18º Domingo T.C. Ano B – Adaptado e postado pelo Diácono
Ismael.
SINOPSE:
TEMA: Deus oferece o alimento que dá a vida eterna e definitiva.
Primeira
leitura: Deus se preocupa em oferecer o alimento
que dá vida. A ação de Deus não é só satisfazer a fome física; mas também
ajudar o Povo a amadurecer, a superar mentalidades estreitas e egoístas e ver
outros valores.
Evangelho: Jesus apresenta-Se como o “pão”
da vida que desceu do céu para dar vida ao mundo. Aos que O seguem, Jesus pede
que aceitem esse “pão” – isto é, que escutem as palavras que Ele diz, que as
acolham no seu coração, que aceitem os seus valores, que se juntem à sua
proposta.
Segunda
leitura: Pela adesão a Jesus nos tornamos “homem
novo”. O encontro com Cristo deve significar uma mudança radical face a
Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.
PRIMEIRA LEITURA
(Ex 16,2-4.12-15) Leitura do Livro do Êxodo. Naqueles dias, a comunidade dos
filhos de Israel pôs-se a murmurar contra Moisés e Aarão, no deserto, dizendo:
“Quem dera que tivéssemos morrido pela mão do Senhor no Egito, quando nos
sentávamos junto às panelas de carne e comíamos pão com fartura! Por que nos
trouxestes a este deserto para matar de fome a toda esta gente?” O Senhor disse
a Moisés: “Eis que farei chover para vós pão do céu. O povo sairá diariamente e
só recolherá a porção de cada dia a fim de que eu o ponha à prova, para ver se
anda ou não na minha lei. Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel.
Dize-lhes, pois: ‘Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartarei de
pão. Assim sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus’”. Com efeito, à tarde, veio
um bando de codornizes e cobriu o acampamento; e, pela manhã, formou-se uma
camada de orvalho ao redor do acampamento. Quando se evaporou o orvalho que
caíra, apareceu na superfície do deserto uma coisa miúda, em forma de grãos,
fina como a geada sobre a terra. Vendo aquilo, os filhos de Israel disseram
entre si: “Que é isto?” Porque não sabiam o que era. Moisés respondeu-lhes: “Isto
é o pão que o Senhor vos deu como alimento”.
AMBIENTE - O Povo desconfia e murmura diante das
dificuldades, volta-se contra Moisés e chega a acusar Deus pelas dificuldades;
Jahwéh perdoa o pecado do Povo e concede os bens que necessitam. Os relatos apresentam-se
na forma de uma intervenção prodigiosa de Deus. Provavelmente, estes relatos
têm por base elementos históricos que
ficaram na memória coletiva; os catequistas se aproveitam para passar sua
doutrina; a tentação de procurar segurança fora de Jahwéh…: o Egito representa
a tentação de voltar atrás, de abandonar os valores e a vida de Deus, de se
instalar em esquemas à margem de Deus. O catequista jahwista garante que Deus o
acompanha e oferece a vida em abundância.
A história das codornizes tem por base um fenômeno que se observa
na Península do Sinai: a migração em massa de codornizes que, depois de
atravessar o mar, chegam ao Sinai muito cansadas e deixam-se apanhar com
facilidade. A história do maná deve ter por base uma pequena árvore (“tamarix mannifera”) existente em certas
zonas do Sinai que, após ser picada por um inseto, segrega uma substância
resinosa e espessa que logo se coagula; os beduínos recolhem, ainda hoje, essa
substância (que chamam “man”),
derretem-na ao calor do sol e passam-na sobre o pão. Vai ser com estes
elementos que os catequistas bíblicos
vão “moldar” a catequese.
MENSAGEM
- 1. A
murmuração; saudades do Egito, pois tinham
“ao pé de panelas de carne” e “pão com fartura”. Ao longo da caminhada,
vêem as limitações um grupo com mentalidade de escravo e sem maturidade,
agarrado ao egoísmo, ao comodismo, que prefere a escravidão à liberdade. É um
Povo que ainda não confia em Deus.
2. “fazer chover pão do céu” e
dar ao Povo carne em abundância é a resposta de Deus. O objetivo de Deus é,
não só satisfazer as necessidades materiais do Povo, mas também revelar-Se como
o Deus da bondade e do amor. Ele que cuida do seu Povo e que está sempre ao seu
lado ao longo da caminhada. Ele satisfaz as suas necessidades mais básicas para
vencer as forças da morte. O cuidado e o amor de Deus experimentados nesta “crise”, não só ajudarão o Povo a sobreviver,
mas irão permitir-lhe, também, superar mentalidades estreitas e egoístas,
fazendo-o ver mais além, alargar os horizontes, tornar-se mais adulto, mais
consciente, mais responsável e mais santo. Israel aprende, assim, a confiar em
Deus, a entregar-se em suas mãos, a não duvidar do seu amor e fidelidade.
3. O fato de se dizer que Deus
dava a quantidade de maná necessária “para cada dia”, Ensina o Povo a
não acumular bens e a confiar em Deus.
