1º
DOMINGO DO TEMPO DO ADVENTO ANO C 2018 - (Adaptado pelo
Diácono Ismael)
Celebrações com a Coroa de Advento
1º Domingo = A vela do
Profeta: a esperança. (vela roxa)
II Domingo do Advento – A vela de Belém: a salvação
para todos. (vela vermelha)
lII Domingo do Advento
- A vela dos pastores: a alegria. (vela rosa)
IV Domingo do Advento - A vela dos anjos:
o amor. (vela branca)
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1º Domingo
Segue-se tudo normal até a saudação inicial
feita pelo presidente da
celebração: A graça de Nosso Senhor Jesus
Cristo...... Antes do Ato penitencial segue-se o rito para acender a primeira
vela:
Comentário: Hoje vamos acender a primeira vela da
Coroa do Advento, a vela do Profeta, a vela da esperança, para recordar que
Jesus Cristo é a nossa única esperança. Vamos agradecer a Deus pelas promessas
que fez à humanidade e a esperança que despertou e continua a despertar em cada
um de nós.
(Alguém
entra com a vela roxa acesa e a coloca na Coroa do Advento. Nesse momento
pode-se cantar um canto que fale de esperança ou apenas dedilhar o violão ou o
teclado.
Oração
Pres. Ó Deus da esperança, quando os seres
humanos se separaram da vossa
amizade, do vosso amor, nunca os
abandonastes. Já aos primeiros pais Adão e Eva prometestes um salvador, um
filho de sua descendência, que haveria de vencer o inimigo e restabelecer a
comunhão de amor e de vida convosco.
Renovaste a promessa através de Abraão, do
Rei Davi e do Profeta Isaías. Nós vos agradecemos porque finalmente nos
enviastes o Salvador nascido da Virgem Maria. Assim como a humanidade soube
esperar o Salvador, concede i também a nós, nos prepararmos para acolher o
Salvador que vem novamente na comemoração do seu Natal. Aumentai nossa
esperança. Nós vos pedimos que Cristo nasça em nossos corações neste Santo
Natal. Isso vos pedimos, por Cristo, nosso Senhor.
T. Amém.
SINOPSE:
Tema: “Vinde Senhor Jesus!”
Tema: “Vinde Senhor Jesus!”
O ADVENTO é
Tempo de ESPERA e ESPERANÇA, em que celebramos:
+ Um fato passado: A Vinda histórica de Cristo, prometida a
Abraão, lembrada pelos profetas, esperada pelo povo, realizada em Belém…
+ Um fato presente: Vinda de Jesus presente na sua Igreja: Cristo
continua a vir: na Palavra, na Eucaristia, nos irmãos..
+ Um fato futuro: É a segunda vinda…
no fim do mundo
Na primeira leitura:
Deus anuncia que vai enviar ao seu Povo um descendente da família de David, com
a missão de concretizar a justiça e a paz.
Evangelho:
Jesus anuncia: “alegrai-vos, vai nascer um mundo novo, onde conhecereis a
liberdade e a vida em plenitude”.
A segunda leitura
convida-nos a esperar numa atitude ativa na vivência do amor.
PRIMEIRA
LEITURA (Jr
33,14-16) Profeta Jeremias. –
“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei
cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá.
Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que
fará valer a lei e a justiça na terra. Naqueles dias, Judá será salvo e
Jerusalém terá uma população confiante; este é o nome que servirá para
designá-la: ‘O Senhor é a nossa justiça’”.
AMBIENTE - Estamos
no reinado de Sedecias (587 a.C.). O exército de Nabucodonosor cerca Jerusalém
e Jeremias está no cárcere. O profeta vai proclamar a chegada de um tempo novo,
no qual Deus vai “pensar as feridas” do seu povo e curá-las, proporcionar
“abundância de paz e segurança”.
