Cristo”. Paulo dá pistas aos cristãos acerca da forma como eles devem viver os seus compromissos com Cristo.

MENSAGEM - O nosso texto começa com uma referência ao facto de Paulo estar preso… A condição
de prisioneiro por causa de Jesus e do Evangelho dá um peso especial às recomendações do apóstolo: são as palavras de alguém que leva tão a sério a proposta de Jesus, que é capaz de sofrer e de arriscar a vida por ela. Na perspectiva de Paulo, a vida nova exige, em primeiro lugar, que os crentes vivam
unidos em Cristo. Ora, há comportamentos e atitudes que são condição necessária para que essa unidade se torne efetiva. Antes de mais, Paulo refere a humildade, pois só ela permite superar o egoísmo, o orgulho, a autossuficiência que afastam os irmãos e que erguem entre eles barreiras de separação; depois, Paulo refere a mansidão, irmã da humildade, e qualidade que derruba barreiras na comunhão; Paulo refere também a paciência, que permite ser tolerante e compreensivo para com as falhas dos irmãos e que permite entender e aceitar as diferentes maneiras de ser e de agir… Em resumo, trata-se de fazer com que a caridade presida às relações uns com os outros; o amor deve ser sempre o suporte das nossas relações humanas. A unidade é um dom de Deus; mas, a sua efetivação depende do contributo e do esforço de cada irmão.
Na segunda parte do nosso texto, Paulo apresenta um conjunto de elementos que fundamentam a obrigatoriedade da unidade dos crentes: “há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança” na vida a que todos os crentes foram chamados; “há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo; há um só Deus e Pai de todos, que está acima de todos, atua em todos e em todos se encontra”. A menção do Pai, do Filho e do Espírito, neste contexto, sugere que a Trindade é a fonte última e o modelo da unidade que os cristãos devem viver.

ATUALIZAÇÃO A Igreja é um “corpo” – o “Corpo de Cristo”. Naturalmente, esse “corpo” é formado
por muitos membros, todos eles diversos; mas todos eles dependem de Cristo (a “cabeça” desse “corpo”) e recebem d’Ele a mesma vida. Formam, portanto, uma unidade… Têm o mesmo Pai (Deus), têm um projeto comum (o projeto de Jesus), têm o mesmo objetivo (fazer parte da família de Deus e encontrar a vida em plenitude), caminham na mesma direção animados pelo mesmo Espírito, têm a mesma missão (dar testemunho no mundo do projeto de amor que Deus tem para os homens). Neste esquema, não fazem qualquer sentido as divisões, as divergências que tantas vezes dividem os irmãos da mesma comunidade.
Para que a unidade seja possível, Paulo recomenda a humildade, a mansidão e a paciência. São atitudes que não se coadunam com esquemas de egoísmo, de orgulho, de autossuficiência, de preconceito em relação aos irmãos.
A Igreja é uma unidade; mas é também uma comunidade de pessoas muito diferentes, em termos de raça, de cultura, de língua, de condição social ou económica, de maneiras de ser... As diferenças legítimas nunca devem ser vistas como algo negativo, mas como uma riqueza para a vida da comunidade; não devem levar ao conflito e à divisão, mas a uma unidade cada vez mais estreita, construída no respeito e na tolerância. A diversidade é um valor, que não pode nem deve anular a unidade e o amor dos irmãos.

Pe. Joaquim - Pe. Barbosa - Pe. Carvalho

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O Pão partilhado...

Hoje se fala muito da FOME no mundo.
Quem não viu imagens de pessoas famintas, que mais parecem cadáveres ambulantes.
Deus nos convida a PARTILHAR o "Pão" da vida com todos aqueles que têm "fome" de amor, de liberdade, de justiça, de paz, de esperança.

A 1a Leitura fala do PÃO PARTILHADO de Eliseu: (2 Rs 4,42-44)

Um homem, durante uma longa carestia, oferece generosamente a Eliseu "o pão das primícias": 20 pães de cevada.
- O Profeta não guarda para si o precioso alimento e manda repartir com o povo: "Dá ao povo para que coma".
- O Homem se surpreende: "Mas como? É tão pouco para 100 pessoas."
- E o Profeta lhe garante: "Dá... todos comerão e ainda sobrará…"

* Vemos a atitude de DEUS, que não multiplica os pães do NADA e o gesto generoso de duas PESSOAS:
      - Um homem desconhecido que oferece o fruto do seu trabalho e - Eliseu que partilha o dom recebido.