ATUALIZAÇÃO
- **¨ A preocupação de Deus em oferecer ao seu Povo o
alimento que dá vida. A ação de Deus ajuda o Povo a superar o egoísmo e a tomar
consciência de outros valores. Libertar-se de uma mentalidade de escravo e de
descobrir o caminho para a vida nova da liberdade e da felicidade. Ele vai conosco, vê as nossas necessidades,
conhece os nossos limites, percebe a nossa tendência para o egoísmo e o
comodismo e, em cada dia, aponta-nos caminhos novos, convida-nos a ir mais
além, mostra-nos como podemos chegar à terra da liberdade e da vida verdadeira.
**¨ As “saudades” do Egito revelam a comodidade, incapaz de arriscar,
de enfrentar a novidade, de querer mais, de aceitar a liberdade que se constrói
na luta e no risco. Esta mentalidade de escravidão continua bem viva no nosso
mundo…a mentalidade pelo “ter”, pela fama”; que fazem de nós escravos e que nos
impedem de chegar à vida verdadeira; Ele vem ao nosso encontro e aponta-nos
caminhos, pois Ele vai ao nosso lado.
***¨ (proibindo “juntar” mais do que o necessário para cada dia)
pretende ajudar o Povo a libertar-se da tentação do “ter”, da ganância, da
ambição desmedida. Só Deus é a nossa segurança, só n’Ele devemos confiar, pois
só Ele (e não os bens materiais) nos liberta e nos leva ao encontro da vida
definitiva.
SALMO RESPONSORIAL / Sl 77 (78) O Senhor deu a comer o pão do céu.
•
Tudo aquilo que ouvimos e aprendemos, / e transmitiram para nós os nossos pais,
/ não haveremos de ocultar a nossos filhos, / mas à nova geração nós
contaremos: /as grandezas do Senhor e seu poder.
• Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, / e
as comportas das alturas fez abrir; / fez chover lhes o maná e alimentou-os, /
e lhes deu para comer o pão do céu.
• O
homem se nutriu do pão dos anjos, / e mandou-lhes alimento em abundância; /
conduziu-os para a Terra Prometida, / para o Monte que seu braço conquistou.
EVANGELHO (Jo 6,24-35) Evangelho de
Jesus Cristo segundo João.
Naquele
tempo, quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos,
subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o
encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste
aqui?” Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me
procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes
satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que
permanece até a vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem
o Pai marcou com seu selo”. Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar
as obras de Deus?” Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele
que ele enviou”. Eles perguntaram: “Que sinal realizas, para que possamos ver e
crer em ti? Que obra fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto como está na
Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Jesus respondeu: “Em verdade, em
verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai
que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do
céu e dá vida ao mundo”. Então pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão”.
Jesus lhes disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e
quem crê em mim nunca mais terá sede”.
AMBIENTE
- No “dia seguinte” ao episódio da multiplicação dos pães e dos
peixes,
a
multidão encontra Jesus na sinagoga de Cafarnaum. Confrontado com a multidão,
Jesus explica o sentido do gesto precedente (a multiplicação dos pães e dos
peixes).
MENSAGEM -
A cena inicial parece sugerir que a pregação de Jesus alcançou um
êxito total: a multidão segue-O para todo o lado. Jesus percebe que a multidão
está equivocada e que O procura pelas razões erradas. Na verdade, a
multiplicação dos pães e dos peixes pretendeu ser uma lição sobre amor,
partilha e serviço; mas a multidão não foi sensível ao significado do gesto,
ficou-se pelas aparências e só percebeu que Jesus podia oferecer-lhe, de forma
gratuita, pão em
abundância. Se dirigir ao seu encontro não significa que
tenha aderido à sua proposta; significa, apenas, que viu em Jesus um modo fácil
e barato de resolver os seus problemas materiais.
Jesus
está consciente de que é preciso desfazer, quanto antes, esse mal-entendido.
Por isso, nem sequer responde à pergunta inicial que Lhe põem (“Mestre, quando
chegaste aqui?”); mas, mal se encontra diante da multidão, procura esclarecer
coisas bem mais importantes do que a hora da sua chegada a Cafarnaum: eles não
procuram Jesus, mas procuram a resolução dos seus problemas materiais. É uma
procura interesseira e egoísta, que é contrária à mensagem que Jesus procurou
passar-lhes. Jesus deixa-lhes um aviso: é preciso esforçar-se por conseguir,
não só o alimento que mata a fome física, mas, sobretudo o alimento que sacia a
fome de vida que todo o homem tem. Esse alimento que dá a vida eterna é o
próprio Jesus que o traz. O que é preciso fazer para receber esse pão? –é
preciso aderir a Jesus e ao seu projeto. Para receber o alimento que dá vida
eterna, é preciso, acolher as propostas de Jesus e aceitar viver no amor que se
faz dom, na partilha daquilo que se tem com os irmãos, no serviço simples e
humilde aos outros homens. É acolhendo e interiorizando esse “pão” que se
adquire a vida que não acaba. Custa-lhes a aceitar que a vida eterna resulte do
amor, do serviço, da partilha. O que é que garante que esse seja um caminho
verdadeiro para a vida definitiva? Porque é que Jesus não realiza um gesto
espetacular – como Moisés – para provar que a proposta que Ele faz é
verdadeiramente uma proposta geradora de vida? Jesus responde: o maná foi um
dom de Deus para saciar a fome material do seu Povo; mas o maná não é esse
“pão” que sacia a fome de vida eterna do homem. Só Deus dá aos homens a vida
eterna; e esse dom do Pai não veio através de Moisés, mas através de Jesus. A
última frase do nosso texto identifica o próprio Jesus como o próprio pão que
Deus quer oferecer ao seu Povo para lhe saciar a fome de vida. “Comê-lo” será
escutar a sua Palavra, acolher a sua proposta, fazer da vida (como Jesus fez)
um dom total de amor aos irmãos. Seguindo Jesus, acolhendo a sua proposta em
gestos concretos de amor, de partilha, de serviço, o homem encontrará essa
“qualidade” de vida que o leva à sua realização plena, à vida eterna.