MENSAGEM - Nesse
momento limite em que tudo parece comprometido, Jeremias anuncia a fidelidade
de Jahwéh às promessas feitas a David: no futuro, Deus irá fazer surgir um
descendente de David, que assegurará a paz e a salvação a todo o povo. Diz-se
que o descendente de David vai assegurar a “justiça” e o “direito”. A dupla
“justiça/direito” possibilitará uma ordem social, fundamento da paz e da
prosperidade. Sedecias nem garantiu a “justiça”, nem assegurou a paz; por isso,
a catástrofe está iminente… Mas o rei futuro anunciado pelo profeta, da
descendência de David, será o “ungido” de Deus. Terá por missão restaurar a
“justiça” e transmitir a abundância de vida e de salvação ao Povo de Deus. Por
isso, chamar-se-á “o Senhor é a nossa justiça”: por ele, Deus garante ao seu
Povo um futuro fecundo, de justiça, de bem-estar, de salvação.
ATUALIZAÇÃO •
O ambiente em que estamos mergulhados potencia o medo, a frustração, a
insegurança, o pessimismo… É possível acreditar no Deus da “justiça” e
continuar a olhar para o mundo nessa perspectiva negativa, como se Deus tivesse
abandonado os homens e já não presidisse à nossa história?
•
Sentimo-nos, verdadeiramente, membros do povo messiânico, construtores desse
mundo de justiça, de paz, de felicidade para todos? Qual é a atitude que define
o nosso empenho: o compromisso sério com a justiça e a paz, ou o comodismo de
quem prefere omitir-se das suas responsabilidades?
SALMO RESPONSORIAL /
SI 24 (25)
Senhor meu Deus, a vós elevo a minha
alma!
•
Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos / e fazei me conhecer a vossa estrada! /
Vossa verdade me oriente e me conduza, / porque sois o Deus da minha salvação!
•
O Senhor é piedade e retidão / e reconduz ao bom caminho os pecadores. / Ele
dirige os humildes na justiça / e aos pobres ele ensina o seu caminho.
•
Verdade e amor são os caminhos do Senhor / para quem guarda sua Aliança e seus
preceitos. / O Senhor se torna íntimo aos que o temem / e lhes dá a conhecer
sua Aliança.
EVANGELHO (Lc 21,25-28.34-36) Evangelho
segundo Lucas.
Disse
Jesus a seus discípulos: “Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na
terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas.
Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo,
porque as forças do céu serão abaladas. Então eles verão o Filho do Homem,
vindo numa nuvem com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a
acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está
próxima. Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por
causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de
repente sobre vós; pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os
habitantes de toda a terra. Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a
fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.
AMBIENTE - últimos
dias da vida terrena de Jesus, após a sua entrada triunfal em Jerusalém. Jesus
anuncia-lhes tempos difíceis de perseguição e de martírio. Avisa-os, também, de
que a própria cidade de Jerusalém será, proximamente, sitiada e destruída (cf.
Lc 21,20-24).
MENSAGEM - O
centro do Evangelho está na referência à vinda do Filho do Homem “com grande
poder e glória” e no convite a a levantar a cabeça porque “a libertação está
próxima”. O projeto de salvação/libertação da humanidade, concretizado nas
palavras e nos gestos de Jesus, é apresentado como o “resgate” de uma
humanidade prisioneira do egoísmo, do pecado e da morte. Trata-se, portanto, da
libertação de tudo o que escraviza os homens e os impede de viver na dignidade
de filhos de Deus.
A
mensagem é clara: espera-vos um caminho de sofrimento e perseguição; no
entanto, não vos deixeis afundar no desespero porque Jesus vem. Com a sua vinda
gloriosa, cessará a escravidão que impede a vida em plenitude e nascerá um
mundo novo, de alegria e de felicidade plenas.
Os
“sinais” catastróficos não são um quadro do “fim do mundo”; são imagens
utilizadas pelos profetas para falar do “dia do Senhor”, isto é, o dia em que
Jahwéh vai intervir na história para libertar o seu Povo da escravidão,
inaugurando uma era de vida, de fecundidade e de paz sem. O quadro destina-se,
portanto, não a amedrontar, mas a dar esperança: quando Jesus vier com a sua
autoridade soberana, o mundo velho do egoísmo e da escravidão cairá e surgirá o
dia novo da salvação/libertação sem fim. Há, ainda, um convite à vigilância: é
necessário uma atenção constante, a fim de que as preocupações terrenas não nos
impeçam de reconhecer e de acolher o Senhor que vem.