   = O Pão partilhado sacia a fome de todos... e ainda sobra...
       Jesus também alimentará outra multidão de um modo semelhante...
       Não será esse o caminho para o problema da fome no mudo?

Na 2ª Leitura, Paulo exorta a viver a vocação recebida e manter a UNIDADE com o vínculo da Paz.
É o caminho para poder sentar à mesa do Banquete do Senhor.(Ef 4,1-6)

No Evangelho, JESUS multiplica e reparte o pão. (Jo 6,1-15)

Interrompe-se a leitura de Marcos, própria do Ano B, para incluir o capítulo 6o de João, dando continuidade à narrativa.
É um conjunto de 5 domingos, em que somos convidados a refletir sobre a Multiplicação dos PÃES e o Sermão do PÃO DA VIDA.
É o único milagre descrito pelos 4 evangelistas…

- O Povo, faminto da sua palavra cheia de vida, segue o Cristo, que se retirara com os discípulos para um lugar deserto.
- Cristo teve compaixão… E continuou a falar…
  E atento às necessidades do povo, provoca os apóstolos:
  "Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?"
   . Felipe: "Nem duzentas moedas são suficientes…"
   . André: "Um menino tem 5 pães e 2 peixe… mas o que é isso?"
- Jesus: "Fazei-os sentar… tomou os pães, abençoou e distribuiu..."
   Na partilha, todos ficam saciados e ainda sobra alimentos...
- Reação do povo: "Quer fazê-lo rei".
   Não entendeu o "sinal", que acompanha sua missão.
   Jesus não veio para distribuir cestas básicas e ser eleito prefeito.
  O verdadeiro pão que alimenta o mundo é Jesus, Palavra do Pai.
- E Jesus retirou-se para a montanha…

+ O Povo continua a ter fome...
    Além da fome material, que é uma questão angustiante do nosso tempo, existe a fome de outros valores humanos e cristãos.
   A solução não está no muito que poucos possuem e retêm para si, mas no pouco de cada um, que é repartido entre todos.
* Olhando o Brasil, um país tão rico, com uma população tão pobre, o que significa, hoje, para nós a ordem de Jesus:
    "Dai-lhe vós mesmos de comer!"(Mc 6,37)

+ Qual é o Caminho?
    No Evangelho, Jesus propõe TRÊS PISTAS:

a) A PARTILHA é o primeiro passo para erradicar a fome do mundo:
    Jesus não dá uma esmola: ajuda as pessoas a repartirem o que elas têm…
    Quando se reparte, todos têm o necessário e ainda sobra…
    Os milagres de Deus iniciam onde a generosidade humana chega ao limite.

b) A ORGANIZAÇÃO do povo é um elemento importantíssimo para que ele possa reivindicar e conquistar os seus direitos:
    Jesus pede para que os discípulos organizem a multidão para que se sente.

c) Evitar o DISPERDÍCIO: Jesus pede para recolher o que sobrou, serviria também para os ausentes e afastados...

+ PARTILHAR continua sendo obra do seguidores de Cristo...
      Partilhar o que? Partilhar com quem?
- Jesus partilhou a Palavra e o Pão... com os apóstolos... com o povo...
- E nós o que podemos partilhar? E com quem?

- Com a família: trabalhos... o dinheiro...(roubar o marido), as coisas...
- Com os amigos: Conhecimentos... objetos...
- Comunidade: a fé (Grupos), dons... tempo...

+ Cristo ainda hoje continua a nos alimentar
A multiplicação dos pães é sinal profético do pão da vida eterna.
 Jesus usa gestos idênticos aos da última ceia: "Tomou os Pães, deu graças e os repartiu", querendo manifestar a relação íntima entre o pão da Multiplicação e o pão da Eucaristia.
Quem partilha a compaixão de Jesus com os famintos, vive e cumpre o Evangelho, quando diz: "Tive fome e me destes de comer".

- Neste contexto, qual é o sentido da Eucaristia?
  . Ficar de braços cruzados, aguardando o milagre de Deus?
 . ou colaborar com os nossos 5 pães e 2 peixes?

Que nossos encontros dominicais não se reduzam a um encontro social, pelo contrário, possam ser momentos fortes de fé para saciar a nossa fome de Deus e para nos responsabilizar pela vida dos que caminham com fome ao nosso lado...