ATUALIZAÇÃO
- ***¨ A vida é marcada pela procura da nossa
realização, da nossa felicidade, da vida plena. Procuramos, de mil formas,
saciar essa fome; mas continuamos sempre insatisfeitos, tropeçando na nossa
finitude, em respostas parciais, em falsas miragens de felicidade e de
realização, que parecem sedutoras mas que só geram escravidão e dependência… Na
verdade, o dinheiro, o poder, a realização profissional, o êxito, o
reconhecimento social, os prazeres, os amigos são valores efêmeros que não
chegam para “encher” totalmente a nossa vida e para lhe dar um sentido pleno.
***¨ Jesus é o “pão de Deus que desce do céu para dar a vida ao mundo”.
É esta a questão central deste domingo. É através de Jesus que Deus sacia a
fome dos homens e lhes oferece a vida em plenitude.
***¨ O que é preciso fazer para ter acesso a esse “pão de Deus que
desce do céu para dar a vida ao mundo”? - a resposta é clara: é preciso aderir
(“acreditar”) a Jesus. Aderir a Jesus é escutar o seu chamamento, acolher a sua
Palavra, assumir e interiorizar os seus valores, segui-lO no caminho do amor,
da partilha, do serviço, da entrega da vida a Deus e aos irmãos. Trata-se de
uma adesão que deve traduzir-se em obras concretas. Aderir a Jesus é assumir o
seu estilo de vida e fazer da própria vida um dom de amor, até à morte.
***¨ É um equívoco procurar o Batismo porque é uma tradição da nossa
cultura; é um equívoco celebrar o matrimônio na Igreja porque, assim, a
cerimônia é mais espetacular e proporciona fotografias mais bonitas; é um
equívoco assumir tarefas na comunidade cristã para nos auto-promovermos ou para
resolvermos os nossos problemas materiais; é um equívoco praticarmos certos
atos de piedade para que Jesus nos recompense, nos livre de desgraças, nos
pague resolvendo algumas das nossas necessidades materiais… A nossa adesão a
Jesus deve partir de uma profunda convicção de que só Ele é o “pão” que nos dá
vida.
***¨ A recusa de Jesus em realizar gestos espetaculares mostra que Deus
não vem ao encontro do homem para lhe oferecer a sua vida em gestos portentosos;
mas Deus atua na vida do homem de forma discreta, embora duradoura e
permanente.
Deus vem
ao encontro do homem sem forçar nem se
impor, convida-o a escutar a Palavra de Jesus, propõe-lhe a adesão ao seu
projeto, ensina-lhe os caminhos do amor, da partilha, do serviço. Convém que
nos familiarizemos com os métodos de Deus, para o conseguirmos perceber e
encontrar, no caminho da nossa vida.
SEGUNDA LEITURA (Ef 4,17.20-24) Leitura
da Carta de São Paulo aos Efésios.
Irmãos:
eis pois o que eu digo e atesto no Senhor: não continueis a viver como vivem os
pagãos, cuja inteligência os leva para o nada. Quanto a vós, não é assim que
aprendestes de Cristo, se ao menos foi bem ele que ouvistes falar, e se é ele
que vos foi ensinado, em conformidade com a verdade que está em Jesus.
Renunciando à vossa existência passada, despojai-vos do homem velho, que se
corrompe sob o efeito das paixões enganadoras, e renovai o vosso espírito e a
vossa mentalidade. Revesti o homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira
justiça e santidade.
AMBIENTE
- Paulo escreve da prisão
(Roma, anos 61-63?). Tem por objetivo exortar os cristãos a viverem de forma
coerente com o seu Batismo. Paulo exorta os cristãos a viverem de acordo com a
sua condição de Homens Novos em Cristo.
MENSAGEM
- O texto é, um convite a
deixar os esquemas do passado, para abraçar a vida nova que Cristo veio propor.
O homem que ainda não aderiu a Cristo é o homem velho, cuja vida
é marcada pela futilidade, pela corrupção, pela escravidão aos “desejos enganadores”.
O homem que já encontrou Cristo e que aderiu à sua proposta é o homem novo,
que vive na verdade, na justiça e na santidade verdadeiras. O Batismo é o
momento decisivo da transformação do homem velho em homem novo. A
partir daí, adotar uma nova maneira de pensar e de agir.