ATUALIZAÇÃO - •
A realidade humana está marcada pelo egoísmo, pela guerra e pelo ódio, pela
prepotência dos senhores do mundo… Quantos milhões estão na miséria e
sofrimentos que os torna escravos, roubando-lhes a vida e a dignidade… A
Palavra de Deus abre a porta à esperança: “alegrai-vos, pois a vossa libertação
está próxima. Com a vinda próxima de Jesus, o projeto de salvação/libertação de
Deus vai tornar-se uma realidade viva; o mundo velho vai converter-se numa nova
realidade, de vida e de felicidade para todos”.
•
No entanto, a salvação/libertação não é uma realidade que deva ser esperada de
braços cruzados. É preciso “estar atento” a essa salvação que nos é oferecida
como dom, e aceitá-la. Jesus vem; mas é necessário reconhecê-lo nos sinais da
história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que sofrem e que buscam a
libertação. É preciso acolher o dom de Jesus, deixar que Ele nos transforme o
coração e Se faça vida nos nossos gestos e palavras.
•
É preciso, ainda, ter presente, que este mundo novo nunca será um realidade
plena nesta terra, mas sim uma realidade escatológica, cuja plenitude só
acontecerá depois de Cristo, o Senhor, haver destruído definitivamente o mal
que nos torna escravos.
SEGUNDA
LEITURA (1Tes 3,12 –
4,2) Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses.
O
Senhor vos conceda que o amor entre vós aumente sempre mais, a exemplo do amor
que temos por vós. Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem
defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus,
com todos os seus santos. Enfim, meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos
no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já
estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! Conheceis, de fato, as
instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus.
AMBIENTE - A
comunidade cristã de Tessalônica foi fundada por Paulo, Silvano e Timóteo. No
entanto, a obra de Paulo foi brutalmente interrompida pela reação da colónia
judaica… Paulo teve de fugir.
MENSAGEM - Apesar
de tudo o que Deus já edificou no coração dos crentes de Tessalônica, a
caminhada cristã destes não está concluída. Há que “progredir sempre”,
sobretudo no amor para com todos. Só nesta atitude de não conformação será
possível esperar a “vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”.
ATUALIZAÇÃO •
A caminhada cristã nunca é um processo acabado, mas recomeça em cada novo
instante da vida. O cristão não é aquele que é perfeito; mas é aquele que, em
cada dia, sente que há um caminho novo a fazer e não se instala na
mediocridade.
•
Uma dimensão fundamental da nossa experiência cristã é a caridade: só
aprofundando-a cada vez mais podemos sentir-nos identificados com Aquele que
partilhou a vida com todos nós, até à morte na cruz; só praticando-a, podemos
fazer uma verdadeira experiência de Igreja e construir uma comunidade de
irmãos; só vivendo-a, podemos ser, para os homens o rosto do Deus que ama.
#
Paulo lembra à comunidade de Tessalônica que a melhor maneira de esperar a
vinda do Senhor Jesus é crescer no amor recíproco. Sem esse amor, torna-se
vazio o Advento e o próprio Natal.
+ O verdadeiro Natal é vivido num Clima de...
- De Esperança: uma
espera pela vinda de Deus. "De
cabeça erguida..." apesar dos problemas que nos cercam...
- De Vigilância: para
perceber os sinais de Deus entre nós…
ler a realidade com o olhar voltado à eternidade.
Jesus adverte a um Perigo: "Não fiquem insensíveis
por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida
- De Oração: - na
Comunidade: com a liturgia do Advento... - nas famílias: com a Novena do Natal
em família...
+ De Conversão: Acolher: preparar o nosso presépio, o
coração… Caso contrário, a sua vinda
será inútil.
===========-------------========
Tempo
de Esperança
Nesse domingo iniciamos mais um ano Litúrgico (Ciclo C), durante o qual iremos refletir e celebrar os principais
mistérios de nossa fé e da História da Salvação.
O companheiro principal na caminhada será o Evangelho de LUCAS.
- O ANO LITÚRGICO está
centralizado em duas grandes festas:
Natal e Páscoa. E cada
uma delas, com 3 momentos:
- de preparação: Advento e
Quaresma...