                                     Pe. Antônio Geraldo

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HOMILIA DO PE. PEDRINHO

Hoje S. Paulo diz que há um só batismo. É evidente que há um só batismo, porque é um único Pão que nos une. Este é o Pão da unidade, o Pão da Eucaristia. É o Pão que nos alimenta, mas que nos leva a um único Corpo. Por isso, um só corpo. O único corpo que é chamado Corpo Místico de Cristo. Aonde Jesus é a cabeça e nós formamos o corpo. É assim que nós percebemos, tocamos, vemos, ouvimos, sentimos o Cristo Ressuscitado. É evidente, que a Celebração de hoje nos leva a aprofundar um pouco mais sobre a questão do Pão. Já, o profeta Eliseu ajudou aquele fulano Baal-Salisa a entender qual era o bom Deus e qual é a vontade de Deus. Aquele senhor quis homenagear Eliseu. Tinha uma boa intensão; tinha vontade de agradá-lo, de retribuir por ele ser um homem de Deus. Portanto, Baal-Salisa se dá conta de que Eliseu é o representante de Deus. O que ele quer fazer? Quer homenageá-lo. Aí, ele oferece para Eliseu vinte pães. Eliseu diz: muito obrigado, mas distribuí ao povo. Isto para ele era um pouco incompreensível, porque se eu estou lhe dando um presente, é um homem de Deus, como é que você manda dar para o povo que não é de ninguém? E Eliseu ajuda a compreender, que há dois modos de você tratar Deus. Um, tentando ganha-lo com presentes. Outro, tentando ganha-lo com caridade. Olha a diferença. No primeiro caso, ganha-lo com presentes significa; eu ofereço para Deus, mas Deus precisa do que de nós? Quem quer oferecer alguma coisa para Deus, está equivocado, está enganado, pois se ele precisar de alguma coisa de nós, ele não é Deus. Ele não precisa, sequer que tenhamos fé. Se você crê ou não em Deus, isto não vai mudar Deus em nada, mas para você muda tudo. Porque se você não crê em Deus, você não sabe em quem acreditar. Agora, se você quer presentear Deus, sirva ao povo. Isto é muito interessante, porque o povo precisa de todo o nosso cuidado, de toda a nossa atenção. Então, aquele senhor crendo que Eliseu é um homem de Deus, acolheu a sua palavra e distribuiu o pão. E, para surpresa dele, os cem presentes comeram dos vinte pães. É muito interessante, porque o Evangelho volta a falar o seguinte: há uma grande multidão atrás de Jesus, porque Ele realizou sinais, curou enfermos... então, Jesus, que sempre aproveita qualquer ocasião para nos orientar, para orientar os discípulos, aí então, Jesus chama Felipe e diz: escuta, onde vamos comprar pão para toda esta  multidão? Felipe se assusta, porque tem cerca de cinco mil homens, nem duzentas moedas de prata seriam suficientes para cada um comer um pedacinho. Aí, Jesus diz: o que temos aí? André diz: tem um menino aí que tem cinco pães e dois peixes. Jesus pega esse pão, olha para o céu, dá graças; portanto, vai nos lembrar a última ceia, vai lembrar a Eucaristia e manda distribuir.
Deus não pede o que nós não temos. Ele pediu os cinco pães e os dois peixes, que é o que o menino tinha. Para surpresa de todos, todos comeram até se saciar e ainda sobraram doze cestos. É muito difícil as pessoas fugirem da idéia da mágica. Dá a impressão de que Jesus fez assim...( ) e o  pão foi se multiplicando. Não. Somos chamados a lembrar do Eliseu, porque foi isso que ele quis ensinar a seus discípulos e a lembrar o pedido de Jesus; para distribuir o que eles tinham. Meus irmãos e irmãs, este é o grande sinal dado por Jesus. Ele mostrou que não existe fome. Mostrou que quando cada um concorre, colabora para servir, tudo acaba bem.