Contudo,
o homem continua marcado pela fragilidade… por vezes, sente a tentação de
regressar ao homem velho do egoísmo, do orgulho, do pecado… O crente,
animado pelo Espírito é chamado a renovar cada dia a sua adesão a Cristo. O homem
novo é uma realidade continuamente a fazer-se, que exige constante
renovação.
ATUALIZAÇÃO
- ***¨ O cristão é alguém que encontrou Cristo e que
aderiu à sua proposta. O encontro com Cristo deve significar uma mudança
radical, face a Deus, face aos irmãos, face a si próprio e face ao mundo.
***¨ O homem velho é o homem dominado pelo egoísmo, pelo
orgulho, que vive de coração fechado a Deus e aos irmãos, que vive instalado em
esquemas de opressão e de injustiça, que gasta a vida a correr atrás dos deuses
errados (o dinheiro, o poder, o êxito, a moda…), que se deixa dominar pela
cobiça, pela corrupção, pela ira, pela maldade e se recusa a escutar a proposta
libertadora que Deus lhe apresenta.
***¨O homem novo é o homem atento às propostas de Deus, que
aceita integrar a família de Deus, que não se conforma com a maldade, a
injustiça, a exploração, a opressão, que procura viver na verdade, no amor, na
justiça, na partilha, no serviço, com alegria e simplicidade, dos valores de
Deus.
***¨ a construção do homem novo nunca é um processo
acabado. O homem velho espreita-nos
a cada esquina. Precisamos renovar nossas opções e compromisso.
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"O Pão da Vida"
Nosso coração está sempre insatisfeito do que é e do que
tem... sempre está com fome de algo…
E Deus intervém sempre na vida dos homens, saciando-os de
toda fome.
Na 1a Leitura, Deus
alimenta o Povo com o MANÁ no
deserto. (Ex 16,2-4.12-15)
- O povo de Deus está no deserto faminto, a caminho da terra
Prometida.
Depois dos primeiros dias de entusiasmo pela liberdade
conquistada, o povo sente a dureza da marcha e a escassez de alimento e de
água. Começa, então, a reclamar de Moisés e Aarão.
No Egito era escravo sim, mas tinha comida em abundância.
E estavam dispostos a trocar a liberdade por um pouco de
comida...
- Deus não o abandona, pelo contrário, oferece um alimento
inesperado: o Maná e codornizes para que possam fortalecidos prosseguir a
caminhada.
* O Maná é Sinal de
outro alimento, de que nos falará o evangelho...
A 2ª Leitura diz que quem
aceita Jesus como o "pão" da vida e adere a ele, deixa de ser homem
velho e passa a ser "o homem novo". (Ef
4,17.20-24)
No Evangelho Jesus se apresenta
como o "PÃO DA VIDA".
O Povo busca o pão do milagre e não o Messias que dá o pão. (Jo 6, 24-35)
Continua o capítulo 6o de João, introduzindo o
"sermão do pão da vida", que Jesus pronunciou na sinagoga de
Cafarnaum, dando continuidade ao "sinal" da multiplicação dos pães.
Entusiasmado com aquele milagre estrondoso, o povo procura
Jesus.
Poderia parecer um sucesso... Para Jesus, ao invés, foi um
fracasso.
O povo não entendeu o sentido daquele gesto.
- Por que o povo está à sua procura?
Não foi para escutar suas palavras e aprofundar a sua mensagem.
Mas porque comeu pão em abundância e de graça e esperava
continuar tendo o pão garantido sem precisar trabalhar.
1) JESUS: critica essa procura e sugere outra procura: a FÉ.
"Vocês estão me procurando porque
comeram e ficaram satisfeitos. Não
busquem o alimento que perece, mas o pão que permanece até a vida eterna."
Jesus não veio para
oferecer pão com milagres, mas para ensinar que o amor e a partilha produzem
pão em abundância.
* Quantos ainda hoje o procuram, esperando apenas graças...
milagres...
E quando não
conseguem... passam para seitas que os prometem...
2) Povo: "Que
obras devemos fazer para conseguir esse alimento que permanece até a vida
eterna ?"
Jesus: "Que acrediteis naquele que Deus enviou...":
Deus não exige
"obras" (práticas da lei), mas fé em Cristo, enviado do Pai.
3) O Povo exige milagres para acreditar. Querem uma fé com
garantias.
Não foi suficiente
a multiplicação dos pães: querem um sinal comparável ao de Moisés: Por isso,
exigem : "Que sinal tu fazes para
que vejamos e creiamos em ti?"
Jesus: tenta
explicar que foi Deus quem deu o Maná, e que o mesmo Deus envia o novo e
verdadeiro pão do céu, que pode dar a vida verdadeira e sem fim.
4) E o Povo não entende a resposta de Jesus. E fixo nos seus
interesses materiais, insiste:
"Senhor, dá-nos sempre desse
pão".
- Jesus, constrangido,
esclarece:
"EU SOU o Pão da vida…
Quem vem a mim não terá mais fome e quem crer em mim jamais terá sede".