- de celebração: do Natal
à Epifania; da Páscoa ao Pentecostes...
- de prolongamento: os
domingos do tempo comum...
- Hoje iniciamos as quatro semanas do ADVENTO.
O ADVENTO é
Tempo de ESPERA e ESPERANÇA, em que celebramos:
+ Um fato passado: A Vinda histórica de Cristo, prometida a
Abraão,
lembrada pelos profetas,
esperada pelo povo, realizada em Belém…
+ Um fato presente: Vinda de Jesus presente na sua Igreja:
Cristo continua a vir: na
Palavra, na Eucaristia, nos irmãos..
+ Um fato futuro: É a segunda vinda… no fim do mundo…
As leituras acenam para um novo tempo, marcado pela esperança e
pela alegria:
Na 1a Leitura, damos um olhar para o PASSADO.
(Jr 33,14-16)
Após um longo exílio, o Povo, cansado e abatido, retorna para a
sua terra, mas encontra tudo destruído, precisa recomeçar tudo de novo.
O profeta Jeremias proclama a chegada de dias melhores.
Surgirá um descendente de Davi, que assegurará a paz e a salvação.
Recordando as promessas de Deus, o profeta elimina a saudade do
passado, elimina o medo do presente e instaura o clima da ESPERANÇA.
Esse rebento esperando pelos israelitas é Jesus de Nazaré.
Com ele teve início o Reino de Paz e Justiça.
Contudo percebemos que a construção desse mundo novo não foi
concluída com o nascimento de Cristo.
Exige ainda muito tempo e e de nosso empenho e colaboração.
Na 2a Leitura, damos um olhar para o PRESENTE.
(1 Ts 3,12-4,2)
Paulo lembra à comunidade de Tessalônica que a melhor maneira de
esperar a vinda do Senhor Jesus é crescer no amor recíproco. Sem esse amor,
torna-se vazio o Advento e o próprio Natal.
No Evangelho, damos um olhar para o FUTURO. (Lc 21,25-28.34-36)
Estamos nos últimos dias da vida terrena de Jesus.
Ele anuncia tempos difíceis de sofrimento e perseguição.
O texto, numa linguagem apocalíptica, fala da segunda vinda de
Cristo.
Os "sinais" catastróficos apresentados, não são um
quadro do "fim do mundo"; são imagens utilizadas pelos profetas para
falar do "dia do Senhor", quando Ele vai intervir na história para
libertar o seu Povo.
O quadro visa reavivar a ESPERANÇA pelo novo dia que
surgirá e e motivar a VIGILÂNCIA
para reconhecer e acolher o Senhor que vem.
+ "Fiquem de pé e levantem a cabeça, pois a vossa libertação está
próxima".
O Evangelho ensina a não
esperar passivamente a vinda do Filho do Homem.
-
É preciso "estar atento" a essa salvação que nos é oferecida e
aceitá-la.
-
É necessário reconhecer Jesus que vem nos sinais da história, no rosto dos irmãos, nos apelos dos que
sofrem e que buscam a libertação.
-
É preciso ter a vontade e a liberdade de acolher o dom de Jesus, deixar
que ele nos transforme o coração e se
faça vida em nossos gestos e palavras.
-
É preciso ter presente, que este mundo novo está permanentemente a
fazer-se e depende do nosso testemunho.
+ Como você pretende preparar o NATAL desse ano?
- Um Natal apenas de
presentes... de enfeites e músicas… de
festas, comes e bebes...
- ou um Natal cristão?
+ O verdadeiro Natal é vivido num Clima de...
- De Esperança: Advento
é participar de uma espera profunda de todos os homens pela vinda de Deus.
"De cabeça erguida..." apesar dos problemas que nos
cercam...
- De Vigilância para
perceber os sinais da presença de Deus entre nós…
Vigilância significa
por Deus em primeiro lugar na vida.
Quer dizer ler a
realidade com o olhar voltado à eternidade.
Significa crer que o
Reino de Deus já está presente entre nós.
Jesus adverte a um Perigo: "Não fiquem insensíveis
por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida..."
- De Oração: - na
Comunidade: com a liturgia do Advento...
- nas famílias: com a Novena do Natal em família...