Dia 24 de junho nós fizemos uma experiência muito interessante. Foi pedido que cada um trouxesse arroz, salada, refrigerante; quinhentas pessoas comeram à vontade e ainda sobrou para levar para a casa que abriga os moradores de rua. Levamos de carro, porque era muita comida. Então, o mesmo sinal permanece. O mesmo milagre de Jesus acontece. O que é que Deus espera de nós? Que nós façamos a nossa parte. Qual é a nossa parte? Ele nos ofereceu e oferece a semente de trigo, a terra, a água e o sol. Ele espera de nós o que? Que agente junte tudo isso. Porque se você puser a semente na terra, jogar água, esperar que o ar e o sol faça a sua parte, sempre haverá trigo em abundância. Agora, se ninguém plantar, não vai nascer, porque Deus quer a nossa colaboração como sua imagem e semelhança. Ele quer que sejamos criadores. É evidente que falar de roça, em ambiente urbano, da cidade, fica muito distante da nossa realidade. Ainda que eu quisesse plantar trigo aqui, eu não tenho espaço e não tenho clima adequado. Acontece que o nosso trabalho se traduz em dinheiro e se torna para nós o pão de cada dia. Por que? Por que através do nosso dinheiro que conseguimos comprar, obter aquilo que não temos condições de plantar. De qualquer maneira é fruto do trabalho. Ou plantar o trigo ou comprar o trigo em forma de pão e assim por diante. Muito bem, mas tem uma questão importante; Jesus é contra o desperdício. Olha que Ele não falou: a sobra joga fora. Reúne tudo; doze cestos. Claro que o número doze é simbólico. É exatamente para que cada um dos doze apóstolos levasse um cesto consigo. Tanto é simbólico que não tinha pão, não tinha nada e tinha cestos. Só para nos ajudar a refletir, que a proposta de Jesus é fazer acontecer o que Eliseu pediu. A proposta de Jesus é que aprendamos com essa lição. Só que, infelizmente, o povo, lá, não conseguiu pensar além do benefício material. O povo já estava interessado porque Jesus curava os enfermos. Então, eu fico por perto, porque se precisar, eu seu a quem recorrer. E, agora estão interessados em fazê-lo rei. Afinal de contas, todo mundo comeu de graça. É isso que muitas vezes agente espera do governante. Então, Jesus se manda para o monte. Ele não quer ser Rei para esse mundo. Ele quer ser um sinal para todos nós.
Então, a pergunta que a liturgia nos faz é esta: eu vou atrás de Jesus por quê? Qual é o meu interesse? É obter benefícios, sobretudo material? Não vou encontra-lo. Ele vai fugir de mim toda hora. Agora, se eu ouvir o restante do ensinamento de Jesus, eu vou ter uma visão completa. Ele diz o que? Não busquem, não só de pão vive o homem, mas de toda palavra de Deus. Vocês vieram atrás de mim por causa do pão que eu lhes dei? Procurai o Pão vindo do Céu.
Bom, agora entramos em outro nível. Porque o Pão vindo do Céu é o Pão Eucarístico. O Pão Eucarístico é o resultado da nossa disposição e esforço de viver a unidade entre nós. Então, o grande convite é esse: não busque só o pão material. Olhe o que estou dizendo; só o pão material. Não está errado pedir o pão material, mas vamos buscar o pão da solidariedade, da justiça, do amor, da harmonia, assim por diante...
É isto que é esperado de cada um de nós. Agora, é evidente que a Eucaristia é o que nos une no corpo único, na única comunidade que nos dá bastante força para realizarmos esta missão. Que nós possamos procurar Cristo, aquele que nos ajuda neste mundo e para a vida eterna.