Cristo, Palavra de
Deus, é o único pão do céu que sacia plenamente nossa fome de felicidade e de paz do homem.
No deserto, o Povo recebeu o Maná, um alimento para
prosseguir a caminhada para a Terra Prometida... mas assim mesmo morreu.
Hoje: Deus alimenta o seu povo com o pão da vida, com a sua
PALAVRA, que é Jesus Cristo de Nazaré...
+ E Nós o que buscamos?
O Povo procurou o pão do milagre, não o seu autor. Não basta
buscar o pão de cada dia.
É necessário buscar o pão que não perece e dura até a vida
eterna.
O Pão da vida eterna está presente na bondade, no amor, na
luta pela justiça, na construção de um mundo novo...
* Qual é a atitude que motiva a nossa busca de Deus, hoje?
O encontro dominical é um momento privilegiado em que Cristo
continua alimentar o seu povo, com sua palavra e seu pão...
Nós aceitamos o convite e estamos aqui nessa celebração à
sua procura.
- É uma procura sincera de Deus, animada pela fé, para um
encontro pessoal com Cristo, "Pão da Vida"?
Ou é apenas um
encontro social, movido por motivos humanos?
Peçamos que Deus aumente a nossa fé para perceber seus
sinais e seguir com generosidade seus apelos...
Façamos nosso (no bom sentido) o pedido do povo de ontem:
"Senhor, dá-nos sempre desse pão".
O primeiro domingo
de agosto é dedicado às Vocações sacerdotais:
(presbiteral e diaconal)
Rezemos ao Senhor
para que continue enviando presbíteros e diáconos para o serviço da
evangelização e da fraternidade.
Pe.
Antônio Geraldo
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Homilia do Pe. Pedrinho:
Meus irmãos e
irmãs, o Evangelho de hoje continua o ensinamento da semana passada. Para Quem
não se recorda, Jesus reúne a multidão, e a partir da iniciativa do menino que
tinha cinco pães e dois peixes, Ele alimenta, diz o texto, cinco mil homens.
São Mateus, querendo ser mais preciso, vai dizer; sem contar as mulheres e
crianças. Assim, aquele povo se sente, de fato, convencido, se convence de que
Jesus deve ser o Rei, que eles tanto estão procurando. Jesus percebendo que
querem fazê-lo rei, foge para a montanha. Dessa maneira, então, já ninguém mais
consegue encontra-lo. É a partir daí, o Evangelho de hoje. Aonde o texto nos
fala que, quando a multidão viu que Jesus não estava alí, subiram nas barcas e
foram até Cafarnaum. Cafarnaum, tudo indica, era onde Jesus morava, aonde ele
tinha endereço para alguma novidade, alguma correspondência. Lá, encontrando
Jesus, eles cobram a sua presença. Jesus diz: escuta, vocês estão me procurando
é por causa que comeram o pão de graça. Ora, procure o pão que não se perde e
lhe garanta a vida eterna. Este é o primeiro questionamento que a liturgia nos
propõe hoje. Quando eu procuro Jesus, para que que é? O que é que eu tenho como
interesse? Se for para comer pão de graça, melhor não procura-lo. Em outras
palavras, o que me motiva encontrar Jesus é o interesse material, eu estou
totalmente equivocado. Porque isto não tem a ver com Jesus. Então, é a partir
disto que nós somos convidados a aprofundar um pouco mais. O que é então,
buscar o pão que me conduz à vida eterna? Certamente é estabelecer uma comunhão
com Jesus, ao ponto que eu não morra mais. Aqui é importante compreendermos;
todo alimento que eu como, ele passa a fazer parte do meu corpo. Com a
Eucaristia é diferente. Cada vez que eu comungo a hóstia consagrada, eu é que
passo a fazer parte do corpo de Jesus. É por isso, que; quem come a minha carne
e bebe o meu sangue, vai dizer Jesus, não morrerá para sempre e eu o
ressuscitarei no último dia. Por que Ele afirma isto? Porque Ele venceu a morte
e vive eternamente, quem passa a fazer parte do seu corpo, quem estabelece
comunhão com Jesus, também não morre para sempre e vive eternamente. Agora,
aquilo que o Papa Bento XVI já falou várias vezes, para que eu possa
compreender este mistério, eu preciso entender que Jesus não é uma idéia, jesus
não é uma proposta filosófica; Jesus é uma experiência concreta. Para que eu
possa entender o sentido da Eucaristia, eu preciso ter um encontro pessoal com
Jesus. Isto não se dá de maneira mágica. O próprio Salmo de hoje nos ajuda a
compreender de que maneira eu descubro Jesus. É na medida em que eu acolho tudo
aquilo que nossos pais nos transmitiram e na medida que eu transmito para os
filhos, aquilo que eu aprendi. Então, é uma verdade que uma geração vai
transmitindo para outra a sua experiência. Isto tem sido hoje um grande
desafio. Porque muitos pais têm utilizado o argumento de é necessário que a
criança cresça para depois ela escolher que religião ela vai seguir. Mas como
eu posso escolher algo que eu não conheço? Como eu posso dizer isto é melhor,
aquilo é pior, se eu não conhecer? Se eu quero garantir a liberdade plena das
pessoas, eu preciso aprender o que Deus, na pessoa de Jesus, realizou por nós.