+ De Conversão: Acolher: preparar o nosso presépio, o
coração…
O Natal será realmente
cristão, se Cristo tiver lugar em nosso coração.
Caso contrário, a sua
vinda será inútil.
- Vamos remover de nossa
vida toda bagagem inútil que possa impedir os nossos passos para Cristo.
Como há dois mil anos em Belém, Ele ainda hoje continua buscando
um lugar…
Será que Ele encontrará esse lugar em nossa casa, em nosso
coração?
Pe. Antônio Geraldo
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HOMILIA DO PE.
PEDRINHO
Meus irmãos e irmãs, começamos hoje
falando sobre o Batismo. Na carta de S. Paulo aos Tessalonicenses nos fala:
“fazei progressos ainda maiores! Conheceis, de fato, as instruções que
temos dado em nome do Senhor Jesus”. Claro que não é só para o pai e a mãe,
padrinho e madrinha destas crianças, que estou falando. Estou falando para
todos nós. Não é suficiente batizar. É preciso fazer progresso. Progresso
significa estarmos sempre atentos para conhecermos, cada vez mais, a vontade de
Deus e podermos trilhar este caminho. Se nós batizarmos e pararmos aí, a
criança será como uma semente, que foi plantada e não foi cultivada. A criança
foi plantada na comunidade, mas não estará cultivada para a caminhada com Deus.
Agora, eu quero perguntar para vocês que estão na catequese: - por que eu estou
com a casula roxa? (“é o ano litúrgico”). – está certinho, mas eu quero uma
explicação mais fácil. Está certo. Não está errado. (“por causa do advento; tem
as cores roxa, branca, vermelha e aí vem a cor roxa de novo”.) – Está correto.
Olha aí. Ele está nos dizendo, que no ano litúrgico temos várias cores e no
advento se usa a cor roxa.
Uma
vez eu perguntei porque estava de verde e me responderam que era porque o
Palmeiras tinha ganhado. Fiquei muito chateado. (“roxo porque é penitência”). –
associamos o roxo a penitência. Não está errado. Eu não quero que alguém
associe penitência a sacrifício. Não. Penitência é: eu sou convidado, neste
tempo, para aprofundar o tema que estamos celebrando. O Tempo Comum, que é o
verde, cada domingo é um tema diferente. No Advento e também na quaresma, o
tema é sempre o mesmo. No advento temos quatro finais de semana, onde vamos meditar
o mesmo tema, que é a vinda de Jesus. É celebrar o nascimento de Jesus, seu
aniversário e Celebrar a segunda vinda. Os dois primeiros finais de semana, que
é hoje e domingo que vem, nós vamos ouvir o Evangelho falando do fim dos
tempos. É um assunto que parece estranho. Por que? Porque Celebramos também a
segunda vinda de Jesus. Aí, o terceiro e o quarto final de semana, nós vamos
refletir sobre a primeira vinda. Vamos ver contar desde antes do nascimento,
vão contar que Eles vão para Belém, e assim por diante. É assim, que a liturgia
nos convida a pensar neste assunto. Agora, o que é que tem de bom no Tempo do
Advento, que vai nos ajudar e nos preparar para o nascimento de Jesus? A cada
domingo vamos meditar algo que é importantíssimo e que nós conhecemos com a
vinda de Jesus. Hoje, por exemplo, estamos falando da Justiça. A primeira
leitura fala da justiça, o Salmo fala da Justiça. Por que? Porque não pode
haver Paz, não existe Paz, sem a
justiça. A Bíblia vai dizer, Deus sabe o que diz: Justiça e Paz se
abraçarão. Muita gente pede mais polícia para obter a paz. Outros declaram
guerra em nome da paz. Outros dizem: se eu tivesse como me armar, eu teria paz.
A Bíblia vai dizer: Não. Aquele que se utiliza da arma, acaba morrendo por ela.
O que é que garante a Paz? É a Justiça. Aqui poderíamos ficar duas a três horas
falando sobre isto. A JUSTIÇA é algo
complicado, porque vivemos num mundo injusto. Nós não temos plena noção do que
é justiça. Temos apenas vagas idéias do que é justiça, mas não temos a noção plena.