PE. PEDRINHO

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Homilia do D. Henrique Soares 

Salta à vista o tema do pão na liturgia de hoje: ele aparece claramente na primeira leitura e no evangelho e, de modo implícito, está presente também no salmo. Na tradição bíblia, o pão recorda duas coisas importantíssimas. Lembra-nos, primeiramente, que não somos autossuficientes, não possuímos a vida de modo absoluto: devemos sempre renová-la, lutar por ela. O homem não se basta a si próprio; precisa do pão de cada dia. E aqui, um segundo importante aspecto: o homem não pode, sozinho, prover-se de pão: é Deus quem faz a chuva cair, quem torna o solo fecundo, quem dá vigor à semente. Assim, a vida humana está continuamente na dependência do Senhor. Portanto, meus caros, todos necessitamos do pão nosso de cada dia – e este é dom de Deus. “O que tens tu, ó homem, que não tenhas recebido? E, se recebeste, do que, então, te glorias?”
Desse modo, caríssimos irmãos em Cristo, Jesus, ao multiplicar os pães, apresenta-se como aquele que dá vida, que nos sacia com o sentido da existência – sim, porque não há vida de verdade para quem vive sem saber o sentido do viver! – Dá-nos, Jesus a vida física, a vida saudável, mas dá-nos, mais que tudo, a razão verdadeira de viver uma vida que valha a pena!
Mas, acompanhemos com mais detalhes a narrativa do Quarto Evangelho. Jesus, num lugar deserto, estando próxima a Páscoa, Festa dos judeus, manda o povo sentar-se sobre a relva verde, toma uns pães e uns peixes, dá graças, parte, e os distribui… multiplicando os pães e os peixes. Todos comeram e ficaram saciados. Não aparece no evangelho deste Domingo, mas sabemos, pela continuação do texto de São João, que o povo, após o milagre, foi à procura do Senhor e ele recriminou duramente a multidão: “Vós me procurais não porque vistes os sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados!” Que sinal o povo deveria ter visto? Recordemos que no final do trecho que escutamos no evangelho o povo exclama: “Este é verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo”. Eis: o povo até que começou a discernir o sentido do milagre de Jesus; mas, logo depois, fascinado simplesmente pelo pão material, pelas necessidades de cada dia, esquece o sinal. Insistimos: que sinal? Primeiro, que Jesus é o Novo Moisés, aquele profeta que o próprio Moisés havia anunciado em Dt 11,18: “O Senhor Deus suscitará no vosso meio um profeta como eu”. Pois bem: como Moisés, Jesus reúne o povo num lugar deserto, como Moisés, sacia o povo com o pão… Mas, Jesus é mais que Moisés: ele é o Deus-Pastor que faz o rebanho repousar em verdes pastagens (“Havia muita relva naquele lugar… Jesus mandou que o povo se sentasse…”) e lhe prepara uma mesa. Era isso que o povo deveria ter compreendido; foi isso que não compreendeu…
E nós, compreendemos os sinais de Cristo em nossa vida? Somos capazes de descortinar o sentido dos seus gestos, seja na alegria seja na tristeza, seja na luz seja na treva? Os gestos de Jesus na multiplicação dos pães é também prenúncio da Eucaristia. Os quatro gestos por ele realizados – tomou o pão, deu graças, partiu e deu – são os gestos da Última Ceia e de todas as ceias que celebram o sacrifício eucarístico do Senhor: na apresentação das ofertas tomamos o pão, na grande oração eucarística (do prefácio à doxologia – “Por Cristo, com Cristo…”) damos graças, no “Cordeiro de Deus” partimos e na comunhão distribuímos. Eis a Missa: o tornar-se presente dos gestos salvíficos do Senhor, dado em sacrifício e recebido em comunhão.
Vivendo intensamente esse Mistério, nos tornamos realmente membros do corpo de Cristo, que é a Igreja. Cumprem-se em nós, de modo real, as palavras do Apóstolo: “Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança a que fostes chamados. Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos”. Eis, caríssimos! Que o bendito Pão do céu, neste sinal tão pobre e humilde do pão e do vinho eucarísticos, nos faça compreender e acolher a constante presença do Senhor entre nós e nos dê a graça de vivermos de verdade a vida de Igreja, sendo um sinal seu no meio do mundo. Amém.

 D. Henrique Soares


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PARA A CELEBRAÇAO DA PALAVRA (Diáconos e Ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR: (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS... DEMOS GRAÇAS AO SENHOR, O N.D.
à COM JESUS, por Jesus, e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Pai, Obrigado pelos dons que nos destes.
à Senhor, nosso Deus, bendito sejais pelo grande amor que tendes por cada um de nós. Vos agradecemos por nos dar a vida e nos ensinar os caminhos de vosso Reino.
T: Pai, Obrigado pelos dons que nos destes.
à Senhor, nosso Deus, vos agradecemos por nos enviar vosso Filho e nos dar o vosso Espírito Santo pelo batismo. Pai, dai-nos o entendimento para que sigamos os ensinamentos de Jesus e alcancemos a salvação.
T: Pai, Obrigado pelos dons que nos destes.
à Senhor, nosso Deus, ajudai-nos para que tenhamos o coração aberto às necessidades de nossos irmãos e irmãs e saibamos ajudar a necessidade do outro.
T: Pai, Obrigado pelos dons que nos destes.
à Senhor, nosso Deus, Que saibamos reconhecer os bens que os destes como dons vossos e que somos apenas administradores dessas riquezas; que saibamos ser acolhedores, amantes da justiça, solidários nas dificuldades; que saibamos espelhar vosso amor.
T: Pai, Obrigado pelos dons que nos destes.