Depois, na hora que ela quiser, tiver condições de fazer uma escolha, já
madura, já tendo clareza total das coisas, então, ela vai escolher. Se ela vai
estabelecer este encontro com Jesus ou não. Mas, até aí, é papel nosso, é um
papel muito importante a ajuda-los a descobrir o Senhor. Veja que a intenção e
a liberdade, a intenção de que todos sejam livres e a liberdade concreta, isto
é um grande anseio de Deus. É assim que a primeira leitura nos apresenta Deus
na liturgia de hoje. Ele não se tranquilizou enquanto não libertou o povo da
escravidão do Egito. Com braços fortes não mediu esforços para garantir que
aquele povo tivesse a liberdade. Mas, a resposta daquele povo foi muito estranha: “nós éramos escravos, mas lá nós comíamos pão e carne à
vontade”. Ora, Deus nos mostra que nós não viemos ao mundo só pelo o prato de
comida. Aliás, o Eclesiastes vai dizer: que a diferença há entre o homem e o
burro se ambos trabalham só para comer? É interessante isto. Não podemos achar
que somos livres porque temos comida. Ou que temos energia elétrica. Ou porque
temos água, ou porque temos acesso a todo bem de consumo. Isto não é liberdade.
A liberdade, de fato, é eu ter certeza e segurança de eu nasci para a
eternidade. Isto foge à razão. por isso, São Paulo vai dizer: “não continueis a
viver como pagãos, cuja inteligência os
leva para o nada”. Foge à razão pensar numa proposta de vida que vai além da
morte. Foge à razão, porque não podemos provar. Entretanto, nós sabemos muito
bem, que esta é uma das principais promessas de Jesus. Por isso, é preciso
experimentá-lo, para poder ver, de maneira sólida, é esta proposta. Por fim,
diante da chamada de Jesus, o povo pergunta: que devemos fazer para realizar as
obras de Deus? E Jesus diz: bom, que vocês acreditem naquele que foi enviado.
Isto também já levou os cristãos a grandes equívocos; houve uma época em que
todo mundo era forçado a ser cristão. E, não era nem por maldade isso. É porque o Evangelho diz que para você não se
perder, que creia no Senhor. Então, mesmo que seja à força, vamos fazer com que
todos creiam no Senhor, porque é em vista de um bem maior. Isto é um equivoco.
Na realidade, Jesus deixa claro que não é suficiente crer em Deus. Como também
não é suficiente crer que Jesus é Filho de Deus feito homem. Se isto fosse
suficiente, os cristãos já teriam mudado o mundo, sem problema nenhum. O que é
necessário é que a pessoa, de fato, realize as obras que Jesus ensinou. Que
siga as orientações que Jesus ofereceu. Então, é evidente; nós somos cristãos,
cremos que Jesus é Filho de Deus feito homem, sem problema nenhum. Mas, por um
instante, vamos deixar de lado a nossa fé. A grande proposta é vivermos como
Jesus de Nazaré viveu. Isto é um grande desafio. Mesmo quem não crê em Jesus,
reconhece que ele só realizou boas obras, que jamais prejudicou alguém. Então,
isto é necessário para o ser humano; que ele repita os gestos e ensinamentos de
Jesus. É evidente, que se eu fizer isto, crendo que Ele é o Filho de Deus,
então, terei o conhecimento pleno de quem é Jesus. Mas, mesmo que eu não creia,
se realizar as suas obras, estou fazendo, de fato, as obras que Deus espera de
cada um de nós.
Portanto, meus irmãos, esta
liturgia de hoje nos convida a mergulharmos sobre a pessoa de Jesus. É evidente
que ela terá sua conclusão semana que vem. Porque, domingo próximo continuamos
a ler este capítulo do Evangelho de João. É um dos capítulos centrais sobre a
Eucaristia.
Uma última palavra; “o Pão
do céu deu-lhes a comer”. Ora, que Pão do Céu é este? É um pão que não se
encontra em padaria e por mais que queiramos fazer este pão em casa, ele não
acontece. Porque o Pão do Céu é o Pão da Eucaristia. Este Pão só acontece
quando nos reunimos para Celebrar a memória do Senhor. “Toda vez que quiserem celebrar a minha memória, faça isto; pegue o
Pão, parta e distribua, dizendo; isto é meu corpo, isto é meu sangue”.
Então, de fato, o Pão do Céu é a Eucaristia. É um pão que eu tenho que enxergar
além da aparência que ele mantém. É o Pão que nos mantém unidos, porque nós
somos, de fato, o corpo de Cristo. Este Pão, que é Eucaristia, colabora para
que possamos viver a unidade. Porque Jesus quis, assim, ele conta com homens
que, de fato, possam realizar este gesto chamado sacramental. Esta é a missão
do presbítero, chamado também de padre. Esta semana rezamos pelos presbíteros e
diáconos. A função do presbítero é consagrar a hóstia e perdoar os pecados.