Aí a razão pela qual nós somos chamados a não nos distanciar de Deus. Porque só
Deus é Justo. Na medida em que eu me aproximar, estiver próximo de Deus, eu
vou compreendendo melhor o que é a justiça. Por isso, é bom participarmos
da Celebração Eucarística, pelo menos, aos domingos. Aí eu ouço o que Deus
fala, aí eu me aproximo de Deus, porque Ele me dá conselhos justos e aí então,
eu posso construir a Paz.
Como
vai a paz na minha casa? Se não tivermos paz em casa, é porque não está havendo
justiça. Como vai a paz no meu trabalho? Se não há paz no meu trabalho é porque
não está havendo justiça. Como está a paz no estádio de futebol? Se não há paz
é porque ali não há justiça. Assim, em todos os ambientes. Então, nós somos
chamados a construir a Paz e a Justiça em todos os ambientes. Como vai a paz na
comunidade? Se não houver paz, é porque não está havendo justiça. É claro, que
aí, um precisa ajudar o outro. Como nós não temos plena consciência da justiça,
nem sempre somos justos. Não porque somos maus. É isto que as pessoas
confundem. O ser humano não é mau. O ser humano é IGNORANTE em se tratando
da Justiça. Então, ele tem a melhor das intenções, mas não é justo. Não por
maldade, mas por limitação. É aí que é
importante nós ouvirmos a Palavra de Deus.
Tem
outro aspecto que eu queria falar, aproveitando as leituras de hoje. Por que,
quando a gente ouve o Evangelho, a gente fica em pé? Quem vai dar uma
opinião? (“é a palavra de Deus”). A primeira leitura também é Palavra de Deus e
estamos sentados. A segunda leitura, que é também do Novo Testamento, também é
Palavra de Deus e estamos sentados. É só na proclamação do Evangelho que
ficamos em pé. Diga aqui: (“por causa do respeito a Palavra de Deus.”) – Mas a
primeira e segunda leitura também são Palavra de Deus e estamos sentados. Eu
sei que muita gente tem dificuldade para saber o porque ficar em pé. Olha o que
diz a leitura de hoje: “Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, afim de
terdes forças para escapar de tudo que deve acontecer e para ficar em pé diante
do Filho do Homem”. O que que é isto? Nós cremos, que quem faz a leitura,
somente empresta a voz. É Deus quem fala. Por isso, a gente sendo convidado
para fazer uma leitura, aceitar, porque só estamos ampliando a voz de Deus.
Muitas vezes, não fazemos uma boa leitura, mas o importante é que Deus se
comunica. Agora, no Evangelho é o Filho do Homem quem fala. É Jesus falando.
Então, aqui fala que é para encontrarmos com o Filho do Homem em Pé. O respeito
vale para as três Leituras, mas quando é Jesus que fala, ficamos em pé. Porque
no Batismo, nós cremos, que morremos e ressuscitamos. Jesus é o cordeiro
imolado, ressuscitado. Diante do Cordeiro todos ficam de pé. Agora está fácil a
resposta da pergunta que vou fazer: por que durante a consagração todos ficam
em pé? Sei que alguns, por devoção ficam de joelhos e só ficam em pé quando o
presidente da celebração diz “eis o mistério da fé” voltam a ficar em pé. É por
devoção e isto nós respeitamos. Por que ficamos em pé quando o pão e o vinho
são consagrados? Sabemos que Jesus se torna presente no Pão e no Vinho
consagrados. Por que ficamos em pé? Porque na consagração é o mesmo Filho do
Homem que nos está sendo apresentado. Se diante do Filho do Homem todos
devem se apresentar em pé, então, se Ele se faz presente na forma de Pão e de
Vinho, devemos estar em pé. Quem gosta de ficar ajoelhado por devoção, sem
problema, mas o pedido do Evangelho é que diante do Filho do Homem, nós nos
apresentemos de pé. Veja que, na nossa liturgia, tem gestos, todos eles, baseados
na Palavra de Deus. Está bom por hoje. Vamos pedir a Deus que nos ajude a
caminhar no advento. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo.
PE. PEDRINHO
– Diocese de Santo André - SP
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Homilia de D.