Mas, ao lado do presbítero (padre) tem o diácono, que muitas vezes tem mal
compreendido a sua função. O diácono não pode consagrar a hóstia, nem perdoar os pecados. Mas, o
restante, ele faz tudo aquilo que um presbítero pode fazer. Às vezes acontece
que vem alguém dizendo: olhe, como eu sou um católico tradicional, eu gostaria
que o senhor viesse benzer a minha casa, me dar uma palavra, um conselho, me
explicar uma passagem bíblica, abençoar uma imagem. Aí, eu digo: olhe, se você
é tradicional, há de conhecer os Atos dos Apóstolos, que ali diz que foram
instituídos sete diáconos para serem auxílio aos Apóstolos. Mais tradicional do
que isto não existe. Na bíblia está mais claro a ordenação do diácono, do que a
do próprio presbítero (padre). Se formos ver, Jesus está com os Apóstolos, que
hoje vamos reconhecer na pessoa dos bispos. Diz que Paulo e outros apóstolos
também impunham as mãos e enviavam discípulos seus para cuidar das comunidades.
E são estes os presbíteros (padres). Agora, na realidade, os diáconos, está
muito claro, nos Atos dos Apóstolos, é importante nós compreendermos que não se
trata de ser um mais importante do que o outro. A missa do Papa não é mais
importante daquela de um padrezinho que foi ordenado hoje. As duas missas tem o
mesmo valor. Claro que a do Papa vai lotar mais, porque o povo quer ver o
“Papa”, mas a missa tem o mesmo valor. Isto é importante nós compreendermos que
é um serviço que é colocado. O ato realizado tanto pelo “padre” como pelo
diácono tem o mesmo valor, o mesmo peso, pois somos apenas instrumentos de
Cristo. O ato é sempre do Cristo. É evidente que quem realiza todo o mistério
da consagração é Jesus Cristo. Agente simplesmente preside a assembleia que se
reúne para, de verdade, celebrar a memória do Senhor. Então, é evidente, que o
presbítero (padre) é importante, mas não significa que o presbítero (padre)
tenha uma posição a mais na assembleia; ele tem funções diferentes. Tanto, que
daqui a pouco vou dizer: “Orai, irmãos, para que este sacrifício seja aceito
por Deus Pai todo poderoso”. E, aí, a
assembleia que reza, pedindo que aquilo que o presbítero vai fazer, que, de
fato, seja aceito por Deus. Então, é evidente, que aqui há uma troca de
orações, há uma troca de na celebração, aonde TODOS tem seu papel fundamental. Evidente que tudo
que é feito com carinho e é feito com fé, Deus acolhe. Por isso, vamos pedir a
Deus que envie vocações presbiterais e diaconais, porque a Igreja é feita de
ministérios.
Louvado seja Nosso Senhor
Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO.
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Homilia de D. Henrique Soares
Caríssimos
em Cristo, no Domingo passado, deixamos o Senhor Jesus orando a sós no monte,
após ter multiplicado os pães e despedido a multidão. Está no capítulo VI de
São João: do monte, Jesus atravessa o mar da Galileia, caminhando sobre as
águas. Ao chegar do outro lado, lá esta o povo a sua espera… Sigamos, as
palavras do Senhor nesta perícope, pois elas nos falam de vida, falam-nos do
Cristo nosso Deus!
Primeiramente, Cristo censura duramente o povo: procuram-no –
como tantos hoje em dia – não porque viram o sinal que ele realizou! Mas, que
sinal? Fez o povo sentar-se na relva, como o Pastor do Salmo 22 faz a ovelha
descansar em verdes pastagens; prepara uma mesa para o fiel, multiplicando-lhe
os pães, como Moisés no deserto… Ante tudo isto, amados em Cristo, o povo ainda
pensou em Jesus como sendo o Profeta que Moisés prometera (cf. Dt ); mas,
infelizmente, não passou disso. Daí a repreensão do Senhor: aqueles lá o
procuravam simplesmente porque comeram pão, como hoje tantos o procuram para
ganhar benefícios – e, assim, são enganados pelos charlatões de plantão! A
prova de que o povo não compreendeu o sinal, é que ainda vai perguntar no
Evangelho de hoje: “Que
sinal realizas? Que obra fazes?” Como estes, lá com Jesus, se
parecem conosco, tantas vezes cegos para os sinais do Senhor na nossa vida!
Observai, irmão! Notai como os judeus não conseguem compreender
que o que Jesus quer deles é a fé na sua pessoa e na sua missão! Vede como eles
pensam que podem agradar ao Senhor simplesmente com um fazer exterior, sem
compromisso de amor que brota do coração: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Fazer!
De nós, Jesus quer muito mais do que um simples fazer! Eis a resposta do nosso
Salvador: “A obra de Deus é que
acrediteis naquele que ele enviou!” Resposta admirável: tua
obra, cristão, já não é cumprir a Lei de Moisés; também não é fazer e fazer
coisas, mas crer e amar a Jesus! Daí sim, tudo decorre, e também tuas boas
obras, feitas por amor a Jesus e na fé em Jesus, serão aceitas pelo Senhor!
Diante
da palavra do Cristo, os judeus duros de compreender, pedem a Jesus outro
sinal! Não compreenderam o que ele fizera! E ainda citam Moisés, como que
dizendo: Tu nos deste pão agora; Moisés nos deu o maná por quarenta anos! Aí, o
nosso Salvador faz três revelações surpreendentes e consoladoras! Ei-las:
Primeiro:
Aquele maná dado por Moisés não é o pão que vem do céu. É pão terreno mesmo,
dado por Deus; pão que mata a fome do corpo, mas não enche de paz o coração;
pão que alimenta esta vida, mas não dá a Vida divina, a Vida que dura para
sempre! Aquele maná do deserto era apenas pálida imagem de um outro maná, de um
outro pão que o Pai daria mais tarde.
E aqui
vem a segunda revelação, surpreendente, consoladora: agora o Pai está dando o
verdadeiro maná, o verdadeiro Pão do céu, que dá a vida divina ao mundo: Moisés
não deu (no passado); meu Pai vos dá (agora, no presente)! Os judeus ficam
perplexos, admirados; e pedem: Dá-nos desse pão! Pão que alimenta a fome de
vida, de paz, de sentido, de eternidade!
Jesus faz, então, a terceira e desconcertante revelação: “Eu sou o Pão da vida!” Pronto:
o pão verdadeiro é uma Pessoa, é ele mesmo! Os pães que ele multiplicara eram
imagem dele mesmo, que se nos dá, que nos alimenta, que nos enche de
vida: “Eu sou o Pão da vida! O Pão
que desce do céu e dá a vida ao mundo! Quem vem a mim nunca mais terá fome de
vida e de sentido de existência; quem
crê em mim nunca mais terá sede no seu coração!”
Eis,
meus caros! Corramos para Jesus! Seja ele nosso alimento! E dele nos
alimentando, sejamos nele, novas criaturas, despojando-nos do homem velho,
deixando o velho modo de pensar, que conduz não à Vida, mas ao nada, como diz o
Apóstolo na segunda leitura! Se nos alimentamos de Cristo, se bebemos de sua
santa palavra, como poderemos pensar como o mundo, agir como o mundo, viver
como o mundo? Como ainda poderíamos consentir nas velhas paixões que nos
escravizam?
Que
alimentando-nos de Jesus, Pão bendito de nossa vida, nós atravessemos o deserto
desta vida não como o povo de Israel, que murmurou e descreu, mas como
verdadeiros cristãos, renovados pelo Senhor, despojados da velhice do pecado e
saciados de vida eterna, vida que é o Cristo nosso Deus, bendito pelos séculos
dos séculos. Amém.
D. Henrique Soares
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PARA A
CELEBRAÇÃO DA PALAVRA (Diáconos e ministros extraordinários da Palavra):
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE O ALTAR)
à COM JESUS, por Jesus e em Jesus, NA FORÇA DO ESPÍRITO SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
Todos repitam: louvor e glória a vós, ó pai de
bondade!
àPai querido, Nós Vos damos graças, Vos agra decemos, por todas as refeições que saciam nossa fome. Sois o bom Pai que sempre nos dais de comer. Nós Vos pedimos por todos os famintos da terra e por todas as formas de pobreza: os mendigos de pão, de atenção, de ternura, de justiça e de paz. Dái-nos a coragem de lhes deixar mais do que as migalhas. Que saibamos repartir o conhecimento, a alegria, o pão, a água, o trabalho, a dignidade, o direito de ser humano; Que saibamos amar.
àPai querido, Nós Vos damos graças, Vos agra decemos, por todas as refeições que saciam nossa fome. Sois o bom Pai que sempre nos dais de comer. Nós Vos pedimos por todos os famintos da terra e por todas as formas de pobreza: os mendigos de pão, de atenção, de ternura, de justiça e de paz. Dái-nos a coragem de lhes deixar mais do que as migalhas. Que saibamos repartir o conhecimento, a alegria, o pão, a água, o trabalho, a dignidade, o direito de ser humano; Que saibamos amar.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai Querido, nós Vos bendizemos pelo amor que manifestastesem Jesus Cristo. Através dele nos tornastes
novas pessoas. Nós Vos pedimos por todos os nossos irmãos e irmãs
desencorajados, ameaçados pelo desânimo, pela angústia, pela perseguição, pela
fome e pelos perigos. Pai querido, dái-nos força e coragem para que sejamos
mais amor diante de nossos irmãos.
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai querido, Nós Vos bendizemos pelo pão da vida que nos ofereceis através de Jesus. Nós Vos pedimos por cada um de vossos filhos aqui presentes. Que nunca nos falte amor para dar e alegria para manifestarmos vosso Reino. Que vossa benção esteja sempre conosco.
à Pai Querido, nós Vos bendizemos pelo amor que manifestastes
T: louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
à Pai querido, Nós Vos bendizemos pelo pão da vida que nos ofereceis através de Jesus. Nós Vos pedimos por cada um de vossos filhos aqui presentes. Que nunca nos falte amor para dar e alegria para manifestarmos vosso Reino. Que vossa benção esteja sempre conosco.
T: Louvor e glória a vós, ó pai de bondade!
PAI NOSSO... A PAZ DE CRISTO... EIS O CORDEIRO...