Henrique Soares
“Confio em vós, que eu não seja envergonhado!” :
atitude de quem se reconhece necessitado de um Salvador; de quem se sabe
pequeno e incapaz de caminhar sozinho!: precisamos que Deus venha e nos estenda
a mão, que ele nos eleve e nos salve!
O
Advento nos prepara para o Natal e É um tempo de vigilância, de esperança no
Senhor que vem: veio em Belém, vem no Natal, vem a cada dia e, virá no final
dos tempos.
Somente numa atitude de oração e vigilância é que poderemos reconhecê-lo
e acolhê-lo. Jesus nos diz: “Quando estas coisas começarem a acontecer,
levantai a cabeça, porque a vossa libertação se aproxima”; ficai atentos para
terdes força de escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé
diante do Filho do Homem! ”Os sinais que o Senhor nos dá, acontecem sempre,
em cada geração, como um convite insistente à vigilância. Tomemos consciência
de que nosso caminho neste mundo passa, é apenas um caminho!
“Vigiai, não sabeis em que dia o
Senhor virá”. Não se trata apenas da “parusia”, mas também da vinda do Senhor
para cada homem no fim da sua vida, quando se encontrar face a face com o seu
Salvador; e será esse o dia mais belo, o princípio da vida eterna! Toda a
existência do homem é uma constante preparação para ver o Senhor, que cada vez
está mais perto; mas no Advento a Igreja ajuda-nos a pedir de um modo especial:
“Senhor, mostrai-me os vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas.
Dirigi-me na vossa verdade, porque sois o meu Salvador” (Sl 24).
Procuremos afastar os motivos que impedem a acolhida do Senhor:
– os prazeres da
vida: a pessoa mergulhada nos prazeres fica alienada… No domingo, dorme…
passeia… pratica esportes… mas não sobra tempo para a Missa.
– trabalho excessivo: a
pessoa obcecada pelo trabalho esquece o resto: Deus, a família, os amigos, a
própria saúde…
Escutemos São Paulo: “Fazei progressos ainda maiores! “ (1Ts 4, 1).
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Celebração da Palavra (Diáconos ou Ministros da Palavra):
LOUVOR (QUANDO O PÃO CONSAGRADO ESTIVER SOBRE
O ALTAR)
- O SENHOR ESTEJA COM TODOS VOCÊS...
DEMOS GRAÇAS AO SENHOR...
- COM JESUS, NA FORÇA DO ESPÍRITO
SANTO, LOUVEMOS AO PAI:
T: Vinde, Senhor, sois a nossa força e a nossa esperança.
- “Ó Deus
fiel, bendito sois pela obra que realizastes ao longo dos séculos, sobre as
promessas dos profetas, nos enviando o vosso Filho. Nós Vos confiamos os
bairros das nossas cidades e os habitantes que vivem no temor”.
T: Vinde, Senhor, sois a nossa força e
a nossa esperança.
- “Pai, nós
Vos damos graças pelas instruções recebidas de Jesus e pelos progressos que nos
deixais realizar. Nós Vos pedimos: dai-nos um amor cada vez mais intenso até ao
dia em que Jesus Cristo vier sobre as nuvens”.
T: Vinde, Senhor, sois a nossa força e
a nossa esperança.
- “Ó Deus fiel, bendito sois pela
esperança que nos destes em Jesus, mesmo nos momentos difíceis. Nós Vos
pedimos: que o vosso Espírito nos mantenha vigilantes para que possamos estar
firmes na presença de Jesus, vosso Filho, quando Ele vier com grande poder e
glória”.
T: Vinde, Senhor, sois a nossa força e
a nossa esperança.
- O sofrimento, as preocupações, o medo
do futuro por vezes esmagam-nos e acabamos desanimados e com medo. Hoje Jesus nos garante a sua vinda para um
futuro melhor. Pai, fazei-nos atentos
aos sinais que manifestais, para que nossa esperança esteja sempre viva, pois
sois a nossa esperança, pois tudo nesta terra se acabará.
T: Vinde, Senhor, sois a nossa força e
a nossa esperança.
- Pai
nosso... Saudai-vos na Paz... Eis o Cordeiro de Deus...